Pontos cefalometricos

52,230 views 19 slides May 31, 2011
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Slide Content

Capítulo V 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontos Craniométricos 

 
Na cefalometria é necessário estabelecer pontos que sirvam como referên-
cias básicas; estes são chamados pontos 
craniométricos ou cefalométricos, 
que,  em  sua  maioria,  foram  herdados  da  antropologia.  São  pontos  preci-
samente  determinados  por  diferentes  autores,  sendo localizados  em  aci-
dentes anatômicos, facilmente identificáveis ou em posições geométricas. 
 
Restringe-se este livro aos pontos craniométricos utilizados nas análises de 
Wylie, Steiner e Interlandi. 
 
Os pontos localizados no plano médio sagital (PM) são ímpares e constitu-
em a maioria, são mais precisos a confiáveis. 
 
Os  pontos  localizados  lateralmente  são  pares  (PL), um  de  cada  lado  da 
face.  Nas  telerradiografias,  freqüentemente  apresentam-se  duplos,  em 
imagens  não  coincidentes.  Isso  ocorre  pela  divergência  dos  raios  a  pela 
assimetria  facial.  Quando  os  pontos  apresentam-se  duplos,  existem  dois 
critérios para a singularizarão: tomar o ponto médio entre os dois ou acei-
tar aquele que corresponde ao lado mais próximo da película, na maioria 
dos equipamentos o lado esquerdo da face. 
 

 
Segundo o critério que se aceite, traça-se unicamente o lado esquerdo da 
face.
1
 Ou traçam-se os dois lados, tomando os pontos médios.
2
 
 


1
Por tradição, herdada da craniometria, mede-se o lado esquerdo da face. Por este motivo, 
convencionou-se, universalmente, posicionar o paciente com o lado esquerdo junto a película 
que estando mais próximo desta apresenta menor distorção.

2
O padrão USP toma o ponto médio entre as duas imagens, o que é  interessante, tendo em 
vista que alguns aparelhos não adotarem  a norma de posicionar o lado esquerdo do paciente 
voltado para a película, como foi ressaltado em Técnicas Cefalométricas Radiográficas.

 
 
Pontos médios sagitais 
 
S - Ponto S 
N - Nasion 
P' - P linha 
Sbnp - Espinha nasal posterior 
Spna - Espinha nasal anterior 
A - Ponto A 
B - Ponto B 
Pg - Pogonion 
E - Ponto E 
Gn - Gnation 
Me - Mentoniano 
 

 
 
Pontos laterais 
 
Po - Porion 
Fpm - Fissura Pterigomaxilar 
Or – Orbitale 
FG - Fossa glenóide 
6 - 1° molar superior 
Go - Gonion 
 
Pontos sagitais  Pontos laterais 
S - Ponto S 
A - Ponto A 
Pg - Pogonion 
E - Ponto E 
N - Nasion 
B - Ponto B 
Gn - Gnation 
P' - P linha 
Me - Mentoniano 
Sbnp - Espinha nasal posterior 
Spna - Espinha nasal anterior 
Po - Porion 
Fpm - Fissura Pterigomaxilar 
Or - Orbitale 
Go - Gonion 
FG - Fossa glenóide 
6 - 1° molar superior 
 

As siglas tradicionais, herdadas da antropologia, são Spna e Spnp. No en-
tanto, encontram-se na literatura ortodôntica Epna e Epnp. Como também, 
simplesmente,  Enp e Ena. Qualquer uma das siglas é válida, ainda que nós 
prefiramos adotar a primeira. 
 
Da  mesma  maneira  para  os  pontos  craniométricos,  a  sua  nomenclatura 
tradicional é 
gnathion, enquanto que a literatura ortodôntica, geralmente, 
escreve, 
gnation.  Steiner  designa  o  centro  da  sela  túrcica  com  um  "S", 
enquanto que Wylie usa "ST". 
 
 
Spna = Epna = Ena 
Spnp = Epnp = Enp 
Gnathion = Gnation 
S = ST 
 
 
 
Ponto S (S) (PM). Centro da imagem da sela túrcida do osso esfenóide.
3
 
Marca-se o entrecruzamento de seus dois longos eixos. 


3
 Mais informações sobre Ponto S, Sela Túrcica e Esfenóide, com imagens colhidas do livro 
"Anatomia Radiológica em Norma Lateral", de Graciela Porta (2009): 
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/lateral_porta

 
Nasion  (N)  (PM).  Ponto  na  parte  mais 
anterior  da  sutura  frontonasal,  facilmente 
identificável  nas  pessoas  jovens.  Quando 
não  se  identifica  a  sutura,  marca-se,  na 
região,  a  parte  mais  reentrante.  Também 
se observa a diferença de radiopacidade. O 
osso frontal apresenta imagem mais radio-
paca que os ossos nasais. 
 
 
 
Orbitale (Or) (PL). Ponto mais inferior da órbita. 
 

 
Fissura ptérigomaxilar (Fpm) (PL).  A imagem da fissura ptérigomaxi-
lar tem a figura de uma gota de água invertida e alongada. Limita-se com 
a  parte  posterior  da  tuberosidade  da  maxila  e  o  lado  anterior  da  apófise 
pterigóide  do  osso  esfenóide.  O  ponto  craniométrico  (Fpm)  marca-se  no 
centro desta figura. 
 
 
Fossa glenóide (FG) (PL). Ponto mais posterior do côndilo mandibular. 

 
Porion (Po) (PL). Ponto mais superior na borda externa do meato acústi-
co externo. Não é facilmente identificável nas telerradiografias, motivo pelo 
qual  alguns  autores  preferem  marcar  o  ponto  na  parte  mais  superior  da 
imagem  da  oliva  do  cefalostato.  No  entanto,  parece haver  signifìcativas 
variações  entre  este  ponto  e  o  verdadeiro  pórion,  conforme  demonstram 
Steiner  e  Ricketts.  Em  crânios  secos  observa-se  que  geralmente  a  parte 
mais alta da cabeça do côndilo da mandíbula está no mesmo plano que o 
pórion. Isto pode servir de ajuda para localizar o verdadeiro pórion. Vion, 
Langlade e McNamara recomendam figura oval (maior diâmetro com 8 ou 
10 mm), para localizar o CAE. 
 
 
Espinha  nasal  anterior  (Spna)  (PM).  Ponto  mais  anterior  da  maxila. 
Sua localização pode ser dificultada pela existência de continuidade com a 
cartilagem da base do nariz, que por estar parcialmente calcificada, em sua 
inserção, apresenta imagem difusa. Para localizar este ponto, prolonga-se, 
para  cima  e  para  frente,  a  curva  anterior  à  maxila até  a  sua  intersecção 
com o prolongamento do assoalho das fossas nasais. 
 

 
Espinha nasal posterior (Spnp) (PM). Ponto mais posterior da maxila. 
Não  se  distingue  bem  na  radiografia  devido  à  sobreposição  com  outros 
elementos  anatômicos.  Na  prática,  para  localizá-lo,  marca-se  o  centro  da 
fissura ptérigomaxilar e traça-se daí uma vertical até a intersecção com o 
plano biespinhal. 
 
 
Ponto A (A) (PM). Ponto mais profundo na concavidade que vai da espi-
nha nasal anterior (Spna) até o rebordo alveolar. É necessário ter em conta 
a  sombra  da  prega  da  espinha  nasal  anterior  Ela  mascara  a  verdadeira 
localização do ponto A. 
 

 
A  espinha  nasal  anterior forma uma prega que desce abaixo do ponto A, 
apresentando,  na  radiografia,  uma  imagem  levemente radiopaca,  a  qual 
não deve ser considerada na determinação do ponto.  
 
 
 
 
Esta radiografia mostra, com clare-
za,  a  situação  descrita  acima.  A 
imagem  bem  evidente  da  concavi-
dade  que  vai  da  espinha  nasal  an-
terior (Spna) até o  rebordo  alveo-
lar, posicionada atrás, não é repre-
sentativa da parte anterior da maxi-
la. É errado marcar aí o ponto A. A 
parte  anterior  da  maxila  está  me-
nos  nítida  na  frente.  O  ponto  deve  
ser marcado onde indica a flecha. 
 

Ao contrário do que ocorre com a prega da espinha nasal anterior, descrita 
na figura anterior, a menor densidade óssea da parte, anterior da maxila, 
torna, mais clara esta zona e pode parecer que o ponto A está mais atrás 
(A).  A  determinação  certa  é  em  A'.  Também,  quando  o  tecido  da  massa  
muscular das bochechas é muito grande, ela aparece nas telerradiografias 
e pode perturbar a determinação do ponto A. 
 
Mais informações sobre o Ponto A colhidas do livro "Anatomia Radiológica 
em Norma Lateral", de Graciela Porta (2009): 
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/pontoa 
 
 
 
A borda incisal e o ápice dos incisivos centrais não 
constituem,  propriamente,  pontos craniométricos. 
No entanto, é importante reconhecê-los, pois são 
eles quem determinam o longo eixo dos incisivos. 
 

 
   
1°  molar  superior  (6).  Ponto  situado  no  sulco  vestibular  do  1º  molar 
superior. 
 
 
Ponto  B  (B)  (PM).  Na  imagem  da  sínfise  mandibular,  é  o  ponto  mais 
profundo na concavidade que vai do rebordo alveolar até o mento. 
 

 
Pogonion (Pg) (PM). Ponto mais anterior na imagem da sínfise mandibu-
lar. 
 
 
Gonion (Go) (PL). No ângulo da mandíbula, marca-se o ponto de encon-
tro com a bissetriz do ângulo formado pelas tangentes a borda posterior do 
ramo e a borda inferior do corpo da mandíbula. 
 

 
Gnation (Gn) (PM). No contorno externo da imagem da sínfise mandibu-
lar marca-se o ponto de encontro com a bissetriz do ângulo formado pela 
tangente  à  borda  inferior  do  corpo  da  mandíbula  e  uma  perpendicular  a 
este, tangente à parte mais anterior do mento. 
 
 
Mentoniano  (Me)  (PM).  Ponto mais inferior na imagem radiográfica da 
sínfise mandibular. Geralmente a linha da borda inferior do corpo da man-
díbula toca neste ponto. 
 

 
Gonion, gnation e mentoniano, conjunto. 
 
 
Ponto P' (P') (PM). Marca-se P' no lugar em que a linha nasion-ponto A 
(N-A) cruza a imagem da porção anterior do assoalho das fossas nasais. A 
porção anterior do assoalho das fossas nasais apresenta, na telerradiogra-
fia, uma imagem nítida, como uma linha horizontal radiopaca, que se traça 
desde  o  buraco  incisivo,  na  crista  nasal,  até  a  espinha  nasal  anterior.  O 
ponto P' é usado para traçar a linha I de Interlandi. 
 

 
Ponto E (E) (PM). Marca-se o ponto E na coincidência da iminência men-
toniana  com  uma  perpendicular  à  linha  gonion-mentoniano  (Go-Me).  O 
ponto E não é necessariamente coincidente com o pogonion. O ponto E é 
usado para traçar a linha I de Interlandi. 
 
 
Ponto S (Se) (PM). Ponto S com marca Schwarz. Ponte médio na entrada 
da  sela  túrcica  Orbitale  (Or)  (PL).  Ponto  orbitale como  marca  Schwarz.  
Ponto médio entre o nasion e o ponto A. 
 

 
Orbitale  (Or)  (PL).  Ponto  orbitale  como  marca  Schwarz.  Ponto  médio 
entre o nasion e o ponto A. 
 

Referências Bibliográficas 
 
BESZKIN,  E.  et  alii.  Cefalometria  clínica.  Buenos  Aires,  Ed.  Mundi,  1966.  
216 p. 
 
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rio, Ed. La Medica, 1956. 
 
INTERLANDI, S. Linha I na análise morodiferencial para o diagnóstico orto-
dôntico. Rev. Fac. Odonto São Paulo, 9 (2):289-310, jul./dez. 1971. 
 
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