Proposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombro

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Slide Content

FACULDADE ANGLO-AMERICANO 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
DISCIPLINA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II 
 
 
 
 
BENJAMIM OTTOBELLI NETO 
CLAUDIA CAROLINA ANDRADE PEREA 
FABÍOLA MACHINSKI 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA 
TENDINOPATIAS DO OMBRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU – PR 
2010 

BENJAMIM OTTOBELLI NETO 
CLAUDIA CAROLINA ANDRADE PEREA 
FABÍOLA MACHINSKI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA 
TENDINOPATIAS DO OMBRO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de 
Fisioterapia da Faculdade Anglo Americano como requisito 
final para obtenção do título de Fisioterapeuta. 
Orientadora: Prof. Morgana Carbonera Raimondi, Esp. 
Co-orientador: Prof. João Afonso Ruaro, Msc. 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU – PR  
2010 

PROPOSTA DE PROTOCOLO DE TRATAMENTO  
PARA TENDINOPATIAS DO OMBRO 
 
Proposed of protocol for treatment of shoulder tendinopathy  
 
 
Benjamin Ottobelli Neto
(a)
, Claudia Carolina Andrade Perea
(b)
, Fabíola Machinski
(c)

Morgana Carbonera Raimondi
(d), 
João Afonso Ruaro
(e) 
 
(a) 
Acadêmico  do  Curso  de  Fisioterapia  da  Faculdade  Anglo-Americano  –  FAA,  Foz  do 
Iguaçu-PR. e-mail: 
[email protected] 
(b) 
Acadêmica  do  Curso  de  Fisioterapia  da  Faculdade  Anglo-Americano  –  FAA,  Foz  do 
Iguaçu-PR. e-mail: [email protected] 
(c)
Acadêmica  do  Curso  de  Fisioterapia  da  Faculdade  Anglo-Americano  –  FAA,  Foz  do 
Iguaçu-PR. e-mail: [email protected] 
(d) 
Fisioterapeuta  Especialista  em  Fisioterapia  Traumato-Ortopédica  e  Desportiva  pela 
Faculdades  Integradas  Espírita  em  convênio  com  Instituto  de  Pós-Graduação  e  Extensão 
(IBPEX),  Especialista  em  Fisioterapia  Dermato  Funcional  pelo  Instituto  Brasileiro  de 
Therapias  e  Ensino  (IBRATE),  Docente  do  Curso  de  Fisioterapia  da Faculdade  Anglo-
Americano – FAA, Foz do Iguaçu-PR. e-mail: [email protected]
(e) 
Fisioterapeuta  pela  UNIOESTE,  especialista  em  Ciências Morfofisiológicas  pela 
UNIOESTE  e  Mestre  em  Engenharia  Biomédica  pela  UNIVAP. Docente  do  Curso  de 
Fisioterapia  da  Universidade  Federal  do  Rio  Grande  do  Norte  –  UFRN,  Faculdade  de 
Ciências da Saúde do Trairi, Santa Cruz-RN. e-mail: 
[email protected] 

RESUMO 
Introdução: A  dor  no  ombro  é  uma  das  queixas  mais  comuns  e  incapacitantes  do sistema 
musculoesquelético. Objetivo: Verificar a aplicabilidade de um protocolo proposto para o tratamento 
de tendinopatias do ombro, avaliando sua eficácia por meio do Questionário Western Ontario Rotador 
Cuff Index (Worc), Questionário de dor McGill e da mensuração da Amplitude de Movimento (ADM). 
Métodos: Foi utilizado um protocolo de tratamento no qual participaram 07 voluntários com idade 
variando de 20 a 53 anos. Os indivíduos foram submetidos ao protocolo proposto que foi dividido em 
03 fases com objetivos e condutas diferentes. Como métodos de avaliação foi utilizado o Questionário 
Worc,  Questionário  de  dor  McGill  e  mensuração  da  ADM  no  início e  no  final  do  tratamento. 
Resultados:  O  protocolo  de  tratamento  proposto  foi  eficaz  no  tratamento  dos  voluntários,  pois  se 
obtiveram  resultados  estatisticamente  significativos  comparando  os  métodos  de  avaliação  (p<0,05). 
Conclusão:  O  protocolo  utilizado  neste  estudo  apresentou  resultado  positivo no  que  diz  respeito  à 
melhora funcional e da dor em pacientes com tendinopatias do ombro. 
Palavras-chave: tendinopatia; dor no ombro; manguito rotador; fisioterapia. 
 
Introduction: Shoulder pain is a common complain and disabling musculoskeletal system. Objective: 
To  assess  the  feasibility  of  a  proposed  protocol  for  the  treatment  of  tendinopathy  of  the  shoulder, 
through the Rotator Cuff Western Ontario Questionnaire Index (WORC), McGill Pain Questionnaire 
and the mensuration of the Range of Motion (ROM). Methods: We used a protocol treatment which 
involved 07 volunteers aged 20 to 53 years. The subjects were submitted to the proposed protocol is 
divided into 03 stages with different goals and behaviors. Methods of assessment questionnaires were 
used Western Ontario Rotator Cuff Index (WORC) and McGill Pain Questionnaire and the ROM at 
the beginning and end of treatment. Results: The results showed that the protocol of treatment was 
effective in the treatment of the volunteers, 'cause statistically significant results were obtained on the 
methods  of  evaluation  by  comparisons. Conclusion:  The  protocol  used  in  this  study  showed  a 
significant result with regard functional improvement and pain in patients with tendinopathy of the 
shoulder.  
Keywords: tendinopathy, shoulder pain, rotator cuff; physiotherapy. 

Introdução 
O ombro é a articulação proximal do membro superior, sendo a mais móvel de todas as 
articulações do corpo humano (1). Por meio de intrincada biomecânica, permite movimentos 
integrados com o cotovelo, punho e mão. Nesse processo, o ombro é responsável por colocar 
o  membro  superior  em  diferentes  localizações,  permitindo  um  sem-número  de  atividades, 
como pintar, lutar, jogar, pegar e erguer objetos, etc (2). 
A  dor  no  ombro  é  uma  das  queixas  mais  comuns  e  incapacitantes  do  sistema 
musculoesquelético  na  população  em  geral.  A  literatura  diverge  sobre  a  prevalência  desta 
queixa. Estudos nacionais a estimam entre 15% a 25% (3) ou 11,7 e 16%, chegando a 21% na 
população de hospitais geriátricos (4). Já uma revisão sistemática holandesa apontou dados 
que variam de 6,9 a 26% (5). 
A causa mais frequente de dor no ombro é a lesão do manguito rotador (MR), que pode 
acometer indivíduos em qualquer faixa etária, sendo potencializada com o envelhecimento e a 
ocupação laborativa ou recreativa (3,6,7). 
As tendinopatias do ombro podem ter como etiologia duas possíveis teorias de lesão, 
uma mecânica e outra vascular. Na teoria mecânica, é discutido que a carga repetitiva, mesmo 
dentro  da  faixa  de  oscilação  de  tensão  normal-fisiológica  de  um  tendão,  causa  fadiga  e, 
eventualmente, leva à falência tendínea, pois há acúmulo de danos no colágeno ou em outros 
componentes  da  matriz  colágena.  A  teoria  vascular  propõe  que  os  tendões  são  tecidos 
metabolicamente ativos e necessitam de aporte vascular; assim, supõe-se que certos tendões, 
ou  pelo  menos  alguns  segmentos  destes,  tenham  uma  provisão  de  sangue deficiente, 
deixando-os mais suscetíveis a degenerações (8). 
Diagnosticar tendinopatias do ombro atualmente envolve a realização de uma avaliação 
estruturada  que  inclui  a  anamnese  em  conjunto  com  a  realização  de  procedimentos  de 
avaliação clínica que geralmente envolvem testes. Com base na resposta aos testes clínicos, o 
diagnóstico de tendinopatias é alcançado (9). 
  Estas  lesões  teciduais  podem  ser  encontradas  durante  a  avaliação  fisioterapêutica  e 
respectivo  diagnóstico  cinético-funcional.  Após,  podem  ser  submetidas  a  tratamento 
fisioterapêutico,  que  objetiva  atuar  morfofisiologicamente  na  regeneração  dos  tecidos 
afetados.  Procurou-se,  portanto,  apresentar  uma  proposta  para  recuperação  funcional  deste 
importante complexo articular, a fim de proporcionar funcionalidade ao indivíduo acometido 
por disfunções do ombro.  
Assim,  o  objetivo  deste  trabalho  foi  verificar  a  aplicabilidade  de  um  protocolo 
proposto para o tratamento de tendinopatias do ombro, ao se observar: a) o impacto da função 

desta articulação em pacientes submetidos ao protocolo, por meio do Questionário Western 
Ontario Rotator Cuff Index (Worc) (10), b) a dor por meio do Questionário de dor McGill 
(13) e c) a Amplitude De Movimento (ADM) segundo Marques (12). 
 
Metodologia 
O  presente  estudo  foi  aprovado  pelo  Comitê  de  Ética  em  Pesquisa  da  Faculdade 
Assis Gurgacz (Cascavel-PR), sob o número 187/2010. (ANEXO 1). 
Nove  voluntários,  08  do  gênero  feminino  e  01  do  gênero  masculino,  com  idade 
variando de 20 a 53 anos, foram selecionados para participar do estudo, realizado na Clínica 
Escola de Fisioterapia da Faculdade Anglo-Americano, na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná. 
No entanto, durante o estudo, duas mulheres foram desligadas por terem mais de três faltas 
aos atendimentos, sendo a amostra final constituída por 07 voluntários. 
Os critérios de inclusão foram: pertencer a ambos os gêneros, ter disponibilidade de 
tempo,  aceitação  da  rotina  de  tratamento,  concordar  e  assinar  o termo  de  consentimento. 
Determinou-se como critério de exclusão: realizar outros tratamentos durante a pesquisa, pós-
operatório recente de cirurgia no ombro. 
Para  desenvolvimento  do  trabalho,  todos  os  indivíduos  foram  examinados  pelo 
mesmo pesquisador, por meio de avaliação fisioterapêutica baseada em métodos subjetivos e 
objetivos,  que incluíram:  anamnese  (tabela  I),  avaliação  da  dor, exame  físico  detalhado  de 
todo  membro  superior  em  questão,  onde  o  mesmo  foi  realizado  na  seguinte  sequência: 
inspeção, palpação, amplitude de movimento (ADM) ativa, força muscular e testes especiais, 
e avaliação da função do complexo articular do ombro no primeiro e último atendimentos. 
 
Tabela I – Dados da anamnese dos voluntários acometidos por lesão do MR 
Voluntário  Idade  Gênero  Ocupação 
MMSS 
Acometido 
Ademir  45  Masculino  Vendedor  Direito 
Alicia  49  Feminino  Cabeleireira  Esquerdo 
Ereni  53  Feminino  Doméstica  Direito 
Eunice  48  Feminino 
Serviços 
Gerais 
Esquerdo 
Fernanda  20  Feminino  Estudante  Direito 
Keila  31  Feminino  Do Lar  Direito 
Vera  51  Feminino  Cabeleireira  Esquerdo 
 

A  dor  foi  avaliada  por  meio  de  Escala  Visual  Analógica  (EVA)  (13)  e  do 
Questionário de dor McGill (ANEXO 2) (11). A avaliação da função foi realizada por meio 
da  versão  brasileira  do  Questionário  Worc  (ANEXO  3)  (10),  traduzido  e  adaptado 
culturalmente para ser aplicado em pacientes com alterações do MR na população nacional. 
Após a avaliação os pacientes iniciaram o tratamento conforme o protocolo proposto: 
O protocolo foi dividido em 3 fases, com objetivos e condutas diferentes, baseado em 
literatura relacionada ao tema: 
- Fase I: objetivou reduzir o processo inflamatório, proporcionar analgesia e ganho 
de  ADM.  Nesta  fase  os  recursos  utilizados  foram  ultrassom  (US);  alongamento  de 
musculatura póstero-lateral cervical; mobilização em decúbito lateral de escápula; liberação 
miofascial;  liberação  de trigger  points  utilizando  a  técnica  de  dígito-pressão;  mobilização 
intra-articular;  decoaptação  de  cápsula;  mobilização  em  ADM  tolerável  com  bastões  e 
roldanas; crioterapia por 20 minutos (14,15
). 
- Fase  II: objetivou  manter  e/ou  aumentar  a  flexibilidade  e  realizar  fortalecimento 
muscular.  Nesta  fase  foram  realizados  fortalecimentos  isométrico  e  isotônico  do  MR; 
fortalecimento  isotônico  de  extensores  do  ombro;  fortalecimento  isotônico  de  rombóides; 
fortalecimento  isotônico  de  serrátil;  flexão  de  braço  com  apoio de  joelhos  bilateral; 
movimentos de atividades de vida diária (AVD’s) (16). 
-  Fase  III:  aprimorar  o  desempenho  muscular,  ganhar  propriocepção  e  finalizar  a 
recuperação  funcional.  Nesta  fase  utilizaram-se  exercícios proprioceptivos  com  a  bola 
terapêutica, shoulder flex e na plataforma de equilíbrio; arremessos de lances livres na cesta 
de basquete (14,16). 
O protocolo completo está apresentado no anexo 4. 
Este  foi  aplicado  durante  2  meses,  com  frequência  de  3  vezes  por  semana,  com 
duração  média  de  45  minutos  cada  atendimento.  Assim,  cada  voluntário  recebeu  24 
atendimentos. 
Para a análise estatística dos dados, foi usado o programa GraphPad Instat, versão 
3.10. Para avaliação do questionário Worc, questionário de dor de McGill e EVA, foi usado o 
teste de Wilcoxon, para dados não-paramétricos. Já para os dados da ADM, foi usado o teste t 
pareado,  para  dados  paramétricos.  Como  critério  de  significância,  para  todos  os  testes 
realizados,  foi  considerado  95%  (p<0,05).  Os  valores  são  apresentados como  médias  e 
desvios-padrão. 
 
 

Resultados 
 
Escala Visual Analógica 
Os resultados indicaram que houve diferença significativa (p<0,05) entre os valores 
da  EVA  observados  antes  e  após  a  aplicação  da  proposta  do  protocolo  de  tratamento, 
demonstrando redução da dor após a aplicação do protocolo. A tabela II demonstra as médias 
dos níveis de dor, antes e após a aplicação do protocolo. 
 
Tabela II - Valores dos resultados da EVA antes e após intervenção fisioterapêutica. 
  Avaliação inicial  Avaliação final  Valor de p 
Valor da EVA  4,94±2,96  0,95±0,76  0,0156 
 
Questionário de dor McGill 
As características e índice da dor foram avaliados por meio do questionário de dor de 
McGill,  constituído  por  quatro  categorias:  respostas  sensitivas  à  experiência  dolorosa, 
respostas afetivas, respostas avaliativas da experiência dolorosa global e miscelânea (17). Os 
resultados no questionário de dor de McGill são apresentados na tabela a seguir (tabela III). 
 
Tabela III - Resultados do questionário McGill antes e após intervenção fisioterapêutica. 
McGill  Avaliação inicial  Avaliação final  Valor de p 
Sensorial  6±2,51  3,28±2,49  0,0577 
Afetivo  2,57±0,97  1,14±0,89  0,0335 
Avaliativo  1±0  1±0  - 
Miscelânea  2,42±0,78  0,57±0,78  0,0206 
Total descritores  12±3,55  6±3,36  0,0222 
Sensorial  14,57±7,91  6,42±6,45  0,0339 
Afetivo  3,28±1,60  1,28±1,25  0,0340 
Avaliativo  2,71±1,38  2±1,15  0,2030 
Miscelânea  4,57±2,50  1,14±1,46  0,0590 
Total índice de dor  24,5±8,22  10,8±7,84  0,0156 
 
 
 

Questionário Worc 
As alterações do MR e a qualidade de vida dos voluntários foram avaliados por meio 
do  Questionário  Worc,  que  é  constituído  por  21  questões,  abrangendo  cinco  domínios:  1) 
sintomas físicos, 2) esportes e recreação, 3) trabalho, 4) estilo de vida e 5) estado emocional. 
Houve uma redução na média do índice de dor e uma melhora na qualidade de vida em todos 
os grupos citados, com diferenças significativas de p<0,05. A tabela IV apresenta as médias 
dos voluntários por domínios. 
 
Tabela IV - Resultados do questionário WORC antes e após intervenção fisioterapêutica. 
Worc  Avaliação inicial  Avaliação final  Valor de p 
Sintomas Físicos  353,57±96,22  128,28±60,51  0,0156 
Esporte/Recreação  224,14±41,39  68,42±30,24  0,0156 
Trabalho  235,42±121,43  105±50,34  0,0156 
Estilo de Vida  228,57±121,82  61,14±38,00  0,0156 
Emoções  165,14±95,14  69,85±46,78  0,0360 
Resumo  1206,85±395,37  439,85±191,02  0,0156 
 
Amplitude de movimento 
Em  relação  à  ADM,  realizada  por  meio  da  goniometria,  observou-se  que  houve 
significância estatística com p<0.05. Os valores são apresentados na tabela V. 
 
Tabela V - Resultados da ADM antes e após intervenção fisioterapêutica. 
Membro Superior Acometido 
  Avaliação Inicial  Avaliação Final  Valor de p 
Flexão  141,42±27,31  170,71±7,13  0,0360 
Extensão  40±8,32  61,14±13,50  0,0355 
Abdução  153,28±27,58  175,57±4,82  0,0590 
Adução  35,85±9,56  56,14±11,95  0,0156 
Rot. Interna  58,57±22,79  82,71±9,28  0,0156 
Rot. Externa  65±26,14  89±2,64  0,0360 
Abdução Hor.  81,57±16,61  105,14±10,38  0,0220 
Adução Hor.  30,42±6,92  54,57±6,79  0,0222 

Discussão 
De acordo com Dutton (18) a função primária do complexo do ombro é posicionar a 
mão  no  espaço,  permitindo  ao  indivíduo  interagir  com  o  ambiente  e  executar  as  funções 
motoras  finas.  O  grau  de  mobilidade  é  resultante  de  superfícies  articulares  saudáveis,  de 
unidades musculotendíneas intactas e de restrições capsuloligamentares. A incapacidade de 
posicionar  a  mão  resulta  em  redução  profunda  das  capacidades  de  toda  a  extremidade 
superior, levando à patologia. 
Morelli e Vulcano (19) afirmam que a maioria das patologias do ombro devem ser 
tratadas conservadoramente. A intervenção fisioterapêutica, nessa situação, é considerada  a 
primeira  escolha  de  tratamento  por  melhorar  o  equilíbrio  muscular  da  região,  aumentar  a 
funcionalidade do membro acometido e possibilitar retorno mais rápido às atividades de vida 
diária com diminuição das dores. Além disso, existem indicações seguras de que o tratamento 
cirúrgico  não  difere  significantemente  da  intervenção  fisioterapêutica  quanto  à  melhora  da 
funcionalidade e quanto à redução da dor (20). 
De acordo com Giordano et al. (21) existem controvérsias quanto à superioridade de 
um  tratamento  sobre  o  outro,  sugerindo  então,  que  a  conduta  mais  conservadora  seja 
preferível ao tratamento cirúrgico. Outros são mais intervencionistas, como Nirschl (22), que 
prefere adotar tratamentos mais agressivos em função do fato de a doença ser de evolução 
contínua. Admitindo-se a intervenção fisioterapêutica como tratamento mais adequado, esta 
deveria  incluir  crioterapia,  mobilização  articular,  reequilíbrio  neuromuscular,  exercícios  de 
fortalecimento,  eletroterapia  e  decoaptação  articular  (23).  Indicações  de  tratamento  que 
corroboram com o protocolo proposto. 
A  dor  é uma  experiência  subjetiva  e  então  impossível  de  ser  medida  diretamente, 
mas  uma  estimação  quantitativa  de  dor  pode  ser  obtida  (24).  Assim  a  EVA  é  um  recurso 
amplamente  adotado  para  verificação  de  diferentes  dores,  fornecendo  a  caracterização  dos 
aspectos da dor. 
Teixeira e Pimenta (25) comentam que a EVA de dor consiste de uma linha reta de 
10 cm, onde o 0 representa  a ausência de dor e o 10 representa a pior dor imaginável, sendo 
indicada  para  adultos.  Para  Rebellatto  e  Morelli  (26),  esta  escala  fornece  informações 
conclusivas para o diagnóstico da intensidade da dor. 
Nos  resultados  apresentados  neste  estudo,  percebe-se  que  houve  uma  diferença 
(p=0,0156)  entre  os  valores  da  EVA  observados  antes  e  após  a  aplicação  da  proposta  do 
protocolo  de  tratamento,  com  médias  de  resultados  iniciais  de  (4,94±2,96)  e  final  de 
(0,95±0,76),  demonstrando  redução  significativa  da  dor  após  a  aplicação  do  recurso 

terapêutico. Essa melhora foi observada associada à crioterapia, à mobilização passiva e ativa 
das articulações que envolvem o complexo do ombro contribuindo para a diminuição da dor e 
melhora  da  ADM.  Howell et  al.(27),  ao  compararem  dois  grupos  tratados  com  e  sem  a 
prescrição de  exercícios, demonstraram que o tratamento com exercício foi bastante  eficaz 
para aumentar a função do ombro. Do mesmo modo, Ginn et al.(28) confirmam a hipótese ao 
realizar um estudo com 66 voluntários com dor no ombro de origem mecânica: os resultados 
apontaram melhora na dor de abdução livre e flexão, incapacidade funcional e auto percepção 
do indivíduo tratado. Portanto, a fisioterapia por meio da vasta gama de recursos disponíveis é 
uma importante aliada no tratamento conservador, podendo proporcionar, além do alívio das 
condições sintomatológicas, o restabelecimento da função normal do ombro acometido. 
Já  o  questionário  de  dor  de  McGill  é  considerado  o  melhor  instrumento e  o  mais 
utilizado quando se pretende obter informações qualitativas e quantitativas da dor, a partir de 
descrições  verbais  (17).  Compõe-se  de  78  palavras  utilizadas  para  descrever  a  dor, 
qualitativamente  semelhantes,  grupadas  em  4  categorias:  sensitivo-discrimativo,  afetivo-
motivacional,  cognitivo-avaliativo  e  miscelânea.  Algumas  dessas  palavras  (descritores)  são 
sinônimas entre si, outras parecem, mas variam em intensidade, enquanto outras apresentam 
diferenças  mínimas  que  podem  ser  importantes  para  os  indivíduos  que  estão  tentando 
comunicar a dor. O índice máximo possível de dor é 78 (quanto maior o índice, maior será a 
dor). 
Este questionário foi capaz de fornecer informações sobre as diferentes percepções 
dos vários domínios que integram o sintoma dor nos indivíduos, uma vez que a percepção 
desse sintoma está relacionada aos aspectos sensoriais, afetivos, motivacionais e não somente 
à  intensidade.  Como  mostra  a  tabela  III,  houve  uma  redução  na  média  dos  descritores  da 
avaliação inicial (12±3,55) para a final (6±3,36) e do índice de dor inicial (24,5±8,22) para a 
final  (10,8±7,84),  entretanto,  com  pouca  significância  estatística  no  descritor  sensorial 
(p=0,0577) e nos índices de dor avaliativo (p=0,2030) e miscelânea (p=0,0590). 
De acordo com Ferreira et al. (29) o Questionário de dor McGill demonstrou ser um 
instrumento útil para avaliar a qualidade e intensidade da dor, o que confere com Camargo et 
al. (30) que ao realizar um estudo com 27 trabalhadores com síndrome do impacto revela que 
o Questionário de dor McGill é uma ferramenta importante e útil na avaliação de diversas 
situações clínicas do ombro. 
Napoles et  al. (31)  menciona  que  o  aumento  crescente  do  número  de  pesquisas 
multinacionais e multiculturais com o interesse de mensurar a qualidade de vida e a eficácia 
de tratamentos motivou a elaboração e a validação de vários questionários na Língua Inglesa, 

que precisam ser traduzidos e adaptados para outras línguas. O que esta de acordo com os 
achados  de  Knaut et  al. (32)  que  relata  a  existência  de  vários  instrumentos  de  medidas 
voltados  à  avaliação  da  funcionalidade  do  ombro  encontrados  na  literatura,  porém  apenas 
alguns  apresentam  versões  em  português.  Um  desses  instrumentos  de  medidas  encontra-se 
nos achados de Lopes et al. (10) que menciona que o questionário Worc é um instrumento 
específico, que engloba aspectos de qualidade de vida relevantes para doença específicas do 
MR.  Contém  21  questões,  abrangendo  cinco  domínios:  1)  sintomas  físicos,  2)  trabalho,  3) 
esportes  e  recreação,  4)  estilo  de  vida  e  5)  estado  emocional.  O  formato  de  respostas  das 
questões  do  Worc  é  através  de  EVA.  Todas  as  questões  têm  o  mesmo valor  ponderal. 
Portanto, cada item tem a possibilidade de ser pontuado de 0 a 100 na EVA e o resultado final 
pode variar de 0 a 2100. O total de 0 implica em nenhuma redução na qualidade de vida e 
2100 é a pior pontuação. É possível obter o total de cada domínio separadamente. O resultado 
final  pode  ser  convertido  para  percentagem  de  acordo  com  uma  fórmula  proposta  pelos 
autores da versão original. 
O  Questionário  Worc  foi  um  método  adequado,  pois  enfatizou  as  queixas  mais 
frequentes dos voluntários, que são dor e limitação funcional, além de permitir satisfatória e 
simples avaliação objetiva da função do ombro, e avaliação subjetiva com dados provenientes 
do voluntário. Utilizando o protocolo, observou-se uma redução na média do índice de dor e 
na qualidade de vida em todos os grupos citados, com diferenças significativas de (p < 0,05). 
Assim, os achados da presente pesquisa fortalecem os de Holtby e Razmjou (33), que 
realizaram  um  estudo  com  154  voluntários  antes  de  serem  submetidos  à  cirurgia  para 
patologias do MR, obtendo seus resultados que reforçam a utilização a validade do Worc para 
utilização em indivíduos com esta patologia, o que também está de acordo, por exemplo, com 
os achados de Kirkley et al. (34) que afirmam que o Worc pode ser utilizado como desfecho 
primário  em  experimentos  clínicos  avaliando  tratamentos  de  indíviduos,  embora  suas 
principais características sejam igualmente atraentes para acompanhamento da evolução dos 
pacientes na prática clínica. 
Ao  mensurar  a  ADM,  existem  três  fontes  principais  de  variação:  as  variações 
biológicas (idade, raça, genética, história e condições clínicas); variação temporal (diferentes 
momentos, condição clínica, nível de atividade, estado emocional e ritmo circadiano); e o erro 
de medida (métodos de procedimento, instrumentos de medidas, variações da força manual 
aplicada pelo examinador durante a ADM passiva e as variações de força do sujeito durante a 
ADM ativa) (35). 

No presente estudo, foi optado pelas ADM’s ativas, pois de acordo com Armstrong 
(36),  estas  representam  melhor  a  função  e  apresentam  maior  confiabilidade  do  que  os 
movimentos  passivos.  As  medidas  passivas  são  menos  confiáveis  que  as  medidas  ativas, 
devido à variação de força que é colocada pelo terapeuta. Esta mesma dificuldade pode ser 
observada  quando  o  terapeuta  estabiliza  a  articulação  evitando os  movimentos 
compensatórios  que  são  detectados  visualmente,  principalmente  nos  casos  em  que  existe 
limitação articular, ocorrendo influência na realização ou não da estabilização nas medidas 
(37). 
Alguns  movimentos  são  relatados  na  literatura  como  mais  difíceis  de  obter 
confiabilidade  nas  medidas  da  articulação  do  ombro,  como  abdução,  rotação  externa  e 
extensão (36).  
Verificou-se na pesquisa em questão que houve aumento significativo da amplitude 
de  movimento  no  complexo  articular  do  ombro  em  todos  os  movimentos  analisados  (p  < 
0,05), conforme demonstra na tabela V. Confirma-se assim a observação de Magnusson (39), 
que o alongamento da unidade músculo-tendínea reduz significativamente a tensão passiva do 
tecido.  Já  Souza  (40)  diz  que  os  músculos  do  MR  induzem  à  abdução  da  escápula,  que  é 
contrabalanceada pelos músculos rombóides e elevador da escápula e pelas fibras superiores 
do trapézio. Esse equilíbrio é fundamental para a adequação dos ritmos escapulotorácico e 
escapuloumeral  durante  os  movimentos  do  membro  superior,  por  isso  foram  utilizadas 
técnicas  miofasciais  para  reestabelecer  o  equilíbrio  entre  essas  musculaturas  e  promover  a 
melhora das amplitudes de movimentos. 
O  aumento  da  funcionalidade  e  a  diminuição  da  dor  resultaram  em  significante 
aumento  da  satisfação  referente  à  sua  condição  anterior  à  intervenção  fisioterapêutica.  O 
protocolo  desenvolvido  demonstrou-se  eficaz  para  esse  tipo  de  indivíduo.  Esses  achados 
confirmam  que  os  indivíduos  podem  ser  beneficiados  com  o  tratamento  fisioterapêutico. 
Giordano et al. (21) demonstraram a eficácia do tratamento fisioterapêutico com a utilização 
de um protocolo baseado em metodologia nos quais os recursos a serem aplicados variavam 
conforme a fase da doença. Em outro estudo, Lima et al. (41), ao analisarem a funcionalidade 
e a percepção da dor em pacientes, antes e após intervenção fisioterapêutica, concluíram que 
houve melhora substancial do quadro álgico e função do ombro pós-tratamento. 
Sugere-se  para  estudos  futuros,  trabalhos  com  maior  número  de  voluntários,  com 
faixa etária mais próxima, haja vista o tamanho reduzido da amostra e a diferença de idade 
entre os voluntários, além de um período mais longo de tratamento. É importante manter a 

aplicação dos questionários, uma vez que os mesmo são ferramentas extremamente úteis para 
obter maiores dados estatísticos. 
 
Considerações finais 
O  protocolo  utilizado  neste  estudo  apresentou  um  resultado  positivo  no  que  diz 
respeito à melhora funcional e da dor em pacientes com tendinopatias do ombro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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PROTOCOLO DE TRATAMENTO PROPOSTO 
Descrição das fases e exercícios componentes do protocolo: 
 
Fase I 
1. Ultrassom (marca Chattanooga, Intelect Advanced, model 2762 CC, Série nº 
2627) cabeçote de 1 Mhz, pulsado a 50%, ciclado a 100 Hz, dose e tempo de aplicação de 
acordo com o biotipo e área de maior sintomatologia do voluntário; 
 
     
 
2. Alongamento de musculatura póstero-lateral cervical: a) voluntário deitado na 
maca em decúbito dorsal, ombros na borda superior da maca com pescoço de cabeça fora da 
mesma;  terapeuta  realizou  flexão  lateral  direita,  flexão e  rotação  esquerda;  b)  mantendo  a 
mesma posição na maca, terapeuta realizou flexão lateral esquerda, flexão e rotação direita. 
Realizado três séries de trinta segundos; 
 
     
 
3. Mobilização em decúbito lateral de escápula: voluntário deitado na maca em 
decúbito lateral, com ombro sintomatológico para cima, terapeuta mantém contato com seu 
esterno em região proximal do úmero do voluntário, comprimindo-o contra a maca; mantém 

contato  com  suas  mãos  na  escápula  do  voluntário,  mobilizando-a  em  todas  as  direções. 
Realizado por um minuto; 
 
    
 
4. Liberação miofascial: voluntário deitado na maca em decúbito ventral, sendo 
realizados traços neuromusculares suficientes para atingir região de trapézio e supra-espinal 
com desativador de trigger points; 
 
 
 
5. Liberação de trigger points (Dígito-Pressão): voluntário deitado na maca em 
decúbito  ventral,  realizado  compressão  de trigger  points por  90  segundos  em  região  de 
trapézio e supra-espinal com desativador de trigger points; 
 
    
 
6. Mobilização  intra-articular:  voluntário  sentado  em  cadeira,  terapeuta  em 
posição posterior a ele; mantém contato com mão cefálica estabilizando a cintura escapular e 

mão  caudal  em  úmero  proximal  para  mobilizá-lo  ântero-posteriormente  e  súpero-
inferiormente. Realizado por um minuto; 
 
 
 
7. Decoaptação  de  cápsula:  voluntário  sentado  em  cadeira,  com  flexão de 
cotovelo a 90 graus e terapeuta posterior a ele; mantém contato com mão cefálica no punho 
do voluntário (membro superior do terapeuta anterior ao tronco do voluntário) e mão caudal 
em antebraço proximal (membro superior do terapeuta posterior ao tronco do voluntário) para 
mobilizá-lo inferiormente, decoaptando cápsula articular do ombro; 
 
    
 
8. Mobilização  em  ADM  tolerável:  voluntário  em  pé,  realizou  todos  os 
movimentos da articulação do ombro, primeiro com o auxílio de bastão e, após, com roldana; 
    

9. Crioterapia (marca Chattanooga, modelo Hydrocollator Cold Pak Chiling Unit 
C-2)  com  bolsa  de  gel,  com  tempo  de  aplicação  de  vinte  minutos,  aplicado  no  ombro  do 
voluntário; 
 
    
 
10. Orientações e cuidados: recomendações dadas de acordo com a queixa de cada 
voluntário (14,15). 
 
Os parâmetros para evolução à fase II foram: 
§ Aumento de goniometria (12) em 20%, em pelo menos quatro movimentos; 
§ Diminuição da dor na escala visual analógica (EVA) em 20%; 
§ Realização de quatro atendimentos nesta fase. 
 
Fase II 
1. Fortalecimento isométrico de MR: voluntário em pé, com cotovelo flexionado 
a  90  graus.  Realizadas  contrações  de  rotadores  internos,  utilizando  como  resistência  um 
batente de porta e contrações de rotadores externos, utilizando como resistência a parede, em 
cinco séries de seis segundos durante quatro atendimentos; 
 
       

2. Fortalecimento isotônico de MR: voluntário em pé, com cotovelo flexionado a 
90  graus.  Realizados  movimentos  de  rotação  interna  e  externa,  utilizando theraband no 
espaldar, com três séries de dez repetições; 
 
    
 
3. Fortalecimento isotônico de extensores do ombro: voluntário em pé, de frente 
ao espaldar, com theraband fixado ao mesmo, segurando o theraband e fazendo uma extensão 
do  ombro  com  cotovelo  estendido,  sem  qualquer  movimentação  de  punho.  Realizado  três 
séries de dez repetições. 
 
 
 
4. Fortalecimento  isotônico  de  rombóides:  voluntário  em  pé  de  frente  para  o 
espaldar,  utilizando  o theraband  fixado  ao  mesmo.  A  posição  inicial  do  voluntário  foi  de 
abdução  do  ombro  até  90  graus,  associada  à  flexão  de  cotovelo  também  a  90  graus, 
realizando, então, o movimento de abdução horizontal do ombro. Realizado três séries de dez 
repetições. 
 

    
 
5. Fortalecimento  isotônico  de  serrátil:  voluntário  em  pé,  de  costas para  o 
espaldar, com ombro flexionado a 90 graus e cotovelo estendido. A resistência do theraband 
fixado no espaldar ficou atrás do voluntário. O theraband foi seguro com a mão, e realizado 
movimento de protração do ombro contra a resistência, sem rodar o corpo, e com movimento 
de circundução do ombro. Realizado três séries de dez repetições. 
 
    
 
6. Flexão de braço com apoio de joelhos bilateral: voluntário partiu da posição 
ajoelhada, abaixou lentamente o corpo na direção do solo, enquanto manteve o alinhamento 
neutro da pelve e da coluna vertebral. Os cotovelos ficaram flexionados no plano sagital. A 
escápula realizou abdução e adução durante o movimento; 
 
 
 

7. Movimentos de atividades de vida diárias (AVD’s): recomendações dadas de 
acordo com a profissão de cada voluntário (16). 
 
Os parâmetros para evolução para a fase III foram: 
§ Aumento de força muscular em uma casa conforme o teste de força (grau I, II, 
III, IV e V) (42); 
§ Realização de dez atendimentos nesta fase. 
 
Fase III 
1. Fortalecimento isotônico de MR: voluntário em pé, com cotovelo flexionado a 
90 graus. Foram realizados movimentos de rotação interna e externa utilizando theraband no 
espaldar, com três séries de dez repetições; 
 
    
 
2. Exercícios  proprioceptivos  com  bola  terapêutica  e  com shoulder  flex  com 
orientação vertical, horizontal, e diagonal: a) voluntário em pé, com uma bola sob as mãos 
desenvolveu reações de  equilíbrio sobre uma superfície fixa (parede). b) voluntário em pé, 
com  semi-flexão  de  joelhos  e  coluna  ereta,  segurar  o shoulder  flex  com  uma  das  mãos 
realizando movimentos oscilatórios na vertical, horizontal e diagonal. Realizou três séries de 
dez repetições em cada movimento; 
    

       
 
3. Exercícios proprioceptivos na plataforma de equilíbrio: voluntário em posição 
de quatro pontos de contato, transferiu o peso para a plataforma de equilíbrio; 
 
 
 
4. Arremessos de lances livres em cesta de basquete: voluntário em pé, executou 
arremessos  de  lances  livres  em  20  repetições  (pela  dificuldade  de  conseguir  trabalhar  em 
quadra  de  basquete  foi  utilizada  adaptação  dentro  da  clinica  utilizando  bola  e  cesta  de 
basquete ambas de menor tamanho) (14,16). 
 
    
   
Os parâmetros para evolução para a alta funcional foi: 
§ Realização de dez atendimentos nesta fase. 
 
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