Regio emilia

lindamestre 57,341 views 22 slides May 19, 2010
Slide 1
Slide 1 of 22
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22

About This Presentation

No description available for this slideshow.


Slide Content

Modelo Pedagógico
Reggio Emilia

“As crianças têm o direito de ter amigos,
de outro modo não cresceram muito bem.
As crianças têm o direito de viver em paz.
Viver em paz significa estar bem, viver
juntos, viver com as coisas que nos
interessam, ter amigos, pensar em voar e
sonhar...”
(Pôster da escola de Diana, em Reggio Emilia)

História de Reggio Emilia
Tudo começou no fim da 2ª Guerra Mundial, com a fome e com a destruição.
Então, as mães de Reggio Emília, uma cidade Italiana, decidiram unir-se e tentar criar
um mundo melhor para as futuras gerações, então fundaram uma escola.
O professor Loris Malaguzzi,um jornalista na época, foi verificar esta história,
empolgou-se com a iniciativa e abandonou o emprego para sistematizar o tipo de
ensino que estava a nascer.
A maior lição que as mães pretendiam transmitir aos seus filhos era o facto de ser
possível reconstruir algo partir das ruínas, que era o que estava a acontecer na cidade.
Esse é o verdadeiro sentido de colectividade e união para se alcançar um objectivo
– e nesse espírito a escola foi formada e estruturada.
Todos participaram e contribuiram: os pais, os comerciantes e a sociedade.

Localização de
Reggio Emilia

Modelo Reggio Emilia
 Principal mensagem deste modelo é que com união, todos os objectivos
podem ser alcançados.
 Utiliza a linguagem da Arte- para que a criança se possa expressar,
demonstrar o que quer, o que sente, o que deseja... Depois da recolha desta
informação os pais juntam-se e fazem o planeamento das aulas dos seus
filhos.
As competências das crianças não são exploradas pelo mundo da arte, o
que acontece é que a arte é o meio utilizado para que, depois, se consiga
transmitir outros conhecimentos à criança.

 A proposta central de Reggio consiste em desenvolver “as cem
linguagens da criança”.
 A proposta pedagógica das escolas de Educação de Infância de
Reggio consiste em criar constantemente uma rede de comunicação e
paz. Os diálogos desenvolvidos entre criança-criança, criança-professor
e entre professores/educadores são essenciais.
 Em Reggio, os professores/educadores entendem que as crianças
falam para dizer algo, para comunicar como necessidade básica de
qualquer ser humano, e desenvolvem o que chamam de Pedagogia da
Escuta, ou seja, as falas são registadas e tornam-se parte da
documentação dos projectos, relatórios e diários.

 A escola está representada na sociedade pelos desenhos das
crianças, que ilustram: folders de hotéis, lojas, a lista telefónica,
bem como a possibilidade de decorar lojas da cidade com “obras
infantis”, num intenso movimento de diálogo e participação escola-
sociedade.
 As crianças nas escolas de Reggio comportam-se como
protagonistas nos projectos desenvolvidos; elas não são “actores”
nos trabalhos desenvolvidos, mas sim autores.
A criança, em Reggio, é vista como alguém competente, forte e
rica.

Papel do Educador
 Criarem juntos uma forma coerente de pensar e falar sobre o papel do
professor dentro e fora da sala de aula, baseada numa filosofia sobre a
natureza da criança como aprendiz.
 Tentam fazer com que as crianças sejam protagonistas activas e
competentes que procuram realizar tudo através do diálogo e da
interacção com outros, na vida colectiva das salas de aulas, da
comunidade e da cultura, com professores servindo, apenas, como um
guia.
 O papel do professor/educador, é acima de tudo, o de ouvinte e
observador.
Tem também o papel de distribuidor de oportunidades e de
experiências.

 Centraliza-se em provocar oportunidades de crescimento intelectual das
crianças, especialmente, escutando-as.
 Uma das dificuldades, dos professores deste modelo é o de saber como e
quando interferir, por isso depende de uma observação do momento.

 Os educadores de Reggio não querem mostrar o seu trabalho como algo
perfeito e seguro, mas como um ambiente com muito profissionalismo,
felicidade e divertimento, e que também pode ter contradição, insegurança,
e é tudo isso que os faz crescer.
Os professores/educadores também valorizam os espaços que cercam a
escola como extensão do espaço da sala de aula.

 O Educador é, apenas, o mediador dos desejos e das necessidades das
crianças.
Em Reggio Emilia, os educadores fazem sempre registo dos processo e
dos seus resultados com as crianças com o objectivo de:
Oferecer às crianças uma memória concreta e visível do que
disseram e fizeram, a fim de servir como ponto de partida para os
próximos passos na aprendizagem;
Servir, também, para os educadores como se fosse uma espécie de
ferramenta para pesquisas;
Oferecer aos pais e ao público informações detalhadas sobre o que
ocorre nas escolas.
 Este registo pode ser feito através de slides, pôsteres e, até mesmo, o uso
de vídeo, de modo a registar as experiências das crianças.

Pais/Comunidade
 Os pais participam na vida escolar dos filhos, neste modelo a
escola funciona como uma espécie de continuação do que vivem
em casa.
 Os pais, alunos, professores/educadores organizam tudo em
conjunto.

As Crianças de Reggio Emilia
 As crianças são encorajadas a explorar o seu ambiente e a
expressar-se através de todas as suas linguagens naturais ou modos
de expressão, incluindo palavras, movimento, desenhos, pinturas,
montagens, esculturas, teatro de sombras chinesas, colagens,
dramatizações e música.
 Nos projectos as crianças são encorajadas a tomarem decisões e a
fazerem as suas próprias escolhas, geralmente em cooperação com
os seus colegas sobre o trabalho a ser realizado, possibilitando
aumentar a confiança das crianças.

 O papel das crianças no relacionamento, dentro deste modelo, é
mais o de aprendiz do que o de alvo de instrução e ou de objecto
de elogios.
Desta maneira as criança que se encontram numa instituição com
o modelo Reggio Emilia podem ser entendidas como:
Sujeitos integrais;
Produto e produtor da sua sociedade e da humanidade;
Sujeitos activos, empenhados num processo de contínua
interacção com os seus pares, com os adultos, com o
ambiente e com a cultura;

As Salas
 O ambiente, neste modelo, é visto como algo que educa a criança, e
portanto deve ser flexível, deve passar por modificações frequentes, em
que as crianças devem participar, de modo a poderem permanecer
sensíveis às necessidades de cada criança e do seu conhecimento

 As salas de aula são organizadas para apoiar a aprendizagem por meio
de um enfoque cooperativo de solução de problemas.
 Outra característica importante é o facto de os grupos serem constituídos
por pequenos grupos com idades mistas, na aprendizagem de projectos.
 As crianças permanecem com a mesma Educadora e com uma co-
educadora durante os três anos permitindo que os seus pais e seus
educadores formarem relacionamentos fortes e estáveis uns com os
outros, como ocorreria se fossem membros de grandes famílias e de
pequenas comunidades, onde todos se conhecem e dividem
responsabilidades.

Espaço e Material
 O ambiente e o espaço físico são planeados para facilitar o diálogo e
a comunicação entre os vários ambientes. As plantas das escolas não
têm um projeto único, mas obedecem a idéias de ventilação, e a
valorização de um espaço central (a piazza), onde todos se
encontram.

 Consideram a cozinha como um local que também simboliza a
cultura italiana.
A organização do espaço nas escolas deve favorecer a interacção
social, a exploração, a aprendizagem e também se apresentam
como tendo um conteúdo educacional, isto é, contêm mensagens
educacionais que estão carregadas de estímulos.
Evitam a planta horizontal e eliminam os corredores porque dão a
impressão de hierarquização. Valorizam a planta que permita, com
um único olhar, visualizar toda a escola.

 Em Reggio Emilia, o elemento criativo é imenso, a começar pelas salas
de aula, que foram substituídas por grandes ateliês, ricos em objectos
diversificados, que aguçam o processo criativo e aumentam as
experiências das crianças, que manipulam materiais de desperdício
como: botões, tecidos, velas, retalhos de papéis, diferentes tipos de
grãos, sementes, pedaços de madeira, lã, etc., além de objectos comuns
em ateliês: mesas de diferentes tipos, com luz no tampo, pincéis,
diferentes tintas, cavaletes, tesouras, réguas, etc. Esses recursos são
livremente utilizados pelas crianças, como: vidros, arames, tesouras com
pontas, entre várias coisas apontadas por nós como perigosas.

Papel do Atelierista
 É o de criar possibilidades de concretizar as fantasias infantis. Por
exemplo: se um dos projectos fosse “O Parque de Pássaros”, as
crianças imaginaram como seria fantástico se os pássaros também
tivessem um parque de diversões, uma fonte para refrescar e outros
brinquedos para alegrá-los. A função do adulto foi alimentar essa
idéia e construir uma rede de parcerias com a comunidade:
imprensa, os profissionais da área da construção, como o
encenador, por exemplo, e professores que utilizavam os desenhos
e as idéias dos alunos e discutiam o processo de descoberta e
desenvolvimento das crianças.

Um ateliê

Ao contrário, as cem existem.
"A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos
cem pensamentos, cem modos de
pensar
de jogar e de falar.
Cem sempre cem
Modos de escutar as maravilhas de
amar.
Cem alegrias para cantar e
compreender.
Cem mundos para descobrir.
Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens
e depois cem cem cem.
Mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura separam-lhe a
cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
para pensar sem as mãos
para fazer sem a cabeça
para escutar e de não falar
para compreender sem alegrias
para amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
para descobrir o mundo que já
existe
e de cem roubaram-lhe noventa e
nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho a realidade e
a fantasia
a ciência e a imaginação, o céu e a
terra
a razão e o sonho
são coisas que não estão juntas.
Dizem-lhe:
que as cem não existem
A criança diz: ao contrário,
As cem existem."
(Loris Malaguzzi)

Bibliografia
Edwards, C., Gandinn, L., e Forman, G. (1999). “As cem linguagens da criança: A
abordagem de Regio Emília na educação da primeira infância”. Porto Alegre: Artemed.
Formosinho, J. (Coord.) (1996). “Modelos curriculares para a educação de infância”,
Porto: Porto Editora Oliveira.
 “Experiência de Réggio Emília – qualidade da educação pré – escolar “ Vasconcelos
Teresa, 1994, in Cadernos de Educação de Infância, Outubro, pág. 29-35
“Réggio Emília – Itália” Vasconcelos Teresa, 1994. in Cadernos de Educação de
Infância, Dezembro, pág. 40 – 45;
 www.gedest.unesc.net/seilacs/imaginário_heidemiranda.pdf
Tags