Rev Cn2008 Final

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About This Presentation

Revista da disciplina ACH0011 Ciências da Natureza, que reúne textos escritos por alunos ingressantes da EACH/USP Leste em 2008.


Slide Content

ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES
ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA
Ciências da
Natureza
Edição
2008

Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil
Você pode:
copiar, distribuir, exibir e executar a obra
Sob as seguintes condições:

Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma
especificada pelo autor ou licenciante.

Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com
finalidades comerciais.

Vedada a Criação de Obras Derivadas. Você não pode
alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.
 Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta
obra.
 Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do
autor.
Qualquer direito de uso legítimo (ou "fair use") concedido por lei, ou qualquer outro direito
protegido pela legislação local, não são em hipótese alguma afetados pelo disposto acima.

ii
V O L U M E E S P E C I A L D A RE V I S T A C I Ê N C I A S D A N A T U R E Z A 2 0 08
Mudanças climáticas

E D I T O R R E S P O N S Á V E L : P A U L O R O G É R I O M I R A N DA C O R R E I A

A publicação desta revista é uma atividade do Programa "A EACH no Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT".

Editores: Profs Drs Maria Elena Infante-Malachias ([email protected]), Paulo Rogério Miranda Correia ([email protected]), Rita
Yuri Ynoue ([email protected]), Thomás Augusto Santoro Haddad ([email protected]) e Victor Velázquez Fernandes
([email protected])
Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo
Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SP
Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa
apareça nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados é de responsabilidade, única e exclusiva,
dos respectivos autores envolvidos.

iii
Índice
Apresentação 1
Editorial 3
S E Ç Ã O I
A ciência básica das mudanças
climáticas
A fantástica fábrica de poluição
Filipe S. Romano e Silvio L. B. Britts Filho 4
A ação humana e as mudanças
climáticas
Daniela S. Marcilio e Denise R. Nascimento 5
Futuro promete fim de vidas no pl aneta
Terra
Luciana C. Braga e Francine S. Aguiar 6
Não basta ler e sentir, é preciso agir!
Bruna M. Cremona e Caio T. S. Pascoal 8
As ações humanas e os processos que
originaram o aquecimento global
Rafael V. Campos e Daniel R. Ebbinghaus 9
Progresso da tecnologia e suas
conseqüências
João P. K. Campos e Giovanni Fallico 10
S E Ç Ã O I I
Mudanças climáticas e tecnologia
O dilema da tecnologia: mocinha ou
bandida?
Bruna L. Gomes e Mateus H. A. Castro 12
O causador é a cura
Carolina Gancev e Gabriela Lotto 13
Ainda há tempo
Drielle Taccola e Eduardo da Cunha Palácios 14
Ciência: a solução ou o motivo de
existência do aquecimento global?
André G. Lorenzini e Bruna V. Meira 16
Tecnologia: de causa à solução do
aquecimento global
Bruno M. Oliveira e Victor S. Resende 17
Planeta Terra: ame-o ou deixe-o
Allan B. Guerra e Caroline M. Komukaib 19
Tecnologia do bem e do mal
Felipe S. N. Andrade e Paula V. S. Bandeira 20
A contradição
Ana Cristina M. A. Castilho e Fernanda C. Bico 21
Tecnologia e o futuro
Eduardo G. Oliveira e Fernando V. Peres 22
Tecnologia e atitude, o futuro do planeta
Elton Y. K. Odaguil e Guilherme T. Nunes 23
Mudanças climáticas e doenças
infecciosas endêmicas
Sérgio N. Silva Jr e Paola D. Ferrete 25
Brasil, o que é feito para deter o
desmatamento?
Cláudia A. B. Charro e Edir C. Santana 27
Uma reflexão sobre a cultura da
tecnologia e do consumo
Flávia G. Gomes e Luci T. Miyano 28
S E Ç Ã O I I I
Mudanças climáticas e educação
ambiental
Indústria x Meio ambiente
Cinthia C. Ponce e Milena Telles 30
O meio ambiente e conscientização
Ana Maria G. M. Reis e Daiane O. Fontes 31
Vai de carro ou vai de trem? Chuva ácida
como conseqüência da poluição nossa de
cada dia
Gabriela M. Hugues e Leonor R. Pinheiro 32
Uma verdade inconsistente
Miriam T. C. Takitow e Thiago F. Nóbrega 34
Turismo, vilão ou vítima?
Letícia O. Aio e Giuliano F. Pieve 36
Como a universidade ajuda as escolas
fundamentais na educação ambiental?
Alice A. L. Puelles e Fabiana H. Miyada 37
Educação ambiental: uma ação que
poderá solucionar os problemas
ambientais da modernidade
Nathália A. Alves e Stella A. Costa 39
Prevenções básicas através da educação
ambiental
Margarete G. Almeida e Juliana C. Carmo 41
Mudanças climáticas: conhecer para
enfrentar
Regina L. Nery e Suellen F. Oliveira 42
A conscientização para o despertar
Caroline M. Bernardo e Elise N. Massarini 43
O problema está em cima
Érika G. Faria e Sônia A. Sousa 45
Plantando o futuro
Priscila S. Moreno e Felipe Kertes 46
S E Ç Ã O I V
Mudanças climáticas e seus impactos na
economia e nos negócios
Sustentabilidade para uma economia
saudável
Angélica T. Reis e Lívia R. Bambuy 48

iv
Créditos de carbono e o direito de poluir
Beatriz M. Gesqui e Thaíssa A. Bessa 49
As mudanças climáticas afetam os
principais setores da economia
Juliana S. Costa e Thaís G. Ferreira 50
Um consumo sustentável é possível?
Mônica L. Storolli e Priscila Ferrari 52
Crescimento econômico: negócio da
China?
Daniel F. Bom e André L. D. M. Pazin 54
Mudanças no clima e no hábito
Bruno C. Vieira e Tiago L. Bezerra 55
O transformar do olhar empresarial
Caio C. L. Bastos e Haiser A. Ferreira 56
Etanol: a energia do futuro
Henrique O. Cintra e Regiane M. Kuba 57
Mudanças climáticas e seus impactos na
economia
Maike R. Jesus e Juliana Nadu 59
O dinheiro que dá em árvores
Tiago L. Fernandes e Larissa C. Gios 60
Novas tendências econômico -ambientais
Durval Salina Jr e Rodrigo A. Ventura 62
O impacto das mudanças climáticas na
economia
Bruno F. Gasparin e Felipe Matarucco 63
O preço de não agir agora
Caynnã C. Santos e Felipe Camargo 64
Um novo clima está mudando o turismo
Gabriela Firmino e Nathalia Almeida 66
A Terra esquentando e o turismo
esfriando
Ana C. Clemente e Larissa Fantazzini 67
Crescimento econômico renovando o
negócio e favorecendo a vida
Jorge Barbosa e Fernando Maneliche 69
S E Ç Ã O V
Mudanças climáticas e políticas locais,
nacionais e internacionais
Faça a sua parte!
Juliana C. Souza e Leonardo X. Silva 71
O viés político da natureza
Eduardo S. Melo e Daniel M. M. Costa 72
Degradação por processos antrópicos
Lia T. Troncarelli e Alexandre L. F. Santo 74
O protocolo de Kyoto e as políticas
ambientais
Luiz F. Almeida e Felipe N. L. Gonçalves 76
O comércio de carbono
Christian F. Lima e Cláudio V. Gomes Neto 77
Combustíveis renováveis: será a
solução?
Thiago T. Teruya e Mariana C. Tudela 78
A internacionalização da questão
ambiental
Ryane S. Leão e Letícia J. Godoy 80
Lixo limpo em Nova Iguaçu, RJ, BrasilX
Maria J. A. Torres e Samila Franco 81
S E Ç Ã O V I
Mudanças climáticas e saúde
Implicações dos impactos ambientais na
saúde coletiva
Natália Nicola e Priscila P. P. Nascimento 83
Estamos comendo o planeta!
Geórgia A. S. Araújo e Paola E. S. Gasparini 85
A Terra está doente
Juliana Ferreira e Natalie K. Garcia 87
Condições humanas de saúde no cenário
atual das alterações climáticas
Julio C. C. F. Santos e Marina M. M. Souza 89
A dengue e o aquecimento global
Pâmela C. Rodrigues e Simone M. B. Santos 90
Emergente estado de alerta
Marcelo Piovezan 91
Mudanças climáticas e seus impactos na
saúde
Priscila S. Antônio e Rosana M. Souza 93
As mudanças climáticas afetando a
saúde do homem
Paulo M. Neto e Gabriel L. G. Campos 94
Saúde em risco
André K. Oliveira e Leandro C. C. Silva 95
A globalização das doenças tropicais
Cássia O. Veiga e Édipo A. Gonçalves 96
Alterações climáticas: um reflexo na
saúde do planeta
André A. S. Marques e Viviane C. Capetine 97
Influência das mudanças climáticas na
proliferação de doenças
Cristina S. A. Castro e Fabrício R. Silva 99
Conseqüências do aquecimento global:
como isso afeta sua saúde
Maria C. A. Ferreira e Manuela P. Alves 100
A contribuição do aquecimento global
para a proliferação de doenças tropicais
infecciosas
Laís Markarian e Stefano T. Muto 101
Sua saúde: outra vítima do aquecimento
global
Bianca L. Rocha e Deborah M. Santos 102
Clima em transição, mosquito em ação!
Juliana F. Pereira a e Renée S. Okada 104
O desenvolvimento de doenças devido ao
aquecimento global
Natália C. C. Faria e Andrea M. Oda 105
De que maneira as mudanças climáticas
podem afetar a vida dos brasileiros?
César E. Martins e Rafhaela M. F. Priolli 107
A repercussão dos problemas ambientais
na saúde do planeta
Ana C. Maragno e Flávia M. Nastari 108
A ameaça do homem para o homem
Flávia P. Oliveira e Tamiles M. Miyamoto 110
As doenças e as epidemias resultantes
do aquecimento do planeta
Flávio F. Fernandes e Gabriel C. Melo 111

v
S E Ç Ã O V I I
Mudanças climáticas e o
desenvolvimento sustentável
Os desafios para a contenção do
desmatamento da floresta amazônica
Wedna L. P. Nascimento e Bianca M. C. Rocha 114
Desenvolver sem destruir: maneiras de
amenizar as mudanças climáticas
Mariana G. N. Lima e Luana A. Silva 116
Sustentabilidade corporativa
Lucas G. Z. Fernandes e Karen S. Lemos 117
O papel das ecovilas na mudança para
uma consciência ambiental
Fernando M. Meyera e Eduardo C. Santos 118
Aquecimento global em função do
desenvolvimento do conforto humano
Henrique D. H. Mina e Thiago C. B. Im 120
Mudanças climáticas e desenvolvimento
sustentável
Marco A. Barbosa e Kaori Adachi 122
China, uma esperança
Marcela R. Leite e Júlia C. Dávila 123
Desenvolvimento e meio ambiente
Maria C. M. Vieira e Rosana P. Silva 124
Um protocolo para a vida
Daniel L. P. Soares e Jeniffer P. Freitas 126
Medidas para um desenvolvimento
sustentável
Nina Sawada e Raquel J. Siqueira 127
Tijolo ecológico: futuro social e justo
Andressa Lima e Anderson P. Almeida 129
Será preciso frear o desenvolvimento
econômico para proteger o meio
ambiente?
Ana Paula Garbulho e Cristina B. Guimarães 130
Uma verdade inconsciente: o mau dos
recursos!
Denise Martins e Lissa F. Lansky 131
O planeta e a (in)sustentabilidade
Kátia S. S. Anjos e Regiane R. G. Lima 133
Eco-desenvolvimento no Brasil
Yasmin S. Baggi e Hugo C. S. Ledo 134
A integração do desenvolvimento do
meio ambiente com relação às múltiplas
questões sociais
Camila S. Kanashiro e Catarina N. Stetner 136
Biodiesel: a alternativa
Maíra S. Souza e Jessé F. Silva 137

C N 2 0 0 8
1
Apresentação
ACH 0011 Ciências da Natureza
disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os mil e vinte alunos que ingressam na
Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras cinco disciplinas gerais
e a Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos
passam nos dois primeiros semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande
desafio para os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de
temáticas relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas
específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de sessenta
alunos é planejada para misturar doze alunos de cinco cursos diferentes. Como contemplar interesses tão
diversos? Como, no caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos
ingressantes, explorando suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que
expõem friamente o conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta
apresentar teorias, nem enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção
humana. Em outras palavras, o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um
olhar humanístico, contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa
sociedade onde atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente
passa pela busca por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no
contexto das disciplinas gerais.
Ciências da Natureza: uma revista para os alunos ingressantes
ma das atividades propostas em 2008 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a produção
intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser
abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a urgência em
discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de
qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista Ciências da Natureza é proposta com a missão de
registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu volume desse ano, a
temática selecionada foi “Mudanças climáticas”.
O corpo editorial do volume 2008 da revista Ciências da Natureza é composto pelos cinco docentes que
ministraram a disciplina CN. Cada docente foi responsável por organizar o trabalho de suas turmas,
compilando os textos produzidos pelos alunos.
Os textos produzidos pelos alunos foram organizados em seções, de acordo com o enfoque da discussão
proposta pelos autores. Sete seções diferentes foram sugeridas para que a diversidade de interesses dos
alunos pudesse ser contemplada da melhor maneira possível.

CN
2008
A
U

C N 2 0 0 8
2
Seção 1. A ciência básica das mudanças climáticas
Seção 2. Mudanças climáticas e tecnologia
Seção 3. Mudanças climáticas e educação ambiental
Seção 4. Mudanças climáticas e seus impactos na economia e nos negócios
Seção 5. Mudanças climáticas e políticas locais, nacionais e internacionais
Seção 6. Mudanças climáticas e saúde
Seção 7. Mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável
Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina
s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da
disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares no
sistema duplo cego, recebendo dois pareceres independentes. Nesse processo, os alunos
“autores” passaram a desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer
circunstanciado sobre o texto produzido por outros alunos. Além de convidá-los a participar mais
diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos puderam vivenciar uma experiência comum
àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de maneira muito intensa um dos mecanismos
de funcionamento da ciência.
O Ano Internacional do Planeta Terra
O Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT) foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU)
em 2006, com o apoio de 191 países, para ser comemorado no triênio 2007 a 2009, com ênfase no ano de
2008. O AIPT tem por objetivos gerais demonstrar o grande potencial das Ciências da Terra na construção
de uma sociedade mais segura, sadia e sustentada, e encorajar essa mesma sociedade a aplicar esse potencial
mais eficientemente em seu próprio benefício. As ações do AIPT, conforme o programa originalmente
divulgado pela UNESCO, concentram-se em dois focos principais, Ciência e Divulgação, e as atividades
relacionadas devem, além de atingir os principais objetivos propostos, levar a sociedade à reflexão sobre
várias questões envolvendo riscos e recursos naturais, saúde em relação com o ambiente, além de vários
outros aspectos que relacionam as Ciências da Terra e a Sociedade. Na EACH, o programa “AIPT na
EACH” desenvolve e apóia várias atividades em 2008, inclusive a publicação desta revista.
O

C N 2 0 0 8
3
Editorial
As mudanças climáticas e a importância da disciplina CN
impacto da ação humana sobre os recursos naturais do planeta atingiu uma condição limite. Uma
missão que está reservada aos cidadãos do século XXI é encontrar uma nova maneira de se
relacionar com a natureza. O desenvolvimento sustentável é o conceito que sinaliza a
preocupação com as futuras gerações e, por esse motivo, o desenvolvimento econômico deve
considerar os possíveis desdobramentos ambientais.
É dever de todos refletir sobre os impactos da ciência e da tecnologia sobre a sociedade e o ambiente. A
revista Ciências da Natureza é o resultado dessa reflexão: os alunos das turmas 33, 34, 44 e 53 produziram
os 93 textos que compõem esse fascículo. O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a
partir do ponto de vista didático, apresentando como características principais a valorização da produção
intelectual dos alunos ingressantes, bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como
estratégia de avaliação durante uma disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das
informações apresentadas tornam-se menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados
ao ambiente acadêmico que, ao longo de 4 anos, dará conta de formá-los com conhecimentos específicos.
Certamente, os textos produzidos por esses alunos “autores” no final da sua trajetória na graduação serão
de qualidade superior aos aqui apresentados. De qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos
alunos e fica o convite para a utilização do presente material como subsídio para as disciplinas que o
acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro das concepções atuais dos alunos ingressantes de
2008 sobre o tema “Mudanças climáticas”.
Boa leitura,
Paulo R. M. Correia


O

C N 2 0 0 8
4
A fantástica fábrica de
poluição
Filipe Soares Romano
a
e Silvio Luiz Brandão Britts Filho
b
a
Aluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]
Palavras-Chave: efeito estufa, mudanças climáticas, impactos ambientais.
esde a formação da Revolução Industrial, a concentração de gases
do efeito estufa na atmosfera terrestre, vem aumentando através da
crescente atividade industrial, principalmente pelo uso dos
combustíveis fósseis. Esses combustíveis são fontes de energia não
renováveis e quando queimados liberam uma grande concentração de gases
específicos (como CO2) na atmosfera terrestre; o acumulo desses gases
impedem que a radiação da superfície seja liberada de volta para o espaço,
aprisionando o calor na Terra.
Os gases do efeito estufa, em pequena escala, são de grande necessidade para a
manutenção da vida terrestre, pois atuam como um ‘‘cobertor em volta da
Terra’’, mantendo o planeta aquecido. Porém, a intensificação do efeito estufa
acarreta em grandes impactos ambientais. Devido à queima de carvão
(principalmente de dióxido de carbono); a destruição de florestas e atividades
que resultem em emissão de metano; com essas atividades o “cobertor” está
engrossando. Alguns efeitos das mudanças climáticas são: Aumento da
Temperatura média do Planeta; derretimento das geleiras; elevação do nível
dos oceanos; mudança no regime de chuvas; intensificações das secas;
inundações e furacões; perca da biodiversidade, entre outros.
Um estudo apresentado em 1972 no Clube de Roma apontava os limites do
crescimento da população, devido ao fim das reservas mundiais de recursos
não-renováveis, o que comprometia a vida do planeta, gerando conflitos e
crises inter/intra-regionais, verificando-se a diferença entre os mais ricos e
mais pobres.
Atualmente, questões econômicas, sociais e ecológicas são vistas com o
objetivo de visar a sustentabilidade, essas discutidas quanto a sua estrutura
mundial. Outro aspecto a ser vistoriado é o compromisso com a biosfera, para
que as futuras gerações não sejam gravemente afetadas.
O desenvolvimento sustentável é um grande desafio, pois visa suprir as
necessidades da geração atual com práticas positivas quanto ao meio-ambiente.
A utilização de energias renováveis (como a solar) contribui para
descarbonização da matriz energética. Por outro lado, as indústrias resistem a
Seção I
A ciência básica das mudanças climáticas
D

C N 2 0 0 8
5
essas propostas, pois assim perderiam parte de seu mercado e teriam que
adotar mudanças radicais no núcleo dos seus negócios.
O Brasil, graças a suas matrizes energéticas, é considerado um país pouco
poluente. O representante sul-americano é um forte candidato a cumprir metas
de países industrializados (principalmente os europeus), com a criação do
Programa Pró-Alcóol que ajudou na redução de emissão de gases poluentes,
assim o Brasil deixou de consumir o dobro de gasolina, que somam 15% das
emissões em todo país. Essas diminuições devem gerar US$ 200 milhões por
ano, contando apenas com o esforço de uma negociação diplomática,
chegando a US$3 bilhões, esses recursos serão investidos em tecnologias
limpas e modernização da economia brasileira.
Faz-se necessário substituir um pensamento egoísta, dos empresários e
destruidores da natureza (como exemplo), que isola e separa; por um
pensamento humanitário que distingue e une os povos com o mesmo objetivo
(preservação para o próximo). Nessas condições, tanto a ciências humanas
quanto a ciências naturais poderão ser articuladas de modo a converter o
melhor para todos.
A ação humana e as
mudanças climáticas
Daniela Signorini Marcilio
a
e Denise Renata do Nascimento
b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, Protocolo de Kyoto.
planeta sofre as conseqüências da ação humana sobre a natureza.
As mudanças climáticas estão mais presentes e evoluindo depressa,
trazendo expectativas não muito positivas.
O que está acontecendo no clima pode ser explicado. O efeito
estufa é um fenômeno natural e necessário para reter o calor na superfície da
Terra, impedindo que este calor se espalhe para o Universo e, se não existisse,
a temperatura em nosso planeta seria -19 °C. O problema está no aumento dos
gases estufa, ou seja, de gás carbônico, que retêm cada vez mais calor
desencadeando o chamado Aquecimento Global.
Após a Revolução Industrial, houve um aumento do consumo de energias.
Primeiramente com o uso de carvão e mais recentemente, com a evolução
tecnológica, temos o uso dos combustíveis fósseis. Estes combustíveis
derivados do petróleo são liberados em altas quantidades tanto por indústrias,
quanto pelos automóveis. O grande aumento da quantidade de gás carbônico
na atmosfera a partir dessa revolução vem sendo estudado nos anos 90 pelo
IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, e os resultados
O

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indicam que o ser humano tem importante papel na elevação destes gases. Não
podemos esquecer que as queimadas liberam altas quantidades de gás
carbônico, sendo também responsáveis pela sua elevação.
Devido a essas ações, a temperatura da Terra vem aumentando continuamente
desde 1995 e as previsões futuras são catastróficas. Podemos citar a
desertificação de savanas, ondas de calor mais intensas, alta pluviosidade em
determinadas regiões, aumento de tempestades tropical, falta de água potável e
de alimentos, derretimento das calotas polares, interferência na fauna e na
flora, dentre outros problemas. A sociedade, a economia e a política são
afetadas, pessoas são forçadas a migrar para outras regiões, políticas de
sustentabilidade são implantadas e há um debate sobre a gravidade das
conseqüências dos efeitos do Aquecimento Global.
Para discutir essas questões, organizações vêm buscando implementar medidas
que controlem a liberação destes gases, inclusive nos países desenvolvidos.
Isso é um dos objetivos de Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 por
algumas nações com o intuito de reduzir 5,2 % das emissões até 2012.
Determinados países tiveram cotas diferenciadas por estarem em processo de
desenvolvimento econômico. O protocolo ainda vem desenvolvendo novos
mecanismos para uma redução global dos efeitos deste aquecimento, como o
MDL, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em que países em
desenvolvimento seriam financiados pelo desenvolvidos, no que se refere a
projetos de desenvolvimento sustentável.
Maneiras para amenizar esta situação vêm sendo apresentadas pelo senso
comum, e podemos citar o uso de energias renováveis, desenvolvimento
sustentável, desenvolvimento de produtos sustentáveis, desenvolvimento de
energias limpas através de novas tecnologias. De maneira geral, reduzir as
emissões de poluentes através dessas medidas são o objetivo central desses
estudos e discussões.
Esperamos que todos os estudos científicos sejam aproveitados e inseridos nas
políticas de todos os setores, no que se refere aos países industrializados e aos
que ainda estão se industrializando, para mudarmos as futuras previsões
negativas que se têm do planeta.
Futuro promete fim de
vidas no planeta Terra
Luciana da Costa Braga
a
e Francine dos Santos Aguiar
b
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: aumento de temperatura, efeito estufa, mudanças climáticas.

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eteorologistas vêm registrando nos últimos anos , um grande
aumento de temperatura em todo o planeta. Esse aquecimento
vem ocorrendo devido ao chamado “EFEITO ESTUFA”: - O Sol
emite seus raios à Terra em forma de luz. Cerca de 30% dessa
energia luminosa reflete de volta ao espaço por áreas de gelo e neve, que
funcionam como refletores naturais. Parte dessa radiação térmica vai para o
espaço, mais a maior parte fica retida na atmosfera (camada de proteção da
Terra), absorvida por dióxido de carbono (CO2), metano e outros gases. A
atmosfera, a terra e as águas dos oceanos, absorvem cerca de 70% dessa
radiação, ampliando bruscamente gases poluentes, principalmente o CO2,
provocando o aquecimento do planeta.
A temperatura do planeta deveria variar naturalmente devido a produção de
CO2 da respiração de plantas e animais, mantendo-se equilibrada, mas graças à
intervenção humana isso não ocorre.
O Relatório do IPCC (painel intergovernamental de mudanças climáticas)
afirmou que esse aumento de CO2 na atmosfera vem ocorrendo desde a
“Revolução Industrial”, com o uso de combustíveis fósseis, o desmatamento e
a decomposição de matéria orgânica em aterros, depósitos de lixo, e arrozais,
que passaram a liberar uma quantidade imensa de gases que aprisionam calor
na atmosfera.
O Efeito Estufa eleva a temperatura média da Terra, podendo causar a
diminuição das calotas polares, aumentando o nível das águas marítimas,
causando inundações e extinção do ecossistema, e de muitas espécies. As
conseqüências de uma mudança climática de tal proporção é catastrófica. A
natureza é um ecossistema em equilíbrio, porém a ação do Homem sobre o
meio ambiente já foi devastadora demais.
Se o atual ritmo de exploração dos recursos do planeta continuar, não haverá
no futuro fontes de água ou de energia, reservas de ar puro, nem terras para a
agricultura em quantidade suficiente para a preservação da vida. Em pouco
tempo, cerca de vinte ou trinta anos, o derretimento das geleiras provocará
grandes inundações e avalanches, seguidos de uma seca, em razão da redução
do fluxo dos rios, causando doenças endêmicas à população, dentre outras
catástrofes.
Essas constatações devem levar a humanidade a repensar seus conceitos de
crescimento e desenvolvimento econômico predatórios, tentando achar vias
para que se mantenha o progresso material em harmonia com a preservação
do meio ambiente.
M

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8
Não basta ler e sentir, é
preciso agir!
Bruna Mayara Cremona
a
e Caio Tadeu de Souza Pascoal
b
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, controvérsias, conscientização.
hegamos a um ponto na discussão sobre o aquecimento global no
qual nenhum cientista nega a evidência do aumento na temperatura
mundial. No entanto, muito se discute quando se trata da influência
humana nesse processo e das ações adequadas para combater as
mudanças que estão ocorrendo no clima.
Entende-se por aquecimento global o resultado da grande quantidade de gases
que “seguram” os raios solares na atmosfera ao impedir que estes retornem ao
espaço, intensificando o chamado efeito estufa. A concentração normal de tais
gases regula a temperatura terrestre, mantendo-a no nível ideal para os seres
vivos. Entretanto, em quantidade exagerada é excepcionalmente maléfica.
Sabe-se que anteriormente o planeta passou por períodos de aquecimento e
resfriamento alternadamente, e justamente por esse motivo alguns cientistas
defendem a idéia de que esta é apenas mais uma alteração climática que
independe da ação humana. Porém, existem evidências relevantes: o clima
nunca se apresentou tão instável e com temperaturas tão elevadas; o
aquecimento anterior foi também devido à alta concentração de gases de efeito
estufa na atmosfera, com a diferença de que foi provocado por gigantescas
erupções vulcânicas e não pela queima de combustíveis fósseis, como ocorre
atualmente com intensidade.
Além das grandes divergências relacionadas à intervenção humana, outro
assunto divide a opinião dos cientistas: qual atitude deve-se tomar para
solucionar esse quadro de aquecimento? Uma das propostas se refere à
utilização de fontes de energia menos poluentes para reduzir a emissão desses
gases (por exemplo, gás carbônico). Outra incentiva o desenvolvimento de
tecnologias que permitam a sobrevivência e convívio do homem diante de tais
alterações climáticas.
De qualquer forma, a situação climática atual não pode ser revertida, apenas
minimizada. E para que isso aconteça é fundamental a conscientização e
engajamento de todos nesse processo de luta pela qualidade da vida na Terra,
envolvendo desde atitudes mínimas e individuais até decisões em larga escala.
Às vezes decisões individuais parecem insignificantes diante do tamanho da
Terra e do número da população, porém se todos pensarem dessa forma ao
final o que se verá é uma sociedade negligenciando sua própria qualidade de
vida.
C

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A mudança de pequenas ações e hábitos do dia-a-dia, como evitar ao máximo
o uso do automóvel e não desperdiçar energia elétrica, é o primeiro passo para
preservar o meio ambiente e recuperar o equilíbrio ecológico do planeta. Não
se acomode a apenas ler as notícias ou perceber o calor intenso sem tomar
alguma decisão. Seja exemplo nessa luta!
As ações humanas e os
processos que originaram o
aquecimento global
Rafael Viu de Campos
a
e Daniel Reis Ebbinghaus
b
a
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
Palavras-Chave: radiação solar, efeito estufa, aquecimento global.
ntes de entrarmos no processo de explicação, é necessário
entendermos as relações existentes entre a atmosfera e o solo com a
radiação solar, que interligados são responsáveis pelos fenômenos de
absorção e reflexão. A absorção consiste em assimilar a radiação
solar e converte-la em calor. A reflexão tem como função refletir a radiação
solar fazendo com que ela retorne ao espaço. A radiação solar recebida pela
Terra é em formas de ondas curtas (luz ultra violeta, luz visível e
comprimentos de ondas infra-vermelha próximas), que é absorvida
(aproximadamente 70%) ou re-emitidas (aproximadamente 30%) pela
superfície terrestre em forma de ondas longas (infra-vermelha termal, calor).
Essa radiação re-emitida se transforma em calor que fica preso na atmosfera,
esquentando-a e caracterizando o fenômeno efeito-estufa.
O efeito-estufa é um efeito natural e responsável pela manutenção da
temperatura na Terra, mas nos últimos anos, vem sendo aumentado de forma
indireta significativamente, fazendo com que a temperatura média do planeta
também aumente. Ele consiste no reenvio dos raios infra-vermelhos refletidos
pela superfície terrestre, através dos gases estufa CO2, CH4, N2O, CFC’s e
HFC’s.
O aumento do efeito estufa deve-se principalmente à grande emissão desses
gases estufa na atmosfera. Esse aumento de emissão de gases é gerado, em sua
maioria, pela queima de combustíveis fosseis, intimamente relacionada com o
grau de industrialização dos países. Historicamente, esse aumento da emissão
esta correlacionada com a revolução industrial. Estudos indicam que antes da
revolução, a concentração desses gases na atmosfera se mantinha constante e
após o acontecimento, houve um aumento de 130% na concentração de CH4
(metano) e de 35% na de CO2 (dióxido de carbono).
A

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Como principal conseqüência do aumento do efeito estufa, temos o
aquecimento global, que, por sua vez, nos trás inúmeras conseqüências:
• Desrregulação e aumento da precipitação;
• Derretimento significativo das geleiras, por conseqüência, elevação no
nível dos oceanos;
• Expansão na distribuição de vetores de doenças tropicais devido ao
aumento da temperatura;
• Aumento da variação climática;
• Perda da biodiversidade.
Conseqüências gerais como as mencionadas acima podem nos colocar em uma
situação não agradável perante aos acontecimentos naturais desastrosos, que
de certo modo, afeta a vida como um todo e o bem estas da população
mundial, gerando grandes perdas sociais e econômicas. A mudança de
comportamento de cada um de nós, juntamente com a mudança de valores,
são essências para amenizarmos o aquecimento global.
Progresso da tecnologia e
suas conseqüências
João Paulo Kiciolar Campos
a
e Giovanni Fallico
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: tecnologia, mudanças climáticas, combustíveis.
esde o século XIX, com o início da Revolução Industrial, um
processo de transformações de determinados setores vem
ocorrendo, dentre eles destaca-se a tecnologia o qual a cada dia que
passa torna-se um dos fatores influentes em questão as mudanças
climáticas no nosso planeta.
A primeira Revolução Industrial baseou-se na mecanização do trabalho à
medida que as empresas buscavam maior lucro. Assim elas tiveram que
substituir o trabalho artesanal pelo maquinário, o qual consistia na utilização
do carvão como combustível para mover as máquinas à vapor.
Com o passar do tempo, houve a necessidade de um aumento ainda maior da
produção, então ocorreu o surgimento de novas tecnologias movidas a
máquinas energéticas. Foi ai que surgiu o grande uso do petróleo, que se
tornou a principal matriz energética mundial e conseqüentemente tornando-se
também uma das maiores fontes poluidoras.
Por parte do homem, ainda hoje está havendo um uso excessivo dessa energia
contida nos combustíveis derivados do petróleo, já que são fontes energéticas
D

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abundantes e baratas, assim acarretando graves mudanças no clima global. Um
exemplo dessas mudanças é a precipitação das estações climáticas, visto que
agora não vemos mais períodos de verão ou inverno, tudo se tornou mais
imprevisível.
Hoje começamos a nos preocupar mais com o mundo, pois percebemos que
se não moderarmos ao usar essas fontes só estaremos nos auto-prejudicando,
por isso os países começaram a se preocupar em investir em fontes alternativas
que diminuem a agressão ao meio ambiente, como por exemplo, o etanol (um
combustível renovável).
Mesmo com a validez dos combustíveis renováveis, a quantidade de energia
gerada por eles não seria suficiente para gerar a quantidade gerada pelo
petróleo, já que precisaríamos usar uma área de plantio maior do que a área das
plantações de todo o mundo, ou seja, seria uma alternativa a ser
complementada.
No estado em que nos encontramos, precisaríamos que a tecnologia voltasse
mais ao lado da preservação do que resta, ou seja, utilizarmos melhor as áreas
no qual já há plantio invés de prejudicar ainda mais o meio ambiente no qual
vivemos. Só assim seria possível amenizar essas mudanças climáticas que nos
afetam.

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O dilema da tecnologia:
mocinha ou bandida?
Bruna Luiza Gomes
a
e Mateus Henrique Araujo Castro
b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, tecnologia, responsabilidade.
“O mínimo que é cientificamente necessário para combater o aquecimento global excede de
muito o máximo que é politicamente viável”
Al Gore
ão é de hoje em dia que o papel desempenhado pela tecnologia
como um todo, na vida humana, é debatido e analisado por
estudiosos dos mais variados campos do conhecimento. Através de
diversos estudos ao longo dos anos, pudemos constatar que a
tecnologia, que hoje está tão presente no nosso dia a dia, é responsável pelo
agravamento do quadro do aquecimento global, que está diretamente ligado às
mudanças climáticas que estão se manifestando pelo mundo todo.
Se antes a tecnologia era sinônimo de progresso e desenvolvimento, hoje ela é
a “causadora” das dores de cabeça do planeta. Ao fundamentarmos os nossos
chamados “progressos” em fontes energéticas poluentes e não-renováveis
como o petróleo e o carvão mineral, desencadeamos a emissão desenfreada de
gases e materiais particulados. Nós nos acomodamos tanto a este padrão
tecnológico, que teremos um árduo trabalho para conseguirmos reverter os
danos que já começaram a apresentar sintomas alarmantes, a um bom tempo
atrás, através das mudanças climáticas.
Além de ser a “grande vilã” de tais alterações, a tecnologia, paradoxalmente,
pode se tornar uma das ferramentas fundamentais na reversão desse quadro,
através do desenvolvimento de fontes energéticas renováveis ou alternativas,
como por exemplo, a eólica, a solar, o biocombustível, o hidrogênio, entre
outras. Já nos foi mostrado que, quando utilizada de forma consciente e
sustentável, a tecnologia só trouxe benefícios, sem conseqüências negativas,
tanto para o ser humano, quanto para o meio ambiente.
Com o desenvolvimento tecnológico alcançado nos dias de hoje, cabe ao ser
humano a tarefa de encontrar uma maneira de utilizar essa mesma tecnologia
para solucionar o problema que ele próprio criou. É fundamental que
tenhamos a exata noção da complexidade dessa questão, que a sociedade se
conscientize da importância das decisões em relação aos seus governantes e de
Seção I I
Mudanças climáticas e tecnologia
N

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si própria, visando desenvolver a auto-educação em prol do espaço no qual ela
vive, afinal, uma vez destruído, não teremos outra oportunidade de reverter
este processo degenerativo do nosso único lar: o Planeta Terra.
O causador é a cura
Carolina Gancev
a
e Gabriela Lotto
b
a
Aluna do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: efeito estufa, economia, tecnologia e investimento.
s mudanças climáticas tiveram ênfase após a revolução industrial, em
que surgiram inúmeras fabricas e em conseqüência disso, houve o
aumento demográfico e econômico. Porem, somente no final do
século passado, o meio ambiente e sua degradação vem sendo alvo
de pesquisas e congressos no mundo inteiro. A preocupação com as
conseqüências do uso indevido das fontes de matérias-prima naturais é
considerável visto que, segundo dados das ultimas pesquisas sobre tais
mudanças climáticas, o homem é o maior contribuinte dessa causa que tem
como principal conseqüência o aumento do efeito estufa.
Efeito estufa é um processo natural pelo qual o planeta passa para que a
temperatura na Terra fique em torno dos 17ºC, tornando possível assim a
existência da vida. O uso inapropriado de método de extração das fontes
naturais da energia, como o carvão mineral e petróleo, por exemplo, emite
gases poluentes (em especial o gás carbônico) na atmosfera. Esses gases, em
conjunto com os já existentes devido ao efeito estufa, se acumulam formando
uma extensão não só em torno da atmosfera terrestre. Essa camada contribui
não só em manter a temperatura na Terra como também no seu aumento, o
que torna o ambiente no planeta mais quente causando o derretimento das
calotas polares, mudanças drásticas nas estações do ano intensificação nos
desastres naturais, além do aumento do nível do mar.
Para tanto, foram necessários anos e anos de emissão do gás carbônico na
atmosfera. E, a previsão dos cientistas é que, se não fizermos nada para
impedir ou reduzir essas emissões, a vida na Terra chega a extinção e o prazo
inversamente proporcional à quantidade de CO2 emitido ao longo dos
próximos anos. Entretanto, para que uma redução seja possível, temos
primeiro que investir em tecnologia, recursos do qual alguns países, em sua
maioria em desenvolvimento, ainda não possuem.
A tecnologia vem para ajudar em dois aspectos. Primeiro, na pesquisa e
aprimoramento de meios alternativos de energia, com a eólica, solar, biomassa,
todas renováveis e não poluentes. Segundo, na melhoria dos mecanismos
emissores de gases, como motores de carros e chaminés de fabricas e ainda, na
elaboração de sistemas mais eficientes para coleta e separação de lixo.
A

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Para tentar diminuir o aumento de emissões dos gases, em 1997, foi criado o
Protocolo de Kyoto, cujo objetivo final é a redução dos gases poluentes por
parte dos países membros com base nos níveis de tais emissões no ano de
1990. Com a possibilidade dos países não conseguirem alcançar tais metas,
criou-se a política de “créditos de carbono”, em que países que alcançaram
suas metas e ainda não as ultrapassaram, podem vender os excedentes à países
que ainda não atingiram tais metas.
Porém, os países em desenvolvimento, ainda não possuem tecnologia
suficiente para que isso ocorra e, em sua maioria, não há interesse por parte
dos governos em investir dinheiro nesse tipo de pesquisas. Uma das soluções
possíveis para esse problema seria importar tecnologia de países desenvolvidos
ou até mesmo a doação de tal tecnologia por parte deles. Porém, importá-la
requer investimento financeiro por parte dos menos desenvolvidos e doá-la
não fornece nenhum lucro financeiro aos mais desenvolvidos. Portanto, além
de todos os problemas ambientais já enfrentados, ainda temos o impasse que
impedem a resolução de tais problemas.
Como visto, ainda falta muito investimento por parte dos países desenvolvidos
e muito mais em desenvolvimentos. Além de investimentos em pesquisas, falta
planejamento para que haja uma melhora no quadro de aquecimento global e,
conscientização da população. “Precisamos mudar para uma economia mais
segura, acessível, que beneficie trazer a cooperação tecnológica para o coração
das discussões formais no mandato de Bali” – Hans Verlme. O planeta precisa
se preparar para o inevitável, causado pela própria humanidade.
Ainda há tempo
Drielle Taccola
a
e Eduardo da Cunha Palácios
b
a
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: novas tecnologias, conscientização, futuro.
tualmente é fácil ouvir o termo “aquecimento global” porém poucos
têm informações suficientes para entender exatamente quais são as
principais características dessa ocorrência que vem se intensificando
com o tempo, especialmente após a Revolução Industrial, marcando
o início de um processo de transformações em diversas áreas, principalmente
na tecnológica e ambiental. Infelizmente, além das melhoras, ela também
trouxe alguns problemas que vêm se tornando altamente prejudiciais e cruciais
para nosso futuro, as chamadas mudanças climáticas. Elas estão sendo
causadas pela intensificação do efeito estufa, um processo que ocorre quando
os raios solares são absorvidos pela atmosfera e permanecem nela aumentando
a temperatura média do planeta; tudo isso graças ao aumento percentual das
emissões de GEE’s (gases do efeito estufa), como o dióxido de carbono (CO2)
A

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e o metano. Esse aumento é uma das principais conseqüências negativas
iniciadas pela Revolução Industrial.
Estamos vivendo em um momento critico: precisamos agir em conjunto para
tentar amenizar a situação que nosso planeta se encontra, senão, as
conseqüências futuras serão drásticas. Em meio a essa situação encontramos
um dilema: apesar de termos tecnologia necessária para reverter esse cenário,
teremos tempo para fazê-lo.
É de unânime opinião entre os cientistas que o Brasil dispõe de potencial,
conhecimento e tecnologia para fazer uso de energias renováveis, mas a razão
dessas medidas não terem sido mais amplamente implementadas, segundo
Gilberto Januzzi (professor e pesquisador da Unicamp), é porque “trata-se de
uma conjuntura de desenvolvimento econômico que escolheu os combustíveis
fósseis como seu eixo principal”. O uso de derivados de petróleo em motores
está aumentando a contaminação do ar, gerando uma série de impactos
ambientais, tais como o aumento da temperatura média do planeta, elevação
do nível oceânico, perda da biodiversidade, entre outros.
Novas tecnologias têm uma importância vital para a redução do uso de
combustíveis fósseis. Uma forma de combater o aquecimento global é o
seqüestro de carbono já existente na atmosfera. Essa reabsorção é feita através
da fotossíntese de plantas e algas. O replantio de florestas é um dos modos de
aumentar esse processo. Outra maneira que a Ciência vem pesquisando é
intensificar a capacidade de reabsorção de gás carbônico das plantas.
“É possível atender a demanda energética global de maneira limpa e
sustentável até 2050 e evitar que o planeta sofra ainda mais com as mudanças
climáticas.” Essa é a conclusão do novo relatório da rede WWF, em Gland, na
Suíça; o documento indica que as tecnologias disponíveis são suficientes para
vencer o aquecimento do planeta, ainda há tempo. Os especialistas estão
revisando uma série de fontes de energias renováveis bastante conhecidas,
como solar e eólica, e criando outras alternativas, como o caso do álcool
derivado da cana-de-açúcar.
Agora o que nos resta é dar inicio a esse processo, fazendo o uso correto e
eficaz da tecnologia disponível, vencendo o desafio de minimizar o
aquecimento global colocando a preservação do meio ambiente como
prioridade em relação ao uso de combustíveis fósseis. Dessa forma, além de
uma melhora de vida, teremos a garantia de nosso futuro.

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Ciência: a solução ou o
motivo de existência do
aquecimento global?
André Gaspar Lorenzini
a
e Bruna Verônica Meira
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, tecnologia, ciência.
uando falamos de mudanças climáticas, a primeira coisa que nos
vem à cabeça é o termo “Aquecimento Global”. E apesar de esta
ser uma questão muito mais ampla, isso acontece porque este é o
problema mais grave que os cientistas estimam que venha a
acontecer nos próximos anos, em relação ao meio ambiente, e que afetará a
humanidade diretamente.
O site www.wikipedia.com.br define “aquecimento global” como:
“A locução aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média
dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que se tem verificado nas
décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o século
atual.”
A ciência ainda não sabe se esta mudança de temperatura se deve a causas
naturais ou a ações tomadas pelos homens. No entanto, diversos
meteorologistas e climatólogos dizem ter provado que o ser humano atua
diretamente neste problema.
Existe um órgão que possui a função de verificar soluções para essas
mudanças. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na
sigla em inglês) é composto por representantes de 130 governos para avaliar a
mudança climática. Foi criado em 1988. Seu início se deu ao fato de que as
ações humanas podem estar afetando ao meio ambiente e às mudanças
climáticas.
O IPCC possui modelos climáticos que estimam um aumento de temperatura
mundial calculado entre 1,1 e 6,4 ºC entre 1990 e 2100. Apesar de parecer
pouco, vários problemas surgiriam se isso realmente acontecesse.
O aquecimento global também se deve a algo muito discutido nos tempos
atuais: o efeito estufa. Este fenômeno ocorre pela existência de gases que
absorvem as radiações solares, retendo o calor na atmosfera terrestre. Sem isso
não existiria vida na Terra, mas até certo ponto. Atualmente, com o excesso de
gases sendo liberados pelo homem, através de fábricas, queima de certos
materiais, entre outros, a absorção dessa radiação aumentou o suficiente para
chamar a atenção dos cientistas e causar diversos problemas no futuro.
Q

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A influência da tecnologia nas mudanças climáticas também é muito discutida
hoje em dia. Cientistas afirmam que, a partir dos novos conhecimentos, haverá
a possibilidade de mudar o curso do aquecimento global. Outros consideram
tais pesquisadores como catastrofistas e que essas informações não prevêem o
futuro do planeta.
Com a evolução da ciência e de acordo com as necessidades do homem, a
tecnologia fez os bens de consumo se tornarem mais acessíveis, tornando a
população ainda mais capitalista. Além do uso abusivo da matéria-prima
proveniente da natureza e da poluição do ar e dos rios realizada pelas
indústrias. Assim, a emissão de gases estufa, como o CO2, que com as
queimadas não é absorvida pelas árvores, cresce contribuindo para o
aquecimento global.
Por outro lado, a tecnologia permitiu detectar e prever este aquecimento.
Mobilizou órgãos técnicos de governos e ambientalistas, o que tornou o tema
presente em diversos países. Graças às pesquisas realizadas, é possível investir
em energias alternativas, usando fontes renováveis, desenvolver estudos sobre
o combustível do futuro, o biodiesel, e o desafio de atenuar o armazenamento
do óxido nitroso (N2O) incorporado pelo solo.
É importante salientar que apesar dos malefícios que a tecnologia pode
oferecer, ela surgiu para melhorar as condições de vida do ser humano e seu
ambiente. Portanto, ao ser utilizada na ciência, será capaz de desenvolver
alternativas que permitam diminuir emissões de gases que atuam diretamente
na atmosfera.
Não há como fugir da realidade de que a vida do planeta está em risco. O
primeiro passo é reconhecer que a Terra se encontra em uma crise e que
devemos buscar diferentes caminhos para resolver este problema. Pesquisas
científicas e tecnológicas podem ajudar a achar soluções. Se foi possível prever
a catástrofe, também será possível encontrar um modo de resolvê-la.
Tecnologia: de causa à
solução do aquecimento
global
Bruno Martinez de Oliveira
a
e Victor dos Santos Resende
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: tecnologia limpa, aquecimento global, modernização.

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esde a Revolução Industrial, o mundo vem se modernizando e
crescendo em um ritmo cada vez mais intenso. No entanto, essa
modernização vem sendo feita em detrimento do meio ambiente.
O aumento das áreas destinadas à produção de alimentos, os vários
aterros sanitários e a queima de combustíveis fósseis, sendo que os dois
últimos estão diretamente ligados à modernização e ao consumo irresponsável,
são exemplos de grandes causadores do aquecimento global, um dos
problemas ambientais mais discutidos nos dias de hoje.
No entanto, algumas medidas estão sendo adotadas a fim de evitar o
aquecimento do planeta. O protocolo de Kyoto é um desses esforços, ele
propõe o estabelecimento de metas destinadas à diminuição da emissão dos
gases responsáveis pelo efeito estufa (gás carbônico e metano principalmente)
aos países que o adotou.
Uma forma de atingir esse objetivo que vem despertando o interesse, em
especial dos países ricos, é investir tecnologia limpa em países
subdesenvolvidos, uma vez que o custo é muito inferior a tentativas de
redução dos gases poluentes em seus próprios territórios.
Um exemplo prático desse tipo de tecnologia são os aterros sanitários que se
preocupam com os gases provenientes dos resíduos sólidos, seja
transformando-os em energia ou convertendo o metano em gás carbônico, que
possui um potencial de aquecimento global vinte e três vezes maior que o
primeiro.
Outro uso de tecnologia que minimiza aquecimento do planeta é o Pastoreio
Racional Voisin, que consiste basicamente na rotação racional das pastagens
destinadas à pecuária, trazendo vários benefícios ao meio ambiente: aumento
da produtividade, evitando possíveis desmatamentos de novas áreas;
diminuição da emissão de metano pelos animais; e seqüestro de carbono.
Dos problemas que agravam o aquecimento global, a queima de combustíveis
fósseis é um dos mais preocupantes. Mas até mesmo para ele podemos
encontrar uma solução através da tecnologia. A célula combustível de
hidrogênio é uma possível alternativa energética que, apesar de cara, tem a
capacidade de gerar energia em abundância sem os malefícios derivados da
queima de combustíveis fósseis.
Ao mesmo tempo em que existem tecnologias já em uso, há outras que seriam
muito eficientes porem estão apenas em projeto. Um exemplo são as árvores
artificiais. Trata-se de equipamentos programados para capturar a maior
quantidade possível de gás carbônico da atmosfera. O único problema é que
esse tipo de tecnologia tem um alto consumo de energia. Mas seria uma eficaz
alternativa, já que cada vez mais o homem se esquece da importância das
árvores naturais para o equilíbrio do planeta.
Tendo em vista tantos casos do uso da tecnologia a favor do meio ambiente,
podemos verificar que apesar de grande responsável pelo quadro atual do
aquecimento global é ela que trará possivelmente a solução para o problema. A
mobilização da comunidade científica em busca de novas possibilidades
tecnológicas poderá alterar o quadro atual que se mostra alarmante.
D

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Planeta Terra: ame-o ou
deixe-o
Allan Barrach Guerra
a
e Caroline Mami Komukaib
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
pós a Revolução Industrial, fato caracterizado principalmente pelo
grande avanço tecnológico, o mundo passou por várias mudanças.
Entre a criação de ferrovias e automóveis, surgiram novas fontes de
energia, como as hidrelétricas e a derivada do petróleo. Apareceram
também várias indústrias e multinacionais com produções automatizadas em
série. Em meio a isso, surge uma nova sociedade, a consumista.
A tecnologia facilitou e melhorou, sim, a vida de todos; porém, o consumo
desenfreado e intensivo dessas fontes, como carbono estocado durante
milhões de anos em forma de carvão mineral, petróleo, e gás natural, para
gerar energia para as indústrias e para os veículos, a rápida destruição e
queimadas de florestas, e o crescimento descontrolado da população vem
causando muitos impactos no meio ambiente e na natureza, impactos estes que
ainda não eram vistos com devida preocupação.
Os danos ao meio ambiente têm sido tão vastos que a vida terrestre fica
ameaçada. Somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em
0,8ºC. Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo
o planeta. Gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano e o vapor
d’água existem naturalmente em nossa atmosfera, sendo eles os principais
agentes que aprisionam parte do calor solar. Esse fenômeno é chamado de
Efeito Estufa.
O que tem causado o aumento desse efeito e, por conseguinte, o aquecimento
global, é a emissão excessiva de gases estufa, que se mantém na atmosfera e
aumenta a temperatura no planeta. A quantidade liberada desse gás tem sido
tão grande que nossas florestas e oceanos não estão sendo capazes de absorvê-
las.
Em resposta a isso tudo, várias regiões do planeta tem sentido as
conseqüências. O derretimento de grandes massas de gelo está aumentando o
nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras;
furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e destrutivos; temperaturas
mínimas ficam mais altas, enxurradas e secas mais fortes e regiões com
escassez de água, como o semi-árido, viram desertos.
Daqui em diante, ou reduzimos nossas emissões de gases poluentes, fato que
foi tratado no Protocolo de Kyoto, ou iremos sofrer com as mudanças
climáticas. Existem várias maneiras de reduzir essas emissões. Menos
desmatamento, uso de energias renováveis não-convencionais (que não vem de
combustíveis fósseis), reciclagem de materiais e eficiência enérgica. Apesar do
A

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20
desenvolvimento descontrolado, a tecnologia pode ajudar e muito.
Combustíveis fósseis e a hidroeletricidade podem ser substituídos por outros
tipos de energia, como solar, a eólica. Existem meios de diminuir a emissão de
gases por exemplo em Usinas Termoelétricas, com o reaproveitamento dos
gases liberados da queima dos combustíveis, aumentando a eficiência em até
50%.
Agora cabe a nós cobrar de nossos representantes que cumpram o dever deles
com o meio ambiente para um futuro melhor para nós e para a próxima
geração.
Tecnologia do bem e do
mal
Felipe de Sousa Neves Andrade
a
e Paula Vergaças de Sousa
Bandeira
b
a
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
Palavras-Chave: fonte de energia, explosão populacional, revolução tecnológica.
tecnologia em sua essência não pode ser definida como boa ou má,
tudo depende da utilização que daremos a ela e analisando a relação
entre ser humano e tecnologia poderemos concluir que ao logo não
temos usado nossas criações de maneira consciente. É comum
associar tecnologia com desenvolvimento econômico e humano desde a
Revolução Industrial, que foi um marco tratando-se de evolução tecnológica,
não nos preocupamos com impactos que emissão de gases, desmatamento
para desenvolvimento da pecuária, agricultura e implantação de parques
industriais e poluição de corpos de água podem nos causar.
A capacidade do homem de gerar e dominar tecnologias aumentou a produção
de alimentos e melhorou a medicina, diminuindo a mortalidade e aumentando
a expectativa de vida gerando uma explosão populacional, ou seja, a tecnologia
gerou condições favoráveis para a proliferação da espécie humana que se
sobressaltou intelectualmente em relação a outras espécies e obteve maior
domínio sobre os recursos disponíveis.
Tecnologia gera tecnologia e nos dias atuais o homem necessita cada vez mais
de energia para sustentar seu modo de vida o que leva ao esgotamento de
fontes energéticas, diminuição de biodiversidade, alterações nos processos
biológicos e geoquímicos e mudanças nas paisagens originais. Esses problemas
interligam-se e em conjunto causam mudanças climáticas.
Uma das mudanças climáticas em pauta é o aquecimento global que consiste
no aumento da temperatura média do planeta, a emissão de dióxido de
carbono e metano que são produtos da queima de combustíveis fósseis que é
A

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21
uma das principais fontes de obtenção de energia, contribuem para a
aceleração desse processo.
Para desacelerar o processo de aquecimento do planeta o homem vem
desenvolvendo e implantando tecnologias sustentáveis na produção de energia
entre as quais a solar, eólica, biocombustíveis e nuclear, apesar de
apresentarem problemas que devem ser analisados, aparecem como alternativa
na tentativa de diminuir a emissão de gases na atmosfera.
Do mesmo jeito que a tecnologia é uma das causas das mudanças climáticas
pode ser uma solução, trazendo a possibilidade de uma visão diferenciada em
relação ao meio ambiente e as conseqüências que uma exploração sem limite
pode trazer.
A contradição
Ana Cristina Mitiko Ayta de Castilho
a
e Fernanda Cordeiro
Bico
.b
a
Aluna do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, meio ambiente, tecnologia.
m ser vivo aprende a viver com os recursos naturais de seu habitat, o
ser humano os modifica.
Com a revolução industrial o homem passou a usar a máquina em
seu benefício, usando-a em indústrias por ter capacidade de não só
multiplicar a quantidade de produtos como a de diminuir mo tempo de sua
fabricação. Até mesmo para seu próprio conforto como a utilização de carros
como meio de transporte.
Máquinas para realizarem tarefas precisam de energia, esta obtida a partir da
queima de combustíveis fósseis que liberam gás carbônico. Este gás acumula-
se na atmosfera, retendo raios infravermelhos providos do Sol, que ao serem
refletidos, aumentam a temperatura do planeta. Tal acontecimento é chamado
de aquecimento global.
Cientistas relacionaram este aquecimento como causa para diversas mudanças
climáticas, entre elas: mudanças nas estações do ano, alteração nas correntes
marítimas, aumento na velocidade dos furacões, além do derretimento das
calotas polares que pouco a pouco elevam o nível dos oceanos.
Preocupados, estes cientistas buscaram formas para reverter esta situação.
Combustíveis fósseis, como o petróleo, além de causarem sérios danos
ambientais, demoram anos para serem formados e são fontes de energia não
renováveis. Portanto, recorreu-se à formas de energia alternativas, como o
etanol, que poderia substituir estes combustíveis, sendo renovável e não
prejudicial ao meio ambiente. Além disso, várias conferências foram realizadas
U

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entre países para a diminuição da emissão de gases poluentes ao meio
ambiente. Mas, até o atual momento nada do que se foi feito gerou grandes
resultados para a melhoria da situação.
A regra é: um ser vivo aprende a viver com os recursos naturais de seu habitat,
o ser humano os modifica. O homem é uma exceção à regra, pois com seu
desenvolvimento ele foi contra a ordem natural dos acontecimentos, ao usar
sua inteligência desenvolveu diversas formas de tecnologia que não só
contribuíram em situações cotidianas como acabaram por prejudicar seu
habitat natural, que até as atuais descobertas é o único ambiente em que este
ser pode sobreviver.
O ser humano não só prejudicou a si mesmo como suas atitudes influenciaram
em outras formas de vida no planeta. O aumento da temperatura gerou
conseqüências irreversíveis como a mudança da extinção natural, sendo que
muitas espécies de animais já foram extintas ou correm o perigo de extinção.
Um urso morre afogado no Pólo Norte porque você ajudou a poluir a
atmosfera aqui no Brasil.
Tecnologia e o futuro
Eduardo Gouveia de Oliveira
a
e Fernando Vicente Peres
..b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação.
E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: tecnologia, clima, ação antropológica.
á, com certeza, grandes relações de causa e efeito coletadas á
mudanças climáticas e tecnologias, tanto positivamente, quanto
negativamente.
Constantemente ouvimos que a maior causa do aumento da
temperatura é a ação antropológica em diversos aspectos poluidores, contudo,
se tratando de novas tecnologias, como deve haver tal processo inovador sem
grandes prejuízos ambientais?
Inúmeras áreas do estudo vêm apresentando inovações tecnológicas para
conter esse fato, que está se aproximando do seu limite, e também acordos e
protocolos vêm sendo assinados entre países para que haja a diminuição na
emissão de gases estufa na atmosfera, que são liberados por motores á
combustão, usados em fábricas e veículos, principalmente, e é a principal causa
desse problema.
Um exemplo de desenvolvimento mais eficaz, no que diz respeito à poluição, é
o que acontece no Brasil, em Nova Iguaçu. A central de tratamento de
resíduos dessa região implantará um sistema inovador que transforma o gás
metano produzidos por 3 mil toneladas diárias que o aterro recebe de lixo, em
energia elétrica. Com essa nova tecnologia o aterro recebe de lixo será capaz de
H

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gerar 10 megawatts, que são suficientes para abastecer uma cidade de 1 milhão
de habitantes.
Outro exemplo é à procura de variedades energéticas menos poluidoras para
movimentação de veículos. Hoje a frota de veículos passa dos 6 milhões
apenas na cidade e São Paulo, o que torna a importância dos estudos dobrada.
Há diversas pesquisas e protótipos de veículos movidos por energia solar,
porém as células fotovoltaicas, que absorvem e transformam a energia solar,
ainda são muito caras e existe ainda o problema e área de contato, que deve ser
muito grande, tornando veículos em enormes máquinas.
As opções mais viáveis para combustíveis alternativos limpos são o gás natural
e o etanol. O uso do gás já é uma realidade, sendo muito menos poluidor que
outros derivados do petróleo, contudo também é uma fonte não renovável. Já
o etanol é uma fonte renovável cíclica que não incrementa gás carbônico na
atmosfera, pois o plantio da cana absorve o que será liberado, formando assim,
um ciclo de utilização do mesmo carbono. O Brasil é grande contribuidor nas
pesquisas e desenvolvimento do etanol vindo da cana-de-açúcar.
Por fim, a ação aquecedora dos gases estufa é propiciada pela prisão de raios
infravermelhos. Os raios entram na atmosfera vindos do sol, são refletidos
pela Terra e tendem a voltar ao espaço, porém tais gases impedem a passagem
dos raios, aprisionando-os e causando o aumento da temperatura. Isso se dá
pela organização espacial de gases estufa que causam a reflexão dos raios. Tal
aumento de temperatura propicia efeitos já conhecidos como, a extinção de
espécies, aumento de vetores de doenças, aumento do nível dos oceanos e
derretimento de calotas polares.
A tecnologia, portanto, traz progresso, contudo é necessário que o progresso
não prejudique, ou seja, o máximo ameno ao meio ambiente e
conseqüentemente à gerações futuras.
Tecnologia e atitude, o
futuro do planeta
Elton Yukio Kitadani Odaguil
a
e Guilherme Torcioni
Nunes
..b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: energias renováveis, bicombustível, aquecimento global.
udo começou a partir da Revolução Industrial, novas tecnologias
foram implantadas para abastecer veículos, aquecer casas, produzir e
vender produtos, e gerar energia. Alguns países se desenvolveram
antes do que outros e, atualmente, essa diferença está no nível de T

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emissão de gases poluentes, entre eles o mais importante é o dióxido de
carbono (CO2).
Os gases poluentes, de forma abundante na Terra, prejudicam os seres
humanos e coloca em risco a vida das próximas gerações. A temperatura irá
aumentar a cada ano, reduzindo as coberturas de neve e geleiras, o que faz
com que a média global do nível do mar aumente em ritmo cada vez mais
acelerado. Os efeitos podem ser facilmente notados, o mar avançando sobre as
praias, as enchentes e ondas de calor, o aumento de ciclones tropicais no
Atlântico Norte, são alguns exemplos que estão acontecendo em nosso
cotidiano.
Uma das maiores preocupações com o aquecimento global é na questão do
aumento do nível do mar, segundo o Ministério do Meio Ambiente, até o fim
deste século, aproximadamente 42 milhões de pessoas que habitam o litoral do
Brasil podem ser afetadas com esse problema. Devido ao calor excessivo,
doenças como febre amarela, malária e dengue podem vir a aumentar, e a
Amazônia pode ter sua temperatura aumentada em até 8ºC e ficar com uma
vegetação semelhante ao do cerrado.
A tecnologia surgiu criando uma nova época ciente de que os resultados
poderiam ser desastrosos para o meio ambiente, ainda assim, continuou a se
desenvolver deliberadamente, sem os cuidados que agora são essenciais para
uma era de sustentabilidade.
Hoje, corremos atrás do que poderia ter sido evitado, cada indivíduo tem a
responsabilidade de reduzir a emissão de gases prejudiciais com mudanças no
estilo de vida.
O Brasil se destaca nesse meio com a produção de etanol e biodiesel. O
desafio da questão do etanol é que apenas um terço da cana-de-açúcar é
utilizada na produção de açúcar e do álcool combustível. Para mudar esse
cenário deseja-se utilizar também a celulose que é descartada na colheita,
aumentando assim a produtividade sem aumentar a área de plantio. Uma
recomendação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC) é a adoção do plantio direto nas lavouras que mantém o carbono
imobilizado no tecido vegetal, tendo assim um seqüestro de carbono.
Os sistemas de transporte público em muitos países são precários, portanto
muitos dependem de seus carros. Em São Paulo, estão sendo feitos programas
que beneficiam o usuário de metrô, ônibus e trem nos finais de semana
(bilhete lazer – BLA), porque nos sábados estão acontecendo
congestionamentos como acontecem durante os dias úteis.
A fonte de energia da maioria dos veículos é o petróleo, que polui mais do que
o álcool, obtido da cana-de-açúcar ou do milho. O Brasil tem vastas áreas para
o plantio de cana, agricultura moderna e competitiva e tradição na produção de
álcool. Por causa disso, os carros com bicombustível estão ganhando mais
mercado, o consumidor pode calcular qual o combustível mais econômico e
optando pelo álcool ele contribui para um menor agravamento do efeito
estufa.

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25
Muitos motoristas estão escolhendo, também, o kit GNV, gás natural veicular.
A maior vantagem dos GNVs é o fato deles reduzirem as emissões de gases
prejudiciais ao meio ambiente: 33% da emissão dos diversos óxidos de
nitrogênio e 50% dos hidrocarbonetos reativos quando comparados aos
veículos movidos a gasolina. Em média, os custos de abastecimento com o gás
natural são 1/3 menores do que os de gasolina. No Brasil, um carro com GNV
tem descontos no pagamento do IPVA do carro, Imposto sobre Propriedade
de Veículos Automotores.
A montadora Toyota desenvolveu o sistema HSD em 1997, que em inglês é
Hybrid Synergy Drive, o carro é constituído por dois motores, um a gasolina e
outro a eletricidade, possui uma bateria que é recarregada através do alternador
enquanto circula a gasolina. A Toyota afirma que conseguiu reduzir de 89% as
emissões libertadas, comparando ao veículo a gasolina. Atualmente, outras
montadoras já utilizam a mesma tecnologia e estão sendo desenvolvidos carros
movidos a gasolina auxiliado por hidrogênio, e carros híbridos que carregam
na tomada, além de pesquisas sobre outras fontes que são renováveis, que
podem gerar performance, economia e baixas emissões de CO2.
O Brasil e o mundo caminhando juntos podem reverter esse quadro que atinge
o planeta, devemos mudar nossa forma de agir e gastar os recursos da
natureza. Com estudos, novas tecnologias e uma nova forma de educação nós
podemos ajudar nosso planeta a se manter vivo. O primeiro passo parece já
está sendo tomado, a conscientização.
Mudanças climáticas e
doenças infecciosas
endêmicas
Sérgio Noronha da Silva Jr
a
e Paola Danielle Ferrete
..b
a
Aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: mudança climática, efeito estufa, dengue.
efeito estufa nada mais é que um efeito natural que através de gases
como CO2, CH4 e NO2 permitem que a superfície da terra
mantenha uma temperatura média sem grandes oscilações, porém
com a Revolução Industrial em meados do século XVIII, ocorreu
um grande impacto social devido à evolução tecnológica e o começo de uma
grande alteração negativa ao meio ambiente, juntamente com o crescimento
populacional e econômico.
O

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26
Com o passar dos anos as inovações tecnológicas evoluíram, principalmente na
criação de motorização e conseqüentemente ocorreu às crescentes emissões de
gases do efeito estufa que são subprodutos da queima de combustíveis fósseis
e da madeira, e assim uma boa parte do calor que seria refletido para o espaço
é enviado de volta para Terra ocasionando nas mudanças climáticas.
As Mudanças climáticas se dão pela alteração da temperatura proveniente
destes gases, entretanto o que era um efeito natural e benéfico se torna um
desastre ambiental e uma grande ameaça ao homem. Entre vários problemas
podemos citar o derretimento de geleiras, oscilações de temperatura,
degradação do solo, perda de biodiversidade entre outros que de forma direta
ou indireta, contribui para o aumento de doenças.
Em nível mundial, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde)
estudos realizados em 2005 estimaram que as mudanças no clima contribuem
para a morte de 150.000 pessoas naquele ano, enquanto 05 milhões ficaram
doentes. Já no território brasileiro, um dos fatores mais preocupantes são as
proliferações de vetores transmissores de doenças infecciosas, tais como
dengue, malária e leishmaniose que estão diretamente relacionadas com as
alterações dos ciclos naturais que favorece tanto o aumento como a
diminuição da temperatura, da umidade e do regime de chuvas provocando
inundações e secas constantes aliadas com desmatamento.
Em conseqüências temos os surtos destas doenças e se analisarmos pelas
situações – problemas o Brasil não teria recursos imediatos sobre os serviços
de saúde para atender uma grande demanda de pessoas infectadas, um
exemplo é o último surto de dengue ocorrido no Rio de Janeiro onde foram
registradas 41,9 mil pessoas infectadas e 54 mortes confirmadas pelas
autoridades de saúde, sendo sua maioria crianças e adolescentes. As filas de
espera eram de aproximadamente 6 horas o que contribui para o agravamento
da doença que por sua vez está matando em um ritmo cinco vezes maior.
(Segundo a Revista Carta na escola ed.26 de Maio 2008) e também vale
ressaltar que esta variedade de vírus estava ausente na região desde a década de
90.
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti e Aedes
Albopictus que habita as regiões de clima tropical nas proximidades de dentro
de áreas urbanizadas. Proliferam – se em águas relativamente limpa acumulada
em vasos, pneus velhos e até em plantas como as bromélias.
Por isso, o Brasil se encontra em uma situação de vulnerabilidade que precisa
ser modificada antes que maiores impactos decorrentes da alteração do clima
ocorram e piore ainda mais a situação, uma vez que já está comprovado
através de casos ocorridos, o agravamento de doenças infecciosas endêmicas e
a carência dos órgãos públicos.

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Brasil, o que é feito para
deter o desmatamento?
Cláudia Andréia Bállico Charro
a
e Edir Cabral Santana
.b
a
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: desmatamento, efeito estufa, Amazônia.
om o gás carbônico e outros gases lançados em grande quantidade, a
atmosfera ficou mais espessa, retendo calor e intensificando o efeito
estufa. O efeito estufa é a “ação que certos gases exercem sobre as
radiações do calor da Terra, interceptando-as e transmitindo-as de
volta à superfície” (VESENTINI; 2000). Este é um fenômeno natural que
ajuda a manter a temperatura e a vida no planeta. O problema se encontra no
fato da intensificação artificial desse fenômeno, desde a Revolução Industrial,
ter aumentado demasiadamente a temperatura.
De acordo com dados divulgados em 2004 pelo Carbon Dioxide Information
Analysis Center, o Brasil está na 16º posição no ranking mundial dos países
que mais emitem dióxido de carbono (CO2) na Atmosfera. Porém, este
número considera apenas a queima de combustíveis fósseis que representa
cerca de 25% das emissões do país. Se for contabilizada a devastação ambiental
(cerca de 70% das emissões) o Brasil configura-se como o quarto maior
emissor mundial.
A proposta brasileira durante o Protocolo de Quioto considera que a avaliação
das emissões anuais por cada país é importante para dimensionar e controlar as
emissões de CO2, assim como compreender a evolução futura. Mas, as
emissões anuais de gases não representam a responsabilidade real dos países, é
importante considerar a acumulação histórica e o aumento da temperatura
média da superfície terrestre daí resultante.
Dessa forma, com o Brasil já figurando-se entre os países que contribuem
significativamente para o aquecimento global, é preciso que medidas urgentes
sejam tomadas, especialmente através de políticas públicas. Segundo uma
projeção da EIA (Energy Information Administration – Us Dept of Energy)
de 2003 a 2030 o Brasil terá aumentado em cerca de 75% a emissão de CO2
na atmosfera. Assim, faz-se urgente, além da conscientização individual,
políticas severas que busquem preservar a possibilidade de vida das futuras
gerações.
Dado o cenário brasileiro, as políticas na área da preservação, uso sustentável e
recuperação das florestas são importantes e urgentes. Essas políticas objetivam
a regulamentação desde a concessão para a utilização dos recursos naturais até
incentivos econômicos para iniciativas que promovam a preservação e/ou
recuperação das florestas. Porém, devido à grande diversidade de agentes
provocadores do desmatamento e a vastidão das áreas florestais a serem
C

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fiscalizadas, para que seja garantido o cumprimento das determinações legais,
é necessário um monitoramento efetivos dessas regiões. Com esse intuito foi
criado o DETER (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que permite
um acompanhamento das áreas que estão sofrendo desmatamento, e
possibilita à sociedade e aos órgãos competentes avaliarem a aplicação de
planos de ação.
Segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) os dados
do acompanhamento do DETER demonstram que já há uma queda
significativa das áreas desmatadas na Amazônia Legal (cerca de 80% em Março
de 2008). Além disso, quando utilizado para promover a rápida fiscalização e
ação de combate ao desmatamento, a tecnologia representada pelo sistema
DETER constitui-se uma importante ferramenta.
Assim com ações que integrem a Polícia Federal, o IBAMA, a Força Nacional
de Segurança e a sociedade civil, a tecnologia pode orientar a fiscalização e
proporcionar ações rápidas. Portanto, junto com os aparatos tecnológicos, é
importante que a legislação estabeleça diretrizes energéticas par a ação desses
órgãos e que a sociedade fique atenta para denunciar e não colaborar com o
desmatamento, seja ativamente ou passivamente, como faz ao consumir
produtos provenientes de ações ilegais.
Referência
VESENTINI, J. William, Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil.
Editora Ática: 2000.
Uma reflexão sobre a
cultura da tecnologia e do
consumo
Flávia Gonzaga Gomes
a
e Luci Tiemi Miyano
.b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: biocombustíveis, dióxido de carbono, consumo.
o inicio de 2007, o IPCC publicou um relatório sobre as
conseqüências das mudanças climáticas no globo até o final do
século XXI. E pela previsão poderá ocorrer além do aumento da
temperatura; derretimento de geleiras, seca e desequilíbrio no
ecossistema, etc.
Embora alguns pesquisadores acreditem que a elevação da temperatura seja
resultado da própria dinâmica climática do planeta, é grande o número de
N

C N 2 0 0 8
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especialistas que reconhecem que as emissões de gases-estufa aceleram as
mudanças climáticas globais.
Desde a Revolução Industrial, a tecnologia tem sido usada para aumentar a
produtividade e melhorar a produção para atender a demanda do consumo. E
também desde essa época, começou a haver o aumento da concentração de
dióxido de carbono na atmosfera, que é o principal agente das mudanças
climáticas, e provém da queima de combustíveis fósseis que são a energia
utilizada peles máquinas e automóveis.
Como conseqüência temos acumulado na atmosfera, um alto nível de dióxido
de carbono, que já não é mais suficientemente absorvido e, portanto,
permanecerá na atmosfera por muitos anos, além de que seus efeitos serão
sentidos em áreas bastante abrangentes, devido ao transporte feito pelas
correntes de ar. Outro problema, é que o dióxido de carbono é absorvido pelas
árvores, mas está havendo um grande desmatamento, principalmente na
Floresta Amazônica, onde as árvores são geralmente cortadas para virarem
matéria-prima contrabandeada da indústria e a área é utilizada para virar
plantação, muitas vezes, de soja que é adaptável a diferentes solos e é um
produto em alta no mercado.
Mas felizmente, algo tem sido feito para amenizar a emissão de dióxido de
carbono. Com a preocupação ambiental que surgiu nos últimos anos, a
tecnologia vem sendo utilizada para desenvolver novas fontes de energias
“limpas”, como os biocombustíveis.
Produzidos a partir da cana - de- açúcar, do milho e de outros vegetais, o
biocombustível é a grande promessa para o futuro, já que boa parte do dióxido
de carbono é emitida pelos automóveis e a utilização destes só tende a
aumentar; pelo menos haverá um consumo mais ecológico e porque não, mais
promissor para países sem desenvolvimento como o Brasil, que pode se tornar
um dos grandes produtores de biocombustível, e também uma das nações que
mais incentivam outros países em pobres a produzirem o biocombustível
como forma de se inserirem no contexto econômico mundial. Vale lembrar
que os países em desenvolvimento, apesar de não serem os maiores emissores
de gases-estufa, serão os mais prejudicados pelas mudanças climáticas, tanto
pela falta de estrutura financeira para se proteger dos efeitos.
Outro fator importante é que as grandes nações industrializadas se
comprometam em cumprir o Protocolo de Kioto, diminuindo a emissão de
gases poluentes.
Mesmo que a produção não possa diminuir e que a cultura do consumo
excessivo já esteja estabelecida na maior parte das sociedades do mundo, a
consciência em preservar um cenário prospero à vida na Terra tem que se
tornar uma prioridade daqui pra frente, pois os efeitos das mudanças climáticas
no mundo são capazes de comprometer diretamente a saúde e a qualidade de
vida na Terra.

C N 2 0 0 8
30
Indústria x Meio ambiente
Cinthia Costa Ponce
a
e Milena Telles
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: consciência, homem, meio ambiente.
natureza com sua complexidade, garante sua existência por meio de
um ciclo reciclável. Nesse ciclo, ocorre a reciclagem de materiais
orgânicos, formando combustíveis fósseis no subsolo e
possibilitando a reabsorção de nutrientes pelo meio ambiente. Porém
o homem, com sua racionalidade, extrai esses combustíveis para seu proveito,
prejudicando a natureza, pois ela é incapaz de renovar rapidamente materiais já
decompostos por ela, o que gera grandes mudanças ambientais.
A sociedade atual prega como solução para as mudanças ambientais e
climáticas, conceitos como o “faça sua parte” e “tenha consciência ambiental”.
No entanto, esses conceitos de incentivo a conscientização individual são
insuficientes, pois os que mais agridem o meio ambiente com dejetos e
poluentes são as grandes indústrias capitalistas.
Por exemplo, a indústria a carvão da China pode ser considerada responsável
por mais de um quarto do “Smog” (nuvem de poluentes que fica em cima das
cidades) que ocorre na Califórnia. Porém, de acordo com o Protocolo de
Kyoto, a China por ser um país em desenvolvimento, não precisa reduzir
drasticamente seus índices de poluição.
A cada ação humana o meio ambiente apresenta uma reação, por isso, hoje as
sociedades enfrentam conseqüências desastrosas como furacões, inundações,
secas e terremotos.
De alguma forma, a própria sociedade capitalista incentiva as práticas
prejudiciais ao meio ambiente, por meio do consumismo e de excessos, como
sabemos, por exemplo, dos excessos de embalagens de empresas alimentícias
que utilizam, muitas vezes plástico, elemento esse que em aterro sanitários
sofrem um processo muito longo de decomposição. Outro fator prejudicial é a
própria consciência humana, voltada principalmente para interesses
individuais. A utilização da água é um exemplo dessa “política de interesses”
humana. O homem precisa da água para sua sobrevivência e, mesmo assim, a
utiliza de maneira inadequada com desperdícios e falta de cuidado com as suas
reservas.
Os fatos citados acima, não excluem a possibilidade de haver equilíbrio entre a
manutenção da natureza e a sobrevivência do homem. Pois a junção de
práticas individuais e a ação conjunta da sociedade contra os abusos das
Seção I I I
Mudanças climáticas e educação ambiental
A

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31
indústrias capitalista, resultariam nesse equilíbrio. Práticas pequenas tornam-se
maiores quando unidas no contexto coletivo.
Um exemplo de sucesso de práticas da sociedade a favor do meio ambiente,
que trabalha em coletivo pensando no benefício para todos, são as ONG’s não
governamentais e os protestos de pequenos grupos com intuito de preservar a
natureza. É o caso da organização Greenpeace que vem conquistando atenção
no meio publicitário, pelo mundo todo, para questões ambientais urgentes e do
desenvolvimento sustentável com protestos e manifestações, buscando a
sensibilização da opinião pública, confrontando e constrangendo aqueles
promovem agressões ao meio ambiente.
Poucas pessoas sabem o que podem realizar diante dessa problemática. Talvez
a expressão “Faça sua parte” não esteja de tudo equivocada, pois ela expressa
os deveres que cada pessoa deve realizar em suas casas, porém os maiores
causadores da poluição mundial, os que causam danos à natureza, deveriam ser
o principal alvo para que as mudanças ocorressem, e não apenas uma pequena
parte da população mundial, já conscientizada, que para alcançar seus objetivos
devem se juntar com pessoas que possuem as mesmas preocupações, visando
maiores resultados. O projeto de ONG’s, como o Greenpeace ajuda na
melhoria da educação ambiental das grandes empresas, devido a má
publicidade que pode prejudicá-los, porém ainda é pouco para tantas
mudanças que ainda devem ser realizadas.
O meio ambiente e
conscientização
Ana Maria Guedes Moreira Reis
a
e Daiane de Oliveira
Fontes
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: natureza, educação ambiental, degradação.
educação ambiental se constitui numa forma abrangente de
educação, buscando infiltrar nos cidadãos, uma consciência crítica
sobre os problemas ambientais.
O homem retira da natureza os elementos essenciais à sua
subsistência e ao mesmo tempo a modifica. E essas modificações muitas vezes
são prejudiciais ao meio ambiente, causando calor fora de época, alterações da
estação chuvosa, descarga de poluentes na água e no solo, sempre repletos de
resíduos humanos e industriais, que se acumulam rapidamente, pois a maioria
não são biodegradáveis. Todos esses fatores são muitas vezes responsáveis
pela mudança climática presente hoje na natureza.
A

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32
É relevante o quanto se fala sobre o meio ambiente e em contraposição é
inegável que nunca se degradou tanto, esquecendo que a Terra tem capacidade
limitada para sustentar a humanidade e esta capacidade esta diminuindo
irreversivelmente em inúmeras regiões.
A responsabilidade de viver o presente não esquecendo o futuro requer que
pessoas e empresas se unam para que todos tenham uma conscientização
ambiental.
As mudanças climáticas são um grito de socorro por parte da natureza para
que o homem se conscientize, como por exemplo a ação de empresas que
aderiram ao desenvolvimento sustentável como forma de manter a produção,
causando o menor impacto possível ao meio ambiente. Outra atitude viável é
substituir a tecnologia que degrada a natureza, por uma alternativa ecológica.
Os recursos naturais devem ser utilizados racionalmente por todos os seres
humanos e a biosfera ser compreendida e respeitada, pois o progresso e o bem
estar da humanidade não são incompatíveis com a adoção de medidas de
proteção ambiental.
Incutindo na consciência das pessoas, tanto no poder civil, estatal e
empresarial a importância de cuidar e preservar o meio ambiente, poderemos
contar com ele por muitas gerações, pois a natureza não pode continuar sendo
considerada uma fonte inesgotável de bens.
Vai de carro ou vai de
trem? Chuva ácida como
conseqüência da poluição
nossa de cada dia
Gabriela Macedo Hugues
a
e Leonor Ramos Pinheiro
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: poluição, chuva ácida, ecossistema.
uito se discute hoje em dia sobre as mudanças climáticas e suas
conseqüências para a vida da população e do planeta Terra. Muito
também tem sido feito (ou pelo menos tentado) para que a Terra
não entre em colapso com as mudanças climáticas geradas por esta
intrincada relação entre economia, desenvolvimento, industrialização,
tecnologia e meio ambiente. É utópico pensar que toda uma população de
mães vai voltar a usar fraldas de algodão em seus bebês pra salvar o planeta
Terra! Assim como também é utópico pensar que um aluno da EACH que tem
carro e vive na Zona Sul de SP vai deixar seu carro na garagem, pegar ônibus e
M

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trem lotados pra chegar a seu destino porque a emissão de poluentes de seu
carro gera chuva ácida que tem efeitos em vários ecossistemas. Apesar de ser
uma questão a ser pensada e ajudada por todos, do cidadão comum ao Estado,
passando pelas indústrias, acreditamos que seja algo que deva realmente
começar de cima para baixo. Governos unidos pela questão ambiental,
descrevendo normas e colocando regras de produção em seus países de forma
unificada. Unificada porque se um país deixa que a produção industrial corra
solta, as indústrias simplesmente se mudarão para este país onde as leis são
mais brandas, mas isto é assunto para outro dia...
Surgiu então o Tratado de Quioto, que tem como objetivo redução e controle
de gases que causam o efeito estufa em aproximadamente 5% abaixo dos
níveis registrados em 1990. De acordo com o Ministério de Ciência e
Tecnologia, a Carta de Ratificação do Protocolo de Quioto foi assinada por
141 países, à exceção de EUA, que é 2ª maior nação emissora de gases
poluentes, tendo sido ultrapassada pela China recentemente. Em dezembro de
2007, o último país a ratificá-lo foi a Austrália, responsável por apenas 2% das
emissões de gases no mundo, mas é um importante exportador de carvão, uma
das fontes de energia que mais contribuem para o aquecimento global.
Uma conseqüência da poluição industrial e automotora que atinge de modo
silencioso vários ecossistemas e a vida da população é a chuva ácida. Ela não é
um fenômeno recente, ninguém se dá conta no dia-a-dia, ninguém a vê, a água
não fica mais ácida em termos gustatórios, nem perigosa para banho, mas ela
pode aumentar a incidência de doenças respiratórias na população, influenciar
na diminuição da colheita de alimentos, corroer monumentos históricos,
contaminar águas que abastecem as cidades e a inviabilizar como água potável,
além de também afetar o gado cuja carne pode se tornar inviável para o
consumo.
O termo "chuva" ácida significa precipitação de componentes ácidos
encontrados em chuvas, neves, neblinas ou partículas secas. O termo mais
preciso seria precipitação ácida, já que a chuva "limpa" tem um pH levemente
ácido de porque o H2O + CO2 reagem formando ácido carbônico, que é um
ácido fraco e útil ao ecossistema, pois participa do processo químico de
formação dos solos argilosos. A maior acidez na chuva vem da reação de
óxidos de enxofre e óxidos de nitrogênio com a água no ar formando ácidos
fortes (ácido sulfúrico - H2SO4 - e ácido nítrico - HNO3). Os seus efeitos
podem ser notados na pesca, na cadeia alimentar, na vegetação e na saúde dos
seres humanos e de animais. Na pesca, as gotas contendo os contaminantes
são tóxicas para os peixes, principalmente os pequenos e jovens. A
permanência desta acidez por um longo período os leva à esterilidade. Na
cadeia alimentar, ela pode causar sérios problemas a diversos animais e plantas.
Por exemplo, ela pode fazer com que o fitoplâncton nos lagos morra. Os
insetos que se alimentam dele começam a morrer por pouca oferta de comida.
Estes insetos são alimento para outros animais como peixes, pássaros, sapos.
Com a morte dos insetos, há menos oferta de alimento a estes animais. Este
processo vai subindo e atinge todos os níveis tróficos. Apesar não afetar certas
espécies de plantas ou animais diretamente, a chuva ácida pode afetar toda a
cadeia, limitando o número de organismos que podem existir no ecossistema,

C N 2 0 0 8
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gerando impacto ambiental. Na vegetação, embora as folhas das plantas sejam
capazes de assimilar sulfatos, nitratos e outras espécies solúveis em água, a
concentração de íons de hidrogênio livres na precipitação ácida é o que pode
causar os efeitos diretos e prejudiciais na vegetação. E na saúde, seu prejuízo
não é direto. Como já citamos, nadar num lago “ácido” não causará danos à
saúde, mas os poluentes que causam esta acidez sim, danificam a saúde
humana. Estes gases interagem na atmosfera e formam partículas finas de
sulfato e nitrato que podem se transportar por longas distâncias pelos ventos e
serem inaladas nos pulmões dos seres humanos, causando asma e bronquite,
além de aumento de alergia, resfriados, tosses. Além disto, os metais tóxicos
como alumínio e mercúrio podem ser lançados no meio-ambiente pela
acidificação das terras e atingir as águas potáveis, colheitas e peixes que serão
ingeridos pelo ser humano. Em grandes quantidades, podem ter efeitos tóxicos
à saúde humana e dos animais em geral. Estudos indicam que há uma forte
correlação entre a quantidade de alumínio no corpo e o mal de Alzheimer.
É indubitavelmente uma tarefa árdua, uma tarefa de todos. Negar os
benefícios da industrialização, da modernidade e da tecnologia é impensável. A
grande maioria da população não vai abrir mão dos benefícios tecnológicos,
nem se sacrificar no dia-a-dia, seja usando transporte público ou utilizando
fraldas de algodão. Mas a idéia de continuarmos a nos desenvolver como País,
como Nação e como Planeta é atraente a toda a população. Com investimento
correto, com o uso da tecnologia a favor do desenvolvimento sustentado
poderemos chegar ao dia em que pegar um ônibus e um trem não será um
sacrifício, apenas uma opção.
Uma verdade inconsistente
Miriam Tiemi Costa Takitow
a
e Thiago Felipe Nóbrega
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: impacto ambiental, vestuário, conscientização.
homem em suas atividades diárias produz diversas conseqüências.
Na maioria das vezes sem perceber toma práticas que danificam o
meio ambiente, e em muitas delas não sabe como proceder diante
de determinadas situações. Por isso a educação ambiental se faz
necessária para conscientizar.
Antes não havia uma preocupação, o termo “impacto ambiental” não fazia
parte do vocabulário trivial, como ocorre hoje em dia. O ser humano e as
indústrias desfrutavam da capacidade de exploração dos recursos, visando
apenas lucro. A noção de poluição e de suas conseqüências surgiu quando
observaram que, de uma época a outra, houve um grande contraste em relação
ao clima, as águas e ao ar. O aquecimento global e as mudanças climáticas vêm
aparecendo como evidências relevantes de que nossas ações passadas trazem
O

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um reflexo no futuro. Aliás, percebeu-se que esses fenômenos podem
prejudicar a vida, por meio da intensificação de doenças, conflitos territoriais
pela fome, água, energia, e também da destruição da biodiversidade.
Essa percepção ainda não foi concretizada, ou seja, apesar dos fenômenos
decorrentes das mudanças climáticas, ela desperta preocupação momentânea,
que impede o indivíduo de pensar conscientemente. Para estimular esta idéia,
surgiram as organizações de educação ambiental. Esta visa um olhar mais
atencioso nas ações cotidianas, desde a alimentação até a geração de energia,
com o objetivo de preservar o meio ambiente.
O vestir é uma ação indispensável e se desenvolveu proporcionalmente a
evolução humana. Assim a elaboração do vestuário passou a exigir mais
tecnologia, e conseqüentemente uma maior utilização de insumos prejudiciais
ao meio ambiente.
Para se produzir certa quantidade de tecido são necessárias diversas etapas e
beneficiamentos, os quais geram imenso impacto ambiental. Este assunto
incentivou pesquisas de novos métodos de produção, diminuindo o uso de
materiais tóxicos, como no caso da Viscose, que é originada da celulose, e
largamente utilizada no vestuário contemporâneo, mas que recentemente foi
aperfeiçoada para um processo que polui menos e produz um tecido com
melhores características chamado Liocel. A descoberta de novas fibras e de
novas maneiras de tratá-las trouxe benefício ecológico, porém com alto custo
devido ao preço elevado dos meios de produção “limpos”. Estimulou-se
também novas formas de confeccionar as peças do vestuário utilizando-se um
mínimo de área de tecido necessária, desta forma evitando o desperdício.Uma
grande técnica atual consiste na otimização na utilização do tecido, chamada
A-POC (A Piece of Cloth), desenvolvido pelo designer têxtil japonês Issey
Miyake, na qual uma máquina industrial é alimentada com tecido e produz um
tubo que contém o molde e a forma do produto final, podendo este ser
qualquer peça.
Antigamente, peças de roupa permaneciam em uso por muito tempo,
chegando até a participar de inventários de herança, passando assim de geração
em geração, principalmente devido ao alto custo de se produzir uma peça.
Hoje se substituem peças ainda novas por outras cujo estilo se adeque mais a
moda vigente.
Outra inovação é a produção de peças a partir da reutilização de tecidos, antes
descartados. Como se tem observado a tendência por parte de algumas marcas
ao reutilizar tecidos de temporadas anteriores, quebrando o conceito de
“coleção passada”.
A partir dessas mudanças, nota-se uma diferenciação do modo de encarar o
contexto no qual estamos inseridos. O que somente foi possível através de
uma percepção sensível às alterações necessárias, capazes de transformar essa
verdade inconsciente num pensamento construtivo, criando novas dimensões
nos campos de pesquisa que trazem benefícios na qualidade de vida da
humanidade e do planeta.

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Turismo, vilão ou vítima?
Letícia de Oliveira Aio
a
e Giuliano Fanhani Pieve
b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
Palavras-Chave: turismo, impactos ambientais, meio ambiente.
turismo pode ser considerado um dos fatores agravantes das
mudanças ambientais que ocorrem no mundo, uma vez que
envolve transporte de passageiros, pode causar muita poluição por
exemplo. É por esse motivo que vários pesquisadores estudam
meios de reduzir os impactos ambientais e construir uma política de educação
ambiental no turismo.
Destacamos as vertentes do meio ambiente que sofrem impactos do turismo.
Meio ambiente, segundo Swarbrooke (2000) pode ser dividido em cinco partes
distintas:
• Meio ambiente natural: hoje existem poucas áreas naturais, quase todas
foram de algum modo, modificadas pela ação do homem.
• Meio ambiente construído: agrega construções, estruturas e povoados.
• Meio ambiente rural: pode cobrir uma grande variedade de sistemas
agrícolas.
• Vida selvagem: onde a vida é o maior atrativo.
• Recursos naturais: água, solo, fontes, etc. São os principais atrativos de
uma região.
O turismo pode ser uma atividade muito predatória quando mal realizado, por
isso, os estudos de educação ambiental no turismo tornam-se tão importantes.
Os autores que escrevem sobre essa temática recorrem ao uso da lei
promulgada em abril de 1999. Esta lei instituiu a Política Nacional de
Educação Ambiental (Lei nº 9.765), definindo educação ambiental como “os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimento, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente.” O ar, o solo e a vegetação, os recursos
hídricos e as paisagens são exemplos de recursos afetados pelo turismo.
É importante ressaltar que as mudanças climáticas também afetam diretamente
o turismo. Segundo Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente, “o setor turístico deve enfrentar o desafio da
mudança climática, ao mesmo tempo em que contribui para as emissões de
gases que provocam o efeito estufa”. Dados da ONU afirmam que cerca de
4% a 6% do total das emissões de gás carbônico vêm do turismo, porém as
estimativas afirmam que o crescimento contínuo do setor pode elevar em
150% essa emissão nos próximos 30 anos (IBPS, 1/10/2007).
O

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A partir dessas exposições, percebe-se a necessidade de uma política de
educação ambiental no turismo. Reinaldo Dias coloca algumas alternativas e
sugestões para que a educação ambiental possa deixar de ser teoria e passar a
ser praticada. Explica que as escolas possuem um papel altamente importante,
através de visitas monitoradas à áreas protegidas, podem formar uma
consciência sobre a necessidade de preservar o meio ambiente. Além disso,
ressalta que a consciência ambiental é a base para a conservação da
biodiversidade, conseqüentemente, fundamental para a inclusão da população
em programas educativos. Aponta também, que o ecoturismo é uma forma de
educação ambiental, pois coloca as pessoas em contato direto com
experiências que geram aprendizados sobre o meio ambiente. Para isso,
devemos contar com profissionais não só da área do turismo, mas também
formados em áreas do meio ambiente, como ciências da natureza e gestão
ambiental.
A discussão já foi iniciada. Todos nós fazemos parte de um grupo de turistas,
seja internamente ou externamente. Cabe a nós avaliarmos se vale a pena
destruirmos o meio ambiente apenas para um dia de lazer. Temos que
preservar nosso planeta, pois é a única casa que conhecemos e certamente o
único planeta que habitaremos.
Referencias bibliográficas:
SWARBROOKE, J. “Turismo sustentável: conceitos e impacto ambiental,
Vol. 1”. São Paulo: Aleph, 2000.
DIAS, R. “Turismo e Meio Ambiente”. São Paulo: Atlas, 2003.
FERRETTI, E. R. “Turismo e Meio ambiente – Uma abordagem integrada”.
São Paulo: Rocca, 2002.
IBPS “Turismo sofre com as mudanças climáticas, alerta ONU.”. Disponível
via URL: http://www.ibps.com.br/index.asp?idnoticia=4004 (acesso em maio
de 2008)
Como a universidade ajuda
as escolas fundamentais
na educação ambiental?
Alice Aparecida Labarca Puelles
a
e Fabiana Hiromi
Miyada
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: educação ambiental, comunidade, universidade.

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“Educação Ambiental é um processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de
realidades e que garante um compromisso com o futuro. Uma ação entre missionária e
utópica destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais
alcançados. Trata-se de um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual como
objetivo".
Aziz Ab'Saber
construção humana é chamada de educação. Ela pode ocorrer
através de processos informais e/ou processos formais que se
constroem nas escolas. A produção de conhecimento tem que ter um
compromisso social de intervenção da realidade para transformação.
O objetivo é mostrar uma construção do pensamento científico desde a fase
inicial da escola, traduzindo o conhecimento em ações no dia-a-dia das
crianças e suas famílias.
Com a construção do pensamento científico, vem a interdisciplinaridade,
misturando diferentes áreas do conhecimento e trazendo novas alternativas.
Com base nela, as crianças se envolvem mais com os assuntos relacionados ao
meio ambiente, saindo da sala de aula, incentivadas a discutirem os problemas
de sua cidade e do mundo através da Educação Ambiental.
De acordo com a Lei No. 9795, de 27 de abril de 1999, nos dois primeiros
artigos explicam o que se entende por Educação Ambiental e que seus
processos, individuais ou coletivos, constroem valores e conhecimentos para
uma vida mais sadia e de uso comum ao povo. Mencionam também a
importância dela na educação nacional, "devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter
formal e não-formal".
A Educação Ambiental é importante para a conscientização de cada sujeito e
como devemos preservar o ambiente no meio cotidiano, tendo uma maior
participação da comunidade em como melhorar o nosso sistema, ampliando o
projeto pedagógico, fazendo com que saia da escola e atinja a vizinhança ao
seu redor.
Em 2007, na Universidade do Planalto Catarinense, foi discutida em uma
conferência sobre o meio ambiente a importância de capacitar e sensibilizar os
professores para que envolvam os líderes comunitários, empresas, ONGs e o
município sobre o tema educação ambiente e mudanças climáticas.
Ressaltaram também para conscientizar a população, que suas atitudes
individuais ou coletivas podem contribuir para o combate ao aquecimento
global, redução das emissões de dióxido de carbono e a importância do uso de
energias renováveis e do consumo consciente (reduzir, reutilizar e reciclar).
Não temos apenas que explicar tudo isso às crianças, mas esclarecer a
sociedade inteira.
A Universidade de São Paulo é uma das principais auxiliadoras em projetos
pedagógicos, cedendo alunos, professores e funcionários, além dos espaços
físicos dos campi, para explicar como funcionam as mudanças climáticas,
preservação do meio ambiente, reciclagem e como tudo isso afeta em nossas
vidas e o que podemos fazer a respeito.
A

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39
Em parceria com a Ufscar (com ajuda da Fapesp e Cnpq), o Centro de
Divulgação Científica e Cultural da USP lançou o projeto Biologia e Educação
Ambiental, onde organizam cursos relacionados à Educação Ambiental,
fornecendo materiais a professores e alunos, orientando para pesquisas e
trabalhos escolares, realizando visitas a bacias hidrográficas, assim, os alunos
terão uma compreensão maior da qualidade ambiental nos rios e matas. Em
seu site, você pode ver projetos ambientais já desenvolvidos, pode visualizar
materiais disponíveis e conhecer o Museu da Ecologia, que trata da relação
entre os animais, vegetais e o meio ambiente.
A Educação Ambiental não é apenas importante para as escolas, mas para a
toda comunidade, podendo esses serviços das universidades serem ampliados
para a população, esclarecendo sobre as mudanças climáticas e o meio
ambiente e que atitudes devemos tomar agora para evitar um mal maior.
Educação ambiental: uma
ação que poderá solucionar
os problemas ambientais
da modernidade
Nathália de Almeida Alves
a
e Stella Aline Costa
b
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: educação ambiental, meio ambiente, realidade concreta.
ivemos numa sociedade onde existem muitos problemas, nos quais
alguns acabam passando despercebidos, mas isso não significa que
sejam menos importantes, como no caso das mudanças climáticas. A
cada no que passa esse problema vem se agravando mais e se
intensificou com a busca do progresso na corrida pelo desenvolvimento
econômico. Essa busca trouxe grandes conseqüências para o homem, gerando
vários impactos ambientais.
Com a Revolução Industrial o número de fábricas intensificou-se, contudo não
era igual aos de hoje, e o mesmo pode-se dizer a respeito da emissão de gases
fósseis (CO2- gás carbônico, CH4- gás metano, N2O- óxido nitroso, O3-
ozônio e CFCs-clorofluorcabonos), e do desmatamento, que contribuem para
a degradação da natureza. Com a diminuição de florestas a capacidade do
planeta de absorver os gases nocivos ao meio ambiente, também diminui.
V

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40
Parte da humanidade reconhece esse problema e vem tentando modificar o
cenário, através de medidas como: o “Protocolo de Kyoto, onde estabelece
que os países desenvolvidos, devem reduzir suas emissões de gases do efeito
estufa, principalmente o CO2 (76% do total de gases relacionados ao
aquecimento global), entre 2008 e 2012, para no mínimo 5% abaixo dos níveis
de emissão de 1990. Os países em desenvolvimento, como o Brasil,
comprometem-se a adotar medidas para que o crescimento dessas emissões
seja contido, contando para isso com recursos financeiros e tecnologia os
países desenvolvidos” (Revista Guia do Estudante/ Atualidades do Vestibular
2008, p. 50/ Editora Abril, 6ª edição).
Outra medida interessante para tentar diminuir o aquecimento global e suas
conseqüências é a Educação Ambiental.
“... se a educação é a mediadora na atividade humana, articulando teoria e a
prática, a educação ambiental é mediadora da apropriação pelos sujeitos, das
qualidades e capacidades necessárias à ação transformadora diante do ambiente
em que vivem.” (Tozoni- Reis, Marília Freitas de Campos, p.147).
Algo importante a ser salientado é a diferença entre educação ambiental e
adestramento ambiental. A educação é algo mais amplo, onde o objetivo está
em se conscientizar os educandos, para que estes se tornem cidadãos mais
críticos, e não somente algo mecânico, com restrições obedecidas como regras
que é o caso do adestramento ambiental.
Esta educação deve ser realizada de uma forma Construtiva, também baseada
nos métodos segundo Paulo Freire (referência na área de educação), onde se
deve usar de tem, as ambientais locais, partir do concreto, já que segundo o
próprio Paulo Freire: “Educar é um ato de conhecimento da realidade
concreta, ...”, para que essas pessoas se apropriem do conhecimento.
É preciso aprender a fazer uma leitura crítica do mundo, fazer com que a
relação Homem x Natureza possa ser realizada de uma forma mais harmoniosa
e equilibrada. Já que é preciso da natureza, do meio para sobreviver, aprender a
conviver com ele e se conscientizar dos atos, se torna algo vital e
imprescindível para a manutenção do meio ambiente, pois sua dinâmica
natural é fundamental para a sobrevivência de todos os seres vivos.

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Prevenções básicas
através da educação
ambiental
Margarete Gaspar de Almeida
a
e Juliana Crystiane do
Carmo
b
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: conscientização, prevenção, educação ambiental.
educação ambiental deu um salto quantitativo e qualitativo no
cenário nacional. Embora a maioria ainda compreenda que
“ambiente” seja sinônimo de “natureza”, esta visão tem sido
modificada ao longo dos anos, dando lugar a uma percepção mais
crítica, com elementos culturais e naturais, conferindo uma preocupação social
adequada na dimensão ambiental.
Quando ouvimos ou lemos as palavras mudanças climáticas, não devemos
associá-las as mudanças de estações. Podemos entender basicamente como e
porque ocorrem as mudanças climáticas.
A princípio podemos imaginar como a poluição altera a temperatura da
atmosfera, através da emissão de gases como: monóxido e dióxido de carbono,
dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e outros gases tóxicos. Os principais
agentes poluidores são as indústrias, os veículos automotores, as usinas
termelétricas, etc. Alguns tipos de indústrias poluem mais a atmosfera: fábrica
de cimento e de produtos químicos, refinaria de petróleo, siderúrgicas e
metalúrgicas.
A atmosfera terrestre é constituída de gases, que são transparentes à radiação
solar, enquanto absorvem grande parte da radiação emitida pela sua superfície
aquecida. Esse processo mantém a temperatura da Terra equilibrada,
favorecendo a existência da vida. Tal processo é conhecido como efeito-estufa.
Percebe-se estas alterações climáticas em decorrência de atividades humanas.
Outras ações do homem, também contribuem para que ocorra a mudança
climática, entre as quais, podemos citar: as queimadas e o desmatamento das
florestas, causando a perda da biodiversidade, e o excesso de pesticidas
lançados nas plantações agrícolas contaminando-as, prejudicando o solo e
lançando na atmosfera gases tóxicos.
Diante desta situação negativa, através da educação voltada para o meio
ambiente, podemos pensar na Prevenção da Educação Ambiental como agente
A

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catalisador. Esta prevenção tem como papel funcional informar
insistentemente à sociedade a buscar e participar desta nova concepção de
vida.
Promover a educação do meio ambiente para o meio ambiente, retornando
para a sociedade os benefícios que a natureza lhe proporciona e vice-versa.
A conscientização e as atitudes positivas da população em relação ao meio
ambiente como: economizar água e energia elétrica, dar preferência ao
transporte público, fazer coleta seletiva, dar preferência a embalagens
retornáveis e recicláveis e também conhecer a procedência dos produtos
adquiridos, já são ações de grande relevância que farão as próximas gerações
adquirir bons hábitos, tanto de praticá-los como em cobrar-los das autoridades
quando necessário.
Através do recado de Clarita Müller – Plantenberg podemos refletir melhor
sobre Educação Ambiental:
“As estimativas das ações defensivas para eliminação dos custos espacialmente
externalizados precisam incluir obrigatoriamente os danos sociais e ecológicos
causados além-fronteiras pelo nosso consumo e produtivismo. Tornaremos ao
início! Por que teremos de pagar ainda para arruinar irreversivelmente a
natureza terrestre – o maior bem que deixaremos para os nossos filhos? Não
seria mais valioso deixar uma herança justa para os homens e a natureza?”.
Mudanças climáticas:
conhecer para enfrentar
Regina Lemos Nery
a
e Suellen França de Oliveira
b
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
Palavras-Chave: difusão de informações, educação ambiental, cidadão.
ssume-se nos dias de hoje que as causas das mudanças climáticas
decorrem de ações antropocêntricas: desmatamentos, queimadas e
potencialização do efeito estufa (através do despejo dos gases estufa
– especialmente o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – em
uma quantidade que causa um aumento superior ao necessário para a
manutenção da vida no planeta).
Temas ambientais são discutidos em variados círculos sociais, até mesmo em
programas de televisão. As mudanças climáticas talvez seja o tema ambiental
mais comentado do momento. Pelo menos para o grande público, é um
assunto discutido ainda de forma superficial. Muitas vezes não se consegue ao
menos associar algumas das conseqüências dessas mudanças, como: deposição
ácida (chuva, granizo, neve), extinção de espécies da fauna e flora,
desertificação e salinização do solo, ilhas de calor.
A

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43
Faz-se necessário uma divulgação aprofundada com embasamento científico e
tecnológico das causas e conseqüências das mudanças climáticas para a
população. Algumas formas para se alcançar essa difusão de informações são:
debates, acompanhamentos de relatórios e conferências internacionais,
programas de educação ambiental nas escolas para diversas faixas etárias. É
importante também rever os padrões de consumo e obtenção de recursos dos
países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A função da educação ambiental é fornecer conhecimento que fortalecerá
ações locais, regionais e globais para reverter a situação. Esse conhecimento
dará condições para que a sociedade civil possa cobrar medidas do poder
público para combater o problema. O indivíduo precisa de consciência
ambiental para ter possibilidade de organizar-se coletivamente, isto é, exercer
seu papel de cidadão, para a reversão do quadro de mudanças climáticas.
A conscientização para o
despertar
Caroline Miranda Bernardo
a
e Elise Neris Massarini
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: destruição do planeta, gás carbônico, conscientização.
“Caros membros do conselho, precisamos decidir qual será a nossa próxima invasão. Que tal
a Terra, Senhor? Ela ocupa a terceira órbita em torno do Sol e é a única em todo o sistema
solar que fornece luz e calor nas proporções corretas. Não sei, penso que seja inútil, afinal há
milênios que os seres primitivos que o habitam se matam, e mesmo que 90% queiram salva-
lo crestam os 10% que o dominam e o destroem. Vamos para a questão de Urano.”
ste comercial se torna o reflexo do mundo em que vivemos e
destruímos. Começamos a consumi-lo há algum tempo, desde os
primórdios da Revolução Industrial e suas insaciáveis queimas de
carvão, ao ápice do desenvolvimento capitalista com a queima dos
derivados de petróleo, que acabam gerando a liberação de gases como CO2, na
atmosfera. Dentro destes aspectos um dos grandes motivos para continuarmos
a destruir nosso planeta é a “tecnocracia”, aquela que prioriza tudo o que seja
calculável, quantificável ou valível, e nos faz parar de refletir sobre os reais
custos do desenvolvimento, visando sempre os maiores lucros. Como algumas
indústrias da cidade de São Paulo, que liberam cerca de 38 milhões de
toneladas de gás-estufa ao ano.
E o que causam esses gases? O famoso efeito estufa, que provoca o
superaquecimento leva à alterações como já estamos cansados de saber, uma
maior freqüência de furacões, tempestades e até mesmos as secas. Um dos
pontos mais extremos dessa problemática é o possível desaparecimento da
E

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corrente do golfo, uma corrente marinha que desloca água quente do golfo do
México até a Europa, contribuindo para um clima mais ameno, sem ela a
Europa iniciaria um novo período de glaciação. Não podemos esquecer que no
último século a temperatura da Terra aumentou 0,7 graus Celsius, um número
pequeno para tamanhas proporções.
Freqüentemente contribuímos para emissões de gases sem nem perceber,
baseado nos dados da ONG Iniciativa Verde, cada um de nós libera cerca de 2
toneladas de CO2 por mês,o equivalente à 24,84 toneladas por ano. O
consumo de energia elétrica por uma pessoa que utiliza 100Kwh/mês, gera
uma emissão de 0,32 toneladas de CO2. Enquanto a emissão de gás de cozinha
gera 2,4 ton., e um carro de pequeno porte 18,06. Contribuímos também
quando consumimos abusivamente de produtos, como as sacolas plásticas, que
aparentemente parecem ser apenas um problema de poluição, porém é uma
questão mais profunda, a partir do momento em que são feitas de polietileno
vindas do petróleo, ou seja, sua produção gera a formação de combustíveis
fósseis que acarretam na emissão de gases.
Olhamos para todos esses problemas sentados em nossas confortáveis
poltronas, e pensamos, “E o que eu posso fazer?”. É neste momento que entra
a educação ambiental, responsável pela educação do individuo e
conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações,
gerando um sistema dinâmico e abrangente a todos. Informações que possam
solucionar desde os problemas mais complexos como o caso das indústrias,
realizando a utilização de energias renováveis, passando para a quantidade de
CO2 liberada por cada um de nós, onde a solução encontra-se na diminuição
do consumo energético, chegando até ao uso de sacolas alternativas como as
de juta que são totalmente biodegradáveis.
Temos então que nos conscientizar agora para que frases como a de um
militante do Greenpeace, “O homem só perceberá a impossibilidade de se
comer dinheiro quando a última árvore e o último rio morrer” não se torne
realidade. Devemos sair da conformidade de um futuro distante, não esperar
que o rio Tietê nos incomode realmente, com que a fome, e todas as mazelas
causadas ou não pelos impactos das mudanças climáticas nos alcancem para só
assim nos despertarmos. Resta-nos então a esperança de que quando a
humanidade despertar não seja tarde demais.

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O problema está em cima
Érika Gold Faria
a
e Sônia Alves de Sousa
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: efeito estufa, meio ambiente, energia alternativa.
planeta Terra possui um conjunto de características essenciais para
que possa haver vida nele. Uma dessas características é a sua
temperatura constante de 15 graus Celsius. Se esta temperatura
fosse menor, a biodiversidade do planeta teria problemas graves.
Para que a temperatura permaneça constante há, na atmosfera, uma camada
protetora composta de dióxido de carbono (gás carbônico), metano e vapores
d'água. Essa camada tem como função reter parte dos raios solares,
controlando a temperatura terrestre para que ela nem superaqueça nem que
diminua. Porém, quando em excesso, o dióxido de carbono e o metano
(emitidos pela fumaça de fábricas, queima de carvão, queima de combustíveis
fósseis, etc) causam o efeito estufa.
O efeito estufa é a conseqüência do engrossamento da camada filtradora de
calor. Esta, quando mais grossa, impede que o excedente de calor se dissipe
para as camadas atmosféricas superiores, aumentando a temperatura da
superfície terrestre.
Esse aquecimento é causador das mudanças climáticas que vêem ocorrendo no
planeta, como degelo dos pólos, que aumento o nível do mar e ameaça a vida
marinha e das populações de vilas e cidades costeiras; maiores incidências de
fenômenos naturais como ciclones, chuvas fora de época e local, seca e
estações não mais bem definidas entre outros.
Como principal culpado e vitima ao mesmo tempo, o homem deve
conscientizar-se que o efeito pode e deve ser minimizado, tomando as
seguintes medidas:
 utilização de energia limpa e renovável, como a eólica (energia dos
ventos) e solar;
 utilização de biogás, gerado em aterros sanitários cujo produtor
pioneiro e o Brasil no Rio de Janeiro;
 alternação para o uso de álcool e biodiesel no lugar de combustíveis
fósseis, um dos principais emissores dos gases poluentes;
 prioridade para os transportes coletivos;
 reflorestamento das áreas desmatadas e reorganização da agricultura,
para que esta seja utilizada como desenvolvimento sustentável;
O

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Tomadas tais medidas, que não são as únicas, além de contribuir com o
diminuição do efeito estufa, poderemos também melhorar o meia ambiente em
geral, e poder dizer então que estamos em processo de evolução e somos vida
inteligente no Universo.
Plantando o futuro
Priscila Santiago Moreno
a
e Felipe Kertes
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, educação ambiental, meio ambiente.
quecimento global? Mudança climática? Isso significa que no inverno
não teremos mais frio e viveremos num verão interminável? Se você
saiu correndo para buscar seus trajes de banho, volte aqui, não é
nada disso!
Segundo o último relatório do IPCC (a sigla em português significa “Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas” – órgão ligado ao Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente e à Organização Metereológica
Mundial) diz que o aquecimento tem sido provocado pelo aumento do efeito-
estufa. Esse efeito é responsável por reter parte do calor solar na superfície
terrestre – e é graças a ele que é possível a vida na Terra.
O problema é o nosso abuso. A capacidade da Terra de reabsorver o gás
carbônico que emitimos é inferior à nossa capacidade de emissão. Ou seja: se
continuarmos emitindo esse gás nessa proporção, vamos derreter – ou melhor,
as geleiras vão derreter. Explicando de outro jeito: na Terra, os gases que mais
contribuem para o efeito estufa são o vapor de água, que causa de 36 a 70% do
efeito estufa natural; o dióxido de carbono, de 9 a 26%; o metano, com 4 a
9%; e o ozônio, que contribui com 3 a 7%.
Várias ações promovidas pelo homem aumentam as concentrações de alguns
desses gases, como o dióxido de carbono (CO2), por exemplo.
Que ações são essas? Respirar, por exemplo. É claro que respirar não é o
problema – desde que você consiga, apesar da poluição, pode respirar
sossegado. O problema consiste no fato de que o dióxido de carbono lançado
para a atmosfera resulta da queima de combustíveis fósseis do setor industrial e
de transportes, numa escala em que os chamados “sumidouros” não
funcionam. Além disso, estes sumidouros – ecossistemas com capacidade de
absorver CO2 – também são afetados por ações humanas muito prejudiciais.
Como as queimadas.
Sendo assim, é nossa responsabilidade repensar o sistema em que vivemos – o
quê e o como fazemos ou consumimos deve mudar.
A

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Algumas escolas em São Paulo tomaram a iniciativa e preparam o futuro desde
cedo: ações como o plantio de árvores, a redução e a reciclagem do lixo e até a
compostagem de resíduos orgânicos faz parte do programa curricular.
Na “Creche Oeste”, mantida pelo Coseas no campus da USP na capital, as
crianças recebem uma educação ambiental que nós não recebemos: constroem
brinquedos a partir de lixo reciclável; fazem uma horta; mantém uma
composteira – metade do composto produzido é utilizado na própria horta, e
o restante é vendido aos pais.
As gerações dos anos 80 e 90 cresceram assistindo filmes sobre a importância
do meio ambiente e da sua preservação. Esta geração crescerá aprendendo a
preservar na prática.
A Lei da Educação Ambiental, de 27 de abril de 1999, em seu artigo 2 afirma:
“a educação ambiental e um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente de forma articulada em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”.
Se o objetivo desta lei for colocado em prática não só nas escolas mas também
nas casas, nas empresas, e nas instituições sociais, poderemos superar nosso
modo de vida antropocêntrico e lembrar que fazemos parte da natureza – não
somos seus donos, não a criamos.
É por iniciativas como essas que as próximas gerações não vão pensar em
sungas ou biquínis ao ouvir a expressão “aquecimento global”!

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Sustentabilidade para uma
economia saudável
Angélica Tomas dos Reis
a
e Lívia Rufino Bambuy
b
Palavras-Chave: economia, sustentabilidade, desenvolvimento.
missão excessiva de dióxido de carbono (CO2); má administração de
recursos naturais não renováveis, falta de consciência ambiental e
ética, estão contribuindo de forma agravante para o aquecimento
global e trazem sérias preocupações para a economia mundial, a qual
atualmente, tem buscado alternativas sustentáveis para amenizar esses
problemas.
Os índices econômicos tendem a se desestabilizar, já que estamos passando
por uma crise relacionada à alta do petróleo, a falta de energia não- renovável e
escassez de matéria-prima elevando o preço das commodities que são base
para atividades primordiais das organizações, tendenciando o encarecimento
dos serviços e produtos destas empresas.
A população, principalmente a de baixa renda, sofre diretamente com as
conseqüências do desequilíbrio econômico, pois com o excessivo aumento dos
preços, ela perde o poder aquisitivo, não conseguindo suprir a todas as
necessidades básicas. Temos como exemplo os países africanos que sofrem
com a desertificação intensificando a carência por alimentos. Além disso, esse
desequilíbrio, desencadeia uma série de processos inflacionários que afetam as
empresas originando perda de recursos produtivos devido ao aumento dos
preços, resultado das quebra de safras, a expansão do consumo, a elevação dos
juros para conter os preços. Empresas na área de agronegócio, buscam pela
inovação tecnológica, com o desenvolvimento de sementes mais resistentes às
pragas e às mudanças climáticas.
Algumas organizações estão adotando políticas sustentáveis para diminuir
gastos corporativos e amenizar os impactos ambientais negativos relacionados
diretamente com a economia, como a redução dos desperdícios,
reflorestamento, reciclagem, certificação florestal, utilização de energias limpas
ou até mesmo adquirir um seguro de risco ambiental.
A Natura, uma das maiores empresas de cosméticos no Brasil, é um exemplo
de organização sustentável. Ela adota já há um certo tempo, a política de
responsabilidade ambiental, com o uso de seus refis que diminuem em 50% a
produção de suas embalagens. Desde 2007, assumiu o compromisso de
neutralizar todas as suas emissões de CO2: o projeto chamado Carbono
Neutro (desde da arrecadação de insumos ao fim do processo).Outro exemplo
Seção I V
Mudanças climáticas e seus impactos na
economia e nos negócios
E

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seria da HP, uma empresa do ramo de computadores, que através da
reciclagem de equipamentos antigos, conseguiu reduzir a contaminação da
água e do solo, além dos custos.
Observa-se então que a mudança climática interfere em quaisquer atividades
desenvolvidas pela economia. Cabe as organizações se adequarem de forma
rentável e consciente para obter o equilíbrio ambiental necessário mantendo
uma economia estável.
Créditos de carbono e o
direito de poluir
Beatriz Miranda Gesqui
a
e Thaíssa Araújo de Bessa
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: créditos de carbono, protocolo de Kyoto, gases de efeito estufa.
egundo o texto de Fernanda Müller (CarbonoBrasil) créditos de
carbono são certificados gerados por projetos que reduzam ou
absorvam emissões de gases do efeito estufa.
Países desenvolvidos que, por seu alto índice de industrialização e
desenvolvimento, lançam consideráveis taxas de GEE (Gases de Efeito
Estufa) na atmosfera, diferentemente dos países médios e pobres, que por
serem pouco industrializados emitem uma quantidade muito menor de gases
poluentes.
Devido a essa diferença de quantidade de emissões de carbono, o Protocolo de
Kyoto estabeleceu cotas comercializáveis entre os países, exceto os EUA que
não aderiu ao Protocolo. Essa compra e venda de carbono, forma uma espécie
de mercado de carbono, que em algumas estimativas vão de 50 a 800 bilhões
de dólares por ano.
Segundo Sergio Besseman Viana – Presidente do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) – “O aquecimento global é uma realidade
inegável. Se ele não for tratado pelo mercado financeiro, algum outro
mecanismo terá de ser criado para fazê-lo.”. Porém o conceito de poluição não
pode ser considerado mercadoria, principalmente quando sua eliminação é o
real objetivo.
Para certificação do controle dessas cotas, por determinação de órgãos
técnicos da ONU, empresas especializadas calculam as quantidades de
toneladas de GEE economizadas ou seqüestradas da atmosfera.
Exemplos deste seqüestro estão nas cidades de Veja (BA) e Nova Iguaçu (RJ),
que desenvolvem projetos de aproveitamento do gás metano liberado por
lixões. O gás que anteriormente era lançado na atmosfera por meio da
S

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decomposição do lixo, agora é capturado por uma tubulação e viaja até uma
usina onde é transformado em energia elétrica.
Projetos como estes são custeados por empresas da Europa e do Japão, que
podem comprar créditos para cumprir até 20% da cota de despoluição
estabelecida pelo Protocolo.
O Protocolo de Kyoto também desenvolveu um projeto para auxiliar o
processo de emissão de GEE: o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. O
MDL tem o propósito de prestar assistência aos países médios e pobres e
assim viabilizar o desenvolvimento sustentável através de projetos.
Dentre esses projetos está o da empresa Votorantin Celulose e Papel para
reduzir a emissão de GEE na cadeia do seu processo produtivo, além de fazer
o reflorestamento.
Só o Brasil tem 285 projetos como este, equivalentes a não-emissão de 284
milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), ou seu equivalente em
outros gases estufa.
Na terceira Conferência Nacional do Meio Ambiente que ocorreu em Brasília
aprovou o estabelecimento de metas de gases que provocam o aquecimento
global pelo Brasil, mesmo o país sendo obrigado a reduzir suas emissões.
Contudo mesmo com o recurso dos créditos de carbono para as empresas,
essas podem enxergar este recurso com outros “olhos”, ou seja, podem vê-lo
como uma nova operação financeira e não como uma solução que contribua
lenta e gradualmente para restauração da “saúde” do nosso planeta.
As mudanças climáticas
afetam os principais
setores da economia
Juliana Soares da Costa
a
e Thaís Garcia Ferreira
b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
Palavras-Chave: agricultura, economia, mudanças climáticas.
crescimento populacional levou à maior quantidade de carros nas
ruas, desmatamentos e queimadas com o objetivo de produzir
alimentos primários, construção civil, utilização da água dos rios,
entre outros recursos que caracterizam a qualidade de vida e
crescimento populacional.
Os resultados desse crescimento serviram como forma de poluir o ar e a água,
principais recursos naturais necessários para nossa sobrevivência, levando a
água, em um futuro próximo, à sua total escassez. As alterações aos recursos
O

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naturais resultaram em mudanças climáticas refletindo problemas graves em
seus responsáveis.
As mudanças climáticas geram sérias conseqüências na economia. Sir Nicholas
Stern, economista, publicou em 2006 um relatório denominado “Stern
Review” onde diz que o aquecimento global poderá custar até 20% do PIB
mundial nas próximas décadas se não forem tomadas providencias para
diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa. Essas providências
não custariam mais de 1% do PIB global, porém se nada for feito as
conseqüências serão um problema para a economia. Os países que mais
sofrerão serão os em desenvolvimento, desastres naturais e as doenças
causadas por essas mudanças tenderão a ocorrer em regiões com menor poder
econômico e infra-estrutura, por esses países não apresentarem recursos
suficientes para investir em adaptação as mudanças climáticas, portanto
deveriam começar a investir em metas para redução das emissões de gases.
O setor econômico mais afetado será o agropecuário, pois depende de
condições especiais como temperatura e precipitações, além de necessitar de
boa qualidade de solo e de água para irrigação, o que se agravaria a cada dia
devido às alterações provocadas pelo homem.
Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) indicam
um possível maior prejuízo em regiões onde a temperatura alta já é uma
constante, como é o caso das regiões Norte e Nordeste. Fica evidente, por esse
estudo, um deslocamento de cultivos que não suportam temperaturas muito
altas, migrando para regiões como Sudeste e Sul. No semi-árido nordestino, a
questão das secas tende a ficar pior, pois a elevação da temperatura tornará a
região ainda menos chuvosa. Os agricultores serão os principais afetados por
essa realidade.
Uma saída para a produção de uma “energia limpa” é a utilização de
combustíveis renováveis ou biocombustíveis, porém encontrando outras
barreiras para serem argumentados. Por um lado, apresenta seu valor positivo
na participação para diminuir a emissão de gases que contribuem para o efeito
estufa, além de representar mais um setor gerador de lucros para seus
produtores, como o Brasil, e por outro lado apresenta um problema em
encontrar solo de boa qualidade e água para seu cultivo, alem disso o solo
apropriado quase inexistente deixará de ser usado para o cultivo de alimentos
para produzir combustíveis para produção de energia.
Contudo concluí-se que, se as devidas providências não forem tomadas em
prol da melhor utilização do solo, e a partir disso providencias para viabilizar o
uso dos combustíveis renováveis, não somente os agricultores serão afetados,
mas a população no geral.

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Um consumo sustentável é
possível?
Mônica Laís Storolli
a
e Priscila Ferrari
b
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
Palavras-Chave: consumo, impactos, recursos naturais.
s mudanças climáticas ocorridas nas últimas décadas geraram uma
série de modificações, ainda que tímidas, nas relações
governamentais, internas e externas das nações.
Essas modificações incitaram também uma série de discussões no
meio científico, e que fizeram com que as conclusões alcançadas repercutissem
nas relações econômicas. Mas essa preocupação não é recente. Em 1972, foi
realizada a primeira Conferência Global sobre meio ambiente, em Estocolmo,
visando à formulação de políticas de gerenciamento responsável dos recursos
naturais. Vinte anos depois, foi a vez do Rio de Janeiro sediar a Rio-92, que
realizou uma abordagem mais atualizada sobre as relações sociais e
econômicas, ganhando mais ênfase a questão ambiental e suas implicações.
Nesta conferência foi assinada a Convenção do Clima que estabeleceu
parâmetros para a estabilização de gases de efeito estufa, baseada em estudos
científicos que apontavam para o aumento da temperatura global, ocasionado
pela intervenção humana e sua repercussão negativa nos ecossistemas do
planeta.
Nesta mesma conferência, um novo modelo de desenvolvimento foi
formulado através do documento chamado Agenda 21, o qual sinalizou a
adoção de diretrizes básicas aos diversos povos em várias temáticas, um deles,
de relevante expressão, o do Consumo.
Podemos definir padrões de consumo como as escolhas feitas pelas pessoas
para saciar suas necessidades básicas e desejos, exteriorizados na aquisição da
alimentação, no transporte utilizado, nas roupas de seu vestuário, residência,
sem falar do consumo do supérfluo. Tais escolhas de grandes massas
populacionais, por sua vez, geram demandas alimentares específicas e
impactantes sobre os recursos naturais, como, por exemplo, a exploração dos
recursos hídricos para irrigação, os quais têm ocasionado quebras de ciclos
hidrológicos em diversas regiões do planeta.
A demanda crescente de energia se faz necessária para o desenvolvimento
econômico de um país, porém traduz-se como outro fator de pressão
ambiental que é a construção de usinas hidrelétricas para geração de energia
elétrica, que provoca um balanço negativo no uso dos recursos naturais.
Estudos mais recentes comprovam que grandes represas emitem gases do
efeito estufa, quando a matéria orgânica florestal não foi retirada antes da
formação do lago.
A

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Outra questão que deve ser considerada é que a base de subsistência da
humanidade está fundamentada na produção de alimentos, na criação do leque
de empregos que geram renda, e que assim atendem as necessidades básicas do
desenvolvimento de um país.
Conciliar a exploração racional dos recursos naturais com o impacto que ele
gera está se tornando um desafio à parte da humanidade. Conciliar também a
ocupação do solo urbano para a construção das cidades, da escolha equivocada
pelo transporte individual, obedecendo-se as regras estabelecidas no Plano
Diretor, são medidas que estão modificando o comportamento humano neste
ponto. Outra questão que pode ser apresentada é a utilização racional das áreas
agrícolas, na adoção de métodos menos agressivos, que não provoquem
desmatamentos e queimadas, bem como o controle biológico de pragas,
evitando-se a repetição do episódio do defensivo DDT, no passado.
A reflexão sobre as escolhas de consumo deve considerar fatores de produção,
seja agrícola, industrial ou até de serviços, que não sejam nocivos ao meio
ambiente e à humanidade. As mudanças climáticas colocaram um ponto de
reflexão no pensamento humano: que a escolha irracional pelo uso
indiscriminado dos recursos naturais, em especial, na produção industrial, gera
a maioria dos gases do efeito estufa, que deve ser repensada, e rapidamente,
frente aos avisos que a natureza já emitiu. Grandes ciclones e furacões como o
Katrina, nos EUA, as chuvas torrenciais no sudoeste asiático, secas em várias
regiões do mundo estão se fazendo cada dia mais freqüentes, como
conseqüência dessa exploração impensada.
Temos que considerar que o consumo é essencial para a vida humana, visto
que cada um de nós é um consumidor. É algoz e vítima de um mesmo
processo de expropriação de recursos naturais, concretizado pelas cadeias de
consumo que suprem nossas necessidades básicas.
Mas essa reflexão deve ser imediata e urgente. A humanidade deve rever seus
padrões de consumo, não podendo relegar a um segundo plano as soluções
para minizar esse problema. Interessante que algumas medidas sejam adotadas,
como, por exemplo, campanhas de conscientização ao consumidor para
combater o seu desconhecimento quanto à repercussão de suas compras no
meio ambiente. Relevante também a adoção de outros hábitos, tais como a
utilização do transporte coletivo, evitar o consumo de embalagens, de
produtos supérfluos cuja produção tenha mais impactos negativos que
positivos.
Precisamos, então, escolher melhor e com consciência novos hábitos de
consumo, para que a nossa passagem pela Terra, seja considerada somente
uma realidade virtual, ou uma simples pegada na areia de uma bela praia.

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Crescimento econômico:
negócio da China?
Daniel Ferreira Rosa Pereira Bom
a
e André Leandro
D’Abreu Macedo Pazin
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, aquecimento global, emissão de poluentes.
s mudanças climáticas têm acarretado não só alterações ambientais
como também econômicas ao redor do mundo. A grande busca por
adereços menos poluentes e a racionalização das emissões de
carbono estão angariando cada vez mais esforços de empresas e
governos. A questão popularizou-se graças ao grande impacto na economia
global e às visíveis alterações físicas ocorridas, amplamente divulgadas pela
mídia. Segundo Nicholas Stern (conselheiro o Governo Inglês sobre
desenvolvimento e mudanças climáticas na economia), estamos vivendo um
período de forte aquecimento global onde o aumento médio pode chegar a
5ºC.
Segundo relatório de Stern, os níveis de CO2 na era pré-industrial eram de 280
ppm e agora são 430 ppm. Se o mundo continuar tocando seus negócios desta
mesma forma, teremos 850ppm num futuro bem próximo. Apesar de bem
conhecidas, as conseqüências não poderiam mais impactantes, como:
desertificação, enchentes, cidades litorâneas invadidas pelo mar e perdas de
safras.
Pressionados por movimentos ecológicos e por grupos internacionais, vários
Estados se manifestaram em reuniões como a Rio 92 e a reunião em Kyoto,
que originou o tratado de Kyoto, para tentar encontrar soluções viáveis e
eficazes com o intuito de reduzir as emissões de gases poluentes e frear o
aquecimento global. Apesar dessas iniciativas, grandes poluentes, como os
EUA, não aderiram ao tratado alegando que as metas prejudicariam o seu
desenvolvimento. Outra atitude que deveria ser incentivada seria a cooperação
tecnológica, em que países desenvolvidos facilitariam a aquisição de tecnologia
“verde” por parte de países pobres.
Uma alternativa para países que assinaram o tratado, mas não conseguiriam
alcançar as metas de emissão foi a criação dos créditos de carbono. Isto
possibilita que países que conseguem cumprir com folga as metas do protocolo
de Kyoto vendam o seu excedente para países que não conseguem. Esta
medida beneficia ambas as partes porque os países que possuem excedente em
sua maioria são subdesenvolvidos e podem investir o dinheiro arrecadado com
a venda dos créditos em seu país, enquanto os países que excedem a emissão e
precisam dos créditos podem continuar desenvolvendo-se industrialmente
como antes.
A

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55
Outras áreas, como o setor de serviços, também têm sofrido alterações devido
às mudanças climáticas. A construção de estabelecimentos comerciais e a
realização de eventos já estão relacionados à redução da emissão de carbono,
ou à compensação dessa emissão. Isso prova que não só a indústria está sendo
modificada com o propósito de diminuir a poluição.
Há reflexos das mudanças climáticas também na economia agrária; A mudança
das características do clima de cada região tem afetado diretamente o plantio.
Há exemplos desse tipo de ocorrência nas regiões sul e sudeste do Brasil onde
culturas que antes eram plantadas no sul de São Paulo agora são cultivadas no
Paraná em busca de climas mais amenos. Os países pobres serão os mais
atingidos, segundo Stern. Os efeitos dos gases estufa podem chegar a 20% do
PIB destes países e os danos causados pelos desastres ecológicos atingiriam de
5% a 20% do consumo mundial.
Tal contexto traz à tona a necessidade de um consenso geral, envolvendo
população, empresas e governos com o intuito de impedir a aceleração do
aquecimento global mesmo que para isso seja necessário rever idéias e ações,
como as que remetem ao lucro deliberado. O cenário que o planeta apresenta
atualmente é de muita preocupação, porém pouca ação, provavelmente porque
os resultados estão se mostrando lentamente e as previsões não formam um
consenso, só se sabe que serão catastróficas. Crescer economicamente à custa
de poluição e destruição pode ser um bom negócio à curto prazo, porém à
longo prazo, não só economicamente como socialmente, esse definitivamente
não será um negócio da China.
Mudanças no clima e no
hábito
Bruno César Vieira
a
e Tiago Lima Bezerra
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, impacto na economia, mudança de hábito.
partir da Revolução Industrial, a sociedade presencia um desenfreado
processo de industrialização, e como conseqüência que vem
acompanhando esse processo, o meio ambiente vem sendo
extremamente prejudicado.O início dessa industrialização, em grande
parte desregrada, contava com uma série de deficiências gerenciais, dentre elas:
ausência de responsabilidades ambientais, descaso com a qualidade de vida dos
trabalhadores e danos causados à saúde tanto destes quanto das populações
vizinhas às fábricas.
Dentro desse cenário de desenvolvimento industrial preocupado apenas com a
produção e não com suas conseqüências, houve um grande acúmulo de
A

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poluição no planeta. Até então, era grande o desentendimento do que essa
poluição e seus males poderiam acarretar para a sociedade.
O resultado de anos de descaso ambiental ocasionou diversas mudanças no
meio ambiente resultando em sérios impactos ao modo de como a sociedade
organiza a sua produção. Uma mudança ocorrida no meio ambiente de grande
destaque são as mudanças climáticas, que afeta não só o meio ambiente, mas
também a economia.
Diante de tal problema, se faz extremamente necessário a busca de alternativas,
dadas as previsões catastróficas sobre a continuidade de tais práticas nocivas.
Algumas alternativas já estão sendo colocado em prática como o uso de
energias limpas (solar, eólica, combustíveis renováveis), produtos
ecologicamente corretos, entre outros, porém, essa mudança de hábito traz
também uma série de conflitos econômicos. A lógica das empresas atualmente
deve obedecer a metas e acordos internacionais, o que altera
consideravelmente seus custos operacionais. A questão da agricultura, do
desmatamento e uso de recursos florestais são diretamente afetados por essa
mudança de paradigma.
A mudança climática vem acompanhada de uma mudança de hábitos,
envolvendo empresas e consumidores, pois estes são também grandes
responsáveis pelos rumos do planeta. O momento atual é de perspectivas
minimizadoras aos impactos ambientais, não sendo, portanto, garantia de
soluções definitivas.
O transformar do olhar
empresarial
Caio César Leme Bastos
a
e Haiser Affonso Ferreira
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: meio ambiente, impactos ambientais, empresas.
ntigamente, adotar iniciativas em uma empresa favorável ao meio
ambiente era inversamente favorável ao setor financeiro da mesma.
Entretanto este mito esta sendo desmistificado à medida que novas
empresas começam a adotar esta nova forma de política e procurar
certificados como o ISO 14.000. Esta é uma série de diretrizes sobre a área de
gestão ambiental. Entre elas:
• Diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de cada
atividade;
• Cumprimento da legislação ambiental;
A

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• Procedimentos padrões e planos de ação para eliminar ou diminuir os
impactos ambientais sobre os aspectos ambientais;
• Pessoal devidamente treinado e qualificado.
Porém muita gente ainda se pergunta: como é que isso pode agregar valor a
uma empresa? A resposta é simples: basicamente publicidade, redução de
custos, prestação de serviços e prevenção.
A redução de custos acontece porque a empresa implanta algumas ações
"verdes” como reutilização da água e utilização de várias fontes alternativas de
energia, como a eólica (ventos) e solar (luz do Sol).
São "verdes", pois não agridem o meio ambiente, otimizando a utilização dos
recursos para evitar desperdícios e incentivar o reaproveitamento.
Por mais que um sistema de reutilização de água custe caro, a redução da conta
de água já seria o bastante para, em longo prazo, "reembolsar" todo o capital
gasto. Além deste fator, ainda temos outro de peso: a publicidade.
Com o passar dos anos, a conscientização da população sobre a necessidade de
cuidados ambientais vem aumentando. Assim, se um consumidor se deparar
com dois produtos de qualidade e preço semelhantes, provavelmente optará
por um produto ecologicamente correto. E trará uma vantagem comercial a
esta empresa certificada em relação à outra empresa que não tem os mesmos
cuidados com a natureza.
Além desses dois pontos importantes, há outras influências menores, mas
igualmente importantes, como a redução e/ou a eliminação de acidentes
ambientais, evitando deste modo, custos com a remediação destes possíveis
impactos ambientais, a redução de multas do poder público pelo mal uso de
recursos, evitar barreiras internacionais não tributáveis e até, em alguns casos,
facilitar o acesso a algumas linhas de crédito.
Neste novo cenário que tende a uma postura mais favorável ao meio ambiente,
as empresas terão que acompanhar esta tendência, seja pela redução de custos,
pela política interna da companhia, ou pela publicidade, caso contrário , é
muito provável que em um futuro não muito distante, elas simplesmente vão
ter uma menor participação no mercado até que façam uma escolha: mudar ou
falir.
Etanol: a energia do futuro
Henrique de Oliveira Cintra
a
e Regiane Mayumi Kuba
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
s mudanças climáticas estão sob as luzes do holofote, muitas pessoas
já sabem quais podem ser seus efeitos no mundo e é claro que isso
afeta a economia e o mundo dos negócios, a imagem de uma A

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empresa que não se importa com o meio ambiente pode ser arruinada
rapidamente, então é importante para as empresas procurarem meios de
diminuir o impacto negativo de suas atividades no meio ambiente.
A produção de energia é decisiva para o funcionamento e desenvolvimento da
economia, a principal fonte de energia no mundo é o petróleo que é um
combustível fóssil, não-renovável e polui o meio ambiente. A dependência
desse recurso e o esgotamento das reservas mundiais em um futuro próximo
fazem do petróleo um combustível cada vez mais valioso. Além disso, as
questões ambientes estão tornando-se cada vez mais relevantes, isso
propulsiona a busca de novas tecnologias eficientes na produção e no uso,
com baixos impactos sobre o meio ambiente, e isso tende a favorecer fontes
de energia renováveis. Uma das melhores alternativas de combustível que pode
substituir o petróleo é o etanol. O etanol é uma boa escolha porque já tem
uma pesquisa iniciada e não polui tanto quanto o petróleo, e também não
perde muito em eficiência para esse. O etanol é obtido da fermentação de
açúcares e amidos de plantas como milho, do trigo, e da cana-de-açúcar,
portanto não retira CO2 do subsolo e dispensa na atmosfera, como o petróleo
faz.
A importância atribuída às fontes de energia sustentáveis reenergizou o
mercado de etanol no Brasil, a nossa cana-de-açúcar é uma das fontes mais
eficientes de álcool e isso coloca nosso país em uma ótima posição econômica,
temos um produto que pode ser usado por outros países para reduzir suas
emissões de poluentes e a concorrência não consegue chegar aos nossos níveis
de eficiência. Cada hectare de cana-de-açúcar produzida no Brasil gera 6.800
litros de etanol, já os Estados Unidos só conseguem 3.200 litros por hectare de
milho plantado, o preço também não pode ser comparado, enquanto cada litro
de etanol brasileiro custa 20 centavos de dólar, o americano custa mais que o
dobro, 47 centavos de dólar. O álcool também está atraindo muitos
investidores, representantes de grandes empresas como Google, Mitsubishi e
Shell já perceberam que o etanol pode trazer um ótimo retorno para o seu
investimento e isso movimenta ainda mais a economia brasileira.
O Brasil já está à frente com a implementação de motores bicombustíveis em
seus automóveis, essa tendência provavelmente vai se espalhar cada vez mais e
em breve grande parte das montadoras vai instalar motores Dual Flex em
todos seus novos modelos.
O maior concorrente brasileiro é o etanol americano, proveniente do milho,
que mesmo estando em desvantagem atualmente, recebe grandes
investimentos do seu governo (350 milhões de dólares por ano, já no Brasil
apenas 25 milhões são investidos) e pode se tornar um adversário mais notável
no futuro, o foco do Brasil deve ser no melhoramento da infra-estrutura para
podermos aumentar a exportação (dutos, equipar portos e construir ferrovias)
e investir mais em pesquisas.
O etanol é uma grande oportunidade para o Brasil, podemos lucrar e ajudar o
meio ambiente, mas é necessário que continuemos nos empenhando para
manter nossa posição, e não esquecer investir em pesquisa e desenvolvimento
para aprimorar nosso produto.

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Mudanças climáticas e
seus impactos na
economia
Maike Ramos de Jesus
a
e Juliana Nadu
b
a
Aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, biocombustíveis, economia.
esde o começo do planeta Terra há mudanças no clima, onde a terra
passa por glaciações e aquecimentos freqüentes, tudo isso sendo
causados por fenômenos naturais, para que haja um equilíbrio na
temperatura do planeta. Mas a partir do século XVIII quando se
iniciou a revolução industrial o mundo passou para outra realidade, o clima da
Terra que até então era mudado por fenômenos naturais, passa a sofrer
intervenções humanas intensas, e que têm conseqüências inimagináveis, tais
como, aquecimento das temperaturas em todas estações do ano na terra e no
mar, inundações, o aumento do nível dos oceanos, diminuição da umidade do
solo provocando secas, entre outros muitos problemas.
Estudos feitos pelo órgão (IPCC) Painel Internacional sobre mudanças
climáticas confirma que os impactos serão drásticos e que não se pode prever
as conseqüências em longo prazo, por ter um período pequeno de
observações, mas que já dá para se concluir que os efeitos serão diversos. Os
estudiosos desse fenômeno concordam que os efeitos são irreversíveis, o que
dá para fazer é no máximo amenizar os danos. É curioso que as grandes
vítimas desse problema sejam os que contribuíram pouco para que ele se
agravasse. Como o Brasil se situa em lugares quentes do planeta e tem uma
área relativamente extensa, os impactos serão consideráveis, tanto na economia
como nos negócios, esse sendo o principal objetivo deste artigo.
As mudanças climáticas têm um impacto direto nas empresas, e pode afetar
diretamente a lucratividade, risco pais e a competitividade das empresas.
As mudanças climáticas têm um impacto direto nas empresas e podem,
potencialmente, afetar a sua lucratividade, competitividade e perfil de risco.
Contra este efeito, as políticas de seqüestro de carbono deverão ser fortalecidas
e deverão abranger um número crescente de nações, o que, no futuro, poderá
aliviar o impacto financeiro das medidas que serão necessárias para lidar com
os efeitos físicos das mudanças climáticas.
Por fim, "mudanças climáticas" é um assunto de extrema importância para o
futuro dos negócios internacionais. Os líderes empresariais terão que
compreender que este é um problema que lhes cabe e que serão obrigados a
D

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60
mostrar liderança e responsabilidade no desenvolvimento sustentável do
planeta. Eles deverão estar à frente do desafio de solucionar as questões que
abrangem as mudanças climáticas, integrando-as ao mundo dos mercados e do
comércio em uma escala global.
A comunidade dos negócios precisa, da mesma forma, assegurar que as
medidas tomadas não tenham custos desnecessários. A necessidade mais
urgente é a criação de soluções consistentes, estáveis e previsíveis para atingir a
redução global que se impõe.
Reputação e imagem são riscos reais, pois as empresas podem ser penalizadas,
tanto por consumidores quanto por investidores, se tiverem sua imagem ligada
à degradação ambiental". Por outro lado, muitas empresas hoje estão
abordando o tema da sustentabilidade como uma ferramenta de marketing.
"Não se trata de uma nova moda. A questão ambiental traz impactos
financeiros e de reputação, e é onde as empresas podem ganhar também, com
a redução de custos de operação e oportunidades que surgem no mercado de
carbono".
O dinheiro que dá em
árvores
Tiago Luz Fernandes
a
e Larissa Camassary Moutinho
Cabral Gios
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: desenvolvimento sustentável, marketing ecológico, mentalidade.
om a crescente preocupação com o meio ambiente e suas drásticas
mudanças climáticas, cada vez mais consumidores procuram por
produtos ecologicamente corretos e empresas que respeitam
colaboram para o desenvolvimento sustentável. A questão é como
aumentar essa procura bem como o comprometimento das empresas quanto à
questão da tão almejada sustentabilidade.
Quanto ao comprometimento da sociedade ser ainda muito pequeno isso
tende a mudar na medida em que a globalização aumenta, a divulgação da
situação critica e irresponsável de nossa relação com o planeta é disseminada.
Apesar dos alertas do quadro ambiental, nada adianta se não houver uma
mudança no modo de pensar da sociedade.
E é nesse ponto que entram as empresas com seu marketing ecológico,
ambiental ou verde. Que como o marketing tradicional, também não se
restringe somente a meras divulgações publicitárias. Há empresas que associam
suas marcas a montanhas, matas ou animais, entretanto nada fazem de
concreto; o real objetivo do marketing ecológico não é mostrar o que há de
C

C N 2 0 0 8
61
belo e correto, e sim promover uma ação integrada beneficiando o consumidor
e o meio ambiente. O marketing ecológico definido por Kotler – especialista
em marketing – como “um movimento das empresas para criarem e colocarem
no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio
ambiente”, vem crescendo lentamente, porém continuamente, em parte devido
a ainda atender a um nicho, entretanto com tendência de ser a principal fonte
de diferenciação de produtos em um futuro bem próximo.
A atividade industrial evoluiu desde o escambo até o mercado global, os
desejos e necessidades dos consumidores também vêem evoluindo ao ponto
em que as pessoas alcançam a conscientização ambiental e acabam por
procurar produtos que se adéqüem aos seus ideais. Hoje a comercialização de
produtos, serviços e idéias que preservem o meio ambiente têm gerado uma
renovação nos planos estratégicos administrativos. O que antigamente era
considerado irrelevante para o desenvolvimento da imagem da empresa, hoje é
cada vez mais indispensável; por exemplo, a atuação na conservação de
patrimônios públicos, o racionamento de recursos não-renováveis, o modo de
descarte de resíduos e o envolvimento em causas sócio-ecológicas.
Ao adotar o marketing ecológico, a empresa deve comunicar de forma clara as
vantagens dos consumidores adquirirem seus produtos e serviços
ambientalmente responsáveis. Dessa forma, além de possibilitar uma extensão
no mercado e não ter de se preocupar com o fato de que seus consumidores
irão abandonar sua marca, pois percebida a qualidade do produto, o
consumidor não dará preferência à um concorrente que agrida a natureza; a
organização estará cooperando com o meio ambiente.
Como impactos mais focados para a parte financeira das empresas, podemos
citar: redução dos desperdícios de custos, de multa e aumento da
competitividade no mercado.
Como exemplo de grandes empresas que apóiam as causas ambientais, temos:
O Boticário, Natura, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Votorantin, Wal-Mart,
Unibanco, BNDS, Bayer e HSBC.
A responsabilidade de reverter ou mesmo amenizar a situação é de todos, já
que as mudanças climáticas causadas pela humanidade estão alterando cada vez
mais o meio ambiente, e o marketing ecológico é essencial para caminharmos à
próxima tendência que é o desenvolvimento sustentável; onde os objetivos das
empresas (incluindo lucro e ideais) e as necessidades do consumidor estejam
de acordo com o bem-estar da sociedade sem alterar, ou alterando o mínimo
possível, o meio ambiente.

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Novas tendências
econômico-ambientais
Durval Salina Jr
a
e Rodrigo de Almeida Ventura
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, economia ambiental, políticas empresariais.
associação feita por muitas pessoas sobre mudanças climáticas está
relacionada, normalmente, com o meio ambiente e aspectos sociais.
Entretanto, nos dias atuais, esse assunto abrange também setores
mais complexos como economia e negócios.
Alguns especialistas da área afirmam que a preservação do planeta pode ser
uma das maiores oportunidades de negócio deste século. Muitas organizações
já investem em pesquisas e desenvolvimento visando lançar tecnologias
politicamente corretas, como é o caso da Toyota e seu carro híbrido Prius.
Soma-se a isso, o fato de muitas empresas aderirem à proposta de diminuir
emissões de poluentes para construir uma boa imagem aos seus investidores
externos e consumidores preocupados com as questões ambientas.
No setor econômico, um dos mais diretamente afetado é a agropecuária, pois é
muito dependente de fatores ambientais como temperatura e precipitações,
prejudicando, principalmente, os países subdesenvolvidos que mantém esse
tipo de negócio como base principal de suas respectivas economias. Outro
setor atingido diretamente são as atividades relacionadas aos corpos hídricos,
as quais, na falta de chuva, serão prejudicadas na captação de água e, em caso
de cheias, serão necessários altos investimentos para evitar transbordamento.
O Brasil, um país que depende fortemente de hidrelétricas, seria altamente
prejudicado financeiramente nestes casos.
Ao passo que a mudança climática vai ganhando destaque na sociedade, há
uma certa urgência em buscar novas formas para tentar controlar e contornar a
situação por meio de políticas empresariais que buscam se inserir nas novas
tendências mundiais. Porém, muitas empresas utilizam dessa circunstância de
desastres ecológicos para se beneficiarem de forma antiética no mercado
competitivo.
A

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O impacto das mudanças
climáticas na economia
Bruno Ferme Gasparin
a
e Felipe de Carvalho Matarucco
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, catástrofes ambientais, aquecimento global.
lguns anos atrás, apareceram cientistas na mídia falando sobre um tal
de aquecimento global, que traria diversas catástrofes para a
população e o planeta. Mas poucos deram importância a esse fato.
Porém acontecimentos atuais vêm provando que esses cientistas
estavam certos; o clima está desregulado e coisas que nunca aconteceram estão
acontecendo (O Furação Catarina, que atingiu o litoral sul do Brasil em 2004 é
um exemplo), tudo graças ao Aquecimento global.
Essas mudanças vêm causando e ainda causará muitos impactos na economia
de todo o mundo. Um exemplo básico é a cultura de uvas para a produção
de vinhos. Com o aumento das temperaturas, os produtores de vinho estão
migrando das antigas regiões produtoras de vinho (França, Portugal, Itália e
outros países da região mediterrânea, por exemplo) para lugares mais próximos
aos pólos do planeta, como a Escandinávia, que em um futuro próximo deverá
se tornar um dos maiores e melhores produtores de vinho do planeta.
De acordo com Nicholas Stern, ex-economista chefe do banco “World Bank”,
o Aquecimento Global pode cortar um quinto do crescimento econômico
mundial caso nenhuma ação drástica seja tomada, Ele ainda afirma que se
somente 1% do PIB mundial fosse usado para conter esse problema, tal corte
seria evitado.
A parte da economia que mais sofrerá será a agricultura, apesar de muitas
regiões estar se beneficiando com o Aquecimento Global em sua agricultura,
como a própria Escandinávia.
Das regiões afetadas, a que mais sofrerá será a África, já que 70% da população
depende da agricultura, que necessita de estações climáticas bem definidas. As
mudanças climáticas estão interrompendo o ciclo de produção afetando toda a
agricultura da região. Para piorar, o plantio de elementos de biocombustível
está ocupando áreas antes destinadas ao plantio de alimentos.
Em suma, é a economia como um todo que sai perdendo, já que uma
quantidade maior de dinheiro é necessária para lidar com os estragos das
catástrofes naturais (como o degelo de neve dos topos de montanhas, que por
sinal afeta a economia de vários países que dependem dos rios que nascem
desses degelos), que as mudanças climáticas estão provocando; dinheiro tal que
poderia estar sendo usado para outras finalidades, como investimento na
educação.
A

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De acordo com as Nações Unidas, as geleiras do Himalaia, que são a principal
fonte de água para os principais rios do sudeste asiático, podem desaparecer
por completo em 2035, caso a temperatura continue aumentando. Hoje, mais
de 9% dessas geleiras já desapareceram.
Sabendo que aproximadamente 2,4 bilhões de pessoas vivem nas regiões das
bacias hidrográficas desses rios que nascem no Himalaia. Esses 2,4 bilhões de
pessoas sofrerão com enchentes (o que esta acontecendo com Burma
atualmente) seguidas de fortíssimas secas nas décadas seguintes.
A situação esta complicada. Mesmo com o tratado de Quioto, a emissão de gás
carbônico (CO2) continua aumentando, e conseqüentemente o Aquecimento
Global. Devemos conscientizar que os problemas são reais e que devemos
enfrentá-los. Querendo ou não o afetado final será o próprio homem.
O preço de não agir agora
Caynnã de Camargo Santos
a
e Felipe Cestari de Camargo
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: economia, urgência, atitudes.
quecimento global, derretimento das geleiras e efeito estufa. Tudo
parece caótico atualmente quando o assunto é clima. Porém, muitos
defensores do "deixa acontecer" apoiavam-se no argumento de que
custaria mais combater o aquecimento global do que ignorá-lo, até a
divulgação de novas pesquisas que comprovam o contrário.
Segundo dados de um relatório apresentado em 2006 referentes ao assunto,
elaborado pelo economista inglês Nicholas Stern, os gastos para estabilizar a
emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa na atmosfera seriam
equivalentes a 1% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial até 2050. Segundo
este mesmo relatório, batizado de “Estudo Stern”, na pior das hipóteses esse
custo aumentaria para 20% do PIB caso fossem mantidos os padrões de
consumo atual. Até mesmo Tony Blair, ex-premiê britânico (sim, aquele
mesmo, amigo do Bush, o cara que não assinou o Protocolo de Kyoto) disse
que as evidências do aquecimento global são "impressionantes e decisivas".
Parece que agora, quando tocou o bolso dos tomadores de decisões, o assunto
recebeu ares de "sério e urgente", já que "sem dinheiro o mundo não gira".
Porém, pensando bem, sem vida o mundo "gira"? Não seria mais racional
começarmos a tomar atitudes contra um destino quase que inevitável enquanto
ainda há tempo do que ficarmos cogitando a magnitude da importância de um
quadro caótico que pode ser visto todas as vezes que ligamos a TV?
Os prejuízos pelo mundo já contabilizam em torno de sete trilhões de dólares,
e deixando como está, o percentual do PIB que deverá ser gasto para amenizar
essa situação pode passar para cerca de 20%, como citado antes, levando em
A

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consideração gastos com saúde pública, a forma que a vida dos mais pobres
será afetada, as limitações que irão surgir na agricultura, entre outros
problemas.
Nosso país pode (e deve) contribuir de forma significativa para alterar esse
quadro. Além de termos grande potencial hidrelétrica para produção de
energia, temos grandes áreas florestais e estamos investindo muito em
biocombustíveis. Este último figura como um dos maiores triunfos “verde e
amarelo”, pois, entre outros benefícios, seu uso cria uma espécie de ciclo do
carbono, que pode reduzir a emissão do gás na atmosfera através da absorção
do carbono proveniente da queima do álcool combustível pelas folhas de cana-
de-açúcar, por exemplo. Há também as vantagens econômicas provenientes do
plantio de diversas culturas, como o desenvolvimento de novas tecnologias e
ainda a possibilidade de compartilharmos conhecimentos com outros países
subdesenvolvidos.
Diante de tudo isso, torna-se incoerente grandes corporações mundiais e o
governo dos Estados Unidos, através de seu presidente, rejeitarem a assinatura
e o comprometimento com as bases do Protocolo de Kyoto, alegando que as
práticas sugeridas para o combate ao aquecimento global iriam desestabilizar a
economia. Porém, nos parece muito mais simples, barato e eficaz concentrar
esforços e realmente tomarmos atitudes imediatamente, “gastando” 1% do
PIB mundial e, dessa forma, conseguindo atingir níveis satisfatórios de
emissões de gases na atmosfera, do que comprometer o planeta como um todo
ao discutirmos “a importância das evidências do aquecimento global” e não
tomarmos atitude alguma. Protelar a tomada de decisões só agrava o problema
e torna cálculos e estimativas cada vez mais incertos, mas com certeza
tendendo para valores maiores de recursos que deverão ser gastos. Sem ações
imediatas, as opiniões das pessoas que atualmente desacreditam os estudos
sobre as mudanças climáticas, vendo-os como algo “apocalíptico”, se tornarão,
em um futuro próximo, mais uma lembrança dos tempos em que podíamos
agir de forma decisiva, mas pensamos primeiramente no bem estar econômico.

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Um novo clima está
mudando o turismo
Gabriela Torres Andrade Firmino
a
e Nathalia Costa de
Almeida
b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
Palavras-Chave: turismo, mudanças climáticas, economia.
om um pensamento imediato, o turismo tem tentado se beneficiar
com as mudanças climáticas vigentes. Vender destinos como à
realização de sonhos que logo não existirão mais, tem sido o maior
apelo das agências de viagens. O fim do mundo virou um grande
negócio na indústria do turismo. Entretanto este benefício tende a durar muito
pouco. A verdade é que muitos desses lugares realmente correm o risco de um
dia sumirem do mapa. As geleiras estão derretendo rapidamente, desertos
estão se formando e o nível dos oceanos está aumentando.
A nova duração e qualidade das estações turísticas em conseqüência do clima
(no caso, por exemplo, do turismo de sol e praia ou das férias concentradas
nos esportes de inverno) poderão incidir decisivamente na concorrência entre
destinos e, portanto, na rentabilidade das empresas turísticas. Mas o aumento
do turismo em massa decorrente da extinção de alguns lugares mais exclusivos
pode resultar na super lotação de destinos populares.
Um relatório chamado “Future of World Travel” diz que até 2020 as atrações
naturais de algumas das maravilhas mundiais estarão danificadas pelas
mudanças climáticas e assim o turismo e sua economia sofrerá impactos
irreversíveis.
Destinos famosos como Everglades, pântanos e lagos da Flórida, que fica sob
o risco do aumento da freqüência de furacões, Atenas e Grécia, que com o
aumento da temperatura do verão para mais de 40°C pode levar ao aumento
de stress e de mortes causadas pelo calor, ou países como a Austrália, Caribe e
Nova Zelândia estão preocupados com o impacto que as mudanças climáticas
e conseqüentemente o aquecimento global podem causar em suas economias.
Felizmente não esta chegando o fim para a indústria turística, o turismo pode
até ajudar na batalha contra a destruição do meio ambiente, políticas
governamentais devem mostrar que em comunidades locais o turismo pode ser
mais lucrativo do que, pó exemplo, explorar a madeira, um turismo mais
limitado, mais consciente, fazer do turismo um instrumento eficaz de
desenvolvimento econômico e conservação dos recursos culturais e naturais
do mundo, pode ser uma alternativa para esta indústria.
C

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O aumento das temperaturas está fazendo o setor pensar rapidamente. O
sucesso futuro dependerá de como as mudanças climáticas evoluirão nos
próximos anos, mas também de quem será mais rápido para se adaptar as
novas situações.
A Terra esquentando e o
turismo esfriando
Ana Cristina Fernandes Clemente
a
e Larissa Teodoro
Fantazzini
b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
Palavras-Chave: impactos na economia, turismo, mudanças climáticas.
s mudanças climáticas são um problema ambiental que a cada dia
vem se destacando como um tema que tem como principal causador
o homem e afeta diretamente o planeta, assim, a área do Turismo
terá que se adaptar aos novos problemas e tendências já que diversos
atrativos alteraram seus perfis.
A temperatura do planeta tem aumentado significativamente nos últimos anos,
devido a grande emissão de gases de efeito estufa, principalmente gás
carbônico e metano, por indústrias, meios de transporte poluentes e queimada
das florestas.
O Aquecimento Global causa o aumento do nível dos mares pelo derretimento
das calotas polares, aumento de desastres como furacões, ciclones, entre
outros processos naturais e perda de atrativos turísticos que devido aos
problemas acima estão desaparecendo. É necessário utilizar-se de meios de
transporte coletivos, busca de fontes renováveis (eólica, solar, biomassa, etc),
menos emissão de gases causadores do aquecimento global e maior
conscientização da população para uma futura solução.
A estação de esqui boliviana Chacaltaya, considerada a mais alta do mundo,
esta perdendo sua atratividade, pois o gelo esta derretendo em curto prazo,
inviabilizando a prática do esporte. Além dessa, outras inúmeras estações de
esqui estão derretendo na Suíça, na Áustria e demais regiões de gelo. O glaciar
Upsala, um rio de gelo na Patagônia Argentina passa pelo mesmo problema.
As ilhas do Pacífico podem desaparecer com o aumento do nível dos mares.
Em alguns casos, há ilhas que foram divididas ao meio pela água, e cresce o
número de refugiados que estão cada vez mais ameaçados. A atividade
turística, maior fonte e renda dessas ilhas esta decaindo por esses fatores,
causando graves problemas em suas economias.
A

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Na Amazônia, já foram relatados indícios de seca decorrentes do aumento da
temperatura na região, são igarapés secos, barcos encalhados nas areias,
cardumes de peixes morrendo e rios que estão secando. Porém, a questão da
Amazônia é mais complexa, pois conta com problemas de desmatamento
também.
É necessário agirmos rapidamente na buscar de uma solução para esse
problema, o Protocolo de Kyoto é um grande passo para que obtenhamos
isso. Segundo ele, a maioria dos países industrializados deve reduzir sua
emissão de gases estufa em cerca de 5,2% (em relação a seus níveis de emissão
desses gases a partir do ano de 1990) até os anos de 2008 a 2012, é uma meta a
ser alcançada e diversos países já são membros, inclusive o Brasil, sendo
permitido a comercialização das cotas de emissão dos gases. Alguns países
ainda não ratificaram esse protocolo, como os Estados Unidos, que temem
uma crise em sua economia. O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo) foi apresentado pelo Brasil na reunião de Protocolo de Kyoto e tem
como objetivo ajudar os países que precisam diminuir suas emissões de
carbono para cumprir sua meta.
O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) é um órgão das
Nações Unidas responsável por produzir informações com base científica,
divulgando relatórios sobre o assunto desde 1988, mas não participa das
discussões sobre o assunto.
Os efeitos do Aquecimento Global já estão sendo vistos por todos, as
catástrofes nas cidades, a extinção das espécies marinhas na Austrália e a seca
na Amazônia são um dos ícones que devem ser levados em conta pelos pontos
de vista de varias áreas.
A área de Turismo é diretamente afetada com o problema, pois perde diversos
de seus atrativos naturais (turismo de aventura, ecoturismo, turismo submarino
– de observação, pesca esportiva, náutico e gastronômico) e mesmo não-
naturais (destruição de aeroportos, hotéis, edifícios, monumentos e demais
atrativos turísticos devido aos fenômenos naturais causados/aumentados pelo
Aquecimento Global), além de afetar a economia e os negócios de vários
países que terão que se adaptar a isso, caso não acordem e busquem soluções
plausíveis para amenizar o problema.

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Crescimento econômico
renovando o negócio e
favorecendo a vida
Jorge Henrique Aceiro Barbosa
a
e Fernando de Paula
Maneliche
b
a
Aluno do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, cana de açúcar, combustíveis.
om o aumento das emissões de gases poluentes e a despreocupação
fiscal quanto a políticas que regularizem as mesmas, está em vigência
o Tratado de Quioto em que um de seus braços eficientes que
contribui para a moderação das mudanças climáticas são os
incentivos econômico-financeiros com o estabelecimento de uma política
pública que incluem projetos de redução de emissões e captura de carbono que
traz impactos positivos e as externalidades em termos macroeconômicos e
microeconômicos.
O alto nível do uso de gases do efeito estufa em escala mundial é aspecto que
há algum tempo vem preocupando estudiosos, autoridades e organizações ao
redor do planeta visando mobilizar a população tendo em vista as graves
conseqüências ambientais que as emissões abusivas trazem prejudicando o
meio da vida no qual estamos inseridos. Com esse quadro uma alternativa
bastante promissora para o Brasil é o incentivo à produção de combustíveis
renováveis.
Etanol biodiesel são as grandes oportunidades de negócio. Com relação ao
etanol, somos a referência mundial. A produção brasileira é em volume tão
grande e a um custo tão baixo que inclusive países desenvolvidos irão
necessitar de pelo menos dez anos para alcançar os números brasileiros. O
biodiesel apesar de incipiente no Brasil, já chega com duas vantagens
comparativas: a primeira é a que possui uma diversidade de produtos agrícolas
que permitem a produção de óleos vegetais de norte a sul, sem contar que a
produção desses óleos depende das atividades extrativistas e agrícolas, ambas
têm a capacidade de criar empregos e sendo para a população rural a condição
fundamental para promover o desenvolvimento sustentável. A outra vantagem
é que ao invés do uso do metanol derivado do carvão mineral, sendo assim um
combustível fóssil, na produção do biodiesel brasileiro, o metanol é substituído
pelo etanol, um combustível renovável.
O etanol é produto ligado às mudanças climáticas que nos da maior
competividade no mercado internacional, o seu uso como combustível
automotivo e a exportação de açúcar triplicaram a produção de cana de açúcar
C

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70
no Brasil desde 1975. A cana ocupa hoje aproximadamente 9% da área de
cultivo no país, está presente em todos os estados, utiliza 300 usinas e 60 mil
produtores de cana. Da produção total de etanol no mundo 58% são
destinados a combustíveis dos quais o Brasil é responsável por 41%; além
disso, a balança energética da produção brasileira é extremamente favorável
com mais de oito unidades de energia produzida por unidade de energia
consumida.
Apesar dos excelentes resultados alcançados, o setor ainda tem muito espaço
para o desenvolvimento, particularmente em relação à melhoria genética da
cana com a oferta de variedades específicas para as várias regiões e ambientes
de produção, é também necessário o uso de tecnologia para a produção em
larga escala de mudas sadias. Na produção de cana existe demanda por
inovações tecnológicas que viabilizem a férti-irrigação e a colheita sem
queimada.
A meta desejada é a de reduzir os custos da produção de biodiesel, utilizando o
etanol como reagente. Essa redução de custos não se restringe somente ao
processo industrial, mas também no custo da produção de óleo vegetal e no
desenvolvimento de novas utilizações comerciais para o subproduto glicerina,
aumentando a receita do processo. Impulsionar a economia e incentivando o
negócio na área dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo é uma grande
oportunidade de crescimento nos dando força e prestígio enquanto nação sem
esquecer os benefícios ambientais que oferecem, dos quais depende das
demandas populacionais como o uso de automóveis que utilizam renováveis e
viabilizem a vida na terra.

C N 2 0 0 8
71
Faça a sua parte!
Juliana Cristiane de Souza
a
e Leonardo Xavier da Silva
b
a
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
Palavras-Chave: globalização, movimentos sociais, alternativas ambientais.
homem, para garantir sua sobrevivência, criou meios de eliminar
seus predadores com o intuito de reverter seu quadro de suposto
“escravo da natureza”, e criou instrumentos e ferramentas,
descobriu meios para usar sua inteligência como método de
observação, experimentação e manipulação da natureza, este método é a base
da ciência atual e é através dele que se cria a tecnologia, a qual pode solucionar
muitos problemas humanos e facilitar a vida da sociedade, mas por outro lado,
também trouxe conseqüências ao meio ambiente afetando a vida de população;
principalmente devido às mudanças climáticas.
As inovações tecnológicas ditam hábitos e costumes - literalmente, porque
devido a elas mudamos nosso comportamento, quando nos adaptamos às
novidades e quando precisamos nos unir para reverter a destruição dos
recursos naturais e poluição do meio ambiente. Para que a relação entre
homem e tecnologia não vire um círculo vicioso é preciso encontrar soluções
que permitam a continuidade do crescimento tecnológico e ao mesmo tempo a
manutenção do equilíbrio natural da terra.
Hoje em dia, novas formas de lidar com a situação estão aparecendo e, entre
elas, a necessidade de mudança de hábito e de pensamentos (em níveis
pessoais e globais), pois esses resultados refletem em primeiro lugar um
pensamento egoísta do mundo, como se o homem fosse o centro de tudo, ou
seja, superior a tudo, e seus interesses, portanto, vêem em primeiro lugar. Para
lidar com isso, os grupos de discussão estão levando novas palavras, que
retomam conceitos morais como, altruísmo, solidariedade e igualdade;
normalmente as pessoas lutam por interesses particulares e contra as
desigualdades, mas nesse caso, os problemas ambientais afetam a todos
igualmente e as diferenças das pessoas ficam menores, gerando novas
possibilidades de convívio.
Muitos grupos de movimentos sociais que antes representavam o interesse de
minorias agora estão se reunindo para discutir temas globais, como por
exemplo, uma nova forma de sociedade capitalista, a fim de preservar a vida do
planeta; esses grupos sociais pela primeira vez não estão contra o capitalismo e
sim em busca de novas formas de realizar a organização social; que pelo menos
Seção V
Mudanças climáticas e po líticas locais,
nacionais e internacionais
O

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reveja a cultura de desenvolvimento desenfreado e crescimento contínuo e
obrigatório.
As pessoas se reúnem em grupos como o Fórum Social Mundial, que
periodicamente realiza debates e propõe solução e diretrizes de mudanças para
a sociedade. Ou, através de organizações não-governamentais como o
Greenpeace, que é uma instituição sem fins lucrativos que se mantém com
doações (eles não aceitam doações vindas de governos ou empresas provadas),
e hoje é muito conhecida aqui no Brasil por realizar debates sobre assuntos
problemáticos na sociedade; eles trabalham em prol da preservação dos
recursos naturais e direitos humanos como Amazônia, clima, energia, oceanos,
animais e alimentos transgênicos. O trabalho deles é feito através da pesquisa,
divulgação à sociedade e denúncia das atrocidades cometidas, propostas de
soluções alternativas e a realização de confrontos não violentos.
Como é possível perceber, após tantas separações sociais, um problema trouxe
a união das pessoas sobre um tema comum, e uma das necessidades para
solucionar os problemas de âmbito global é a revisão de hábitos e costumes e
para isso muitas pessoas já estão se reunindo e discutindo alternativas, todo
mundo pode participar e dar a sua opinião ou oferecer seu trabalho voluntário.
Faça a sua parte.
O viés político da natureza
Eduardo Souza Melo
a
e Daniel Moura Martins da Costa
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação.
E- [email protected]
Palavras-Chave: crise ambiental, resoluções políticas, avanço social.
oje, restam poucas dúvidas a respeito das massivas alterações
climáticas induzidas pela ação humana junto à natureza. As altas
doses de carbono na atmosfera, o desmatamento e a poluição
generalizada, têm alterado amplamente a realidade climática do
planeta. Tal efeito tem impactado diversas áreas da realidade natural, o que
acaba resultando, invariavelmente em indeterminações também na vida
humana.
Esse panorama desastroso, muitas vezes pode parecer inacessível para o
cidadão comum, que acaba delegando a responsabilidade de uma ação efetiva a
entidades políticas superiores, normalmente os governos locais ou nacionais.
Nada mais junto, pois, para os mesmos, agir de forma a controlar os efeitos
climáticos, é de vital importância, uma vez que tal gestão contribui na
determinação e preservação da produção alimentícia, gestão da água, produção
energética e finalmente, saúde e bem estar de seus cidadãos.
H

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Fundamentalmente, portanto, o controle ambiental, permite reduzir o impacto
que o clima causaria em diversas esferas caras à administração de um país. No
entanto, embora, tais instituições sejam plenamente capazes de reduzir índices
causadores de malefícios naturais, não são tão hábeis ou capazes de atacar o
problema de modo a resolvê-lo. Entram em cena então, instituições
supranacionais ou confederações de países, dedicados a encontrar soluções
coesas e duradouras para a mazela ambiental.
De fato, tal solução a este problema, é particularizada junto à esfera política,
pois põem em teste a capacidade humana de atingir um grau de administração
a nível planetário nunca antes formalizado. Além, tal construção, envolve uma
cadeia de complexidades, que aponta para outras demandas possíveis de serem
abordadas em escala global. Um exemplo disso é o apoio a países em
desenvolvimento, impedindo assim que os mesmos recorram a recursos
exploratórios na intenção de garantir uma competitividade produtiva.
Tem sido comum, portanto, que tais manifestações políticas encontrem sua
concretização em uma diversidade de conferências que tentam estabelecer
regras diversas, de forma que permitam aos países agirem de forma coesa no
combate dessa questão e, embora seja possível dizer que essas conferências são
importantes para o avanço do tema, em muito o resultado das mesmas termina
por transparecer o atraso com que o tema foi levantado, além é claro, da
morosidade com que os países se dispõem a cooperar para resolvê-lo.
A incapacidade de manter um consenso a respeito das soluções, também tem
sido um entrave quando se trata de uma resposta duradoura para o problema
ambiental. O protocolo de Quioto, notório por congregar uma diversidade de
nações em busca da solução para a diminuição da emissão de gases
provocadores do efeito estufa, nesse ano comemora dez anos sem que haja
uma aceitação satisfatória por todos os países.
Infelizmente, essa dificuldade em estabelecer o consenso se deve em maior
parte à dificuldade de alinhar junto às preocupações ambientais, as diversas
realidades econômicas, países como Estados Unidos e China, grandes
poluidores em escala global, recusam-se a se comprometer com qualquer tipo
de tratado que venha a diminuir sua capacidade de crescimento econômico.
Mesmo a criação do mercado de carbono, que tem como principal intenção
induzir uma visão econômica junto às emissões de CO2, não tem aceitação
junto a tais países que continuam a empregar suas estratégias predatórias, de
forma a favorecer sua hegemonia econômica.
Embora seja possível imaginar que cedo ou tarde a aceitação de metas para o
controle das mudanças climáticas passe a ser uma preocupação generalizada,
existe a preocupação que diz respeito ao prazo que a humanidade tem para
uma tomada de atitude em vista de resultados satisfatórios. Ao relegar a
questão, ignora-se a grande oportunidade política que se apresenta, de definir
valores diplomáticos que favoreceriam uma interligação benéfica entre os
países, além de se esquecer de que o que está em jogo é também a capacidade
humana de viver harmoniosamente junto à natureza.
A atual problemática demonstra que a tomada de decisões coesas devem ser
imediatas, no entanto a dificuldade de estabelecer um consenso, que mantenha

C N 2 0 0 8
74
os interesses econômicos dos países intactos, tem levado essa decisão para
além do prazo aceitável.
Este panorama aponta para a necessidade da reavaliação das prioridades, tanto
das entidades supranacionais, das nações, apontando finalmente para o
indivíduo.
Degradação por processos
antrópicos
Lia Taruiap Troncarelli
a
e Alexandre Limberg F. di Santo
b
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, políticas públicas, desmatamento.
aquecimento global decorre de um fenômeno natural do planeta, o
efeito estufa, que por sua vez está relacionado com alguns gases
existentes na atmosfera como o gás carbônico, o metano e outros.
Tendo estes a capacidade de absorver calor proveniente do sol,
fator determinante para vida na terra como ela é hoje, porém o que esta
ocorrendo é que estes gases estão sendo emitidos de forma demasiada por
atividades do homem, por meio do desmatamento que é o meio de maior
enfoque desse trabalho, e outros como por industrias e queima de
combustíveis fosseis.
Este aquecimento causa mudanças climáticas em todo o globo, tendo muitas
vezes conseqüências desastrosas para o homem, por isso a ONU organiza
desde 1988 um comitê de cientistas que formam o IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que elaborou em 2007 um
relatório analisando as mudanças climáticas e suas conseqüências para
população mundial. Entre as diversas conseqüências estão o derretimento das
geleiras, extinção de um terço das espécies, aumento no nível dos oceanos,
furacões ciclones, enchentes, prejuízos na agricultura, aumento de doenças e
muitos outros estão diretamente relacionados.
No Brasil, segundo estudos realizados pelo IMPE (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais), há estimativas de que até o fim do século a temperatura
na Amazônia aumente até 8ºC, causando a extinção de diversas espécies da
flora e da fauna e transformando a floresta em cerrado, afetando assim não
apenas a população ribeirinha, mas os indígenas, a navegabilidade dos rios, a
produtividade agropecuária, a qualidade de vida nas cidades, a produção de
pescado e também o clima mundial.
O governo do Brasil aposta no biocombustível como maneira de mitigação
dos problemas ambientais. No entanto, alguns cientistas manifestaram
preocupações como as monoculturas, como a cana e a soja, pelo vasto
O

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75
território necessário para o cultivo desses produtos, causando assim o
desmatamento de vastas áreas e outros prejuízos ambientais. Segundo
Oswaldo Canziani do IPCC, o modo como o biocombustível é produzido
pelas monoculturas é destrutivo, e que o interesse do EUA no biocombustível
é apenas de caráter econômico, já que o país não apóia a redução da emissão
de gases estufa estabelecida pelo Protocolo de Kyoto.
Segundo Carlos Nobre, o Brasil está atrasado na realização de estudos
científicos para investigar os impactos que as mudanças climáticas já estão
causando. Thelma Krug, secretaria nacional de mudanças climáticas do meio
ambiente, disse em maio de 2008 que o plano nacional de mudanças climáticas
só será concluído em novembro, embora estivesse previsto para o mês de abril.
Paises como a China e México já têm esse trabalho realizado desde maio de
2007. Para Krug a demora se deve a necessidade de participação regional, de
estados e municípios.
Marcelo Custódio do Greenpeace diz que o Brasil está entre os cinco maiores
emissores de gás carbônico do mundo e pode ser considerado um vilão,
devido ao desmatamento e a sua política energética. Sendo uma grande
contribuição para este desmatamento, a pecuária que é incentivada pelo
governo por créditos a juros subsidiado, a monocultura e a falta de fiscalização
existente na região que se da tanto pela falta de profissionais qualificados
quanto pela dificuldade de locomoção no território e seu tamanho.
Em Janeiro de 2008, o INPE divulgou dados alarmantes sobre trinta e seis
municípios da Amazônia campeãs no desmatamento, com isso o governo
federal suspendeu autorização para o desmatamento nesses municípios,
localizados em Rondônia, Mato Grasso e Pará. De acordo como o governo, as
propriedades rurais dos municípios da lista terão de ser recadastradas e
monitoradas, sendo as áreas desmatadas ilegalmente embargadas pela justiça.
As políticas públicas contra o desmatamento no Brasil só irão contribuir para a
redução do aquecimento global se houver uma articulação entre os diversos
órgãos do governo, como secretarias, governantes, universidades, e a sociedade
civil, visando a fiscalização, proteção e estudo das regiões prestadoras de
serviços ecossistêmicos. Não podendo vigorar apenas interesses particulares de
grandes latifundiários, empresas nacionais e internacionais e muito menos de
interesses políticos, mas sim de critérios que visem a qualidade de vida da
população como um todo, e assim ajudando a mitigar o aquecimento global
causado por ações antrópicas.

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76
O protocolo de Kyoto e as
políticas ambientais
Luiz Felipe de Almeida
a
e Felipe Noróes Leite Gonçalves
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: protocolo de Kyoto, ONU, políticas ambientais.
negligência do homem em relação aos cuidados com a natureza
desde a revolução industrial ocasionou expressivas mudanças
climáticas evidenciadas principalmente a partir da segunda metade do
século XX. As possíveis e iminentes conseqüências dessas mudanças
– mesmo na mais otimista das previsões – são desastrosas; tanto que se
iniciaram grandes esforços para a minimização da emissão de gases poluentes
nos últimos anos. Tais esforços acarretaram em tratados e protocolos que
modificaram a política de vários países em relação principalmente aos
processos de produção industrial, sendo o mais importante deles o Protocolo
de Kyoto.
Em 2005 entrou em vigor esse tratado. Assinado por 55% dos países que
produzem juntos 55% dos “gases-estufa” expelidos na atmosfera. Inicialmente
o tratado de Kyoto prevê uma diminuição de 5,2% em relação aos níveis de
emissão da década de 1990, no período de 2008 a 2012. O tratado também
pretende, entre outras metas, incentivar o uso de fontes energéticas renováveis
e proteger reservas florestais no mundo todo.
Alguns cientistas acreditam que se o Protocolo de Kyoto for concluído com
sucesso, a temperatura global poderá retroceder 5,8ºC até o ano de 2100.
Os EUA e o Protocolo:
Apesar de os EUA serem os principais emissores de gases-estufa do planeta,
alegando questões de inviabilidade econômica, o país não aderiu ao protocolo,
o que para muitos significou um grande retrocesso nas políticas ambientais
mundiais.
O Brasil e o aquecimento global:
O Brasil, nos últimos anos, tem realizado um papel contraditório na questão
do aquecimento global. Ao mesmo tempo em que desenvolve e utiliza fontes
de energia alternativas e renováveis – que além de diminuírem a dependência
de combustíveis fósseis, são economicamente atraentes, sendo o maior
produtor de etanol, e utilizando também as hidrelétricas e o biodiesel – carece
de iniciativa e recursos na preservação de suas florestas.
A cooperação internacional e os novos tratados:
A

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Tendo em vista a necessidade de novos e maiores esforços na diminuição dos
efeitos das mudanças climáticas, a ONU já se manifestou sobre a
implementação de um novo tratado ambiental que deverá substituir o
Protocolo de Kyoto. Mais do que nunca será imperativo que países como
EUA, China, Índia e Rússia comprometam-se a viabilizar o novo tratado.
De um modo geral, a comunidade internacional, representada pela ONU, tem
se mostrado bastante participativa em relação à conscientização e ao combate
às causas do aquecimento global; mesmo os EUA – que não aderiram ao
Protocolo de Kyoto – tomaram medidas para amenizar os danos do
aquecimento global, além de possuírem muitos cientistas que estudam o
fenômeno e como minimizar seus efeitos.
É essencial desenvolvermos uma política ecologicamente correta, visto que já
não somos capazes de reverter os efeitos do aquecimento global, apenas
abrandá-los.
O comércio de carbono
Christian Fernandes de Lima
a
e Cláudio Vaz Gomes Neto
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: protocolo de Kyoto, mecanismo de desenvolvimento limpo,
redução certificada de emissão.
preocupação com o meio ambiente levou os países da Organização
das Nações Unidas (ONU) a assinarem um acordo que estipulasse
um limite sobre as intervenções humanas no clima. Este acordo
nasceu em dezembro de 1997 com a assinatura do Protocolo de
Kyoto, que determina que países desenvolvidos signatários reduzam suas
emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 5,2% em média, relativas ao ano
de 1990, entre 2008 e 2012. Este período é conhecido como “primeiro período
de compromisso”.
Para não comprometer as economias desses países, o protocolo estabeleceu
que parte dessa redução de GEE pode ser feita com base na negociação entre
nações através de mecanismos de flexibilização. Um deles é o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), onde o crédito de carbono é um exemplo e
se insere com o nome de Redução Certificada de Emissão (RCE). Uma RCE
corresponde a 1 tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente. Esta, por
sua vez, é o resultado da multiplicação das toneladas emitidas de GEE pelo seu
potencial de aquecimento global.
O CO2 tem o potencial de aquecimento global estipulado em 1 crédito ou 1
RCE como medida padrão. Já o potencial de aquecimento global do gás
metano (CH4) é 21 vezes maior que o do CO2, portanto o CO2 equivalente
do metano é igual a 21. Logo, 1 tonelada de metano reduzida corresponde a 21
A

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créditos de carbono. E para medir a quantidade de GEE emitida por cada
empresa ou país, haverá instrumentos semelhantes àqueles que são usados pela
CETESB para identificar veículos irregulares.
Potencial de aquecimento global dos GEEs:
• CO2 – dióxido de carbono = 1;
• CH4 – metano = 21;
• N2O – óxido nitroso = 310;
• HFCs – hidrofluorcarbonetos = 140 ~ 11700;
• PFCs – perfluorcarbonetos = 6500 ~ 9200;
• SF6 – hexafluoreto de enxofre = 23900.
Os créditos de carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um
valor monetário – ainda não definido – à poluição atmosférica. O Protocolo de
Kyoto determina uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir.
Os países, por sua vez, criam leis que restringem as emissões de GEE pelas
organizações, principalmente as indústrias que emitem grandes quantidades de
poluentes, mas não reduzindo a elas e considerando também os veículos que
utilizam combustíveis fósseis.
Assim, aqueles países que não conseguirem atingir as metas de redução de
emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado,
aquelas indústrias que conseguirem diminuir suas emissões abaixo das cotas
determinadas, podem vender o excedente de “redução de emissão” ou
“permissão de redução” no mercado nacional ou internacional, criando um
novo comércio que visa a proteger o meio ambiente controlando as emissões
de GEEs e incentivando o uso de tecnologias limpas.
Combustíveis renováveis:
será a solução?
Thiago Toshi Teruya
a
e Mariana Cardoso Tudela
b
a
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
Palavras-Chave: álcool, poluição, impacto ambiental.
ndústrias, poluição, queimadas, e desmatamento. É o homem mudando
o clima do planeta e começando a perceber os efeitos de gases liberados
na atmosfera: a queima de combustíveis fósseis.
A queima em grande escala começa na época da industrialização na
Europa, Revolução Industrial, desde então o mundo começou a entrar em
processo de industrialização e, cada vez mais, lançando gases poluentes na
I

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79
atmosfera, pois a maior fonte de energia utilizada, era também a mais poluente
possível: o carvão mineral.
No Brasil o processo de industrialização foi bem tardio, começou a partir da
virada da década de 40 para 50.
O Brasil e o mundo sofreram com a crise do petróleo (1970), onde foi preciso
criar estratégias para driblá-lo e o Brasil achou uma solução, a produção do
álcool etílico (ou também chamado de etanol).
Passada a crise, caiu a necessidade do uso do álcool em veículos automotivos e
a gasolina começa a se tornar novamente o maior combustível utilizado.
Na virada do século XX para o XXI o Brasil mostra uma possível solução para
reduzir os problemas de emissão de gases poluentes, que é a “volta” do álcool.
Mas será que o uso do álcool e de outros biocombustíveis irá reduzir nossos
problemas ambientais?
Há sentido em discutir o impacto ambiental (ecológico+ socioeconômico) da
queima da palha da cana, na medida em que entendemos o impacto ambiental
do conjunto dos componentes que atuam no subsistema do cultivo da cana de
açúcar.
Muitas pesquisas, como a que a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisas
agropecuárias) realiza, dizem que combustíveis renováveis são só renováveis,
pois nenhum deles é limpo e sua queima prejudica o ambiente.
Os sistemas de produção de cana de açúcar ainda são bastante heterogêneos a
nível nacional no que se pese a modernização tecnológica nessa atividade. O
setor canavieiro emprego desde tecnologias de ponta até práticas que datam do
neolítico, como uso das queimas para facilitar a colheita.
Segundo a revista Biodiesel BR o Brasil tem hoje muitas áreas destinadas ao
plantio da cana de açúcar e soja (biodiesel) “ocupando” o lugar de solos para
produção de alimentos podendo futuramente ocasionar danos como escassez
de alimentos, alta dependência do álcool entre outros fatores.
A conseqüência dessas mudanças sobre o meio ambiente é a socioeconomia
das regiões atingidas direta ou indiretamente, apesar de sua magnitude e
importância para o país, ainda são globalmente desconhecidas e deveriam ser
levadas em conta, sabendo que são prejudiciais a todos à medida que afeta as
mudanças climáticas do mundo.
Segundo ainda a EMBRAPA o álcool polui menos que a gasolina, mas no
processo de produção como vimos, além de resíduos químicos que sobram do
processo que são jogados em rios, pode ser mais danoso ao meio ambiente do
que a própria gasolina utilizada nos automóveis.
A resposta para a solução ambiental deve ser estudada com cuidado, pois nem
mesmo os combustíveis renováveis são a melhor opção para a redução de
gases que provocam o aquecimento global.
“Às vezes, tende-se a querer reduzir, equivocadamente, o impacto de uma
determinada atividade a uma ou outra dessas dimensões. Muitas vezes, o dano
ecológico não justifica os ganhos econômicos ou sociais, outras vezes sim.

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Trata-se de questão complexa em que a decisão pode ser inclusive de caráter
social ou político” (EMBRAPA).
A internacionalização da
questão ambiental
Ryane Siqueira Leão
a
e Letícia Janini Godoy
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: sociedade global, interdependência ambiental, políticas públicas.
Guerra Fria não trouxe à tona apenas uma disputa ideológica entre
capitalismo e socialismo coma bipolarização do mundo em torno dos
EUA e da URSS. A Guerra Fria também possibilitou a reflexão
sobre os efeitos globais de uma possível confrontação nuclear e, por
extensão, os efeitos de fenômenos transnacionais como as migrações
internacionais, tráfico de armas e drogas, desequilíbrios ecológico sem uma
sociedade cada vez mais globalizada.
Entre os fenômenos que atravessam as fronteiras dos Estados- deixando de
ser ocorrências pontuais e localizadas- merece destaque a questão ambiental,
mais precisamente as alterações climática, que emergem como tema
fundamental do debate político contemporâneo, tornando-se assunto de
Segurança Nacional. No passado, falar em aumento da temperatura da Terra
era pauta da baixa política (soft) dos governos. Hoje, trata-se de uma questão
da alta política (hard).
Antes, os governos atuavam unicamente dentro de seus domínios. Com o
passar do tempo, perceberam que os problemas ambientais ultrapassam seus
limites, o que exige uma atuação que envolva o maior número possível de
países. Assim, as alterações climáticas são problemas ao mesmo tempo
domésticos e internacionais.
Além disso, elas exigem a participação de atores não-estatais como os
movimentos sociais, as Organizações não-governamentais (Ongs), o Terceiro
Setor e empresas multinacionais, indicando uma ação mais pragmática e
dinâmica com relação à questão das mudanças climáticas.
O movimento ambientalista internacional ganhou fôlego na década de 90.
Desde as eleições presidenciais norte-americanas de 1991, o candidato à vice-
presidente Al Gore já assumia uma posição de ativista ecológico e defendia a
implantação de um fundo de investimento para os problemas climáticos dos
países em desenvolvimento. Um ano depois, a ONU organizou a Conferência
Mundial sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (Rio-92) em que se propôs
que os países ricos teriam uma “dívida ecológica” com os países
subdesenvolvidos. Alegou-se que o acelerado processo de modernização
A

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tecnológica resultou, muitas vezes, na apropriação pouco racional do meio
ambiente com conseqüências globais, o que necessitava de políticas não apenas
locais e nacionais, mas da criação de regimes internacionais que buscassem
soluções técnicas e práticas. Outra observação importante é a de que as
pesquisas da comunidade científica têm auxiliado as ações do movimento
verde. Exemplo notável foi a oposição bem-sucedida dos ativistas da ADOC
(Coalizão Antártica e do Oceano Ártico) à presença humana sem planejamento
na Antártida baseada nos estudos que comprovam o efeito dos CFCs
(clorofluorcarbonos) na destruição da camada do ozônio e do aumento nível
dos oceanos decorrente das alterações climáticas. Por outro lado, as
descobertas científicas podem inviabilizar os esforços dos ativistas. O
Protocolo de Kyoto (regime internacional de administração das mudanças
climáticas globais) é fortemente criticado pelos Estados Unidos. O país afirma
que as evidências são insuficientes, necessitando de um estudo mais
aprofundado dos ciclos naturais e dos efeitos da ação do homem sobre os
ciclos, além da falta de um conhecimento mais efetivo dos elementos que
alteram o clima e a incerteza do real mudança climática global.
Diante do exposto, fica clara a interdependência da política da política, da
economia, do cultural e do ambiental. Os efeitos da economia podem gerar
impactos no meio ambientes vice-versa. O Relatório Brundtland produzido
pela ONU enfatizou a estreita ligação entre desenvolvimento e problemas
ambientais. Vivemos não apenas uma interdependência econômica, mas uma
interdependência ambiental.
Caso a sociedade mundializada não se conscientize da importância do aspecto
ecológico que a integra, o qualificativo “sociedade de risco” - em que a própria
sociedade torna-se um perigo para si mesma e não mais as suas contradições
internas – será inevitável.
Lixo limpo em Nova Iguaçu,
RJ, Brasil
Maria Juliana Alves Torres
a
e Samila Franco
.b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: mecanismos de desenvolvimento limpo, biogás, responsabilidade
social.
contexto histórico a que os indivíduos desta e de outras gerações estão
inseridos, a preocupação com acontecimentos ocorridos devido a
mudanças climáticas tem levantado discussões no âmbito político social
e econômico. A busca pela dissolução de parte destas dificuldades, tem
ocasionado congressos e encontros com propósito de unir idéias, ações e projetos.
Nisto, um projeto empreendedor brasileiro.
O

C N 2 0 0 8
82
Os efeitos diretos são descritos como as conseqüências de desastres climáticos na
fisiologia humana. Tomando os furacões como exemplo, além das mortes durante
o evento, há os traumas tanto físicos quanto psicológicos – decorrentes de
inundações e destruição de casas. Temos ainda as ondas de calor, que causaram
mais de trinta mil mortes na Europa, no verão de 2003, por desidratação e
problemas cardiovasculares.
Já os efeitos socioeconômicos são as conseqüências das mudanças climáticas sobre
aspectos da sociedade. Secas prolongadas estimulam migrações, principalmente das
populações que dependem da produção agrícola para sobreviver. Esses povos
tendem a fixar nova moradia na periferia de grandes aglomerados urbanos, onde o
saneamento básico é insatisfatório e os prejuízos à saúde ocorrem em maior
número.
Os efeitos indiretos, por sua vez, são aqueles sofridos pelo meio ambiente e que
causarão efeitos na saúde humana a curto e médio prazo. Um exemplo claro é o
aumento da incidência de doenças tropicais na população. No Brasil, o
aquecimento global acelera o metabolismo do mosquito Aedes Aegypti, vetor
(transmissor) da malária e da dengue, fazendo com que os mosquitos se tornem
adultos em menos tempo e procurem mais alimento: mais mosquitos, mais picadas
de mosquitos, maior transmissão de doenças. Moléstias transmitidas por
microorganismos também aparecem com maior freqüência, já que a alta
temperatura facilita a sua proliferação: a cada 1ºC de aumento na temperatura da
água, o número de microorganismos nela aumenta dez vezes. Na região do rio
Amazonas, onde os moradores costumam coletar a água da chuva para consumo, a
ausência de chuvas força-os a usar a água do rio. Diante disso, o número de casos
de cólera tende a subir.
As regiões de riscos dessas doenças também são afetadas. Conforme a temperatura
global sobe, as áreas quentes o bastante para a sobrevivência dos vetores se
ampliam. Assim, as doenças típicas de clima quente começam a surgir em locais
cada vez mais altos e em latitudes maiores.
Outros efeitos indiretos vêm da qualidade do ar, que piora com a escassez de
chuvas. O acúmulo de CO2 na atmosfera traz implicações sérias na saúde
respiratória, mas esse não é o único caso. Em países europeus, a primavera tem
começado mais cedo, e a época na qual o pólen das plantas fica suspenso no ar se
prolonga. Pessoas com qualquer tipo de alergia respiratória são as primeiras a sentir
os efeitos.
Como visto, os impactos das mudanças climáticas na saúde humana, além de
alarmantes, são presentes em nossos dias. O momento das agressões ao meio
ambiente se reverterem contra a humanidade está no início. Só cabe à sociedade
notar a situação em que se encontra e tomar suas providências, seja por políticas
públicas, seja pelo uso racional dos recursos naturais em cada casa. O planeta só
terá a agradecer.

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83
Implicações dos impactos
ambientais na saúde
coletiva
Natália Nicola
a
e Priscila Pascarelli Pedrico do Nascimento
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, efeitos, saúde.
s mudanças climáticas são decorrentes do excesso lançamento de
gases na atmosfera que intensificam o efeito estufa causando o
aquecimento global (aumento da temperatura terrestre). Um desses
principais gases é o dióxido de carbono (CO2), que devido aos
desmatamentos e à queima de combustíveis fósseis, tais como o carvão, o
petróleo e o gás natural, é liberado na atmosfera causando grandes impactos
ambientais como o derretimento de geleiras e o aumento do nível dos mares,
tempestades, enchentes, furacões, seca, falta de alimento, escassez de água e
grandes prejuízos econômicos.
Dessa forma, há várias maneiras pelas quais as mudanças climáticas afetam a
saúde da população. Acredita-se que o principal fator prejudicial para o corpo
do ser humano seja o próprio “aquecimento global”, ou seja, o efeito do
aumento da temperatura no organismo humano. Embora esta afirmação esteja
correta, sabe-se que este não é o único fator relevante sobre o efeito das
mudanças climáticas no âmbito da saúde coletiva, pois existem outros
processos ambientais e sociais que também resultam do aquecimento global e
que podem aumentar a incidência de doenças e a mortalidade em todo o
mundo.
As mudanças climáticas afetam a saúde e a integridade do ser humano tanto
direta como indiretamente. Impactos ambientais como tempestades,
enchentes, furacões, secas e ondas de calor são conhecidos como “efeitos
diretos”, ou “eventos extremos” resultantes de alterações nos padrões
ambientais e que afetam diretamente a saúde das pessoas provocando traumas
físicos (integridade pessoal) e psicológicos (abalos emocionais), além de
prejuízos econômicos para toda a população atingida.
Os “efeitos indiretos” sobre a saúde estão devidamente associados às
modificações causadas no meio ambiente e que resultam em alterações
climáticas provocando a falta de alimento, implicando o aumento da
desnutrição e péssimo desenvolvimento infantil, a escassez de água e a
migração de animais.
Seção V I
Mudanças climáticas e saúde
A

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84
Tais eventos afetam países de várias regiões. Toda a população encontra-se
hoje em estado de vulnerabilidade quanto aos chamados eventos extremos que
podem ocorrer devido às mudanças climáticas globais, não se limitando apenas
a população de países em desenvolvimento, visto que estes eventos são
considerados problemas mundiais. Porém, tais países serão os que mais
sofrerão os efeitos das mudanças climáticas por não possuir as devidas
estruturas necessárias para atender as demandas de sua população.
O aumento da temperatura, ondas de calor, tempestades, inundações, secas e
incêndios são fatores que atingem a saúde da população causando o aumento
da mortalidade e morbidade, o aumento na carga de doenças diarréicas, na
incidência de doenças cardiorrespiratórias, na distribuição espacial de
populações de vetores de doenças infecciosas (migrações - redistribuição de
endemias como a malária, a dengue e a leishmaniose) e acidentes e traumas
(deslizamentos).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que as mudanças
climáticas podem ser responsáveis pela morte de 150.000 pessoas por ano, e
estas mortes devem aumentar substancialmente no futuro.
Tantas catástrofes e tantos episódios de disseminação de doenças, associados a
um alto custo financeiro são eventos resultantes das mudanças climáticas e das
alterações causadas pelo ser humano no ambiente e estão intimamente ligadas
a saúde da população. Não basta apenas conscientizar um grupo de pessoas ou
uma população específica, para mudarmos este problema que vivemos, o
mundo deveria ser alertado e tomar as devidas providências. Se cada país
fizesse sua parte reduzindo suas emissões de gases, contribuiriam
significativamente para controlar o processo de aquecimento global e
minimizar as doenças causadas pelos efeitos diretos e indiretos. Sendo assim, a
cooperação e a contribuição para reduzir os efeitos das mudanças climáticas
são fundamentais para permitir uma vida saudável e segura dentro de um
mundo globalizado.

C N 2 0 0 8
85
Estamos comendo o
planeta!
Geórgia Aparecida Santos Araújo
a
e Paola Elizandra
Simões Gasparini
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, desenvolvimento sustentável,
biocombustíveis.
as ultimas décadas temos sido bombardeados por sucessivas
noticias acerca de efeito estufa, aquecimento global, mudanças
climáticas, etc. Todas essas noticias, abordando superficial ou
profundamente, esses polêmicos temas levam cidadãos a uma
reflexão preocupada sobre as transformações que operamos em nossos
ecossistemas.
Dados fornecidos por organizações mundiais como Greenpeace e WWF
fornecem informações relevantes sobre a influência desses fenômenos nos
biomas da Terra e sua conseqüência sobre os animais, incluindo nós os seres
humanos. Atualmente muitos cientistas publicam artigos e procuram soluções
capazes de amenizar os problemas originados do aquecimento global e
fenômenos da natureza contíguos.
O ciclo da destruição do planeta é gerado pelo aquecimento global, como
conseqüência da revolução industrial, que foi e é ao mesmo tempo causada
pelo processo natural/destrutivo de sobrevivência do homem; onde se pode
observar o desmatamento de vegetações nativas e o desenvolvimento de
tecnologias para o conforto do homem o que resulta em graves alterações em
seu meio, mas também o uso das mesmas, agora, para solucionar esse
problema.
O aquecimento do planeta sempre existiu, ele é necessário e responsável pela
nossa sobrevivência, ele funciona como um isolante térmico (gases
atmosféricos) que prende a radiação vinda do sol e mantêm o planeta em uma
temperatura estável durante o tempo em que a Terra não é iluminada. Esse
aquecimento começou a se intensificar a partir da década de 60 pelo aumento
de emissão de gases, como o CO2, oriundos de combustíveis fósseis,
formando uma espécie de cobertor que prende e aumenta o calor.
O aumento de calor na superfície terrestre é o ator das alterações climáticas,
gerando catástrofes como furacões, tempestades tropicais, derretimento de
geleiras, entre outros. Esse é um processo evolutivo e global, um fenômeno
anormal da natureza que ocorre no sul atinge o norte seja por migração de
povos, morte e animais ou quebra da economia.
N

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Os evidentes estragos causados pelo aquecimento global e suas conseqüências
levam cientistas e estudiosos a pensarem em intervenções, que são algumas
vezes vantajosas ou outras tantas inviáveis, para amenizar ou até acabar com
esse fenômeno. Entre algumas das soluções propostas há o sumidouro e
créditos de carbono. É de cunho econômico uma das maiores barreiras para as
soluções de amenização desse fenômeno. Muitos países, e dentre esses os
principais contribuintes para o aumento do aquecimento, só aceitam investir e
implantar medidas que não interfiram no seu desenvolvimento econômico.
Soluções e economias a parte, o eminente risco de em poucos anos (isto
considerando pouco mais de 100 anos) consumirmos nosso planeta ao pó
levou vários países preocupados com a temática do aquecimento a criarem
políticas onde possam continuar a se desenvolver de forma limpa e
simultaneamente a contribuírem de forma a solucionar esse impasse, a essa
política damos o nome de Desenvolvimento Sustentável. A política de
sustentabilidade defende o desenvolvimento que é capaz de suprir as
necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender as
necessidades das gerações futuras.
No Brasil as formas adotadas dessa política são: Programa Pró-Álcool, uso de
energia eólica, solar e produção de bicombustíveis.
Uma proposta inusitada e curiosa e improvável de ser realizada é o
Vegetatismo, elaborado e divulgado em relatório da ONU em fevereiro de
2007, que afirma que a criação de animais para consumo é uma das principais
causas de degradação do solo, poluição do ar e água, além do próprio
aquecimento global. Sendo que um quinto das emissões de gases que
contribuem para o aumento da temperatura é proveniente da criação desses
animais e de todo o processo realizado até a carne chegar em nossas mesas.
Com base nesses dados alguns pesquisadores da ONU propõem que uma
medida possível seria a adoção do vegetatismo, ou seja, consumo exclusivo de
vegetais.
Se analisado teoricamente, o vegetatismo seria uma grande medida de
intervenção, pois o que consumimos como carnívoros realmente é destrutivo
para a situação atual do planeta, embora devam também ser considerados
outros meios que contribuam igualmente.
Extinguir todos os meios de criação e abate comerciário de carne, de qualquer
animal, e instituir o consumo de vegetais seria curioso e eficaz se não fosse
considerados alguns fatores como esgotamento nutricional e espacial do solo,
expropriação de terras, entre outros, e o mais importante quebra da economia
local e mundial.
Medidas e intervenções a parte, eficazes ou não, estamos sendo expectadores e
aos poucos também atuantes em projetos que visam a promoção de
desenvolvimento sustentável, esse assunto agora é de responsabilidade
mundial, o que atinge pessoas comuns a cientistas e faz com que vários países
cooperem em conjunto.
Assim a solução ou intervenção do desenvolvimento Sustentável, às vezes
abordada por medidas inviáveis ideológica ou economicamente, e por outras

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87
tantas eficazes (nesse caso principalmente economicamente) nos leva á uma
pergunta reflexão: As medidas propostas pelo desenvolvimento Sustentável
serão permanentes se levadas de encontro a interesses financeiros?
A Terra está doente
Juliana Ferreira
a
e Natalie Klann Garcia
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: doença, vulnerabilidade, mudanças climáticas.
s mudanças climáticas tem sido foco de extensos debates em vários
setores de nossa sociedade, e é claro presente na área da saúde,
criando um sinal de alerta sobre a influência dessas transformações
ambientais e suas atuais e posteriores conseqüências no curso da vida
humana.
Muitos acham que as mudanças climáticas só estão prejudicando o meio
ambiente, mas nosso corpo também está sofrendo com isso, pois saúde e meio
ambiente estão intimamente ligados. Tais mudanças estão sendo causadas pela
enorme emissão de gases estufa, principalmente pelos países industrializados.
O impacto no ambiente é mais evidente, pois sentimos que a temperatura
aumentou e que as precipitações de chuvas estão irregulares, muitas vezes
causando inundações e que o período da seca é maior, trazendo muitas
conseqüências às nossas vidas.
As principais ameaças à nossa saúde podem ser: as doenças transmissíveis
endêmicas, como malária, dengue e febre amarela que estão aumentando
devido a mudanças no ciclo dos insetos vetores através do aumento de
temperatura e águas paradas das chuvas; problema de subnutrição por causa
das secas que além de prejudicarem as colheitas, não oferece a água necessária
para a população que sofre com isso, implicando no aumento da mortalidade
infantil; acidentes causados por tempestades, inundações, furacões, estiagens;
doenças respiratórias e cardiovasculares causadas pela crescente poluição; e as
instabilidades do clima que a humanidade não está preparada para enfrentar.
Os efeitos das mudanças climáticas sobre a saúde não afetam igualmente todas
as regiões. Um aspecto importante a ser analisado é a vulnerabilidade de cada
população, pois isso irá intensificar ainda mais os impactos. Ser vulnerável é
resultado de uma infra-estrutura fraca tanto na promoção de saúde como de
saneamento básico, não promovendo disposição adequada do lixo doméstico
para impedir a contaminação do solo e a proliferação de insetos vetores, assim
como a ausência de recursos que evitem a ocorrência de inundações e
distribuição de água potável para todos.
Uma nova metodologia para avaliar as relações entre o clima e saúde foi criada
pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e apresentado pelo IPCC. Consiste em
A

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medir a vulnerabilidade das populações através de índices epidemiológicos,
socioeconômico e climatológico. Dengue, malária, hantavirose, cólera,
leptospirose e leishmanioses visceral e tegumentar americana foram
consideradas doenças que podem ser suscetíveis a um aumento devido a
fatores socioeconômicos e climáticos. A vulnerabilidade socioeconômica
considera a densidade demográfica, grau de urbanização, renda, escolaridade,
saneamento básico, mortalidade infantil e expectativa de vida. Já a
vulnerabilidade climatológica permite identificar eventos atípicos, como chuvas
intensas e fora de época.
O Brasil é um país muito vulnerável, pois não possui uma agenda de saúde
pública para adaptação dos impactos gerados pelas mudanças climáticas.
Devido a sua enorme extensão territorial e a grande quantidade de pessoas
serem de baixa renda, sem acesso a serviços de saúde e informações, o risco se
torna maior. A concentração em massa nas áreas urbanas implica na imposição
de uma estrutura e política de saneamento mais eficaz. Parte da região Norte e
o Nordeste é que estão sofrendo mais com os impactos, pois as situações
socioeconômicas, juntamente com o clima semi-árido típico da região e a alta
incidência de endemias, intensificam a vulnerabilidade para as doenças,
agravada pela falta de motivação por parte dos governos para a ação coletiva.
Países desenvolvidos também têm sofrido com essas mudanças, e sentem que
muita coisa mudou e que precisam de novas estratégias para deixar a
população mais preparada.
Organizações como a OMS (Organização mundial de Saúde) têm criado
programas de alerta da necessidade de proteção da saúde pública. Neste ano
(2008) o tema do dia mundial da saúde foi: “Protegendo a saúde frente às
mudanças climáticas”, comemorado no dia 7 de abril, que buscou uma
sinalização mundial do problema, proporcionando a identificação dos fatores
determinantes e condicionantes que interferem na saúde humana.
Só com a aquisição do conhecimento mais amplo sobre as mudanças nos
proporcionará medidas para tomar as decisões corretas e eficazes para
prevenção e controle dos fatores de risco das doenças e os agravos devido à
vulnerabilidade específica de cada região do nosso planeta Terra.

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89
Condições humanas de
saúde no cenário atual das
alterações climáticas
Julio César Carmo Faria dos Santos
a
e Marina Martins
Mompean de Souza
b
a
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física.
E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, estilo de vida, saúde.
partir da Revolução Industrial, houve um intenso processo de
desenvolvimento tecnológico, que, permanece até os dias de hoje.
Esse desenvolvimento gera inúmeras conseqüências em diversos
setores tanto econômicos, políticos, sociais e ambientais, onde, neste
ultimo ocorrem alterações nos fenômenos climáticos que vem preocupando a
população.
Segundo Nahas, saúde se caracteriza como uma “condição humana com
dimensões físicas, sociais e psicológicas ordenadas num contínuo de pólos
positivos e negativos em busca da autonomia”. Nos dias de hoje, a saúde esta
relacionada também ao estilo de vida do indivíduo.
O estilo de vida sofre influências do meio, e as mudanças climáticas interferem
quase diretamente promoção de saúde da população. Essas mudanças não
significam apenas mudanças nos índices pluviométricos ou na elevação de
temperatura, e sim em mudanças mais amplas que afetam produções agrícolas
conseqüentemente na qualidade dos alimentos.
Além dos fatores citados anteriormente, o aumento da temperatura do planeta
colabora para a manutenção e ampliação de doenças tropicais como a malária,
cólera, tuberculose assim como a dengue que afetou grande parte da população
carioca nos últimos meses.
A ONU também mostra – se ativa e preocupada com o tema em questão. O
secretário geral, Ban Ki-moon, destaca que as mudanças climáticas realmente
podem comprometer a saúde, pois elas afetam além da disponibilidade, a
qualidade da água e da comida, elementos fundamentais para a nutrição e
conseqüentemente para a saúde humana. Além disso, Ban ainda ressalta que os
países que menos contribuem para o aquecimento global são os que mais
sofrem com os problemas de saúde pública, porém as conseqüências negativas
fazem – se presentes em todo o mundo, como a onda de calor que atingiu a
Europa, em 2003, matando cerca de 70 mil pessoas.
A

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Para enfrentar estas mudanças climáticas e o agravamento das epidemias
(causadas por estas mudanças) é preciso que a sociedade e que os governos se
orientem para intensificar os investimentos em saúde pública, saneamento e
defesa civil. Além disso, é preciso que a sociedade se mantenha alerta com os
níveis de poluição que agravam e intensificam as mudanças climáticas e por
conseqüência colocam em risco sua saúde.
A dengue e o aquecimento
global
Pâmela de Cavallieri Rodrigues
a
e Simone Matos Batista dos
Santos
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: dengue, Rio de Janeiro, aquecimento global.
epidemia de dengue no Rio de Janeiro no ano de 2008 resultou, até o
fim desse artigo (13/05/2008) em 65 mortes, aproximadamente 80
mil infectados na capital e 140 mil em todo o estado.
O número de casos e a velocidade com que a doença dissemina-se
são impressionantes. De acordo com o secretário nacional de Vigilância em
Saúde, Fabiano Pimenta, o habitat do Aedes aegypti é urbano e a grande
concentração de mosquitos não acompanhou o saneamento e a coleta de lixo
do Rio de Janeiro. Pimenta ainda relata que a produção de descartáveis
aumentou nos últimos anos, expandindo-se os criadouros e que esses fatores
juntamente com o aumento de temperatura e chuva contribuíram para a
proliferação do mosquito nas cidades; demonstrando que há outros fatores
interferindo na reprodução do mosquito, como por exemplo, o contexto
social.
Originário da África Tropical e introduzido nas Américas durante a
colonização, mosquito Aedes aegypti é o principal vetor da dengue. A fêmea
vive de 30 a 45 dias e a temperatura ideal para sua proliferação é de 26 a 28
graus, ou seja, uma temperatura comum em países tropicais. Com o calor, a
metamorfose do ovo em mosquito acontece mais rapidamente. O
metabolismo do inseto também fica mais rápido, resultando assim, numa
maior necessidade de alimento. A fêmea que em condições normais picava
alguém de 15 em 15 dias passa a picar de 4 em 4, o que auxilia na transmissão
da doença.
A dengue está entre os principais problemas de saúde publica em vários países
do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a
doença exista em mais de 100 países e cerca de 80 milhões de casos no mundo
surjam todo ano. Com o aquecimento global, os países que possuem uma
A

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91
densidade alta de insetos em terras baixas irão ter suas áreas mais altas
invadidas pelos mesmos, já que anteriormente essas áreas eram frias e agora
estão atingindo uma temperatura mais propícia para o crescimento desses.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas promovido pela
ONU em 2001, a temperatura da Terra pode aumentar até 5,8ºC em 2100 (em
relação a 1990). Essa elevação da temperatura é decorrente do agravamento do
efeito estufa, tendo como principal responsável e prejudicado o próprio
homem.
A diminuição da disponibilidade de água potável, desastres naturais e aumento
de problemas cardiovasculares e respiratórios são prováveis conseqüências da
maior intensidade e duração das ondas de calor; sendo o aumento na
distribuição e freqüência das doenças tropicais transmitidas por insetos, assim
como a dengue, uma das maiores preocupações dos especialistas.
Há de ser criada uma estrutura adequada para que os efeitos dessas variações
sejam minimizados antes de se tornarem um enorme problema, como uma
epidemia. Devemos encarar que o que está ocorrendo agora no Rio de Janeiro
é um grande alerta para um futuro não tão distante, para que possamos fazer
investimentos e aplicar nossa avançada tecnologia em ações que impeçam ou
minimizem a proliferação da dengue. Outro fator muito importante é que para
solucionar o problema da dengue, não somente no Rio de Janeiro mas em
qualquer outro lugar em que ela se prolifere rapidamente, é preciso uma união
entre o povo e o governo. Não adianta investir em saneamento e melhorar as
condições da coleta de lixo se o povo não se unir e fizer a sua parte; a epidemia
a qual estamos passando é fruto do que plantamos em todos esses anos, mas
com a conscientização e união podemos reverter a situação.
Emergente estado de
alerta
Marcelo Piovezan

Aluno do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: mudanças climáticas, setor da saúde, emergência.
ercebemos que as mudanças climáticas tem levantado várias questões
dentro da esfera governamental, como os efeitos que essas mudanças
trazem para o setor da saúde.
Discussões são postas em pauta para esclarecer quais realmente são as
causas e conseqüências decorridas neste contexto. Observa-se que dessas
“transformações” climáticas que podemos citar como exemplos, tufões,
chuvas torrenciais e também secas intensas, diversas doenças são agravadas.
Pesquisas mostram que no ano de 1.999 na Venezuela as chuvas torrenciais
trouxeram um grande problema a lidar, a proliferação da cólera e junto dela
P

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diversos outros casos de doenças. Nos países subtropicais doenças infecciosas
e de difícil controle como a dengue e a malária entram em agravamento,
levando a população e as unidades competentes a grande preocupação e as
vezes até a um estado de emergência.
Não apenas tem se constatado o aumento dessas enfermidades devido às
mudanças climáticas como também temos que considerar e ressaltar a situação
de diversos países em desenvolvimento que tendo como principal atividade
econômica assim como modo de subsistência a agricultura, tem sido
grandemente prejudicados com as secas intensas que outrora não se
apresentavam em certas regiões, acarretando num estado de miséria, fome e
também maior número de doentes.
Assim sendo, dados e pesquisas são levantados de forma até que fácil levando
informação e mostrando às nações a delicada situação em que se encontram,
no entanto menos que isso é feito quanto prevenir e cuidar dessas
conseqüências.
O setor da saúde por mais desenvolvido que seja e independentemente do país
em questão não está preparado para lidar com tamanho problema, pois se um
estado de emergência se desencadear de forma repentina, não será oferecido
um suporte suficiente para arcar com essa necessidade a fim de assistir a todos,
e é aí que entramos em conflito.
Se de um lado organizações trabalham para retardar as mudanças climáticas e
seus previsíveis e até de certo ponto imprevisíveis efeitos, de outro as unidades
responsáveis devem se mover de forma mais ágil para se organizarem,
perceberem quais são suas demandas e assim estarem prontas para lidar com
tais efeitos e necessidades na sociedade e na economia.
Neste contexto de grande preocupação o que queremos é alertar os setores da
saúde a se questionarem se estão prontos para o que há de vir e assim mostrar
sua competência mediante a população.

C N 2 0 0 8
93
Mudanças climáticas e
seus impactos na saúde
Priscila Sandjer Antônio
a
e Rosana Marques de Souza
b
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, doenças, mortalidade.
s mudanças climáticas que estão ocorrendo no planeta, atualmente é
um dos assuntos mais abordados no mundo inteiro. As evidências
estão sendo claras, a temperatura da superfície terrestre aumentou
desde o fim do século XIX cerca de 4 °C acima do normal, e não é
só o planeta que corre risco, a população humana obviamente sofrerá
conseqüências, não apenas na economia e nos negócios e desenvolvimento
tecnológico, mas principalmente na saúde
Segundo o médico e pesquisador brasileiro Ullisses Confalonieri, que ao lado
de um cientista alemão, coordena o comitê de saúde do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), os efeitos das mudanças
globais na área da saúde são genéricas, haverá impactos, mas é difícil prever
quais serão.
Existe uma relação entre o aquecimento global, o aumento mundial de doenças
e a mortalidade. Esses fatores climáticos podem acelerar os ciclos infecciosos e
facilitar a dispersão espacial dos agentes microbianos e de seus transmissores,
aumentar a quantidade de chuvas, inundações, temporais e secas. Tais
conseqüências justificam a epidemia causada pela dengue no Rio de Janeiro, e a
malária no Norte do Brasil. Podemos também citar o aumento de doenças
diarréicas e cardiorrespiratórias. Outro efeito dessa relação, na produção de
alimentos que tem um impacto direto na saúde. Segundo os climatologistas do
IPCC, os piores problemas do aquecimento global, é o clima ficar instável e
imprevisível. Se não houver previsão, não é possível proteger a população.
As mudanças climáticas se tornarão agravantes em países vulneráveis pela
própria situação sócio-econômica. Porém tudo o que pode ser feito para
melhorar a eficiência do sistema de saúde, reduz a vulnerabilidade. O fato dos
países serem desenvolvidos não quer dizer que não possam estar vulneráveis.
Todo o planeta está sujeito à sofrer as conseqüências dos fenômenos
climáticos, por exemplo as mortes causadas pelo furacão Katrina, nos EUA,
em 2005, e em agosto de 2003 cerca de 30 mil pessoas morreram de calor na
Europa. Embora esses eventos climáticos não estejam associados ao
aquecimento global, mostram claramente, a força e os impactos climáticos
causados quando populações, instituições e países não se preparam
A

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adequadamente, portanto é necessária a conscientização para amenizar esses
problemas.
As mudanças climáticas
afetando a saúde do
homem
Paulo Marins Neto
a
e Gabriel Leite Garcia de Campos
b
stima-se que os fenômenos associados às mudanças climáticas
signifiquem um estresse adicional sobre situações-problema já
existentes, tais como: desnutrição, doenças infecciosas endêmicas e
acidentes por eventos extremos. Riscos adicionais para a saúde
pública também devem ser considerados, a saber: demanda excessiva sobre os
serviços de saúde, problemas de abastecimento de água e possível aumento de
distúrbios respiratórios.
Citemos como exemplo a Amazônia – o desflorestamento, a perda de
biodiversidade e a contaminação das águas são grandes problemas. Com a
derrubada das florestas há um significativo impacto sobre a emissão de gás
carbônico (CO2), o que ocasiona mudanças climáticas e afeta
“substancialmente” a vida da população, com destaque para a incidência de
doenças transmitidas por mosquitos e outros vetores (malária e febre amarela,
por exemplo), tempestades tropicais, secas, desertificação e inundações. A
poluição das águas e geram áreas alagadas, que agravam ainda mais as
condições socioambientais.
As mudanças climáticas que vêm sendo presenciadas, em sua maioria
influenciadas por nós, seres humanos, vêm matando cada vez mais pessoas. A
conscientização e o esforço de cada um, mesmo que “devagar”, ajuda a
amenizar e talvez reverter um problema que criamos para a natureza: as
mudanças climáticas.
E

C N 2 0 0 8
95
Saúde em risco
André Kawamura Oliveira
a
e Leandro César Cruz Silva
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação.
E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, problemas ambientais, doenças.
partir do final da década de 70, com uma maior utilização dos
satélites, a quantidade de trabalhos científicos que falam sobre o
aquecimento global e outros temas relacionados a degradação do
meio ambiente aumentou consideravelmente.
Com isso, vários problemas que não estavam visíveis foram aparecendo. Um
deles, e um dos mais importantes, é o aquecimento global, causado
principalmente pela emissão de gases nocivos. Os cientistas estimar que daqui
a 50 anos a temperatura mundial aumentará cerca de 3ºC, pode não parecer
muito, mas uma pequena alteração de 0.5ºC no nosso organismo é capaz de
nos deixar com febre.
O aquecimento global esta contribuindo fortemente com o derretimento das
calotas polares, o que pode fazer o nível do mar subir cerca de 50 metros, o
suficiente para inundar muitas cidades, acabar com a economia de países e
gerar inúmeros problemas sociais.
Outro fator ligado ao aumento da temperatura terrestre que tem impacto em
nossa saúde é a maior incidência de raios solares. Juntamente com esses raios
encontram-se os raios ultravioletas que, em excesso, são prejudiciais à saúde
humana, podendo causar doenças como fotoalergia, queimaduras,
envelhecimento precoce e até mesmo o câncer, que é a mais perigosa.
Contudo, o raio ultravioleta é a principal fonte de vitamina D no nosso
organismo, porém, um excesso dessa vitamina pode causar, por exemplo,
diminuição de crescimento em jovens, mas as doenças não são o único
problema. O fitoplâncton, conjunto de organismos aquáticos com capacidade
fotossintética, é o maior responsável pela absorção dos gases do efeito estufa,
mas é muito sensível a essas radiações, podendo morrer caso exposto a uma
grande quantidade desses raios.
Com o aquecimento, a qualidade dos alimentos produzidos também será
afetada. Como exemplo, a soja e o milho não conseguiriam mais crescer no
Rio Grande Do Sul e em Santa Catarina. O nordeste se tornaria inviável para
plantações que não fossem irrigadas. A cultura do café buscaria climas mais
amenos, abandonando Minas Gerais e São Paulo.
Como forma de diminuir o aquecimento global e amenizar as mudanças
climáticas no planeta, algumas soluções são apresentadas por diversos
pesquisadores do assunto, e entre elas estão: aumentar o uso do
A

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96
biocombustível, criação de leis que regulamentem a emissão de dióxido de
carbono e CFC e ampliação da geração e do uso de energia limpa.
A globalização das doenças
tropicais
Cássia Odorize Veiga
a
e Édipo Araújo Gonçalves
b
a
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: saúde pública, mudanças climáticas, doenças tropicais.
de conhecimento geral que certas doenças e problemas de saúde são
mais freqüentes diante de situações climáticas específicas: durante o
verão, as campanhas contra a dengue são mais veiculadas, enquanto
no inverno os hospitais vêem as filas para inalação duplicarem.
Porém, diante do quadro climático atual do mundo, no qual ondas de calor
intenso surgem no inverno e as chuvas desaparecem em pleno verão, o
impacto dessas mudanças climáticas sobre a saúde da população vem
preocupando especialistas. Pensando nisso, o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que é um órgão vinculado às
Nações Unidas, que produz relatórios científicos desde 1998, em seu segundo
relatório de 2007, dividiu os efeitos climáticos sobre a saúde humana em três
tipos: diretos, indiretos e socioeconômicos.
Os efeitos diretos são descritos como as conseqüências de desastres climáticos
na fisiologia humana. Tomando os furacões como exemplo, além das mortes
durante o evento, há os traumas tanto físicos quanto psicológicos –
decorrentes de inundações e destruição de casas. Temos ainda as ondas de
calor, que causaram mais de trinta mil mortes na Europa, no verão de 2003,
por desidratação e problemas cardiovasculares.
Já os efeitos socioeconômicos são as conseqüências das mudanças climáticas
sobre aspectos da sociedade. Secas prolongadas estimulam migrações,
principalmente das populações que dependem da produção agrícola para
sobreviver. Esses povos tendem a fixar nova moradia na periferia de grandes
aglomerados urbanos, onde o saneamento básico é insatisfatório e os prejuízos
à saúde ocorrem em maior número.
Os efeitos indiretos, por sua vez, são aqueles sofridos pelo meio ambiente e
que causarão efeitos na saúde humana a curto e médio prazo. Um exemplo
claro é o aumento da incidência de doenças tropicais na população. No Brasil,
o aquecimento global acelera o metabolismo do mosquito Aedes Aegypti,
vetor (transmissor) da malária e da dengue, fazendo com que os mosquitos se
tornem adultos em menos tempo e procurem mais alimento: mais mosquitos,
mais picadas de mosquitos, maior transmissão de doenças. Moléstias
É

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transmitidas por microorganismos também aparecem com maior freqüência, já
que a alta temperatura facilita a sua proliferação: a cada 1ºC de aumento na
temperatura da água, o número de microorganismos nela aumenta dez vezes.
Na região do rio Amazonas, onde os moradores costumam coletar a água da
chuva para consumo, a ausência de chuvas força-os a usar a água do rio.
Diante disso, o número de casos de cólera tende a subir.
As regiões de riscos dessas doenças também são afetadas. Conforme a
temperatura global sobe, as áreas quentes o bastante para a sobrevivência dos
vetores se ampliam. Assim, as doenças típicas de clima quente começam a
surgir em locais cada vez mais altos e em latitudes maiores.
Outros efeitos indiretos vêm da qualidade do ar, que piora com a escassez de
chuvas. O acúmulo de CO2 na atmosfera traz implicações sérias na saúde
respiratória, mas esse não é o único caso. Em países europeus, a primavera tem
começado mais cedo, e a época na qual o pólen das plantas fica suspenso no ar
se prolonga. Pessoas com qualquer tipo de alergia respiratória são as primeiras
a sentir os efeitos.
Como visto, os impactos das mudanças climáticas na saúde humana, além de
alarmantes, são presentes em nossos dias. O momento das agressões ao meio
ambiente se reverterem contra a humanidade está no início. Só cabe à
sociedade notar a situação em que se encontra e tomar suas providências, seja
por políticas públicas, seja pelo uso racional dos recursos naturais em cada
casa. O planeta só terá a agradecer.
Alterações climáticas: um
reflexo na saúde do planeta
André Aparecido de Souza Marques
a
e Viviane Cássia
Capetine
b
a
Aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: impactos ambientais, saúde, doenças.
xistem muitas dúvidas em relação ao aquecimento global, bem como
as mudanças climáticas, quanto as suas causas e conseqüências na
vida terrestre. Por isso, a elevação da temperatura, também conhecida
como aquecimento global, é uma das principais questões de nossa
sociedade, sendo um desafio aos pesquisadores, que os leva a um
aprofundamento sobre as repercussões na vida dos seres vivos.
O efeito estufa, que é uma característica natural do planeta, tem como
finalidade o aprisionamento de calor proveniente do sol. O que preocupa a
E

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sociedade é a intensificação desse aquecimento na baixa atmosfera e segundo a
maioria dos pesquisadores, esse aquecimento global parece estar diretamente
ligado as atividades humanas como, por exemplo, a queima de combustíveis
fósseis, desmatamento e etc, levando ao aumento da temperatura do planeta e
causando conseqüências drásticas aos seres vivos.
Essa modificação na atmosfera ocasiona mudanças climáticas. Existem
aspectos positivos e negativos, quando se fala nessas , como alguns desastres
naturais (poluição do ar, da água, chuva ácida e surgimento de novas doenças).
“Repercussões positivas e negativas da intensificação do aquecimento
atmosférico são prognosticadas por diversos especialistas, embora as segundas
sejam sobejamente mais expressivas e incomparavelmente preocupantes que as
primeiras” (Francisco Mendonça, Doutor em geografia e professor da UFPR).
Grande parte dos problemas de saúde está ligada a mudanças no clima, como
por exemplo: doenças crônicas (asma, bronquite) que são diretamente afetadas,
intoxicação alimentar (devido a má conservação dos alimentos), modificando a
fisiologia do organismo humano, prejudicando a qualidade de vida do mesmo.
Regiões de clima tropical são as mais prejudicadas por doenças como a dengue
(pois o ambiente favorece a proliferação do Aedes aegypte, sua principal
vetor), malária, tripanossomíase (doença de Chagas), amebíase e diversas
verminoses. O aumento da temperatura nessas regiões favorece o aumento da
ocorrência dessas doenças, causando assim impactos como epidemia, endemia
e pandemias.
A imagem ambiental está crescendo no mundo, mas o que fazer para que isso
não cause um impacto contrário do que se espera das grandes potências, ou
melhor, como a qualidade da saúde pode ser afetada com as mudanças
ambientais?
É preciso perceber que existe uma interação direta entre os impactos de
fenômenos naturais e as condições socioeconômicas e tecnológicas, das
diversas sociedades humanas, pois as que são menos favorecidas são mais
vulneráveis do que os países ricos.

C N 2 0 0 8
99
Influência das mudanças
climáticas na proliferação
de doenças
Cristina da Silva Alves de Castro
a
e Fabrício da Rocha
Silva
b
a
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, saúde, doenças.
s mudanças climáticas ambientais têm causado repercussões
crescentes na saúde. Elas ocorrem quando são lançados mais gases
de efeito estufa do que as florestas e os oceanos são capazes de
absorver. Mas o que é o efeito estufa? É ele o responsável pelas
mudanças climáticas? Não. O efeito estufa é um fenômeno natural para manter
o planeta aquecido; só desta forma é possível a vida na Terra. O que ocorre é
que a humanidade, ao lançar muitos gases de efeito estufa na atmosfera, faz
com que o planeta se torne cada vez mais quente, gerando assim o
aquecimento global.
São conseqüências do aquecimento global os furacões, as tempestades
tropicais, as inundações, as ondas de calor, as secas, o aumento do nível do
mar, o aumento da temperatura média do planeta. Todas têm impacto direto
na saúde da humanidade.
Segundo Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde
(OMS), os efeitos das mudanças climáticas já podem ser percebidos e são
ameaça direta à saúde, já que suas conseqüências podem afetar elementos
como o ar, a água, os alimentos, a moradia e a ausência de enfermidades.
Ulisses Confalonieri, colaborador do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC) da ONU, coordena atualmente o grupo de saúde e
esclarece: “Existem três grandes riscos em relação à saúde. O primeiro é o das
doenças transmissíveis. Os fatores climáticos podem acelerar os ciclos
infecciosos e facilitar a dispersão espacial dos agentes microbianos e de seus
transmissores. O segundo são os extremos de clima, como aconteceu em
muitas partes do país. A quantidade de chuvas e inundações que tivemos foi
algo surpreendente. A maioria das causas são as inundações, os temporais e as
secas. O terceiro efeito é na produção de alimentos, que tem um impacto
direto na saúde.”
No Brasil a epidemia da dengue é apontada como um dos possíveis efeitos das
mudanças climáticas. Especialistas afirmam que o aumento da temperatura e
da umidade, aliado ao desmatamento, favorece a proliferação do mosquito da
A

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100
dengue em áreas urbanas. “A dengue pode ser considerada um exemplo de
como as mudanças climáticas colocam em risco a saúde pública”, afirma
Reinaldo Guimarães, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
do Ministério da Saúde.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz a saúde como direito
fundamental de todo cidadão. Na mesma linha a Constituição da República
Federativa do Brasil em seu art. 225 estipula que: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo, preservá-lo para a presente e futuras gerações.”
Para garantirmos direitos devemos cumprir com os deveres. A humanidade
está vulnerável, a capacidade de vivermos no Planeta Terra está em risco. É
preciso atitude para mudar.
Você está pronto para alterar o modo como vive? Para cumprir com seus
deveres?
Precisamos consumir diferente, pensar diferente, viver diferente. As pequenas
atitudes é que fazem a diferença.
Conseqüências do
aquecimento global: como
isso afeta sua saúde
Maria Carolina Albergaria Ferreira
a
e Manuela Paschoal
Alves
b
a
Aluna do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: doenças, aquecimento global, poluição.
mudança climática pode trazer grandes e já conhecidas ameaças:
poluição da água e do ar, aumento progressivo da temperatura, chuva
ácida, desertificação dos solos. Porém, outra conseqüência que
muitas vezes é deixada de lado é o aumento de doenças e epidemias.
Segundo Gatrell, em Geographies of health: an introduction, os efeitos do
aquecimento global sobre a saúde, se darão a longo prazo, diferente dos efeitos
decorrentes de episódios climáticos extremos que se dão a curto prazo.
No entanto, as autoridades internacionais já foram recomendadas, pela agência
das Nações Unidas, a fortalecer a vigilância sanitária e o controle de doenças
infecciosas.
A

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101
Perguntas muito freqüente atualmente são: o que é o aquecimento global? E de
onde ele veio? O efeito estufa é resultado da soma de vários gases que se
acumulam ao redor da terra e servem para manter a temperatura agradável e
filtrar parte de raios nocivos para a saúde. O acúmulo exagerado desses gases
faz com que aumente muito a temperatura, pois os gases impedem que parte
do calor retorne ao espaço.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o aquecimento global mata cerca de
160 mil pessoas por ano. Alguns fatores afetam diretamente a saúde, como por
exemplo, enchentes que trazem leptospirose, e podem contaminar fontes de
água, se essa água for ingerida sem um cuidado especial, pode ocasionar
diarréias, proliferação de mosquitos, consequentemente epidemias, Malária,
dengue, febre amarela e outras doenças teriam mais chance de se propagar.
Além disso, mosquitos originários de regiões equatoriais poderiam se propagar
para zonas antes frias, que agora estão se aquecendo, causando epidemias.
Grandes amplitudes térmicas podem ocasionar elevação dos índices de
mortalidade, por enfermidades cardiovasculares, cérebro-vasculares e
respiratórias além de cataratas na visão e câncer de pele.
Para mudar essa situação, precisamos investir em novas tecnologias para
substituir as comodidades fornecidas pelo petróleo, buscando novas formas de
obtenção de energia menos poluentes para a redução da emissão de gases.
A contribuição do
aquecimento global para a
proliferação de doenças
tropicais infecciosas
Laís Markarian
a
e Stefano Tersariolli Muto
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: doenças sazonais, elevação térmica, migrações populacionais.
s governos e profissionais da saúde vêm alertando que o
aquecimento global é um fenômeno em cadeia como resposta às
ações humanas. A emissão dos gases CO2 (dióxido de carbono) e
CH4 (metano) estão relacionados ao aumento da temperatura
média planetária e a sua concentração em nossa atmosfera denomina-se Efeito
Estufa.
Essa elevação térmica favorece a manifestação de doenças sazonais tais como a
malária, dengue, cólera, entre outras. Devido à diminuição do tempo de
incubação dos ovos para se tornarem hospedeiros transmissores e aumentando
O

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102
o número da prole e se reproduzindo mais rapidamente formando um ciclo.
No Brasil, nos meses de janeiro a maio, o período chuvoso, facilita a maior
incidência dos casos de doenças de veiculação hídrica, a dengue, por exemplo.
Com o desequilíbrio climático, o índice pluviométrico aumenta porem,
diminui-se o espaço de tempo em que se ocorre essas chuvas espaçados por
períodos de seca e ondas de calor.
As regiões com alta vulnerabilidade aos efeitos epidemiológicos são as regiões
metropolitanas do litoral devido suas características sociais, demográficas e
geográficas. Nas áreas onde a população não possui o habito de lidar com
essas questões o enfrentamento é mais dificultoso, justamente pela necessidade
de orientação e veiculação de informações de maneira eficiente.
As migrações populacionais propiciam ao aumento de contaminações. Um
bom exemplo são as populações de mananciais que, no êxodo para os centros
urbanos servem como “veículo” de doenças que pertenciam apenas às regiões
habitadas por eles.
O papel das políticas públicas como provedoras de informações e divulgação
do tema junto à sociedade brasileira tem sido fator fundamental no combate às
epidemias, porém ações que amenizaram os problemas relacionados aos
fenômenos climáticos devem ser levadas em consideração para auxiliarem na
resolução dos problemas, não só de saúde, mas no que afeta a população em
geral.
Sua saúde: outra vítima do
aquecimento global
Bianca Lemos Rocha
a
e Deborah Monteiro dos Santos
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, saúde, doenças.
á faz algum tempo que sabemos do fenômeno do aquecimento global
causado principalmente pelo alto padrão de consumo humano e de seus
métodos de produção como a queima de combustíveis fósseis,
desmatamentos e queima de biomassa, por exemplo, que liberam gases
altamente poluentes. Já se sabe também de seus possíveis efeitos como a
elevação da temperatura mundial que causa o degelo das geleiras,
catástrofes naturais como furacões e inundações causadas por tempestades
anormais. Isso tudo afeta os animais, inclusive humanos e plantas de todas as
localidades do mundo.
Será que esses possíveis efeitos são somente a morte devido a eventos
catastróficos e rápidos? Cientistas estimam que, além de eventos tão diretos e
rápidos, o aquecimento global pode interferir na saúde das pessoas de várias
J

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103
formas e que este é um problema ao qual não se dá o devido valor por não
possuir um efeito imediato.
Uma das hipóteses é que com o aumento da temperatura mundial regiões onde
a habitação de certos insetos era até então impossível poderão favorecer sua
vida e reprodução. Mas o que isso tem a ver com a saúde humana?
Considerando, por exemplo, que o mosquito da dengue só não habita ainda
países de temperaturas mais baixas porque não sobrevive, com o aumento da
temperatura conseguirá viver e se reproduzir, agravando e expandindo os casos
da doença em muitas outras regiões antes não afetadas. Dessa forma, essa e
várias outras doenças consideradas tropicais, como a leishmaniose e a doença
de chagas, se alastrarão por muitas outras áreas e algumas já erradicadas
poderão voltar, como a malária no Brasil.
Outra hipótese é com relação à poluição atmosférica. Já se observa que em
cidades grandes e muito industrializadas os índices de doenças com relação à
poluição são muito grandes. Com as altas emissões de gases poluentes agora já
no mundo todo, doenças crônicas teriam um índice maior do que jamais foi
visto.
O aquecimento global também traz outra possível conseqüência não muito
conhecida. Com o aumento da temperatura e as fortes chuvas as plantas
produzem uma quantidade maior de polens do que o normal e os libera no ar,
o que implicaria numa maior intensificação de doenças como rinite e asma,
pois são motivos de alergia.
Outro ponto também muito importante de ser lembrado são os efeitos
psicológicos sobre a sociedade e sua sanidade mental que, em sua maioria,
considera a degradação ambiental um problema grave, além das pessoas que
possivelmente sofreriam com a perda de parentes, amigos e até bens em
decorrência das catástrofes naturais causadas pelas mudanças climáticas, como
furacões, tempestades incomuns e inundações.
Infelizmente apenas uma pequena parcela da população mundial tem acesso a
tecnologias que controlem as enfermidades. Muitos ainda poderão sofrer
devido ao aquecimento global por não possuírem recursos para combater e
conter diversas doenças. Por isso é mais do que necessário frear o aquecimento
global já que conhecemos suas causas e implicações e fortalecer os sistemas de
saúde pública, principalmente em relação ao combate às doenças vetoriais,
parasitárias e infecciosas que são efeitos diretos das condições climáticas.
Afinal, apesar de não ter efeito imediato, as doenças não deixam de afetar e
muito a qualidade de vida humana. E, é claro, prevenir é sempre melhor do
que remediar.

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Clima em transição,
mosquito em ação!
Juliana Freitas Pereira
a
e Renée Seiji Okada
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: aquecimento global, saúde, dengue.
Clima em transição, mosquito em ação! Alterações climáticas estão propiciando melhores
condições para a proliferação do mosquito que transmite a dengue, de acordo com a OMS
(Organização Mundial de Saúde)
quecimento global é um tema bastante discutido entre pessoas de
todas as regiões do Brasil, porém o que elas não sabem é que as
mudanças climáticas proporcionadas por esse fenômeno podem
agravar a situação da saúde pública. A maior responsabilidade desse
“mal contemporâneo” está relacionada com as atividades humanas, como a
queima de combustíveis fósseis, lançamento de gases estufa na atmosfera e
desmatamento constantes. Como conseqüência desses atos, houve uma grande
alteração nos fatores internos do planeta: mudanças da composição de gases na
atmosfera, principalmente o gás carbônico, ozônio e metano; mudanças nas
condições das camadas geográficas, com ênfase na troposfera; mudanças nas
rotas das correntes marítimas. Além das conseqüências internas, existem
também variações na órbita do planeta, o que ocasionou uma alteração na
intensidade da radiação incidente.
E no que essas alterações relacionam-se com a dengue? Simples. Com o clima
alterado, o verão no Brasil costuma prolongar-se até meados de março ou abril
(dependendo do ano), proporcionando chuvas intensas e freqüentes, e uma
elevação na temperatura. Com isso, temos um ambiente adequado às
necessidades reprodutivas dos agentes transmissores, além de uma ampliação
na distribuição geográfica dos criadouros.
A dengue é uma doença viral que é transmitida por um mosquito distinto, o
Aedes Aegypti, cujo ciclo vital encontra-se principalmente, e não
exclusivamente, em água parada proveniente das chuvas e o aumento da
temperatura descritas anteriormente. Essa enfermidade, além de causar dores
na cabeça, no corpo e náuseas, pode levar à morte através de hemorragias. O
número de casos de dengue tem subido de forma caótica e uma das
explicações usadas acarreta na seguinte relação: clima versus focos.
Segundo o relatório de sete de maio de 2008 da Superintendência de Vigilância
em Saúde do Rio de Janeiro, só neste ano foram notificados 131.238 casos,
sendo 220 óbitos confirmados, onde 42% destes representam crianças de 0 a
15 anos; 682 casos em gestantes, com três óbitos materno-fetais e dois
maternos.
A

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105
Não apenas no Brasil, mas em todos os outros paises tropicais em
desenvolvimento, o número de casos de dengue está crescendo
desgovernadamente. O impacto do aquecimento global na saúde mundial foi
tão grande que a ONU (Organização das Nações Unidas) decretou dia 8 de
abril o Dia Nacional da Saúde. A OMS estima que em 2080 o número de casos
de dengue em todo o mundo aumentará de 50 milhões (hoje) para 2 bilhões, e
que o aumento de um grau centígrado na temperatura do planeta representa
mais de 20 mil mortes todo o ano!
A consciência de que o aquecimento global é um problema que atinge
diretamente a todos, faz-se extremamente necessária quando a vida de todos é
colocada em risco. Deve haver mobilização por parte de todos os indivíduos
do contexto social. Esperar resultados de projetos como o Protocolo de Kyoto
de braços cruzados é, com todo respeito, o mesmo que esperar do governo
brasileiro uma reforma agrária voluntária. O aquecimento global acarreta e
acarretará implicações para a saúde pública, por isso novas medidas sociais
precisam ser tomadas, com investimento em planejamento urbano em infra-
estrutura, prevenção, aumento da imunidade das pessoas através de uma
melhoria na assistência médica especializada. Todavia, precisamos nos
mobilizar e começar a combater os males pela raiz por meio de atos com
responsabilidade no dia-a-dia, o uso de veículos pouco poluidores e atenção ao
acúmulo de água parada no quintal, eliminando assim o papel de “vítima da
própria incompetência”.
A dengue não é apenas um problema de saúde, é também um problema sócio-
ambiental, e no Brasil pode ser considerado um problema histórico que precisa
ser combatido.
O desenvolvimento de
doenças devido ao
aquecimento global
Natália Carolina de Castro Faria
a
e Andrea Maya Oda
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: doenças, descobertas tecnológicas, saúde.
s impactos do clima sobre a sociedade repercutem, dentre outros,
na condição de saúde humana. Após sucessivas implicações do
homem no planeta com suas descobertas tecnológicas, avanços
energéticos e suas aplicações na sociedade, começou o processo de
degradação do meio e o início do grande problema climático.
O

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106
Houve, ao longo de toda história da humanidade, uma permanente interação
entre a sociedade e o clima. Essa se deu de forma benéfica quanto maléfica.
No primeiro caso observou-se uma condição favorável à consolidação de
incontáveis civilizações sobre determinados espaços, enquanto no segundo, a
história mostra-se rica em momentos de tristeza e desespero de sres humanos
para os quais somente a adaptação e as migrações de massa constituíram e
permaneceram em soluções para enfrentar os desafios impostos pelas
condições climáticas.
O efeito estufa, assim como as inversões térmicas em áreas urbano-industrias,
dentre outros, revela a interação negativa estabelecida entre a sociedade e a
natureza, bem como a criação de situações de risco e de impacto ambiental
decorrente da interferência humana na dinâmica climática. Um resultado da
ação do homem é a concentração de gases como dióxido e monóxido de
carbono e metano, que têm aumentado, e desta forma, o efeito estufa adicional
produzido é introduzido na atmosfera. A intensificação do efeito estufa
provoca o aquecimento da superfície da Terra.
O aquecimento do planeta tornou-se o maior desafio ambiental do século
XXI. O aumento da temperatura provoca o derretimento de massas de gelo
causando a elevação do nível dos mares, que afeta as áreas costeiras e as ilhas
oceânicas causando vítimas em todo o mundo.
A saúde humana é fortemente influenciada pelo clima. As condições térmicas
de dispersão (vento e poluição) e de umidade do ar exerce destacada influência
sobre a manifestação de muitas doenças, epidemias e endemias humanas.
Existem estudos relacionados a manifestações fisiologicas devido a elementos
climáticos, entre eles podemos citar o famoso Mal das Montanhas (dor de
cabeça, fadiga, alteração sensorial, entre outros), causado pela altitude (pressão
atmosférica).
Ao considerar mudanças climáticas todos nós observamos, pois é nítido, várias
doenças como malária, esquistossomose e diversas verminoses, hoje restritas
as zonas tropicais, ocorrendo com maior freqüência e isso poderia
teoricamente ser causado pela radical mudança do clima. A temperatura tem
relação também com muitas outras doenças como a febre amarela, dengue, e
outras enfermidades como a peste bubônica.
Os perfis de desenvolvimento e multiplicação de parasitas no interior dos
mosquitos transmissores dependem da temperatura do ar. Devido ao
aquecimento global criou-se um ambiente favorável à transmissão de tais
doenças e procriação dos vetores.
Com todas essas informações, concluímos que se continuarmos com o efeito
estufa adicional e conseqüentemente com o aquecimento global nesta
progressão, o aumento de doenças será alarmante devido as condições
climáticas, como o vento causando vários tipos de manifestações mesmo que
não perceptíveis para o momento. Não podemos esquecer também que pelo
motivo da superfície terrestre estar cada vez mais quente, a proliferação de
mosquitos transmissores de doenças, muitas vezes fatais, aumenta e se não
fizermos nada para detê-los teremos muitos problemas futuros.

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107
Para salvar nosso planeta, a humanidade terá que diminuir de 50% a 85% as
emissões de CO2 até a metade deste século. Logo, necessita-se de agilidade nas
discussões e resoluções dos projetos que ajudarão a mudar este estado
catastrófico. Para que tantos protocolos, audiências e convenções se os
maiores poluidores não participam delas? Será que o lucro que se tira dos
combustíveis fósseis tornou-se mais importante que a vida? Perguntas essas
que somente o tempo irá nos responder.
De que maneira as
mudanças climáticas
podem afetar a vida dos
brasileiros?
César Eduardo Martins
a
e Rafhaela Maria Ferreira Priolli
b
a
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física.
E- [email protected]
Palavras-Chave: saneamento básico, impactos, saúde.
os últimos anos é que se vem dando maior atenção as mudanças
climáticas. Os piores problemas do aquecimento global segundo os
pesquisadores, o clima fica instável e imprevisível se não houver
previsão, não é possível proteger a população.
A população Brasileira vem sofrendo muito desses impactos das mudanças
climáticas globais, doenças como malária, dengue, diarréia, cólera, podem ser
provenientes desses fenômenos ocorridos na natureza. Devido aos fatores
climáticos como as chuvas e inundações, podem acelerar os ciclos infecciosos
e facilitar a dispersão dos agentes causadores de doenças e seus transmissores.
As altas variações climáticas também afetam a produção aumentando o risco
de fome.
A seca com intensidade mais ocorrentes na região do nordeste Brasileiro, já
pode ser vista a pouco tempo na região Amazônica, os rios amazônicos
tiveram os seus níveis de água tão baixos que milhares de peixes morreram.
Estas secas podem causar alterações na reprodução, migração e distribuição
geográfica de espécies de plantas e animais.
As regiões mais pobres podem ser bastante afetadas, moram em locais onde
pode haver deslizamentos de terra, com a seca sofrerão por falta de água e
alimentos que ficaram mais caros, fato que já vem ocorrendo em todo o
mundo, e esta elevando em níveis que já vem ocorrendo em todo o mundo
N

C N 2 0 0 8
108
assim elevando em níveis altíssimos as contas das Nações Unidas e
Organizações contra a fome.
Algumas regiões do Brasil têm sofrido muito nos últimos meses devido as
fortes chuvas. Em São Paulo no Vale do Ribeira e até mesmo no nordeste
muitas pessoas tem ficado desabrigadas devido suas casas estarem inundadas,
tendo maior possibilidade de adquirir doenças, havendo também a
indisponibilidade de água potável para o consumo.
O Brasil é um país muito vulnerável a essas mudanças climáticas devido a sua
vasta extensão territorial, havendo regiões com pouco acesso a serviços básicos
de saúde. A saúde dos Brasileiros poderá ser afetada de varias formas, com o
aumento da desnutrição implicaria no crescimento e desenvolvimento das
crianças, ocorrendo o aumento de doenças diarréicas causadoras de anemia,
mortes devido as tempestades e inundações, com as secas os incêndios são
mais freqüentes aumentando as doenças cardiorespiratórias devido há grande
poluição do ar.
Os impactos causadores pelas mudanças climáticas podem ser reduzidas, com
uma sociedade que os governantes se preparem adequadamente, com as
melhorias e expansão das infra-estruturas de saneamento, melhorando na
assistência médica e controle de doenças em geral, assim dando um ensino de
qualidade paras que as pessoas possam entender melhor as mudanças
climáticas e se conscientizarem da importância na diminuição de gases
causadores desses fenômenos da natureza.
A repercussão dos
problemas ambientais na
saúde do planeta
Ana Carolina Maragno
a
e Flávia Masseto Nastari
. b
a
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
Palavras-Chave: doenças, mudanças climáticas, saúde.
explosão populacional dos últimos séculos exigiu um relativo
aumento da produção energética com o intuito de melhorar a
qualidade de vida humana.
Apesar da energia ter uma extrema importância e trazer bons
resultados, a produção convencional e sua forma de consumo estão
diretamente ligados à degradação do meio ambiente afetando com gravidade a
saúde e qualidade de vida das pessoas. Quanto mais indivíduos habitando a
Terra, maior a queima de combustíveis fósseis para obtenção de energia, um
A

C N 2 0 0 8
109
dos principais responsáveis pelo aquecimento global que ocasiona as mudanças
climáticas.
Ou seja, os grandes responsáveis por essas mudanças que degradam a saúde
física e mental humana somos nós mesmos, pois dentre as principais causas
das mudanças climáticas estão, além da queima de combustíveis fósseis, o
lançamento de gases estufa na atmosfera, o desmatamento, entre outros que
estão ligados a ação do homem.
As mudanças climáticas e suas repercussões trazem em destaque as possíveis
enfermidades que poderão afetar a população. A incidência de algumas
doenças transmissíveis e infecciosas como, por exemplo, a cólera, malária e
dengue, tenderão a aumentar, assim como problemas respiratórios,
cardiovasculares e câncer de pele.
É característica natural da Terra o aprisionamento do calor em sua superfície,
mas devido às altas variações climáticas ondas de calor e frio muito intensas
causam a elevação dos índices de mortalidade por doenças cardiovasculares e
respiratórias.
O aumento estimado da temperatura, devido ao aquecimento global, pode
variar de 3°C a 6°C, o que já seria suficiente para agravar doenças como a
malária, já que o seu vetor se desenvolve entre temperaturas de 20°C a 25°C.
No caso da dengue a temperatura influencia em topo o seu ciclo, desde a
picada até a incubação do vírus. Sendo assim, com a elevação da temperatura
global, o risco de expansão dessas doenças se torna inevitável.
Além das doenças citadas acima, o envenenamento alimentar e a falta de
disponibilidade de água potável, que ocorrerá possivelmente, complementa o
comprometimento da saúde humana.
Portanto as drásticas conseqüências do mau uso dos recursos não renováveis
atingem aos próprios indivíduos que as causam. A escolha do uso consciente
desses recursos certamente contribuiria para amenizar os efeitos prejudiciais
das mudanças climáticas. Então, porque não fazê-lo?

C N 2 0 0 8
110
A ameaça do homem para
o homem
Flávia Pasti de Oliveira
a
e Tamiles Mayumi Miyamoto
. b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: tecnologia, doenças, alterações ambientais.
om o desenvolvimento da ciência, tem-se o aumento de novas
tecnologias com intuito de melhorar a vida humana. Estas, porém, à
medida que podem facilitar a rotina e proporcionar o maior conforto,
podem também agravar a saúde dos seres vivos e do meio ambiente.
O planeta Terra possui um equilíbrio natural; equilíbrio este que agüentou por
muitos anos, apesar de ocorrerem freqüentes desmatamentos, queimadas,
entre tantas formas de violação. Há quem pense que se tratando de um planeta
tão vasto, não teria como o homem destruir a natureza de modo que esta não
consiga se recuperar por si só. Hoje em dia, diante de tantas catástrofes
naturais, a visão se inverteu: chegou o momento em que se nada for feito pelo
planeta, a vida contida nele estará ameaçada.
A população na Terra tem presenciado uma mudança lenta e gradual no clima.
O aumento da tecnologia contribui para este fato, sendo que os maiores
culpados para tal mudança climática são os gases estufa, provenientes das
combustões de veículos motorizados, fábricas, queimadas, etc.
Todos os fatores citados liberam os chamados gases estufa, que se acumulam
na atmosfera, agravando o efeito estufa. Tal efeito é um fenômeno natural do
planeta Terra que ajuda a manter a temperatura constante no mesmo, mas tal
efeito é agravado devido à presença dos gases liberados nas combustões,
fazendo com que a radiação solar refletida pelo solo do planeta não retorne ao
espaço e fique retida na atmosfera, o que causa um aquecimento anormal no
planeta.
Um exemplo clássico é o aumento do número de carros no mundo, pois além
de ser um transporte particular apresentando conforto, mostra rapidez e
liberdade para seguir diferentes caminhos. Tal crescimento, contudo, tem
causado graves problemas ambientais como a poluição, contribuindo para
alterações no clima e no ambiente natural.
Com conseqüência das mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa, vários
tipos de doenças ligadas a isso já podem ser detectadas com maior freqüência
que o normal nas populações onde a poluição é grande. A poluição presente
no ar pode acarretar doenças nos pulmões e sistema cardiovascular, assim
como também podem ocorrer contaminações de água e alimentos, que se não
foram bem tratados podem contaminar as pessoas que os ingerem.
C

C N 2 0 0 8
111
A poluição atmosférica é um enorme agravante quando se diz respeito às
doenças respiratórias. Tudo depende do nível de exposição e da tendência a se
desenvolver a doença no organismo de determinada pessoa, e geralmente são
conseqüências a longo prazo, podendo acarretar diversos tipos de doenças
como asma, bronquite, infecções nos pulmões, enfisema pulmonar, etc.
Além de contribuir para o efeito estufa, um estudo britânico (03/2007) mostra
que o aumento de veículos contribui para a impermeabilização do solo,
possibilitando assim, o maior número de enchentes.
O aumento da temperatura global, e por conseqüência, o aumento da umidade,
ajudam na criação de um ambiente propício e proliferação de vetores de
doenças, como por exemplo, a dengue. Em países tropicais como o Brasil,
onde se chove muito, é muito como o acúmulo de água em determinadas
áreas, facilitando a proliferação do mosquito transmissor.
Com as mudanças climáticas o homem está propenso a novas e variadas
doenças. Não só a vida do ser humano como a de outras espécies de animais e
plantas estarão ameaçadas.
As doenças e as epidemias
resultantes do
aquecimento do planeta
Flávio Ferraz Fernandes
a
e Gabriel César de Melo
. b
a
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física.
E- [email protected]
b
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física.
E- [email protected]
Palavras-Chave: doenças, saúde, aquecimento global.
sustentação da temperatura média da Terra de 15ºC é mantida
através da liberação natural de gases como o vapor d'água, o dióxido
de carbono, metano e óxido nitroso em quantidades não danosas.
Tal ação é importante para a formação de uma camada que aprisiona
o calor mandado pelo Sol, fenômeno denominado “efeito estufa”. Seu
agravante tem como principal e atual método a queima de combustíveis fósseis
causando assim o excesso de tais gases e o aumento da temperatura média
global.
Um método de avaliar as mudanças climática é através do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Nascido da percepção
de que ações humanas estariam exercendo forte influência sobre o clima do
planeta e havendo a necessidade de acompanhamento. Outra observação seria
A

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112
o declínio da qualidade da saúde mundial devido à conseqüências e agravantes
das mudanças climática.
Desde a Revolução Industrial e com os avanços tecnológicos em diversas área
como a medicina, houve no mundo, principalmente nos países desenvolvidos,
a diminuição das doenças chamadas infecciosas e o respectivo aumento das
doenças crônicas degenerativas. Esse processo é associado aos hábitos que a
humanidade adquiriu com o passar do tempo como o sedentarismo, fruto de
tecnologias que permitem aos seres humanos fazerem quase tudo sem que
precisem nem ao menos sair de casa, e novas dietas alimentares baseadas
principalmente em comidas fast food.
A Hipertensão arterial, a Obesidade, e a Diabete tipo II são os principais
exemplos de doenças crônicas e têm por característica não possuir um agente
transmissor. Observa-se que essas não param de crescer e já não atingem mais
só os países desenvolvidos. Porém, sua tendência de continuar aumentando e
cada vez mais se distanciar das doenças infecciosas pode não se confirmar, mas
não pela diminuição na ocorrência das mesmas, mas por um possível aumento
das doenças infecciosas resultado das mudanças climáticas.
O aumento da temperatura global pode gerar alguns maus à saúde pública.
Prevê-se um aumento estimado entre 2ºC e 4ºC para os próximos cem anos na
temperatura média da Terra. Esse aumento já seria suficiente para a elevação
do número de algumas doenças infecciosas como a dengue e a malária.
A malária que possui como vetor o Anopheles e como parasita o Plasmodium
desenvolve-se em temperaturas entre 20ºC e 25ºC, estando abaixo desta o
vetor morre. Em algumas regiões do planeta há registro da presença do vetor,
porém, com a baixa temperatura o parasita não sobrevive, evitando assim a
proliferação da doença.
Já a dengue tem seu ciclo todo influenciado pela temperatura, tanto a picada
quanto a incubação do vírus dependem das condições climáticas. Com uma
temperatura média de 27ºC o período de incubação é de 10 dias, caso
houvesse um aumento de 10ºC esse número de dias cairia para 7. É claro que
um aumento dessa proporção não é tão comum, entretanto um aumento de
2ºC, que é a realidade pela qual passamos, já seria suficiente para levar a
doença para a Espanha, Grécia e ao sul dos Estados Unidos.
Outras doenças como a doença do sono, amebíase, filariose também teriam
suas áreas de incidências aumentadas com as mudanças climáticas.
Além das doenças, as mudanças climáticas tendem a elevar o índice de
mortalidade devido às ondas de calor e frio muito intensas que agravam
enfermidades cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórias e trazendo à
tona antigos problemas como o câncer de pele e a catarata.
A estimativa do IPCC é que mais de um bilhão de pessoas poderiam ficar sem
água potável, afetando e comprometendo assim, a disponibilidade e qualidade
da água e comida, elementos fundamentais para a nutrição e saúde humana.
Contudo, uma possível solução para amenizar as mudanças climáticas e seus
agravantes, seria os países diminuírem os efeitos maléficos do aquecimento

C N 2 0 0 8
113
global estabilizando em um patamar razoável as emissões de carbono até 2030,
isso custaria em torno de 3% do PIB mundial.

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114
Os desafios para a
contenção do
desmatamento da floresta
amazônica
Wedna Lívia Pereira do Nascimento
a
e Bianca Moraes
Camargo Rocha
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: degradação ambiental, desmatamento, floresta amazônica.
questão da degradação ambiental, em especial o aquecimento global,
tem sido alvo de grande preocupação mundial. A industrialização que
intensificou a queima de combustíveis fósseis é a maior protagonista
desse cenário. Entretanto, no Brasil a prática de desmatamento é a
grande responsável pelas emissões de gases poluentes, correspondendo a 3%
das emissões globais e transformando o Brasil no quarto maior poluidor do
planeta. Essa prática vem sendo realizada desde a chegada dos portugueses,
interessados na comercialização do pau-brasil na Europa. Segundo dados
divulgados no ano de 2008 pela WWF-Brasil (World Wildlife Fund), 12% da
cobertura original da floresta amazônica já foi devastada. No mesmo relatório
a WWF-Brasil, estima que até 2020 essa taxa cresça mais 13%. Se liberada a
quantidade de carbono armazenado na floresta remanescente poderá anular
metade das reduções conseguidas através do Protocolo de Kyoto (tratado do
qual fazem parte 168 países comprometidos com a redução obrigatória de
gases que contribuem para o aquecimento global).
O setor da pecuária desmata 80% da região, transformando-a em pastagens
para criação de gado. A falta de cumprimento das leis ambientais e o baixo
custo das terras contribuem para tal situação. Além disso, extensas áreas
desmatadas são mal utilizadas e por vezes até abandonadas e novas áreas são
desflorestas para servir aos fins agropecuários. A crescente comercialização da
soja colabora para que a devastação na Amazônia e no Pará aumente.
Desempenha importante papel no crescimento do desmatamento a indústria
madeireira que, além de desflorestar para utilizar a matéria-prima, o faz para
construir e pavimentar estradas, facilitando o acesso a grileiros (pessoas que se
apoderam de terras alheias, mediante falsas escrituras de propriedade) que
Seção V I I
Mudanças climáticas e o desenvolvimento
sustentável
A

C N 2 0 0 8
115
extraem madeira de forma intensiva e sem práticas de manejo
(reflorestamento). De acordo com dados do governo federal, 90% da madeira
extraída da floresta é oriunda de exploração não-sustentável e parte
considerável de madeira de alto valor econômico é desperdiçada nas
queimadas.
Outros importantes fatores que têm causado o desflorestamento amazônico
são as grandes obras de infra-estrutura que intensificam a especulação fundiária
e as migrações que abrem novas frentes de desmatamento e promovem a
ocupação irregular do espaço.
Extensas áreas de florestas, possivelmente já teriam sido desmatadas se não
fosse pela presença de unidades de conservação de terras indígenas. Essas
terras seriam preservadas de uma forma mais segura se fossem sinalizadas e
demarcadas. Infelizmente o desmatamento avança em uma proporção muito
maior do que a criação de novas unidades de conservação.
As queimadas têm enorme impacto ambiental, como o esgotamento do solo
produtivo e de recursos hídricos e também a liberação de gases do efeito
estufa, que consiste em um fenômeno natural que mantêm a Terra com uma
temperatura adequada, porém o excesso desses gases têm tido como
conseqüência o aumento da temperatura, ameaçando a vida no planeta. A
exploração de madeira é um dos grandes responsáveis pela ocorrência de
incêndios florestais.
A partir da avaliação das principais causas do desmatamento atual da Floresta
Amazônica, a estratégia para a contenção desse processo poderia se basear no
conjunto das seguintes ações sugeridas por organizações não governamentais
de preservação ambiental, plano de políticas nacionais e órgãos de pesquisa e
tecnologia de meio ambiente: reflorestamento, aumento do número de
unidades de conservação, implantação de programas de controle das
queimadas, monitoramento rigoroso das áreas de desmatamento ilegal, punição
efetiva ao uso predatório dos recursos, melhor utilização das áreas já
desmatadas, investimento em obras de infra-estrutura que não causem grandes
impactos ambientais, parcerias intergovernamentais com objetivo de
desenvolver a região de maneira sustentável e aumento de orçamento para
políticas ambientais.
Como mencionado, o desmatamento é um sério agravante para os problemas
ambientais. Por outro lado, ele é um mal necessário para atender a demanda do
mercado interno e externo, por alguns produtos alimentícios e produtos cujas
matérias-primas são obtidas através dessa prática.

C N 2 0 0 8
116
Desenvolver sem destruir:
maneiras de amenizar as
mudanças climáticas
Mariana Gouvêa Nogueira de Lima
a
e Luana Alexandre
Silva
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: meio ambiente, destruição, energia renovável.
esde a Revolução Industrial começou a haver uma utilização maior
de energia não renováveis (carvão, combustível fóssil, minerais,
etc.), e foi a partir de então que a poluição começou a ser um
problema para a humanidade, a poluição deixou de ser local para se
tornar planetária, o que ajudou a ocasionar o aumento do efeito estufa,
fenômeno natural que aquece o planeta, sem o qual não haveria vida na Terra.
Porém, esse aumento provoca o super aquecimento da Terra. E na tentativa de
reverter essa situação busca-se o desenvolvimento sustentável.
Segundo a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
que tem como objetivo o crescimento econômico e a conservação ambiental, o
desenvolvimento sustentável é uma maneira de suprir as necessidades da
geração atual sem prejudicar as futuras gerações, ou seja, o desenvolvimento
que não esgota os recursos naturais para o futuro.
A busca pelo desenvolvimento sustentável surgiu, quando as mudanças
climáticas se tornaram visíveis, com catástrofes naturais (enchentes, furacões,
tornados e tsunamis). Os principais motivos que acarretam as mudanças
climáticas são as emissões de “gases do efeito estufa” na atmosfera, sobretudo
o dióxido de carbono (CO2), que os oceanos e as florestas não são capazes de
absorver. As formas de emissão desses gases na atmosfera são: a queima de
combustíveis fósseis, pelas indústrias e automóveis e a queima de madeira,
tanto nas florestas quanto o que não tem valor comercial e é descartado e
depois queimado pelas pessoas. Isso mostra que quanto mais desenvolvido for
um país na área industrial, maior será a sua emissão desses gases na atmosfera.
Os países pobres devem procurar se desenvolver de maneira diferente dos já
industrializados, que precisam se reestruturar para levar em consideração o
meio-ambiente, ou seja, produzir sem destruir.
Para alcançar essa sustentabilidade, é necessário reconhecer que os recursos
naturais são finitos. Novas tecnologias estão sendo aprimoradas para
aproveitar matérias antes descartadas, como o bagaço da cana-de-açúcar que é
transformado em biomassa. Está sendo estudado e colocado em prática
também a utilização de energias renováveis não-convencionais, ou seja,
energias que não provém de combustíveis fósseis e hidrelétricas, mas provem
D

C N 2 0 0 8
117
do sol (energia solar), girassol (biocombustível), vento (energia eólica) entre
outras.
Vemos então a necessidade de uma conscientização populacional e
governamental sobre a importância de desenvolvimento sustentável, e as
conseqüências do aumento da temperatura da Terra. Visando que cabe ao
governo implantar formas de desenvolvimento sustentável, como incentivo à
reciclagem, utilização de energias renováveis, melhoria no transporte público,
pois assim haveria sua maior utilização pela população diminuindo a emissão
de gases poluentes. Lembrando também que cada um pode fazer a sua parte,
para diminuir a poluição do planeta e que a responsabilidade não é apenas dos
governos. Essas são algumas maneiras de minimizar os acontecimentos atuais
e ter alguma esperança para o futuro do planeta e de seus habitantes.
Sustentabilidade
corporativa
Lucas Guimarães Zeraik Fernandes
a
e Karen Sousa Lemos
b
a
Aluno do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
Palavras-Chave: sustentabilidade, corporações, FBDS.
uito é falado sobre as causas e conseqüências do aquecimento
global, e das mudanças climáticas no geral, pois já percebendo que
a ação humana poderia estar diretamente relacionada com essas
alterações, algumas atitudes foram tomadas. Em 1988, a
Organização Metereológica Mundial (WMO), criou o IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que confirmou através de
pesquisas nos anos posteriores que algo que realmente merece a nossa atenção
está acontecendo.
O planeta está doente, o consumo excessivo de recursos naturais, com relação
ao crescimento econômico desenfreado, são os principais responsáveis. Para
evitar uma situação extrema e irreversível é preciso repensar nas formas de
consumo dos recursos, ou seja, gerar um desenvolvimento sustentável.
Mas o que é desenvolvimento sustentável? Primeiramente é reconhecer que
tais recursos são finitos, de modo a planejar uma utilização de qualidade ao
invés de quantidade, dissociando da idéia do crescimento econômico, que
depende do consumo crescente de energias e recursos naturais, garantindo de
forma durável a contínua existência desses materiais para as futuras gerações.
Existem hoje diversos projetos focados nesse assunto, originados da busca por
um desenvolvimento menos agressivo ao meio ambiente e preocupados em
desenvolver meios alternativos para incorporar a sustentabilidade aos meios
sociais e econômicos.
M

C N 2 0 0 8
118
Devido a forte repercussão do assunto no cenário mundial, um novo tipo de
empresas têm surgido, agindo estrategicamente em busca de uma melhor
imagem, começando a levar em consideração as questões ambientais, o que
está sendo chamado de sustentabilidade corporativa.
No Brasil, esse tipo de empresa vem se difundindo q para isso a FBSD
(Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável) auxilia as corporações a
identificarem possíveis ações para a colaboração e a criação de projetos.
Em relação às principais causas das mudanças climáticas, essas empresas estão
gerando ações como, financiamento de projetos que buscam a redução de
emissões de dióxido de carbono, desenvolvimento de tecnologias limpas, e
investimentos em energias renováveis, não somente aqui mais em todo o
mundo. O que é no mínimo contraditório, afinal algumas delas estão entre as
principais vilãs do episódio “aquecimento global”.
A sustentabilidade corporativa é apenas uma das parcelas do desenvolvimento
sustentável, que sozinho também não é a solução. Ele não é uma utopia, tendo
a comprovação disse a partir do crescimento do interesse capitalista em ter
uma imagem ecologicamente correta.
O papel das ecovilas na
mudança para uma
consciência ambiental
Fernando Mendonça Meyera
a
e Eduardo César dos Santos
b
a
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
Palavras-Chave: agenda 21, ecovila, sustentabilidade.
pós leituras e debates sobre as mudanças climáticas, assistimos ao
filme de Al Gore “Uma verdade inconveniente”. No final do filme é
deixada a mensagem “faça sua parte”, muito criticada nos debates.
De que adianta a minha parte frente aos seis bilhões que não fazem
as suas? Ou, pior, de que adianta a minha parte frente às indústrias que
consomem quantidades enormes de energia e água e contribuem com a
dinâmica de consumismo e descaso com o meio ambiente? Realmente, a
minha parte sozinha não pode mudar o quadro das mudanças climáticas.
Nesse sentido é que o movimento ambientalista ganha força e visibilidade a
partir dos anos oitenta. Cientistas, governos e ONG's procuram investigar o
tema e buscar soluções possíveis que sejam compatíveis com a sociedade
contemporânea. Um exemplo foi a Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) realizada por governos e
A

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119
instituições civis no Rio de Janeiro, em 1992. Conhecida por Rio 92, a
conferência concebeu a aprovou a Agenda 21.
Nas palavras de Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente no Brasil, “a Agenda
21 reúne o conjunto mais amplo de premissas e recomendações sobre como as
nações devem agir para alterar seu vetor de desenvolvimento em favor de
modelos sustentáveis e a iniciarem seus programas de sustentabilidade”¹. A
Agenda 21 orienta um processo de análise da situação atual tanto de um país,
quanto de um município ou uma determinada região e, então propõe um
planejamento para um futuro sustentável de acordo com as necessidades do
local.
Mas o que é ser sustentável? O conceito de sustentabilidade é difícil de ser
definido, mas em geral traz a idéia de que devemos estar atentos às
conseqüências de nossos atos. Por exemplo, que devemos usar a água potável,
disponível em abundância, de forma econômica e consciente, do contrário,
nossos descendentes podem não mais contar com esse recurso natural tão
fundamental à nossa vida. Portanto ser sustentável envolve o uso econômico
da água, energia e recursos naturais, minimizar a produção de lixo, reciclar,
produzir alimentos sem agredir o ambiente (evitar inseticidas e adubos
químicos), etc.
A Agenda 21 é uma agenda de desenvolvimento que coloca o meio ambiente
como prioridade, ao contrário da prioridade econômica vigente, mas não se
limita a preservação da natureza. Ela concebe o problema como sendo
socioambiental. Por exemplo: não é possível pedir a um madeireiro na
Amazônia que pare de cortar árvores sem dar a ele uma alternativa para seu
sustento. Assim, a Agenda 21 busca soluções que abarquem os problemas da
degradação do meio ambiente e da degradação do ser humano. Muito bonito
na teoria, mas como isso vem sendo aplicado desde 1992?
Um bom exemplo é o surgimento das chamadas ecovilas. Ecovilas são
comunidades que procuram por em prática modelos de sustentabilidade, mas
que englobam, além de aspectos ambientais e ecológicos, questões sociais,
culturais e espirituais. Hoje, encontramos ecovilas em todos os continentes,
inclusive várias no Brasil.
Existe uma ecovila perto da cidade de São Paulo, em Piracaia, SP. A Ecovila
Clareando é fruto do trabalho do Engenheiro Agrônomo Edson Hiroshi Séo,
pesquisador, educador ambiental e referência em eco-tecnologias de baixo
impacto ambiental e ecologia social. O projeto é pautado em seis pontos
centrais da Agenda 21:
- O primeiro é a agricultura orgânica, que vai além de não usar inseticidas e
adubos químicos e reutiliza o lixo orgânico do local, produzindo alimento rico
e saudável.
- O segundo é a utilização de técnicas de construção que não utilizem madeiras
de lei ilegais e que minimizem o impacto ambiental. Para isso a comunidade
mantém um convênio de intercâmbio tecnológico com a USP, UNICAMP,
UNESP e empresas privadas.

C N 2 0 0 8
120
- O terceiro é a questão da água. As águas pluviais são coletadas pelos telhados,
armazenadas em um reservatório e destinadas para irrigação dos jardins e
hortas, lavar roupa, dar descarga, tomar banho. A água do esgoto será separada
das outras águas para não contaminá-las. Após passar por uma mini estação de
tratamento anaeróbio pode ser aproveitada por árvores frutíferas. As águas
provenientes do chuveiro, pias e tanques passam por um tratamento chamado
leito de raízes e podem ser utilizadas para irrigação e lavar o chão.
- O quarto é a integração social dos moradores da região e entorno através da
agricultura orgânica familiar, formando cooperativas. Isso diminui o
desemprego e a fome, fornecendo alimento saudável e ecologicamente correto.
- O quinto é a energia. A proposta é utilização de energia solar.
- O sexto é a criação de parcerias regionais entre o poder público, a sociedade
civil e empresários, criando uma autonomia do projeto.
Para isso a comunidade mantém um convênio de intercâmbio tecnológico com
a USP, UNICAMP, UNESP e empresas privadas.
É muito bom constatar que projetos como a ecovila Clareando e iniciativas
como agenda 21, ao qual a ecovilas seguem nesse caminho, vem ocupando
cada vez mais espaço na mídia e nas agendas políticas, mas ao mesmo tempo
cresce o consumo e as indústrias. É inviável fechar todas as indústrias e parar o
consumismo de um dia para o outro, por isso, a importância de núcleos como
as ecovilas que servem de exemplo e referência de funcionamento, como
núcleos de divulgação de tecnologias sustentáveis e para uma alternativa
possível.
Aquecimento global em
função do desenvolvimento
do conforto humano
Henrique Dae Hung Mina
a
e Thiago Chong Bin Im
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]
Palavras-Chave: desenvolvimento, influência humana, aquecimento global.
osso planeta está doente. Frase muito utilizada pelos meios de
comunicação, nos dias atuais, para descrever um grande problema
que afeta o nosso planeta e seus habitantes: A crise climática. Essa
crise está ocorrendo devido ao progresso da humanidade que
utilizou os meios naturais de maneira exagerada, provocando desequilíbrios
ambientais e afetando os ecossistemas da Terra. A população está ciente das
conseqüências e nada fez até o momento. A crise climática não é algo que
N

C N 2 0 0 8
121
começou recentemente, mas foi gradativamente aumentando na medida em
que a civilização foi se desenvolvendo.
Segundo uma pesquisa publicada pela BBC, empresa de rádio e televisão
britânica, afirma que 79% das pessoas entrevistadas ao redor do mundo
acreditam que as ações humanas, como transporte e indústria, são responsáveis
pelas mudanças climáticas. O levantamento foi conduzido pela Globescan,
empresa especializada em pesquisa de mercado e opinião, em conjunto com o
Programa sobre Atitudes em Política Internacional, da Universidade de
Maryland (EUA) e ouviu mais de 22 mil pessoas em 21 países incluindo Brasil,
China, Estados Unidos e Índia.
O desenvolvimento tecnológico fez com que a preocupação com o ambiente
fosse deixada de lado, priorizando a natureza inconseqüentemente provocando
catástrofes como desmatamento e o aumento de gases que tornam o efeito
estufa mais ativo, “segurando” mais o calor emitido pelos raios infravermelhos
oriundos do sol, deixando a Terra com “febre”. É importante lembrar que o
efeito estufa já existe antes do homem poluir, ou seja, é um fenômeno natural
para que o planeta mantenha sua temperatura média.
Aliado ao consenso da influência humana sobre o clima global e o grau de
informação da população mostrada pela pesquisa, indicam um momento
favorável para ampliar as discussões e buscar soluções efetivas, ancoradas na
mudança de atitude e curar a doença do nosso planeta para que futuramente
possam ser evitadas possíveis mudanças extremas como ondas de calor e de
frio, chuvas intensas, secas, e mais freqüentes furacões e ciclones tropicais e
extratropicais.
Mudanças nos hábitos de consumo da população no seu cotidiano podem
ajudar a combater o aquecimento global. Um primeiro passo que pode ser
dado é em relação ao consumo, pois toda elaboração de um produto envolve a
extração de matéria-prima, mão-de-obra, energia, água, transporte provocam o
lançamento de gases que agravam o efeito estufa. Ao repensar o hábito de
consumo cada um estará contribuindo para se combater o problema.
Enquanto a sociedade se desenvolve, a tecnologia avança junto e agora a
utilização de forma inteligente e associada ao consentimento da população
sobre as mudanças climáticas, as catástrofes que, futuramente irão ocorrer se
não forem feitas ações no presente, podem ser amenizadas e proporcionar
melhor qualidade de vida para as pessoas e estas visarem o bem estar dos
outros. Porem, como o aquecimento global vem ocorrendo tempos atrás, fazer
com que o planeta tenha níveis de concentração menor de gases que agravam
o efeito estufa é um grande desafio.
Um grande desafio a ser realizado para que as gerações futuras possam
desfrutar de um mundo ainda agradável de viver.

C N 2 0 0 8
122
Mudanças climáticas e
desenvolvimento
sustentável
Marco Aurélio Barbosa
a
e Kaori Adachi
b
a
Aluno do curso de Marketing. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Marketing. E- [email protected]
Palavras-Chave: desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, sociedade
contemporânea.
iante dos estudos do IPCC ( Painel Governamental de Mudanças
Climáticas), durante o século XX houve um aumento de 0,7 graus
Celsius na temperatura terrestre, dado alarmante para a conservação
da média de 14,5 graus Celsius. Crendo nisso, os tradicionais
padrões de produção e acumulação de riquezas do mundo capitalista têm se
tornados incompatíveis e por isso surge um novo estudo que visa a conciliação
entre crescimento econômico e proteção do meio ambiente: o
desenvolvimento sustentável.
O conceito de desenvolvimento sustentável foi definido no documento “Our
common future” (conhecido por relatório Brundtland, 1988) como “aquele
que atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de responder as próprias necessidades), essa corrente teve
inicio nos anos 70, durante a Guerra Fria dedicados a promoção de estratégias
de eco desenvolvimento sob a direção da ONU tendo evoluindo bastante nos
últimos anos.
Em 1997, foi assinada no Japão o Protocolo de Kyoto, durante a COP-3,
estabelecendo que todas as nações têm responsabilidade no combate ao
aquecimento global. Os países desenvolvidos que iniciaram a sua
industrialização há mais tempo possuem maior responsabilidade, devendo
auxiliar com recursos financeiros e tecnológicos projetos de países emergentes,
além de reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Tal Protocolo só passou a
entrar em vigor em 2005, quando foi ratificado por 174 países , com exceção
de alguns importantes como os EUA.
A busca pelo desenvolvimento sustentável pode se dar em vários âmbitos,
entretanto a aplicação de opções alternativas urgem por algumas
implementações como a opção por fontes mais limpas de energia. Por
exemplo, a aplicação da energia solar e eólica no funcionamento de indústrias e
iluminação de ruas.
Além disso, a valorização de investimentos em transportes públicos
ferroviários não só auxiliam na desobstrução do tráfego nas cidades como
também na contenção da eliminação de gases danosos na atmosfera, já que
D

C N 2 0 0 8
123
grande parte dos carros circula abaixo de sua capacidade total de passageiros,
gerando uma emissão per capita de CO2 mais alta.
Outro aspecto a ser analisado é a relação da nossa sociedade com o lixo, pois
quanto maior a renda, maior a capacidade de produzir lixo e esses resíduos
promovem a contaminação dos solos e lençóis freáticos com chorume e o
descarte através de incinerações ou aterros sanitários provoca grande impacto
ambiental. Sendo nesse caso indicados pelo IPCC como medidas futuras uma
recuperação do metano nos aterros sanitários para aplicações energéticas,
compostagem de resíduos orgânicos e otimização da reciclagem.
China, uma esperança
Marcela Ribeiro Leite
a
e Júlia Cicaroli Dávila
b
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]
Palavras-Chave: China, poluição, conscientização.
China cresce em ritmo acelerado sendo o país que mais cresce
atualmente, crescimento este, que tem causado grandes impactos no
meio ambiente, afinal de contas, o país esta em processo continuo de
industrialização, que invariavelmente explora os recursos naturais,
sendo que este único país é habitado por cerca de ¼ da população mundial.
Diante do quadro catastrófico de poluição e também pelas pressões
internacionais, o governo chinês propôs medidas para reverter o problema. As
emissões deliberadas de poluentes têm custado caro ao governo chinês, outro
forte fator persuasivo para realização de mudanças, alguns exemplos disso são:
a liberdade que suas indústrias encontram ao emitir sua poluição custa ao
governo chinês 7,7% do PIB anual tentando-se reverter a situação, se gasta
muito dinheiro, afinal de contas, das 20 cidades mais poluídas do mundo, 16
delas se encontram na China, que é atualmente o maior emissor de dióxido de
carbono e de enxofre. Outros grandes gastos que o governo encontra é com o
tratamento de crianças que nascem com má-formação devido à poluição, e o
tratamento de rios urbanos que deve custar aproximadamente 156 bilhões de
dólares de 2006 a 2010 para sua limpeza.
Infelizmente, sua própria população não esta ciente dos danos que sofrem e
dos riscos que correm devido a tal manejo do ambiente, e são os maiores
afetados.
Diante de tal quadro, o governo vem assumindo uma nova postura, mais
adequada aos tempos atuais, referente à preocupação e manejo ambiental.
O conselho do Estado da China anunciou um plano para combater as
mudanças climáticas. O plano nacional chinês reúne medidas na tentativa de
reduzir as conseqüências do aumento do nível do mar, de secas, de degelo
A

C N 2 0 0 8
124
polar, ao mesmo tempo em que protege suas metas de crescimento
econômico.
Além de tal projeto, o país estabeleceu metas para redução do consumo
interno de energia e a emissão total de poluentes até 2010. Entre outras
medidas, o governo chinês em 2005 fechou 40 empresas por serem grandes
poluidoras, além de criar recentemente um ministério para cuidar do meio
ambiente.
A China apresenta atualmente um cenário otimista em relação ao seu
costumeiro descaso ambiental. Os efeitos das medidas que estão sendo
tomadas poderão ser sentidos dentro em breve por toda a população mundial,
já que a China é imensa e possui uma população imensa, e em conseqüência de
tal, seus atos são ampliados. Podemos esperar uma diminuição da poluição
atmosférica em escala global, e uma crescente conscientização de nossos atos e
suas conseqüências inseridas na natureza.
Desenvolvimento e meio
ambiente
Maria Cristina Mendonça Vieira
a
e Rosana Pereira da
Silva
b
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- [email protected]
Palavras-Chave: desenvolvimento sustentável, meio ambiente, educação ambiental.
e no século passado Renato Russo, compositor e vocalista da lendária
Legião Urbana, considerou o mal do século, a solidão, como cantou em
"Há tempos", o grande mal do século em que vivemos parece ser o
Aquecimento Global, assunto que está sempre presente nos Meios de
Comunicação.
Muito se fala em gases que intensificam o Efeito Estufa, poluição atmosférica,
desmatamentos, queimadas... Uma série de conseqüências das atividades
humanas, que são as principais responsáveis pelas mudanças climáticas.
De fato, a temperatura média do planeta Terra está aumentando, o que
provoca, por exemplo, o derretimento de grandes massas de gelo, ocorrendo
aumento do nível do mar e ameaçando ilhas oceânicas e zonas costeiras;
furacões, ciclones e tufões se tornam mais intensos e destrutivos; enxurradas e
secas mais fortes.
Como vemos, essas mudanças climáticas podem ser catastróficas para o
planeta. Além de conhecermos as causas do Aquecimento Global, é de vital
S

C N 2 0 0 8
125
importância sabermos como combater essas causas, uma solução seria a prática
do desenvolvimento sustentável.
Chegamos muito mais longe do que o homem primitivo poderia imaginar em
nome do desenvolvimento, após a Revolução Industrial, o homem passou a
usufruir os recursos naturais de forma desenfreada e abusiva. O crescimento
econômico gerou aumento do uso de energia e matérias primas, pois depende
do consumo, consumo esse que, por muitas vezes, torna-se tão extremo que as
pessoas precisam de ajuda médica, pois se adquire bens de consumo além de
suas necessidades, talvez como uma forma de concretizar o esforço do
trabalho desta sociedade, que perde muito tempo de sua vida no trânsito das
grandes metrópoles, porque simplesmente há carros demais.
Essa forma de vida é insustentável, se todas as pessoas do mundo tivessem o
padrão de vida das grandes metrópoles acarretaria no esgotamento dos
recursos naturais, o que comprometeria as futuras gerações em satisfazer suas
próprias necessidades. Por todas essas razões, o desenvolvimento sustentável
busca um equilíbrio entre a manutenção do meio ambiente e o
desenvolvimento econômico e social.
Para que esse equilíbrio ocorra é preciso acabar com o desperdício, a sociedade
precisa priorizar qualidade em vez de quantidade, adotar o uso de fontes
renováveis, no Brasil há um grande potencial eólico e solar a ser explorado;
diminuir o uso de combustíveis fósseis podendo adotar o uso de álcool e o
biodiesel. Os transportes coletivos devem ser prioridades numa política que
tenha intuito de reduzir os riscos das mudanças climáticas, bem como o
investimento em transportes eficientes e baratos, como bondes elétricos, trens
metropolitanos e ciclovias. A agricultura também pode contribuir com o
planeta, produzindo práticas agrícolas sustentáveis, onde a expansão agrícola
ocorre através da recuperação de áreas desmatadas.
A sociedade precisa de informação a fim de que se conscientize que o
Aquecimento Global não é apenas um problema político, ela precisa cobrar
sim planos de ação para se combater as causas das mudanças climáticas, mas
deve entender que cada um pode fazer sua parte para reduzir os impactos
ambientais, com atitudes simples como reaproveitar água da chuva podemos
reduzir o uso de matérias-primas e produtos, dessa forma promover o
aumento da reutilização desses bens e da reciclagem.

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Um protocolo para a vida
Daniel Lau Pereira Soares
a
e Jeniffer Pereira de Freitas
b
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]
Palavras-Chave: protocolo de Kyoto, sustentabilidade, recursos naturais.
planeta passa por sérias mudanças climáticas provocadas
principalmente pela ação humana. A preocupação com o futuro do
planeta levou alguns países, juntamente com a ONU, a
apresentarem métodos ou soluções de como nós poderíamos
usufruir dos recursos naturais da Terra, mas sem esgotá-los. Assim, como
resultado dessa preocupação, foram feitos alguns tratados e protocolos
defendendo o desenvolvimento sustentável. Podemos citar, entre outros, o
protocolo de Kyoto, realizado no Japão em 1997.
O modelo de desenvolvimento implementado desde o início da Revolução
Industrial até os dias de hoje não teve como preocupação a sustentabilidade
dos recursos naturais do Planeta. A busca incessante pelo lucro cegou os seres
humanos. Somente quando evidências de degradação e escassez apareceram,
surgiram preocupações com o ambiente.
O aumento artificial e desproporcionalmente rápido na concentração de certos
gases que provocam o efeito estufa (como o CFC, oxido nítrico, ozônio e o
CO2, por exemplo) gera aumento de temperatura da atmosfera. Isto pode
levar a mudanças climáticas significativas para a manutenção da vida como a
conhecemos.
Segundo simulações de computador, alterações de temperatura que para nós
são relativamente pequenas (um ou dois graus centígrados a mais na média
mundial) poderão produzir alterações climáticas drásticas, devido
principalmente à possibilidade de descongelamento de parte da água que se
encontra em forma de gelo nos pólos. A presença de maior proporção de água
líquida na atmosfera não somente aumentaria os níveis de água nos oceanos,
mas também faria com que os regimes de chuvas de várias regiões se
alterassem. Paralelamente, os próprios efeitos do aumento de temperatura
fariam com que os movimentos de massas de ar também se alterassem e
inclusive influenciassem os regimes de chuvas.
Essas alterações comprometerão a vida na Terra. Então, quando o ser humano
se deu conta do que está por vir, foram feitos encontros e conferências entre
alguns países para discutir o tema desenvolvimento sustentável, ou seja,
equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o uso dos recursos naturais.
De acordo com a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento da ONU, desenvolvimento sustentável é aquele que atende
as necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de que as gerações
futuras satisfaçam as suas necessidades.
O

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127
O protocolo de Kyoto é uma das formas propostas com o intuito de melhorar
a situação do Planeta. O objetivo principal deste protocolo é reduzir a emissão
de gases poluentes causadores do efeito estufa. Para tanto, necessita-se adotar
algumas medidas econômicas, tais como: reformar setores de energia e
transporte, eliminar mecanismos financeiros e de mercados inapropriados,
limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas
energéticos, proteger florestas e sumidouros de carbono.
Este assunto é de grande relevância, mas o relatório de Desenvolvimento
Humanos das Nações Unidas 2007-2008 afirma que a maioria dos países ricos,
que são os maiores emissores de gases poluentes, não está cumprindo os
objetivos acordados no Protocolo de Kyoto. Embora algumas nações tenham
reduzidos as emissões, as tendências atuais indicam que os países
desenvolvidos não cumprirão as suas metas até 2012, sendo que em alguns
países houve até mesmo o aumento de emissões.
Apesar da maioria dos países não atingir a sua meta de reduzir a emissão dos
gases causadores do efeito estufa, o cumprimento do protocolo de Kyoto é
importante na melhoria da qualidade do ar e conseqüentemente na qualidade
de vida, sendo assim, um passo significante para a manutenção da vida na
Terra.
Medidas para um
desenvolvimento
sustentável
Nina Sawada
a
e Raquel de Jesus Siqueira
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: mecanismo de desenvolvimento limpo, emissão de CO2, recursos
renováveis.
partir da Revolução Industrial no século XXI, as mudanças
climáticas passaram a ser causadas também pela ação do homem,
devido à emissão de poluentes na atmosfera.
O aumento contínuo da população, junto com o modelo econômico
capitalista, contribuiu para a degradação do meio ambiente, com isso reduz-se
a capacidade do planeta de absorver quantidades significativas de dióxido de
carbono (CO2), um dos principais causadores do efeito estufa. O dióxido de
carbono tem capacidade de reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera,
o que pode provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente para
trazer graves conseqüências para o nosso planeta, agravando assim o problema
do aquecimento global.
A

C N 2 0 0 8
128
Uma alternativa eficaz e viável para suprir as necessidades humanas e produzir
o menor impacto ambiental possível é adotar um modelo de economia
sustentável, baseado na produção de energia e de bens de consumo a partir de
recursos renováveis.
Com o protocolo de Kyoto, foi estabelecido o Mecanismo de
Desenvolvimento Sustentável Limpo (MDL), que é uma medida para
promover o Desenvolvimento Sustentável nos países em desenvolvimento,
como, por exemplo, o Brasil. Seu principal objetivo é estimular a produção de
energia limpa, como a solar e a gerada a partir de biomassa, e remover o
carbono da atmosfera.
O MDL permite aos países desenvolvidos compensarem suas emissões de
gases causadores do efeito estufa, por meio de um projeto de energia limpa
instalado em países em desenvolvimento.
Um bom exemplo de projeto, que já esta sendo realizado no Brasil, é a captura
de gás em aterro sanitário, que consiste em reter o gás metano para depois,
com ele, gerar energia. Esse projeto reduz indiretamente a poluição do ar, ao
compensar o uso de recursos não renováveis. A produção de eletricidade a
partir do metano evita que sejam utilizados recursos não renováveis como
carvão, óleo ou gás natural. Isto pode evitar a s emissões de CO2 de fábricas
de energia e poluentes como o dióxido de enxofre, que contribui em grande
parte para a chuva ácida.
Com esse projeto, de acordo com o MDL, a cada tonelada de que deixar de ser
emitida, o Brasil pode negociar no mercado mundial através da venda de
Reduções Certificadas de Emissões, contribuindo para o crescimento da
economia e a proliferação do desenvolvimento da energia limpa.
Para que todo esse desenvolvimento sustentável seja viável, portanto, é
necessário o apoio sócio-político, ou seja, o governo junto com a população
promovendo campanhas, incentivando a economizar energia e pressionando as
empresas a substituírem as energias perigosas e ultrapassadas, como
combustíveis fósseis, nuclear, grandes hidrelétricas pelas energias alternativas,
como a solar, eólica, pequenas hidrelétricas. Combustíveis de transição, como
o álcool, e o biodiesel, devem ser amplamente utilizados por veículos
particulares e coletivos. Nas metrópoles deve haver prioridade para o
transporte coletivo de qualidade, com investimentos em sistemas mais
eficientes e baratos. Os bondes elétricos e os trens metropolitanos são uma
alternativa eficaz. Dessa maneira, além de contribuir para o crescimento
econômico, essas medidas também preservam o meio ambiente.

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Tijolo ecológico: futuro
social e justo
Andressa Lima
a
e Anderson Patrick de Almeida
b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]
Palavras-Chave: meio ambiente, tijolo ecológico, futuro.
“Secas na Amazônia cada vez mais estranhas, intensos furacões no Atlântico Norte, são efeitos do
descaso com o meio ambiente, que a cada dia tem menos árvores para captar CO2.”
Manfred Schwartz
uestões ambientais e desastres na natureza, são temas que
preocupam e assustam a atualidade, que procura saídas racionais
para o uso dos recursos naturais.
Aumento do nível dos oceanos, crescimento e surgimento de
desertos, aumento de furacões e ondas de calor, e o desmatamento que ocorre
principalmente em florestas de países tropicais, como o Brasil, são fatores que
podem ser solucionados com simples ações.
Mudanças climáticas são ocasionadas pelo efeito estufa, buraco na camada de
ozônio, poluição atmosférica e aumento na produção de gás carbônico.
Cada árvore queimada lança uma quantidade relativa de CO2, o tijolo
ecológico dispensa o uso de forno para queima e cura; analisemos: Para a
construção de uma casa simples são necessárias nove árvores para queimar os
tijolos convencionais, 1% do mercado nacional de tijolo convencional exige a
derrubada de mais de 45mil árvores para sua produção, já com o tijolo
ecológico obtém-se uma significante diminuição do desmatamento, e além de
ser um produto ecologicamente correto ele é economicamente viável, a
exemplo: 1000 tijolos convencionais custam cerca de R$230,00, por outro lado
a mesma quantidade de tijolo ecológico custa R$180,00, além de dispensar
gastos com reboque na parede argamassa e pintura.
O fato do tijolo ecológico ser mais barato, pode vir a ser uma solução para
facilitar a construção de moradias populares.
Essa preocupação ultrapassa os limites acadêmicos, vemos a sociedade se
mobilizando com ações efetivas ligadas ao meio ambiente, como exemplo, os
alunos da Escola Estadual Dom Miguel Kruse do Jardim Danfer localizado na
zona leste da capital paulista que desenvolveram o projeto do tijolo, utilizando
água da chuva, garrafas pet de refrigerante e capim, e utilizaram na construção
de bancos para a escola.
Para evitar impactos ambientais, que por conseqüência influenciam em
mudanças climáticas, é necessário que haja um empenho não somente de
estudiosos da área, mas populacional também, pequenas ações semelhantes a
Q

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dos alunos da Escola Dom Miguel Kruse, podem atenuar o grande mal que
causamos a natureza a séculos, e o tijolo ecológico é uma ferramenta simples,
que todos devem utilizar, pois além de ser economicamente viável é uma
medida socialmente justa e ecologicamente correta.
Será preciso frear o
desenvolvimento
econômico para proteger o
meio ambiente?
Ana Paula Garbulho
a
e Cristina Balzano Guimarães
b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected]
Palavras-Chave: desenvolvimento sustentável, recursos naturais, meio ambiente.
desenvolvimento da tese do desenvolvimento sustentável é uma
resposta aos mais céticos que prevêem um futuro catastrófico
diante do atual crescimento predatório. Esta via busca alternativas
viáveis para se preservar o meio ambiente sem prejudicar o
crescimento econômico. Visa, com isso, incorporar as populações excluídas a
uma vida digna, sem colocar em risco as gerações futuras.
Não somente o esgotamento de recursos naturais é pauta para esta tese, mas
também os prejuízos que essa ação desenfreada causa, como o aquecimento
global.
Sabemos que se a economia mundial mantiver as atuais taxas de crescimento,
num futuro próximo os recursos energéticos e hídricos, assim como as terras
atáveis e o próprio ar, não serão suficientes para atender à demanda de toda a
população. Sem contar, ainda, o aumento da temperatura global, interferindo
em todo ecossistema, por exemplo, com o derretimento das calotas polares.
Todas essas conseqüências não atingem apenas as nações menos privilegiadas,
o mundo desenvolvido também é vítima desse progresso a qualquer custo.
Assim, o estilo de vida dos cidadãos deve mudar. Desde a conscientização no
tocante à economia de água e energia até a reciclagem e o fim do desperdício, a
sociedade deve mudar seus hábitos de consumo.
O desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do
reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Atividades econômicas
devem ser encorajadas em prejuízo à base de recursos naturais dos países. Esta
tese sugere qualidade em vez de quantidade.
O

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Há iniciativas tímidas em alguns países desenvolvidos, mas é necessária uma
política de governos de abrangência mundial, envolvendo os meios de
comunicação, as escolas, as empresas e as comunidades. Somente com a
colaboração de todos conseguiremos crescer sem comprometer o futuro.
Isto inclui, por exemplo, a produção de alimentos com qualidade, o uso
racional da água e energia, sem desperdícios; a utilização de madeira certificada
para garantir que os produtos foram obtidos de maneira legal, sem
desmatamento predatório; a prioridade para o transporte coletivo; o controle
da poluição do ar e da água; o tratamento de esgotos e dos efluentes
industriais; a reciclagem de lixo e a preservação dos ecossistemas.
O terceiro relatório do IPCC (“Intergovernamental Panel On Climate Change”
– Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas) lançado em maio
de 2007 propôs diversas ações sobre o que pode ser feito hoje e incentiva a
ação individual. Algumas das alternativas seriam trocar combustíveis fósseis
por alternativas mais limpas, como gás, biocombustíveis, energia nuclear,
hidroelétrica, eólica, maremotriz e solar; veículos mais eficientes, híbridos,
preferência pelo transporte ferroviário; equipamentos de iluminação mais
eficientes, energia solar para aquecimento e refrigeração, captura e reciclagem
de gases; equipamentos que gastem menos energia nas indústrias; maior
armazenamento de carbono no solo; recuperação de terras degradadas;
redução do desmatamento de florestas; recuperação de metano nos aterros
sanitários, compostagem dos resíduos orgânicos e tratamento do esgoto.
O desenvolvimento sustentável propõe uma sociedade econômica e
ecologicamente equilibrada, com energia renovável e racionalização no uso dos
recursos naturais.
Uma verdade inconsciente:
o mau dos recursos!
Denise Martins
a
e Lissa Ferreira Lansky
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: recursos naturais, desenvolvimento, revolução industrial.
esde a Revolução Industrial, os homens começaram a utilizar
combustíveis fósseis como fonte de energia. A queima desses
combustíveis lança na atmosfera gases do efeito estufa.
Diante das mudanças ocorridas no período da industrialização,
houve transformações na atmosfera que deram origem às modificações
climáticas.
De acordo com o documentário “An Inconvenient Truth” (Uma Verdade
Inconveniente) de Albert Arnold Gore Jr., essas modificações climáticas são
D

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132
causadas pela emissão excessiva de CO2 para atmosfera terrestre. Esse
lançamento excessivo na atmosfera forma uma camada que impede a saída da
radiação solar. A esse fenômeno dá-se o nome de Aquecimento Global. Assim
como a queima dos combustíveis fósseis gera gases, que em excesso,
prejudicam a atmosfera, a deterioração das árvores também libera esses gases,
pois ao se decompor, devolvem para a atmosfera todo CO2 que haviam
consumido em vida.
Segundo a WWF (World Wide Fund for Nature) o Brasil é o 4º maior emissor
de gases do efeito estufa do planeta. Esse índice se dá pelo fato de cerca de
75% das emissões serem oriundas do desmatamento (corte e queima). Isso nos
leva a refletir que o Brasil não tem dado a devida importância quanto a
utilização correta de seus recursos naturais.
Visando essa preocupação, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas, para discutir o
desenvolvimento econômico e a conservação do meio ambiente estabeleceu o
termo Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo o
desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as demandas das gerações futuras. Isto
foi ponderado levando em consideração o não esgotamento dos recursos
naturais.
A Declaração de Política de 2002 da Cúpula Mundial sobre o desenvolvimento
sustentável, realizada em Johanesburgo, afirma que o desenvolvimento
sustentável é constituído sobre “três pilares interdependentes e mutuamente
sustentadores” - desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e
proteção ambiental.
O desenvolvimento econômico e social, intenta quanto a conservação e
utilização dos recursos naturais de forma racional e duradoura, beneficiando
tanto as gerações atuais quanto as futuras. A proteção ambiental é uma
complementação destes, pois é a base para a coexistência do desenvolvimento
econômico e do desenvolvimento social, uma vez que sem a devida proteção
ao meio ambiente, eles não podem exercer suas funções.
Esses pilares requerem um planejamento de recursos naturais e
reconhecimento de que esses são finitos, sendo que a humanidade e a
diversidade biológica são totalmente dependentes dos mesmos. Por isso somos
os principais prejudicados caso esses pilares sejam abalados.
O conceito de que a industrialização desencadeou o mau uso dos recursos
naturais não pode ser considerado de forma taxativa. É necessário conciliar
progresso e tecnologia com o objetivo de estabelecer um ambiente saudável.
Isso não quer dizer que a industrialização não é bem vinda, afinal o
desenvolvimento é essencial para a evolução da sociedade, desde que seja ele
um desenvolvimento consciente.

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133
O planeta e a
(in)sustentabilidade
Kátia Silva Souza dos Anjos
a
e Regiane Roman Gomes
Lima
b
a
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
Palavras-Chave: progresso, meio ambiente, sustentabilidade.
m pleno século XXI, vários países se dão conta de que as mudanças
climáticas são um problema global. O grande desafio é amenizar
estas alterações climáticas levando em consideração aspectos
políticos, sociais, culturais, ambientais e econômicos.
Com a revolução Industrial, a quantidade de gases poluentes (CO2 e metano)
despejados na atmosfera aumentou em grandes proporções, alterando o efeito
estufa, intensificando o aquecimento global e modificando, assim, o clima de
todo o planeta.
Medidas drásticas devem ser tomadas; caso contrário, a temperatura continuará
aumentando e o planeta enfrentará riscos de extinção em massa, colapso dos
ecossistemas, falta de alimento, escassez de água e grandes prejuízos
econômicos.
Com a criação do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas), obtivemos importantes relatórios alertando o mundo sobre o
aquecimento do planeta, avaliando os impactos socioeconômicos e dando
opções para limiar a emissão de gases nocivos e outras maneiras para acabar
com as mudanças do clima.
Mais tarde, foi implantado o Protocolo de Kyoto, um tratado que tem como
meta a redução da emissão de gases poluentes com responsabilidade comum,
porém, diferenciada, já que os países desenvolvidos, historicamente
contribuíram mais intensamente com os acúmulos desses gases na atmosfera,
tendo, portanto, uma obrigação maior de reduzir suas emissões. Ao contrário
dos países em desenvolvimento que se comprometem a adotar medidas para
que o crescimento de suas emissões seja contido.
A solução para conter um progresso desequilibrado é o desenvolvimento
sustentável, que visa o desenvolvimento respeitando o meio ambiente, ou seja,
suprindo as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de
atender as necessidades das gerações futuras.
O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), criado pelo Protocolo de
Kyoto, é uma forma de desenvolvimento no qual países desenvolvidos além de
reduzir suas emissões podem também comprar uma parcela de metas em
créditos de carbono. Uma vez que tais países não poderiam substituir sua
matriz energética em curto prazo, eles investem em empreendimentos menos
E

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poluentes e assim conseguem “créditos” que contem pontos para atingir a
meta de redução.
O Brasil foi o primeiro país com um projeto baseado no MDL, financiado pela
Holanda, a ter registro aprovado. Esse projeto foi realizado em Nova Iguaçu,
RJ, onde um antigo lixão foi desativado e foi construído um aterro sanitário
em seu lugar. O gás metano produzido pelo lixo é capturado e transformado
em energia limpa. Assim vemos que a Holanda consegue “créditos” investindo
no Brasil.
Existem outros projetos de desenvolvimento sustentável no Brasil. Um
exemplo é o que acontece no Pará, onde se vislumbra a agricultura de
subsistência sustentável. Porém, projetos como esse causam conflitos
econômicos e de exploração de terras; como o caso da irmã Dorothy, que por
ter esse projeto, contrariou fazendeiros e estes, mandaram matá-la.
Hoje, um grande desafio é como obter esta mudança de um padrão de
desenvolvimento já estabelecido, para um modelo sustentável de organização
humana. Um desenvolvimento que não esgote os recursos para o futuro e que
tenha como objetivo harmonizar o desenvolvimento econômico e a
conservação ambiental.
Por isso é essencial que todos tomem consciência do problema e façam sua
parte!
Eco-desenvolvimento no
Brasil
Yasmin Silva Baggi
a
e Hugo César da Silva Ledo
b
a
Aluna do curso de Têxtil e Moda. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: harmonia, meio ambiente, pecuária sustentável.
Brasil ocupa o 4º lugar dos maiores emissores de CO2 (Dióxido de
Carbono), agravante do efeito estufa, causado pela queima de
florestas e matas. Se fossem erradicadas as queimas, o Brasil
ocuparia o 18º lugar.
Nos dias atuais é imprescindível que o homem elabore soluções para atenuar
as mudanças climáticas. O planeta sofre com a ação humana e apesar dos
diversos problemas tornarem-se mais visíveis, como a elevação de temperatura,
a humanidade continua a desrespeitar o meio-ambiente por diversas razões,
principalmente por ganância financeira e a não consciência da importância
dessas mudanças climáticas.
As maneiras em que a sociedade intervém no meio ambiente em relações
harmônicas, retira o que precisa sem prejuízo ambiental, são diversas. Nesse
O

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135
contexto surgem vários projetos em prol do meio ambiente. Um dos principais
projetos foi o Desenvolvimento Sustentável, construído durante a Conferência
de Estocolmo, em 1972, ficou conhecido como Eco-desenvolvimento, que
visa harmonizar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
Para aumentar a ação contra as mudanças climáticas, alem de áreas protegidas
e reservas naturais, foram desenvolvidas atividades econômicas sustentável em
florestas, principalmente na Amazônia, que fortaleçam comunidades locais e
aproveitam recursos naturais disponíveis nessas regiões. A tentativa de cumprir
com o Eco-desenvolvimento, faz com que grandes empresas como o Banco
Real, Petrobrás, Natura com o apoio de instituições como o Greenpeace e a
WWF, tenham além de sucesso econômico uma política de conservação
ambiental.
Um dos programas que dá certo é da Fundação WWF-Brasil, o Programa de
Apoio ao Desenvolvimento Sustentável (PADS). Os projetos do PADS
ajudam famílias de baixa renda a viver da coleta de castanhas, artesanato,
ecoturismo e o uso de outros elementos naturais sem ter que derrubar árvores
para a extração de madeira ou obtenção de pastagens, assegurando a
conservação das florestas e da biodiversidade.
Para complementar o Eco-desenvolvimento, um projeto também da WWF-
Brasil, a Pecuária Sustentável foi criada prevendo uma diminuição de poluentes
na região do Pantanal. A pecuária é considerada uma das mais importantes
atividades econômicas para a região, assim o Programa Pantanal Para Sempre
incentiva os produtores a adotarem a pecuária orgânica certificada como forma
de minimizar os impactos ambientais já que o uso da queima para obtenção de
pastagens é proibido, diminuindo os gases liberados no efeito estufa.
Para contribuir com o debate, o programa está viabilizando estudos sobre o
balanço energético e de emissões do sistema produtivo orgânico comparado
com o convencional.
Mas não basta grandes empresas fazerem esses investimentos se o ser humano
não tem consciência de que ele pode alterar muito o planeta, mas para pior.

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A integração do
desenvolvimento do meio
ambiente com relação às
múltiplas questões sociais
Camila Sato Kanashiro
a
e Catarina Nucci Stetner
b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- [email protected]
Palavras-Chave: visão holística, transdisciplinaridade, eco-desenvolvimento.
visão holística provém do termo holismo, que origina-se do termo
grego "holos", que significa todo. No século VI antes de Cristo, o
filósofo Heráclito de Éfeso já dizia "A parte é diferente do todo, mas
também é o mesmo que o todo. A essência é o todo e a parte".
Desse modo, partes e todo em sentido absoluto não existem. Tudo o que há
na natureza, seja o homem, uma molécula, ou até mesmo as galáxias, são
considerados todos, em relação às suas partes constituintes, mas também são
partes de um todo maior. Com isso, todos e partes, estão interligados.
A holística não é ciência, nem filosofia e não é uma religião, ela também não
constitui um paradigma. Segundo Pierre Weil, (1991), “a abordagem holística
propõe uma visão não-fragmentada da realidade onde sensação, sentimento,
razão e intuição se equilibram e se reforçam”.
O pensamento holístico é profundamente ecológico. O indivíduo e a natureza
estão unidos, formando um conjunto impossível de ser separado. O
desenvolvimento da integração do meio ambiente com suas múltiplas relações
envolvem aspectos ecológicos, políticos, sociais, econômicos, científicos,
culturais.
Por isso, hoje existe a idéia de que as questões ambientais estão relacionadas
com as questões econômicas e sociais, e que o funcionamento da proteção
ambiental depende do tratamento global e conjunto de todas essas questões.
Devido a complexidade da pesquisa sobre o meio ambiente,os vários aspectos
específicos citados acima podem ser utilizados para a construção de um
conceito mais amplo e abrangente: a transdisciplinaridade .Segundo Colóquio,
(1986) é uma troca dinâmica entre as ciências exatas,humanas, à arte e a
tradição- no próprio cérebro humano.A transdisciplinaridade não procura
construir uma ligação entre a ciência e a tradição, mas sim, que a mesma
procura pontos de vista a partir dos quais seja possível torná-las "interativas",
respeitando-se as diferenças que têm entre si, apoiando-se em um novo
conceito da natureza.
A

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Futuramente possibilitará a formação de grupos capazes de preparar
programas com propostas avançadas visando ás soluções que melhor se
adéqüem à realidade e que sejam capazes de atender às necessidades humanas.
Programas esses que foram direcionados para a elaboração de diagnósticos
com o objetivo de propor políticas públicas, ressaltando a importância na
adoção de medidas preventivas para evitar que o crescimento econômico e o
desenvolvimento industrial tenham ações desfavoráveis relacionados à
sociedade e ao meio ambiente, como diz Sachs em seu texto sobre o eco
desenvolvimento que também é conhecido como uma versão alternativa do
desenvolvimento sustentável.
Com o propósito de buscar o ideal de harmonização lançam-se as bases
conceituais do desenvolvimento sustentável, este visa atender as necessidades
do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras em atender
as suas próprias demandas.
A visão holística, explica uma vez mais Pierre Weil, implica em uma vivência
transpessoal, não podendo, pois, ser dimensionada como meramente
intelectual; para o mesmo autor, na construção do holismo, não se deve negar
jamais o antigo paradigma, antes, a holística deve ser considerada como a
"cena onde as correntes já existentes podem encontrar-se na busca de soluções
criativas para os problemas relacionados ás mudanças climáticas, levando em
conta a experiência do passado diante do desafio que provoca o tema,
questiona-se se não é chegado o momento em que tudo tenha que ser
"repensado", talvez "reinventado, mas não refeito".
Biodiesel: a alternativa
Maíra Siqueira de Souza
a
e Jessé Félix da Silva
b
a
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- [email protected]
b
Aluno do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected]
Palavras-Chave: biodiesel, desenvolvimento, mudanças climáticas.
elevação das temperaturas é uma evidência de que a maneira de viver
dos seres humanos está perturbando o clima do planeta.
A problemática ambiental que assola a sociedade tem trazido grandes
preocupações às autoridades mundiais. O aquecimento global
causado pelo desmatamento cada vez maior e pelo contínuo acúmulo
de gases poluentes advindos da queima de combustíveis fósseis, lançados na
atmosfera, principalmente nos países industrializados, pelas indústrias,
escapamento de automóveis e CFCs provenientes de ar condicionados e
aerossóis, traz diversos danos ao meio ambiente. Afirma-se que em média o
paulistano perde dois anos de vida devido à poluição ambiental (Dado do
Laboratório de Poluição Atmosférica da USP).
A

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Mas as atuais alternativas com o uso mais eficiente de energia limpa devem
ajudar na melhora do problema ambiental. O petróleo é o combustível mais
usado no mundo, é prejudicial, pois a sua queima elimina gases poluentes na
atmosfera.
Uma saída a este transtorno é o uso do biodiesel, um combustível que não
afeta o meio ambiente. É derivado de fontes renováveis vindas da gordura
vegetal, tais como a mamona, dendê, amendoim, milho, girassol, etc.
O Brasil é um país em desenvolvimento, que tem um projeto e já produz, em
escala industrial o biodiesel. Porém isso é bastante discutido e também
criticado pelos países ricos, que dizem que a fome irá aumentar, pelo fato de
que as terras usadas para o cultivo de matéria prima para produção do óleo
vegetal, poderiam /deveriam estar sendo usadas para produção de alimentos.
Ainda assim, a produção do biodiesel é uma ótima alternativa, a mais efetiva,
até hoje, para reduzir custos e os impactos ambientais ao mesmo tempo. Além
de competir comercialmente com o petróleo, é renovável e permite gerar
empregos.
A posição do Brasil é boa em relação ao resto do mundo é auto-suficiente em
petróleo e também já possui produção da energia limpa.
Porém é necessário se ter alguns cuidados, pois o cultivo para produção do
óleo vegetal avança sobre as paisagens naturais, um exemplo é a cana - de -
açúcar que avança para a Amazônia, Acre, e também para o cerrado. Isso pode
comprometer os recursos naturais, alterando os biomas.

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