Figuras de linguagem
Figuras de linguagem são associações de ideias que exploram
determinadas construções com a intenção deliberada de
reforçar a expressividade.
Elas não constituem erros gramaticais, porque têm função
estilística.
Principais figuras de linguagem
Comparação
estabelece uma equivalência explícita entre um comparante e
um comparado, por meio de um termo de comparação, que
pode ser palavra ou locução.
Ex.: A vida é como um combate.
Metáfora
é o emprego de uma palavra de tal forma que, por
semelhança, por associação de idéias, ela passa a ter, no
contexto, um sentido diferente de seu sentido comum.
Ex.: A vida é um combate.
Metonímia
troca entre palavras que mantêm entre si uma relação de
proximidade de sentidos.
Ex.: Ganhar o pão com o suor do rosto. (suor em vez de
trabalho)
Personificação (ou prosopopeia)
atribuição de características de seres animados ou humanos a
seres inanimados ou irracionais.
Ex.: “ Olha, o amor pulou o muro
O amor subiu na árvore”
(Carlos Drummond de Andrade)
Eufemismo
suavização de expressões desagradáveis, agressivas ou
chocantes.
Ex.: Ela passou desta para melhor. (= morreu)
Ironia
figura através da qual se sugere o contrário do que se fala.
Ex.: Ela é linda, espanta até os postes.
Hipérbole
constitui-se no exagero da expressão para reforçar um ideia.
Ex.: Há um século que te espero!
Antítese
é o emprego de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Ex.: “Bebo silenciosamente a essas imagens da morte e da
vida.”
(Rubem Braga)
Anáfora
repetição regular de uma palavra ou expressão, em geral no
início de orações.
Exemplo:
“Salvar a infância, salvar a saúde,
Salvar a arte, de quem censura,
A democracia da ditadura”.
(Milôr Fernandes)
Onomatopeia
consiste em reproduzir sons ou ruídos por meio dos sons das
próprias palavras.
Ex.: “ Éco! Éco! – gritavam tucanos verdes.
Catacrese
é o emprego impróprio de um termo, por não existir termo
adequado para designar certas ações, coisas ou qualidades.
Ex. : A asa do bule está quebrada.
Gradação
é a apresentação de ideias em andamento crescente ou
decrescente, por meio de palavras diferentes.
Ex.: Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo
digere, tudo acaba.” (Padre Vieira