mais elaborado e significativo da realidade. É função de o professor verificar o que e
como o aluno está aprendendo, se está fazendo algo que se encontra ao alcance ou
distante de suas reais possibilidades. “Quem somos nós, quem é cada um de nós, senão
uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações?”.
(CALVINO, 1993, p.28). O nosso aluno, independentemente da camada social a que
pertence, está estabelecendo novas relações com a cultura e elaborando novas formas
de adquirir informações, de construir conhecimentos, conceitos e valores.
Faz-se necessário que os professores percebam que a escola não detém a hegemonia
como fonte de transmissão de saber, e que os meios de comunicação também atuam
como mediadores entre o sujeito e a construção de sua identidade. Por que, então, a
escola não se valer dos meios de comunicação para que o aluno se aproprie das
múltiplas linguagens, objetivando a construção da identidade autônoma e crítica? A
novela, a publicidade, os filmes são instrumentos de que o professor pode lançar mão
nesse processo. Ler imagens criticamente implica apreciar, decodificar e interpretar
imagens, analisando tanto a forma como elas são construídas e operam em nossas vidas,
quanto o conteúdo que elas comunicam em situações concretas.
Nessa concepção de prática pedagógica, podemos defini-la como uma prática social
específica, de caráter histórico e cultural e é justamente aqui que aparece a diversidade
em todos os seus aspectos, ou seja, o multiculturalismo. Vai além da prática docente,
das atividades didáticas dentro da sala de aula, abrangendo os diferentes saberes e as
relações desta com a comunidade e a sociedade como um todo.
Em suma, partimos do pressuposto de que a educação para a cidadania requer que
questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexões dos alunos,
buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica,
dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. Com isso o currículo ganha
em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e
contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e que os
novos temas sempre podem ser incluídos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997)
confirmam isso, quando salientam a necessidade da inclusão de temas como: Ética,
Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo.
Esse trabalho requer uma reflexão ética como eixo norteador, por envolver
posicionamentos e concepções a respeito de suas causas e efeitos, de sua dimensão e
política.
4. Da Avaliação
Resolução número 158 que estabelece diretrizes para a avaliação do processo
ensino-aprendizagem, nos estabelecimentos de ensino de Educação Básica
Art.1º
A avaliação do processo ensino-aprendizagem ficará, obedecido o dispositivo nesta
Resolução, a cargo dos estabelecimentos de ensino, compreendendo a avaliação do
rendimento e a apuração da assiduidade.
Art. 2º
A avaliação do processo ensino-aprendizagem considerará, no seu exercício, os
seguintes princípios:
I-Aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
II-Aferição do desempenho do aluno quanto à apropriação de conhecimentos em
cada área de estudos e o desenvolvimento de competências.