OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Aluna : Caroline M. J. S. Monteiro
Bruna Bellincanta Nicoletto , Letícia Vicari de Siqueira, Michele Carvalho Pinheiro, Simone Frederico Tonding ,. (2010). OSTEOGÊNESE IMPERFEITA E NUTRIÇÃO: RELATO DE CASO. Rev HCPA , 286-289.
O QUE É ? A osteogênese imperfeita (OI) é uma doença genética caracterizada por fragilidade e deformidades ósseas, fraturas de repetição e baixa estatura. Se dá por mutações genéticas que ocasionam a deficiência na produção de colágeno tipo I, substância envolvida na sustentação do osso.
A doença acomete um entre 21.000 nascidos vivos no Brasil e atualmente existem 12.000 portadores de OI no país. TIPOS: Tipo I é a mais frequente, onde ocorrem cerca de 20 a 30 fraturas antes da puberdade; tipo II é letal, já que as fraturas ocorrem ainda durante a gestação; tipo III é considerada grave, apresentando alta incidência de fratura espontâneas, curvatura dos ossos e cerca de 20 fraturas até os 3 anos de idade; T ipo IV – deformidades moderadas na coluna, curvatura nos ossos longos, especialmente nos das pernas, baixa estatura.
ARTIGO O artigo visa mostrar como a nutrição suplementada, com cálcio e vitamina D podem interferir na doença . Paciente do sexo masculino , 9 anos e 7 meses, com diagnóstico de OI tipo IV. curvatura dos ossos fêmur e atrofia da musculatura em membros inferiores, o que impossibilitou que andasse desde os 2 anos de idade. História clínica de seis fraturas. Tratamento : ◦ Pamidronato dissódico , um inibidor da reabsorção óssea, capaz de promover benefícios como aumento significativo da massa óssea, redução da dor crônica, redução global do nível de incapacidade física, da incidência de fraturas e da atividade da doença. ◦ Carbonato de cálcio e vitamina D .
POR QUE? O cálcio está envolvido na formação dos ossos e tem um papel fundamental na melhora do estado clínico geral. C onferir dureza e resistência à nossa estrutura óssea, é importante na troca de mensagens químicas entre as nossas células, assegurando funções vitais do nosso organismo como a coagulação do sangue quando nos ferimos, o funcionamento normal do cérebro, músculos, coração, entre outros.
COMO ? Consumindo alimentos ricos em cálcio e evitando os que competem com os nutrientes, diminuindo a sua absorção e biodisponibilidade. No caso do cálcio, alimentos que contêm o ácido oxálico (espinafre, batata-doce e feijão) ou o ácido fítico (sementes, cereais e isolados de soja) .
A vitamina D, encontrada principalmente no leite e derivados, também tem um papel importante no tratamento nutricional da OI, uma vez que facilita a absorção do cálcio no intestino . Exposição à luz solar por pelo menos 10 minutos três vezes por semana, sem proteção na cabeça e nos braços
◦ Plano alimentar direcionado para o paciente, considerando suas necessidades por peso, idade, e a demanda da OI.
Conclusões A interação entre fatores genéticos, influências bioquímicas e hábitos de vida como a nutrição, interferem no comportamento de células ósseas e fatores reguladores envolvidos no crescimento e manutenção do sistema esquelético. Uma alimentação equilibrada, com uma dieta adequada em cálcio é importante para manutenção da massa óssea e pode ajudar no tratamento de doenças ósseas, como a OI . Embora não haja cura da doença, existem diversas ferramentas terapêuticas capazes de melhorar o curso da condição clínica e a qualidade de vida de pacientes com OI.
Referência bibliográfica Bruna Bellincanta Nicoletto , Letícia Vicari de Siqueira, Michele Carvalho Pinheiro, Simone Frederico Tonding ,. (2010). OSTEOGÊNESE IMPERFEITA E NUTRIÇÃO: RELATO DE CASO. Rev HCPA , 286-289. Associação Brasileira de Osteogenesis Impefecta (ABOI). [acesso em 29 de maio de 2021]. Disponível em www.aboi.org.br Ministério da Saúde. Portaria nº 2305 de 19 de dezembro de 2001. Protocolo de Indicação de Tratamento Clínico. [acesso em 29 de maio de 2021]. Disponível em www.aboi.org.br/portaria2035.html