Capítulo XII- Mitodologia
A mitologia africana foi levada para as Américas pelos africanos escravizados.
As das que mais conhecidas são: a mitologia fon daomeana, mitologia
yoruba, mitologia igbo, mitologia fânti, mitologia axânti, mitologia angola,
mitologia congo, mitologia banta (que, mais tarde, tornou-se uma mitologia
mestiça nas religiões afro-americanas, religiões afro-cubanas e religiões afro-
brasileiras).
A mitologia fon daomeana que cultua os voduns no Vodun da África
Ocidental foi para as Américas e Caraíbas, formando, assim, as religiões do
vodu haitiano, no Haiti e República Dominicana; Regla de Arará, em Cuba; o
Voodoo nos Estados Unidos; Obeah; na Jamaica e Trinidad e Tobago; winti,
no Suriname; e o Candomblé Jeje, no Brasil: todas, parte das religiões afro-
americanas. A mitologia congo é a mais frequentemente encontrada na
diáspora africana de diversos países: na kumina, da Jamaica; na regla de
palo, em Cuba, no Voodoo dos Estados Unidos; e no candomblé banto no
Brasil.
A mais conhecida das religiões africanas é a dos orixás (mitologia yoruba),
onde se encontra a gênese de religiões como a santería, lukumí, regla de
ocha, candomblé queto e de várias nações, Xangô do Nordeste, batuque,
xambá, omolokô e outras. O que a todas é comum é o ritual aos inquices,
orixás e voduns: o que diverge entre elas é a maneira de fazer esse culto, as
cores das roupas, fio de contas e as línguas utilizadas nas rezas e cantigas.