RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA

Enerliz 1,187 views 62 slides Nov 05, 2018
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About This Presentation

Aula ministrada aos jovens da UMP da IPB em C.A.E.Carvalho.


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RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA Porque não há encantamento em Jacó, nem há feitiços em Israel

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (1988) Art. 5º  Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:  VI -  é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;  VIII -  ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;  XVI -  todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; Fonte: Senado Federal

CURIOSIDADE O livre exercício da religião é assegurando por lei. A primeira medida sobre o tema ocorreu em 7 de janeiro de 1890, decreto assinado pelo primeiro presidente do Brasil após a Proclamação da República, Marechal Deodoro da Fonseca. Em homenagem ao decreto é comemorado em 7 de Janeiro o Dia da Liberdade de Cultos. Anos mais tarde, em 1946, o escritor baiano e deputado federal por São Paulo, Jorge Amado, propôs uma Carta Magna que reafirmava a importância da liberdade de cultos no país. “Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa, convicção filosófica ou política”.  (Fonte:UNESP)

A ORIGEM Os escravizados e suas crenças

RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA Significa que a cosmovisão base (fundamentos) ou parcela dela, vem de cultos de origem africana, praticados desde a antiguidade e introduzidos no Brasil com adaptações pelos escravizados africanos e seus descendentes.

“Negros no fundo do porão (O Navio Negreiro)” Johann Moritz Rugendas (1830) A origem dos cultos afro-brasileiros está ligada à chegada dos africanos escravizados ao Brasil. Palavras e expressões como “santo forte”, “axé”, “pomba gira” pertencem ao universo das religiões afro-brasileiras.

É preciso salientar que entre os escravizados havia os Iorubás com adeptos do islamismo (os malês) e adeptos das chamadas religiões animistas. Havia também os Bantos com práticas de culto aos ancestrais, de curandeirismo e uso de ervas com a ajuda de métodos de adivinhação e possessão.

ANIMISMO O animismo é a crença de que tudo tem uma anima (alma em latim), inclusive animais, plantas, rochas, montanhas, estrelas, etc. Os animistas acreditam que cada anima é um espírito poderoso que pode ajudar ou prejudicar e devem ser adorados ou temidos.

ANIMISMO Os animistas praticam a feitiçaria, a adivinhação, feitiços, encantamentos, superstições, amuletos ou qualquer coisa que acreditam poder ajudar a protegê-los contra os maus espíritos e aplacar o espíritos bons. Elementos animistas estão presentes em diversas práticas religiosas, inclusive as indígenas.

OS ORIXÁS Representantes das forças da natureza

“Não há possibilidade de se fazer uma avaliação científica ou arqueológica da origem dos orixás. O que existe são lendas que tentam explicar o surgimento dos deuses, e as histórias variam de um terreiro para outro e de um pai de santo para outro.” (Revista “Seitas e religiões”, p. 32)

OS ORIXÁS São antigos reis, rainhas ou heróis divinizados, que durante sua vivência na terra, supostamente adquiriram um controle sobre a natureza, como raios, chuvas, árvores, minérios e o controle de ofícios como a pesca, agricultura. São as divindades do panteão Iorubá (um dos grupos étnicos africanos trazidos para Brasil, também conhecidos como NAGÔS ou povo KETO ou KETU).

OS ORIXÁS Na África eram cultuados de 200 a 400 orixás ( as fontes divergem quanto ao número exato). No Brasil esse número reduziu-se a cerca de 20 orixás.

OS ORIXÁS EXÚ OGUM Para dissensões e disputas, é astucioso, grosseiro, indecente. Se não lhe forem feitos sacrifícios e oferendas, as catástrofes aparecem. Suas cores são o preto e vermelho e o dia é segunda-feira. Temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. As pessoas consagradas a Ogum usam colares de contas de vidro azul escuro e, algumas vezes, verde.

OS ORIXÁS OXÓSSI OSSAIN O deus dos caçadores, teria sido o irmão caçula ou filho de Ogum. Seus iniciados usam colares de contas azul-esverdeadas. É a divindade das plantas medicinais e litúrgicas.

OS ORIXÁS XANGÔ OIÁ-IANSÃ É viril e atrevido, violento e justiceiro. O raio é considerado um de seus instrumentos de punição. É a divindade dos ventos e das tempestades, primeira mulher de Xangô.

OS ORIXÁS OXUM OXUMARÉ É a divindade do rio e da fertilidade, segunda mulher de Xangô. É a serpente arco-íris, é, ao mesmo tempo, macho e fêmea.

OS ORIXÁS OXALÁ IEMANJÁ “O grande orixá” ou “Rei de pano branco” é o mais importante, de caráter obstinado e independente. “Rainha do mar”, bela, vaidosa. Para os umbandistas, ela é uma moça bonita, com vestes compridas transparentes, com cabelos longos e pretos. Já no candomblé ela usa enfeites de contas, espada e leque branco ou prateado.

OS ORIXÁS Com o sincretismo entre as religiões africanas e o catolicismo, com algumas variações regionais pelo Brasil, os africanos buscaram na igreja santos correspondentes aos seus orixás.

O SINCRETISMO ENTRE OS ORIXÁS E O CATOLICISMO Exú – Diabo Ogum – São Jorge Oxóssi – São Sebastião Ossain – São Benedito Xangô - São Jerônimo Iansã – Santa Bárbara Oxum – Nossa Senhora das Candeias Oxumaré – São Bartolomeu Omolum – São Lázaro Oxalá – Jesus Cristo Iemanjá – Nossa Senhora

A IGREJA CATÓLICA O mau testemunho em lugar da pregação do Evangelho

É preciso salientar que a Igreja Católica prestou um desserviço no testemunho de Cristo aos escravizados.

“Muitos escravos eram sumariamente, ao serem capturados, já batizados na África, ou imediatamente, nos portos brasileiros, antes de serem vendidos e levados para os engenhos de açúcar. Dom João VI ordenou que os escravos fossem marcados a ferro-quente com o símbolo da coroa portuguesa, como prova de que o imposto real já havia sido pago na África. Essa mesma marca servia também como certificado do batismo cristão.

Outro dado em relação à atitude Católica frente à escravidão é o reconhecimento da escravidão e a própria prática desta por parte da Igreja. Várias Ordens religiosas possuíam escravos nos conventos e colégios. O tráfico de escravos foi também exercido por religiosos.

Em Angola já havia missionários desde o século XVI que batizavam os escravos logo depois da captura e antes do embarque para a América. Em 1756, foi adotada uma lei que obrigava os “navios negreiros” a terem capelães a bordo para administrar o sacramento aos moribundos. A sacramentalização por meio do batismo em massa era o objetivo principal da evangelização.

Em um texto de 1758, veem-se orientações catequético-pedagógicas, nas quais claramente a catequese dos escravos foi realizada, utilizando-se da pedagogia do medo e do castigo. Os escravos deveriam decorar paulatinamente as orações e os ensinamentos doutrinais; se cometessem um erro no momento da repetição das orações ou dos conteúdos, deveriam ser castigados fisicamente para que, com medo de serem novamente castigados, se esforçassem em decorar rapidamente os conteúdos catequéticos.” (Fonte: Revista de Teologia e Ciências da Religião, ano IV, nº4, setembro de 2005, p.71, da Universidade Católica de Pernambuco).

E O MAU TESTEMUNHO CONTINUA COM OS NEO-PENTECOSTAIS E OUTROS GRUPOS “CRISTÃOS”

AS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA Um panorama das práticas religiosas

UM ESCLARECIMENTO

CALUNDU Calundu representava a prática de curandeirismo e uso de ervas com a ajuda de métodos de adivinhação e possessão. O termo calundu era associado à palavra " quilundo ", de origem quimbundo (língua banto), que designa a possessão de uma pessoa por um espírito. As pessoas que praticavam o calundu eram conhecidas como curandeiras. Possuíam grande influência sobre a comunidade, pois eram consideradas grandes líderes religiosas. Os curandeiros detinham o conhecimento de várias técnicas medicinais. Na realidade eles eram uma mistura de costumes africanos, portugueses e indígenas, que consistiam basicamente, no uso de ervas, frutos e produtos naturais fáceis de encontrar. Com isso os curandeiros atendiam a doentes de todas as camadas sociais, mas sobretudo os escravos que possuíam poucos recursos.

CANDOMBLÉ Candomblé é um conjunto de religiões de origem africana que conservam grandemente suas características originais como rituais, costumes, língua utilizada nos cânticos  e culto às divindades exclusivamente africanas (ORIXÁS, VODUNS ou INKICES dependendo da “nação”).  Dentre as nações africanas praticantes do animismo, cada uma tinha, como base, o culto a um único orixá. A junção dos cultos é um fenômeno brasileiro em decorrência da importação de escravos onde, agrupados nas senzalas, nomeavam um zelador de santo, também conhecido como babalorixá no caso dos homens e iyalorixá no caso das mulheres.

UMBANDA A Umbanda é uma religião brasileira que sintetiza vários elementos das religiões africanas e cristãs, porém sem ser definida por eles. Formada em Niterói, RJ, em 1907, a partir da síntese com movimentos religiosos como o Candomblé, o Catolicismo e o Espiritismo. É considerada uma “religião brasileira por excelência” com um sincretismo que combina o Catolicismo, a tradição dos orixás africanos e os espíritos de origem indígena.

TERECÔ Terecô é a denominação de uma das religiões afro-brasileiras da cidades de Codó no Maranhão e Teresina no Piauí, derivada do Tambor-de-mina semelhante ao Candomblé. Os sacerdotes desempenham funções de rezadores e curandeiros, tipificados de origem indígena, cultuam caboclos e integram elementos de tradição religiosas africanas.

TAMBOR DE MINA Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no Maranhão, Piauí, Pará e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro-mina , de São Jorge da Mina (atual Gana). Como as demais religiões de origem africana no Brasil, o Tambor de Mina se caracteriza por ser religião iniciática e de transe ou possessão. A discrição no transe e no comportamento em geral é uma característica marcante do tambor de mina, considerado por muitos como uma maçonaria de negros, pois apresenta características de sociedades secretas. Nos recintos mais sagrados do culto ( peji em nagô, ou côme em jeje ), penetram apenas os iniciados mais graduados.

CATIMBÓ Catimbó é um conjunto específico de atividades mágico-religiosas, originárias da Região Nordeste do Brasil. Conhecido desde meados do século XVII, o catimbó resulta da fusão entre rituais indígenas e católica onde as famílias do sertão praticavam seus cultos com a preparação de mesas com os santos, crucifixos e velas, em baixo de árvores frondosas que pertenciam aos terrenos (Terreiros) da caatinga, dai deriva a palavra Caatimbó – Catimbó (Culto religioso praticado na caatinga) dessa forma se agregaram os conhecimentos de origem africana, trazida pelos negros que foram escravizados. Os negros se identificaram com o culto do Catimbó por ser essa uma religião que cultua a natureza, assim como os índios cultuava sua religião no mundo dos espíritos junto a natureza (Jurema) e os negros a cultuava com os orixás em suas tribos. O Catimbó, ao contrário do que muitos acreditam, possui seus dogmas e sua liturgia própria. A influência católica sofrida pelo Catimbó, deve-se ao fato dessa religião ter sido perseguida e proibida por lei, sendo que muitos dos adeptos da Jurema sagrada (Catimbó) foram mortos por sua crença. Graças a isso, houve uma junção com rezas católicas, para poderem disfarçar suas práticas de juremeiros .

JUREMA DE TERREIRO A Jurema (Mimosa hostilis ), nativa do agreste e sertão nordestinos, é um arbusto, do qual se fabrica uma bebida psicoativa de mesmo nome. Tal bebida, também conhecida como Vinho da Jurema, é feita de maneira reservada pelos juremeiros . A ingestão da Jurema, em conjunto com os toques, as cantigas rituais do catimbó, provoca um estado de transe profundo, interpretado pelos Catimbozeiros, como a incorporação dos Mestres da Jurema. Estas entidades espirituais, que habitariam o Mundo Encantado ou Juremá , teriam sido adeptos do catimbó que, ao morrerem, se “encantaram”, ou seja, foram transportados a este estamento espiritual, de onde poderiam atender os vivos pela realização de curas e aconselhamento, desde que para tal fossem requeridos através da incorporação.

XANGÔ DO NORDESTE Xangô do Nordeste também conhecido como Xangô do Recife, Xangô de Pernambuco ou Nagô Egbá . Em todo o Nordeste da Paraíba à Bahia, a influência dos iorubas prevalece a do Daomé (atual Benin). Esta é a zona mais conhecida quanto às religiões tradicionais africanas, a que deu lugar a maior número de pesquisas e de trabalhos sobre os nagôs. As duas palavras para designá-las são, a de Xangô na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e de Candomblé da Bahia para o sul, esta dualidade de nomes, que não são nomes dados pelos negros, mas sim pelos brancos em virtude da popularidade e importância de Xangô nessa região, e Candomblé por designar toda dança dos negros, tanto profanas como religiosas.

CANDOMBLÉ DE CABOCLO Candomblé de Caboclo é todo candomblé que além do culto aos orixás, voduns ou nkisis , cultua também espíritos ameríndios chamados de entidades, catiços ou caboclos. Inicialmente na Bahia os Candomblés não tradicionais, eram na maioria caboclos, que é um misto de Keto , Jeje e Angola. O caboclo exerce um papel fundamental no relacionamento da comunidade afro brasileira, pois fala o idioma português, papel que os orixás só fazem no idioma africano, chamado Yorubá , assim conquistando a popularidade dos crentes, que não entendem ou falam a língua dos orixás. São encarregados de trazer mensagens dos seus ancestrais, principalmente de entes queridos desencarnados há pouco tempo, aconselham os desesperados, indicando sempre um novo caminho, indicam banhos de folha sagrada e pequenas oferendas para resoluções dos seus problemas.

CABULA Cabula é o nome pelo qual foi chamada, na Bahia, uma seita afro-brasileira surgida no final do século XIX, de caráter secreto, com elementos malês, bantos e espíritas. Cabula é também o nome de um bairro de Salvador que teve origem no quilombo do Cabula, onde negros de origem bakongos e angola praticavam uma dança de caráter ritual, ao ritmo de um toque de percussão religioso, denominada kabula , que deu origem ao nome do bairro. Também o vizinho bairro da Engomadeira possivelmente também teria seu nome relacionado com os cultos afro-brasileiros, sendo derivado da palavra ngoma , um atabaque de uso ritual, tocado com as mãos, no candomblé das nações angola e congo e também em algumas danças folclóricas afro-brasileiras (coco, jongo, bambelô etc.) A cabula é classificada como candomblé de caboclo, uma modalidade derivada da nação angola que incorporou o culto dos antepassados indígenas e é considerada como precursora da Umbanda. Essa vertente desenvolveu-se principalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

QUIMBANDA Quimbanda é um conceito religioso de origem afro-brasileira, presente na Umbanda, ainda controverso quanto a sua real definição na atualidade. Por vezes, é classificada como uma religião autônoma. É identificado por alguns como o lado esquerdo (polo negativo) da Umbanda, ou seja, que tem todo conhecimento do mundo astral, inclusive da magia negra, e que podem ajudar a fazer o bem. Suas entidades vibram nas matas, cemitérios e encruzilhadas, também conhecidos como “Povo da Rua” e abrangem os mensageiros ou guardiões Exus e Pombagiras . A palavra “Quimbanda” ( Kimbanda ) vem da palavra africana em Bantu que significa “curador” ou “ shaman ”, também se refere a “Aquele que se comunica com o além”.

ENCANTARIA Encantaria, Terecô , Mata ou Encantaria de Barba Soeira , é uma forma de pajelança afro-ameríndia, praticada sobretudo no Piauí, Maranhão e Pará. Em seus rituais, são cultuadas diversas divindades de origens diversas, tais como africanas ( Voduns e certos Orixás), indígenas (O Raio, o Sol), católicas (o Deus único, o Espírito Santo e a Virgem Maria) e brasileiras (os Encantados e os Caboclos).´ Diferente da Umbanda, na qual as entidades são espíritos de índios, escravos, etc , que desencarnaram e hoje trabalham individualmente (geralmente usando nomes fictícios), na Encantaria, as entidades não são necessariamente de origem afro-brasileira e não morreram, e sim, se “encantaram”, ou seja, desapareceram misteriosamente, tornaram-se invisíveis ou se transformaram em um animal, planta, pedra, ou até mesmo em seres mitológicos e do folclore brasileiro como sereias, botos e curupiras. Na Encantaria, as entidades estão agrupados em famílias e possuem nome, sobrenome e geralmente sabem contar a sua história de quando viveram na terra antes de se encantarem.

XAMBÁ A Nação Xambá é uma religião afro-brasileira ativa em Olinda, Pernambuco. Alguns estudiosos dos cultos afro-brasileiros, afirmam que este culto está praticamente extinto no país.

BABAÇUÊ Babaçuê é um culto religioso afro-ameríndio popular do Norte e Nordeste do Brasil em especial nos estados do Amazonas e do Pará. Também chamado de Batuque-de-Santa-Bárbara , Batuque-de-Mina , é considerado como uma das Religiões afro-brasileiras por ser um tipo de candomblé mestiço, também chamado de Jeje-Nagô , onde são cultuados tanto Orixás como Voduns . Como Batuque de Santa Bárbara, cultua os Orixás nagôs Iansã e Xangô, a primeira protegendo as mulheres e o segundo, os homens. E na versão Batuque-de-Mina , cultua os Voduns .

BATUQUE Batuque é uma forma genérica de denominar as religiões afro-brasileiras de culto aos orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de onde se estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina. O batuque é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, com as nações Jeje , Ijexá , Oyó , Cabinda e Nagô.

OS CULTOS AFRO-BRASILEIROS À luz da Bíblia

IDOLATRIA Os orixás, os voduns ou inkices são representados através de imagens de escultura, que são adoradas e cultuadas por seus seguidores. “ Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus...” (Êxodo 20: 4-5a)

A PALAVRA DE DEUS Nas religiões de matriz africana cada pai de santo, cada terreiro tem “sua doutrina” com base em informações recebidas oralmente através dos tempos. Não há nenhum texto que seja considerado como escritura sagrada. A oralidade é parte importante da estrutura da religião. A Bíblia é a única regra de fé e prática João 5:39 II Pedro 1:20 II Timóteo 3:15-17

O PECADO Não existe “pecado” nas religiões de matriz africana, porque não existe um código de conduta geral aplicável a todos os seus seguidores. A distinção entre o bem e o mal, certo e errado, depende basicamente da relação entre cada seguidor e seu orixá. A Palavra do SENHOR nos ensina que “Não há justo, nem um sequer,” que todos os homens estão na condição de pecadores. Romanos 3:9-18

SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS O Candomblé e outros cultos afro-brasileiros abatem animais de diferentes portes em seus rituais. A umbanda, oficialmente, não aceita a prática, mas ainda assim alguns terreiros a realizam. O sacrifício de animais tem por objetivo uma “troca de energia” entre o animal e aqueles que oferecem o sacrifício. Serve ainda como uma forma de agradar o orixá. O sacrifício de animais no Antigo Testamento apontava para o sacrifício perfeito de Jesus na Cruz do Calvário. Hebreus 10:1-18 I Coríntios 10:19-21 Deuteronômio 32:17-18

A LEI BRASILEIRA PERMITE SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS? “Sim, por enquanto (ao menos até o fechamento desta reportagem, em fevereiro de 2018). Apesar de o município paulista de Cotia, por exemplo, ter aprovado uma lei que proíbe o sacrifício de animais em ambiente religioso, esse tipo de medida costuma ser derrubada com base no artigo 5º da Constituição, que garante a liberdade para a prática religiosa. Os defensores da manutenção das religiões tradicionais alegam que, para o caso de maus-tratos, em qualquer ambiente, já existe uma legislação vigente, que prevê pena de prisão de três meses a um ano. De toda forma, em novembro de 2016, entrou na pauta do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) um debate sobre o assunto. A discussão ainda não aconteceu, mas o STF já proibiu recentemente uma outra prática tradicional envolvendo animais, a da vaquejada.” (Fonte: Revista Super Interessante)

NECROMANCIA, FEITIÇARIA E ADIVINHAÇÃO As religiões de matriz africana, em especial a Umbanda, tem como uma de suas características principais, o culto e a consulta aos mortos. Essas religiões utilizam-se também de feitiçarias, amuletos, adivinhações (o jogo de búzios), encantamentos. O SENHOR combate severamente as práticas de feitiçaria, consulta aos mortos e adivinhações. Levítico 19:31 Deuteronômio 18:9-14

ENCARANDO A MORTE Sob a forte influência do Candomblé, as religiões de matriz africana acreditam que morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com outros espíritos e orixás. No Candomblé, a morte não significa a extinção total, mas uma mudança de plano de existência. A Bíblia nos ensina que estaremos no céu, adorando a DEUS por toda a eternidade. Apocalipse 21:1-8

ENCARANDO A MORTE A Umbanda, com forte influência espírita, acredita na reencarnação. A ressurreição de Cristo é uma garantia que também ressuscitaremos com Ele em glória. A ressurreição de Cristo é a razão da nossa pregação e da nossa fé. A ressurreição descarta por completo a ideia de reencarnação. I Coríntios 15:1-19

“Ele não está aqui – porque ressuscitou”

NÚMEROS 23:23 “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus!” (RA) “ Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem feito!” (RC) “ A feitiçaria e a adivinhação não valem nada contra o povo de Israel. Agora todos dirão a respeito desse povo: ‘Vejam só o que Deus tem feito!’” (NTLH) “Porque não há encantamento em Jacob, nem há feitiços em Israel. Ainda, como agora, em outro tempo, se poderá dizer a Jacob e Israel as coisas que Deus tem feito!” (Bíblia Hebraica).

PRODUZIDO POR: Zilrene Alcantara Miguel, com base na Revista “Seitas e Religiões” – lição 7 – Cultos Afro-brasileiros – da editora Cultura Cristã. Igreja Presbiteriana em Cidade A.E. Carvalho, São Paulo, SP, Brasil. Classe da UMP Novembro/2018 [email protected]

BIBLIOGRAFIA Lopes, Augustus Nicodemos. “O que você precisa saber sobre BATALHA ESPIRITUAL”, São Paulo: Cultura Cristã, 2012. Notaker , Henry; Gaarder , Jostein ; Hellern , Victor. “O livro das religiões”, São Paulo: Companhia das letras, 1995. Silvério, Valter Roberto. “Síntese da coleção História Geral da África: pré-história ao século XVI”, coordenação de Valter Roberto Silvério e autoria de Maria Corina Rocha, Mariana Blanco Rincón, Muryatan Santana Barbosa, Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2012.

BIBLIOGRAFIA – continuação Bíblia de Estudo de Genebra, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, São Paulo e Barueri, 1999. Bíblia Digital Glow – www.bibliaglow.com.br

IMAGENS Slides 6, 8,28, 30 – www.google.com.br/imagens Slide 55 – Fotos - Zilrene Alcantara Miguel, Israel, 2011.

LINKS https://super.abril.com.br/sociedade/os-sacrificios-de-animais-nas-religioes-afrobrasileiras/ http://forcaafrobrasil.org.br/a-historia-das-religioes-de-matriz-africana/ https://blogdojuarezsilva.wordpress.com/2012/04/15/cultura-religiosa-as-religioes-de-matrizes-africanas-tirando-as-duvidas-basicas/

LINKS - continuação http://afrobrasil7c.blogspot.com/2010/05/calundu.html https://super.abril.com.br/sociedade/os-sacrificios-de-animais-nas-religioes-afrobrasileiras/
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