Religião e morte para entender os egipcios

professorfabio 4,874 views 52 slides Sep 06, 2010
Slide 1
Slide 1 of 52
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32
Slide 33
33
Slide 34
34
Slide 35
35
Slide 36
36
Slide 37
37
Slide 38
38
Slide 39
39
Slide 40
40
Slide 41
41
Slide 42
42
Slide 43
43
Slide 44
44
Slide 45
45
Slide 46
46
Slide 47
47
Slide 48
48
Slide 49
49
Slide 50
50
Slide 51
51
Slide 52
52

About This Presentation

No description available for this slideshow.


Slide Content

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Religião e morte para  Religião e morte para  entender os eg entender os eg
íí
pcios pcios
Prof. Ms. Fabio Augusto de 
Oliveira Santos

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
REFLETINDO SOBRE A 
MORTE
R
"(...) Morte é o fim da vida, e toda a gente 
teme isso, só a Morte é temida pela Vida, 
e as duas refletem-se em cada uma (...)“
- Oscar Wilde
R
"(...) desenvolvei a vossa salvação com 
temor e tremor (...)" (Filipensis 2:12)- A 
visão da Bíblia sobre a Morte.

é uma figura que tem 
existido na mitologia e na 
cultura popular desde o 
surgimento dos contadores 
de histórias. Na típica 
imagem Ocidental da 
Morte, conhecida como "O 
Ceifador"é empregada 
nas culturas modernas sob 
várias formas, desde 
cartas de taroté até em  
trabalhos televisivos e 
cinematográficos.
A Morte A Morte

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
O triunfo da morte, pintura de Pieter Brueghel o Velho (1562).

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Perspectivas hist Perspectivas hist
óó
ricas da morte ricas da morte
R
“Éimpossível conhecer o homem sem lhe 
estudar a morte, porque, talvez mais do 
que na vida, é na morte que o homem se 
revela. É nas suas atitudes e crenças 
perante a morte que o homem exprime o 
que a vida tem de mais fundamental.”
Edgar Morin

“Pensar na morte 
pode nos 
ajudar a 
aceitá-la e a 
perceber que 
ela é uma 
experiência tão 
importante e 
valiosa quanto 
qualquer 
outra.”PhilippeAriés

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
A morte como objeto de estudo A morte como objeto de estudo R
A morte é uma experiência humana 
universal. Morrer e morte são mais do que 
eventos biológicos; eles têm uma 
dimensão religiosa, social, filosófica, 
antropológica, espiritual e pedagógica. 
Questões sobre o significado da morte e o 
que acontece quando nós morremos são 
preocupações centrais para as pessoas em 
todas as culturas e as têm sido desde 
tempos imemoriais. 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
1. A Morte: DA ERA INDUSTRIAL À ERA ATÔMICA ( século XIX àXXI)

TOTEM: o homem poderoso TOTEM: o homem poderoso TABU: a morte TABU: a morte
Conceito: “A morte interdita”:
Inflada do seu poder, a sociedade tem dificuldades 
em lidar com os limites e a morte começa a ser 
considerada como inimiga e vivenciada com 
angustia.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Completamente atéia e materialista, essa 
visão considera a morte como um simples 
fenômeno físico sem perspectiva de além.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
O nascimento da psicanálise busca captar o funcionamento do 
mundo interior do homem. Mergulhos na metafísica, no 
onírico e no imaginário são tentativas de responder à
angústia existencial e dar sentido à vida.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
TOTEM: dinheiro e individualidade TOTEM: dinheiro e individualidade TABU: a velhice e a morte TABU: a velhice e a morte R
A humanidade, traumatizada por seu 
próprio poder de destruição, se sente 
fragmentada e perdida. A sociedade de 
consumo pretende suprir o vazio. O 
mergulho do homem no entorpecimento 
consumista e na robotização, levam-no ao 
sacrifício de si mesmo e de seu meio 
ambiente, num imediatismo e 
materialismo desesperados. A simples 
idéia da morte provoca ojeriza e negação.

2. A Morte:
DOS ESTADOS MODERNOS  DOS ESTADOS MODERNOS 
AO ROMANTISMO (do s AO ROMANTISMO (do s
éé
culo XVI  culo XVI 
àà
XIX)XIX)
Nasce, na consciência do homem, a primeira 
dúvida sobre a existência de Deus e sua 
preocupação com o destino do Homem.  

TOTEM: o homem soberano TOTEM: o homem soberano TABU: as restri TABU: as restri
çç
ões religiosas ões religiosas
Com o preceito de Descartes: “Penso, logo existo”, 
surge o despertar da Razão como o guia do homem e 
a Ciência como meta de conhecimento. 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
A morte heróica em nome da pátria é glorificada, 
vivendo-se um momento de fanatismo ideológico 
exacerbado. 

Conceito:  Conceito: 
““
A morte do outro A morte do outro
””
R
Como reação ao furor patriótico das 
revoluções, os Românticos reivindicam o 
direito àsensibilidade e àindividualidade,  empreendendo uma busca desesperada do  sentido existencial da vida. 
A ascensão da 
burguesia, que presa o patrimônio 
privado, tira os cemitérios das igrejas e 
cria verdadeiras cidades dos mortos –as 
necrópoles -com suas ruas e seus 
túmulos familiares. A partir daí, inicia-se o 
culto saudoso “ao outro”que morreu.

TOTEM: TOTEM:
o Homem, as descobertas do mundo  o Homem, as descobertas do mundo 
e do corpo  e do corpo 
--
TABUTABU
: a limita : a limita
çç
ão da expansão. ão da expansão.
A ânsia de descoberta de outros horizontes 
promove as Grandes Navegações, que colocam 
ao alcance do homem ocidental culturas muito 
antigas, cujos valores e visões do Sagrado 
divergem e até se confrontam com a visão cristã.

3. A Morte: 
DO COME DO COME
ÇÇ
O DO  O DO 
CRISTIANISMO AO RENASCIMENTO  CRISTIANISMO AO RENASCIMENTO  TOTEM: Deus
TABU: as impurezas da alma e do corpo

Conceito:  Conceito: 
““
A morte domada A morte domada
””
Amalgama-se um continente politicamente 
caótico em torno de um sentimento comum: a 
sublimação coletiva da dor pela transcendência.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Grandes obras de fé são empreendidas: construção de catedrais, 
peregrinações, cruzadas, pois um código ético estrito, a 
chamada “vida de boas obras”, promete a recompensa no 
Paraíso ou a danação no Inferno. 

Conceito:  Conceito: 
““
A morte de si mesmo A morte de si mesmo
””
No século XII, com o afrouxamento moral da sociedade e a 
ameaça das “heresias”, a Igreja Católica introduz uma terceira 
via de salvação: o Purgatório. É a possibilidade de se arrepender 
dos pecados no momento da morte e de se purificar no além. 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
4. A Morte na Antiguidade  4. A Morte na Antiguidade 
R
Na Mesopotâmia:
e
A primeira obra literária: “A 
epopéia de Gilgamesh”, faz uma 
reflexão sobre a busca da 
imortalidade, a dor da perda e a 
necessidade de se resignar diante 
da inevitabilidade do fim. 
TOTEM: o Sagrado

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
A morte no Egito R
Propõem uma vida voltada para a 
preparação adequada da morte.
Fascinados pelos grandes mistérios, criam 
as primeiras escolas de iniciação onde são 
reveladas as leis da criação do universo 
através dos Princípios herméticos. 
Primeiro registro de sabedoria espiritual, o 
Livro Egípcio dos Mortosdescreve os 
processos de “morte migratória” ao 
mundo dos deuses para os iniciados, e de 
reencarnação, afim de aperfeiçoamento, 
para o homem comum. 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Textos da literatura eg Textos da literatura eg
íí
pcia que se  pcia que se 
referem  referem 
àà
morte: morte:
R
O Livro dos Caminhos.
R
O Livro das Portas.
R
Textos das Pirâmides (Antigo Império, V e 
VI dinastias).
R
Textos dos Sarcófagos (IX dinastia).
R
Várias compilações do Vale dos Reis. 
R
O Livro dos Mortos

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
VV
íí
deo: O Livro dos Mortos deo: O Livro dos Mortos

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
PP
áá
gina do Livro dos Mortos  gina do Livro dos Mortos 
do escriba  do escriba 
Nebseny Nebseny
Império Novo
XVIII dinastia (c. 1400 a.C.)

O Livro dos Mortos O Livro dos Mortos
R
Finalidade – É uma coleção de fórmulas que 
facilitam a passagem para o além. R
O que é– É uma compilação que substitui os textos 
dos Sarcófagos. R
Autor – Anônimo.
R
Época – Início da XVIII dinastia no Novo Império. O 
códice é do reinado de Ramsés II. R
Título –Per-em-hru(Livro da Chegada à Luz) é o 
nome do livro em egípcio; O nome Kitabul-maitim(O 
Livro dos Mortos) é árabe.
R
Composição – 190 capítulos, muitos deles 
acompanhados de instruções. R
Exemplares originais – Centenas, em papiro e 
couro, encontrados nos sarcófagos, além dos 
gravados nas paredes dos túmulos.

Livro dos Mortos: Livro dos Mortos:
Informa Informa
çç
ões contemporâneas ões contemporâneas
R
Descoberta – Jean-François Champollion no Museu 
de Turim, por volta de 1830. R
Primeira versão do nome –Saída para o dia. Por 
Ricardo Lepsius em 1842. R
Edição em português – Título: O Livro dos Mortos 
do Antigo Egito. R
Autor: Anônimo.
R
Tradução: Edith Carvalho Negraes
R
Prefácio: Luiz Carlos Teixeira de Freitas
R
Editora: Hemus
R
Local: São Paulo
R
Ano: 1982.
R
356 páginas (190 capítulos.)

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Hino a Os Hino a Os
íí
ris do  ris do 
papirus papirus
de de 
AniAni

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos

Explicando a morte no Egito Explicando a morte no Egito
R
A idéia da transcendência está presente nos mitos egípcios, 
em especial na renascença do deus Osíris, no qual foi morto 
por Set e seu corpo retalhado, e que retorna à vida através 
dos poderes da deusa Ísis que reúne as partes dispersas do 
seu corpo. Mas, ao mesmo tempo em que é facultada a alma o 
acesso à imortalidade, dando a esperança da continuidade, 
essa mesma imortalidade dependia da observância de 
determinadas regras instituídas pela casta sacerdotal, que de 
certa forma passa a intermediar esse acesso. No momento da 
morte, a alma era levada à presença de um tribunal na 
presença dos deuses, Tot, Anúbis e Osíris, e lá suas ações 
eram contabilizadas através da balança da deusa da justiça, 
onde o coração do morto seria pesado, tendo como contrapeso 
a pena de uma ave. Os egípcios acreditavam que este órgão 
continha todas as virtudes e vícios da alma. As almas 
generosas teriam, naturalmente, um coração leve e a alma dos 
maus seriam pesadas e se fossem condenadas, acabariam 
devoradas pelo deus monstro e não poderiam renascer.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
1)O defunto (à esquerda), vestido com uma 
longa túnica pregueada, é conduzido pelo 
deus Anúbis para junto da balança do 
julgamento.

2)O coração do defunto (seta branca), simbolizando seu 
pensamento e sua vida, é colocado em um dos pratos da 
balança enquanto no outro prato (seta vermelha) é colocado 
uma pluma, simbolizando o princípio do equilíbrio e da 
norma. Anúbis está de joelhos observando a pesagem 
enquanto o "grande devorador", um animal representado 
por um leão com cabeça de crocodilo e anca de hipopótamo, 
está apenas aguardando a pesagem. Se o coração do morto 
for mais pesado que a pluma, quer dizer que sua vida não 
foi justa, e o "grande devorador" estraçalha o coração, 
destruindo a memória do defunto para sempre.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
3)O deus Thothtambém observa a pesagem 
e aguarda para registrar o resultado do 
julgamento.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
4)Com o resultado justo, o deus Hórus leva o 
defunto até a presença de Osíris, retratado no 
papiro como uma múmia usando a coroa ritual 
(atef), segurando o cetro (heka) e o chicote 
(flagellum). Atrás de Osíris estão as deusas Ísis 
e Néftis. 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Reflexão: Reflexão:
A morte e a religião no Egito A morte e a religião no Egito
R
Homem ocidental moderno – Religião 
separada dos outros aspectos da vida.
R
Povos primitivos – Não há separação 
entre a religião e a vida cotidiana.
R
Religião – Explica fenômenos naturais, 
interferi nas atitudes pessoais, diminui a 
ansiedade e mantém a produtividade.
R
Egípcios – A religião impregnava tudo. 
Da cheia do Nilo à morte de um gato, tudo 
dependia dos deuses.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
A for A for
çç
a dos aspectos religiosos a dos aspectos religiosos
Surgimento da civilização egípcia
R
Homem dominado 
pela natureza e da 
natureza provinha 
os aspectos da 
religiosidade. 
Deuses ligados à
natureza: deus sol 
(Ra).

Deuses animais: Ex: An Deuses animais: Ex: An
úú
bis bis 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Domínio do homem 
sobre a natureza: 
antropomorfização.  
Surgimentos dos 
deuses zoomórficos
+ deuses 
antropomórficos 
(Hórus)
A for A for
çç
a dos aspectos religiosos a dos aspectos religiosos
PerPer
íí
odo Pr odo Pr
éé
--
DinDin
áá
stico stico

Animais divinizados eram criados nos templos: 
gato, boi, crocodilo. Eram mumificados após a 
morte.

Deuses
Eram muitos, cada 
cidade ou localidade 
tinha seu deus. Um 
deles poderia ganhar 
destaque nacional 
conforme sua cidade 
ganhasse importância 
política. Ex: Rá de 
Heliópolis na IV 
dinastia.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos

Deuses egípcios = Conteúdo moral
Maat, conceito relacionado com ordem, 
verdade, justiça e retidão = criação dos 
deuses perfeição ausência de crítica social.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Culto

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
A existência após a morte R
Existia vida além-túmulo.
R
Existência feliz, repetição dos melhores 
momentos terrenos.
R
Possibilidade de uma segunda e definitiva 
morte por falta de objetos e 
principalmente de alimentos.
R
Mumificação: a existência além-túmulo 
estava ligada à existência corporal.

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
VV
íí
deo: Mumifica deo: Mumifica
çç
ãoão

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Os princ Os princ
íí
pios do ser humano que  pios do ser humano que 
deveriam ser contemplados ap deveriam ser contemplados ap
óó
s a morte: s a morte:
R
Khet, o corpo;
R
Ka, a personalidade espiritual;
R
Ba, a alma;
R
Khai Bit, a sombra;
R
Akh, o espírito;
R
Ib, o coração;
R
Sekhem, a energia espiritual;
R
Ren, o nome e
R
Sakh, o corpo espiritual. 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
A Defesa no julgamento 
(ou A confissão negativa)*
R
“Não causei sofrimento aos homens.
R
Não empreguei violência com meus 
parentes. R
Não substituí a justiça pela injustiça.
R
Não frequentei os maus.
R
Não trabalhei em meu proveito em 
excesso.
*Do Livro dos Mortos

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
Como os eg Como os eg
íí
pcios encaravam a morte? pcios encaravam a morte?
R
Não eram mórbidos e tristes.
R
Encaravam a vida além-túmulo como 
uma feliz continuação da vida 
terrena.
R
Dedicavam-se a ela com entusiasmo.
R
Qualquer um que pudesse pagar 
para uma boa morte não poupava 
esforços. 

Prof. Ms. Fabio Augusto de Oliveira 
Santos
VV
íí
deo: A morte para os eg deo: A morte para os eg
íí
pcios pcios