Reanimação Cardiopulmonar: Suporte Avançado de Vida (ACLS) — Protocolos e Diretrizes Atualizadas
carlosbersot
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Oct 23, 2025
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Este documento aborda os princípios e protocolos atualizados de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) com foco no Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS). Inclui algoritmos de atendimento, manejo de arritmias, uso de fármacos e condutas em situações de emergência. Ideal para profissionais e...
Este documento aborda os princípios e protocolos atualizados de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) com foco no Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS). Inclui algoritmos de atendimento, manejo de arritmias, uso de fármacos e condutas em situações de emergência. Ideal para profissionais e estudantes da área da saúde que desejam revisar ou aprofundar seus conhecimentos em atendimento de parada cardiorrespiratória.
Palavras-chave: ACLS, RCP, parada cardiorrespiratória, emergência médica, suporte avançado de vida, protocolos de reanimação, primeiros socorros, medicina de urgência.
Size: 7.27 MB
Language: pt
Added: Oct 23, 2025
Slides: 48 pages
Slide Content
Parada Cardíaca Relacionada
à Anestesia
Conceitos, Causas e Protocolos de Prevenção e
Manejo
Curso de Anestesiologia | Segurança do Paciente
Introdução
Parada Cardíaca Relacionada à Anestesia (PCRA)
Evento Raro, mas de Extrema Gravidade
Um dos desfechos mais temidos na prática
anestésica, com potencial para
consequências devastadoras
Importante para Segurança do Paciente
Compreender a PCRA é crucial para
aprimorar práticas clínicas e minimizar sua
ocorrência
Apesar dos Avanços
Apesar dos progressos na medicina e
tecnologia, a PCRA ainda ocorre e pode ter
desfechos graves
Objetivo da Apresentação
Explorar definição, incidência, causas, fatores
de risco, e estratégias de prevenção e manejo
da PCRA
"A prevenção da PCRA é a estratégia mais importante para garantir a segurança do
paciente, dada a gravidade do evento."
Definição e Incidência
Definição de PCRA
Parada Cardíaca Relacionada à Anestesia
(PCRA) é definida como:
•Evento de parada cardíaca durante administração de
anestesia ou dentro de 24h pós-interrupção
•Possui relação causal direta com fármacos ou técnicas
anestésicas empregadas
Importante:
Distingue-se de paradas cardíacas decorrentes
exclusivamente da condição cirúrgica ou
comorbidades pré-existentes
Incidência
Incidência Geral
1 em 10.000-20.000
anestesias
Mortalidade Atual
1 em 100.000-200.000
anestesias
Evolução Histórica: Na década de 1980, a mortalidade relacionada à anestesia era de 1 em 5.000 a 1 em
10.000 anestesias, demonstrando aeficácia das medidas de segurança e monitoramento.
Causas Principais
Categorização das causas de Parada Cardíaca Relacionada à Anestesia (PCRA)
Via Aérea/Respiratória
• Hipóxia (ventilação inadequada, intubação
esofágica, broncoespasmo grave)
• Hipercapnia
• Aspiração pulmonar
Cardiovascular
• Hipovolemia (hemorragia)
• Isquemia miocárdica
• Arritmias graves
• Embolia pulmonar
Medicamentosa
• Reações anafiláticas
• Superdosagem de anestésicos
• Hipercalemia induzida por succinilcolina
Outras
• Sepse
• Distúrbios eletrolíticos graves
• Trauma cirúrgico direto
Hipóxia e Hipovolemia
São frequentemente citadas como as causas mais comuns de PCRA, representando fatores críticos
que requerem vigilância constante durante a anestesia.
Fatores de Risco
Fatores Relacionados ao Paciente
Comorbidades
Doença cardíaca preexistente, doença pulmonar
crônica, doença renal crônica, diabetes mellitus
Idade Extrema
Pacientes pediátricos (neonatos e lactentes) e
idosos, devido a reservas fisiológicas limitadas
Classificação ASA
Pacientes com ASA III, IV ou V têm risco
significativamente maior de complicações
Estado Físico
Obesidade mórbida, desnutrição, estado de
choque pré-operatório
Fatores Relacionados ao
Procedimento
Cirurgia de Emergência
Procedimentos de emergência estão associados
a risco aumentado devido à falta de otimização
pré-operatória
Tipo de Cirurgia
Cirurgias de grande porte, cardíacas, vasculares,
torácicas e neurocirurgias apresentam maior
risco
Duração da Cirurgia
Procedimentos prolongados podem aumentar o
risco de complicações
Técnica Anestésica
Anestesia geral pode ter risco ligeiramente maior
em comparação com anestesia regional
A combinação de fatores de risco aumenta significativamente o risco de PCRA. A avaliação pré-anestésica rigorosa é fundamental para
identificar e mitigar esses riscos.
Estratégias de Prevenção
A prevenção da PCRA envolve uma abordagem multifacetada que abrange a avaliação pré-operatória,
monitoramento adequado, planejamento anestésico e comunicação eficaz da equipe.
Avaliação Pré-Anestésica
Identificação e otimização de comorbidades pré-existentes
Avaliação detalhada do histórico de alergias e reações adversas
Classificação ASA para estratificação de risco
Monitoramento Adequado
Monitoramento contínuo de ECG, pressão arterial, SpO2 e
EtCO2Monitoramento invasivo conforme a complexidade do paciente
Vigilância constante dos sinais vitais e resposta do paciente
Planejamento Anestésico
Seleção apropriada de agentes anestésicos e técnicas
Cálculo preciso das doses de medicamentos
Preparação para via aérea difícil e equipamentos de emergência
Comunicação Eficaz
Briefing pré-operatório com toda a equipe
Comunicação clara e concisa durante o procedimento
Debriefing pós-operatório para revisão e aprendizado
Protocolo de Manejo
Resposta Coordenada à PCRA no Ambiente Cirúrgico
1Identificação e Resposta Inicial
Iniciar compressões torácicas de alta qualidade e
acionar equipe de emergência imediatamente
2Otimização da Via Aérea e Ventilação
Garantir via aérea patente e oxigenação adequada
3Desfibrilação Precoce
Realizar desfibrilação para ritmos chocáveis
(fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem
pulso)
Abordagem em Equipe
•Responsável por compressões torácicas
•Operador de ventilador/oxigenador
•Administrador de medicamentos
•Registrador de todos os eventos e intervenções
Busca e Reversão das Causas Específicas
Identificar e corrigir hipóxia, hipovolemia,
hipo/hipercalemia, hipotermia, acidose,
pneumotórax, tamponamento cardíaco, toxinas e
tromboseAdministração de Medicamentos
Epinefrina e vasopressina conforme algoritmos do ACLS
Transporte e Continuidade
Preparar plano para transporte do paciente para
UTI após estabilização
Documentação Detalhada
Registar todos os eventos e intervenções para análise
posterior e melhoria contínua da segurança do paciente
Conclusão
Parada Cardíaca Relacionada à Anestesia (PCRA)
A PCRA é um evento raro, porém de extrema gravidade, com potencial para desfechos devastadores
A prevenção, fundamentada em vigilância contínua e rigorosa, é a pedra angular para
mitigar sua ocorrência
O treinamento constante e a preparação da equipe para uma resposta rápida e
organizada são cruciais para otimizar o prognóstico dos pacientes
A educação continuada em segurança do paciente permanece, portanto, um pilar
essencial na prática anestésica moderna
"A segurança do paciente começa com a preparação e a resposta adequadas à PCRA"