1. INTRODUÇÃO
Os carboidratos (também chamados sacarídeos, glicídios, oses, hidratos de
carbono ou açúcares), são definidos, quimicamente, como poli-hidróxi-cetonas
(cetoses) ou poli-hidróxi-aldeídos (aldoses), ou seja, compostos orgânicos com, pelo
menos três carbonos onde todos os carbonos possuem uma hidroxila, com exceção de
um, que possui a carbonila primária (grupamento aldeídico) ou a carbonila secundária
(grupamento cetônico).
Possuem fórmula empírica Cn(H2O)m desde os mais simples (os
monossacarídeos, onde n = m) até os maiores (com peso molecular de até milhões de
daltons). Alguns carboidratos, entretanto, possuem em sua estrutura nitrogênio, fósforo
ou enxofre não se adequando, portanto, à fórmula geral.
A grande informação embutida por detrás desta fórmula geral é a origem
fotossintéticos dos carboidratos nos vegetais, podendo-se dizer que os carboidratos
contém na intimidade de sua molécula a água, o CO2 e a energia luminosa que foram
utilizados em sua síntese. A conversão da energia luminosa em energia química faz com
que esses compostos fotossintetizados funcionem como um verdadeiro combustível
celular, liberando uma grande quantidade de energia térmica quando quebrada as
ligações dos carbonos de suas moléculas, liberando, também, a água e o CO2 que lá se
encontravam ligados. [1]
Os carboidratos mais simples, aqueles que não podem ser hidrolisados em
carboidratos ainda mais simples, são chamados de monossacarídeos. Em uma base
molecular, os carboidratos que sofrem hidrólise para fornecer apenas duas moléculas de
monossacarídeos são chamados dissacarídeos; aqueles que produzem três moléculas de
monossacarídeo são chamados de trissacarídeos; e assim por diante. (Os carboidratos
que hidrolisam para fornecer de 2 a 10 moléculas de monossacarídeos são às vezes
chamados de oligossacarídeos). Os carboidratos que produzem um grande número de
moléculas de monossacarídeos (>10) são conhecidos como polissacarídeos.
A maltose e a sacarose são exemplos de dissacarídeos. Na hidrólise de 1 mol de
maltose fornece 2 moles de monossacarídeo glicose; a sacarose sofre hidrólise para
fornecer 1 mol de glicose e 1 mol de monossacarídeo frutose. O amido e a celulose são
exemplos de polissacarídeos; ambos são polímeros da glicose. [2]
Métodos de redução de açúcares
Os monossacarídeos, glicose e frutose são açúcares redutores por possuírem
grupo carbonílico e cetônico livres, capazes de se oxidarem na presença de agentes
oxidantes em soluções alcalinas. Os dissacarídeos que não possuem essa característica
sem sofrerem hidrólise da ligação glicosídica são denominados de açúcares não
redutores. A análise desses açúcares é uma atividade rotineira nos laboratórios das