Além disso o apoio do serviço de saúde e o acompanhamento da equipe
médica são peças fundamentais para o planejamento familiar, pois
promovem o acesso à informação sobre os métodos mais eficazes e seguros
de acordo com o histórico do paciente.
Além de contribuir por meio da orientação para que o casal tenha sua
vivência da sexualidade com segurança e saúde, o foco de entender o que é
planejamento familiar é também sinônimo de bem-estar físico e mental de
mulheres e homens.
O que é planejamento Familiar?
Lei do Planejamento Familiar
As medidas para executar esse plano são consideradas um direito
previsto em lei para homens e mulheres. De acordo com a Lei do
Planejamento Familiar (Lei nº 9.263/1996), vigente há 25 anos, o Estado
deve garantir condições de acesso ao planejamento familiar a todo
cidadão que queira adotá-lo. Tal planejamento está associado a um
conjunto de ações de atenção integral à saúde.
O SUS oferta suporte completo para o planejamento da gravidez,
para o pré-natal, parto e pós parto, de maneira segura, de
qualidade e humanizada. planejada com suporte completo mesmo
após o nascimento, preservativos femininos e masculinos, e as
pacientes recebem também apoio para as medidas de prevenção e
controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
O programa de planejamento familiar é desenvolvido
principalmente pela APS nas unidades da Estratégia Saúde da
Família (ESF), que contam com uma rede de apoio de profissionais
especializados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O que o SUS oferta?
Considerado um dos métodos
contraceptivos mais populares, a camisinha
masculina protege contra ISTs, tem baixo
custo e é fácil de usar. Além disso, ela
apresenta um alto índice de eficácia
quando utilizado do modo correto.
É um preservativo que consiste em uma
capa fina de borracha que recobre o pênis
durante a relação sexual, impedindo o
contato do sêmen com a vagina, o ânus ou
a boca. O esperma fica retido e os
espermatozoides não entram no canal
vaginal.
A camisinha feminina pode ser colocada até 8
horas antes do ato sexual, sendo também um
método de barreira, pois não permite que o
espermatozoide entre em contato com o canal
vaginal. Se utilizado corretamente, conforme
instruções, apresenta um alto índice de eficácia
O seu plástico é mais fino e mais lubrificado que
a masculina e o seu uso não é recomendado
simultaneamente com a camisinha masculina.
Deve ser colocada duas horas antes da
relação sexual e retirada após 4 a 6 horas,
sendo necessário ser lavado com água e
sabão após o uso e sua durabilidade é de
cerca de 2 anos.
Livre de hormônios e com baixo custo, o
diafragma não apresenta um alto índice
de eficácia, por isso, a recomendação do
uso combinado com espermicida.
O DIU de cobre possui uma estrutura metálica com ação
espermicida intrauterina, impedindo que o espermatozoide
alcance o óvulo e apresentando uma eficácia contra a
gravidez de 99,6%.
O DIU hormonal (SIU) apresenta
material macio e formato de T que
possui um reservatório de
hormônios, sendo estes liberados em
doses baixas no útero.
A pílula anticoncepcional de emergência só deve ser usada
excepcionalmente e nunca deve ser adotada como método
contraceptivo usual.
Cada dose é composta por duas pílulas que devem ser ingeridas com
intervalo de 12 horas. Elas concentram elevada dose hormonal (o
equivalente a 8 pílulas anticoncepcionais de uso prolongado) que
retarda a ovulação, dificultando assim a gestação.
O uso frequente da pílula do dia seguinte pode causar alterações no
ciclo menstrual.
O contraceptivo em forma de adesivo é
semelhante a um esparadrapo, sendo aplicado
na pele para que ocorra a liberação dos
hormônios, que acontece de forma contínua.
O tempo de duração do adesivo é de uma
semana, devendo ser substituído durante 3
semanas, atingindo assim, 21 dias. Assim
como a pílula, a orientação é que seja feita
uma pausa de uma semana para que o
processo seja iniciado.
O anticoncepcional injetável é semelhante
à pílula e consiste na aplicação de uma
solução oleosa que libera a mesma
quantidade diária de hormônios que a
pílula. Pode ser aplicada de forma mensal
ou uma a cada três meses.
Não interfere com a menstruação, que
ocorre normalmente. É mais prático que a
pílula, pois não é preciso administrá-lo
diariamente, além de causar menos efeitos
colaterais. É um dos métodos
contraceptivos com maior índice de
eficácia.
O implante subcutâneo é inserido debaixo da pele do antebraço.
Após sua aplicação, o dispositivo começa a liberar de forma
contínua o hormônio contido, enviando-o para a corrente
sanguínea da mulher. A função deste hormônio é bloquear as
ações dos ovários, impedindo que ocorra a liberação de óvulos.
Quais as desvantagens do implante subcutâneo?
Ganho de peso; aumento de acne; sangramento irregular e falta
de menstruação; efeitos colaterais como dores de cabeça,
perda de libido, variações no humor e cistos nos
ováriostambém foram relatados.
Caso Clínico: Planejamento Familiar
Paciente: Maria Clara, 28 anos
História Clínica:
Maria Clara, casada há 3 anos, deseja iniciar uma família nos próximos
dois anos e quer discutir opções de planejamento familiar. Ela está em
boas condições de saúde, com ciclos menstruais regulares e sem histórico
de problemas ginecológicos. Não usa contraceptivos atualmente devido às
viagens frequentes a trabalho. Preocupada com os efeitos colaterais dos
métodos hormonais, busca opções reversíveis.
Perguntas para Discussão:
1. Quais informações adicionais sobre a história reprodutiva de Maria
Clara são importantes para o planejamento familiar?
2. Quais métodos contraceptivos hormonais e não hormonais são
adequados para Maria Clara?
3. Quais são as vantagens e desvantagens dos métodos contraceptivos
para ela?
4. Como cada método impacta a fertilidade futura?