AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA PORTELA E MOSCAVIDE
Ficha de trabalho-11ºG
Objectivo: Estudo dos Aspectos morfológicos das cidades - tipos de plantas.
Em Geografia (e não só) chama-se o sítio à localização exacta do espaço que originalmente deu
origem à cidade.
A escolha desse sítio, não era feita ao acaso e correspondia a determinadas necessidades: circulação,
trocas comerciais, defesa. Deste modo, começaram a surgir cidades com formas diferentes e com
funções diferentes.
O estudo das várias plantas que possam existir numa mesma cidade, permite observar a evolução
desse centro urbano ao longo dos anos. A maior parte das cidades não apresenta um plano original
homogéneo, mas sim a sobreposição de dois ou mais tipos de plantas, cada um deles, correspondentes
a épocas distintas.
PLANTA IRREGULAR: Este tipo de planta (ou malha
urbana) é característica das cidades muçulmanas e
medievais. As edificações mostram que a cidade com este
tipo de planta, cresceu de forma desordenada: os edifícios
estão construídos em cima uns dos outros, as ruas são muito
estreitas, tortuosas e muitas vezes acabam em becos sem
saída, muitas dessas ruas mais parecem uns labirintos, por
vezes com escadinhas e calçadas impedindo ou dificultando a
circulação de veículos.
Esta planta de crescimento anárquico e desordenado, surge em muitos centros
urbanos, principalmente nas áreas centrais e mais antigas. São exemplos em
Portugal deste tipo de plantas, algumas áreas das cidades de Lisboa (Alfama e
Mouraria) e algumas áreas históricas do Porto e Évora.
PLANTA RADIOCONCÊNTRICA: Este tipo de malha
é comum na maioria das cidades europeias e,
geralmente, tem a ver com uma função defensiva que
remonta à Idade Média.
São típicas de cidade que possuíam uma muralha
defensiva e, à medida que a cidade ia crescendo, as
muralhas iam sendo destruídas e substituídas por
outras com um raio maior. No lugar das antigas
muralhas, iam sendo construídas ruas, que eram
"cortadas" por outras com acesso ao centro da cidade. Também podem ter surgido
como uma adaptação ao lugar, ou seja, como adaptação ao relevo: em locais em
que o sítio da cidade era numa colina, um traçado radial e em círculos concêntricos
seria o mais apropriado às condições naturais dos terrenos.