Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
PG.203
https://www.youtube.com/watch?v=k6kzTUWaaU4
Simbologia
Crescimento
e Apogeu
Morte
Nascimento
da Nação
Simbologia
12Discípulos de Cristo
12Cavaleiros da Távola Redonda
12Meses do Ano
12Signos do Zodíaco
12= Ação (posse dos mares)
12= Final de um ciclo (ao qual sucede a
morte e o renascimento)
12Poemas no “Mar Português”
12Versos no total do poema
12letras no título
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
6 Versos
6 Versos
2 Estrofes
Emparelhado (aabbcc)
Esquema RimáticoÓmar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
ANÁLISE DA 1ª ESTROFE
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Conteúdo
Sacrifícios dos Portugueses na
conquista do mar;
Aspetos negativos dos Descobrimentos;
Valorização do sofrimento e do espirito
de sacrifício dos Portugueses (grandeza
espiritual).
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimasde Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Campo lexical de sofrimento;
Linguagem emotiva.
MetáforaÓmar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Hipérbole
ApóstrofeÓmar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Personificação
Quantificadores
Ómar salgado, quantodo teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantasmães choraram,
Quantosfilhos em vão rezaram!
Quantasnoivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Anáfora
ANÁLISE DA 2ª ESTROFE
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Conteúdo
Justificação dos sacrifícios feitos pelos
Portugueses;
Apenas através da dor se chega à glória.
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Interrogação Retórica
Ómar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeua pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passaralém do Bojador
Tem que passaralém da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
QUESTIONÁRIO
1.1.
A primeira parte do poema refere os
sacrifícios que os portugueses fizeram
para conseguirem conquistar o mar.
1.1.1.
Para reforçar o sentido de sacrifício dos
portugueses, o poeta recorre a frases de tipo
exclamativo, ao repetitivo uso de
quantificadores, e recursos estilísticos como a
apóstrofe (« Ó mar»), a metáfora e a hipérbole
(«quando do teu sal/São lágrimas de
Portugal»).
1.2.
A ideia-chave que o sujeito poético
defende é a de que tudo vale a pena.
1.2.1.
A ideia-chave na segunda parte, “Tudo vale a
pena”, é possível apenas, como o sujeito
poético refere, “Se a alma não é pequena”. Por
outras palavras, tudo vale a pena, se o homem
tiver a coragem e força para seguir as suas
convicções.
1.2.1.1.
Oração subordinada adverbial condicional.
“...Tudo vale a pena/Sea alma não for pequena.”
1.3.
Os argumentos apresentados pelo sujeito poético para
justificar que “Tudo vale a pena” são: nada se consegue sem
ultrapassar obstáculos (“Quem quer passar além do Bojador/
Tem que passar além da dor.”); e apesar dos perigos do mar, a
sua conquista eleva os portugueses num sentido mais
espiritual (“Deus ao mar o perigo e o abismo deu,/ Mas nele é
que espelhou o céu.”)