Texto I
A adolescência é uma fase de oportunidades, porque através dela o jovem pode chegar à vida
adulta com mais experiência, conhecimentos, maturidade e riqueza de vínculos. Porém, muitas
vezes essa adolescência é interrompida de modo inesperado. No Brasil, cerca de 19,3% das
crianças nascidas vivas em 2010 eram filhas de adolescentes, e mesmo que os números
tenham melhorado o assunto merece cuidado e deve ser tratado como prioridade pela
sociedade e o Estado.
A gestação precoce, além de gerar riscos para a vida da mãe e da criança, faz com que a
jovem perca momentos importantes da sua vida, já que a adolescência é o momento de
investir em projetos pessoais e profissionais, sendo uma fase de amadurecimento que merece
ser respeitada. Justificada pelos 25%, das meninas que engravidam abandonarem seus
projetos de vida, e nesse tipo de situação geralmente as adolescentes tem três caminhos:
abortar, casar forçadamente ou depender da ajuda efetiva dos pais. Vale ressaltar que
meninas que ficaram grávidas poderiam estar trabalhando e gerando renda, oque faz com que
o país deixe de acrescentar 7,7 bilhões do potencial Produto Interno Bruto (PIB) por causa da
gravidez de milhares de adolescentes.
A taxa de fecundidade em adolescentes, principalmente em menores de 15 anos de idade,
vem crescendo em todas as classes sociais, o maior risco encontra-se nas populações com
baixa renda e ou baixa escolaridade. Muitos jovens apresentam efeitos negativos na sua
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qualidade de vida como a baixa autoestima, a dificuldade escolar,o abuso de álcool e drogas, e
a comunicação familiar escassa, o que acaba abalando o psicológico desses jovens que são
movidos pelo impulso e calor do momento, sem pensar nas consequências para sua vida ainda
em formação. Em contrapartida, o levantamento do IBGE mostra que a gravidez entre os 15 e
19 anos caiu no Brasil de 20,4% do total, em 2002, para 17,7% em 2012. Atualmente, a Região
Sudeste detém o menor índice (15,2%) e a Região Norte (23,2%), o maior percentual de
gravidez nessa faixa etária.
Nessa perspectiva, a gravidez precoce trás malefícios tanto para saúde da mãe e do bebê
como também prejudica o amadurecimento e a vida social da jovem, é necessário que o
governo crie mecanismos para minimizar o problema. Há um projeto de lei 790 que visa à
campanha de prevenção a gravidez precoce nas escolas públicas do estado, oque é
fundamental para minimizar o problema, já que é na escola que os jovens têm o primeiro
contato em relação à sexualidade e suas prevenções. Assim também como o apoio do
governo, investindo em infraestrutura para as ONGs, já existentes, de apoio as adolescentes é
fundamental para que as adolescentes não abandonem seus estudos, restando aos pais
conscientizarem seus filhos sobre educação sexual e apresentarem a eles os diversos tipos de
prevenção de uma gravidez não planejada.
Autora: Natália