Poema alvaro de campos

maria_ines95 13,335 views 17 slides Aug 27, 2014
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About This Presentation

Este trabalho apresenta uma análise ao poema " o que há em mim é sobretudo cansaço" de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa


Slide Content

“O que há em mim é sobretudo cansaço” Álvaro de Campos- Fase abúlica Realizado por: André Rocha nº2 Maria Inês Teixeira nº8 Nuno Sousa nº 10

“ O que há em mim é sobretudo cansaço” O que há em mim é sobretudo cansaço-  Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis,    As paixões violentas por coisa nenhuma,    Os amores intensos por o suposto em alguém,     Essas coisas todas -  Essas e o que falta nelas eternamente -;    Tudo isso faz um cansaço,    Este cansaço, Cansaço.   Há sem dúvida quem ame o infinito,    Há sem dúvida quem deseje o impossível,    Há sem dúvida quem não queira nada -   Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:    Porque eu amo infinitamente o finito,    Porque eu desejo impossivelmente o possível,    Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser...  E o resultado?    Para eles a vida vivida ou sonhada,     Para eles o sonho sonhado ou vivido,    Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...  Para mim só um grande, um profundo,    E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,     Um supremíssimo cansaço,     Íssimno , íssimo , íssimo ,    Cansaço...

Análise do poema Este poema é constituído por: Duas quintilhas Duas oitavas Uma quadra Não tem esquema rimático Rima livre ou verso livre- as palavras que rimam ou são iguais ou derivam da mesma palavra.

Assunto do poema Por estrofes O poema está dividido em 4 partes lógicas: O cansaço que o poeta sente A origem do cansaço A comparação e a própria definição A conclusão

O que há em mim é sobretudo cansaço-  Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. Tema: O cansaço que há no sujeito poético. Sente cansaço mas não sabe de onde vem esse cansaço

A sutileza das sensações inúteis,    As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em alguém,     Essas coisas todas -  Essas e o que falta nelas eternamente -;    Tudo isso faz um cansaço,    Este cansaço, Cansaço.   A origem do cansaço Existe uma contradição com a 1ª estrofe. O cansaço tem origem nas coisas fúteis da vida, nas paixões fortes por nada e nos amores intensos.

Há sem dúvida quem deseje o impossível,    Há sem dúvida quem não queira nada -  Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:    Porque eu amo infinitamente o finito,    Porque eu desejo impossivelmente o possível,    Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser...  A comparação e a definição Está a comparar-se com os que não viviam como ele, que não sentiam angústia do seu ser. O Sujeito Poético era diferente dos comuns.

E o resultado?    Para eles a vida vivida ou sonhada,     Para eles o sonho sonhado ou vivido,    Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo,    E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,     Um supremíssimo cansaço,     Íssimno , íssimo , íssimo ,    Cansaço... Conclusão Apesar do cansaço o poeta sente uma felicidade por estar cansado porque sabe que esse cansaço se deve a dificuldade em realizar os seus sonhos.

Recursos estilísticos

O que há em mim é sobretudo cansaço-  Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço.   A sutileza das sensações inúteis,    As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em alguém,     Essa s coisa s toda s -  Essas e o que falta nelas eternamente -;    Tudo isso faz um cansaço,    Este cansaço, Cansaço.   Aliteração em s Anáfora-repetição da mesma palavra, ou construção sintática, no princípio de cada verso. Repetição-consiste na utilização de palavras repetidas para intensificar ideias. Antítese-consiste no contraste entre dois elementos ou ideias.

Há sem dúvida quem ame o infinito,    Há sem dúvida quem deseje o impossível,    Há sem dúvida quem não queira nada -  Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:    Porque eu amo infinitamente o finito,    Porque eu desejo impossivelmente o possível,    Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser...  E o resultado?    Para eles a vida vivida ou sonhada,     Para eles o sonho sonhado ou vivido,    Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo,    E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimno , íssimo , íssimo , Cansaço... Anáfora-repetição da mesma palavra,ou construção sintática,no princípio de cada verso. Interrogação retórica-pergunta que não espera resposta,colocada para reforçar o que se está a dizer. Hipérbole-consiste no emprego de uma expressão que exagera o pensamento para dar mais ênfase ao discurso.

Versos mais difíceis e versos mais fáceis e fascinantes

“A subtileza das sensações inúteis” (v.6) Significa que há sensações que nos são transmitidas mas que são inúteis. Difícil

“Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles” (v.6) Impressionante Tipos de idealistas: “Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada-”

Características da poética

O poema pertençe a 3ªfase de escrita do poeta  Fase Intimista. Uso de muitas figuras de sintaxe e recursos estilísticos Uso de linguagem acessível(corrente) Ausência de Rima Tendência para o Exagero Mais uma vez como em outros poemas ,o tema abordado pelo sujeito poético é a angústia existencial( á semelhança de alguns poemas de Fernando Pessoa, o ortónimo).

Fim
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