MOISÉS E JESUS 146
membros do corpo de Cristo.
205
Disto podemos entender que Jesus é o templo principal enquanto nós somos os templos
filiais. Jesus veio como o Senhor do Templo. Mesmo Satanás teve que reconhecer sua posição; assim ele colocou Jesus
no topo do Templo. Quando Satanás desafiou Jesus a se lançar para baixo, significava que ele queria usurpar a posição
de Jesus como o Senhor do Templo seduzindo Jesus a cair dessa posição para o estado inferior de uma pessoa decaída.
Nesse momento Jesus respondeu-lhe: “Não tente o Senhor seu Deus".
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Originalmente, os anjos foram criados
para serem governados por pessoas que tenham atingido sua natureza original herdada de Deus. Assim, mesmo os anjos
decaídos deveriam se submeter a Jesus, seu Senhor. Deste modo, era um ato fora do princípio para um anjo, tentar
usurpar a posição do Senhor do Templo de Jesus. A resposta de Jesus queria dizer que Satanás não deveria testar Deus
através da tentação a Jesus, a encarnação de Deus, que executa sua providência em estrita concordância com o
Princípio. Além disso, prevalecendo na primeira tentação e restaurando seu caráter individual como o Templo
encarnado, Jesus já havia assegurado a posição de Senhor do Templo. Portanto, Satanás não tinha mais nenhuma
condição para tentar Jesus novamente, e devia ter recuado neste momento. Ao superar a segunda tentação, Jesus, o
templo principal, o noivo e o Verdadeiro Pai da humanidade, abriu o caminho para todas as pessoas de fé serem
restauradas à posição de templos ramais, noivos e filhos verdadeiros. Jesus, dessa forma, estabeleceu a base sobre a qual
se restaurou a segunda bênção de Deus.
Finalmente, Satanás levou Jesus até uma montanha muito alta e mostrou-lhe todas as coisas sob o céu e toda sua
glória, dizendo, "Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar".
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Devido à Queda de Adão, os
seres humanos perderam a qualificação de serem senhores da criação. Eles caíram sob o domínio de Satanás, que
usurpou a posição de Adão como o mestre da criação. Vindo na posição de um Adão aperfeiçoado, Jesus era o Senhor
da criação, como está escrito, "pois Deus tudo colocou debaixo dos pés de Cristo".
208
Porque Satanás conhecia isto por
seu entendimento do Princípio, ele conduziu Jesus ao topo da montanha em reconhecimento de sua posição como o
Senhor da criação. Satanás então tentou Jesus, esperando que Jesus, o segundo Adão, pudesse também se submeter a ele
como Adão se submeteu no início.
Jesus disse-lhe: Vá embora, Satanás, "Você adorará ao Senhor seu Deus e somente a ele servirá".
209
Os anjos
foram criados como espíritos ministradores
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para reverenciar e servir a Deus, seu Criador. Através de sua resposta,
Jesus indicou que, de acordo com o Princípio, mesmo um anjo decaído como Satanás deveria adorar Deus; e da mesma
forma, ele deveria honrar e atender Jesus, que veio como o corpo do Criador. Além do mais, superando as duas
tentações anteriores, Jesus já havia estabelecido a base sobre a qual se restaurou a primeira e a segunda bênção. Sobre
este fundamento, ele restauraria naturalmente a terceira bênção de Deus e governaria a criação. Jesus disse, "Vá
embora, Satanás!" porque não havia mais nenhuma base para Satanás disputar com Jesus a cerca do mundo natural, o
qual já estava sobre o firme fundamento de sua vitória. Prevalecendo na terceira tentação, Jesus estabeleceu a condição
para restaurar o domínio sobre o mundo natural – a terceira bênção de Deus.
3.2.1.3 O RESULTADO DOS QUARENTA DIAS DE JEJUM E AS TRÊS TENTAÇÕES
De acordo com o Princípio de criação, o propósito de criação de Deus será realizado somente quando os seres
humanos atravessam os três estágios de origem - divisão - união e estabelecem a base de quatro posições. Entretanto,
Satanás bloqueou este ideal enquanto ainda os primeiros antepassados humanos estavam no processo de construção da
base de quatro posições. Portanto, no curso da providência de restauração, com esses prolongamentos através dos três
estágios, Deus estava tentando restaurar através de indenização tudo o que havia sido perdido, trabalhando para cumprir
as providências de quarenta para a separação de Satanás. Jesus prevaleceu sobre as três tentações e cumpriu o jejum de
quarenta dias como uma providência de quarenta para a separação de Satanás. Desta forma, Jesus restaurou através de
indenização, de uma única vez, as condições que Deus havia buscado cumprir através de todas as providências de
quarenta para a separação de Satanás ao longo da história.
Primeiro, na posição de João Batista, Jesus restaurou através de indenização o fundamento de fé para o segundo
curso mundial para restaurar Canaã. Feito isso, Jesus restaurou tudo o que havia sido oferecido para Deus no curso da
providência com a finalidade de estabelecer o fundamento de fé, incluindo: as ofertas de Caim e Abel, a Arca de Noé, o
sacrifício de Abraão, o Tabernáculo de Moisés e o Templo do Rei Salomão. Além disso, Jesus restaurou através de
indenização, de uma única vez, todas as providências de quarenta para a separação de Satanás conduzidas durante os
quatro mil anos desde Adão, perdidas apesar dos melhores esforços das figuras centrais para estabelecer o fundamento
de fé. Nestas se incluem: os quarenta dias do julgamento pelo dilúvio de Noé, os três períodos de quarenta anos da vida
de Moisés e seus dois jejuns de quarenta dias, a missão de espionagem de quarenta dias, os quarenta anos dos israelitas
vagando no deserto, os quatrocentos anos de Noé até Abraão, os quatrocentos anos de escravidão no Egito, e todos os
outros períodos caracterizados pelo número quarenta que haviam sido perdidos desde o Êxodo.
Segundo, levantando-se a partir da posição de João Batista para a posição do Messias, Jesus pavimentou o
caminho para o cumprimento das três grandes bênçãos de Deus e a restauração da base de quatro posições. Ao obter
205
I Cor. 12:27
206
Mateus 4:7
207
Mateus 4:9
208
I Cor. 15:27
209
Mateus 4:10
210
Hebreus 1:14