Poemas Pra CriançAs

18,456 views 11 slides Nov 29, 2009
Slide 1
Slide 1 of 11
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11

About This Presentation

No description available for this slideshow.


Slide Content

EM FAMÍLIA
Na Escola das Nuvens não vai ninguém
– porque não existe Escola das Nuvens.
As nuvens aprendem tudo em casa.
Mamãe-nuvem ensina como se faz chuva.
Papai-nuvem ensina como se faz uma
chuva
DAQUELAS BEM FORTES.
Mamãe-nuvem faz assim:
Ca
ta
trá – Ca
ta ta
trá!
Papai-nuvem faz assim:
CA
TA
TRÃO! - CA
TA TA
TRÃO!
E o filhinho nuvem faz assim:
ca
ta
trim
ca
ta ta
trim
e
cai
um
pinguinho
pequenininho
assim
que
faz
pim
pilim
pimpim!
CAMARGO, Luís. O
catavento e o ventilador.

A CANÇÃO DOS TAMANQUINHOS
Troc...troc...troc...troc...
Ligeirinhos, ligeirinhos,
Troc...troc...troc...troc...
Vão cantando os tamanquinhos...
Madrugada. Troc...troc...
Pelas portas dos vizinhos
Vão batendo, troc...troc...
Vão cantando os tamanquinhos...
Chove. Troc...troc...troc...
No silêncio dos caminhos
Alagados, troc...troc...
Vão cantando os tamanquinhos...
E até mesmo, troc...troc...
Os que têm sedas e arminhos,
Sonham – troc...troc...troc...
Com seu par de tamanquinhos...
MEIRELES, Cecília. Criança meu amor.

IMPROVISO
“Bico, bico, surumbico
Quem te deu tamanho bico?”
Baco, baco, surumbaco,
quem fez cócegas no sovaco?
Béco, béco, surumbéco,
quem toca reco-reco?
Bico, bico, surumbico,
quem tem cara de penico?
Bóco, bóco, surumbóco,
quem desfila nesse bloco?
Buco, buco, surumbuco,
quem partiu pra Pernambuco?
JOSÉ, Elias. Segredinhos de amor.

CHUVA
A chuva plic
na grade ploc
Balança plic
o mundo ploc
Balança o prédio
atrasa o carro
que vira barco
na correnteza
Balança plic
a casa ploc
E eu só plic
sem sair ploc
Quero me banhar
mas só consigo
molhar a mão.
No morro plic
escorre ploc
uma água plic
bem suja ploc
Como é que lá
as pessoas dormem
se estão molhadas?
O barro plic
se molda ploc
em castelo plic
no barraco ploc
E eu aqui
só olhando lá
Escutando o ploc
balançar o plic.
VARGAS, Susana. Doce de casa.

BALANÇO
Corda de guitarra faz dlim
corda de baixo faz dom
corda de relógio faz tic
corda de carinho é bom.
Corda de balanço
sobe & desce
corda de tristeza
vai & vem
vamos todos pra praça
que o amor chegou de trem.
DUARTE, Osvaldo. Abri, Abriste, Abreu.

A ESTRADA E O CAVALINHO
O cavalinho na estrela
pacatá, pacatá,
com sua sombra mais atrás
pacatá, pacatá.
Pára ao lado de um riacho,
pacatá, pacatá,
e se vê no espelho d'água,
pacatá, pacatá.
Que água limpa e fresca,
pacatá, pacatá,
corre aqui, corre acolá,
pacatá, pacatá,
e uma sombra tão boa
pacatá, pacatá,
não vi noutro lugar,
pacatá, pacatá,
mas a estrada já me chama
pacatá, pacatá,
sempre está a me chamar,
pacatá, pacatá.
O cavalinho volta à estrada
pacatá, pacatá,
com sua sombra mais atrás,
pacatá, pacatá.
CAPARELLI, Sérgio. Boi da
cara preta.

A VACA E O BOI
A vaca falou pro boi:
- Onde foi que você foi?
O boi mugiu sorridente
que estava com dor de dente.
A vaca disse: - É mentira!
(e quase perdeu a linha)
- Eu já sei que você anda
namorando com a vizinha,
aquela vaca bandida,
aquela coisa holandesa,
aquela praga horrorosa,
que se julga uma princesa!
Ouvindo aquele berreiro,
o boi saiu de fininho.
A vaca tinha ciúme,
mas o boi era solteiro...
AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados.

RESPOSTAS
- Vá plantar batata.
- Depois você descasca?
- Vá lamber sabão.
- Pois não. Mas me empresta a sua língua que a minha já está limpa.
- Vá ver se eu estou na esquina.
- Fui e nada vi: o bobo estava aqui.
- Vá caçar sapo.
- Cacei, aqui está: mande logo pro papo.
PAES, José Paulo. Poemas para
brincar.

PAPO DE ANJO
- São Damião era um são damiinho
ou Santo Agostinho era um santo agostão?
- São Sebastião era um são sebastinho
ou São Valentim era um são valentão?
- São Salomão era um são salaminho
ou São Balalão era um são balãozinho?
- São pelos São Paulos que os santos santinhos
ou são pelos São Pedros que os santos sáo sãos?
BARRETO, Antônio. Brincadeiras de Anjo.

Sentado em seu trono
o rei penico nono
todo dia
um novo decreto cria.
Ontem mesmo proibiu
qualquer um
de fazer “pum”
e o povo obediente
agora só faz:
“pom”, “pim”, “pente”.
O decreto de hoje
é ainda mais severo
ninguém pode fazer cocô
nos penicos do castelo.
CORREIA, Almir. Poemas malandrinhos.

SEU LOBO
Seu Lobo, por que esses olhos tão grandes?
Pra te ver, Chapeuzinho.
Seu Lobo, pra que essas pernas tão grandes?
Pra correr atrás de ti, Chapeuzinho.
Seu Lobo, por que esses braços tão fortes?
Pra te pegar, Chapeuzinho.
Seu Lobo, pra que essas patas tão grandes?
Pra te apertar, Chapeuzinho.
Seu Lobo, por que esse nariz tão grande?
Pra te cheirar, Chapeuzinho.
Seu Lobo, por que essa boca tão grande?
Ah, deixa de ser enjoada, Chapeuzinho!
CAPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crianças.
Tags