incluem os fatores genéticos, psicológicos, socioeconômicos, culturais e ambientais.
Desequilíbrio esse que é denominado obesidade, que é considerada uma doença
crônica (MARTINS, 2012).
A OMS apontou que em 2014, acima de 1.900 milhões de adultos com idade
acima de 18 anos estavam com sobrepeso, dentre eles, mais de 600 milhões eram
considerados obesos. No entanto, 39% dos adultos acima de 18 anos (sendo 38%
dos homens e 40% das mulheres) estavam com peso acima do normal (OMS, 2015).
Nas últimas décadas a obesidade tem adquirido proporções epidémicas e a
OMS reconhece que se não forem tomadas medidas drásticas para prevenir
e tratar a obesidade, mais de 50% da população mundial será obesa em
2025. Em 2008, 10% da população masculina e 14% da população
feminina, a nível mundial, era obesa, segundo esta organização (MARTINS,
2012, 163).
A obesidade também está ligada a outras doenças, como fatores genéticos
as alterações endocrinológicas ela decorre também de hábitos alimentares mal
instruídos, ambiente familiar ou de amigos concluísse que ela esta ligada a área da
saúde e a da cultura da sua nação. Além disso, outros aspectos favorecem o
sobrepeso, por exemplo, “A alimentação inadequada e a inatividade física são
fatores relevantes na disseminação da obesidade e de outras doenças crônicas não
transmissíveis, e gera impactos pessoais, sociais e financeiros sobre a vida da
população e do País” (BASTOS, SOUZA e OLIVEIRA, 2014, p. 86,apud, SOUZA et
al., 2011).
Um estudo realizado por Güenter (2000, p. 60) apontou que:
A obesidade mostrou-se distribuída em três níveis, 75% dos sujeitos da
amostra apresentam uma obesidade de Segundo Grau, ou seja, que se
situa entre 30 e 39,9 pontos, refletindo alto grau de sobrepeso. Entre os
sujeitos, verificou-se que 20% das mulheres obesas apresentam Obesidade
Mórbida Grau II. Apenas um número pequeno de sujeitos, 5% da amostra,
demonstrou uma Obesidade de Grau I. O maior grau de obesidade sugere
estar ligado a um maior nível de psicopatologia a nível interno. Em nossa
amostra, 15% dos sujeitos são bulímicos e não mostraram diferenças em
relação ao funcionamento psicodinâmico, mas indica ser uma evolução da
psicopatologia.
Quanto à incidência da obesidade, verificou-se um percentual um pouco
superior entre os sujeitos com idades de 31-40. Pode-se, nesse caso,
sugerir que é o momento, na vida das mulheres, em que já possuem os
seus filhos, bem como alguns anos de casamento. Esse aspecto indica
haver uma dificuldade de dar sentido a essa vivência familiar, refletindo-se
uma dificuldade de investir em afetos, em relações vinculares mais próximas
ou íntimas.