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ConstrutivistaConstrutivista
Profª. Drª. Andréa Forgiarini CechinProfª. Drª. Andréa Forgiarini Cechin
Universidade Federal de Santa MariaUniversidade Federal de Santa Maria [email protected]@gmail.com
Em 9 de agosto, na cidade
su
íça de Neuchâtel, nasce
Piaget.
Aos 10 anos publica na
revista da Sociedade dos
Amigos da Natureza de
Neuch
âtel um artigo com
estudos sobre um pardal
albino.
Formase em Biologia pela
Universidade de Neuch
âtel.
Tornase doutor. Sua tese foi
sobre moluscos.
Mudase para a Zurique para
estudar Psicologia
(principalmente psican
álise).
Mudase para a Fran
ça.
Ingressa na Universidade de
Paris.
É
convidado a trabalhar com
testes de intelig
ência infantil.
A convite do psic
ólogo da
educa
ção Claparède (Escola
Nova) passa a fazer suas
pesquisas no Instituto Jean
Jacques Rousseau, em
Genebra, destinado
à
forma
ção de professores.
Lan
ça seu primeiro livro: “A
Linguagem e o Pensamento
da Crian
ça”.
Casase com Valentine
Ch
âtenay, uma de suas
assistentes, com quem teve
tr
ês filhos: Jacqueline (1925),
Lucienne (1927) e Laurent
(1931).
Come
ça a lecionar Psicologia,
Hist
ória da ciência e
Sociologia em Neuch
âtel.
Em Genebra passa a ensinar
Hist
ória do Pensamento
Cient
ífico.
Assume o Gabinete
Internacional de Educa
ção
(dedicado a estudos
pedag
ógicos).
Escreve v
ários trabalhos sobre
as primeiras fases do
desenvolvimento, muitos deles
inspirados na observa
ção de
seus tr
ês filhos.
Com as pesquisadoras B
ärbel
Inhelder e Alina Szeminska,
publica trabalhos sobre a
forma
ção dos conceitos
matem
áticos e físicos.
Participa da elabora
ção da
Constitui
ção da Unesco.
Tornase membro do
conselho executivo e
é várias
vezes subdiretor geral,
respons
ável pelo
Departamento de Educa
ção.
Publica a primeira s
íntese de
sua teoria do conhecimento:
“Introdu
ção à Epistemologia
Gen
ética”.
É
convidado a lecionar na
Universidade de Sourbonne,
em Paris, sucedendo ao
fil
ósofo MerleauPonty.
Em Genebra, funda o Centro
Internacional de
Epistemologia Gen
ética,
destinado a realizar
pesquisas interdisciplinares
sobre a forma
ção da
intelig
ência.
Escreve a principal obra de
sua maturidade: “Biologia e
Conhecimento”.
Piaget morre em Genebra, no
dia 16 de setembro.
PREOCUPA
ÇÃO CENTRAL DE
PIAGET
SUJEITO EPIST
ÊMICO
Estudo dos processos de
pensamentos presentes desde a
inf
ância inicial até a idade adulta
Vis
ão interacionista
Mostrou a crian
ça e o homem num
processo ativo de cont
ínua interação,
procurando entender quais os
mecanismos mentais que o sujeito usa
nas diferentes etapas da vida para
compreender o mundo.
CONHECIMENTO
Resultado da interação
SUJEITO - OBJETO
através de sua AÇÃO, o
sujeito
toma contato com o objeto
N
ão há conhecimento que resulte de
um simples registro de observa
ções
ou sem uma estrutura
ção devida às
atividades do sujeito.
Tamb
ém não há estruturas cognitivas
inatas.
O funcionamento da intelig
ência é
herdado, no entanto, as estruturas da
mente s
ão construídas pela via de uma
organiza
ção sucessiva de ações do
sujeito sobre o objeto.
Estudo dos processos que o
indiv
íduo usa para conhecer a
realidade.
Formula
ção de um ponto de vista
filos
ófico sobre a
g
ênese do
conhecimento.
Reflex
ão sobre as bases filosóficas do
conhecimento.
Chamase gen
ética porque estuda
como nasce e se desenvolve o
conhecimento no ser humano
Saber quais os processos mentais
envolvidos numa determinada
situa
ção de resolução de problemas
e quais os processos que ocorrem
no indiv
íduo que possibilite aquele
tipo de atua
ção.
Mostra como o conhecimento se
desenvolve, desde as rudimentares
estruturas mentais do rec
ém
nascido at
é o pensamento lógico
formal do adolescente.
Piaget considerou que se estudasse
cuidadosa e profundamente a
maneira pela qual as crian
ças
constroem as no
ções fundamentais
de conhecimento l
ógico poderia
compreenderse a g
ênese e a
evolu
ção do conhecimento humano.
Ap
ós estudos, Piaget concebeu que
a crian
ça possui uma lógica de
funcionamento mental que difere –
qualitativamente – da l
ógica do
funcionamento mental do adulto.
Para Piaget a adapta
ção à realidade
externa depende basicamente do
conhecimento.
S
ó o conhecimento possibilita ao
indiv
íduo um estado de equilíbrio
interno que o capacita a adaptarse
ao meio ambiente.
Existe uma realidade externa ao
sujeito do conhecimento que
regula e corrige o desenvolvimento
do conhecimento adaptativo.
A fun
ção desse desenvolvimento é
produzir estruturas l
ógicas que
permitam ao sujeito atuar sobre o
mundo de formas cada vez mais
flex
íveis e complexas.
Para Piaget, o sujeito herda uma s
érie
de estruturas biol
ógicas que
predisp
õem o surgimento de certas
estruturas mentais.
HEREDITARIEDADE
N
ão herdamos a inteligência, mas um
organismo que vai amadurecer no
contato com o meio ambiente.
Da intera
ção organismoambiente
resultar
ão determinadas estruturas
cognitivas que v
ão funcionar de
modo semelhante durante toda a
vida do sujeito.
Segundo Piaget, esse modo de
funcionamento, que constitui nossa
heran
ça biológica, permanece
constante durante toda a vida.
A matura
ção do organismo vai
contribuir de forma decisiva para o
aparecimento de estruturas mentais
que proporcionam a possibilidade de
adapta
ção cada vez melhor ao
ambiente.
Inclui tanto aspectos f
ísicos como sociais.
Tanto o ambiente f
ísico como o social
concorrem no sentido de oferecer
est
ímulos e situações que requerem um
processo cognitivo para resolu
ção.
No aspecto f
ísico, um ambiente rico em
estimula
ção irá proporcionar objetos que
possam ser manipulados pela crian
ça,
lugares que possam ser explorados,
oportunidades de observa
ção de fenômenos
da natureza, etc.
AMBIENTE
No plano social, o ambiente ser
á rico de
estimula
ção quando reforçar e valorizar a
aquisi
ção de competência da criança em
muitos aspectos.
ESQUEMAS
Estruturas mentais ou cognitivas
pelas quais os indiv
íduos
intelectualmente se adaptam e
organizam o meio.
S
ão de natureza reflexa (nascimento).
S
ão construídos.
É
uma unidade estrutural básica de
pensamento ou de a
ção e que
corresponde a estrutura biol
ógica que
se muda e se adapta. S
ão unidades
estruturais m
óveis que se modificam e
adaptam, enriquecendo com isso tanto
o repert
ório comportamental como a
vida mental do indiv
íduo.
Este desenvolvimento permite ao
indiv
íduo uma adapta ção mais
complexa a uma realidade que
é
percebida por ele de forma cada vez
mais diferenciada e abrangente,
exigindo formas de comportamento e
pensamento mais evolu
ídas.
Os esquemas est
ão em contínuo
desenvolvimento
O ambiente f
ísico e social coloca
continuamente o indiv
íduo diante de
quest
ões que rompem o estado de equilíbrio
do organismo e eliciam a busca de
comportamentos mais adaptativos.
ADAPTA
ÇÃO
Para tanto, utilizar
á as estruturas
mentais (ESQUEMAS) j
á existentes
ou ent
ão, quando estas estruturas
se mostram ineficientes, elas ser
ão
modificadas a fim de se chegar a
uma forma adequada para se lidar
com a nova situa
ção.
As novas quest
ões movimentam o
organismo nos sentido de resolvelas.
No processo de adapta
ção estão
implicados dois processos
complementares: ASSIMILA
ÇÃO
e
ACOMODA
ÇÃO
.
ASSIMILA
ÇÃO
Tentativa de solucionar uma
determinada situa
ção, utilizando uma
estrutura mental j
á formada ou a
incorpora
ção de um conhecimento a um
sistema j
á pronto.
É
a atualização de um aspecto do
repert
ório comportamental ou mental
do sujeito numa dada circunst
ância.
Processo de absor
ção do que é oferecido
pelo mundo que nos rodeia.
Modifica
ção de estruturas antigas com
vistas
à solução de um novo problema,
de uma nova situa
ção.
ACOMODA
ÇÃO
A assimila
ção é continuamente
modificada pelo processo paralelo de
acomoda
ção.
Processo mediante o qual nosso
organismo se modifica, no sentido de
adaptarse
às novas exigências.
A crian
ça é o próprio agente de seu
desenvolvimento, os processos assimilativos
estendem seu dom
ínio e a acomodação leva a
modifica
ções da atividade. Do
equil
íbrio
desses
dois processos adv
ém uma adaptação ao mundo
cada vez mais adequada e uma conseq
üente
organiza
ção mental.
Processo de organiza
ção das estruturas
cognitivas num sistema coerente,
independente, que possibilita ao indiv
íduo
a adapta
ção à realidade.
EQUIL
ÍBRIO
Restabelecimento do equil
íbrio entre o
entendimento presente e novas
experi
ências.
A aprendizagem depende do
processo de equilibra
ção:
a
crian
ça tem oportunidade de
crescer e se desenvolver quando
o equil
íbrio é desestabilizado
.
A fun
ção do professor, nesta
perspectiva,
é desafiar o aluno,
provocando constante
desequil
íbrio em seus esquemas
mentais.
Como Piaget conceitua o desenvolvimento
cognitivo
O desenvolvimento
é um
processo
espont
âneo que dirige a aprendizagem
;
determina, em grande parte, o modo pelo
qual a aprendizagem ocorre.
É
um processo contínuo que começa com
nascimento.
As faixas et
árias p/ cada período são
idades m
édias nas quais as crianças
geralmente demonstram caracter
ísticas de
pensamento de cada per
íodo.
Os per
íodos são irreversíveis.
As crian
ças não pulam estágios e os
ritmos de desenvolvimento variam
consideravelmente.
DESENVOLVIMENTO
EQUILIBRAÇÃO PROGRESSIVA
É seqüencial e vai de estruturas mais
simples para estruturas mais complexas
Os estágios são os mesmos para todos
os indivíduos e se sucedem na mesma ordem
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Sensório-motor
Pré-operacional
operações concretas
operações formais
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR
zero aos 24 meses
Esse est
ágio é chamado de sensóriomotor
porque os atos inteligentes da crian
ça
compreendem a a
ções motoras
como
resposta aos diversos est
ímulos que
afetam os seus sentidos.
Nesse est
ágio, a criança assimila o meio exterior
à
sua própria atividade e depois prolonga essa
assimila
ção através de esquemas mais móveis e,
ao mesmo tempo, mais aptos a coordenaremse
entre si.
Inicialmente o objeto
é somente algo para
chupar, olhar ou agarrar, depois transformase
em coisa para deslocar, mover e utilizar para fins
cada vez mais complexos.
Assimilar significa, nesse momento,
compreender ou deduzir, e o processo confunde
se com a rela
ção que se estabelece entre um
objeto e os demais.
INDISSOCIAÇÃO ENTRE O EU E O OUTRO
A percep
ção da criança recémnascida pode ser
descrita em termos de total indiferencia
ção do
meio no qual vive.
Apresenta uma percep
ção global e
indiferenciada, n
ão distinguindo sequer o seu
pr
óprio corpo dos demais objetos à sua volta.
Gradualmente aprende a discriminar pessoas e
objetos
à sua volta e compreende que os objetos
continuam a existir mesmo que n
ão sejam
acess
íveis a algum receptor sensorial.
INTELIGÊNCIA PRÁTICA
A crian
ça ainda não dispõe de uma
estrutura representativa, permitindo a ela
internalizar os objetos, de modo que possa
agir apenas no plano mental.
EGOCENTRISMO RADICAL
Nesse est
ágio, a ação da criança
forma um todo isol
ável que tem
como refer
ência o próprio corpo.
Fase dos reflexos
Fase das rea
ções circulares primárias
Fase das rea
ções circulares secundárias
Fase da coordena
ção de esquemas secundários
Fase das rea
ções circulares terciárias
In
ício do simbolismo
O est
ágio sensóriomotor compreende
seis subest
ágios:
Fase dos reflexos (primeiro m
ês)
As trocas que o rec
émnascido estabelece
com o meio se resumem a rea
ções bem
espec
íficas a certos estímulos, originalmente
ligadas ao plano gen
ético – os reflexos.
Esses reflexos n
ão têm um caráter passivo,
ao contr
ário, evidenciam uma forma precoce
de assimila
ção sensoriomotora.
Por exemplo, os reflexos de suc
ção se
aperfei
çoam com o exercício, levando a
discrimina
ções e a uma esp écie de
generaliza
ção da atividade
.
Fase das rea
ções circulares primárias
(1 a 4 meses)
Na teoria piagetiana, uma rea
ção circular
compreende uma a
ção que se repete.
É
chamada prim
ária
quando centralizada no
pr
óprio corpo.
Nesta fase a crian
ça começa a realizar
algumas discrimina
ções perceptivas, como
sorrir em reconhecimento a certas pessoas,
mas ainda n
ão se pode atribuir a ela a noção
de pessoa ou objeto:ainda n
ão é capaz de
distinguir entre ela e o meio externo.
Fase das rea
ções circulares secundárias
(4 a 8 meses)
Nesta fase, as rea
ções circulares são
chamadas secund
árias
porque est
ão
voltadas para os objetos.
Quando uma a
ção sobre o meio externo
produz um resultado desejado ela tende a
repetirse: o sujeito procura encontrar o
movimento que exerceu por acaso um efeito
interessante sobre os objetos.
O comportamento da crian
ça começa a
dirigirse a um fim. Inicia a manifesta
ção de
uma intencionalidade primitiva, j
á que os fins
decorrem do comportamento anterior (n
ão
intencional).
O que diferencia, basicamente, as
rea
ções circulares secundárias das
prim
árias, é que, para as
secund
árias
, o
interesse se volta para o efeito sobre
os objetos da realidade exterior e n
ão
somente na atividade como tal.
Fase da coordena
ção de esquemas secundários
(8 a 11meses)
Piaget identifica, nesta fase, as primeiras
condutas propriamente inteligentes.
O sujeito aplica meios conhecidos
às novas
circunst
âncias – manifesta inten ção,
finalidade, meta e busca diversos meios para
atingir o objetivo.
O in
ício desta fase é marcado pelo
aparecimento de uma coordena
ção mútua
dos esquemas secund
ários, isto é, dois
esquemas antes usados de forma isolada
passam a ser utilizados num
único ato.
O sujeito passa a estabelecer novas
combina
ções entre os esquemas e, com isto,
aprende a relacionar as coisas entre si.
Essas novas combina
ções são chamadas de
esquemas transitivos.
O desenvolvimento dessa nova capacidade
(agregar dois ou mais esquemas) permite
à
crian
ça buscar objetos desaparecidos, já que
tal ato exige que ela afaste obst
áculos que
ocultam e conceba o objeto como algo
situado atr
ás daqueles que foram afastados.
NOÇÃO DE PERMANÊNCIA DOS OBJETOS
O sujeito aprende a compreender o objeto
nas suas rela
ções com as coisas atualmente
percebidas e n
ão apenas nas suas relações
com a a
ção. Nesse momento ele começa a
constituir o objeto real.
Fase das rea
ções circulares terciárias
(11 a 18 meses)
A rea
ção circular é denominada
terci
ária
porque o sujeito n
ão reproduz simplesmente
aquela experi
ência que traz um resultado
interessante, mas varia as a
ções durante a
pr
ópria repetição.
Constitui
ção de novos esquemas através da
experimenta
ção ou busca de novidade.
Surge um tipo superior de coordena
ção de
esquema, j
á que esta se dirige a
busca de
novos meios.
O sujeito modifica o ato ligado ao objeto com
o prop
ósito de estudar sua natureza –
EXPERIMENTA
ÇÃO ATIVA.
O progresso alcan
çado pela criança
identificase pelo fato dela adaptarse
às
novas situa
ções procurando descobrir
novos meios.
A crian
ça, nesta fase, ainda não dispõe da
capacidade de deduzir ou representar; a
solu
ção de problemas novos é alcançada
pela combina
ção da busca experimental e da
coordena
ção dos esquemas.
INTELIG
ÊNCIA EMPÍRICA – acomodação
intencional diferenciada
às novas
circunst
âncias.
In
ício do simbolismo (18 a 24 meses)
Novo tipo de condutas: inven
ção por
dedu
ção
e combina
ção mental.
Permitem
à
crian
ça o desenvolvimento de uma
INTELIG
ÊNCIA SISTEMÁTICA.
A crian
ça passa
premeditar a a
ção.
Tratase
da aplica
ção de meios conhecidos às novas
situa
ções.
Corresponde
à
transi
ção
de uma intelig
ência
sens
óriomotora para uma inteligência
representacional.
Nesta fase, o sujeito inventa novos meios
num n
ível representacional, sem atividade
sens
óriomotora imediata: a experiência
acontece ent
ão no ato do pensamento (a
crian
ça representa as ações antes de
execut
álas no plano real).
NÍVEL DA LINGUAGEM
A crian
ça emite sons e balbucia sílabas.
Utiliza uma palavra para significar uma frase.
MONÓLOGO
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
INDIVIDUAL
A crian
ça trabalha sozinha, para ela as outras
pessoas n
ão passam de objetos, passíveis de
serem explorados como qualquer outro. N
ão
emprestam seus objetos por acreditarem que
n
ão lhes serão devolvidos.
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
GRÁFICA
REALISMO FORTUITO
A crian
ça risca o papel sem coordenar
seus movimentos, por puro exerc
ício –
RABISCA
ÇÃO.
Em geral, enche o papel de tra
çados
evoluindo, ao final deste est
ágio, para
riscos circulares e, por fim, pequenos
c
írculos em todo o papel – DESENHO
CELULAR.
Ao perguntarmos
à criança o que
desenhou, esta
é capaz de atribuir
diferentes significa
ções ao mesmo
rabisco, mudando o significado a cada
pergunta.
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
CORPO
IMITAÇÃO COMO MODELO
Como n
ão tem as representações
mentais dos objetos, a crian
ça necessita
da presen
ça deles para imitálos. O
objeto
é o próprio modelo da imitação.
Inicia imitando sons, evoluindo para a
aprendizagem da linguagem. No entanto,
s
ó realiza imitações com o modelo em
sua presen
ça.
PRINCÍPIO DIDÁTICO
Permissividade para a A
ÇÃO da criança
sobre o meio: deslocar a si e os objetos no
espa
ço, engatinhar, subir e descer escadas,
andar em trilhas, empurrar e puxar, encaixar
e enfileirar objetos (blocos, gr
ãos, caixas,
etc.), manipular diferentes materiais e
texturas (terra,
água, pano, papel, etc.),
imita
ções faciais, sonoras e de gestos.
ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL
2 aos 7 anos
Neste est
ágio, o sujeito desenvolve uma
nova capacidade: o pensamento (no in
ício
egoc
êntrico
, depois intuitivo) que ser
á
aperfei
çoado nos estágios subseqüentes.
A atividade l
ógica não pode ser confundida
com intelig
ência, pois a criança evidencia
atos inteligentes sem ter muita l
ógica.
A fun
ção da lógica é a demonstração, a
busca da verdade. Neste est
ágio, a criança
parece muito segura em todas as coisas, e a
necessidade de verifica
ção do seu
pensamento n
ão representa, neste momento,
algo importante.
Nesse per
íodo, a troca de pontos de vista
nada mais
é que um choque de afirmações
contradit
órias, sem compreensão nem
motiva
ção.
O pensamento pode ser definido como a
representa
ção interna de eventos.
INTELIGÊNCIA SIMBÓLICA
A crian
ça se torna capaz de relacionar dois
ou mais objetos no plano mental,
independente da atividade sensorial e
motora.
Esta capacidade de representar os objetos
passa a ser poss
ível graças à
fun
ção
simb
ólica ou semiótica, característica do
desenvolvimento da intelig
ência neste
est
ágio.
A passagem da a
ção (período sensório
motor) ao pensamento (conceito) n
ão
acontece de forma brusca, mas num
processo de diferencia
ção progressivo.
Ao contr
ário da inteligência sensóriomotora,
a intelig
ência préoperatória independe da
percep
ção, possibilitando ao sujeito
relacionar dois ou mais objetos(ausentes ou
presentes), duas ou mais a
ções (do passado
ou do presente).
A crian
ça préoperatória é capaz de
reconstituir suas a
ções passadas através de
narrativas e de antecipar suas a
ções futuras
pela representa
ção verbal.
O aparecimento da linguagem tem como
conseq
üência a possibilidade de troca entre
os sujeitos, a apari
ção do pensamento
propriamente dito e a interioriza
ção da ação
.
NÍVEIS DA LINGUAGEM
As crian
ças parecem falar entre si, mas suas
frases n
ão são coordenadas e elas não se
importam com a resposta dos outros. Falam
todos ao mesmo tempo.
MONÓLOGO COLETIVO
INFORMAÇÃO ADAPTADA
A crian
ça adapta sua resposta à fala do
companheiro, mas n
ão é capaz de manter
uma conversa
ção longa, podendo mudar de
tema a partir de uma palavra que desperte o
seu interesse.
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
PARES MÓVEIS
As crian
ças começam a andar em pares mas
estes s
ão móveis, dissolvemse e refazemse
conforme a atividade. N
ão compreende regras
sociais, nem acordos, portanto estes pares n
ão
significam acordos ou compromissos m
útuos.
Os conflitos j
á configuram disputas (brigas) e
s
ão freqüentes.
PARES FIXOS
G
ênese da constru ção dos bandos.
Caracterizamse por maior perman
ência nas
escolhas. Os conflitos diminuem
consideravelmente. S
ão capazes de brincar
juntos, dividindo seus brinquedos. J
á têm
no
ção do que lhe pertence e do que pertence
aos outros.
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
GRÁFICA
REALISMO GORADO
Incapacidade sint
ética. Não consegue colocar
todos os elementos que desenha na totalidade
ou no conjunto. Come
ça a representar a figura
humana atrav
és de um círculo (cabeça) dotado
de pernas e bra
ços (GARATUJAS).
REALISMO INTELECTUAL
Consegue organizar os elementos na totalidade.
Enriquece seu desenho com detalhes; desenha
o que SABE que existe e n
ão o que pode ser
visto de um objeto nesta ou naquela posi
ção –
TRANSPAR
ÊNCIA.
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
CORPO
IMITAÇÃO DIFERIDA
In
ício das representações mentais. A criança é
capaz de evocar pessoas e objetos sem que
estes estejam presentes. Inicia a imita
ção sem
modelo, fazendo dessa um jogo de exerc
ício.
JOGO SIMBÓLICO
Capacidade de
reproduzir situa
ções
vividas. Passa a
assimilar o mundo
real, a crian
ça usa a
fantasia, o “fazde
conta”.
Principal caracter
ística do pensamento
pr
éoperatório:
EGOCENTRISMO
Esta caracter
ística sem manifesta no
plano perceptivo, afetivo e social.
CARACTER
ÍSTICAS DO EGOCENTRISMO
INTELECTUAL
FINALISMO
ANIMISMO
ARTIFICIALISMO
IRREVERSIBILIDADE
CENTRA
ÇÃO
FINALISMO
Para a crian
ça, tudo existe porque tem uma
finalidade a cumprir.
Fase dos “porquês”: a crian
ça pergunta pelo
simples prazer de perguntar.
Geralmente, esta finalidade tem a ver com os
interesses dela. Por exemplo: o sol nasce
porque ela precisa acordar.
ANIMISMO
A crian
ça atribui vida aos seres inanimados.
Por exemplo: a escada
é má porque a
derrubou.
ARTIFICIALISMO
A crian
ça tem dificuldade de diferenciar o
que foi constru
ído pelo homem e o que é
obra da natureza.
IRREVERSIBILIDADE
Nesta fase a crian
ça não têm noção de
conserva
ção. Isto está intimamente ligado à
irreversibilidade do pensamento.
Um racioc
ínio que não consegue
compreender que a opera
ção direta
corresponde a opera
ção inversa.
O pensamento da crian
ça préoperatória só
ocorre num sentido, se houver uma
transforma
ção, ela não pode ser desfeita por
um simples processo de voltar atr
ás.
CENTRA
ÇÃO
Pensamento centralizado, r
ígido, inflexível,
dada a impossibilidade de levar em conta
v
árias relações ao mesmo tempo. MINHA VÓ
N
ÃO PODE SER AO MESMO TEMPO M ÃE DA
MINHA M
ÃE.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
7 aos 12 anos
O que marca a transi
ção para o estágio
operat
ório concreto é o domínio de um
sistema cognitivo que permite que a crian
ça
manipule o mundo que a rodeia.
Sistema consistente e est
ável, através do qual
pode compreender a realidade objetivamente,
sem cair em contradi
ções típicas do estágio
pr
éoperatório.
INTELIG
ÊNCIA CONCRETA
Neste per
íodo as ações interiorizadas ou
conceitualizadas adquirem a categoria de
OPERA
ÇÕES
.
Uma opera
ção é uma ação que pode ser
internalizada ou uma a
ção sobre a qual se
possa pensar.
Implica sempre as no
ções de
reversibilidade
e conserva
ção
.
Transforma
ções reversíveis que modificam
certas vari
áveis e conservam outras a título
de invariantes – s
ão eminentemente
L
ÓGICAS.
S
ão chamadas
concretas porque est
ão
baseadas na experi
ência real que o sujeito
vivencia ou vivenciou. N
ão depende mais da
percep
ção.
Neste per
íodo a criança começa a estruturar
a realidade pela pr
ópria razão.
A crian
ça adquire, ao longo deste estágio,
no
ção de conservação de número,
subst
ância, peso e volume.
Neste est
ágio, também se observam grandes
conquistas do racioc
ínio em relação ao
tempo, velocidade e espa
ço.
A crian
ça supera o egocentrismo e é capaz
de ver a totalidade de diferentes
ângulos.
Organiza o mundo de forma l
ógica
(operat
ória); é capaz de incluir conjuntos, de
ordenar elementos por suas grandezas,
usando crit
érios de conjuntos.
Faz uso dos signos, convencionais e
arbitr
ários (palavra). É o momento mais
adequado para a alfabetiza
ção. A linguagem
oral
é cada vez mais importante e é capaz de
conversar longamente com os
companheiros.
NÍVEL DA LINGUAGEM
DIÁLOGO
A crian
ça tem condições de manter uma
conversa
ção, mas não consegue discutir
diferentes pontos de vista para chegar a uma
conclus
ão comum.
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO
E SOCIALIZAÇÃO
BANDOS
Agrupamse em quantidades maiores,
geralmente liderados por uma crian
ça que
possua caracter
ísticas significativas (ser a
maior, a mais forte, etc).
Adoram chefiar e ser chefiados.
Compreendem as regras e reconhecem as
regras sociais, tendo condi
ções de
estabelecer compromissos e serem fi
éis a
eles.
S
ão capazes de denunciar um colega que
infringiu uma regra, por acreditarem no poder
supremo das regras e na sua imutabilidade
(“moral do dever”).
Os conflitos deixam de ser meramente f
ísicos,
pois a press
ão do grupo é uma dura pena.
NÍVEL DE
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
REALISMO
VISUAL
A crian
ça já não desenha as partes
ocultas do objeto quando este
é visto de
um determinado
ângulo. Supera as
transpar
ências, já começa a representar,
em seu desenho, a profundidade.
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
(corpo)
DRAMATIZAÇÃO
A crian
ça tornase capaz de reproduzir textos
ou represent
álos a partir de situações vividas,
respeitando um contexto temporal e uma
seq
üência lógica. São capazes de criar histórias
com enredo, geralmente a partir de situa
ções
vividas.
PRINCÍPIO DIDÁTICO
A crian
ça é capaz
de concentrarse
por um per
íodo
maior de tempo.
Tem condi
ções de
executar tarefas
que envolvam
seq
üências e
regras, devendo
explorar
experi
ências
concretas de
resultados
imediatos ou de
prazo mais longo.
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS
12 ANOS em diante
Este per
íodo é denominado operatório
formal porque a l
ógica extrapola o real,
possibilitando o desenvolvimento de um
pensamento l
ógico considerado a forma de
um argumento, independente da realidade
concreta.
O sujeito constr
ói um sistema lógico que lhe
possibilita operar mentalmente sobre
proposi
ções.
Tem in
ício os processos de pensamento
hipot
ético dedutivos – o sujeito começa a
considerar o poss
ível como um conjunto de
hip
óteses que precisam ser sucessivamente
comprovadas.
Nesta fase, o indiv
íduo demonstra grande
interesse nas transforma
ções sociais e nas
teorias voltadas para o futuro.
NÍVEL DA LINGUAGEM
DISCUSSÃO
O adolescente
é capaz de discutir um tema com
diferentes pontos de vista e chegar a uma
conclus
ão.
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
GRUPOS
As crian
ças são capazes de formar grupos
propriamente ditos, os grupos de adolescentes,
onde descobrem que as leis s
ão transformáveis
e seu compromisso antes de tudo
é com SEU
grupo. S
ão absolutamente fiéis a ele (“moral da
coopera
ção”).
NÍVEL DE
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
TÉCNICAS DE
DESENHO
Utiliza as coordenadas, desenhando um
conjunto que envolve rela
ções métricas,
propor
ções e profundidade. Pode aprender
todas as t
écnicas de desenho.
NÍVEL DE
REPRESENTAÇÃO (corpo)
TEATRO
O adolescente pode dominar todo o conjunto de
representa
ção de um texto e desenvolver todos
os aspectos que envolvem as pr
áticas teatrais.
Intelig
ência abstrata
Pensamento verbalizado e socializado
Dissocia
ção entre o eu e o outro
Interc
âmbio entre o eu e o outro
Linguagem socializada
Afetos interindividuais: sentimentos
e ideais coletivos
Nesta fase, a linguagem d
á suporte ao
pensamento conceitual; h
á possibilidade de
formula
ção de hipóteses e preposições
; o jovem
caminha para a autonomia no tocante
às regras
sociais. Consegue caminhar para rejeitar,
criticar, aceitar, refletir sobre valores e
conven
ções sociais, culminando com a
constru
ção da autonomia.