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Jun 05, 2010
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Added: Jun 05, 2010
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Slide Content
PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO
1. INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA
Cada indivíduo possui uma estrutura física e uma formação psíquica
própria, o que obriga o estabelecimento de diferentes tipos de
condicionamento para um processo de preparação desportiva.
GENÓTIPO
MEIO AMBIENTE
FENÓTIPO
Carga genética que
determinará a composição
corporal, biótipo, altura
máxima esperada, força
máxima possível, aptidões
físicas e intelectuais (VO2máx,
fibras musculares, etc...)
Somado à partir do nascimento:
Habilidades desportivas, VO2, etc...
“ A relação entre hereditariedade e capacidade de adaptação muscular ao
treino de resistência em gêmeos homozigóticos mostrou que a resposta
da CK (creatinocinase) ao treino está provavelmente condicionada por
fatores genéticos (HAMEL et al., 1986).”
2. PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO
Ligado ao conceito de “homeostasia”:
“...estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas corporais e
o meio ambiente”.
Pode ser interrompida por fatores:
a) Internos (córtex cerebral)
b) Externos (ambientais)
“SEMPRE QUE A HOMEOSTASE É PERTURBADA O ORGANISMO
DISPARA MECANISMOS COMPENSATÓRIOS QUE PROCURAM
RESTABELECER O EQUILÍBRIO”
HUSSAY (1956) estabeleceu uma diferenciação entre as intensidades dos
estímulos:
ESTÍMULO DÉBIL Não acarretam respostas
ESTÍMULOS MÉDIOS Apenas excitam
ESTÍMULOS FORTES Provocam adaptações
ESTÍMULOS MUITO FORTE Provocam danos
Hussay (1956)
SEYLE (1956) criou o conceito de “stress” ou “estímulos capazes de
provocar adaptações ou danos ao organismo, desencadeando a
Síndrome da Adaptação Geral (SAG)”.
BASE TEÓRICA DO PRINCÍPIO
- VON EULER (1969) classificou o stress em:
FÍSICOS: atividade física provoca um incremento na produção de adrenalina
e noradrenalina proporcional à intensidade do esforço;
BIOQUÍMICOS: Uso de substâncias químicas no organismo:
• Insulina - provoca hipoglicemia
• Bases - provocam alcalose
• Ácidos - provocam acidose
• Hormônios = provocam efeitos específicos
• Fumo = provocam efeitos sobre os sistemas circulatório,
respiratório e digestivo.
MENTAIS: provocado pela ansiedade, angústia (oriundos do córtex) que
elevam a produção de adrenalina.
O TREINAMENTO E A COMPETIÇÃO SUBMETEM O ATLETA
AOS TRES TIPOS DE ESTRESSE
1) Reação de Excitação = provoca uma reação de alarme
2) Fase de Resistência = provoca uma adaptação
3) Fase de exaustão = provoca danos temporários ou permanentes
STRESS FÍSICO (SAG)
* O TREINAMENTO TEM SEU CAMPO DE ATUAÇÃO RESTRITO À
FASE DE RESITÊNCIA
“Se forem aplicados estímulos muito fortes sem um devido período de
recuperação ou alimentação insuficiente o atleta entrará num
processo de exaustão que CARLYLE (1967) denomina “STRAIN”.
O FENÔMENO DA ADAPTAÇÃO
Para a Biologia:
“Reorganização orgânica e funcional do organismo frente a exigências
internas e externas; representa a condição interna de uma capacidade
melhorada de funcionamento e é existente em todos os níveis
hierárquicos do corpo”.
Para a Teoria do Esporte:
“Entende-se as transformações estruturais e fisiológicas, que
aparecem em decorrência das atividades psicofísicas/esportivas”.
FORMAS DE ADAPTAÇÃO
I - Sob o aspecto MORFOLÓGICO e FUnCIONAL :
Massa corporal e
muscular
Volume cardíaco
Capilarização
Capacidade dos sistemas
funcionais (metabolismo de
energia e gases)
MORFOLÓGICAS
FUNCIONAIS
II - Sob o aspecto da ação da sobrecarga
BIOPOSITIVAS BIONEGATIVAS
Quantitativa e
Qualitativamente
Má adaptação
III - Sob o aspecto do tempo
ADAPTAÇÃO RÁPIDA ADAPTAÇÃO LENTA
Aparelho locomotor ativo Aparelho locomotor passivo
IV - Quanto à especificidade
NÃO-ESPECÍFICAS ou CRUZADA
Não têm relação com
o estímulo
Cruzada positiva Cruzada negativa
Geral
Especial
ESPECÍFICA
PROCESSO
DE
ADAPTAÇÃO
Tipo de sobrecarga
Adaptabilidade
Condições de
treinamento
Estação do ano
Fatores climáticos
Fatores psicológicos
Fatores biorrítmicos
Fatores sociais
Especificidade da
sobrecarga
Meios de
treinamento
Alimentação adequada
Métodos de treinamento
Conteúdos de
treinamento
Medidas de recuperação
Idade/Sexo
Sistema rapidamente adaptado (ex: musculatura)
Sistema moderadamente adaptado (ex:
VO2Máx).
Sistema lentamente adaptado (lesões em anexos
de proteção).
Tempo
Adaptação
%
Quanto mais complexo e difícil é o desporto, maior é o período
de treinamento necessário para a adaptação neuromuscular e
funcional.
TIPOS DE ADAPTAÇÕES AO TREINAMENTO
Os efeitos da aplicação de sobrecarga sobre o organismo não
permanecem constantes.
ADAPTAÇÃO IMEDIATA
Alterações que se operam imediatamente, durante o período de
execução do exercício (udorese, pressão arterial, freqüência cardíaca)
ADAPTAÇÃO POSTERIOR
Alterações no estado do organismo no período de tempo entre as
sessões (anabolismo e catabolismo de nutrientes).
ADAPTAÇÃO CUMULATIVA
Alterações obtidas a longo prazo. Efeito de alguns ciclos de
treinamento (hipertrofia).
3. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA
A adaptação é determinada pela natureza da sobrecarga, sua
intensidade e volume. Após a aplicação de uma carga de trabalho, há
uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase.
PROCESSO BIOQUÍMICO TEMPO DE RECUPERAÇÃO
Recuperação das reservas de O2 10 - 15 seg
Recuperação das reservas de lactatos 2 - 5 min
Pagamento do débito lático de O2 3 - 5 min
Eliminação do lactato 30 min -1.5 hs
Re-síntese do glicogênio muscular 12-48 hs
Recuperação do glicogênio hepático 12-48hs
Reforço de síntese de proteínas fermentares e estruturais 12-72 hs
VOLKOV, 1986.
FASES DAS ALTERAÇÕES DA CAPACIDADE DE DESEMPENHO
1= Fase de retrocesso
2= Fase de aumento
3= Fase da
supercompensação
1. Melhoria do desempenho através de
estímulos ideais;
2. Efeito da eficácia somada;
3. Retrocesso do desempenho por
estímulos de alta frequência;
4. PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA VOLUME-INTENSIDADE
O êxito dos atletas está relacionado a uma grande quantidade
(volume) e a uma alta qualidade (intensidade) no trabalho. As duas
variáveis devem sempre estar adequadas às fases de treinamento e
interdependentes entre si.
RML FLEXIBILID. RES. ANAER. RITMO FORÇA VELOCIDADE
Ênfase sobre o VOLUME nos treinamentos
Ênfase sobre a INTENSIDADE nos treinamentos
A ESCOLHA DA INCIDÊNCIA DE SOBRECARGA NA INTENSIDADE
OU NO VOLUME, RESPEITARÁ DOIS CRITÉRIOS: A QUALIDADE
FÍSICA VISADA E O PERÍODO DE TREINAMENTO
5. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
A interrupção controlada do treinamento, para fins de
recuperação, é benéfica e imprescindível para o sucesso do programa..
Ela pode variar de poucos minutos até 48 horas, após as quais haverá
uma diminuta perda na estado de treinamento, se não houver um novo
estímulo.
* PAUSAS MAIORES QUE 48 HORAS SÓ SERÃO RECOMENDADAS
FACE AO SURGIMENTO DE UM QUADRO DE SUPERTREINAMENTO
** Freqüências semanais ou treinamentos inferiores a três dias alternados
de trabalho por semana, tornam inócuo qualquer treinamento de alto nível.
*** Freqüências maiores que 12 sessões por semana (duas por dia), conduz
ao STRAIN.
- Após 1 semana de repouso total observou-se um decréscimo de 6-7%
no VO2Máx, capacidade de trabalho,, volume sanguíneo e quantidade
de hemoglobina (FRIMAN, 1979)
- Os atletas perdem completamente seu condicionamento físico após
4-8 semanas de destreinamento (FOX & BOWERS & FOSS, 1989)
apud BOMPA 202
ESTUDOS SOBRE O DESTREINAMENTO
- Após imobilização de 6 semanas homens apresentaram uma regressão
da área transversal das fibras (tríceps braquial) de 30% (MAcDOUGALL et
al., 1977);
- Após imobilização de 3 semanas as fibras do vasto lateral atrofiaram-se
mais de 20% (APPEL & SCHNEIDER, 1986)
apud SOARES & APPEL, 1990
PERÍODOS DE TREINAMENTO MÍNIMOS NECESSÁRIOS
A) Força dinâmica e hipertrofia = obtida após 12 microciclos
B) Força explosiva e estática = após 6 microciclos
C) Resistência anaeróbia = após 7 microciclos
D) Resistência aeróbia = após 10 microciclos
E) Resist.muscular local = após 8 microciclos
F) Velocidade de movimentos e flexibilidade = após de 16
microciclos
6. PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE
O treinamento deve ser montado sobre requisitos específicos da
performance desportiva em termos de capacidade motora interveniente,
sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações
psicomotoras utilizadas.
“Lei da qualidade do treinamento”
CAPACIDADE
MOTORA
CARACTERÍSTICA SISTEMA
ENERGÉTICO
VIA ENERGÉTICA
Velocidade Altíssima
intensidade
Curtíssima duração
Anaeróbio
alático
ATP
CP
Resistência
anaeróbia
Alta intensidade
Curta duração
Anaeróbio lático Lactato
Resistência
Aeróbia
Baixa intensidade
Alta duração
Aeróbio Oxidativa
Fatores de desempenho físico
Condicionados e Coordenativos
(Resistência, Força, Velocidade,
Mobilidade, Agilidade)
CAPACIDADE DE
DESEMPENHO
ESPORTIVO
Fatores constitucionais e de saúde
Características e
habilidades
técnico-táticas
Características da
personalidade
(habilidades intelec-
tuais, características
morais e psíquicas
WEINECK, 1991.