Área de integração A construção do Conhecimento.ppt
Brunovila11
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Sep 23, 2025
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About This Presentation
Disciplina de área de Integração
Size: 1.53 MB
Language: pt
Added: Sep 23, 2025
Slides: 36 pages
Slide Content
Disciplina: Área Integração
Módulo 3
1.1.A construção do Conhecimento
A génese do conhecimento humano e o mito
de Prometeu
As primeiras formas de vida apareceram na Terra há mais de 3000 milhões de
anos. Com efeito, foi a partir de pequenos seres microscópicos que se iniciou o
processo de transformação que, a partir da articulação entre seres vivos, deu
origem ao Homem e aos outros animais, tal como hoje os conhecemos.
1.1.A construção do Conhecimento
A génese do conhecimento humano e o mito
de Prometeu
O Homem é o produto de um lento processo de transformação, não sendo, no
entanto, um animal como os outros, quanto mais não seja porque, desde que
existe, tem transformado profundamente a Terra. Além disso, o Homem é o ser
vivo dotado de razão.
1.1.A construção do Conhecimento
O mito de Prometeu
De acordo com a mitologia grega, os primeiros homens foram moldados em
argila por Prometeu, que criou, assim, a primeira civilização de mortais.
Prometeu, titã grego, filho do titã Jápeto e de Ásia e irmão de Atlas, Epitemeu e
Menoécio. Considerado o benfeitor da Humanidade, roubou para os homens o
Fogo dos céus e ensinou lhes as Artes e Ofícios. É a figura mítica do ser culto e
inteligente, adotada como símbolo.
1.1.A construção do Conhecimento
O mito de Prometeu
Nos poemas de Hesíodo, Prometeu roubou o fogo divino de Zeus para dá-lo aos
homens, que assim puderam evoluir e distinguir-se dos outros animais. Zeus,
como castigo, ordenou que fosse acorrentado a um rochedo no cimo do monte
Cáucaso, onde todos os dias uma águia ia comer-lhe o fígado, mas, sendo
Prometeu imortal, voltava a regenerar-se.
Esta história foi teatralizada pela primeira vez por Ésquilo, no século V a. C com
o título de Prometeus desmotes (Prometeu Agrilhoado/Acorrentado).Na
perspetiva destes autores, Prometeu representa a vontade humana de
conhecimento. Com efeito, trabalhar o fogo nas suas diversas utilidades
permitiu aos homens aprenderem muitas artes e, assim, garantirem a sua
sobrevivência «inteligentes e senhores da razão»
1.1.A construção do Conhecimento
O mito de Prometeu
Por outro lado, Platão conta a história da origem da humanidade de acordo com
os relatos lendários tradicionais: Prometeu rouba o fogo de Hefesto e a
sabedoria da deusa Atena; na posse dessas duas qualidades, o homem estava
apto a trabalhar o fogo e a garantir a sua sobrevivência. Contudo, a qualidade
necessária para os homens se relacionarem entre si estava nas mãos de Zeus: a
política.
Ou seja, Platão não dá grande importância às habilidades técnicas oferecidas
por Prometeu. Pelo contrário, sublinha que o que diferencia os seres humanos
de todos os outros animais é a sua capacidade de viverem em sociedade,
combinada com as suas qualidades inatas e com a instrução adequada.
1.1.A construção do Conhecimento
A Hominização
Atualmente, o homem moderno, como todo o animal, é visto como o culminar de
um longo processo evolutivo. Do ponto de vista puramente biológico, o homem
descende de um primata da família dos hominídeos, género Homo, espécie
sapiens
Os hominídeos apresentavam como principais características:
postura ereta;
locomoção bípede no solo;
capacidade craniana superior à de outras famílias aparentadas;
dentes pequenos, com caninos não especializados.
1.1.A construção do Conhecimento
A Hominização
O estudo dos fósseis mostrou que, nos últimos 100 000 anos, o organismo
humano, em termos evolutivos, não apresentou grandes alterações biológicas.
Assim, por exemplo, um homem dessa época barbeado, penteado e vestido
com roupas do mundo atual dificilmente seria distinguido dos outros.
Contudo, ainda não se chegou a um acordo sobre o processo como se
desenrolou o fenómeno que conduziu ao aparecimento do homem, ou seja, à
hominização. No processo de hominização surgiram também comportamentos
distintivos, como a confeção de instrumentos e a linguagem verbal.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do conhecimento humano:
Articulação entre o biológico e o social
O homem é capaz de controlar a sua própria evolução e a dos outros: as
espécies animais em que estão interessados são favorecidas, as que não lhe
interessam são eliminadas.
Aliás, a denominação de Homo sapiens-«o homem que sabe» é uma alusão à
capacidade intelectual e à habilidade manual do homem, que o distingue das
demais espécies animais.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do conhecimento humano:
Articulação entre o biológico e o social
Com efeito, o homem, desde o seu aparecimento, desenvolveu-se de forma
espetacular: construindo utensílios cada vez mais eficazes e abrigos
semipermanentes, dominando o fogo, incrementando as técnicas de obtenção de
alimentos (caça, coleta, agricultura, pecuária), a arte e a escrita, etc. Com efeito,
foram estas conquistas culturais que transformaram o homem naquilo que ele é
hoje.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do conhecimento humano:
Articulação entre o biológico e o social
Por outro lado, o homem é condicionado pela morfologia e fisiologia do seu
próprio corpo.
A evolução biológica do homem foi acompanhada, quase inteiramente
substituída, por uma evolução cultural e social. Neste sentido, o processo de
construção do conhecimento humano deve ser encarado como uma sinergia
entre o biológico e o social, querendo isto dizer que a construção do
conhecimento deve ser analisada tendo em atenção dois tipos de
condicionalismo:
-os físico-biológicos;
-- os histórico-culturais.
1.1.A construção do Conhecimento
O corpo como lugar de construção do
conhecimento
O modo como agimos e reagimos em diferentes circunstâncias resulta da
contribuição, articulada e integrada, de diversos fatores biológicos,
nomeadamente:
•os órgãos sensoriais;
•o sistema nervoso;
•as glândulas endócrinas.
1.1.A construção do Conhecimento
O corpo como lugar de construção do
conhecimento
Os cinco sentidos fundamentais do corpo humano- tato, paladar, olfato,
audição e visão - permitem que o homem se relacione com o ambiente. Com
efeito, os estímulos do meio ambiente são captados pelos nossos órgãos dos
sentidos, permitindo-nos tomar conhecimento do que se passa à nossa volta.
Os órgãos sensoriais:
1.1.A construção do Conhecimento
O corpo como lugar de construção do
conhecimento
O sistema nervoso:
O sistema nervoso engloba um conjunto de órgãos que transmitem a todo o
organismo os impulsos necessários aos movimentos e às diversas funções e
recebem do próprio organismo e do mundo externo as sensações
No sistema nervoso podem distinguir-se duas partes:
o sistema nervoso central , composto pelo cérebro e pela medula espinal;
o sistema nervoso periférico , que engloba uma rede nervosa que serve de
ligação entre o cérebro e a medula espinal e o resto do organismo.
1.1.A construção do Conhecimento
1.1.A construção do Conhecimento
O corpo como lugar de construção do
conhecimento
Glândulas Endócrinas :
Glândulas Endócrinas O sistema endócrino tem um papel fundamental no
comportamento humano, interagindo com o sistema nervoso. Por exemplo, o
mau funcionamento da hipófise pode provocar alterações no crescimento.
1.1.A construção do Conhecimento
O corpo como lugar de construção do
conhecimento
Os fatores biológicos, em especial o sistema nervoso, têm um papel decisivo
no comportamento e nos processos mentais dos indivíduos. O sistema nervoso
está implicado em qualquer tipo de comportamento, pois coordena a relação que
o organismo estabelece com o meio ambiente e assegura a comunicação interna
do corpo.
Por outro lado, a estrutura físico-biológica dos indivíduos é transmitida de uma
geração para a seguinte- hereditariedade- o que significa que um determinado
indivíduo possui um conjunto de características próprias que o tornam único,
distinto de todos os outros da sua espécie- hereditariedade individual. Essa
individualidade resulta, em parte, do património genético que o indivíduo herdou.
1.1.A construção do Conhecimento
O corpo como lugar de construção do
conhecimento
Tem sido grande a polémica em torno de saber qual dos fatores
hereditariedade/meio- é mais importante para determinar as capacidades e
comportamentos de um indivíduo. Com efeito, a hereditariedade proporciona
potencialidades, mas estas para se desenvolverem, necessitam de um meio
favorável
1.1.A construção do Conhecimento
O meio como lugar de construção do
conhecimento
O meio exerce influência sobre um indivíduo ao longo de toda a sua vida,
mesmo desde a vida Intra - uterina. Após o nascimento, o meio onde a criança
nasceu vai continuar a marcar todo o seu processo de evolução
Perceção- estímulos sensoriais e referências socioculturais: Na vida
quotidiana utilizamos continuamente os nossos órgãos dos sentidos. As
sensações percecionadas pelos sentidos são apreendidas, interpretadas e
ordenadas, transformando-se em perceções
A perceção será, então, «a conduta psicológica através da qual o indivíduo
organiza as suas sensações e toma conhecimento do real». Deste modo,
estímulos presentes e experiências do passado são integrados e elaborados
na visão de conjunto
1.1.A construção do Conhecimento
O meio como lugar de construção do
conhecimento
Uma das características da perceção é o facto de esta ser seletiva, pois o nosso
cérebro não poderia processar toda a informação que recebemos. Deste modo, a
nossa atenção direciona-se apenas para aquilo que nos interessa diretamente ou
para aquilo a que atribuímos qualquer significado. Deste modo, o processo de
conhecimento não depende inteiramente das sensações, pois estas são apenas
materiais sobre os quais os indivíduos operam uma construção mental. Com
efeito, os seres vivos nascem equipados com uma série de respostas instintivas
a certos estímulos.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do Conhecimento como um
processo sociocultural
Os indivíduos vivem em sociedade, tendo, por isso, de se sujeitar ao sistema de
regras que regulam as relações sociais. Os indivíduos refletem nos seus modos
de ser, de agir e de viver as condições do meio social e histórico em que estão
inseridos,as condições do meio social e histórico em que estão inseridos, o que
explica, por exemplo, as diferenças entre o homem do século XXI e o homem
pré-histórico.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do Conhecimento como um
processo sociocultural
As diferenças de comportamentos entre os indivíduos não se observam apenas
em diferentes épocas históricas, também na sociedade atual elas se verificam,
sendo explicadas pelo facto de os indivíduos refletirem nos seus
comportamentos a cultura dos grupos em que estão integrados.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do Conhecimento como um
processo sociocultural
A personalidade dos indivíduos estrutura-se, assim, em função do adquirido e da
realidade vivida na sociedade onde estão integrados e cujos padrões culturais lhe
são impostos.
Em suma, toda a ação dos indivíduos está condicionada por fatores variados:
- uns que se situam em nós mesmos;
- outros que provêm do exterior.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do Conhecimento como um
processo sociocultural/Biológico
Natureza e cultura não estão em competição. De facto, não interessa tanto
saber se o desenvolvimento humano (processo de construção do conhecimento)
é mais inato ou adquirido, o que interessa é compreender que o desenvolvimento
humano é o resultado da conjugação desses dois fatores. A componente genética
é um fator muito importante no desenvolvimento da capacidade intelectual dos
indivíduos. Contudo, os fatores ambientais/culturais desempenham um papel
importante no modo como a componente genética se expressará.
1.1.A construção do Conhecimento
A construção do Conhecimento como um
processo sociocultural/Biológico
Assim, quando construímos o nosso conhecimento sobre o mundo, fazemo-lo de
acordo com as nossas especificidades estruturais (físicas e psíquicas),
recorrendo a conceitos ou categorias que adquirimos no decurso da nossa
vivência em sociedade.
1.1.A construção do Conhecimento
Formulações Teóricas sobre o Conhecimento
Uma vez superado o dualismo corpo-espírito, as formulações teóricas sobre o
conhecimento, no pensamento ocidental, têm sido marcadas pela dicotomia
entre inato e adquirido. De entre essas formulações teóricas destacaremos as
seguintes:
o inatismo de Chomski;
o construtivismo;
1.1.A construção do Conhecimento
Formulações Teóricas sobre o Conhecimento
Para Chomsky, a linguagem seria adquirida como resultado de um dispositivo
inato inscrito na mente, a Gramática Universal, princípios biologicamente
determinados componentes da mente humana.
1.1.A construção do Conhecimento
Formulações Teóricas sobre o Conhecimento
Construtivismo.
O construtivismo, defendido por Piaget, parte do princípio de que o
conhecimento se constrói na ação. Para este autor, o desenvolvimento
humano durante a infância ocorre em quatro estádios:
Inteligência sensório-motora (até aos 2 anos): no início, a criança apenas
produz atos reflexos que se vão aperfeiçoando e transformando em hábitos,
para finalmente desenvolver uma inteligência prática (não fala, mas já resolve
problemas);
1.1.A construção do Conhecimento
Formulações Teóricas sobre o Conhecimento
Representação pré-operatória (dos 2 aos 6 anos): a criança aprende a
linguagem, fala sobretudo consigo própria (o pensamento emerge), começando a
distinguir dois mundos: o social e o interior, apesar de continuar a ser egocêntrica;
Operações concretas (dos 7 aos 11 anos): a criança começa a ser capaz de
fazer operações mentais, mas concretas;
Operações formais (a partir dos 12 anos): a criança passa a realizar operações
a um nível absolutamente verbal ou conceptual. Com este último estádio, a
criança conclui o processo de adaptação à realidade
1.1.A construção do Conhecimento
Inteligência - Humana e Artificial
A inteligência é, geralmente, entendida como um conjunto de competências que
os seres humanos possuem, as quais se revelam fundamentais ao longo da sua
existência, pois garantem-lhes a sua sobrevivência e adaptação ao meio. Neste
sentido, a inteligência pode definir-se como a «aptidão para compreender as
relações que existem entre os elementos de uma situação e para a eles se
adaptar, a fim de realizar os próprios objetivos». A inteligência é um dos atributos
do homem mais valorizados socialmente; daí que as definições que os
indivíduos, em geral, dão de inteligência sejam mais abrangentes do que as dos
especialistas, associando à inteligência a criatividade, a personalidade, o
carácter, a motivação, as emoções, etc
1.1.A construção do Conhecimento
Inteligência - Humana e Artificial
Mas será o homem o único ser inteligente?
Se considerarmos todas as formas de inteligência, de facto os homens são os
únicos seres inteligentes, pois a inteligência animal não assume a forma abstrata
ou conceptual. Contudo, a inteligência animal contempla a resolução de
problemas.
1.1.A construção do Conhecimento
Inteligência - Humana e Artificial
A inteligência artificial (IA) é em simultâneo: PROMETEU uma ciência que
procura conhecer a inteligência, recorrendo às capacidades de processamento
de símbolos da computação com o objetivo de encontrar métodos genéricos
para automatizar atividades percetivas, cognitivas e manipulativas; um ramo
da engenharia que procura construir instrumentos para apoiar a inteligência
humana. o seu grande objetivo é promover uma revolução tecnológica, ou
seja, automatizar as faculdades mentais por via da sua implementação em
computadores. Para atingir esses objetivo, a IA procura perceber o modo como
os seres humanos pensam, de modo a conseguir modelizar esse pensamento
em processos computacionais. Ora, é este aspeto que distingue a IA dos
outros campos de saber: coloca a ênfase na elaboração de teorias e modelos
da inteligência como programas de computador
1.1.A construção do Conhecimento
Inteligência - Humana e Artificial
Esta área de pesquisa é muito recente, teve o seu início após a Segunda Guerra
Mundial, em 1956, com pioneiros como Allen Newell e Herbert Simon, que
fundaram o primeiro laboratório de inteligência artificial na Universidade de
Carnegie-Mellon, e McCarty e Marvin Minsky, que fundaram o laboratório do MIT
em 1959. Atualmente, das principais áreas de estudos da IA destacam-se as
seguintes:
•resolução de problemas (métodos de procura e jogos);
•representação de conhecimento e raciocínio (bases de conhecimento,
•lógica e inferência, restrições, incerteza e métodos de decisão);
•planeamento de ações (distribuição e organização);
•aprendizagem (indução, redes neuronais e algoritmos genéticos);
•comunicação (linguagem natural, escrita e falada);
•perceção e ação (robótica).
1.1.A construção do Conhecimento
Inteligência - Humana e Artificial
Apesar de se afirmar que os sistemas IA, «sem pretender imitar os humanos ou
animais», podem inspirar-se neles, «são os que pensam e agem de forma
racional e se modelam e implementam em termos computacionais. Computador,
redes, robôs, e hardware informático especializado permitem executar os
algoritmos, perceções e ações necessárias.» Continuam a ter pertinência
algumas questões que se colocaram e colocam desde os primeiros anos de IA: e
colocam desde os primeiros anos de IA:
•Será que os computadores são realmente capazes de aprender?
•Será que as máquinas são inteligentes e capazes de raciocinar?