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As regiões mais pobres, principalmente do Norte e Nordeste,
são as mais atingidas. O saneamento básico precário está
diretamente ligado à pobreza, miséria, falta de renda e de emprego
e à conseqüente habitação sem as menores condições de higiene.
No Brasil, na década de 80, investiu-se em saneamento básico
0,28% do PIB; de 1990 a 1994, 0,13%; de 1995 a 2000, 0,25% e de
2001 a 2004, 0,18%. A necessidade de investimento era muito
maior.
Segundo estudo do Ministérios das Cidades, de 2004, para que
em 2020 todos os brasileiros tenham água de qualidade e coleta e
tratamento de esgoto à disposição, seria necessário que se investisse, até lá, R$ 67,8 bilhões em tratamento de água, R$ 77,3
bilhões em coleta de esgoto e R$ 33,2 bilhões em tratamento de
esgotos, a valores de 2004. Este investimento, de R$ 178,3 bilhões
de reais, já teria que estar sendo feito há dois anos, o que ainda
não aconteceu. Nesse ritmo, água e esgoto recolhido e tratado de
todas as casas só acontecerá em 2065! Para recuperar o atraso
provocado pelo atual governo e cumprir as metas para 2020, o novo governo viabilizará investimentos públicos e privados de R$ 12
bilhões por ano, em moeda de 2006, ou seja, o equivalente a 0,6%
do PIB.
Depois de longo tempo de tramitação, foi aprovado pelo
Senado Federal e retornou para apreciação da Câmara de
Deputados, um importante marco regulatório do setor de
saneamento no Brasil, o Projeto de Lei do Senado 219/2006, lei fundamental para a atração de investimentos e que já deveria estar
em vigor desde 2004.
PROPOSTAS: