Pragmática - Aula 2- Filosofia da linguagem, filosofia pragmática.pptx

RODRIGOSEIXASPEREIRA1 8 views 19 slides Sep 05, 2025
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Pragmática Rodrigo Seixas Filosofia da linguagem Aula 2

Origens da pragmática e conceitos      O que é um raciocínio? E o que é uma inferência?   Premissas  Conclusão Premissa 1 + Premissa 2... = Conclusão    O objetivo de uma inferência é adquirir um conhecimento novo, que está expressa na conclusão, assumindo como dadas as informações expressas nas premissas.   Premissas  Conclusão Todo homem é mortal (Premissa maior) – Geral/Universal + Sócrates é homem (Premissa menor) - Particular = Logo, Sócrates é mortal (Conclusão)  

Origens da pragmática e conceitos      Dois grandes tipos de raciocínio   Lógico-dedutivo: parte do geral para o particular Premissas não necessariamente verdadeiras, mas postuladas como válidas a priori . Se as premissas são verdadeiras, e o procedimento lógico é válido, então a conclusão (consequências do raciocínio) é necessariamente verdadeira.   Empírico-probabilístico: parte do particular para o geral Parte da observação, da experiência com dados observáveis e, a partir disso, extrai generalizações. A conclusão é sempre d e natureza probabilística (mais ou menos provável). Raciocínio retórico e dialético.  

 Raciocínio lógico – considera sempre as condições de verdade   Tais condições estão já implicitamente presentes nas premissas. Tais condições são as circunstâncias que devem ocorrer em um dado mundo (real ou imaginário) para poder dizer que uma asserção é verdadeira.   (8) João matou Pedro (9) *João matou Pedro, mas Pedro não morreu (contradição) Dizer (8) significa dizer (10) João causou a morte de Pedro. O acarretamento implica que a condição de verdade da conclusão está implícita na premissa.

(11) João parou de fumar O acarretamento implica que a condição de verdade da conclusão está implícita na premissa. ≠ A pressuposição não depende das condições de verdade. Ela está marcada na estrutura gramatical. Podemos negar (8), com : (12) João não matou Pedro E assim mudamos as condições de verdade, mas não mudamos a pressupocionalidade se negamos (11) (13) João não parou de fumar

 Tipos de raciocínio empírico-probabilístico: 1 – Raciocínio indutivo: Premissa 1: Observei 1000 homens, Premissa 2: Todos eles tinham 5 dedos em cada mão. Conclusão: Todos os homens têm 5 dedos em cada mão. 2 – Raciocínio abdutivo: A: Quem vai cozinhar hoje à noite? B : Eu estou cansada! Conclusão: B não vai cozinhar hoje à noite. 3 – Raciocínio por default : Premissa 1: Os eslovacos normalmente não falam italiano. Premissa 2: Marek é eslovaco. Conclusão: Marek não fala italiano.

1. O raciocínio lógico- dedutivo se caracteriza por: ( i ) Aceitação de premissas não necessariamente observadas, mas postuladas. Se verdadeiras, elas levam a uma conclusão necessariamente verdadeira (atenção: a conclusão é formalmente válida mesmo que as premissas não sejam verdadeiras. Precisa-se distinguir entre a validade formal do procedimento e a verdade das conclusões). ( ii ) Explicitação na conclusão das condições de verdade que já estão implícitas nas premissas. Isso significa que a contribuição de novidade informativa é limitada; no caso da conclusão Pedro morreu a partir da premissa João matou Pedro , vimos que matar significa causar a marte de ; essa paráfrase mostra como as condições de verdade da conclusão já estão contidas nas premissas. ( iii ) Ser válido sempre, independentemente do contexto, em virtude do ponto ( ii ). 2 . O raciocínio probabilístico indutivo se caracteriza por: ( i ) Fornecer conclusões mais ou menos prováveis, mas baseadas em premissas observadas, fruto da experiência concreta. ( i ) Fornecer uma contribuição informativa maior que o raciocínio lógico, já que a conclusão não está implícita nas premissas. As premissas induzem uma certa conclusão.

3 . O raciocínio probabilístico abdutivo se caracteriza por: ( i ) É o tipo de raciocínio mais informativo (mas também o mais arriscado). Por basear-se em premissas aparentemente não correlacionadas, mas de natureza diferente, e por ter de estabelecer uma ponte entre elas, a abdução pode facilmente não levar a conclusões corretas, mas pode representar um passo extremamente criativo e novo, capaz de resolver problemas de maneira original e com saltos cognitivos extremamente poderosos. 4. O raciocínio probabilístico por default se caracteriza por: ( i ) Apresenta uma consideração feral fruto da experiência ou, pelo menos, considerada altamente provável, e a aplica a um caso particular. A filosofia da linguagem ideal (a lógica) não se sustent a quando objeto de análise é a língua natural. Filosofia da linguagem ideal x Filosofia da linguagem ordinária

A filosofia da linguagem ideal (a lógica): de base aristotélica, tem, na filosofia da linguagem, os expoentes: Frege, Russell, Hintikka e Wittgenstein. Filosofia da linguagem ideal x Filosofia da linguagem ordinária Nessa fase, há o entendimento que as linguagens naturais são geralmente ambíguas. O filósofo, portanto, deve individualizar uma linguagem simbólica “ideal” que não gere ambiguidades. (27) Todas as meninas odeiam um rapaz (28a) Cada menina odeia um rapaz diferente (28b) Todas as meninas odeiam o mesmo rapaz Para evitar ambiguidades, é necessário distinguir a forma gramatical de uma sentença/proposição e a sua forma lógica. Vale-se da linguagem lógica e seus símbolos: x , y , z para as variáveis individuais; Ǝ para o quantificador existencial (= existe), Ɐ para indicar quantificador universal (= para cada), Ʌ para a conjunção “e”, V para a disjunção “ou”,  para indicar o condicional (ou implicação) “se...então” etc.

A filosofia da linguagem ideal (a lógica): (27) Todas as meninas odeiam um rapaz (29a) Ɐ x [(Menina x  Ǝy (Rapaz y  Odeia x,y )] (28b) Todas as meninas odeiam o mesmo rapaz Os enunciados abaixo (30a) Cada filósofo é mortal (28a) Cada menina odeia um rapaz diferente Poderiam ser simbolizados como: (29b) Ǝy [(Rapaz y  Ɐ x (Menina x  Odeia x,y )] (30b) Kant é um filósofo. (30c) Kant é o autor da Crítica da razão pura (31a) Ɐ x [( Filósofo x Cada filósofo  Mortal x ) (31a) se lê: para cada x , se x é um filósofo então é mortal. (31b) Filósofo K , onde K = Kant (31c) K = a , onde K = Kant e a = autor da Crítica à Razão Pura

Esse tipo de procedimento responde aos problemas da linguagem do dia a dia?

Esse tipo de procedimento responde aos problemas da linguagem do dia a dia? Se alguém diz: (35) Eu tenho três filhos (e nós sabemos que ele, na verdade, tem 5), Na lógica, o raciocínio é válido e verdadeiro. Na comunicação, no entanto, ele é falso (porque ele tem 5) Há, portanto, um significado do código e um significado do falante (da comunicação). É preciso distinguir entre o que é dito e o que se pretende realmente significar . Na comunicação real, o significado do código interage sempre com o contexto , e essa interação enriquece o sentido semântico a ponto até de realizar um sentido comunicativo oposto àquele que a sequência linguística teria no código (exemplo do “nem te falo”).

Sentença é uma unidade gramatical Proposição é uma unidade lógica Enunciado é uma unidade comunicativa e, portanto, pragmática

Filosofia da linguagem ordinária Filosofia pragmática

Filosofia da linguagem ordinária: Ludwig Joseph Johann Wittgenstein (1889-1951) foi um filósofo austríaco que atuou no campo da Filosofia e da Linguística durante a primeira metade do século XX. Sua importância é destacada por sua participação no movimento filosófico denominado “virada linguística ” – ou “giro linguístico ” –, que possibilitou a aproximação entre as dimensões linguística e filosófica .  Linguagem como elemento constituinte da realidade (e não apenas rótulos imperfeitos do que existia, em forma pura, apenas no mundo metafísico. Assim, partindo dessa nova/outra maneira de nos relacionarmos com o mundo – agora por meio da linguagem –, compreende-se que a totalidade daquilo que é pensado por nós está estruturado a partir de um sistema de signos; de símbolos que estruturam a língua e a colocam em movimento como linguagem.  Pensamento de Wittgenstein em duas fases.

Filosofia da linguagem ordinária:  Pensamento de Wittgenstein em duas fases: Wittgenstein I e II. O “primeiro Wittgenstein” é o filósofo da obra Tractatus Logico- Philosophicus (1921); o “segundo” está marcado pela publicação do livro Investigações filosóficas (1953). Em sua primeira fase, o autor procurou mostrar como – para além da Epistemologia – as relações entre lógica , pensamento e linguagem podem ser utilizadas para construção de representações de mundo. Destarte, o que foi referido por ele como “ proposições linguísticas ” dotadas de sentido seriam aquelas que, de alguma forma, conseguem espelhar fatos reais, ou seja, capazes de promover uma distinção de fato entre o verdadeiro (representado pelas tautologias) do falso (representados pelas contradições ) – esboçando sua “teoria pictórica do significado”, que estabelece um isomorfismo entre linguagem e realidade.

Filosofia da linguagem ordinária:  Pensamento de Wittgenstein em duas fases: Wittgenstein I e II. Em sua “segunda fase”, Wittgenstein aponta uma espécie de dissolução da lógica na linguagem, optando pela utilização do termo “jogos de linguagem”. Nessa perspectiva, o significado não seria mais estabelecido pela forma como é proposto conceitualmente, mas pelo uso que se faz das palavras, dos significantes, no interior de determinado contexto. Assim, em múltiplos contextos, a maneira como as palavras passam a ser empregadas é que torna uma série de distintas conotações possíveis – o que se torna perceptível quando afirmamos, por exemplo, que o significado de uma palavra emerge a partir de seu uso na linguagem.

Filosofia da linguagem ordinária:  Todo signo isolado é um elemento morto  É importante analisar o movimento da linguagem em seus usos Nesse sentido, não nos caberia perguntar sobre o significado das palavras, mas sobre a multiplicidade de seus usos e, a partir deles, a constituição de múltiplas possibilidades para a própria linguagem como forma de agenciamento da língua com o contingente. Então , nessa perspectiva e de acordo com Wittgenstein, o que costumamos chamar de “a” linguagem consistiria em um conjunto de distintos jogos de linguagem. O filósofo utiliza o termo jogo porque compara a linguagem a um jogo de xadrez, considerando as palavras como peças do tabuleiro e a escolha de cada uma delas como sendo uma jogada, um lance a ser executado. Para compreender um movimento no xadrez é preciso observar as contingências que levam o jogador a realizá- lo – as situações ; isso serve para analisar o emprego de uma palavra em determinado contexto, considerando as especificidades situacionais em que ela foi, é ou sera ́ empregada. Disso resulta que cada escolha ou proposição relacionada à linguagem, ao uso de uma palavra em específico , forma um tipo de segmento que corresponde a um “jogo de linguagem”.

Filosofia da linguagem ordinária:  Diferentes contextos de ação  diferentes formas de vida.  O significado da palavra corresponde ao seu lugar no jogo de linguagem Leia-se jogo de linguagem: como um conjunto de regras, ao mesmo tempo que não existe “a” regra, mas uma flexibilização das regras: o que existe são regras em contexto. Por exemplo: um signo que representa uma flecha pode representar muitas coisas, dependendo de uma série de condições e possibilidades de sua representação – em um sinal de trânsito , por exemplo, pode significar outra série de coisas. Com relação à regulação da linguagem ou dos distintos jogos de linguagem, Wittgenstein distingue o que chama de “ gramática superficial” (a doutrina da gramática com suas regras oficiais) da “ gramática profunda” (que regula a multiplicidade das possibilidades de emprego de palavras ou frases em diferentes contextos). Esta, por sua vez, é a gramática que devota seu olhar e, portanto, seu interesse ao sentido das palavras em múltiplos contextos.