Psicossomática
A expressão “psicossomática” foi
utilizada pela primeira vez em 1818
pelo médico alemão J. C. Heinroth
(1773-1843)
Conceito: Enfermidade cujos
sintomas físicos são causados por
elementos de ordem psicológica
Distúrbios Psicossomáticos
Dois Obstáculos em relação a
Psicossomática da Criança:
1- Estender excessivamente a qualificação
de psicossomática e de nela englobar os
mais diversos distúrbios.
2- O risco de se fazer generalizações
apressadas a partir dos estudos
psicossomáticos do adulto.
Psicossomática
Reações psicológicas secundárias a doença
somática.
Ex: hemofilia, cardiopatia, etc.
Agravamento de doença somática em
razão de dificuldades psicológicas.
Ex: Comas diabéticos repetidos do
adolescente que se recusa a usar insulina.
Psicossomática
Manifestações somáticas relacionadas a
mecanismo mental de conversão.
Ex: Cefaléia por conversão histérica X
Cefaléia sintoma psicossomático
Para algumas crianças, a queixa é a melhor
forma de ser escutada.
Ex: Fadiga e dores diversas
Psicossomática
“Ao nascer, não existe nada mais
psicossomático do que o bebê: o corpo
ocupa um lugar privilegiado no vasto
campo das interações com o meio, visto
que as diversas funções fisiológicas
servem de base para a comunicação.”
Psicossomática
O sintoma psicossomático assume um
lugar privilegiado no sistema de interação
mãe-criança e é nessa perspectiva que
deve ser encarado.
A existência de distúrbios
psicossomáticos graves na pequena
infância parece preparar o caminho para
organizações posteriores diferentes, tais
como a Psicose ou a Psicopatia.
Manifestações
Psicossomáticas
Aparecem em idades específicas
Relação entre a maturação do
funcionamento dos órgãos e as
características do funcionamento
psicológico
Manifestações
Psicossomáticas
Cólica idiopática – 3 a 6 meses
Vômitos – primeiro semestre
Anorexia – segundo semestre
Eczema infantil – entre 8 a 24 meses
Dores abdominais – 3 e 4 anos
Asma – 5 anos
Cefaléia – 6 a 7 anos
Desordens Psicossomáticas
Segundo dois grandes tipos de atitudes
maternas:
As desordens psicotóxicas
(Correspondem a relação mãe-criança
inapropriadas qualitativamente)
Desordens por deficiência
(Correspondem as relações mãe-criança
quantitativamente insuficientes)
Desordens Psicossomáticas
Doenças da Esfera Digestiva
Cólicas Idiopáticas do 1º Trimestre
Vômito do Lactente e da Criança Pequena
Mericismo
Retocolite Úlcero-Hemorrágica
Doenças do Sistema
Respiratório
Asma
Espasmo do Soluço
Patologia da Esfera Cutânea
Eczema do Lactente
Pelada
Outras Manifestações
Cefaléia
Enxaqueca
Nanismo Carencial X Retardo no
crescimento de origem Psicossocial
Psicossomática da criança maior:
A relação de cuidado
Quanto maior a criança, menos parece
existir um vínculo estreito entre o
sintoma somático e uma organização
psicológica específica
Impossibilidade da criança e de seus
genitores de exprimir a tendência
agressiva da ambivalência relacional
pode resultar em manifestações
somáticas
Psicossomática da criança maior:
A relação de cuidado
Dores abdominais
Anginas e Otites de repetição
A criança encontra na regressão e nos cuidados
maternos as gratificações necessárias e a mãe
desloca para o médico a dependência agressiva
que sente em relação ao seu filho
Necessário tratamento somático do episódio
integrando a ele significação individual para
evitar recaídas
Vínculo Mãe-Bebê
“ O que se nutre na
infância dura para sempre”
Referências
MANUAL DE PSICOPATOLOGIA DA
INFÂNCIA DE AJURIAGUERRA