Crise no Império Romano do Ocidente durante o século III: Fatores Externos As ondas migratórias dos povos bárbaros do norte da Europa e de regiões da Ásia em direção a Roma, provocadas por transformações climáticas e outros fatores similares, forçavam o Império a repelir os invasores e a mover progressivamente mais contingentes do exército para a defesa do centro do Império, que era a cidade de Roma. Com a morte de Teodósio, seus dois filhos lhe sucederam: Honório, no Ocidente, e Arcádio, no Oriente. Ambos eram auxiliados por chefes bárbaros. Nesse período têm início as mais violentas investidas dos visigodos, dando início à sua grande invasão, que culminou com a constituição do Reino Visigótico, construído dentro das fronteiras do Império Romano do Ocidente. A esse evento, seguiram-se as invasões dos vândalos, dos burgúndios e dos hunos. Ao final, somente restou a Itália sob o controle dos romanos. Em 476, o Império Romano do Ocidente ruiu por completo, com o assassinato do imperador Júlio Nepos por Orestes, um huno. No mesmo ano, o filho de Orestes, Rômulos Augústulus , que havia sido sagrado imperador no lugar de Julio Nepos , foi deposto por Odoacro , rei dos hérulos, que se declarou rei da Itália e aliado do Oriente. O Império parecia reunificado, mas era só aparência: o imperador tinha poder de comando apenas no Oriente, pois no Ocidente o domínio era exclusivo dos bárbaros. Após a queda do Império Romano do Ocidente, os povos germânicos que passaram a exercer controle sobre toda a região, não conseguiram estabelecer uma unidade política ou econômica. As constantes guerras entre as tribos “bárbaras” e também contra os antigos nobres romanos, e ainda a falta de estruturas administrativas levou a região a enfrentar tempo de constantes conflitos e acentuada descentralização do poder... O início da Idade média e do feudalismo, modelo político e econômico predominante na maior parte da Europa ocidental pelos próximos séculos.