Natália Silva Bastos Ribas R2 de pediatria
Orientado por Dra Lislie Capoulade
Afebrile Pneumonia Syndrome
Author:Robert W Tolan Jr, MD,Chief, Division of Allergy, Immunology and
Infectious Diseases, The Children's Hospital at Saint Peter's University
Hospital; Clinical Associate Professor of Pediatrics, Drexel University College
of Medicine
Coauthor(s):Judith R Grisi, BS, PAC,Physician Assistant, Monmouth Ocean
Pulmonary Medicine, CentraState Medical Center
Contributor Information and Disclosures
Updated: Jan 7, 2009
www.paulomargotto.com.brBrasília, 12/302010
Definição
Infecção pouco comum em neonatos e crianças
menores de 6 meses .
Inicialmente descrita como doença de transmissão
vertical pelos agente Chlamydia, CMV e
Ureaplasma urealyticum.
C. tracomatis
Identificado em 5 a 90% dos pacientes,
colonizam 2 a 13% das mulheres grávidas,
50% dos RN são infectados porem 5 a 13%
desenvolvem a pneumonia.
CMV
Identificado em 0 a 23%,
colonizam 11 a 28% das mulheres grávidas,
colonizam 10 a 20% das mulheres amamentando,
50% das crianças são infectadas porem é
incomum o desenvolvimento da doença
U. urealyticum
Identificado em 0 a 21%,
colonizam 40 a 80% das mulheres grávidas,
16% dos RN com baixo peso e 8 a 11% dos RN
P>2,5Kg são infectados porem a freqüência que
causa doença não é clara.
Fatores predisponentes
Baixo peso ao nascer,
prematuridade,
mãe solteira,
baixa idade materna,
exposição ao tabagismo,
baixa condição socioeconômica,
numero de parceiros sexuais maternos,
sem predileção entre etnia e gênero.
Morbidade e Mortalidade
Doença benigna e auto limitada,
mortalidade 3,4% em 205 pacientes estudados
menores de 3 meses,
46% dos pacientes estudados desenvolveram novos
episódios até 4 anos,
15% persistiram com alteração radiográfica por mais 12
meses,
60% dos pacientes monitorados tiveram sua função
pulmonar alterada,
predispostos a doenças respiratórias obstrutivas em
vida.
Quadro Clinico
Sintomas pouco específicos,
aguda ou subaguda,
afebril ou subfebril,
taquipneia,
irritabilidade,
pouca aceitação da dieta,
rinorreia,
congestão nasal,
apneia e cianose são menos comuns.
Quadro clínico x etiologia
Chlamydia tracomatis
Porta de entrada: olhos, nasofaringe, trato respiratório
e vagina,
sintomas começam com 2 a 19 semanas,
quadro clinico insidioso,
sintomas inespecíficos,
conjuntivite aumenta a possibilidade de infecção por
chlamydia.
U. urealyticum
Associado a prematuridade e doença pulmonar
crônica,
associado a baixo peso e prematuridade,
quadro clinico agudo a subagudo.
Citomegalovirus
Associado a baixa imunidade,
maioria assintomático,
podem desenvolver pneumonia intersticial na
infância,
presença de hepatoesplenomegalia aumenta a
possibilidade de infecção por CMV.
Virus sincicial respiratório
Mais comum em 2 a 5 meses,
sintomas inespecíficos, duram semanas ,
geralmente não há necessidade de hospitalização
porem se associada a cardiopatia congênita,
prematuridade, imunodeficiência ou terapia
imunossupressora,
pior na primavera e inverno.
Adenovirus
Pode estar relacionada a quadros graves de
pneumonia, bronquiolite que podem progredir para
morte,
associado a conjuntivite, faringite, distúrbios
gastrointestinais e sintomas respiratórios altos.
Virus Parainfluenza
Pode estar relacionado a epidemias ou quadros
esporádicos,
sintomas inespecíficos,
mais freqüente na primavera e verão,
quando associado a imunodeficiência pode
desenvolver quadros graves,
raramente causa apneia,
infecção bacteriana secundaria é muito comum,
clinicamente indistinguível com outros agentes.
P. Jiroveci
Mais freqüente em imunodeprimidos,
aproximadamente 75% das pessoas saudáveis
adquirem anticorpos ate 4 anos de vida,
mais freqüente de 2 a 6 meses, raro no primeiro mês de
vida,
o modo de transmissão é desconhecido.
Diagnóstico diferencial
Asma
Síndrome aspirativa
Atelectasia pulmonar
Infecção por germes atípicos
Bronquiectasia
Bronquiolite
Displasia broncopulmonar
Tuberculose
Entre outros
Diagnostico
Pode ser observado eosinofilia com ou sem
leucocitose,
cultura de nasofaringe, hemoculturas, cultura de
secreção respiratória,
imagem radiológica sugestiva de processo
pneumônico,
sorologias,
função pulmonar alterada,
lavado broncoalveolar,
biopsia pulmonar.
Tratamento
Considerar antibioticoterapia empírica mesmo nos
quadros virais se o potencial benefício da
intervenção precoce supera os riscos de um não
tratamento,
Primeira opção: eritromicina 40 mg/Kg/dia, 6/6h,
durante 10 a 14 dias,
Segunda opção: azitromicina 10 mg/Kg/dia VO 1x
ao dia por 5 dias,
Terceira opção: claritromicina 15mg/Kg/dia VO por
14 dias.
OBS1: risco de EHP no uso de eritromicina em
neonatos,
OBS2: poucos estudos mostrando a segurança do
uso de azitromicina venosa em menores de 6
meses,
Suspeita de quadro virais podem ser usados
antivirais,
Primeira opção: Ganciclovir 10mg/Kg/dia IV 12/12h
por 14 a 21 dias,
Segunda opção: Foscarnet 180 mg/Kg/dia por 24h
e após 90mg/Kg/dia por 14 a 21 dias.
Prognóstico
Deve ser feito acompanhamento por 5 anos após o
quadro,
mais das metades evolui com asma e doenças
pulmonares obstrutivas a partir dos 7 anos,
diagnostico precoce melhora o prognostico,
associação com comorbidades piora o prognóstico.
Conclusões
Devemos pensar em Síndrome da pneumonia afebril
nos pacientes menores de 6 meses com sintomas
inespecíficos e principalmente naqueles com
taquipneia,
iniciar terapêutica correta sem esquecer da
possibilidade de etiologia viral,
realizar seguimento do paciente até completar 5 anos
de vida (rotina CD),
orientar pais quanto aos riscos a longo prazo (reforçar
necessidade de seguimento nas consultas de rotina).