Religiao e religiosidade

ManoelGamas 3,157 views 72 slides Aug 19, 2018
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espiritismo


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A decisão de nos distanciar da religião que cega, oprime e conduz o Homem à ignorância deve prevalecer nos homens em que a razão é desenvolvida. O que não podemos jamais esquecer é que o sentimento de "religiosidade" não deve se afastar da prática na vida do homem, pois se isso acontecer, ele perde a noção de quem é, do que está fazendo aqui e todos os seus valores desaparecem com seus atos, torna-o “ des-Humano ". A prática da Religiosidade e da Religião são coisas absolutamente distintas e não devem ser confundidas de forma alguma. A primeira independe da segunda, e a segunda lamentavelmente pode também ser encontrada divorciada da primeira. Religião é sempre instituição, acordo social, edifício teórico, organização hierárquica, atividade política. Religiosidade é o sentimento maior (inato), a fé praticada, a posição mais íntima, a intuição do mistério. Herculano Pires esclarece que esse sentimento se estrutura na consciência humana no ser em evolução, sendo que a marca de Deus ali está presente na Lei de Adoração, que é o sentimento inato de sua filiação Divina e se manifestará no sentimento religioso, base de todas as experiências religiosas da Humanidade. Ele diz ainda: “A vivência religiosa, pelo simples fato de ser vivência e não reflexão é inerente ao Homem desde o seu aparecimento no Planeta”. A experiência de Deus que começa no “Fiat” como elemento ontogenético (elemento constitutivo da própria gênese do homem) difere da religiosa, que constituem uma tomada de tentativa de consciência de Deus através de formulações religiosas, rituais, Instituições, sistemas litúrgicos, ordenações dogmáticas. Reforça ainda, conceitos sobre a Trindade Universal, espírito e matéria elementos constitutivos do Universo e Deus o poder criador, onisciente, controlador e mantenedor, e Suas Leis que regem o equilíbrio universal. Em seu livro “O espírito e o Tempo” com base no esquema chamado “método cultural” dos antropólogos ingleses, aplicado por John Murphy, com pleno êxito em seus estudos sobre as origens e a história das religiões, Herculano nos deixa um verdadeiro tratado de antropologia espírita. Faz uma viagem pelos “horizontes” percorridos pelas Civilizações desde as eras remotas, retratando com clareza o processo de conscientização do ser em evolução e de sua essência Divina, demonstrando que não estamos sozinhos nesse processo cíclico e Universal. Herculano com essa obra magnífica, permite entre tantos outros conhecimentos, compreender em profundidade a questão 628 do livro dos Espíritos, que não podemos negligenciar nenhuma religião, pois ela pode contribuir muito com a nossa instrução, se estudarmos o que há de bom nelas, conhecendo o poder de influência que teve em nossos caminhos evolutivos e que persistem até os dias de hoje. Os cientistas da Religião dizem que no Brasil, o fenômeno de sincretismo religioso em comunhão com três culturas fortemente calcadas na mística fez com que os elementos formais de cada uma das três culturas fundissem em uma interpretação comum do sagrado. Assim como o africano, o indígena possui uma visão bastante espiritualista do mundo. Ambos enxergam-se imersos num universo vivo, dinâmico de forças espirituais e elementais , diante das quais os ritos e a fé são imprescindíveis mecanismos de ação concreta do homem no mundo. Por conta disso a religiosidade que se desenvolveu aqui é por assim dizer, imune à depreciação do sagrado que o ceticismo enseja. Mais do que em qualquer outro lugar, a palavra de Herculano Pires é válida: O ateísmo é flor de estufa, incapaz de viver fora do laboratório e dos círculos mais alienados da vida natural. Embora a religiosidade do brasileiro respeite os dogmas e o arcabouço teórico das instituições religiosas este respeito é, por assim dizer, um respeito de conveniência. Assim que o sacerdote de uma igreja se mostrar ineficiente no consolo espiritual ou nas funções efetivamente místicas de seu rebanho ele será substituído pela benzedeira, pelo pastor, pelo médium ou pela mãe de santo. Se algum destes novos orientadores espirituais mostrarem-se mais eficaz no trato com os arcanos o padre será substituído, ou algo ainda mais estranho, será relegado a uma posição social enquanto a importância espiritual será transferida para o novo intermediário. O indivíduo irá à missa, mas não depositará suas esperanças maiores nela. No momento crucial recorrerá ao novo “representante” das forças celestes. A grande maioria exerce a sua religiosidade com muito mais força do que a imposição religiosa em si. Basta ver as estatísticas de “fuga dos adeptos das religiões” que cresce dia a dia. As pessoas estão em busca de respostas e de soluções para seus diversos problemas, e se não encontram na religião escolhida, buscam outra que os satisfaça. E olha que tem grupos muito bem preparados para estudar os “desejos mais profundos de seus adeptos” e muitos criaram vários “serviços” para satisfazê-los e não perdê-los para outras denominações religiosas. Se o espiritismo vem de encontro às respostas de tantas aflições humanas porque será que nosso “público alvo” (como denominamos), anda diminuindo tanto? Apesar de a mídia ter feito por nós uma propaganda em massa nos últimos anos, a favor dos conceitos espíritas e espiritualistas, por vezes até equivocados, o número de pessoas que buscam esse conhecimento não cresce tanto quanto o número de evangélicos e de igrejas pentecostais. Pior! O movimento espírita tem relatado que diminuiu o número de voluntários e trabalhadores nas Casas espíritas, que não conseguem manter as portas abertas todos os dias em todos os horários da semana com atendimentos diversos. No momento não estão preocupado em identificar quais são as reais necessidades daqueles que batem à sua porta e acabam oferecendo um atendimento padrão (salvo algumas exceções em diversos Estados e até em alguns países), alguns acabam fazendo um verdadeiro dês-serviço à Doutrina espírita. Entre os seus adeptos e freqüentadores existem diversos problemas de relacionamento, como em todos os lugares, principalmente nas grandes Instituições representativas do movimento, com isso surgiu a necessidade de sermos “afetivos”, nasceu o termo” alteridade”. Cresce o convite para viver o Evangelho tão bem "pregado" e tão pouco "sentido", é o momento de aliar o conhecimento a prática.Talvez isso aconteça por que os excessos de religiosismo estão sufocando o sentimento natural e espontâneo da religiosidade devido a um grande números de almas ligadas à religião dogmática, estarem reencarnados no Brasil e com tarefas importantes no movimento espírita Brasileiro, segundo informações dos espíritos. Que desafio! Com certeza precisamos atentar para essas questões que tem levado o Espiritismo no Brasil a seguir caminhos “religiosos” demais fugindo da proposta de religar o Homem a Deus em seu sentido verdadeiro, e não criarmos mais uma religião que pode perder-se “na letra que mata distante do espírito que vivifica”, como fez o Protestantismo, uma esperança de renovação para a época em que ele surgiu. No livro “Agonia das Religiões” Herculano diz que o místico vulgar não mergulha em si mesmo para encontrar em Deus a relação com o mundo como fez Descartes, mas pelo contrário, desliga-se do mundo e liga-se isoladamente a Deus. Não é guiado pelo amor à Humanidade, mas pelo amor a si mesmo. A busca solitária de Deus torna-se um ato egocêntrico. Que a concepção espírita vai mais longe e mais fundo, negando ao homem o direito de isolar-se do mundo para buscar Deus. O meio natural de evolução para o homem, para todos os seres é a relação... (Lei de Sociedade). “... enquanto Buda abandona o mundo para buscar Deus na solidão, Cristo mergulha no mundo para religar os homens à Deus.” Daí o fato de a migração entre Religiões ser tão comumente aceita no Brasil, enquanto a fidelidade à instituição é sempre primordial na Europa, no Islã, na Ásia oriental. O Brasil está imunizado a guerras religiosas justamente pelo fato de que a religião aqui é algo pouco valorizada, pouco significativa, em face da religiosidade mais universal e mais profunda que se manifesta nesta população.Herculano afirma ainda, que a etiologia da decadência das religiões torna-se palpável, mas o sentimento religioso do Homem não foi aniquilado. Hoje muitos dizem que o caminho é a Educação,mas devemos lembrar também que a Educação “leiga” do ensino Laico, frustrou a possibilidade de reelaboração da experiência religiosa pelas novas gerações e determinou a sedimentação interesseira da sua posição de ambivalência no mundo contemporâneo. Como não podia deixar de acontecer, essa posição ambígua, indefinida e contraditória em si mesma, levou a proporções catastróficas a crise das religiões em nossos dias. (palavras de Herculano no livro: Agonia das Religiões- pg. 17). Kardec bem sabia disso e aborda o tema Educação por diversas vezes em suas obras, colocando-a como fundamental. Encontramos uma Biografia de Kardec, escrita por Zeus Wantuil , no volume II, que mostra claramente o trabalho árduo que Rivail enfrentou em seus 30 anos dedicados à Educação, para romper com a interferência religiosa no campo do conhecimento, os homens se afastaram do sentimento de religiosidade, formando a sociedade sem moral que temos hoje. Nos trabalhos realizados por Jean Jaques Rousseau " em Emílio" um ensaio pedagógico em forma de romance, vemos a preocupação de tirar o peso da religião Dogmática da Educação, mas sem deixar de trabalhar o sentimento de religiosidade (essência espiritual) da natureza Humana, e viver a Educação Natural, fundamental ao processo de educação e desenvolvimento de valores Humanos. Pestalozzi bebeu desse conhecimento e Rivail também. Precisamos rever nossos conceitos de educação urgente. Seria muito bom se os educadores de hoje tivessem acesso não somente à pedagogia e a didática dos grandes educadores, mas à essência dos seus estudos que levariam fatalmente ao amadurecimento da consciência humana para encaminhar o Homem às conseqüências do conhecimento espiritual, a sua efetiva transformação moral! Damos o início a uma nova Civilização, a Civilização do 3º Milênio ou a Civilização do Espírito. É o período onde a teoria e a prática estará integrada, o anseio latente de transcendência será preenchido. Herculano diz que é necessário que ele viva em si todo o conhecimento, na consciência e na carne, pois é nessa (na carne) que a relação com o mundo se realiza. Na questão 625 LE, os espíritos deixam um modelo a ser seguido, Seus atos falam por Sí , ele é Jesus. As Civilizações experimentaram períodos de Sombras e de Luz, e os seres que nela habitaram após percorrerem esse longo caminho, fatalmente encontrarão a “síntese do conhecimento, o caminho para o novo Céu e a nova Terra, lembrando do que disse Jesus:” Os mansos e Pacíficos, herdarão à Terra”, então ela não desaparecerá como acreditam alguns mais assustados diante de tantas versões escatológicas do final dos tempos. Chegará sim o fim da Ignorância para toda a Humanidade e a Era do Espírito virá com a força da Lei do Progresso e nos resta curvar-se à ela. “Dia virá, em que todos os pequenos sistemas, acanhados e envelhecidos, fundir-se-ão numa vasta síntese, abrangendo todos os reinos da idéia . Ciências, Filosofias, Religiões, divididas hoje, reunir-se-ão na luz e será então a vida, o esplendor do espírito, o reinado do Conhecimento. Nesse acordo magnífico, as Ciências fornecerão a precisão e o método na ordem dos fatos; às Filosofias, o rigor das suas deduções lógicas; a Poesia, a irradiação das suas luzes e a magia das suas cores; a Religião juntar-lhes-á as qualidades do sentimento e a noção da estética elevada. Assim, realizar-se-á a beleza da força e na unidade do pensamento. A alma orientar-se-á para os mais altos cimos,mantendo ao mesmo tempo o equilíbrio da relação necessário para regular a marcha paralela e ritmada da inteligência e da consciência na sua ascensão para a conquista do Bem e da Verdade.” – ( “O problema do Ser, do Destino e da Dor” - Leon Denis).

No caleidoscópio do comportamento humano há, quase sempre, uma grande preocupação por mais parecer do que ser, dando origem aos homens-espelhos...

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...aqueles que, não ten­do identidade própria, refletem os modismos, as imposições, as opiniões alheias. Eles se tornam o que agrada às pessoas com quem convivem, o ambiente que no seu comportamento neurótico se instala.

Adota-se uma fórmula religiosa sem que se viva de forma equânime dentro dos cânones da religião. É a experiência da religião sem religiosidade, da aparência so­cial sem o correspondente emocional que trabalha em favor da auto-realização ...

...O conceito de Deus se perde na complexidade das fórmulas vazias do culto externo, e a manifesta­ção da fé íntima desaparece diante das expressões ruidosas, destituídas dos componentes espirituais da meditação, da re­flexão, da entrega.

Disso resulta uma vida esvaziada de espe­rança, sem convicção de profundidade, sem madureza espiri­tual.

A religião se destina ao conforto moral e à preservação dos valores espirituais do homem, demitizando a morte e abrindo-lhe as portas aparentemente indevassáveis à percep­ção humana.

Desvelar os segredos da vida de ultratumba , demonstrar-lhe o prosseguimento das aspirações e valores humanos, ora noutra dimensão dentro da mesma realidade da vida, é a finalidade precípua da religião.

Ao invés da proibi­ção castradora e do dogmatismo irracional, agressivo à liber­dade de pensamento e de opção, a religião deve favorecer a investigação em torno dos fundamentos existenciais, das ori­gens do ser e do destino humano, ao lado dos equipamentos da ciência, igualmente interessada em aprofundar as sondas das pesquisas sobre o mundo, o homem e a vida.

A fim de que esse objetivo seja alcançado, faz-se indis­pensável a coragem de romper com a tradição — rebelar-se contra a mãe religião —

...libertando-se das fórmulas, p ara en­contrar a forma da mais perfeita identificação com a própria consciência geradora de paz.

Tornar-se autêntico é uma deci­são definidora que precede a resolução de crescer para dar-se. O desafio consiste na coragem da análise de conteúdo da religião, assim como da lógica, da racionalidade das suas te­ses e propostas.

Somente, desta forma, haverá um relaciona­mento criativo entre o crente e a fé, a religiosidade emocio­nal e a religião.

Essa busca preserva a liberdade íntima do homem perante a vida, facultando-lhe um incessante cresci­mento, que lhe dará a capacidade para distinguir o em que acredita e por que em tal crê, sustentando as próprias forças na imensa satisfação dos seus descobrimentos e nas possibi­lidades que lhe surgem de ampliar essas conquistas.

Já não se torna, então, importante a religião, formal e cir­cunspecta, fechada e sombria, mas a religiosidade interior que aproxima o indivíduo de Deus em toda a Sua plenitude : no homem, no animal, no vegetal, em a natureza, nas formas viventes ou não, através de um inter-relacionamento integra­dor que o plenifica e o liberta da ansiedade, da solidão, do medo.

As suas aspirações não se fazem atormentadoras; não mais surge a solidão como abandono e desamor, e dilui-se o medo ante uma religiosidade que impregna a vida com espe­rança, alegria e fé. O germe divino cresce no interior do ho­mem e expande-se, permitindo que se compreenda o concei­to paulino, que ele já não vivia, “mas o Cristo” nele vivia.

A personalidade conflitante no jogo dos interesses da so­ciedade cede lugar à individualidade eterna e tranqüila , não mais em disputa primária de ambições e sim em realizações nas quais se movimenta. Os outros camuflam a sua realidade e vivem conforme os padrões, às vezes detestados, que lhes são apresentados ou impostos pela sua sociedade. O grupo social, porém, rejeita-os, por sabê-los inautênticos, no entan­to os aplaude, porque eles não incomodam os seus membros, fazendo-os mesmistas , iguais, despersonalizados, desestru­turados.

Por falta de uma consciência objetiva — conhecimento dos seus valores pessoais, controle das várias funções do seu organismo físico e emocional, definição positiva de atitudes perante a vida —, não têm a coragem ética de ser autênticos, padecendo conflitos a respeito do senso de responsabilidade e de liberdade, característico do amadurecimento, que se po­derá denominar como uma virtude de longo curso. Não se trata da coragem de arrostar conseqüências pela própria te­meridade, mas do valor para enfrentar-se a si mesmo, geran­do um relacionamento saudável com as demais pessoas, repetindo com entusiasmo a experiência maisucedida , sem ata­duras de remorso ou lamentação pelo fracasso. E saber reti­rar do insucesso os resultados positivos, que se podem trans­formar em alavancas para futuros empreendimentos, nos quais a decisão de insistir e realizar assumem altos níveis éticos, que se tornam desafios no curso do processo evolutivo.

Para que o ânimo robusto possa conduzir às lutas exterio­res, faz-se necessária a autoconquista , que torna o indivíduo justo, equilibrado, sem a característica ansiedade neurótica, reveladora do medo do futuro, da solidão, das dificuldades que surgem. É preciso que o homem se arrisque, se aventure, mesmo que esta decisão o faça ansioso quanto ao seu desempenho, aos resultados. Ninguém pode superar a ansiedade natural, que faz parte da realidade humana, desde que não extrapole os limites, passando a conflito neurótico.

Por atavismo ancestral o homem nasce vinculado a uma crença religiosa, cujas raízes se fixam no comportamento dos primitivos habitantes da Terra. Do medo decorrente das for­ças desorganizadas das eras primeiras da vida, surgiram as diferentes formas de apaziguar a fúria dos seus responsáveis, mediante os cultos que se transformariam em religiões com as suas variadas cerimônias, cada vez mais complexas e so­fisticadas. Das manifestações primárias com sacrifícios hu­manos, até as expressões metafísicas, toda uma herança psi­cológica e sociológica se transferiu através das gerações, pro­duzindo um natural sentimento religioso que permanece em a natureza humana. Ao lado disso, considerando-se a origem espiritual do in­divíduo e a Força Criadora do Universo, nele permanece o germe de religiosidade aguardando campo fecundo para de­sabrochar.

Expressa-se, esse conteúdo intelecto-moral, em forma de culto à arte, à ciência, à filosofia, à religião, numa busca de afirmação-integração da sua na Consciência Cósmica. A for­ça primitiva e criadora, nele existente como uma fagulha, possui o potencial de uma estrela que se expandirá com as possibilidades que lhe sejam facultadas. Bem direcionada, sua luz vencerá toda a sombra e se transformará na energia vitalizadora para o crescimento dos seus valores intrínsecos, no desdobramento da sua fatalidade, que são a vitória sobre si mesmo, a relativa perfeição que ainda não tem capacidade de apreender. Na execução do programa religioso, a maioria das pesso­as age por convencionalismo e conveniência, sem a coragem de assumir as suas convicções, receosas da rejeição do gru­po.

Adotam fórmulas do agrado geral, que foram úteis em determinados períodos do processo histórico e evolutivo da sociedade e, não obstante descubram novas expressões de fé e consolação, receiam ser consideradas alienadas, caso assu­mam as propostas novas que lhes parecem corretas, mas não usuais, e sim de profundidade. Afirmou um monge medieval que todo aquele que vive morrendo, quando morre não morre”, porque o desapego, o despojar das paixões em cada morrer diário, liberta-o, desde já, até que, quando lhe advém a morte, ele se encontra perfei­tamente livre, portanto, não morto, equivalente a vivo. A religiosidade é uma conquista que ultrapassa a adoção de uma religião; uma realização interior lúcida, que indepen­de do formalismo, mas que apenas se consegue através da coragem de o homem emergir da rotina e encontrar a própria identidade.

A Religião Cósmica do Amor Autor: Joanna de Ângelis (espírito) A RELIGÃO CÓSMICA DO AMOR Toda crença religiosa que se firma no amor é digna de respeito e carinho. O objetivo essencial da fé religiosa é dignificar a criatura humana, tornando-a melhor moralmente e preparando-a para desenvolver os valores espirituais que lhe dormem no íntimo. Em razão do mergulho na matéria, o Espírito aturde-se, e quase sempre olvida os compromissos assumidos na Espiritualidade, deixando-se comandar pelas manifestações do instinto que o ajudaram nos períodos remotos da evolução, mas que foram suplantados pelo discernimento e pela consciência, permanecendo somente aqueles que preservam a vida e dão sentido existencial. Na neblina carnal, no entanto, a predominância da matéria, como é compreensível, dificulta o discernimento a respeito da finalidade da reencarnação, facultando que os sentidos físicos se direcionem para o prazer, para o gozo, para a satisfação das necessidades biológicas. A consciência, no entanto, trabalha pela eleição do significado existencial, do equilíbrio emocional, do bem-estar espiritual, alargando os horizontes da percepção para as conquistas relevantes e significativas que acompanharão o ser após o seu inevitável decesso tumular. Por esses motivos, entre outros, a necessidade de uma religião que se expresse em lógica e praticidade, destituída dos aparatos e das fantasias, dos interesses sórdidos do comportamento material, faz-se imprescindível para enriquecer os seres humanos de beleza e harmonia. Isto porque a conquista da lógica, no longo roteiro evolutivo, impõe a necessidade de compreender-se tudo quanto se deseja vivenciar, a fim de constatar-se a sua resistência frente à razão em quaisquer circunstâncias. Assim sendo, não há mais lugar para qualquer tipo de crença religiosa que se apresente com manifestações totalitárias, eliminando a capacidade do crente de pesquisar, de aceitar ou não os seus postulados, sendo-lhe exigido crer sem entender. É certo que ainda surgem segmentos religiosos fundamentados no fanatismo, geradores de lutas e de intolerância, tentando impor-se pela força dos seus dirigentes políticos ou de outra espécie, mas não pela sua estrutura racional e profunda. Naturalmente, ante o impacto do progresso, aqueles que lhes aderem ao comportamento, logo desenvolvem o senso da razão e os abandonam, isso quando não lhes permanecem vinculados por frutos apodrecidos dos interesses materiais que lhes rendem prestígio, poder e recursos econômicos... Nesse caso, destituídos do sentimento de amor, de compreensão e de bondade, estando ausentes o respeito pelo próximo e pelo seu direito de acreditar naquilo que mais lhe convém e felicita, essas estranhas doutrinas mais atormentam do que consolam, seduzindo grande fatia da sociedade que ainda permanece vitimada pelos atavismos, quando se fizeram poderosas e esmagaram aqueles que eram considerados adversários de comportamento enfermiço. Foram essas religiões, trabalhadas pela força política e pelos impositivos da ignorância, que se encarregaram de afastar os fiéis das diretrizes do amor que conduz a Deus, abrindo espaço para os comportamentos agressivos e a revolta constante, facultando o desenvolvimento do materialismo e no niilismo, que lhes bloquearam a capacidade de crer e, por efeito, de abraçar os ideais de religação com a Divindade. Nesse báratro, a misericórdia divina proporcionou à Humanidade uma crença religiosa que atende perfeitamente ao mandamento maior e, ao mesmo tempo, conforta e tolera tantos quantos não lhe dão guarida. Trata-se do Espiritismo, que se faz resposta eloquente do amor de Deus às criaturas ansiosas que lhe suplicavam diretrizes e oportunidade de crescimento, assim como de recursos para a conquista da felicidade. O Espiritismo, ademais de fundamentar-se no amor através da ação da caridade, é Doutrina profundamente racional, que esclarece o aprendiz a respeito das razões da crença e da sua legitimidade, por estruturar-se na linguagem iniludível dos fatos. Jesus, quando esteve na Terra, elegeu o amor como sendo fonte de sabedoria e de iluminação mais poderosa que se pode conhecer. Estabelecendo como essencial o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, não renegou as crenças que predominavam na cultura de então, lamentando que as mesmas não possuíssem essa especial conduta, perdidas em aparência e cerimoniais que mataram o conteúdo essencial de que Moisés se fizera portador ao apresentar os Dez Mandamentos. Neles estão inscritos, sem dúvida, os códigos éticos de alta magnitude, responsáveis pela ordem social e moral da Humanidade, numa síntese que facultaria ao direito civil em muitos países fundamentar os seus postulados naquelas seguras regras de comportamento. Jesus, complementando, porém, a propositura do amor, de que a sua doutrina se faz o reservatório inexaurível, transformou-o em código superior de socorro aos infelizes de todos os matizes, utilizando-se da ação da caridade como sendo a sua expressão mais elevada. Todas as suas palavras fizeram-se revestir pelos sublimes exemplos, pelas ações, pelos fatos extraordinários que passaram à Humanidade, confirmando-lhe o messianato , demonstrando ser Ele o Embaixador de Deus, aquele que todos esperavam, mas preferiram não aceitar, porque Ele feria de morte as paixões inferiores, os interesses mórbidos dos religiosos equivocados, que se compraziam em manter os crentes na ignorância, a fim de melhor explorá-los. Por sua vez, Ele sempre elucidava todos os enigmas que atormentavam as pessoas, explicando a necessidade do amor em todas as expressões: ao trabalho, ao dever, à família, ao próximo de toda procedência, mas acima de tudo ao Pai Criador. Submeteu-se às arbitrariedades do poder temporal para demonstrar a sua fragilidade na sucessão dos tempos, especialmente diante da morte que a todos arrebata, modificando as estruturas do mundo e das próprias criaturas. Jamais se permitiu ceder aos caprichos dos adversários da verdade, divulgando-a e vivendo-a nas situações mais ásperas e agressivas. Com a sua visão superior, conhecia a fragilidade daqueles que se candidatavam ao ministério de sua palavra, tolerando-lhes a fraqueza moral, mas não anuindo com ela, de modo que anunciou O Consolador, que Ele rogaria ao Pai enviar, a fim de que o rebanho não ficasse esparramado, sem diretrizes de segurança, nos momentos difíceis do futuro que se apresentariam para a conquista da real felicidade...E cumpriu a promessa, por ocasião do advento do Espiritismo. O amor realmente deverá ser um dia a mais bela conduta, a mais significativa, a psicoterapêutica preventiva e curadora, tornando-se uma forma de religiosidade que fascinará a todas as criaturas. Ao Espiritismo compete, portanto, o dever, através dos espíritas sinceros, de propagar os seus postulados, de divulgar imorreduras lições do Evangelho, de demonstrar a excelência de seus paradigmas, o alto significado de se que fazem instrumento as comunicações espirituais, a magnitude da reencarnação, a convivência com o bem e a sintonia com o inefável amor de nosso Pai. A religião cósmica do amor, desse modo, no Espiritismo encontra o solo abençoado e fértil para apresentar-se e enflorecer-se , produzindo os frutos da felicidade que todos aspiram, sem nenhuma desconsideração pelas demais que se fundamentem no mandamento maior, vivendo a tolerância e a caridade indiscriminada. Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Entrega-te a DEUS.

O indivíduo necessita de um comportamento rico de religiosidade, isto é, de convicção interior, não de uma religião formal que muitas vezes o entorpece na ritualística ou na presunção de ser eleito em detrimento dos outros. Pelo contrário é necessário estimulá-lo a desenvolver a consciência de que todo serviço dignificante e operoso é ato de religiosidade, de entrega emocional compensadora pela alegria de agior e de produzir. Joanna de Angelis - Psicologia da Gratidão "Eu acho que amor é a única religião que o mundo anda precisando. Eu tenho visto tanta gente que levanta as mãos para louvar e não estende as mãos para levantar alguém que precisa de ajuda. Tanta gente que aponta o dedo para julgar, mas não abre os braços para acolher . Tanta gente que pede perdão a Deus, mas não perdoa os outros." (autor desconhecido) Jesus, em nenhum momento de sua vida aqui na Terra pregou a necessidade de qualquer tipo de religião,nem disse qual delas seria a salvação. Apenas pediu que seguíssemos seu exemplo de amor e bondade. Que amássemos o próximo como a nós mesmos. Simples assim... Ele pregava uma espécie de ligação, ou re-ligação com Deus, daí surgiu o termo religião, que pode ser entendido hoje, como religiosidade. A consciência da necessidade de fazer o bem. A única 'salvação' está em nós mesmos, na nossa consciência tranquila, no dever cumprido, no auxilio a quem nos procura e de  nós necessita. Dessa forma esteremos auxiliando a nós mesmos. Atrocidades foram e são cometidas em nome de religiões que matam, ferem, destroem, em nome de um Deus e de um homem que só pregou o amor. Cultivemos a nossa re-ligação com Deus, praticando o amor ao próximo, seja ela através de uma religião, uma religiosidade, uma doutrina..
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