4- Cada cultura possui uma produção artística que a caracteriza, não há registro de culturas sem manifestação
artística. Sobre a cultura indígena pode-se afirmar que:
A ) As peças de artesanato indígenas são de boa qualidade e muito importantes para conhecer o perfil do artesão
indígena.
B ) Atualmente, não se considera arte a produção artesanal do indígena.
C ) O trabalho artístico indígena é artesanato e sendo artesanato não é arte.
D ) As peças indígenas não são representativas para a cultura brasileira.
E ) A preocupação do indígena com a feitura.
5- Sobre a arte indígena, analise os itens seguintes.
I- É representada principalmente pela cerâmica, arte plumária, mascaras e pintura corporal.
II- As esculturas em bronze e ouro representam o refinamento alcançado pelos índios na produção de artefatos
utilizados em danças cerimoniais.
III- É uma arte utilitária.
Indique a única opção correta:
A) Somente estão corretos os itens I e II.
B) Somente estão corretos os itens II e III.
C) Somente estão corretos os itens I e III.
D) Estão corretos os itens I, II e III.
E) Somente o item I está correto.
6- Leia o texto abaixo:
São 206 os povos indígenas no Brasil de hoje. Na maioria sociedades diminutas, remanescentes de populações que já
foram consideráveis, destruídas por doenças, escravização, massacres, invasão de seus territórios, deportação,
programas de assimilação: mais de dois terços desses grupos não chegam hoje a mil pessoas. No total, são uns 280
mil índios, contando-se apenas os que moram em áreas indígenas. Outros 30 mil são índios desaldeados, que moram
na maioria em áreas urbanas. A população indígena concentra-se na Amazônia, onde moram cerca de 60% dos
índios brasileiros. As sociedades indígenas são muito diversas entre si. Vejam-se as línguas, por exemplo. Distinguem-
se 163 línguas indígenas diferentes. Se incluirmos os dialetos, esse número sobe para 195. Com exceção de dez
línguas isoladas, que não se aparentam com nenhuma outra, essa grande variedade de línguas pode ser agrupada
em 14 conjuntos. Quatro grandes grupos lingüísticos espalham-se por territórios amplos, que podem transbordar das
fronteiras nacionais: são os grupos Macro-Tupi, Macro-Jê, Aruak e Karib. A diversidade das sociedades indígenas -
cada uma sendo uma síntese original de sociabilidade e de uso dos recursos naturais - é um patrimônio essencial do
Brasil. O que talvez mais chame a atenção seja o contraste entre a simplicidade das tecnologias e a riqueza dos
universos culturais. As sociedades indígenas elaboraram cosmologias e sistemas sociais complexos, nos quais o
patrimônio imaterial parece ter um privilégio sobre o patrimônio material. Enquanto a propriedade privada da terra,
por exemplo, é inexistente, direitos sobre bens imateriais, tais como nomes próprios, cantos, ornamentos rituais, são
objetos de detalhada regulamentação. A arte indígena, por sua vez, parece preferir suportes perecíveis: em muitas
dessas sociedades, o corpo humano, a palha e as plumas são objeto de um trabalho artístico intenso - pintura
corporal, cestaria, arte plumária - sobre objetos essencialmente efêmeros.
Considere os itens abaixo, relativos à evolução e às condições das lutas indígenas em nosso país.
I - As sociedades indígenas são diminutas, como vimos, e dão uma impressão errônea de isolamento. Na realidade,
elas têm crescentemente se revelado ligadas a uma extensa rede de trocas - de mercadorias, de esposas, de cantos e
rituais - e abertas ao exterior.
II - Todas as Constituições brasileiras, desde a de 1934, garantem aos índios as terras que eles ocupam. Esta
ocupação ficou definida na Constituição de 1988, no artigo 231, parágrafo 1, segundo o qual são terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas
atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as
necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
III - As terras indígenas ainda não estão completamente regularizadas, apesar do preceito constitucional que
estipulava que o fossem até 1993. Em junho de 1996, das 554 áreas, 148 encontravam-se demarcadas e registradas.
As demarcações são necessárias, mas não suficientes para a proteção das terras indígenas, que sofrem invasões de
várias naturezas. Mineradoras, madeireiras, garimpeiros, fazendeiros, são fontes de inúmeros conflitos.