ESÔFAGO
CIRURGIAS
Bruna, Débora, Nímia e José Mario
DO
O esôfago é um órgão tubular,
formado por musculatura
estriada em toda sua
extensão.
Possui a função de conduzir os
alimentos da faringe para o
estômago através de
contrações.
SOBRE O ÓRGÃO...
As intervenções cirúrgicas no
esôfago requerem maiores cuidados
no pós operatório em comparação
às realizadas em outras partes do
trato digestivo e o manejo alimentar
é um dos fatores responsáveis pelo
sucesso do procedimento cirúrgico.
CUIDADOS NAS
CIRURGIAS DO
ESÔFAGO
Anatomicamente, localiza-se à
esquerda da linha média, desde a
bifurcação da traqueia até o
estômago, dividindo-se em porção
cervical, torácica e abdominal. A
parede esofágica possui três
camadas, entre elas a mucosa,
submucosa, muscular e adventícia,
sendo que as ramificações
sanguíneas provêm da artéria
tireoidea e subclávia (SCHUNK,
1996; BARCELLOS et al., 2000)
O QUE OS AUTORES FALAM...
O esôfago, contendo
estrias lineares em toda
sua extensão, é o órgão
responsável por
transportar água e
alimentos da faringe para
o estômago (PARKER et
al., 1989).
Pelo esôfago não possuir a
camada serosa, o fechamento
precoce com fibrina nas áreas
cirúrgicas pode ser mais
retardada do que em outros
órgãos (FOSSUM, 2008).
A técnica de esofagotomia
ou esofagectomia parcial
também podem ser
realizadas como
procedimento diagnóstico
e terapêutico se não for
possível por outros meios
(FOSSUM, 2008).
Independente da técnica
cirúrgica a ser realizada no
esôfago indica-se anestesia geral
inalatória (SCHUNK, 1996;
BARCELLOS et al., 2000).
As intervenções cirúrgicas no
esôfago requerem maiores
cuidados no pós-operatório em
comparação às realizadas em
outras partes do trato digestivo
(CONTESINI et al.,1992)
O manejo alimentar é um dos
fatores responsáveis pelo
sucesso do procedimento
cirúrgico (PARKER et al., 1989)
Portanto, após o
procedimento cirúrgico,
indica-se fluidoterapia
por 24 a 48 horas, com
dieta líquido-pastosa a
partir do segundo ou
terceiro dia. O alimento
líquido deve ser
continuado por 7 dias, e
após retornar
gradualmente a
alimentação sólida
(SCHUNK, 1996;
BARCELLOS et al., 2000).
O esôfago está sujeito à
movimentação constante
decorrente da deglutição e esses
movimentos contínuos podem
interferir na cicatrização da
região cirúrgica, assim como a
distensão do bolo alimentar e
intolerância ao estiramento
longitudinal. Deiscências
depontos também podem
ocorrer caso haja tensão
excessiva no local operado
(CONTESINI et al., 1992).
Outras complicações como
infecções, estenose,
regurgitação, fistulações e
recidivas da doença são
comuns após cirurgias nesse
órgão (FOSSUM, 2008).
INDICAÇÕES:
Suporte nutricional
Corpo estranho esofágico
Perfurações esofágicas
Neoplasmas
Divertículos
ESOFAGOSTOMIA
Consiste na criação de uma abertura temporária
no esôfago cervical e na introdução de uma sonda
no segmento caudal do esôfago.
O QUE É?
Contraindicações
•Distúrbios esofágicos
•Esofagite
•Megaesôfago
•Estenose esofágica
•Neoplasma esofágico
•Cirurgia esofágica recente
•Remoção de corpo estranho esofágico
ESOFAGOSTOMIA
Indicação:
•Pacientes anoréxicos
•Lesões/Cirurgias da cavidade oral
O oferecimento de alimentação por sonda esofágica
é indicada em animais anoréxicos, com
comprometimento na cavidade oral e faringe. Por
outro lado, é contraindicada em pacientes com
disfunção esofágica primária ou secundária, após
cirurgias de remoção de corpo estranho ou
megaesôfago (SLATER, 1998; FOSSUM, 2008).
ESOFAGOSTOMIA
•Anestesia geral (intubação orotraqueal)
•Posicionar o paciente em decúbito lateral direito (lado
esquerdo para cima)
•Realizar tricotomia e antissepsia
•Estabelecer o local de inserção da sonda:
Região cervical cranial
Para a realização de esofagostomia, o
animal deve estar anestesiado geral e
mantido em decúbito lateral direito. A
região do ângulo da mandíbula até o
início do tórax deve ser preparada
assepticamente. A cavidade oral deve ser
mantida aberta (SLATER, 1998).
ESOFAGOSTOMIA
•Mensurar o comprimento da sonda
•Do ponto de inserção até o 7o ou 8o EIC
ESOFAGOSTOMIA
•Posicionamento correto da sonda
A ponta da sonda não deve
ficar dentro do estômago:
Refluxo gastroesofágico
ESOFAGOSTOMIA
•Manter a boca do paciente aberta;
•Posicionar um pinça hemostática curva (Halsted,
Rochester ou Crile) e pressionar sua ponta em direção ao
ponto de inserção da sonda;
ESOFAGOSTOMIA
•Tracionar a ponta da sonda até a cavidade oral
•Redirecionar a ponta da sonda em direção ao esôfago e
empurrá-la até a posição do 7o ou 8o EIC
Sempre que houver dúvida, fazer RX
ESOFAGOSTOMIA
•Verificar se o posicionamento da sonda está correto
•Colocar a ponta da sonda dentro de um pote com água, se
produzir bolhas está na traqueia e deverá ser reposicionada
•Avaliar a patência da sonda (pode estar dobrada), colocando SF
•Fixar a sonda com sutura bailarina
ESOFAGOSTOMIA
•Manter proteção com curativo (não pressionar o pescoço)
• Realizar limpeza diária
• Manter a patência da sonda
Após alimentação, passar água morna para mantê-la
desobstruída
• Remoção da sonda
Cicatrização por segunda intenção
ESOFAGOTOMIA
O QUE É?
Abertura cirúrgica do esôfago para proporcionar acesso à luz do órgão
com a finalidade terapêutica ou exploratória, pode ser feita nas porções
cervical, torácica ou abdominal (FOSSUM, 2008).
ESOFAGOTOMIA
•Buscar alternativas ao procedimento cirúrgico...
*Endoscopia
•Definir o acesso cirúrgico
*Cervical ou Torácico
Incisão cutânea e subcutânea desde a
região da laringe até o manúbrio.
Os músculos esterno-hioideos e
esterno-tireoideos devem ser rebatidos
para exposição da traqueia subjacente;
e esta também é rebatida para a direita
para facilitar o acesso do esôfago.
Para facilitar a identificação do esôfago
e consequentemente da lesão é
indicado introduzir uma sonda esofágica
(FOSSUM, 2008).
INCISÃO
O acesso ao esôfago cervical é realizado com o animal em decúbito dorsal,
com incisão na linha média cervical ventral, após tricotomia ampla e rigorosa
assepsia da região. (SLATER, 1998; FOSSUM, 2008).
ACESSO CIRURGICO
ACESSO CIRÚRGICO AO ESÔFAGO
CERVICAL
•Posicionar o paciente em decúbito dorsal
•Incisão longitudinal mediana na região cervical ventral
ACESSO CIRÚRGICO AO ESÔFAGO
CERVICAL
•Separar os músculos esterno-hióideo
•Retrair a traqueia lateralmente
•Identificar estruturas importantes e protegê-las
*Gl tireóide, Bainha carotídea
•Passar sonda ou tubo esofágico para facilitar a localização da lesão
*Aspirar qualquer conteúdo presente
ACESSO CIRÚRGICO AO ESÔFAGO
CERVICAL
•Posicionar duas suturas de reparo no esôfago, cranial e caudal ao local de
incisão
•Fazer incisão no sentido longitudinal
Sempre incluir a camada
submucosa
ESÔFAGOTOMIA CERVICAL
ESOFAGORRAFIA:
•Padrão isolado simples (2mm de distância)
*Uma camada: Nós extraluminais
*Duas camadas: 1° Nós intraluminais
2° Nós extraluminais
•Fio mono absorvível ou não-absorvível
* 3-0 ou 4-0
Irrigar o campo
operatório e remover
qualquer conteúdo
extravasado
ESÔFAGOTOMIA CERVICAL
ESOFAGORRAFIA:
•Testar a integridade da sutura, injetando
solução pela sonda presente dentro do
lúmen esofágico
Auxilia na
revascularização,
cicatrização e sela a
ferida cirúrgica
ESÔFAGOTOMIA CERVICAL
ESOFAGORRAFIA:
•Técnicas de suporte e tamponamento
•Cobrir o local de incisão com o músculo esterno-hióideo
ESÔFAGOTOMIA CERVICAL
ESOFAGORRAFIA:
Síntese do acesso cirúrgico
•Miorrafia e subcutâneo:
*Padrão contínuo simples
*Fio mono absorvível 3-0 ou 4-0
•Dermorrafia
*Padrão interrompido simples, Sultan, Wolff
*Fio mono não-absorvível 3-0 ou 4-0
ACESSO CIRÚRGICO AO
ESÔFAGO TORÁCICO
•Toracotomia intercostal
ABORDAGEM AO
ESÔFAGO
TORÁCICO CRANIAL
•Fazer uma incisão através do
terceiro ou quarto espaço
intercostal esquerdo
ABORDAGEM AO
ESÔFAGO
NA BASE DO CORAÇÃO
•Fazer uma incisão através do
quarto ou quinto espaço
intercostal direito
A Veia ázigos pode ser
ligada se necessário
ABORDAGEM AO
ESÔFAGO
TORÁCICO CAUDAL
•Fazer uma incisão através do
sétimo, oitavo ou nono espaço
intercostal esquerdo ou direito
Preservar os ramos do
Nervo vago
ESOFAGOTOMIA TORÁCICA
•Aspirar o conteúdo esofágico
•Posicionar duas suturas de reparo
*Cranial e caudal ao local de incisão
•Realizar uma incisão longitudinal sobre ou caudal ao CE (tecido saudável)
•Remover o Corpo estranho
•Resseccionar tecidos desvitalizados
Sempre incluir a camada
submucosa
ESÔFAGOTOMIA TORACICA
ESOFAGORRAFIA:
•Padrão isolado simples (2mm de distância)
*Uma camada: Nós extraluminais
*Duas camadas: 1° Nós intraluminais
2° Nós extraluminais
•Fio mono absorvível ou não-absorvível
* 3-0 ou 4-0
ATENÇÃO
OBRIGADA
Bruna, Débora, Nímia, Jozé Mario
PELA