REVISTA Betel 1° trim. 2023.pdf

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About This Presentation

Escola dominical


Slide Content

EVANGELHO DE MARCOS
0 Servo e a missao no servito da obra de Deus

QUER MATS
CONTEUDO PAPA O
ESTUDO DAS LIçOES?
Onlines e gratuitos, os Recursos em Video
Betel sao poderosos auxilios que
ampliarao o entendimento nos estudos
biblicos da revista Betel Dominical
FOCO NA
LIçAO
Toda segunda-feira, urn novo
video traz a essencia da licao da
semana para apoio e edifica4ao
dos professores e alunos da EBD.
ASSISTA
AGORA!
~i~ Apresenta4ao: Pr. Manoel Luiz Prates.
AU LAS DE
EBD ONLINE
Toda sexta-feira e apresentada no canal
da Editora Betel, no YouTube, uma aula
exclusiva sobre a licao da semana para
aqueles que querem continuar seus
estudos da Palavra de Deus em meio a
pandemia e no conforto do seu lar.
ASS ISTA
AGORA! I
Apresenta4ao: pastores Manoel Luiz Prates. Marcos Sant'anna
e Wiliam Barros.
ACESSIVEL
CONHE4A OUTROS VIDEOS a Betel
EM TODOS 45
0
DISPOSITIIVOS: Celula, Tabuet Cotttputauo, s;nart~
EM NOSSO CANAL
E a . t °' b
bit.y~dbetet-Mdeou

I
i
Revista de Betel
D 0 M I N I C A L
Escola Biblica Dominical
1° Trimestre de 2023 Ano 33 N° 126
Adultos Publica4ao Trimestral • ISSN 2448-184X
EVANGELHO DE MARCOS
0 Servo e a Missao no servico da 0bra de Deus
NOSSA CAPA:
Imagem ilustrativa de nosso
Senhor Jesus Cristo o Servo
Sofredor e Filho de Deus.
LIcAO 1 Marcos e o seu evangelho
LIcAO 2 Um coracao de Servo
U~AO 3 Particularidades do Servo
LIcAO 4 O Servo que age corn excelencia
LIcAO 5 O Servo e as multidoes
LIcAO 6 A autoridade do Servo
LIcAO 7 A fe no Servo: o evangelho dos milagres
L14AO 8 O Mestre por excelencia que se fez Servo
L14AO 9 O Servo revela o Pai e o perfeito piano divino
L14AO 10 A tnanifestacao pt blica do Servo em Jerusalem
L14AO 11 O sermao profetico: o Servo revela o futuro
LIcAO 12 O sofrimento do Servo, Sua morte e ressurreicao
LI(AO 13 O Servo ordena a pregacao do Evangelho
REFERENCIAS BIBUOGRAFICAS
Foco ~
PAE
Conheca os recursos feitos pars voce e disponiveis gratuitamente em
nosso site, acessando pelo link: bit.ly/aux-ebd-bd ou pelo QR Code:
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E J Essa revista pertence a:

U Betel
Editor a
Rua CarvaRo de Souza, 20 - Madureira
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MESA DIRETORA
Bispo Primaz Mundial Dr. Manoel Ferreira
Presidente
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Bispo Abner de Cessio Ferreira
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Pr. Abinair Vargas Vieira
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Pr. Josue Rodrigues de Gouvea
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DIRETORIA/CONSELHO DELIBERATIVO
Bispo Primaz Mundial Dr. Manoel Ferreira
Bispo Oides Jose do Carmo
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Bispo Samuel Cassio Ferreira
Gerente Executivo
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Gerente Geral
© 2023 Editors BeteLTodos os direitos res-
ervados.
Nenhuma parte desta pubtica4ao pode ser re-
produzida ou transmitida, em qualquer meio,
sem previa autoriza4ao por escrito da editors.
Palavra do Comentarista
"Neste trimestre, estudaremos o evangelho
de Marcos, considerado o primeiro evange-
lho a ser escrito e o mais breve. No evangelho
de Marcos, Jesus e apresentado como o Servo
Sofredor e Filho de Deus, e, tambem, Filho do
Homem. Certo e que a Igreja de Cristo tern se
valido dos seus ensinamentos, portanto e ne-
cessario conhecer mais o evangelho de Marcos.
Assim, serao treze licoes que buscam abranger
uma visao panoramica do evangelho de Mar-
cos, tratando assuntos importantes, como: as
particularidades do evangelho de Marcos; Je-
sus como o Servo exemplar; o Servo e as mul-
tidoes; o Sermao Profetico; o sofrimento do
Servo, Sua morte e ressurreicao; a importancia
da pregacao do Evangelho, entre outros. Que o
Espirito Santo nos capacite, conduza e esclare-
ca no estudo acerca deste importante livro das
Sagradas Escrituras.
SOBRE 0 AUTOR
PASTOR ABINAIR VARGAS VIEIRA
Presidente da Junta Condliadora-GO;
1 °Vice-Presidente da CONEMAD-GO
(Convencao Estadual dos Ministros
Evangelicos das Assembleias de
Deus - Ministerio de Madureira no
Estado de Goias); Presidente da
Assembleia de Deus em Fama-GO; 5° Vice-Presidente
da CONAMAD a Teologo.

TILE GOSPEL
ACCORDING TO
ST. MARK
CT-IAI'TER 1 Luk ei~'sa.
the shin with the it
HE beg ning of the gospel of Rom, g, s, went after 11frn. se t
Jesus Christ, "the Son of God;
lJohn4.la. 21 And they v+•ent
Into (`
2 As it is written in the prophets, aat.cc.4. 1: and str:Ij,)fO y' ran the 'U~r
Behold, 'I send my messenger before Lam° 4 s' entered fntc► the S~r1:d ebb
thy face, which shall prepare thy way d yam; ism ~.
22 And 'they
tt~e, and
before thee. .• r.•.. ~u. s. drx'trfnr: fc>'>• he
tallxht t!~
hish~
3 The 'voice of one crying in the s,ute a. 4_ 11241 suthoT f t ailcl n
r.,u
4 John did baptize in the wilderness.;
allX•
and preach the baptism of replrnt
U3CC'esr«. 1S.
' +
'for the remission of sins. ta;~, > ,
W do
~. t .
5 And there went out unto him all i * ( * W
and they of ert& izWrza ,rlt a 1rW • tiara ,
Marcos e o seu evan elho g
fl
wilderness, Prepare ye the way of t11e
Jnha 1 ra ~;
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alg t t
/x.ta. 1 a 4,1.
>tt?~1 tZ al th ~
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t~ ~t
Lord, make his paths straight. tee. a s
.
•Q
s
Q ASSISTA O VIDEO FOCO NA LICAO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -
TEXTO AUREO
"So Lucas esta comigo. Toma Marcos a traze-
-o contigo, porque me e muito util para o
ministerio." 2Timoteo 4.11
o, a
lil
a. 0.
VERDADE APLICADA
Mesmo vvenciando dificuldades e instabilidades, o
discipulo de Cristo deve perseverar a aproveitar as
oportunidades para cresdmento a amadurecimento.
l' Apontar a relevancia de L' Mostrar que um momento I' Falar que Deus sempre esta
viver em um lar cristao. de fracasso nao a nosso fim. disposto a nos restaurar.
ATOS 12
9. E, saindo, o seguia. E nao sabia que era real
o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava
que via alguma visao.
10. E, quando passaram a primeira e a segunda
guarda, chegaram a porta de ferro que dá para
a cidade, a qual se Ihes abriu por si mesma; e,
tendo saido, percorreram uma rua, a logo o anjo
se apartou dele.
11. E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei, ver-
dadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo
e me livrou da mao de Herodes e de tudo o que
o povo dos judeus esperava.
12. E, considerando ele nisto, foi a casa de Maria,
mae de Joao, que tinha por sobrenome Marcos,
onde muitos estavam reunidos a oravam.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 3

SEGUNDA Dt 31.6
Devemos ser corajosos.
TERRA SI 44.26
Deus se levanta em nosso auxilio.
QUARTA 51145.14
0 Senhor ergue o caido.
~i HINOS SUGERIDOS
6, 15, 93
MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que villas e ministerios sejam res-
taurados.
QUINTA 51146.8
0 Senhor eleva o abatido.
SEXTA Jr 31.25
Quando estamos fracos, Deus nos eleva.
SABADO 1 Pe 5.10
Deus traz a restauracao que precisamos.
[ ESB040 DA L14AO
Introducao
1. Quem foi Marcos?
2. Particularidades do evangelho de Marcos
3. Do inicio ruim a um fim honroso
Conclusao
'1 INTRODUcAO
Dentre os evangelhos sinoticos, assim denominados pelas semelhancas entre
si, Marcos e o mais curto, entretanto isso em nada atenua o seu valor teoldgi-
co e a beleza de sua mensagem.
0
Quem foi Marcos?
Marcos, assim como Lucas, nao
esteve entre os doze apostolos que
andaram e foram treinados pelo
Senhor para pregarem
o Evangelho, diferen-
temente de Mateus e
Joao que ficaram corn
Ele durante todo o Seu
ministerio terreno. A
Biblia nos mostra que
Marcos era filho de uma
mulher chamada Maria [At 12.12]
e parente de Barnabe [C14.10]. Em
algumas versoes Marcos e apre-
sentado como primo de Barnabe.
O registro de Lucas em Atos pa-
rece indicar que a casa da mae de
Marcos era um lugar de reuniao
da igreja e de oracao a Deus. Mar-
tambem e citado como com-
panheiro de Barnabe
e Paulo durante a pri-
meira viagem [At 12.15;
13.5], tendo abandona-
do os dois missionarios
no decorrer da viagem
[At 15.38].
1.1. Marcos teve a grata
de viver em um lar cristao. Quando
lemos a historia da libertacao de Pe-
dro do carcere determinado por He-
rodes, observamos que, apos o anjo
liberty-lo das algemas e guia-lo ate
cos
PONTO DE
PARTIDA
A relevancia de
viver em um lar
cristao.
4 LicAo i

a porta da cidade, Pedro chegou
a
casa da irma Maria, mae de Marcos,
onde os irmaos estavam orando por
ele [At 12.12].
A Paul Gardner: "A primeira referen-
cia a este Marcos no Novo Testamento
aparece no relato da libertacao mira-
culosa de Pedro da prisao em Jerusa-
lem, onde fora colocado por ordem de
Herodes Agripa (44 d.C.) [At 12.6-111.
Apos ser liberto pelo anjo, este apos-
tolo dirigiu-se "a casa de Maria, mae
de Joao, que tinha por sobrenome
Marcos" Como muitos outros judeus
daquela epoca (como Saulo, tambem
chamado de Paulo; At 13.9), ele tinha
um nome hebraico (Joao, que significa
"Deus e gracioso") e um romano (Mar-
cos, que significa "grande martelo").
O fato de seu pai nao ser menciona-
do em conexao corn a familia e a casa
provavelmente significa dizer que já
havia falecido"
1.2. Marcos teve um lar a servi4o
do Reino de Deus. Sobre o concei-
to de entrega pelas coisas de Deus,
podemos dizer que observamos esta
qualidade na pessoa de Maria, mae
de Marcos. Lucas expoe que, mesmo
vivendo um momento adverso, onde
os cristaos estavam sendo persegui-
dos e mortos por Herodes [At 12.1-
2], Maria cedeu a sua habitacao para
acolher os irmaos da igreja de Jerusa-
lem nesse momento tao infausto. Os
exemplos de coragem da irma Maria
poderiam ser muitos, pois a cada dia,
ao abrir as suas portas, ela corria o
serio risco de ser descoberta e sofrer
as duras penas das leis romanas. Lu-
cas nos faz enxergar que Pedro, apos
a libertacao do carcere, busca abrigo
na casa da irma Maria, pois tinha a
certeza de que
la encontraria o po-
vo de Deus. Assim, essa mulher nos
mostra que devemos ser aguerridos
quando se trata em combater em
beneficio do Evangelho de Cristo,
mesmo durante as perseguicoes em
nossa vida. Maria nao arredou mao
de fazer o que era certo, mesmo cor-
rendo risco de morte.
A Paul Gardner: "Maria, mae de
Joao Marcos, e mencionada pelo no-
me apenas em Atos 12.12. Pedro fora
lancado na prisao por Herodes, mas
um anjo do Senhor interveio e o li-
bertou miraculosamente. O aposto-
lo entao dirigiu-se
a casa dessa irma
em Cristo. O fato de que havia um
born numero de cristaos reunidos
ali que oravam pela libertacao de
Pedro e de que foi o primeiro lugar
para onde ele se dirigiu depois que
foi solto sugere que provavelmente
tratava-se de uma casa espacosa, que
possivelmente era o local de reuni-
oes regulares de uma das "igrejas"
de Jerusalem:'
1.3. Marcos
a prova clara de que o
exemplo vem de casa. A vida da mae
de Marcos foi um exemplo nao so pa-
ra os de fora, como de igual modo o
foi para o seu filho. Podemos deduzir
que, atraves de seus ensinamentos,
Marcos, anos mais tarde, tornou-se
um companheiro do apostolo Paulo,
juntamente corn seu parente Barnabe
BETEL DOMINtCAL Revota do Professor 5

[At 12.25]. Por sua audacia e intrepi-
dez, Maria proporcionou ao seu filho
Marcos os meios para que se tornasse
um dos condutores da igreja e autor do
evangelho que leva o seu nome.
A Pastor Valdir Oliveira: "Ensinar a
crian4a "no" caminho em que deve
andar. Nao adianta so mostrar o ca-
minho, tern que it junto [Pv 22.6]. Dar
instrucoes devidas em todo lugar, em
todo tempo [Dt 6.6-7]. Os pais nao
devem deixar para a igreja, a escola,
o mundo e a vida, a tarefa de ensina-
rem seus filhos, pois e dever prilnario
dos pais."
QJ EU ENSINEI QUE:
Marcos teve a grata de viver em um lar cris-
tao. Ele viu sua mae disponibilizar sua casa
para que os irmaos pudessem orar a tel co-
munhao uns corn os outros na fe.
a
Particularidades do evan-
gelho de Marcos
O evangelho de Marcos, mesmo
sendo o menor entre os quatro
evangelhos, de acordo corn a tra-
dicao, foi o primeiro a ser escrito,
sendo a fonte primaria para Ma-
teus e Lucas. Entretanto diferen-
te dos outros evangelhos, Marcos
deixa claro que seu proposito e
Q
FOCO NA
u4A0
mostrar que o Mestre lidera atra-
ves do servico, expondo que Jesus
veio servir e sofrer em favor de
Seus servos [Mc 10.45].
Contexto historico do evangeiho
de Marcos. Nos dias em que o evange-
lista Marcos escreveu seu evangelho,
os cristaos estavam lidando corn uma
ampla e cruel perseguicao por parte
dos lideres religiosos, pois na socieda-
de judaica naquele momento tudo se
decidia em volta da composicao reli-
giosa, que tinha como base a estrutu-
ra do templo. Outra preocupacao dos
cristaos era o Imperio Romano que
os oprimia incansavelmente. Assim
os cristaos viviam em ambiente hostil
onde eram reprimidos pelo Imperio
Romano para que eles adorassem o
imperador como um deus e oprimido
pelos lideres religiosos para que nao
aceitassem esse novo ensinamento
estabelecido por Cristo. Contudo os
cristaos, por recusarem tais orienta-
coes, sofriam todo tipo de retaliacao,
pois os mesmos procuravam manter
sua fidelidade a Jesus Cristo e por tal
postura sofriam as piores aflicoes.
A perseguicao aos cristaos foi re-
alizada de maneira implacavel pelo
Imperio Romano e pelas autorida-
des religiosas locais. Sobre a perse-
guicao empreendida pelos judeus
0 registro de Lucas em Atos parece indicar que
a casa da mae de Marcos era um lugar de reuniao da igreja e
de oracao a Deus.
6 ticAo 1

aos cristaos, vemos essa oposicao
em um texto fazendo mencao da
pessoa do apostolo Paulo, quando
o acusam de modo depreciador de
fazer parte da seita dos nazarenos
[At 24.5]. Influenciado pelos lide-
res religiosos os romanos passaram
a perseguir os cristaos que sofriain
uma serie de afrontas que tinha co-
mo finalidade evitar que o cristia-
nismo continuasse a se desenvolver
pelo Imperio.
2.2. Data. Nao ha um entendimento
unanime em relacao
a data em que o
evangelho de Marcos foi documen-
tado; entretanto, acredita-se que as
anotacoes devem ter sido realizadas
entre 55 e 70 d.C., esse pensamento
se da em razao de Marcos nao fazer
nenhuma citacao sobre a destrui-
cao do templo, que havia sido pre-
nunciada por Cristo [Mc 13.1-2]. A
historia mostra que, no ano 70.C.,
a cidade de Jerusalem foi arruina-
da pelo exercito romano sob a li-
deranca do general Tito. Depois de
um longo cerco, centenas de judeus
foram mortos a um grande numero
levado aprisionado.
J" Conforme as palavras ditas por Je-
sus, a cidade de Jerusalem foi destruida
pelos romanos sob a lideranca de Tito
em 70 d.C. A historia narra que, im-
pacientes corn a oposicao dos judeus,
os romanos originaram um verdadeiro
banho de sangue, matando centenas
de judeus e terminaram por incendiar
aquilo que o povo judeu tinha de mais
apreco: o templo.
2.3. Destinatarios. Em seu conhe-
cido evangelho, entendemos que
Marcos procura, ao que tudo indi-
ca, apresentar Cristo aos romanos.
A origem deste pensamento, de ter
Marcos escrito para os gentios, se da
por ele nao mencionar nada a respei-
to do nascimento ou da genealogia
de Jesus. Podemos dizer que se evi-
denciam por seus dezesseis capitulos
que ele procura mostrar aos romanos
que Cristo nao veio para ser servido,
todavia para servir a guia-los
a su-
bordinacao completa do Evangelho.
Hernandes Dias Lopes: "O con-
senso geral entre os estudiosos e
que Marcos foi escrito de Roma
para os cristaos que viviam em
Roma. Segundo William Hendrik-
sen, Marcos foi escrito para satis-
fazer o pedido urgente do povo de
Roma por um resumo dos ensinos
de Pedro."
Q] EU ENSINEI QUE:
0 evangelho de Marcos nao se inicia corn ge-
nealogia, pois os romanos nao estavam preo-
cupados em genealogia, todavia em acao.
D
Do inicio ruim a um fim
honroso
Em Atos 13.13 podemos ler que
Marcos deixou a comitiva da
primeira viagem missionaria
de Paulo e Barnabe a regressou
para Jerusalem. Adotando o
ponto de vista das Escrituras,
nao sabemos a razao que o fez
regressar.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 7

Q
FOCO NA
uc►o ... Marcos deixa claro que seu proposito e
mostrar que o Mestre lidera atraves do servico, expondo
que Jesus veio servir a sofrer em favor de Seus servos...
3.1. Marcos recuou, mas nao abando-
nou a fe. Por seu regresso na primei-
ra viagem missionaria que havia feito
corn Paulo e Barnabe, Marcos sera
o motivo de uma calorosa discussao
entre ambos. O pensamento de ambos
conflitava em razao de Marcos ter dei-
xado uma imagem negativa do ponto
de vista de Paulo. Barnabe, entretanto,
acreditava que Marcos merecia outra
oportunidade e assim o fez. Vemos que
Paulo e Barnabe irao se apartar um do
outro, corn Paulo escolhendo Silas co-
mo companheiro e Barnabe oferecen-
do outra chance a Marcos, levando-o
consigo para Chipre [At 15.39].
A Manual Biblico Unger: "Essa via-
gem epica, que levaria o evangelho a
Europa, comecou corn aguda dissen-
sao. Paulo e Barnabe se separaram
por causa de Joao Marcos [At 12.25;
13.13; 2Tm 4.11]. Barnabe navegou,
corn Marcos, rumo a sua terra natal,
Chipre. Paulo e Silas partiram para a
Asia Menor, dessa vez por terra:'
3.2. Marcos, um obreiro restaurado
na obra de Deus. E inevitavel iden-
tificar que Marcos de um desertor
foi restaurado a servico do Reino.
Para exemplificar podemos ver que
ele esteve em companhia de Pedro,
que o tratava como um filho: "A
vossa co-eleita em Babilonia vos
sauda, e meu filho Marcos." [ 1 Pe
5.13]. Já o apostolo Paulo, que re-
cusou sua companhia na segunda
viagem missionaria, agora descreve
que Marcos esta indo ate os cobs-
senses e solicita que o recebam corn
todo respeito [Cl 4.10].
A Podemos ver na vida de Marcos
que Deus tern prazer em restaurar o
homem [ Jr 31.25]. Fica visivel por toda
Biblia que Deus nunca desiste de nos.
Ele tern tudo que precisamos para ter
uma vida restaurada. Ele entende nos-
sos questionamentos melhor do que
nos mesmos e tern sempre o remedio
certo para curar as nossas feridas.
3.3. Marcos, de desacreditado a be-
nefico. Apos comecar seu ministerio
de maneira inconstante, Marcos se le-
vantou e cooperou de maneira digna
para o desenvolvimento da igreja no
primeiro seculo. Mesmo sem ter sido
um pastor de relevancia na lideranca
da igreja em Jerusalem como Tiago,
Pedro, Paulo e seu parente Barnabe, ele
teve a sua importancia para o Reino,
sendo o primeiro a escrever o Evan-
gelho de Jesus Cristo, o qual foi fonte
para os demais.
A Paul Gardner: "Alguem talvez Jul-
gue que a firmeza de Paulo em nao
permitir a participacao de Joao Mar-
cos na segunda viagem missionaria
8 u4Ao 1

significaria o fim de qualquer minis-
terio juntos no futuro. O caso, porem,
nao foi esse. Em duas de suas cartas
(60 a 62 d.C.), provavelmente escritas
enquanto aguardava o primeiro julga-
mento em Roma, depois de comple-
tar sua terceira viagem missionaria,
o apostolo refere-se a ele de forma
apreciativa. Na carta aos Colossenses,
Marcos e mencionado com outros
cooperadores de Paulo como alguem
que fora "uma consolacao" para ele
[Cl 4.10-111. Na carta a Filemom,
novamente e descrito (junto com
Lucas e outros) como "cooperador"
[Fm 24]. Finalmente em sua ultima
carta, escrita a Timoteo, Paulo the dá
instrucoes: "Toma a Marcos a traze-o
contigo, porque me
a muito util para
o ministerio" [2Tm 4.11].
m EU ENSINEI QUE:
Marcos teve sua villa restaurada e pode ser
uma bencao nas maos do Senhor. De igual
modo Deus oferece uma villa nova, cheia de
esperanca para todo aquele que se arrepende
e se volta para us pes do Senhor.
G CONCLUSAO
A leitura do livro de Marcos nos faz ver que ele intenciona apresentar
Jesus como Servo de Deus. Podemos concluir dizendo que o tema cen-
tral deste evangelho e que Cristo veio para servir e nao para ser servido.
Jesus veio para resgatar a humanidade.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 9

TEXTO AUREO VERDADE APLICADA
Um coraçao de Servo
ASSISTA
n VIDEO 10(1) NA I I(AO nt:S1A AULA ATRAVES DO QR
rune
-*
"Porque o Filho do homem tambem nao veio
para ser servido, mas para servir a dar a sua
villa em resgate de muitos." Marcos 10.45
Precisamos atentar para Jesus Cristo como
nosso exemplo major de vida comprometi-
da com o servico conforme o piano divino.
O OBJETIVOS DA LIcAO
Q' Destacar Jesus como o Ser- J' Apresentar Jesus como 0
vo enviado por Deus. Servo exemplar.
TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 9
30. E, tendo partido dali, caminharam pela
Galileja, a nao queria que alguem o soubesse.
31. Porque ensinava os seus discipulos, a Ihes
dizia: o Filho do Homem sera entregue nas
maos dos homens, a mats-to-ao; e, morto ele,
ressuscitara ao terceiro dia.
32. Mas eles nao entendiam esta palavra e
receavam interroga-lo.
C3' Mostrar que devemos servir a
Deus a ao nosso proximo.
33. E chegou a Cafarnaum e, entrando em Ca-
sa, perguntou-Ihes: Que estaveis vos discutindo
pelo caminho?
34. Mas eles calaram-se, porque, pelo caminho,
tinham disputado entre si qual era o major.
35. E ele, assentando-se, chamou os doze, e
disse-Ihes: Se alguem quiser ser o primeiro,
sera o derradeiro de todos e o servo de todos.
10

Ga LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Is 42.1-4
0 servo fiel e sustentado por Deus.
TERl~A I Is 52.13
0 servo age corn sabedoria.
QUARTA Mc 10.45
Jesus veio a este mundo para servir.
HINOS SUGERIDOS
212, 225, 418
L MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que possamos servir ao Senhor corn
alegria.
QUINTA Lc 22.27
0 maior a aquele que serve.
SEXTA 10 12.26
0 born servo sernpre esta ao lado de Cristo.
SABADO ( GI 5.13
Devemos servir uns aos outros.
? ESBO~O DA L14AO
Introdu4ao
1. Jesus, o Servo enviado por Deus
2. Jesus, o Servo exemplar
3. Jesus, o exemplo de Servo em acao
Conclusao
'; INTRODUcAO
As reflexoes seguintes nos farao ver que, no evangelho de Marcos, Jesus em
Seu ministerio teve o cuidado de nos ensinar quao admiravel e, entre Seus
discipulos, a disposicao para servir.
D
Jesus, o Servo enviado por
Deus
A tematica que nos propomos
reintroduzir no centro
de nossos estudos e pro-
curar mostrar no evan-
gelho de Marcos que o
proprio Filho do Ho-
mem nao veio para ser
servido, mas para servir
e dar a Sua vida por mui-
tos [Mc 10.45]. No diagnostico al-
cancado pelo apostolo Paulo sobre
a pessoa de Jesus, presenciamos o
Seu carater servidor: "Que, sendo
em forma de Deus, nao teve por
usurpacao ser igual a Deus. Mas
a
PONTO DE
PARTI DA
Jesus veio como
Servo de Deus a
este mundo.
aniquilou-se a si mesmo, tomando
a forma de servo, fazendo-se se-
melhante aos homens" [Fp 2.6-7].
I
.1.0 Servo cheio do Espiri-
to Santo. Podemos ver corn
clareza que Jesus desceu as
aguas batismais em submis-
sao ao Pai: "E aconteceu, na-
queles dias, que Jesus, tendo
ido de Nazare, da Galileia,
foi batizado por Joao, no Jor-
dao" [Mc 1.9]. No evangelho de Marcos
visualizamos que antes de Jesus seguir
em Sua missao a apos ser batizado, o ceu
se abriu e o Espirito Santo desceu sobre
Ele e nunca o abandonou [Mc 1.10].
Dentro de cada um dos quatro evan-
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 11

gelhos nao seria dificil de mostrar que
o Espirito Santo sempre esteve presente
no ministerio de Jesus, the auxiliando
em cada detalhe a realizar a missao es-
tabelecida pelo Pai.
• Dicionario Biblico Wycliffe: "Na
epoca da revelacao do Novo Testamen-
to, o Espirito estava ativo desde antes
da vinda de Jesus [Lc 1.13-15] ate o
final da sua vida na terra [1Pe 3.18].
O Senhor Jesus foi humanamente con-
cebido por obra do Espirito Santo [Lc
1.35]. O Espirito desceu sobre Cristo
na ocasiao do seu batismo [Mt 3.16].
Entao, "cheio do Espirito Santo", Jesus
"foi levado pelo Espirito ao deserto"
[Lc 4.1]. O Espirito deu poder e as
qualidades ao Messias para o desem-
penho de sua tarefa oficial de destruir
o reino de Satanas e de estabelecer o
Reino de Deus:'
1.2.O Servo que foi tentado a venceu
no deserto. Dizem que o deserto e a
escola de Deus. E e verdade. Podemos
verificar isso no evangelho de Marcos,
que ocupa uma narrative nos fazendo
ver que, no inicio do ministerio de
Cristo, Ele precisou passar pelo de-
serto. Marcos destaca que, no comeco
da caminhada de Jesus, o Espirito o
conduziu para o deserto para ser ten-
tado por Satanas: "E logo o Espirito o
impeliu para o deserto. E ali esteve no
deserto quarenta dias, tentado por Sa-
tanas. E vivia entre as feras, a os anjos
o serviam." [Mc 1.12-13].
Comentario Biblico Beacon: "Nao
foi por acaso que Jesus encontrou Sa-
tanas no deserto. O Espirito o impeliu
para la. O verbo (Ekballo) e um ver-
bo forte, que significa "Expulsar", e e
usado mais tarde nas narratives das
ocasioes em que Jesus expulsou demo-
nios. Uma forte persuasao interior do
Espirito impeliu Jesus a colocar-se na
ofensiva em seu conflito corn Satanas.
O caminho do Servo sofredor estava
diante dEle. Nao se conhece essa loca-
lizacao no deserto, mas era lugar tao
desolado que em outras passagens a as-
sociado corn demonios (por exemplo,
Lucas 8.29; 11.24]. O lugar da prova e
da tentacao a um lugar solitario:'
1.3. 0 Servo perseverante na oracao.
Nao exclusivamente o evangelho de
Marcos, mas, situ, todos os evangelhos
descrevem a vida de oracao do Servo.
A relacao harmoniosa entre o Filho e
o Pai nos faz ver que qualquer leitura
dos evangelhos deixa muito evidente
a pratica constante de oracao na vida
de Jesus. Para Jesus a oracao era uma
parte muito importante de Sua comu-
nhao corn o Pai. Ainda podemos dizer
que as Suas oracoes corroboravam Seu
carater e a Sua intimidade corn Deus.
Desse modo, aprendemos corn Jesus
que devemos orar antes de tomarmos
grandes decisoes. Pois, assim como
Jesus, devemos buscar alinhar a nossa
vontade a do Pai.
T A vida de Jesus, como Servo de
Deus, foi pautada na oracao: Jesus orou
chamando Deus de "Pai" [Mt 6.9]; Jesus
orou antes do convite "Vinde a Mim"
[Mt 11.28]; Jesus orou depois da pri-
meira multiplicacao dos paes e peixes
[Mt 14.23]; Jesus orou pelos pequeni-
12 u4Ao 2

nos [Mt 19.13]; Jesus orou na ceia [Mt
26.26-27]; Jesus orou no Getsemani [Mt
26.36]; Jesus orou num Lugar solitario
[Mc 1.35]; Jesus orou no seu batismo
[Lc 3.21]; Jesus orou no deserto [Lc
5.16]; Jesus orou a noite inteira, antes
de indicar os doze discipulos [Lc 6.12];
Jesus orou antes de sua transfiguracao
[Lc 9.28-29]; Jesus orou ensinando a
Oracao Dominical [Lc 11.1-4]; Jesus
orou por Pedro [Lc 22.32]; Jesus orou na
cruz [Lc 23.34]; Jesus orou em Emaus
[Lc 24.30]; Jesus orou antes de ressus-
citar a Lazaro [Jo 11.41-42]; Jesus orou
no Templo [Jo 12.27-28]; Jesus orou
pelos discipulos [Jo 17.1-26].
OJ EU ENSINEI QUE:
Assirn como o Fiiho foi enviado pelo Pal, Deus
tern um piano para as nossas vidas a quer nos
moldar segundo esse piano.
Jesus, o Servo exemplar
Li Jesus a nosso referencial de Ser-
vo. Podemos dizer sem medo de
errar que nao ha nenhum modelo
de servo mais solido do que Jesus
Cristo.
2.1. Jesus, o exemplo a ser seguido.
Ha numerosas referencias em todo o
evangelho de Marcos sobre a entrega
de Cristo como Servo. Neste evange-
lho o Senhor Jesus Cristo, nosso per-
feito Mestre, nos ensinou o significado
de servir sera reclamar por palavras
e exemplos. Desse modo, nos como
Seus discjpulos somos chamados a
servir como Ele serviu. Daqui nao ser
exagero afirmar que em nenhum mo-
mento a Biblia deixa transparecer em
Suas paginas que Jesus foi incompre-
ensivo ou desrespeitoso corn alguem.
Pelo contrario, Ele servia a todos corn
o mesmo carinho e atencao. Sendo ate
os dias de hoje, o nosso major exemplo
de servico ao proximo.
T BIIblia da Lideranca Crista: "Marcos
via Jesus como o maior de todos os ii-
deres, tal qua! o fez Mateus. O retrato
de Jesus, que Marcos apresenta, no en-
tanto, revela nao tanto o Messias, mas
Jesus como mode!o que Ele apresentou
de si mesmo para ser imitado por Co-
das as outras pessoas. Ele dedicou-se
pessoalmente na solucao de necessida-
des fisicas [Mc 3.1-11 ]; Ele dispensou
tempo para estar corn o seu grupo de
doze discipulos [Mc 3.13-14]; Ele ca-
pacitou os doze para o ministerio [Mc
3.14-19]; e E!e tomou tempo para en-
sinar ao povo [Mc 3.23-29]."
2.2. Jesus, exemplo de obediencia.
Estamos cientes de que o grande prin-
cipio da Palavra de Deus e a obedien-
cia. No que diz respeito a obediencia,
alguns dicionarios a definem como
FOCO NA
u4Ao Que, sendo em forma de Deus, nao teve por
usurpacao ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando
a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 13

uma acao de submeter-se
a vontade
de alguem. A par desta compreen-
sao,
a importante dizer que existem
nas Escrituras grandes exemplos de
obediencia, contudo, o major deles e
o nosso Senhor Jesus Crjsto. Em cada
acao do Servo, presenciamos Ele sendo
obedjente ao Pai. Assim aprendemos
a enxergar que Crjsto nos ens jnou no
evangelho de Marcos grandes licoes
sobre a necessjdade de obedecer a
Deus, de modo que possamos ser par-
ticipantes do Seu Rejno.
T A obediencia
a um dos assuntos mais
importantes na Bjblia. Se bem observado
as Escrituras nos mostram alguns resulta-
dos da obediencia na vida dos que a pm-
ticam: os que obedecem, Ele os faz serem
prudentes [Mt 7.24]; os que obedecem O
glorjficam [2Co 9.13]; os que obedecem
sao irrepreensjveis [Fp 2.12-15]; os que
obedecem sao abencoados por Ele [Gn
22.18; Dt 11.13-14] . Nao podemos esque-
cer de mencionar que a desobedjencia e a
raiz de todo pecado a miseria.
2.3. Jesus, nosso exemplo de submis-
sao. Em todo o evangelho de Marcos,
Jesus deu o exemplo de submissao ao
Paj. Podemos observar do capitulo um
ao capitulo dezesseis deste evangelho
que Jesus veio cumprindo os designios
de Deus. O evangelho de Marcos nos
apresenta que Jesus cumpriu todo o
projeto que o Pai ideal izou para a sal-
vacao da human idade. Como nos mos-
tra este evangelho, Jesus em nenhum
momento se insubordinou
a vontade
do Paj. Paulo djz que Ele foi obedjente
ate a morte e morte de cruz [Fp 2.8].
T A insubmissao
a uma das primei-
ras coisas que o inimigo de Deus pro-
cura introduzir em nossos coracoes
para nos afastar da comunhao corn
o Criador. Como nos mostra o evan-
gelho de Marcos, Jesus em Sua divina
pedagogia nos ensina a sermos obe-
dientes
a vontade do Paj. Para Crjsto
devemos deixar que Ele guie os nos-
sos desejos, porque a nossa vontade
e cheja de querer proprio, cultivada
pelo odio, pela nossa arrogancia e
pelo orgulho que ha em nos. Desse
modo, devemos deixar que a Palavra
permaneca em nos a nos permane-
camos nEla, para sermos norteados
e conduzjdos pelo Senhor.
QJ EU ENSINEI QUE:
Se seguirmos os exemplos que Cristo nos dei-
xou, nao temos duvidas que seremos pessoas
meihores, mais arnaveis a justas umas corn as
outras a mais assertivas em nossas tornadas de
decisoes.
D
Jesus, o exemplo de Servo
em
acao
Exjste pouco relato sobre o ensino
de Jesus no evangelho de Marcos.
Claro esta para nos que, na maior
parte da narrativa deste evange-
lho, observamos Jesus fazendo
coisas a nao falando. Daj a neces-
sjdade de estuda-lo em toda a sua
totalidade, para aprendermos com
Marcos que, como servos de Cris-
to, nao podemos permanecer im-
parciais, necessitamos responder
efetivamente ao nosso chamado.
14 iucAo 2

Q
FOCO NA
uc►o Podemos dizer sem medo de errar que nao
ha nenhum modelo de servo mais solido do que Jesus
Cristo.
f
0 Servo nos ensina que devemos
ser guiados por fe. Percebemos no
evangelho de Marcos de forma in-
contestavel que devemos ter fe no Se-
nhor Jesus Cristo a ponto de confiar-
mos a Ele todas as nossas dores [Mc
1.40-42]. Marcos nos apresenta que
devemos nos achegar a Cristo e Ele
cuidara de nos [Mc 10.51-52]. Ainda
podemos enxergar neste evangelho
que carecemos de colocar nossa fe em
Cristo, tornando-nos Seus discipulos
para cumprirmos o Ide determinado
por Ele [Mc 16.15-18]. Em Marcos fi-
ca evidenciado que Jesus sempre nos
socorre em todas as nossas situacoes
de ansiedade, medo e dores que en-
frentamos [Mc 4.35-41].
T Bispo Abner Ferreira: "A fe e o
elemento essencial para afastar toda
a ansiedade de nosso coracao [Hb
11.1]. Tudo na vida crista provem
de fe [ Rm 14.23]. Em vez de vive-
rem ansiosos, os herois do passado
venceram as apreensoes da vida pela
fe [Hb 11.7-8, 22-23], deixando-nos
um grande exemplo [Hb 11.33]. Para
vencermos o mundo com suas ansie-
dades, devemos viver uma vida de fe
[ 1Jo 5.4], confiando que Deus e pode-
roso para fazer muito mais abundan-
temente alem daquilo que pedimos
ou pensamos [Ef 3.20]. Ele e o Deus
dos impossiveis [Mt 17.20]"
3.2. 0 Servo nos mostrou ser possivel
liderar atraves do servi4o. No evange-
lho de Marcos encontra-se largamente
difundida a ideia de que Jesus liderava
atraves do servico: "E, achando-o, the
disseram: Todos to buscam. E ele lhes
disse: Vamos
as aldeias vizinhas, para
que eu au i tambem pregue, porque para
isso vim. E pregava nas sinagogas de-
les, por toda a Galileia, e expulsava os
demonios:' [Mc 1.37-39]. A partir de
uma analise dos quatro evangelhos p0-
demos identificar que este evangelho
e o que mais destaca essa observacao.
Desse modo, compreende-se facilmen-
te que, como Seus discipulos, devemos
imita-Lo no serviCo.
T Biblia da Lideran4a Crista: "Marcas
da lideranca de Jesus [Mc 1.16-35]. Je-
sus claramente foi um tipo diferente de
lider, muito distinto dos escribas e fari-
seus de seus dias. Marcos, no capitulo
primeiro, revela as seguintes qualida-
des de Jesus: 1) Competencia: Ele assu-
miu a responsabilidade de "fazer" dos
discipulos pescadores de homens [Mc
1.17]; 2) Compreensao: Ele tinha um
conhecimento de todas as Escrituras
[Mc 1.22]; 3) Comando: Ele tinha au-
toridade e voz de comando para cada
situacao [Mc 1.25-27]; 4) Compaixao:
Ele serviu aos outros e os curou de seus
sofrimentos [Mc 1.30-31]; 5) Controle:
Ele conseguia manter controle e orga-
UTHL DOMINICAL Revista do Professor 15

nizacao em situacoes de confusao [Mc
1.34]; 6) Comunhao: Ele permanecia
revitalizado, por manter-se unido
a
fonte de seu poder [Mc 1.35]."
3.3. 0 Servo a Sua influencia inspi-
radora. No evangelho de Marcos pO-
demos conhecer Jesus pelo que Ele
e. Passamos a conhece-Lo por Suas
awes e cuidado corn todos. Se been
observado podemos ver nEle uma
influencia inspiradora para todos
nos. Podemos dizer sera medo de er-
rar que Jesus
e o Homem perfeito, o
nosso major padrao de integridade e
justica. Sua disposicao em servir na
melhoria das pessoas era extraordi-
narja. Por tudo que fez, Jesus tornou-
-se o modelo dos
fi
eis, na Palavra, no
procedimento, no amor, na fe e na
pureza [1Tm 4.12].
'f Bispo Abner Ferreira: "Quern co-
nhece Jesus nao o segue pelo que Ele
faz, mas pelo que Ele
e. O que Jesus tern
de mais impactante, em sua lideranca,
e a sua integridade de vida."
EU ENSINEI QUE:
Devemos contemplar a aprender corn Jesus
que serviu de modo obediente aos designios
do Pai.
G CONCLUSAO
Aprendemos nesta licao que devemos ter o mesmo comportamento de
Cristo, que "aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo" [Fp 2.7].
16 u4Ao 2

"Tenho compaixao da multidao, porque ha
já tres Bias que estao comigo e nao tern o
que comer." Marcos 8.2
Como discipulos de Cristo precisamos, tambern,
no poder do Espirito Santo, testemunhar corn
palavras a awes aspectos do carater de Cristo.
15 J tN/ 2023
Particularidades do Servo
ASSISTA 0 VIDEO FOCO NA UCAO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -
TEXTO AUREO VERDADE APLICADA
O OBJETIVOS DA LIcAO
Q' Falar acerca da identidade 13' Mostrar que a autoridade 13' Destacar a compaixao de
de Jesus. de Jesus esta acima de Ludo. Cristo.
TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 8
1. Naqueles Bias, havendo mui grande mul-
tidao a nao tendo o que comer, Jesus cha-
mou a si os seus discipulos, e disse-Ihes:
2. Tenho compaixao da multidao, porque ha ja
tres dias que estao cornigo a nao tern o que comer.
3. E, se os deixar it em jejum para su-
as casas, desfalecerao no caminho, por-
que alguns deles vierarn de longe.
6. E ordenou
a multidao que se assentasse no
chao. E, tomando os sete paes e tendo dado
gracas, partiu-os e deu-os aos seus discipulos,
para que os pusessem diante deles; e puseram-
-nos diante da multidao.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 17

SEGUNDA j Mc 10.45
Jesus se tornou Servo para nos salvar.
TER4A Lc 10.19
O Servo Jesus nos deu autoridade.
QUARTA Jo 5.19
Jesus fez a vontade do Pai.
J HINOS SUGERIDOS
141, 253, 484
MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que possamos desenvolver os atri-
butos que ha em Cristo.
QUINTA Rm 13.1
A autoridade de Cristo foi instituida por Deus.
SEXTA 1Jo 3.17
Compaixao, amor a auxilio ao proximo.
SABADO 110 5.5
Jesus a Filho de Deus.
G~ ESB040 DA LIcAO
Introdu4ao
1. A identidade do Servo
2. A autoridade do Servo
3. A compaixao do Servo
Conclusao
c1 INTRODUcAO
Veremos na presente licao que o conhecimento acerca de Jesus Cristo, du-
rante Seu ministerio terreno, se deu progressivamente. Enfatizaremos dois
aspectos da identidade do Servo sofredor que se destacam no evangelho de
Marcos: autoridade a compaixao.
O
A identidade do Servo
Podemos dizer que a identidade
de uma pessoa e o que a faz ser
distinta de todos: a cidade onde
nasce, nome, sobre-
nome, quem sao seus
avos, quem sao seus
pais, quem sao seus ir-
maos, sexo, impressao
digital, data de nasci-
mento. Assim, nossa
identidade nos faz pessoas unicas.
Diante dessa certeza iremos ver
no evangelho de Marcos a apro-
priada identidade de Jesus.
PONT
PAR
0 Sery
Filho d
0 DE
TIDA
oeo
e Deus.
1.1. Muitos nao conheciam a identida-
de do Servo. Servir a Cristo tambem
implica em conhece-Lo. A despeito
deste pensamento a melhor forma
de conhecer mais sobre Ele
e por meio do estudo das
Santas Escrituras, em par-
ticular o Novo Testamento,
que descreve a Sua historia
e como Ele morreu na cruz
por nos. Podemos dizer que
desde o inicio Jesus a uma figura que
causa admiracao em muitos, pois nao
se sabia direito como defini-lo. Neste
sentido o profeta Oseias diz: "Conhe-
18 LIcAo 3

Camos e prossigamos em conhecer o
Senhor; como a alva, sera a sua saida;
e ele a nos vira como a chuva, como
chuva serodia que rega a terra:' [Os
6.3]. Afigura-se que o evangelho de
Marcos nos apresenta a identida-
de de Cristo: Filho de Deus e Servo
obediente.
T Bib!ia da Lideranca Crista: "O
Evangelho de Marcos e o mais curto
dos quatro Evangelhos. Escrito du-
rante um periodo de severa persegui-
cao, ele vai direto ao ponto, abordan-
do a identidade de Jesus, a importan-
cia do sofrimento e a necessidade de
fe. Marcos, o autor do Evangelho, era
discipulo de Pedro, razao pela qua!
o modo de ver Pedro repetidamente
no livro. Marcos apresenta um qua-
dro em que Jesus e retratado como
o lider-servo. Ele de modo claro e
consciente pinta a Cristo como um
modelo compassivo a ser seguido.
Sua narrativa acelerada descreve o
servo sofredor, que se engajou em um
ministerio consistente em favor dos
outros atraves da cura, do ensino, do
encorajamento e da restauracao dos
quebrantados."
1.2. O Servo conhecido progressiva-
mente. No inicio do evangelho de Mar-
cos, apos Jesus ensinar na sinagoga de
Cafarnaum e expulsar de um homem
um espirito impuro que o importu-
nava, todos se admiravam com a Sua
autoridade: "E todos se admiraram, a
ponto de perguntarem entre si, dizen-
do: Que e isto? Que nova doutrina e
esta? Pois com autoridade ordena aos
espiritos imundos, e e!es the obede-
cem!" [Mc 1.27]. Assistimos que em
Marcos 4.41, quando Jesus acalma a
tempestade, seus discipu!os temerosos
se perguntam: "Mas quem e este que
ate o vento e o mar the obedecem?':
Podemos ainda acrescentar que, em
Marcos 6.1-6, as perguntas de quem de
fato era Jesus se graduam tendo inicio
as tentativas mais diversas para dar
conta de quem de fato Ele era.
T A pergunta mais frequente a res-
peito da figura de Jesus era: "Afinal,
quem e ele?" Marcos descreve que
certo dia Jesus estava ensinando na
sinagoga de Nazare a os presentes aui
questionam: "(...) De onde the vem
estas coisas? E que sabedoria e esta
que the foi dada? E como se fazem tais
maravilhas por suas maos? Nao e este
o carpinteiro, filho de Maria, e irmao
de Tiago, e de Jose, e de Judas, e de Si-
mao? E nao estao aqui conosco suas
irmas? E escandalizavam-se nele." [Mc
6.2-3]. Já em Marcos 6.14-16 os ques-
tionamentos se multiplicam a respeito
da pessoa de Jesus: "E ouviu isto o rei
Herodes (porque o nome de Jesus se
tornara notorio), a disse: Joao, o que
batizava ressuscitou dos mortos, e por
isso estas maravilhas operam nele. Ou-
tros diziam: E Elias. E diziam outros: E
um profeta, ou como um dos profetas.
Herodes, porem, ouvindo isto, disse:
Este a Joao, que mandei degolar; res-
suscitou dos mortos."
1.3. Andar com o Servo nos faz co-
nhece-lo. Nao ha nada mais prazero-
so do que ser conhecido por Jesus e
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 19

conhece-Lo. Neste sentido temos a
certeza de que para conhecer Jesus
de verdade precisamos nos relacio-
nar corn Ele. Marcos nos mostra em
seu evangelho que a ultima vez que
a pergunta sobre a identidade de
Jesus aparece no livro,
e feita pelo
proprio Jesus e
e dirigida aos disci-
pubs: "(...) Quem dizem os homens
que eu sou? E eles responderam: Joao
Batista; e outros, Elias; mas outros,
um dos profetas. E ele lhes disse: Mas
vos, quem dizeis que eu sou? E, res-
pondendo Pedro, the disse: Tu
es o
Cristo." [Mc 8.27-29]. Pedro agora,
depois de andar corn Jesus e ter inti-
midade corn Ele, expressa sua firme
conviccao de que Ele e o Cristo, o
Filho do Deus vivo.
A Todo ser humano precisa de
uma experiencia corn o Senhor Je-
sus para poder desfrutar das Suas
bencaos e conhecer a Sua presenca.
Que possamos nos achegar a Cristo
a ponto de nos pronunciarmos co-
mo Pedro: "(...) Senhor, para quern
iremos nos? Tu tens as palavras da
vida eterna" [ Jo 6.68] .
OJ EU ENSINEI QUE:
Desde o inicio Jesus causava admiracao
em muitos, pois, nao se sabia direito como
defini-lo.
Q
Foco NA
u cAO
A autoridade do Servo
Ci A partir do que se pode ler no
evangelho de Marcos, Jesus por
onde caminhou realizou muitos
prodigios e Seu ensino era admi-
rado por todos que o seguiam e o
ouviam, porque possuia autorida-
de [Mc 1.27].
2.1. A autoridade da mensagem do
Servo. Podemos afirmar que a fonte
da autoridade de Jesus vinha do
ceu.
Nos escritos deixados pelo evan-
gelista Mateus lemos as seguintes
palavras de Jesus: "(...) E-me dado
todo o poder no ceu e na terra." [Mt
28.18]. Ao longo do evangelho de
Marcos podemos visualizar que a
palavra de Jesus diferia de tudo que
o povo estava acostumado a ouvir. "E
repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te
e sai dele. Entao o espirito imundo,
convulsionando-o e clamando corn
grande voz, saiu dele:' [Mc 1.25-26].
Ao notarmos os demonios saindo
sera hesitar podemos constatar que
a Sua mensagem apresentava autori-
dade dos ceus.
A Bispo Daniel Malafaia: "A cha-
mada divina sempre e confirmada
corn a autoridade divina [Ex 3.14].
Assim como Moises tinha sobre si a
autoridade dada por Deus [Ex 3.16],
ainda hoje o Senhor confirma sua
chamada em nossa vida atraves de
Afigura-se que o evangelho de Marcos
nos apresenta a identidade de Cristo: Filho de Deus e
Servo obediente.
20 LI4AO 3

sua autoridade em nos [Mc 16.17-
18]. Tal autoridade, porem, nao dá
o direito de usarmos de autorita-
rismo, que e fruto do egocentrismo
humano. Paulo era radicalmente
contra abuso de autoridade, dai a
dizer: "(...) segundo o poder que o
Senhor me deu para edificacao e nao
para destruicao" [2Co 13.10]. Deus
capacitou Isaias corn autoridade na
palavra profetica [ Is 49.1]."
2.2. A autoridade do Servo foi ates-
tada por sua palavra. Para bem
compreender, nas palavras de Jesus
existiam ensinamentos solidos que o
povo comecou a perceber a admirar.
Pelo que se pode notar, a Sua ma-
neira de ensinar fazia corn que Ele
apresentasse as verdades espirituais
corn autoridade sufocando as tradi-
coes dos religiosos: "Invalidando,
assim, a palavra de Deus pela vossa
tradicao, que vos ordenastes. E mui-
tas coisas fazeis semelhantes a estas."
[Mc 7.13]. Importante ressaltar que
nos ensinamentos de Jesus, Ele nos
fez perceber a Sua autoridade sobre
os demonios: "(...) Por essa palavra,
vai; o demonio ja saiu de tua filha. E,
indo ela para sua casa, achou a filha
deitada sobre a cama, e que o demo-
nio já tinha saido" [Mc 7.29-30].
Bispo Daniel Malafaia: "Jesus foi
distinguido dos demais "mestres" da
sua epoca por sua palavra a autorida-
de [Mc 1.22]. A autoridade de Jesus
estava na razao de que falava apenas
o que recebia do Pai [Jo 12.50]. Ele
ensinou a Palavra [Mt 5], praticou a
Palavra [Mt 4.1-11], pregou a Palavra
[Mt 4.23], cumpriu a Palavra [Mt 3.15],
e nos deixou a Sua Palavra [Jo 17.17]:'
2.3. A autoridade do Servo foi con-
firmada perante o mundo espiri-
tual. Acompanhando o itinerario
tracado no evangelho de Marcos,
vemos que Jesus e a demonstracao
apropriada do Pai. A Ele foi ofe-
recido o poder e autoridade sobre
tudo e sobre todos. Ficando eviden-
ciado em todo o Novo Testamento
que ate mesmo sobre os demonios:
"E todos aqueles demonios the ro-
garam, dizendo: Manda-nos para
aqueles porcos, para que entremos
neles. E Jesus logo lho permitiu. E,
saindo aqueles espIritos imundos,
entraram nos porcos; e a manada
se precipitou por um despenhadei-
ro no mar (eram quase dois mil), e
afogou-se no mar." [Mc 5.12-13].
I Bispo Daniel Malafaia: "O mundo
espiritual reconheceu a autoridade da-
da ao Filho de Deus [Mc 1.23-24; Mc
1.27]. A autoridade de Jesus residia no
fato de ser Ele cheio do Espirito San-
to [Lc 4.1]. Nossa autoridade sobre
os demonios esta na proporcao em
que formos cheios do Espirito Santo
[Ef 5.18]."
OJ EU ENSINEI QUE:
A autoridade de Jesus era confirmada atraves
das Suas palavras a awes. Tal visao possibi-
lity dizer que essas duas awes nao estavam
separadas a corn isso diferenciavarn a pessoa
de Cristo.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor • 21

FOCO NA
LIcAO ... Jesus por onde caminhou realizou muitos
prodigios a Seu ensino era admirado por todos que o
seguiam e o ouviam, porque possuia autoridade ...
D
A compaixao do Servo
O evangelho de Marcos descreve
que Jesus, em Suas peregrinacoes
pelas cidades e povoados, ao notar
as multidoes, tinha compaixao de-
las porque estavam angustiadas e
desfavorecidas, como ovelhas sera
pastor [Mc 6.34].
A clemencia do Servo. O evan-
gelho de Marcos, assim como os
demais, nos apresenta que a morte,
assim como as enfermidades, fjsi-
cas, emocionais a espirituais, sao
decorrentes da Queda. Entretanto,
podemos verificar que Cristo veio
ao mundo e demonstrou compaixao
ao libertar os homens das garras de
Satanas: "Naqueles dias, havendo
mui grande multidao e nao tendo
o que comer, Jesus chamou a si os
seus discjpulos, e disse-lhes: Tenho
compaixao da multidao, porque há já
tres dias que estao comigo a nao tern
o que comer:' [Mc 8.1-2]. Que vemos
entao? Que o Servo por Sua compai-
xao curou a todos que jam ate Ele.
T Charles R. Swindoll: "Jesus realizou
sinais miraculosos por um proposito
muito diferente. Seus milagres forne-
cem aljvio para a dor e o medo, alem de
ensinar sobre um Deus que se importa
profundamente corn o sofrimento das
pessoas a que cura sera nada cobrar.
Jesus realizou muitos outros milagres
que nao estao descritos nos evangelhos
[Jo 20.30] e sua motivacao para realiza-
-los nao foi outra senao compaixao."
3.2. O Servo que se compadece. A par-
tir da otica do evangelho de Marcos,
podemos dizer que os males, doencas
e a morte passaram a existir em decor-
rencia da entrada do pecado no mun-
do. Dentro deste panorama podemos
djzer que o pecado trouxe consequen-
cias terrjveis para toda a humanidade.
Depois da Queda o ser humano já nao
serja mais o mesmo. Entretanto, Jesus
demonstrou compaixao ao vir ao mun-
do para resgatar o homem da maldicao
do pecado. Cristo demonstrou todo o
Seu amor se fazendo pecado por nos,
e na cruz levou as nossas iniquidades
sobre si [Is 53.4]. Isso nos mostra que
o Servo se compadece de nos.
O fluxo narrativo do evangelho
de Marcos nos faz ver que Jesus se
compadece de nos. Como e possjvel
ver neste evangelho, enquanto Cristo
andou aqui na terra, Ele sofreu e viu
outros sofrendo: "E a sogra de Simao
estava deitada, corn febre; a logo the
falaram dela. Entao, chegando-se a
ela, tomou-a pela mao a levantou-a;
e a febre a deixou, e servia-os:' [Mc
1.30-31]. Outra boa ilustracao desta
compaixao de Jesus se encontra em
Marcos 7.24-30, que narra a cura da
22 LIcAo 3

filha da mulher cananeia. A Biblia nos
faz ver que Jesus por Sua compaixao
fez corn que as lagrimas de tristeza
daquela mulher fossem substituidas
por lagrimas de alegria.
3.3. O Servo nos ensina que, onde ha
compaixao, abunda o amor. Chama-
-nos atencao o fato de que, na cura de
um leproso, Marcos relata que Jesus
demonstra Sua compaixao a esse ho-
mem: "E aproximou-se dele um lepro-
so, que, rogando-lhe e pondo-se de jo-
elhos diante dele, the dizia: Se queres,
bem podes limpar-me. E Jesus, movi-
do de grande compaixao, estendeu a
mao, a tocou-o, a disse-lhe: Quero,
se
limpo!" [Mc 1.40-41]. Compreende-se
facilmente que corn esse fim, Jesus veio
ao mundo para demonstrar Sua com-
paixao corn todos que se aproximavam
dEle, curando doentes a ressuscitando
mortos para que todos fossem salvos
das garras de Satanas.
r Tendo comparado as ideias peda-
gogicas do evangelho de Marcos, des-
cobrimos como podemos nos tornar
um canal de amor e bondade de Deus
para muitos. A leitura deste evangelho
nos faz seguir o exemplo de Cristo,
Aquele cuja compaixao nunca finda.
Q EU ENSINEI QUE:
Jesus, ao curar os enfermos a oferecer villa aos
mortos, evidenciou Sua identidade messianica
e demonstrou Sua autoridade a compaixao
pela humanidade caida.
G CONCLUSAO
)1 na caminhada a no relacionamento diario corn o Senhor que va-
mos conhecendo a crescendo no conhecimento acerca de Jesus Cristo
[2Pe 3.18].
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 23

22 JAN/ 2023
LICAO
0 Servo que age corn excelencia
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TEXTO AUREO
"E ele the disse: Filha, a tua fe to salvou;
vai em paz e se curada deste teu mal."
Marcos 5.34
VERDADE APLICADA
O OBIETIVOS DA LIcAO
Como Jesus e o Servo Supremo que nos ofe-
rece o melhor,
e possivel servirmos a Deus
corn excelencia.
[ Mostrar que o perdao
e Q' Expor que servir a Cristo Q' Falar que a verdadeira li-
essencial para a villa crista. e um prazer. berdade esta em Cristo.
Q TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 10
42. Mas Jesus, chamando-os a si, disse-Ihes:
Sabeis que os que julgam ser principes das gen-
res, delas se assenhoreiam, e os seus grandes
usam de autoridade sobre elan.
43. Mas entre vos nao sera assim; antes, qual-
quer que, entre vos, quiser ser grande sera
vosso servical.
44. E qualquer que, dentre vos, quiser ser o
primeiro sera servo de todos.
45. Porque o Filho do homem tambem nao
veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate de muitos.
24

SEGUNDA Jo 4.10
0 Servo nos oferece agua viva.
TERRA I Jo 4.50
0 Servo nos oferece villa.
QUARTA Jo 14.6
0 Servo nos oferece o carninho a seguir.
d~ HINOS SUGERIDOS
396, 400,419
Ore para que possamos servir a Deus corn
excelencia.
QUINTA Jo 15.15
0 Servo nos oferece arnizade.
SEXTA 2Co 8.9
0 Servo nos oferece arnor.
SQBADO 1Jo 1.9
0 Servo nos oferece perdao.
(l ESBOcO DA ucAO
Introducao
1.0 Servo que oferece o perda"o
2.0 Servo nos ensina a servir
3.0 Servo oferece liberdade a todos
Conclusao
INTRODUcAO
O evangelho de Marcos nos oferece uma visao sobre a perfeicao do agir de
Cristo em conceder perdao, instrucao e libertacao, been como sendo exem-
plo para nos hoje que temos sido enviados, tambem corn o poder do Espirito
Santo, a um mundo tao carente a necessitado.
0
0 Servo que oferece o per-
dao
Cristo imprimiu tanto brilho em
Sua trajetoria, que podemos as-
sistir no evangelho de
Marcos que Ele sempre
tern o melhor para nos
oferecer. Este evange-
lho indica modelos a
serem seguidos, nos
mostrando que nao es-
tamos imunes as dores
e sofrimentos, contudo, podemos
perceber que o nosso grande alivio
e saber que Jesus esta sempre dis-
posto a nos oferecer o Seu perdao
para que possamos avancar.
PONT
PAR
0 DE
TIDA
0 Servo
o melho
Seu
oferece
r para o
povo.
1.1. 0 perdao do Servo nos ocasiona
a paz. Conforme observado, a cura do
paralitico em Cafarnaum adveio corn
a ajuda de quatro amigos, que o leva-
ram ate o telhado e desce-
ram corn ele de la ate Jesus
[Mc 2.3]. Essa ideia se deu a
partir que a populacao teve
conhecimento que Jesus es-
tava em uma casa a imedia-
tamente se ajuntaram tantos,
que nem havia como chegar
junto a porta. Se bem observado, Jesus,
ao perceber a presenca do paralitico,
trata primeiramente do assunto do pe-
cado: "E Jesus, vendo-lhes a fe, disse
ao paralitico: Filho, perdoados estao
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 25

os teus pecados." [Mc 2.5]. Assim Jesus
demonstra que o pecado, na verdade,
e
o grande problema do ser humano. Vi-
sualizamos que, ao perdoar o pecado e
ser acusado de blasfemia, Jesus curou o
homem fazendo corn que voltasse para
sua casa em paz.
r
Bispo Samuel Ferreira: "Achando-
-se em uma casa em Cafarnaum Jesus
viu quatro homens que, apos terem
retirado as telhas do teto, descem um
paralitico em um catre colocando-
-o diante dele, pois nao encontraram
outra forma de faze-lo por causa da
multidao. E
e a fe deles que chama a
atencao de Jesus e provoca sua decla-
racao: "Filho, perdoados estao os teus
pecados" (2-5). A autoridade de Jesus
ao pronunciar tal declaracao
e eviden-
te. Essa autoridade nos faz lembrar-se
da acao de perdoar pecados cumpridos
no passado por Deus, agora atualiza-
dos por meio de seu Ungido."
1.2. 0 perdao do Servo nos permite
crescer na fe. O perdao nos aproxima
de Deus. Ele
e transformador, e um
alivio e uma paz que resulta da recon-
ciliacao corn Deus. Sobre este assun-
to Jesus disse: "E, quando estiverdes
orando, perdoai, se tendes alguma coi-
sa contra alguem, para que vosso Pai,
que esta nos
ceus, vos perdoe as vossas
ofensas. Mas, se vos nao perdoardes,
tambem vosso Pai, que esta nos ceus,
vos nao perdoara as vossas ofensas."
[Mc 11.25-26]. O que procuramos
colocar aqui e que perdoar e um dour
divino, uma aptidao outorgada por
Deus, que nos permite crescer na fe.
1J O perdao
e um processo que faz
cessar o sentimento de magoa ou ira
contra outra pessoa, ou contra si mes-
mo, devido a uma ofensa recebida.
Acrescente-se a isso que o perdao con-
segue apartar de nos todas as afli4oes e
dores que nos tornam pessoas egoistas
e faz brotar em nos novamente a ale-
gria e nos motiva a nos concentrarmos
naquilo que realmente importa. E por
isso que podemos afirmar que o per-
dao liberta a alma e o coracao e nos
aproxima de Deus.
12 0 perdao do Servo oferece um
novo recome4o. O relato do endemo-
niado gadareno que se encontra no
capitulo cinco do evangelho de Marcos
mostra a autoridade irrestrita de Jesus
Cristo sobre o Satanas e seus demo-
nios: "E todos aqueles demonios the
rogaram, dizendo: Manda-nos para
aqueles porcos, para que entremos ne-
les. E Jesus logo lho permitiu. E, saindo
aqueles espiritos imundos, entraram
nos porcos; e a manada se precipitou
por um despenhadeiro no mar (eram
quase dois mil) a afogaram-se no mar
[Mc 5.12-13]. Em seus textos Marcos
narra que, apos o endemoniado ser
curado por Jesus a expressar o desejo
de seguir corn Ele, o Servo manda que
ele volte para casa e conte aos seus pa-
rentes o que o Senhor the fez e como
Ele foi born para ele. Assim notamos
perceptivelmente que obedecendo a
Jesus ele foi embora e comecou uma
nova vida anunciando em Decapolis
o que Jesus fizera por ele. E todos fi-
cavam admirados.
26 ucAo 4

T Comentario Biblico Beacon: "Jesus
colocou uma responsabilidade sobre
o gadareno, embora novo na fe, pois
nao... permitiu que o acompanhasse.
Vai para a tua Casa... e anuncia-lhes...
quao grandes coisas o Senhor to fez e
como teve misericordia de ti. Aqueles
que tinham banido Jesus do seu litoral
teriam, assim, um mensageiro pregan-
do em Seu Lugar. Corajoso e vigorosa-
mente, o ex-endemoniado obedeceu;
em seguida, comeCou a anunciar em
Decapolis quao grandes coisas Jesus fi-
zera. Observe que o gadareno identifi-
cava o Senhor Jesus. O seu testemunho
indiscutivelmente evocava admiracao.
Todos se maravilhavam."
m EU ENSINEI QUE:
Aprendemos com Jesus que o perdao a liber-
tador, pois tern o poder de mudar o rurno da
nossa historia.
D
0 Servo nos ensina a servir
A palavra "servo" no evangelho
de Marcos e direcionada a Jesus.
Ele e o Servo de Deus: "E ele, as-
sentando-se, chamou os doze, e
disse-lhes: Se alguem quiser ser o
primeiro, sera o derradeiro de to-
dos e o servo de todos." [Mc 9.35].
Essa palavra tambem se aplica a
todos aqueles que sao de Jesus e
fazem parte do Seu Corpo, pois
todos os crentes sao chamados
para servir [Mt 23.11]. Servir e
uma atitude humilde que agrada
a Deus [Jo 12.26].
2.?. O Servo nos ensina a servir corn o
nosso melhor. Marcos narra que Jesus
assentou-se defronte da arca do tesou-
ro e observou os contribuintes deposi-
tando as suas ofertas: "E, estando Jesus
assentado defronte da arca do tesouro,
observava a maneira como a multidao
lancava o dinheiro na arca do tesouro;
e muitos ricos deitavam muito:' [Mc
12.41]. Podemos interpretar que aque-
la observacao do Mestre fez com que
Ele extraisse uma licao para os seus
discipulos. Para Jesus o fato de uma
pobre viuva depositar duas pequenas
moedas nao a fez menos amada por
Deus do que os demais. Jesus os fez
saber que nao a quantia de doacao e
oferta que importa, mas a intencao
com que e doado. Podemos dizer que
Jesus percebe na atitude da viuva pobre
uma entrega total, desprendida.
T Bispo Abner Ferreira: "O ofertorio
e o momento de dar o nosso melhor
ao Senhor. Mas a oferta nao pode ser
dada de qualquer maneira. Precisa to
custar algo. "E disse o rei Davi a Or-
na: Nao; antes, pelo seu valor, a quero
comprar; porque nao tomarei o que e
teu, para o Senhor, para que nao ofere-
QFO~o ... podemos perceber que o nosso grande
alivio a saber que Jesus esta sempre disposto a nos oferecer
o Seu perdao para que possamos avancar.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 27

ca holocausto sem custo:' [ 1 Cr 21.241.
Foi isso que Jesus Cristo ensinou aos
discipulos ao mostrar-ihes a oferta da
viuva. O que - e como - oferecemos ao
Pai tambem diz muito sobre o nosso
relacionamento corn Elea'
2.2. 0 Servo nos ensina a servir corn
humildade. Diferentemente dos es-
cribas, que gostavam de andar para
la e para ca, usando capas compridas,
que gostavam de ser cumprimenta-
dos corn veneracao nas pracas, alem
de selecionarem os lugares de honra
nas sinagogas e os melhores lugares
nos banquetes [Mc 12.38-39], Jesus
diz aos Seus discipulos que se alguem
quer ser o primeiro, deve ficar em ul-
timo lugar e servir a todos [Mc 9.35].
Ao exercermos esta missao, estamos
desempenhando a vontade de Deus
para as nossas vidas e temos a admira-
vel oportunidade de estarmos servindo
ao Senhor nesta geracao.
~' Bispo Samuel Ferreira: "Ha dois
grandes exemplos de humildade nas
Escrituras: as criancas e o proprio Cris-
to. No Mundo Antigo, a humildade e a
mansidao nao eram virtudes desejaveis
para os grandes dessa terra. Jesus, pO-
rem, apontou a humildade como uma
grande virtude daqueles que almejam
o Reino de Deus."
2.3. 0 Servo nos ensinar a servir sem
medo. Apos Jesus alimentar a multi-
dao, Ele conduziu os Seus discipulos
para que subissem para a outra banda,
enquanto Ele se despedia da multidao
[Mc 6.45]. Logo ao despedir-se, Jesus
subiu ao monte, para orar a sos [Mc
6.46]. A noite chegou e diz a Biblia
que o barco era agitado pelas ondas,
pois o vento era contrario [Mc 6.48].
Nesta hora Jesus veio ate os discipulos,
andando sobre o mar, o que fez que
achassem que fosse Ele um fantasma.
Nesta hora, movidos pelo medo os
discipulos deram grandes gritos. Jesus,
porem, logo lhes disse: "(...)Tende born
animo; sou eu; nao temais:' [Mc 6.50].
Jesus nos ensina nesta passagem que,
quando temos medo, devemos nos
lembrar que Deus e muito major e Ele
esta sempre cujdando de nos.
A Se bem observado, na Biblia Deus
descreve muitas vezes para nao temer-
mos [Js 1.9]. Nao sao poucos os textos
sagrados que nos mostram que Deus
protege aqueles que o amam [S133.20].
Ele nunca nos abandona [Is 49.15].
m EU ENSINEI QUE:
Jesus nao veio pars buscar aplausos e a no-
toriedade dos homens, todavia para realizar a
obra do Pai.
D
0 Servo oferece liberdade
a todos
Podemos dizer sem medo de errar
que a liberdade e um dos bens mais
desejados pelo ser humano. Afinal
todos querem ser livres e curados do
ma! [Mc 2.5]. A Biblia descreve que,
se o Fjlho nos libertar, seremos ver-
dadeiramente livres [Jo 8.36]. Diante
dessa verdade sem nenhuma difi-
culdade se percebe que a verdadeira
liberdade esta em Jesus [Mc 2.17].
28 u4Ao 4

Q
FOCO NA
u4Ao Jesus os fez saber que nao
a quantia de
doacao a oferta que importa, mas a intencao corn que
e doado.
3.1. Aquele a quem o Servo liberta e
verdadeiramente livre. A atmosfera
do evangelho do Marcos nos faz ver
que as pessoas que Jesus nomeou para
compor Seu ministerio, nao eram as
pessoas que talvez nos recomendas-
semos para estar ao nosso lado [Mc
3.13-19]. E oportuno lembrar que um
destes exemplos foi a escolha de Levi,
ou Mateus: "E, passando, viu Levi, filho
de Alfeu, sentado na alfandega a disse-
-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o se-
guiu." [Mc 2.14]. Levi aparentemente
possuia uma vida confortavel, tinha
uma adequada ocupacao, uma casa
que acomodava muitas pessoas [Mc
2.15]. Entretanto, ele era visto como o
resquicio da sociedade da epoca, todos
o consideravam um ladrao, por explo-
rar o povo. Assim Jesus o libertou desta
vida e o chamou para viver uma vida
corn propositos mais elevados.
Comentario Biiblico Beacon: "Mui-
tas das grandes estradas do mundo an-
tigo cruzavam a Galileia, e uma delas
passava por Cafarnaum, uma cidade
proxima
a fronteira do territorio de
Herodes Antipas. Levi era um dos de-
testados agentes de Herodes, destaca-
dos para a arrecadacao de impostos,
seja daqueles que cruzavam a frontei-
ra ao entrar na Galileia, seja daqueles
que trabalhavam na industria da pesca.
Para os judeus ortodoxos, um publica-
no era tao impuro que poderia conta-
minar cerimonialmente uma pessoa,
tanto quanto um leproso. Muitos pu-
blicanos nao somente eram avidos na
arrecadacao dos impostos, mas tam-
bem corruptos na sua conduta pessoal.
Eles eram odiados por todos. Apesar
disso, Jesus disse-lhe: Segue-me:'
3.2.O Servo nos liberta das tradicoes.
O evangelho de Marcos, assim como
os demais evangelhos, expoe os con-
flitos entre Jesus e os fariseus sobre a
interpretacao do sabado: "E os fariseus
the disseram: Ves? Por que fazem no
sabado o que nao
a licito?" [Mc 2.24].
Entao Jesus responde
a pergunta dos
fariseus corn outra pergunta que esta
nos versos 25 e 26: "Mas ele disse-lhes:
Nunca lestes o que fez Davi, quando es-
tava em necessidade e teve fome, ele a os
que corn ele estavam? Como entrou na
Casa de Deus, no tempo de Abiatar, su-
mo sacerdote, e comeu os paes da pro-
posicao, dos quais nao era licito comer
senao aos sacerdotes, dando tambem
aos que corn ele estavam?': Apos Jesus
citar a acao de Davi e de seus homens,
Ele os faz saber que o sabado foi feito
por causa do homem, e nao o homem,
por causa do sabado [Mc 2.27].
R Comentario Biblico Beacon: "O
Filho do Homem, que e Senhor do Sa-
bado, defendeu o ato "ilicito" dos seus
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 29

seguidores corn a justificativa de que
a necessidade humana esta acima da
lei ritual. Jesus citou um exemplo das
Escrituras dos proprios judeus para
mostrar que ate mesmo o imortal Davi,
em um periodo urgente, comeu o pao
da preposicao, que ele nao tinha per-
missao para comer, e tambem deu aos
homens que estavam corn ele:'
3.3. 0 Servo veio para promover a
a4ao de Deus no mundo. O evange-
lho de Marcos, por ser escrito aos
romanos, trata-se de um evangelho
de acao. Podemos observar que Mar-
cos vai se preocupar mais em expor
os milagres realizados por Cristo do
que os Seus ensinamentos. Assim
podemos ter a certeza de que Ele
continua nos libertando ainda hoje
pelo poder do Seu nome.
Bispo Primaz Manoel Ferreira: "A
partir do momento que voce se en-
tregou inteiramente aos cuidados do
Senhor
e born que voce entenda que,
em qualquer situacao da vida,
so ha
um refugio perfeito: Jesus, o Filho de
Deus! Ele e a nossa unica seguranca,
o abrigo e socorro bem presente em
todas as circunstancias da vida."
ED EU ENSINEI QUE:
Podemos ver em Marcos que a libertacao foi
uma pane muito importante do ministerio de
Cristo.
© CONCLUSAO
Vimos que o Servo sempre tern o melhor para nos dar! Podemos concluir
dizendo que os pianos dEle sao sempre perfeitos, Seus conselhos sao os
mais extraordinarios a as Suas bencaos sao as melhores.
30 u4Ao 4

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TEXTO AUREO
"C..) E a grande multidao o ouvia de boa
vontade." Marcos 12.37b
Q' Ensinar como devernos nos
portar em meio a multidao.
VERDADE APUCADA
Como Jesus, Seus discipulos devem lidar
corn as multidoes corn compaixao, discer-
nimento a aten4ao.
O OBJETIVOS DA LIcAO
QT Mostrarque ninguem pole E Falar que o Servo socorre
atrapalhar nossos sonhos. quern vat ao Seu encontro.
~Y) TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 3
7. E retirou-se Jesus corn os seus discipulos
para o mar, a seguia-o uma grande multidao
da Galileia, a da Judeta,
8. E de Jerusalem, e da Idumeia, e dalem do
Jordao, e de perto de Tiro e de Sidom; uma
grande multidao que, ouvindo quao grandes
coisas fazia, vinha ter corn ele.
9. E ele disse aos seus discipulos que the ti-
vessem sempre pronto um barquinho junto
dele, por causa da multidao, para que o nao
apertasse,
10. Porque tinha curado a muitos, de tat
rnaneira que todos quantos tinham algum
mal se arrojavam sobre ele, pars the tocarem.
11. E os espiritos imundos, vendo-o, prostra-
vam-se diante dele e ctamavarn, dizendo: Tu
es o Filho de Deus.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 31

SEGUNDA Mt 14.14
0 Servo curou todos os enfermos da multidao.
TERRA Mt 15.32
0 Servo tinha compaixao da multidao.
QUARTA ( Mt 15.36
0 Servo alimentou uma multidao.
HINOS SUGERIDOS
46, 61, 208
MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que consigamos nos destacar en-
tre a multidao dos seguidores do Servo.
QUINTA I Mt 23.1
0 Servo tinha prazer em ensinar a multidao.
SEXTA I Lc 6.19
A multidao queria tocar no Servo.
SABADO Jo 6.2
A multidao era testemunha do poder do Servo.
Li ESB040 DA L14A0
Introdu4ao
1. Jesus e a multidao
2. As multidoes que seguiam Jesus
3. Os ties grupos entre a multidao
Conclusao
INTRODUcAO
Estudaremos nesta licao mais um importante aspecto do ministerio terreno
de Jesus: lidando corn as multidoes. O enfoque sera quanto as questoes de
oportunidade, atencao, discernimento e discipulado, pois o fato de alguem
estar entre a multidao que segue a Cristo, nao significa que, automaticamen-
te, e um discipulo de Jesus.
O
Jesus e a multidao
E belo dizer que, assim como Je-
sus se compadeceu da multidao,
tambem nos, na nossa caminha-
da crista, somos cha-
mados a termos com-
paixao do povo [Mc
6.34]. Podemos dizer
que Jesus, alem de sa-
ciar a fome da multi-
dao, de igual modo a
saciava corn Seus en-
sinamentos.
1.1. Atento as necessidades da multi-
dao. O evangelho de Marcos nos faz
ver que de todas as partes as pessoas
davam um jeito de irem ao encontro de
PONTO DE
PARTI DA
0 Servo tern
prazer em servir
a multidao.
Jesus para ouvi-lo e ficavam satisfeitas
corn seus atos de compaixao: "Naque-
les dias, havendo mui grande multidao
e nao tendo o que comer, Jesus chamou
a si os seus discipulos e disse-
-lhes: Tenho compaixao da
multidao, porque ha ja tres
dias que estao comigo e nao
tern o que comer." [Mc 8.1-2].
Aprendemos corn Jesus a re-
levancia de estarmos atentos
as necessidades das pessoas e
nos colocarmos a disposicao do Senhor
para sermos usados pelo Espirito Santo
como canais de bencaos. "Ele, porem,
respondendo, lhes disse: Dai-lhes vos de
comer..." [Mc 8.37]. O Senhor nos cha-
32 LIcAo s

ma para participarmos do processo, nos
orienta como agir a nos capacita corn o
poder do Espirito Santo.
p' Dewey M. Mulholland (Marcos:
introducao e comentario, Vida Nova,
1999,
P.
110): "No futuro, quando Jesus
nao estiver mais corn eles (Seus disci-
pubs), eles poderiam lembrar-se de
que Jesus
e o Pastor daqueles que nao
tern lider. Confrontados corn a ordem
de Jesus para alimentarem a multidao,
os discipulos veem apenas a impossibi-
lidade de executa-la. Um trabalhador
diarista teria que trabalhar cerca de
um ano para comprar pao pars uma
multidao como aquela. Os discipulos
enfatizam o que eles nao tern:'
1.2. No meio da multidao, mas atento
as oportunidades. Lemos que um pai
vendo o seu filho padecer se destacou
entre a multidao para pedir socorro ao
Servo. Esta postura audaciosa do pai
do jovem lunatico, se dirigindo a Jesus
e apresentando a situaCao de seu filho,
resultou na libertacao do menino: "E
Jesus, vendo que a multidao concor-
ria, repreendeu o espirito imundo,
dizendo-lhe: Espirito mudo e surdo,
eu to ordeno: sai dele e nao entres
mais nele." [Mc 9.25]. Conforme ob-
servado, aprendemos que as disputas
e discussoes no meio da multidao ou
as frustracoes nao podem nos impedir
ou nos desanimar de it a Cristo e falar
corn Ele sobre nosso sofrimento e nos-
sa necessidade [Mc 9.14-24].
f Orlando Boyer (Marcos: O Evange-
lho do Servo do Senhor, Livros Evan-
gelicos, p. 124) comenta este texto de
Marcos em conexao corn Lucas 9.38:
"No original, clamando em muito al-
ta voz, como Jesus ao morrer na cruz
[Mc 15.37]. Note-se a angustiosa lista
de sofrimentos de seu filho (...) Feli-
zes sab os filhos de pais que recorrem
a Cristo em oracao, como fez o pai do
menino possesso de um espirito mudo
(...) Se to sentes desanimado, por causa
do fracasso dos crentes, experimenta
a Cristo mesmo. Nao desconfies de
Cristo somente porque falta poder aos
filhos professos de Deus."
1.3. Nao permita que a multidao atra-
palhe a sua busca por socorro. Marcos
relata haver uma mulher que padecia
de uma hemorragia visivelmente incu-
ravel ao homem e que vagarosamente
destruia sua vida [Mc 5.26]. Essa en-
fermidade fazia corn que essa mulher
se abatesse, pois sua dor consumia suas
forcas dia apos dia, alem de suas mui-
tas decepcoes corn os medicos e a po-
breza que the incidiu por haver gasta-
do tudo. Conforme observado, sendo
sabedora que Jesus passaria por au, eta
enxergou um fib de esperanca em seu
coracao: "Ouvindo falar de Jesus, veio
por detras, entre a multidao, e tocou
no seu vestido:' [Mc 5.27]. A respeito
dessa atitude vemos que, sabedora que
nao the restava outro recurso, ela re-
correu ao Servo, indo entre a multidao
e encontrou cura, alivio, paz e salvacao
[Mc 5.28-29].
T Craig S. Keener (Comentario His-
torico-Cultural da Biblia - Novo Tes-
tamento, Vida Nova, 2017, p. 236):
"De acordo corn a Lei, tal doenca a
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 33

tornava constantemente impura [Lv
15.19-33] - alem do problema fisico,
havia o problema social. Se a mulher
tocasse em alguem ou mesmo nas ves-
tes de uma pessoa, quem fosse tocado
ficaria cerimonialmente impuro pelo
restante do dia [Lv 15.26-27]. Assim,
ela nao deveria sequer estar no meio
dessa multidao apertada. (...) Para que
ninguem pense que a cura ocorreu por
meio de uma magia paga comum, ope-
rando sem o conhecimento de Jesus,
ele declara que a cura aconteceu em
resposta a "fe" [Lc 8.48]:'
QJ EU ENSINEI QUE:
Jesus Cristo quer nos usar no meio da multidao
para mostrar a todos que a possivel receber o
milagre a ser transformado pelo Seu poder.
D
As multidoes que seguiam
Jesus
Descortinando os fragmentos da
historia, veremos no presente to-
pico tres tipos de pessoas, dentre
outras, que faziam parte da multi-
dao: a multidao dos curiosos [Mc
1.27], a multidao dos desprovidos
[Mc 6.34] e a multidao dos acu-
sadores [Mc 15.11]. Nesse ponto
cabe uma interrogacao: estamos
trafegando em alguma destas
multidoes?
2.1. Multidao dos curiosos. O que e
verdadeiramente surpreendente e que
nos dias de Jesus muitos so ambicio-
navam estar entre a multidao para
constatarem os milagres dos outros,
mas nao queriam compromisso com
o Filho de Deus: "E todos se admira-
ram, a ponto de perguntarem entre
si, dizendo: Que e isto? Que nova
doutrina e esta? Pois, corn autori-
dade ordena aos espiritos imundos,
e eles the obedecem!" [Mc 1.27]. O
texto aponta que os curiosos entre
a multidao se admiravam coin a Sua
maneira de ensinar, da Sua doutrina e
Seu poder para expulsar os demonios
[Mc 1.21-28]. Marcos coloca a ques-
tao de tal maneira que nos confronta
a deixarmos de ser conduzidos pela
curiosidade para podermos receber
algo novo da parte de Deus e crer e
conhecer Jesus como o Servo enviado
de Deus para remir a humanidade de
seus pecados.
A Um grupo de curiosos seguia Je-
sus entre a multidao porque via os
sinais que Ele operava sobre os en-
fermos: "E grande multidao o seguia,
porque via os sinais que operava
sobre os enfermos." [Jo 6.2]. Esses
curiosos enchiam as portas das ca-
sas onde Jesus is realizar algum mi-
lagre para verem se Jesus realizava
mesmo milagres ou se Ele era um
Q
FOCO NA
L14Ao Podemos dizer que Jesus, alem de saciar
a fome da multidao, de igual modo a saciava corn Seus
ensinamentos.
34 u4Ao 5

falso profeta iludindo o povo. [Mc
5.38-39]. Gostariamos de mencio-
nar que normalmente todo curioso
e mexeriqueiro e, pelo que podemos
ver, estes curiosos gostavam de assis-
tir os embates entre Jesus e os falsos
religiosos: "E, quando se aproximou
dos discipulos, viu ao redor deles
grande multidao e alguns escribas
que disputavam corn eles." [Mc 9.14].
2.2. Multidao dos desprovidos. Marcos
escreve em seu evangelho que, onde Je-
sus passava, atraia uma multidao. Ele
relata que, quando Jesus foi para casa,
uma multidao se ajuntou a eles, a era
tanta gente que Jesus e os discipulos
nao tinham tempo nem para comer
[Mc 3.20]. Afigura-se que essas pes-
soas viajavam de varios lugares, sen-
do pessoas de classes sociais distintas,
em busca que o Servo apresentasse
uma soluCao para seus problemas e
respostas para as suas dores a ansie-
dades. Marcos descreve que Jesus teve
compaixao, pois via que aquelas pes-
soas eram como ovelhas sem pastor
[Mc 6.34].
Para compreendermos o relacio-
namento do Servo corn os carentes
do Seu tempo, temos que nos lem-
brar de que Ele nunca se preocupou
corn a condicao social de quem se
aproximava dEle. O Servo, por Sua
maneira de pensar e de interpretar a
vida, is em socorro dos mais humil-
des, o que the acarretou numerosas
perseguicoes e afrontas e, no final, a
propria crucificacao.
2.3. Multidao dos acusadores. Por
entre as paginas das Escrituras Sa-
gradas, no evangelho de Marcos po-
demos presenciar que muitos entre a
multidao estavam ali sem um objetivo
definido. Nao por acaso, sendo inimi-
gos declarados de Jesus, os principais
dos sacerdotes viram neste grupo a
oportunidade de mats-lo: "Mas os
principais dos sacerdotes incitaram
a multidao para que fosse solto antes
Barrabas." [Mc 15.11]. Convem ob-
servar que, sendo muito zelosos para
levar o plano que haviam idealizado
para a morte de Cristo, estes se vale-
ram da multidao, instigando-a para
gritar pela absolvicao de Barrabas,
mesmo sendo este um criminoso pe-
rigoso a ultraj ante.
Bispo Samuel Ferreira: "Segundo
as leis romanas, Pilatos nao viu qual-
quer coisa para que Jesus merecesse
tal condenacao [Lc 23.4]. Ao recebe-
-lo de volta da parte de Herodes, ten-
tou livra-lo da condenacao, dizendo:
"Eis que, examinando-o na vossa pre-
senca, nenhuma culpa, das de que o
acusais, acho nesse homem" Porem,
a multidao gritava: "Crucifica-o! Cru-
cifica-o!" Como era costume soltar
um preso, Pilatos fe-los decidir entre
Barrabas a Jesus. A multidao escolheu
soltar Barrabas:'
3J EU ENSINEI QUE:
Existiam tres tipos de pessoas, dentre outras,
que faziam parte da multidao: os curiosos, os
desprovidos a os acusadores.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 35

Q
FOCO NA
uçAo ...a multidao dos curiosos ..., a multidao dos
desprovidos ... e a multidao dos acusadores ... Nesse ponto cabe
uma interrogacao: estamos trafegando em alguma destas multidoes?
Os tres grupos entre a mul-
tidao
Os evangelhos, em um panorama
geral, identificam alguns grupos
de discipulos de Jesus entre a mul-
tidao que O seguia. Assistimos nas
Sagradas Escrituras que muitas
pessoas tiveram contato corn Ele,
entretanto, devemos nos aperce-
ber que estes tres grupos consegui-
ram se distinguir entre os demais.
3.1. Os setenta discipulos que se des-
tacaram entre a multidao. E significa-
tivo notar que, dentre aquela multidao
que seguia a Jesus, Ele separou setenta
homens para irem, a cada dois, anun-
ciar o Evangelho do Reino: "E, depois
disso, designou o Senhor ainda outros
setenta a mandou-os adiante da sua
face, de dois em dois, a todas as cida-
des e lugares onde ele havia de ir:' [Lc
10.1]. Estamos diante de um texto que
nos mostra que Jesus escolhe setenta
discipulos e os envia a cada dois a todas
as cidades a lugares onde Ele havia de
viajar posteriormente.
r Comentario Biblico Beacon: "O nu-
mero setenta parecia ter um significado
especial entre os judeus. Havia setenta
ancioes designados por Moises, setenta
membros do Sinedrio (setenta a um, in-
cluido o presidente ou nasi) e, de acordo
corn a lenda judaica, os setenta povos
ou nacoes da Terra, alem dos judeus.
O simples fato de que Jesus tinha estes
muitos discipulos dignos de confianca
e significativo. Muitas vezes nos esque-
cemos de que Ele tinha muitos seguido-
res leais. Mandou-os ... de dois em dois.
Para ajuda mutua e encorajamento. A
todos as cidades e lugares aonde havia
de ir. Estes deveriam preparar a visita
dEle a essas cidades. Neste momento,
os doze apostolos estavam corn Ele; os
setenta foram adiante a sua face:'
3.2. Os doze discipulos que se destaca-
ram entre a multidao. Quanto ao grupo
dos setenta, nos nem sabemos quem
eram. Entretanto, os membros deste
grupo dos doze, Jesus os chama pelo
nome: "Simao, a quem pos o nome de
Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e Joao,
irmao de Tiago, aos quais pos o nome
de Boanerges, que significa: Filhos do
trovao; Andre, e Filipe, e Bartolomeu, e
Mateus, e Tome, e Tiago, filho de Alfeu,
e Tadeu, e Simao, o cananeu, e Judas
Iscariotes, o que o entregou" [Mc 3.16-
19]. O Senhor se afastou da multidao,
foi ao monte e "chamou para si': No-
temos os propositos: eles devem estar
corn Ele e foram chamados para serem
enviados [Mc 3.13-14].
T Charles R. Swindoll: "Grandes
multidoes se reuniam para ouvir os
ensinamentos de Jesus e ter suas en-
fermidades curadas por Ele. A partir
36 L!cAO S

r
daquela multidao de discipulos, Ele
escolheu doze para formarem um cir-
culo mais proximo de pupilos, homens
que Ele prepararia para se tornarem os
primeiros lideres do novo reino. Quan-
do Jesus os chamou para segui-lo, eles
deixaram tudo para tras."
3.3. Os tres discipulos que se desta-
caram entre a multidao. Dentre os
doze discipulos que Jesus separou
para estar mais proximo a Ele, tres
se destacaram. Podemos visualizar
no evangelho de Marcos que em tres
momentos somente Pedro, Tiago e
Joao estiveram ao Seu lado: 1) na res-
surreicao da filha de Jairo [Mc 5.37];
2) no momento da transfiguracao de
Jesus [Mc 9.2]; 3) na noite em que foi
traido e preso, tao somente Pedro,
Tiago e Joao seguiram Jesus a um
ambiente um pouco mais particular
no jardim [Mc 14.33].
Myer Pearlman (Marcos - O Evan-
gelho do Servo de Jeova, CPAD, 1995,
p. 106): "Os tres discipulos faziam par-
te do "circulo intimo" de Jesus. Apesar
de o Senhor nao ter favoritos, temos de
convir: ha aqueles que mantem uma
comunhao mais estreita
corn Ele. Os
tais desfrutam do privilegio de parti-
cipar de seus sofrimentos, e compar-
tilhar de sua gloria:'
QJ EU ENSINEI QUE:
Nao importam os motivos que nos fizeram se-
guir a Jesus, o que implica
a que devemos sair
dentre a multidao a pedir a Ele que nos faca
cads dia mais intimo dEle.
G CONCLUSAO
Jesus estava sempre atento aos necessitados a carentes, mesmo entre a mul-
tidao. Assim, vimos que Nosso Senhor Jesus lidou
corn as multidoes corn
compaixao, mas tambem corn discernimento, pois muitos que o seguiam
nao tinham o proposito de serem Seus discipulos.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 37

VERDADE APLICADA
tJ ASSISTA O VIDEO FOCO NA LICAO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -*
"E sentiram um grande temor a diziarn uns
aos outros: Mas quern
a este que ate o vento
e o mar the obedecem?" Marcos 4.41
A revelacao acerca da autoridade de Jesus
Cristo registrada nos Evangelhos deve pro-
duzir em nos confianca a impulsionar-nos
no cumprimento da missao evangelizadora.
O OBJETIVOS DA L14A0
I Evidenciar as manifesta- L' Expor a autoridade de- Q' Apresentar a abrangencia
toes da autoridade do Servo. monstrada pelo Servo. da autoridade do Servo.
" TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 4
35. E, naquele dia, sendo
já tarde, disse-Ihes:
Passemos para a outra banda.
36. E eles, deixando a multida"o, o levaram
consigo, assim como estava, no barco; a havia
tambern corn ele outros barquinhos.
37. E levantou-se grande temporal de vento, e
subiam as ondas por cima do barco, de maneira
que
ja se enchia.
38. E ele estava na popa dormindo sobre uma
almofada; a despertaram-no, dizendo-Ihe: Mes-
tre, nao se to da que perecamos?
39. E ele, despertando, repreendeu o vento, e
disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se
aquietou, e houve grande bonanca.
40. E disse-Ihes: Por que sois tao timidos? Ainda
nao tendes fe?
38

SEGUNDA Mt 9.6
O Servo tern autoridade para perdoar pecados.
TERRA Mt 28.18
Nenhuma autoridade esta acima do Servo.
QUARTA I Mc 1.34
O Servo tern autoridade para curar enfermidades.
J HINOS SUGERIDOS
154, 282, 491
MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que possamos exercer a autoridade
que vem do alto.
QUINTA Lc 4.36
O Servo tern toda a autoridade.
SEXTA Lc 10.19
O Servo e a fonte de autoridade.
SQBADO I Jo 17.2
A autoridade do Servo e inquestionavel.
L ESBOCO DA L14AO
Introducao
1. Autoridade sobre a natureza
2. Autoridade sobre os demonios
3. Autoridade sobre as enfermidades
Conclusao
INTRODUcAO
Vamos prosseguir no estudo acerca de Jesus Cristo, a partir do evangelho de
Marcos, focando um aspecto que faz a diferenca: a autoridade de Jesus. Vere-
mos seu significado, sua demonstracao a seus efeitos na vida dos discipulos
do Senhor.
0
Autoridade sobre a natu-
reza
Podemos aprender corn Jesus que
a autoridade e o direito e o poder
de dar ordem e se fazer
obedecer. Em geral, esta
alusao se faz as pessoas
que administram ou que
desempenham alguma
lideranca. Neste sentido,
a presente licao objetiva
demonstrar que Jesus
Cristo possuia autorida-
de nao apenas diante dos demonios
como tambem sobre a natureza a as
enfermidades: "E-me dado todo o
poder no ceu e na terra" [Mt 28.18].
PONTO DE
PARTI DA
Jesus tern
autoridade
sobre tudo e
todos.
1.1. Autoridade sobre a tempestade.
Esse milagre constroi uma abordagem
motivadora revelando-nos de forma
admiravel a divindade de Jesus. Po-
demos ver que, ao demons-
trar Sua autoridade sobre a
tempestade, Jesus se revelou
como o verdadeiro Filho de
Deus, cujo poder se estende
sobre todas as coisas. Nesta
passagem - Marcos 4.35-41
- repousa a certeza de que
exclusivamente Aquele, atra-
ves do qual todo o Universo foi criado,
e capaz de ter o total controle sobre as
leis da natureza. Lemos no evangelho de
Marcos que, ao ser acordado pelos dis-
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 39

cipulos, Jesus se ergueu e repreendeu o
vento e ordenou que o mar se aquietasse
[Mc 4.39]. Assim, notamos perceptivel-
mente no texto que sob a autoridade de
Jesus na mesma hora o vento cessou, a
tempestade acalmou e as aguas do mar
ficaram absolutamente tranquilas.
T Dewey M. Mulholland (Marcos: in-
troducao e comentario, Vida Nova, 1999,
p. 91) escreve sobre Marcos 4.41: "Num
misto de maravilha e assombro, os dis-
cipulos perguntam-se: "Quern e este que
ate o vento e o mar the obedecem?" Seu
medo e a falta de fe vem
a tona por um
unico motivo: eles nao sabem quem e
Jesus. (...) Deus interviera em suas vidas;
Ele os salvara. E, de um modo peculiar,
tudo estava relacionado a Jesus. Jesus
fez aquilo que somente Deus pode fa-
zer. Marcos pretende que este e outros
milagres na natureza sejam entendidos,
primeiramente, como a substanciacao
da autoridade divina de Jesus"
1.2. Autoridade sobre o vento. Apos
ter compaixao da multidao [Mc 6.34] e
alimentar quase cinco mil homens [Mc
6.44], Marcos registra que Jesus pediu
que seus discipulos subissem no barco e
fossem para o outro lado enquanto Ele
despedia a multidao [Mc 6.45]. Apos
despedir-se da multidao, Jesus foi a um
monte para orar. Quando sobreveio a
tarde, o barco estava no meio do lago,
e Jesus estava em terra, sozinho. E ven-
do que os discipulos estavam remando
com dificuldade porque o vento soprava
contrario, Jesus foi ate la, andando em
cima da agua, e is passar adiante deles.
Ao avistarem Jesus andando em cima
da agua, os discipulos pensaram que ele
era um fantasma e comecaram a gritar.
Entretanto, logo Jesus falou com eles, di-
zendo: "Tende bom animo; sou eu; nao
temais" [Mc 6.50]. Marcos relata que
Jesus uma vez mais demonstra Sua au-
toridade sobre a natureza, pois, ao subir
no barco com eles, o vento se acalmou.
T Comentario Moody: "Tempestade
de vento nao era coisa incomum na
Galileia. O lago fica a 224m abaixo do
nivel do mar e esta cercado de colinas.
Quando o ar nas elevacoes resfria ao fim
do dia, ele desce pelos declives das mon-
tanhas ate o lago e o agita violentamen-
te. As ondas revoltas batiam no barco
aberto. De modo que estava em perigo
de afundar. A tempestade devia ser fora
do comum para amedrontar pescadores
experimentados que conheciam todos os
aspectos do lago. Jesus tinha autoridade
sobre as forcas da natureza. Se a tempes-
tade passasse naturalmente, a calmaria
nao teria seguido instantaneamente"
1.3. Autoridade sobre as arvores. No
evangelho de Marcos, dentre os seus
muitos escritos, encontra-se o mo-
mento em que Jesus amaldicoou uma
figueira [Mc 11.12-26]. O que devemos
nos atentar e que Jesus usa a figueira
para demonstrar Sua autoridade sobre
a natureza. Marcos expoe que o Servo
apos Sua entrada triunfal em Jerusa-
lem teve fome e, ao enxergar de certa
distancia uma figueira coberta de fo-
lhagens, Ele aproxima-se desta figueira
para ver se encontraria algum figo e se
alimentar, entretanto encontra somen-
te folhas. Nesta hora recorrendo
a Sua
40 ucAo 6

autoridade Jesus diz para a figueira que
nunca mais comeriam fruto daque-
la arvore. Conforme acentua Marcos
em seu evangelho, no dia seguinte,
de manha cedo, Jesus e os discipulos
passaram perto da figueira e viram que
ela estava seca desde a raiz [Mc 11.20].
T Bispo Samuel Ferreira: "Qualquer
pessoa que olhasse para Jesus de Naza-
re o veria como um homem comum,
porem havia algo de especial nEle que
the conferia autoridade. Esta autoridade
estava a servico de Deus e das pessoas.
Era atraves dessa autoridade que o Se-
nhor Jesus fazia coisas extraordinarias:'
m EU ENSINEI QUE:
0 evangelho de Marcos nos faz ver que, en-
quanto Jesus viveu na terra, Ele mostrou a Sua
autoridade sobre a natureza de muitas manei-
ras a em varias ocasioes.
D
Autoridade sobre os de-
monios
Nao ha nada mais prazeroso do
que a observacao leve e agucada de
Marcos em querer nos mostrar que
Jesus tern toda a autoridade sobre
os demonios. O que devemos nos
atentar e que Jesus escolheu doze
discipulos e os designou corn a
mesma autoridade para pregar e
expulsar os demonios [Mc 3.14-15].
2.1. Uma autoridade reconhecida ate
pelos demonios. Percebe-se pelas
paginas do evangelho de Marcos que
Jesus demonstra possuir autoridade
total sobre os demonios. Marcos narra
que Jesus, ao chegar a provincia dos
gadarenos, the saiu ao encontro, dos
sepulcros, um homem corn espiri-
to imundo, que nem corn cadeias o
podia alguem prender [Mc 5.2-5]. O
homem possuido pelos demonios viu
Jesus ao longe e correndo adorou-o
[Mc 5.6]. Nesta hora reconhecendo a
autoridade do Filho de Deus, os de-
monios rogaram-lhe para que os nao
enviassem para fora daquela provin-
cia [Mc 5.10]. Marcos nesta hora re-
lata que andava au i pastando no mon-
te uma grande manada de porcos. E
todos aqueles demonios the rogaram,
dizendo: Manda-nos para aqueles
porcos, para que entremos neles. E
Jesus logo lho permitiu [Mc 5.11-13].
T Bispo Samuel Ferreira: "Somente
Jesus Cristo tern "todo o poder" ("ek-
sousia"). Nenhuma autoridade esta
acima dEle. Contudo, para desfrutar
da acao redentora proveniente desta
autoridade e preciso crer e submeter-
-se ao senhorio de Cristo. O exercicio
da autoridade de Jesus era limitado
pela incredulidade da sua audiencia.
Nem todas as pessoas reconheciam e,
portanto, nao experimentavam a au-
FOco NA
LIcio-...a presente
licao objetiva demonstrar que Je-
sus Cristo possuia autoridade nao apenas diante dos demo-
nios como tambem sobre a natureza a as enfermidades.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 41

toridade de Jesus. Vede os habitantes
de Nazare [Mt 13.54-58]. Infelizmente,
ainda hoje, nem todos reconhecem a
autoridade de Jesus."
2.2. Uma autoridade inquestiona-
vel. Uma vez mais Jesus demons-
tra Sua autoridade ao libertar um
jovem lunatico das garras dos de-
monios [Mc 9.17-27]. E born que
se diga que o incidente da cura do
jovem lunatico ocorre apos Jesus e
os discipulos descerem do monte
onde ocorreu a transfiguracao. Re-
fugiando-se na narrativa do texto
do evangelho de Marcos, podemos
dizer que o espirito maligno que
tomava conta daquele jovem atuava
de duas maneiras distintas para que
aquele jovem nao recebesse a sua
cura: a primeira acao dos demo-
nios foi deixa-lo mudo, pois desse
modo ele nao tinha como rogar
por aquela cura. E a outra maneira
de atuacao de Satanas foi deixa-
-lo surdo [Mc 9.25], pois assim o
jovem nao poderia ser alcancado
pela Palavra, que liberta o homem
das garras do diabo. Contudo, ve-
mos que o pai do jovem o leva ate
Jesus, que, usando Sua autoridade,
liberta aquele jovem dos demonios
que o assolavam.
T O que precisamos ter em mente
e
que ainda hoje os demonios atuam de
igual modo, fazendo corn que as pes-
soas fiquem adoentadas como mudas
e surdas para ele poder dominar as
suas vidas.
2.3. Jesus concede o poder de expulsar
os demonios. E notorio nas paginas do
Novo Testamento que o Senhor Jesus
nao somente tern poder sobre os de-
monios, como tambem concede aos
Seus discipulos o poder para expulsar
os demonios [Mc 3.15; 16.17]. Pois
Nosso Senhor been sabe que ainda
ha atividade demoniaca no mundo e
pessoas que precisam ser libertas de
espiritos maus. Contudo, e importan-
te destacar que a autoridade colocada
a disposicao dos discipulos de Cristo
"nunca se torna posse deles; perma-
nece sempre autoridade delegada. Ser
escolhido por Deus nunca sera motivo
de vangloriar-se ou reivindicar privi-
legios;
a um chamado para o servico
[Mc 9.35]" (Dewey M. Mulholland -
Marcos: introducao e comentario, Vi-
da Nova, 1999, p. 70).
T Biblia de Estudo Pentecostal, p.
1467, sobre "O CRENTE E OS DEMO-
NIOS": "Jesus prometeu aos genuinos
crentes autoridade sobre o poder de
Satanas a das suas hostes. Ao nos de-
pararmos corn eles, devemos aniquilar
o poder que querem exercer sobre nos
e sobre outras pessoas, confrontando-
-os sem tregua pelo poder do Espirito
Santo (ver Lucas 4.14-19)." Vide: Atos
5.16; 16.18.
J
EU ENSINEI QUE:
Ao mostrar o Seu poder sobre os demonios, Je-
sus evidenciou Sua autoridade sobre as forcas
naturals a sobrenaturais, legitimando Sua natu-
reza divina a identidade messianica.
42 LIcAo 6

QFO~%o 0 que devemos nos atentar a que Jesus
escolheu doze discipulos a os designou corn a mesma
autoridade para pregar a expulsar os demonios...
a
Autoridade sobre as enfer-
midades
Contemplamos no evangelho de
Marcos Jesus enviando Seus disci-
pubs para apregoar o Evangelho e
anunciar o Reino de Deus. Se been
observado, ao mesmo tempo em
que o Senhor os envia, tambem
lhes concede a autoridade para
por as maos sobre os enfermos e
os curar [Mc 16.18].
3.1. Autoridade sobre todas as doencas.
O evangelho de Marcos a essencial para
a abrangencia do estudo sobre a auto-
ridade de Jesus. Conforme observado
nas Santas Escrituras, durante o Seu
ministerio terreno Jesus curou muitos
doentes, exceto em Nazare onde curou
alguns poucos enfermos pela increduli-
dade do povo [Mc 6.5]. E significativo
notar que todos os quatro evangelistas
destacam esta autoridade de Jesus sobre
as enfermidades. A partir do que se pode
ler no evangelho de Marcos, Jesus curou
toda sorte de doencas e enfermidades
[Mc 1.34]. Podemos ver neste evangelho
que Ele mostrou Sua autoridade de cura
desde uma simples febre [Mc 1.29-31], a
uma ressurreicao, como no caso da filha
de Jairo [Mc 5.35-43].
W
Bispo Samuel Ferreira: "Os espiritos
imundos atuam corn diferentes espe-
cialidades. Os demonios fazem parte de
hostes infernais especializadas em todo
tipo de maldade. Lucas, o medico amado,
nao explora profundamente o assunto,
mas aponta os demonios como agente
da tentacao, causadores de discordias e
de enfermidades [Lc 11.14-26;13.10-16] "
3.2. O legado da autoridade de Jesus
sobre as enfermidades. Temos visto
que a acao de curar esta presente desde
o inicio do ministerio de Jesus. Vemos
em Marcos 1.21-39, um verdadeiro resu-
mo do ministerio de Jesus: ensino, cura,
pregacao e expulsao de demonios. Na si-
nagoga em Nazare, Jesus le a profecia de
Isaias a diz que se cumpriu nEle: ungido
e enviado para evangelizar e curar [Lc
4.17-21]. E assim foi no inicio da Igreja
nos registros em Atos 3, que descreve a
cura de um coxo e a pregacao de Pedro,
atestando que o Senhor continua curan-
do. O Senhor Jesus e o mesmo — Hebreus
13.8. Assim, continua Sua obra na Igreja
e por meio dela, incluindo a cura.
T Vernon Purdy (Teologia Sistematica:
uma perspective pentecostal, 1997, p.
501-533) escreveu sobre A Cura Divina:
"Ha pelo menos quatro razoes para crer-
mos que Deus continua curando hoje
em dia: 1) A cura divina encontra-se na
Bblia; 2) Esta incluida na obra expiatoria
de Cristo; 3) O Evangelho inteiro a para a
pessoa inteira; 4) Crenca de que a salva-
cao deve ser entendida, em ultima anali-
se, como a restauracao do mundo caido:'
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 43

3 . Autoridade para levar esperanca
a muitos. Marcos registra uma serie
de milagres realizados por Jesus. Es-
te evangelho possui extraordinarios
milagres narrados como exemplos
do poder de Jesus Cristo. Myer Pe-
arlman (Mateus - O Evangelho do
Grande Rei, 1995, p. 51): "Ao curar,
Jesus realmente sentia o fardo dos
doentes. Assim, preencheu a lei da
verdadeira ajuda: o colocar-se sob
o fardo de quem se quer ajudar [G1
6.2]. Saiu dEle poder quando uma
mulher tocou nas suas vestes, procu-
rando cura [Mc 5.30]; suspirou quan-
do orou por um surdo e mudo [Mc
7.34]; emocionou-se junto ao tumulo
de Lazaro [Jo 11.35, 38]:'
A O nome de Jesus
e o nome que esta
acima de todos os nomes! Nao ha duvidas
de que a maior prova que Jesus esta acima
de qualquer enfermidade esta na autori-
dade do Seu nome: "Enquanto estendes a
mao para curare para que se facam sinais
e prodigios pelo nome do teu santo Filho
Jesus." [At 4.30]. Atraves do nome de Jesus
os demonios sao expulsos, as pessoas sao
curadas e vidas sao transformadas. Tudo
isso na autoridade do nome de Jesus.
IJ EU ENSINEI QUE:
A partir de uma serie de milagres realizada por
Jesus, foi manifesto que Ele era a perfeicao da
divindade, tendo autoridade sabre qualquer
enfermidade.
G CONCLUSAO
Tendo estudado sobre a verdade de que Nosso Senhor Jesus possui toda a
autoridade, demonstrada por Ele ao lidar corn a natureza, os demonios a as
enfermidades, devemos procurar estar cada vez mais firmes em Cristo e,
no poder do Espirito Santo, nos empenharmos no anuncio do Evangelho
completo para a pessoa inteira (espiritual, emotional e fisica).
44 u4Ao 6

G, TEXTO AUREO
12tEv/2023
LIcAO
A fé no Servo: o evangelho dos
milagres
Q ASSISTA 0 VIDEO FOCO NA LICAO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -~
"Por isso, vos digo que Ludo o que pedirdes,
orando, crede que o recebereis a te-to-eis."
Marcos 11.24
VERDADE APLICADA
Na vivencia dos problemas a das adversidades
da vida, perseveremos na fe cristocentrica.
O OBJET!VOS DA LIcAO
E' Mostrar que a fe a funda- Q' Ensinar que recorrer a Je- t Explicar que milagres sao
mental para o milagre. sus e vivenciar milagres. possiveis aos que creem.
Q TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 2
1. E, alguns dias depois, entrou outra vez em
Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
3. E vieram tel com ele, conduzindo um para-
litico, trazido por quatro.
5. E Jesus, vendo-Ihes a íé, disse ao paralitico:
Filho, perdoados estao os teus pecados.
6. E estavam au i assentados alguns dos escribas,
que arrazoavam em seus coracoes, dizendo:
7. Por que diz este assim blasfemias? Quem
pode perdoar pecados, senao Deus?
10. Ora, para que saibais que o Filho do Ho-
mem tem na terra poder para perdoar pecados
(disse ao paralitico),
11. A ti to digo: Levanta-te, a toma o teu leito,
e vai pars tua casa.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 45

SEGUNDA I Mt 12.22
0 Servo nao hesitava em socorrer a todos.
TER4A I Mt 13.58
A falta de fe impede a atua4ao do Servo.
QUARTA Mt 19.26
Para o Servo nao ha nada impossivel.
y HINOS SUGERIDOS
476, 484, 519
MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que o Senhor resolva as causas
impossiveis.
QUINTA Jo 2.11
Os milagres do Servo foram dos mais diversos.
SEXTA Jo 6.14
Jesus realizou grandes milagres entre o povo.
SABADO ( At 2.22
0 milagre serve para ajudar a crer no Servo.
[6 ESB040 DA L14A0
Introdu4ao
1. A fe no Servo a as suas consequencias
2. Recorrer ao Servo a vivenciar milagres
3. A fe no Servo nos mantem firmes
Conclusao
r J INTRODUcAO
Veremos na presente licao o poder e a compaixao do Servo demonstrados
na operacao de milagres, assim como a relevancia da fe cristocentrica, que
se expressa no clamor, na busca, submissao a perseveranca por parte dos
necessitados.
D
A fe no Servo a as suas
consequencias
O evangelho de Marcos traca corn
grata que todos aqueles que recor-
reram ao Servo corn fe
foram socorridos por Ele.
Pode-se dizer, portanto,
que essa fe verdadeira em
Jesus Cristo, alem de nos
salvar do inferno, traz
cura para alma e o corpo.
1.1. Os amigos do paralitico
demonstram fe no Servo. Certa ocasiao,
Jesus estava em Cafarnaum. Imediata-
mente, se espalhou a noticia de que Ele se
encontrava em uma determinada casa.
Mediante a esta informacao, se reuni-
PONTO DE
PARTIDA
Os milagres
de Jesus tern
propositos.
ram tantas pessoas, que nao havia mais
lugar nem mesmo do lado de fora, perto
da porta. Marcos escreve que, enquanto
Jesus estava anunciando a Palavra, qua-
tro amigos trouxeram um pa-
ralitico para ser curado pelo
Servo. Entretanto, devido a
toda aquela gente, eles nao
puderam levy-lo ate perto
de Jesus. Movidos por uma
fe gigante, estes amigos ven-
ceram as dificuldades que o
momento apresentava, quando toma-
ram a atitude de abrir um buraco no
telhado da casa, fazendo o amigo chegar
ate a presenca de Jesus, o Servo, onde
aconteceu o milagre [Mc 2.4].
46 u4Ao 7

]
w
Biblia de Estudo Holmam: "Desco-
briram o telhado traduz literalmente
"destelharam o telhado': As casas na Pa-
lestina, em sua maioria, eram estruturas
de um pavimento, corn telhado piano
e uma escadaria externa. O telhado era
usado para trabalhar, secar roupas, dor-
mir e orar. Em cima das vigas mestras,
pequenas varas ou ramos eram coloca-
dos e cobertos corn palha e barro. Fa-
zendo um buraco (lit. "tendo escavado")
da a entender que fragmentos devem
ter caido nas pessoas que estavam em
baixo. Leito era uma cama confortavel
dobravel de uma pessoa pobre."
1. 2 Um dos principais da sinagoga
demonstrou fe no Servo. Na passagem
em que Jairo recorre ao Servo podemos
nos aprofundar sobre a fe! Pois, toda
narrativa de Marcos mostra que Jesus
e a esperanca dos desenganados. Esta
abordagem de um pai aflito nos mostra
que o impossivel pode acontecer quan-
do Jesus intervem. Presenciamos neste
evangelho que apos Jesus curar o ende-
moniado de Cafarnaum [Mc 1.21-26];
curar a sogra de Pedro [Mc 1.29-31];
curar um leproso [Mc 1.40-42]; curar o
paralitico de Cafarnaum [Mc 2.11-12];
curar um homem que tinha uma das
maos mirradas [Mc 3.1-5]; curar uma
mulher que tinha um fluxo de sangue
[Mc 5.25-34], Ele, agora, ressuscita a
filha unica de um lider religioso, mos-
trando que Ele tambem tern poder so-
bre a morte [Mc 5.35-43].
r Comentario Biblico Beacon:
"Acompanhado pelos tres discipulos,
Jesus realizou um servico pastoral que
tocou aquelas pessoas, assim como um
born ministro de Jesus Cristo deve fa-
zer. Ele tomou consigo o pai e a mae da
menina a os que corn Ele estavam, e en-
trou onde a menina estava. A presenca
de outras pessoas corn Jesus no quarto
teria valor testemunhal, e, tambem, sa-
tisfaria o sentido judaico de proprieda-
de. Em um gesto caracteristico (cf.1.31),
Jesus tomou a mao da menina [Mc 5.41]
e chamou-a, talvez da mesma maneira
que os seus pais frequentemente a des-
pertavam do seu sono: "Levante-se,
minha filha': Talita cumi talvez sejam
as verdadeiras palavras proferidas por
Jesus, pois Ele falava aramaico."
1.3. Uma estrangeira demonstrou fe
no Servo. Marcos diz que a intencao
de Jesus ao entrar em uma casa nos
termos de Tiro e Sidom era que nin-
guem soubesse de Sua presenca au i [Mc
7.24]. Entretanto, vemos que Ele nao
pode manter-se distante da execuCao
de Sua missao. Marcos conta que apa-
receu uma mulher cananeia que faz
uma peticao nao para ela, mas para o
Servo libertar sua filha das forcas que
a oprimiam. E curioso observar que
Jesus contrapoe de maneira, no mi-
nimo curiosa, o pedido daquela mae
desesperada quando diz: "(...) Deixa
primeiro saciar os filhos, porque nao
convem tomar o pao dos filhos e lan-
ca-lo aos cachorrinhos." [Mc 7.27]. E
born que se diga que alguns estudiosos
da Biblia sao unanimes sobre esta in-
terpretacao. Para eles "filhos" trata-se
de uma alusao aos judeus, enquanto
que "cachorrinhos" se refere aos gen-
i
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 47

tios. Notamos que esta mulher, alem
de mediadora, era tambem sabia, pois
respondeu ao Servo corretamente e,
assim, Ele responde positivamente e
realiza o pedido daquela mae.
T Dewey M. Mulholland (Marcos: in-
troducao a comentario, Vida Nova, 1999,
p. 124): "Como diz Joachim Jeremias, "a
fe da mulher gentia nao consiste no fato
de que ela da a Jesus uma resposta rapi-
da, mas no fato de que corn seu "Sim,
Senhor, mas" ela o reconhece como o do-
ador do
pao da vida (v 28). Ela "declara-
-se satisfeita corn uma migalha daquilo
que esta destinado a Israel'.'
OJ EU ENSINEI QUE:
A fe e um item imprescindivel para quem de-
seja viver para Deus. Neste sentido, devemos
andar corn pessoas de fe que nos aproximam
de Deus a nos auxiliam a suportar os infortu-
nios da vida.
D
2J.
Recorrer ao Servo a viven-
ciar milagres
Montando um cenario glorio-
so e rico, Marcos relata que, nos
dias de Jesus, muitas pessoas que
recorreram ao Senhor e por Ele
foram tocadas, receberam a cura
das suas enfermidades.
Recorreram a Jesus pela cura da
sogra de Pedro. Nos tres anos do Seu
Q
FOCO NA
ucdo
ministerio na Terra, Jesus realizou va-
rios milagres. Um destes milagres foi a
cura da sogra de seu discipulo Pedro.
Marcos informa que, ao entrar na casa
de Pedro, falaram do estado de sai de
da pobre mulher que estava febril [Mc
1.30]. Diante da seriedade do problema,
Jesus nao hesita em ter misericordia da-
quela pobre mulher. Afigura-se entre os
evangelhos que uma das razoes da cura
dos enfermos no ministerio de Jesus
estava em Sua capacidade de demons-
trar compaixao: "Entao, chegando-se a
ela, tomou-a pela mao e levantou-a; e a
febre a deixou, e servia-os." [Mc 1.31].
No texto encontra-se o registro de que
Jesus repreendeu a febre e aquela mu-
lher foi imediatamente curada e passou
a the servir.
T Biblia de Estudo Holmam: "A casa
de Simao a de Andre era grande o su-
ficiente para acomodar a Jesus a seus
seguidores. Arquedlogos identificam
uma casa perto da sinagoga de Cafar-
naum. A mencao da sogra de Simao
indica que Pedro era casado. 1Corin-
tios 9.5 sugere que a mulher de Pedro
o apoiava em seu ministerio:'
2.2. 0 leproso recorreu ao Servo por
sua cura. Por falta de espaco nao e pos-
sivel relatar aqui todos os milagres rea-
lizados por Jesus. Contudo, os muitos
milagres relatados nos quatro evange-
... portanto, que essa fe verdadeira em
Jesus Cristo, alem de nos salvar do inferno, traz cura
para alma e o corpo.
48 u4Ao 7

Thos foram escritos para que tivesse-
mos fe que Jesus e o Cristo, o Servo de
Deus. Um destes milagres realizados
pelo Servo, encontramos nos evan-
gelhos sinoticos, quando um leproso
se aproxima dEle, rogando-lhe que o
cure daquela terrivel enfermidade: "E
aproximou-se dele um leproso, que,
rogando-lhe e pondo-se de joelhos
diante dele, the dizia: Se queres, bem
podes limpar-me:' [Mc 1.40]. Nesta
hora assistimos que mais uma vez o
Filho de Deus teve compaixao a disse:
"Quero; se limpo" [Mc 1.41]. Afigura-
-se que apos dizer essas palavras no
mesmo instante a lepra desapareceu e
aquele homem ficou curado [Mc 1.42].
T Bispo Abner Ferreira: "A fe e im-
prescindivel em nosso relacionamento
corn Deus [Hb 11.6]. A vida crista nao
se baseia no que vemos, mas no que
cremos. E por esse motivo que a fe e
tao importante para todos nos."
2.3. 0 cego Bartimeu recorreu ao Ser-
vo por sua cura. Nao temos duvidas
alguma de que, ao restabelecer a visao
ao cego Bartimeu, Jesus transformou
todas as areas da vida daquele homem.
Podemos dizer que Bartimeu agra-
dou ao Servo, pois, mostrou ser um
homem de fe. Marcos relata que, ao
ouvir alguem dizer ser Jesus de Naza-
re que estava passando por au, o cego
comecou a gritar dizendo: Jesus, filho
de Davi, tern misericordia de mim [Mc
10.47]. Observamos na historia deste
cego o verdadeiro motivo pelo qual a
Biblia enfatiza que sera fe e impossi-
vel agradar a Deus [Hb 11.6]. Se bem
observado, Bartimeu podia ser cego
fisicamente, contudo conseguia enxer-
gar o invisivel.
T Biblia de Estudo Holman: "Este re-
lato contrasta o que o cego podia ver
corn aquilo que os discipulos nao po-
diam [Mc 10.35-45]. A cidade de Jerico
estava a 27 quilometros a nordeste e
aproximadamente 1.000 metros abai-
xo de Jerusalem. A grande multidao
era de peregrinos da Pascoa. Esta e a
segunda vez que Marcos identificou
Jesus como de Nazare [Mc 1.24] e a
unica vez neste Evangelho em que al-
guem se dirigiu a Jesus como Filho de
Davi, designacao messianica baseada
em 2Samuel 7.11-14; Marcos 11.10;
12.35-37. Em contraste corn a cura do
cego em 8.22-25, Jesus simplesmente
anunciou a cura de Bartimeu. Salvou
e a palavra grega "sozo': Ela pode se
referir a cura fisica e a salvacao espiri-
tual. Bartimeu experimentou as duas."
QJ EU ENSINEI QUE:
Quando precisamos de ajuda, Jesus
e o nos-
so socorro bem presence. Podemos ter a cer-
teza de que Ele nao nos abandona na hora
da dificuldade.
D
A fe no Servo nos mantem
firmes
A Biblia nos faz ver que nao es-
tamos desamparados. Estamos
certos de que quando estamos
enfadados a nao sabemos mais
o que fazer, podemos recorrer
a Jesus, confiando que Ele nos
socorrera.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 49

FOCO NA
ucdo ... muitas pessoas que recorreram ao Senhor
e por Ele foram tocadas, receberam
enfermidades.
3.1 . A fe no Servo realiza o impossivel.
Marcos descreve que Jesus saiu dos ter-
mos de Tiro e Sidom e foi ate o mar da
Galileia pela regiao de Decapolis. O flu-
xo da historia nos faz ver que nesta hora
algumas pessoas trouxeram-lhe um ho-
mem que era surdo e falava corn dificul-
dades, estes rogaram a Jesus que pusesse
a mao sobre ele [Mc 7.32]. Como pode-
mos ver, Jesus tira o homem do meio da
multidao, poe os dedos nos ouvidos dele
e cuspindo tocou na lingua do homem.
Nesta hora Jesus olhou para o ceu, deu
urn suspiro profundo e disse ao homem:
"Efata, isto e, abre-te" [Mc 7.34]. Como e
visto naquele instante os ouvidos do ho-
mem se abriram, a sua lingua se soltou e
ele comecou a falar sem dificuldade.
T Comentario Biblico Beacon: "Foi
assim que Jesus falou corn sinais ao ho-
mem que nao podia ouvir. Seus gestos
mostravam que corn o poder que vinha
do alto e pela palavra da sua boca Ele
iria abrir os ouvidos que estavam fecha-
dos e libertar a lingua da escravidao. O
surdo e gago deve ter lido os labios do
Senhor quando Ele the disse: Efata, is-
to e, abre-se (ou abra completamente).
Logo o aflito homem comecou a ouvir
e falar claramente (confirmando a opi-
niao de que nao era completamente
mudo, mas que falava corn dificuldade).
A promessa de Isaias 35.6 havia se cum-
prido: "E a lingua dos mudos cantara"
a cura das suss
3.2. A fe no Servo faz a diferenca. Talvez
voce me pergunte: "Mas como manter
a fe diante de tantas aflicoes?': Dai nao
ser exagero responder que sabemos
que nao e simples, contudo entende-
mos que, atraves da fe em Jesus, teste-
munharemos o agir e a providencia de
Deus em nosso viver. Para que sejamos
been compreendidos, e born que se di-
ga que quando sentirmos que estamos
enfraquecidos na fe, devemos pedir a
Jesus que nao nos deixe descuidar, que
nos sustente na direcao certa, assim
nossa fe estara sempre em ascensao e
fara corn que nao nos aflijamos diante
das dificuldades, nao se angustie diante
das incertezas. Neste sentido devemos
orar e crer que para Nosso Senhor nao
ha impossivel, porque nossa fe em Deus
fara toda a diferenca.
T Pastor Cesar Roza de Melo: "Em
Isaias 53 e profetizado que o Messias
tomaria as nossas dores e enfermida-
des e as levaria sobre si. So no evan-
gelho de Marcos encontramos o relato
de 18 milagres efetuados pelo Servo do
Senhor, promovendo a cura fisica das
pessoas. Marcos diz que Seu poder era
tanto que as pessoas arrojavam sobre
Ele para the tocarem [Mc 3.10]:'
3.3. A fe no Servo produz milagres.
Podemos dizer sem medo de errar
que nao basta apenas acreditar em
50 L14Ao 7

nosso Senhor se nao expressarmos
nossa fe nEle. Notamos que Marcos
em seu evangelho nos mostra que se
depositarmos nossa fe em Jesus
a pos-
sivel testemunharmos o milagre em
meio
as tempestades da vida. Neste
evangelho assistimos que, enquanto
o Filho de Deus esteve na terra, Ele
sempre socorria os necessitados que
eram conduzidos ate Ele. Desse mo-
do podemos dizer que a fe em Jesus
Cristo e um manancial inesgotavel de
possibilidades.
T Bispo Abner Ferreira: "O texto sa-
grado registra: "(...) pela fe, venceram..."
[Hb 11.33]. A fe que faz a diferenca
produz vitoria, pois
e uma fe cristo-
centrica [1Jo 5.4-5]. Nao significa que
o discipulo de Jesus Cristo nao passe
por momentos dificeis e trabalhosos.
Enquanto estivermos debaixo do sol,
estaremos sujeitos a privacoes, dores,
tentacoes diversas, oposiCao a outras
adversidades. Mas significa que a fe em
Cristo nao atua apenas para salvacao,
mas, tambem, para sustento e provi-
sao durante nosso viver neste mundo."
QJ EU ENSINEI QUE:
A fe que determina vitoria nao esta repousada
em meritos pessoais a no contentamento dos
prazeres humanos, ou na concretizacao de so-
nhos, todavia em Jesus Cristo, o Servo de Deus.
G'` CONCLUSAO
Como visto na licao o milagroso agir do Servo esta intimamente relacio-
nado ao exercicio de Seu ministerio porque Seus milagres sao a confirma-
cao de Sua divindade e o testemunho do cumprimento das promessas de
Deus para o Seu povo.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 51

19 rig / 2023
L14A0
TEXTO AUREO
0 Mestre por excelencia que se
fez Servo
C] ASSISTA 0 VIDEO FOCO NA L14AO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -
"E, chamando outra vez a multidao, disse-
-Ihes: 0uvi-me, vos todos, e compreendei."
Marcos 7.14
Q' Mostrar que Jesus trouxe
esperanca corn Seus ensinos.
VERDADE APLICADA
E fundamental que as verdades e os principios
dos ensinarnentos de Jesus Cristo din jam Co-
das as areas da vida dos discipulos de Cristo.
O OBJETIVOS DA LIcAO
[2' Ressaltar a grandeza dos Q" Destacar que Jesus fez use
ensinos de Jesus. de metodos pedagogicos.
` TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 1
9. E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, ten-
do ido de Nazare, da Galileia, foi batizado por
Joao, no Jordao.
10. E, logo que saiu da agua, viu os ceus
abertos e o Espirito, que, como pomba, descia
sobre ele.
11. E ouviu-se uma voz dos ceus, que dizia: Tu
es o meu Filho amado, em quern me comprazo.
12. E logo o Espirito o impeliu para o deserto.
13. E all esteve no deserto quarenta Bias, ten-
tado por Satanas. E vivia entre as feral, e os
anjos o serviam.
14. E, depois que Joao foi entregue
a prisao,
veio Jesus para a Galileia, pregando o evange-
Iho do reino de Deus.
52

6c~ LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Mc 2.2
0 Servo tinha prazer em ensinar.
TER4A Lc 2.52
0 Servo cresceu em sabedoria a grata.
QUARTA i Jo 13.13
0 Servo era tambem Mestre e Senhor.
,fJ HINOS SUGERIDOS
419, 456, 581
MOTIVO DE ORA(AO
Ore para que possamos ser sabios em todas
as nossas tomadas de decisoes.
QUINTA 1Co 1.30
O Servo e a fonte de sabedoria.
SEXTA CI 2.3
O Servo e os tesouros da sabedoria.
SABADO Tg 3.17
A sabedoria do Servo vinha do alto.
' ESBOCO DA LICAO
Introdu4ao
1.O Servo que oferecia esperanca
2.O Servo que oferecia instrucao
3. A sabedoria inquestionavel do Servo
Conclusao
INTRODucAO
Observaremos na liçao de hoje que, ao proferir Seus magistrais ensinamentos, o
Filho de Deus trouxe esperanca e renovo a muitos, mostrando ser o Mestre dos
mestres.
0 Servo que oferecia es-
peranca
Nos evangelhos podemos ob-
servar Jesus como um valoroso
Mestre. Podemos dizer que Ele
foi o major Educador
que já vjveu nesta ter-
ra. A par desta certeza
podemos observar que
o evangelho de Marcos
esta repleto de Seus
ensjnamentos, discur-
sos a parabolas. Jesus
ensinava e oferecja esperanca
atraves do Seu ensino em cada
um dos dezesseis capjtulos deste
evangelho.
PONT
PAR
O DE
TIDA
Jesus
praze
ensi
tinha
rem
nar.
1.1 0 Servo oferece um novo ensino
de esperanca. O evangelho de Marcos
e uma narrativa em que os atos a os
ditos do Servo compoem temas fun-
damentais para que os seguidores do
Filho do Homem possam
jdentifica-Lo como Mestre.
Assim, Marcos apresenta
uma abordagem motivado-
ra sobre um novo comeco
marcado por um anuncjo
alegre e esperancoso: "E,
depois que Joao foj entre-
gue a prisao, veio Jesus para a Gali-
leia, pregando o evangelho do Rejno
de Deus:' [Mc 1.14]. O texto mostra
e aponta para o reconhecimento dos
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 53

ensinamentos de Jesus sobre a procla-
macao do Reino e a chamada a uma
nova vida sob nova perspectiva.
A
Pastor Cesar Roza de Melo: "As au-
las do Mestre da vida nao estavam cir-
cunscritas ao ambiente de sala de aula.
Enquanto os rabinos da epoca educa-
vam seus discipulos nos ambientes edu-
cacionais, Jesus treinava Seus discipulos
nos mais variados lugares; extraindo
licoes preciosas por onde passava. Um
dos maiores discursos como o "Sermao
do Monte" foi dado em uma colina.
Diante de tantos mestres, como os es-
cribas, Jesus se destacava, pois ensinava
como tendo autoridade. Este e um fator
imprescindivel para o educador moder-
no, pois, para se ensinar corn autorida-
de, precisa dominar o conteudo e ser o
exemplo vivo do que ensina.
1.2.0 Servo oferece urn ensino de es-
peranca aos desesperan4ados. Acom-
panhando o itinerario do evangelho
de Marcos fica evidente que, infeliz-
mente, os lideres religiosos de Jeru-
salem praticamente nao fizeram nada
diante da situacao de miseria do povo,
ao contrario, o comportamento deles
procurava os seus proprios encantos
[Mc 7.6]. Contrariando essa maneira
de pensar, Jesus diz: "Porque o Filho
do homem tambem nao veio para
ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate por muitos:' [Mc
10.45]. Assim o evangelho de Marcos
esclarece que o Mestre veio ensinar,
solidarizar-se e libertar as pessoas
oprimidas e excluidas pelo sistema
religioso de Israel.
Ay
Podemos dizer que o ensinamento
do Servo nasce da Sua compaixao pelo
povo: "E Jesus, saindo, viu uma gran-
de multidao, e teve compaixao deles,
porque eram como ovelhas que nao
tern pastor; e comecou a ensinar-lhes
muitas coisas:' [Mc 6.34]. Essa verda-
de e sedutora, pois, assistimos que ate
hoje o Servo continuamente acolhe e
continua ensinando quem vai ao Seu
encontro sofrendo, sem esperanca ou
machucado. "E tornou a sair para o
mar, e toda a multidao is ter corn ele,
e ele os ensinava:' [Mc 2.13].
1.3. O Servo veio trazer esperan4a
aos nossos coracoes. Nos dias de Je-
sus, a dominacao romana, corn seus
altos impostos a seu controle sobre
tudo e sobre todos, fazia corn que
Israel vivesse um caldeirao de pro-
blemas: "E o rei entristeceu-se mui-
to; todavia, por causa do juramento
e dos que estavam corn ele
a mesa,
nao lha quis negar. E, enviando lo-
go o rei o executor, mandou que the
trouxessem au i a cabeca de Joao. E ele
foi e degolou-o na prisao." [Mc 6.26-
27]. Outro agravante nestes dias era a
preponderancia do sistema religioso
de Israel que tornava a vida do povo
hebreu precaria: "Em vao, porem, me
honram, ensinando doutrinas que
sao mandamentos de homens." [Mc
7.7]. Nessa desordem Jesus aparece
para ensinar e combater a hipocrisia
e trazer esperanca para corn os fra-
cos e oprimidos. Paulo em sua Carta
pastoral a Timoteo descreve o Servo
como: "esperanca nossa" [1Tm 1.1].
54 u4Ao 8

T O salmista diz que e muito feliz
aquele cuja esperanca esta no Senhor:
"Bern-aventurado aquele que tern o
Deus de Jaco por seu auxilio a cuja
esperanca esta posta no Senhor, seu
Deus:' [Si 146.5]. Diante do texto que
lemos estamos certos de que aquele
que coloca sua esperanCa no Servo
Deus - Jesus Cristo - passa a viver corn
mais vigor a esperanca, pois acredita
nas promessas do Pai [Rm 8.38-39].
EU ENSINEI QUE:
Jesus foi um Servo a Mestre infinitamente po-
pular a sabio, que ofereceu esperanca a todos,
apesar de Sua natureza simples a aspecto co-
mum.
a
0 Servo que oferecia ins-
trucao
Optamos por incluir em nosso
estudo os ensinamentos de Cristo,
segundo o evangelho de Marcos,
de modo a apresentar Sua sabedo-
ria em Seus atributos estrutural,
literario a teologico. Seria preciso
nao perder de vista que a narrativa
deste evangelho deixa transbordar
o autoconhecimento, demonstra-
do por Cristo Jesus ate o momento
da Sua morte.
2.1.0 Servo possuia uma sabedoria que
veio do alto. Da sempre oportuna visita
aos dicionarios da lingua portuguesa,
podemos visualizar que a sabedoria
remete a conhecimento de algo, ser
instruido, saber, razao. Neste trajeto de
compreensao e born que se diga que a
sabedoria humana e defeituosa, porque
nos nao sabemos tudo. Já a sabedoria
de Jesus a distinta da sabedoria huma-
na. Marcos nos faz ver que Jesus foi um
homem muito sabio, porque cultivou
estes conceitos a experimentou esta
verdade: "Entraram em Cafarnaum, e,
logo no sabado, indo ele a sinagoga, ali
ensinava." [Mc 1.21]. Assistimos neste
evangelho que Jesus ofereceu respostas
e awes prudentes a todos que o con-
frontavam [Mc 12.38].
T Bispo Primaz Manoel Ferreira: "Jesus
desenvolveu um trabaiho itinerante, tor-
nando a Galileia o Seu circuito, ou seja, Je-
sus rodeava toda a Galileia desenvolvendo
o ministerio da Palavra atraves da pre-
gacao a ensino [Mt 4.23]. Mateus e bem
enfatico quanto a isso, pois ele informa
que Jesus percorria cidades e povoados
[Mt 9.35]. O Senhor Jesus ensinava, ou
seja, instruia os Seus ouvintes, expondo
acerca do Reino de Deus. As vezes, esse
ensino era em tom de conversacao e ou-
tras em discursos didaticos, etas tambem
de pregacao. O Seu auditorio era formado
de frequentadores das sinagogas a pessoas
que se reuniam em casas ou debaixo de
uma arvore nos povoados"
FOCO NA
u4Ao Jesus ensinava a oferecia esperanca atraves
do Seu ensino em cada um dos dezesseis capitulos deste
evangelho.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 55

2.2. O Servo possuia uma Sabedoria
jamais vista. Jesus implementou um
trabalho itinerante, durante o Seu
ministerio terreno. Podemos en-
xergar que a missao de Jesus era o
anuncio da Palavra de Deus, isto e,
a construcao do Reino de Deus: "E,
depois que Joao foi entregue a prisao,
veio Jesus para a Galileia, pregando o
evangelho do Reino de Deus e dizen-
do: O tempo esta cumprido, e o reino
de Deus esta proximo. Arrependei-
-vos e crede no evangelho." [Mc 1.14-
15]. No texto vemos que Jesus per-
corria toda a Galileia desenvolvendo
o ministerio da Palavra atraves da
pregacao a ensino. Marcos relata que
o Servo ensinava, ou seja, instruia os
Seus ouvintes, expondo que Ele veio
para chamar os pecadores a nao os
justos [Mc 2.17].
T Bispo Primaz Manoel Ferreira: "O
Senhor Jesus Cristo tinha um senso
de urgencia muito grande em relacao
as almas. Por isso Ele "percorria'; que,
no grego, significa "periegen" e, tam-
bem, tern o sentido dinamico de rode-
ar [Mt 4.23]"
2.3. A sabedoria do Servo preva-
lecia sobre a sabedoria dos sfibios
judeus. Jesus nao perdia tempo corn
os lideres religiosos [Mc 2.23-28].
Jesus tinha o entendimento de que
era preciso ensinar a Palavra de
Deus [Mc 1.21-22]. Como um born
Servo obediente que era Jesus com-
preendia ter um designio de Deus
[Mc 1.38]. E por isso que seguindo
a trilha deixada pelo Servo nao pO-
demos parar de ensinar a Palavra de
Deus: "E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda
criatura." [Mc 16.15].
T Olhando para os ensinos do Servo,
encontramos a verdadeira sabedoria
divina: a atraves desta sabedoria que
vein do alto que cultivamos um viver
que contribui para o born testemunho
perante o mundo e passamos a ter co-
nhecimento dos pianos de Deus para
as nossas vidas.
QJ EU ENSINEI QUE:
A sabedoria de Cristo e luz para as que a pro-
curam e e facilmente encontrada por aqueles
que a amam, e e achada por aqueles que a
buscam.
fl
A sabedoria inquestiona-
vel do Servo
Nao temos medo em errar ao
dizer que todos quantos dese-
jam exercer um ministerio corn
excelencia devem olhar para o
Servo, o Mestre dos mestres.
Vemos no evangelho de Marcos
que Jesus corn Sua pedagogia
unica fazia corn que todos ficas-
sem admirados e o coracao deles
transbordasse de amor corn tom
de ternura em Sua voz a uma cer-
teza de que Suas palavras eram
inquestionaveis.
3.1. O Servo ensinou como receber
o Reino de Deus. O evangelho de
Marcos em sua composicao deixa
transparecer em suas paginas que
qualquer um que ouvisse os ensinos
56 u4Ao 8

Q
FOCO NA
LIcA0 ... a born que se diga que a sabedoria
humana a defeituosa, porque nos nao sabemos tudo. Já
a sabedoria de Jesus a distinta da sabedoria humana.
de Jesus is embora corn a impres-
sao de ter ouvido uma palavra do
proprio Deus. Marcos relata que em
um de Seus ensinos Jesus querendo
nos ensinar como receber o Reino de
Deus, Ele usa um exemplo de uma
crianca como modelo de submissao,
por uma crianca ser graciosa a de-
pendente do seu pai [Mc 10.13-16].
Para Jesus
a assim que devemos ser,
dependentes e humildes como uma
crianca, reconhecendo diariamente
que necessitamos da sabedoria do
nosso Pai Celestial.
1' Warren Wiersbe: "Jesus ficou in-
dignado e repreendeu os discipulos
publicamente por impedirem o aces-
so a Ele. Em seguida anunciou que as
criancas eram melhores exemplos do
reino do que os adultos, mas Jesus dis-
se aos adultos para se espelharem no
comportamento das criancas! De que
forma uma crianca serve de exemplo?
Pela maneira humilde de depender
dos outros, por sua receptividade, pela
aceitacao de si mesma e de sua situa-
cao na vida. E evidente que Jesus fala-
va de uma crianca pura, nao de uma
crianca que estivesse tentando agir
como adulto."
3.2. 0 Servo ensinou como servir.
Nao e dificil perceber que o ensi-
namento de Jesus era pratico e cha-
mava as pessoas
a acao. Por estes
ensinamentos objetivos, Jesus foi
chamado abundantemente de Rabi
e Senhor, evidenciando que o povo
o respeitava como Mestre. Em um
de Seus ensinos, Ele nos convoca a
sermos servos, assim como Ele foi:
"E ele, assentando-se, chamou os
doze a disse-lhes: Se alguem quiser
ser o primeiro, sera o derradeiro
de todos e o servo de todos." [Mc
9.35]. O gesto de lavar os pes dos
Seus discipulos mostrou como Ele
nao veio para essa vida para bus-
car gloria para si: "Levantou-se da
ceia, tirou os vestidos e, toman-
do uma toalha, cingiu-se. Depois,
deitou agua em uma bacia e come-
Cou a lavar os pes aos discipulos e
a enxugar-lhos corn a toalha corn
que estava cingido." [Jo 13.4-5].
Podemos dizer que como um born
Servo Jesus seguiu o caminho da
humilhacao, da rejeicao a serviu a
todos que foram ate Ele.
* Biblia de Estudo Holman: "Assen-
tando-se era a postura assumida por
um mestre [Mc 4.1-2; Mt 5.1]. O en-
sino de Jesus inverteu o pensamento
humano. Em seu sistema de valores,
ser primeiro nao vem por meio de
agressividade e privilegio, mas por
humildade [Mt 18.4] e por ser servo
de todos"
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 57

3.3. 0 Servo ensinou a ofertar. Te-
mos de nos situar que os textos
biblicos que tratam a respeito das
ofertas e dIzimos estao atrelados
corn justica, misericordia e fe. Como
nos mostra o texto, o Servo como
um born observador nota o ato de
uma pobre viuva ter ofertado tudo
o que tinha: "Vindo, porm, uma
pobre viuva, deitou duas pequenas
moedas, que valiam um quadran-
te." [Mc 12.42]. Como de costume
o Servo aproveita esta acao da viuva
pobre para ensinar uma licao valio-
sa a todos nos. Ele nos ensina a nao
sermos seduzidos pelos bens mate-
riais. Podemos reparar que aquela
pobre viuva ofertou tudo que ela
tinha, duas pequenas moedas. Ao
passo que os outros doaram o que
lhes sobejava.
A Indicando modelos a serem segui-
dos, Jesus atraves desse ensinamento
nos faz aprender que a doacao tern que
representar, genuinamente, o desejo do
nosso coracao.
EU ENSINEI QUE:
Precisamos aprender corn os ensina-
mentos de Jesus. Afinal, os Seus pre-
ceitos sao para termos uma vida moral
apropriada a como fazer para alcancar o
Reino dos ceus.
© CONCLUSAO
Ensinar era algo que estava no coracao do Servo. Para conduzir nossa tese,
podemos ver entre os evangelhos que a major parte do Seu ministerio foi
ocupada pelo ensino. Neste trajeto nosso Senhor Jesus ofereceu tamanha
nobreza ao ministerjo do ensino como ninguem jamais havia feito.
58 LICdo 8

26 r•Ev / 2023
0 Servo revels o Pai e
o perfeito piano divino
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TEXTO AUREO
"E ele Ihes disse: Mas vos, quem dizeis que
eu sou? E, respondendo Pedro, the disse:
Tu es o Cristo." Marcos 8.29
VERDADE APLICADA
a
Os que estao em Cristo desfrutam de um relacio-
namento intimo corn Deus e do conhecimento
de Seu piano e proposito.
O OBJETIVOS DA L14AO
Mostrar a importancia de l' Falar sobre o piano de Deus 1 Explicar que Jesus Cristo e
conhecer sobre Jesus. revelado por meio de Jesus. o rnisterio revelado.
t~} TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 8
27. E saiu Jesus e os seus discipulos para
as aldeias de Cesareia de Filipe; e, no cami-
nho, perguntou aos seus discipulos, dizendo:
Quern dizem os homens que eu sou?
28. E eles responderarn: Joao Batista; e ou-
tros, Elias; mas outros, um dos profetas.
29. E ele Ihes disse: Mas vos, quern dizeis
que eu sou? E, respondendo Pedro, the disse:
Tu es o Cristo.
30. E admoestou-os, para que a ninguern
dissessem aquilo dele.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 59

SEGUNDA 1z 16.18
Devemos ter cuidado ao contar segredos.
TER4A Pv 11.13
A pessoa de confianca guarda segredo.
QUARTA Pv 20.19
Quern fala demais nao sabe guardar segredo.
j.i HINOS SUGERIDOS
77, 88, 99
k MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que aprofundemos cada vez mais
nosso relacionamento corn Deus.
QUINTA I Pv 25.9
Se alguem the confiou um segredo, nao revele.
SEXTA I Am 3.7
Deus revela os Seus segredos aos Seus servos.
SABADO I Fp 4.12
O segredo de viver feliz.
ESBOco DA LICAO
Introducao
1. A importancia de conhecer sobre Jesus
2.O piano de Deus revelado por intermedio
de Seu Servo
3. Jesus Cristo: o misterio revelado
Conclusao
INTRODUcAO
Veremos nesta licao que o evangeiho de Marcos descreve a identidade do Servo
enviado, Sua missao em revelar o piano divino e salvar o povo dos pecados e a
bencao de desfrutar de um intimo relacionamento com Deus por intermedio
de Jesus Cristo.
D
A importancia de conhecer
sobre Jesus
Diante da pergunta de Jesus quan-
do caminhavam para as aldeias
de Cesareia de Filipe a
respeito do que diziam
sobre a pessoa dEle: "(...)
Quem dizem os homens
que eu sou?" [Mc 8.27],
nesta hora os discipulos
descrevem opinioes que
as pessoas tinham sobre
Jesus, relacionando-O corn Joao
Batista, Elias ou um dos profetas
conhecidos [Mc 8.28]. Diante da
PONT
PAR
0 DE
TIDA
Crist
miste
Deus re
o: o
node
velado.
resposta, o Servo faz uma nova in-
terrogacao e, entao, Pedro faz a sua
confissao de fe: "(...) Tu es o Cristo"
[Mc 8.29].
1.1. A verdade que precisa
ser conhecida por todos.
Faz se imperioso conhe-
cer a identidade do Servo.
Cumpre ressaltar que am-
da hoje Ele e desconhecido
por muitos. Nao e dificil de
enxergar que, apesar das
muitas fontes e evidencias historicas
acerca de Jesus, muitos o renunciam
como Senhor e Deus. Se a pergunta
60 u4Ao 9

feita aos discipulos sobre quem Ele
era fosse dirigida aos homens de hoje,
encontraria uma resposta ainda mais
extensa a variada sobre quem de fato
Ele era. Partilhamos da opiniao de que
atualmente existem milhares de religi-
oes e, certamente, ha respostas sobre
a Sua Pessoa que o avaliariam de ma-
neira pejorativa. Assim, to convido a
pesquisar e buscar conhecer esse Servo
que dividiu a historia da humanidade
e permanece transformando a vida de
milhares de pessoas em todo o mundo.
T Bispo Primaz Manoel Ferreira:
"Atraves dos seculos, a humanidade
tem se dividido a proposito desta ques-
tao: "Quern e Jesus?" Por que tanto
atrito em tomb de um individuo? Por
que e que este nome, mais que qual-
quer outro nome de qualquer outro
guia religioso, suscita tanto conflito?
Por que e que quando se fala a respei-
to de Deus, ninguem se perturba, mas
basta mencionarmos o nome de Jesus
e as pessoas logo querem encerrar a
conversa? Ou entao se colocam na de-
fensiva. Por que
a que, em se tratando
de Jesus, a situacao difere da de outros
lideres: Por que os nomes de Buda,
Maome ou Confucio nao "agridem"
pessoas? A razao e que estes outros ho-
mens nao declararam que eram Deus, e
Jesus o fez. E este ponto que o torna tao
distinto dos outros guias religiosos:'
1.2. A verdade que
a conhecida me-
diante a fe. Tendo comparado as
ideias pedagogicas de muitos es-
tudiosos, constatamos que muitos
deles sao unanimes em dizer que
grande parte dos povos da terra, in-
dependente de religiao, tem algo a
dizer sobre a pessoa de Jesus Cristo.
Alias, nao podemos deixar de men-
cionar que sobre este Servo de Deus
ha muitos confrontos de opinioes.
Podemos dizer haver congruencias
e disparidades sobre esta maneira
de pensar. Muitos se baseiam sobre
a pessoa do Servo se valendo dos da-
dos cientificos ou historicos. Entre-
tanto, os evangelhos nos fazem ver
que somente atraves da fe consegui-
mos conhecer mais acerca de Jesus.
Um conhecimento que nao se limita
ao intelecto, mas que resulta em ex-
periencia e transformanao [Mc 5.34].
* Pastor Joabes Rodrigues do Ro-
sario: "A religiao crista e alicercada
sobre a fe, a esse alicerce baseia-se
sobre o conhecimento, e nao sobre
supersticoes, especulacoes ou algo
irreal ou ainda invencoes humanas.
A fe e uma confianca tambem ba-
seada na experiencia pessoal, bem
como no testemunho que e julgado
como confiavel, pois nao
a possivel
dispor-se a crer em algo que nao
convenca a ser a verdade. A fe cris-
ta, mesmo sendo de cunho pessoal,
nao desvinculada da doutrina bibli-
ca, pois nao se trata de sentimento
mistico ou misterioso, beirando
uma especie de ocultismo. Este tipo
de fe nao tem Lugar no seio do cris-
tianismo. Pelo contrario, e um tipo
de experiencia corn um padrao de
verdade fundamentada na Biblia,
balizando um relacionamento pes-
soal corn Deus."
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 61

1.3. E preciso conhecer a crescer no
conhecimento sobre Jesus. E possivel
afirmar, a partir dos relatos nos evan-
gelhos, que muitos conheceram Jesus
de maneira superficial, pois nao qui-
seram se comprometer ou passar a vi-
ver segundo Seus ensinamentos. Digo
isso porque temos visto que ha crentes
que conheceram o Filho de Deus de
perto, ate mesmo de forma intima, e
ainda assim nao conheceram a Sua
verdadeira identidade. Marcos nos
mostra que um exemplo claro disto e
Judas Iscariotes, que apos passar anos
andando corn o Servo, ainda assim o
traiu [Mc 14.43-45].
A
Para uma definicao mais plena, pO-
demos dizer que, se quisermos conhe-
cer a Deus, devemos conhecer o Seu
Servo. Segundo o apostoio Paulo, Ele
e a expressao da natureza e do carater
de Deus [Cl 1.15]. Quando falamos
sobre "conhecer" a Jesus, estamos nos
referindo a ter um relacionamento inti-
mo corn Ele. Situemo-nos que quando
dissemos isso sobre Jesus, pode parecer
impossivel, mas nao e. O profeta Oseias
diz: "Conhecamos, a prossigamos em
conhecer o Senhor (...)" [Os 6.3].
ED EU ENSINEI QUE:
preciso conhecer a crescer no conhecimento
sobre Jesus Cristo.
Q
FOCO NA
UcAO
D
o piano de Deus revela-
do por intermedio de Seu
Servo
O evangelho de Marcos inicia-se
corn o testemunho de Deus, o Pai,
sobre o Seu Servo: "E ouviu-se
uma voz dos ceus, que dizia: Tu
es o meu Filho amado, em quern
me comprazo" [Mc 1.11]. Assim
entendemos que o piano de Deus
e fazer corn que os Seus filhos pos-
sam conhecer que Jesus Cristo e o
Enviado de Deus para salvar o po-
vo dos seus pecados [Mc 2.10-111.
2.1.0 Servo revela o Pai a Sua vontade.
Os pianos do Senhor sao belos e fas-
cinantes. O salmista diz que o Senhor
se alegra em revelar os Seus segredos
aos que o temem [Sl 25.14]. No An-
tigo Testamento homens como Noe,
Abraao, Jaco, Jose, Moises, Josue, Da-
vi, Daniel, entre outros, por temerem
a Deus tiveram o privilegio de conhe-
cer parte destes segredos. Já no Novo
Testamento esse segredo e mostrado
de maneira ainda mais vasta, quando
comecamos a ler sobre o piano de Deus
na pessoa do Seu Filho. Como encon-
tramos no Dicionario Strong sobre o
termo "segredo": "Deus estabelece um
relacionamento proximo, intimo, corn
aqueles que o reverenciam e andam
retamente". Assim encontramos nos
evangelhos, em relaCao aqueles que se
Faz se imperioso conhecer a identidade do
Servo. Cumpre ressaltar que ainda hoje Ele
a desconhecido
por muitos.
62 u4Ao 9

tornam discjpulos de Cristo e, conse-
quentemente, desfrutam da bencao de
conhecer mais claramente as verdades
do Reino de Deus.
A Pastor Cesar Roza de Melo: "E
interessante observar o quanto a
Biblia e coerente a harmoniosa no
Antigo e Novo Testamento. Nos tex-
tos messianicos de Isaias lemos os
relatos de como seria o ministerio
do Servo ungido, e em Marcos ve-
mos o cumprimento das profecias
acerca de Cristo, no que tange ao
ministerio de servo."
2.2. As awes do Servo suscitaram
questionamentos. Marcos relata no
injcio do seu evangelho um dos mi-
lagres realizados por Jesus em Ca-
farnaum, quando Ele surgiu em uma
sinagoga ensinando. Ele libertou um
homem que tinha um espirito imun-
do [Mc 1.25-26]. Carregado de cer-
teza, Marcos relata que a partir deste
milagre todos buscavam expressar o
espanto e questionamentos sobre as
awes e ensinamentos de Jesus: Que
poder era aquele? Quem era Ele? Que
nova doutrina era aquela? De onde
vem a Sua autoridade que ate os espj-
ritos imundos o obedecem? E assim
a fama do Servo logo correu por to-
da a Galileia e todos queriam saber
os segredos deste homem [Mc 1.28].
A Bispo Primaz Manoel Ferreira:
"Note, porem, que as pessoas do ex-
tremo norte de Israel e tambem dos
termos da Siria traziam os seus en-
fermos para serem curados [Mt 4.24].
Nao apenas grupos de pessoas jam e
vinham a Jesus, mas o acompanha-
vam grandes multidoes originadas de
varios lugares: Gal ileia, Decapolis, Je-
rusalem, Judeia e lugares de alem do
Jordao. A fama de Jesus atravessou nao
so os lugares de origem, mas tambem
milenios!"
2.3. Marcos revela que o Servo
e
o Filho de Deus. Se estudado corn
mais vagar o evangelho de Marcos,
em sua composicao e mensagem,
poderemos perceber que somos
municiados de informacoes para
uma elaboracao de uma Cristolo-
gia a partir deste evangelho. Digo
isso porque podemos visual izar em
Marcos sete ocorrencias do termo
"Filho" que expoem o segredo de
ser Ele o Filho de Deus: "Filho de
Deus" [Mc 1.1]; "Filho amado" [Mc
1.1 1 ]; "Filho de Deus" [Mc 3.11];
"Filho do Deus Altissimo" [Mc 5.7];
"Filho amado" [Mc 9.7]; "Filho do
Deus bendito" [Mc 14.61 ]; "Filho de
Deus" [Mc 15.39].
A Pastor Cesar Roza de Melo: "O
evangelho de Marcos revela o Cris-
to como servo enviado de Deus, nao
somente para mostrar as grandezas
do Altissimo, mas tambem para
servir as pessoas, atendendo-as em
suas necessidades e dar a Sua vida
por elas."
Q] EU ENSINEI QUE:
0 piano de Deus
a fazer corn que os Seus filhos
possarn conhecer que Jesus Cristo
e o Enviado
de Deus para salvar o povo dos seus pecados.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 63

FOCO NA
uçAo Assim entendemos que o piano de Deus
a fazer
corn que os Seus filhos possam conhecer que Jesus Cristo
e
o Enviado de Deus para salvar o povo dos seus pecados...
Jesus Cristo: o misterio re-
velado
Importa-nos reiterar que a verda-
de secreta do Pai que havia sido
manifestada no passado pelos pro-
fetas foi revelada nos evangelhos
em Cristo. Vemos nas Escrituras
que, por ordem do Deus Eterno,
este segredo se tornou conhecido
em todas as nacoes, para que todos
creiam e obedecam.
3.1 . Joao Batista testemunhou que
Jesus era o Servo prometido. E
oportuno dizer que Joao aparece no
deserto clamando arrependimen-
to a todos os que se propunham a
ouvi-lo. Podemos ver no evangelho
de Marcos que ele aproveitava para
pregar administrando o batismo do
arrependimento para a remissao dos
pecados [Mc 1.4]. Por sua entrega ao
Senhor, muitos se mostravam gran-
demente preocupados pensando que
ele fosse o Cristo [Lc 3.15]. Podemos
ler que, em resposta a essa duvida,
Joao respondeu sem subterfugios
nao ser o Cristo e que esse viria
posteriormente a ele, sendo mais
forte, do qual ele nao era digno de,
abaixando-se, desatar a correia das
suas sandalias. Joao dizia que ele ba-
tizava corn agua, entretanto aquele
que viria apos ele, os batizaria corn
o Espirito Santo [Mc 1.7-8].
T Biblia de Estudo Pentecostal: "Joao
Batista foi o primeiro a pregar as boas-
-novas a respeito de Jesus; sua prega-
cao
e condensada por Marcos em um
unico tema: a proclamacao de Jesus
Cristo que viria, a fim de batizar seus
seguidores no Espirito Santo. Todos
aqueles que aceitarem Cristo como
Senhor e Salvador devem proclamar
que Jesus continua sendo o que batiza
no Espirito Santo:'
3.2. Satanas conhecia a identidade
divina do Servo. Podemos assistir no
evangelho de Marcos que no aconteci-
mento da tentacao no deserto, Satanas
reconhece ser Jesus o Filho de Deus ao
dizer: "(...) Se to
es o Filho de Deus,
manda que estas pedras se tornem em
paes" [Mt 4.3]. E pouco depois: "(...) Se
to es o Filho de Deus, lanca-te daqui
abaixo; porque esta escrito (...)" [Mt
4.6]. Cabe lembrar que em outras pas-
sagens da Biblia, Satanas faz, pela boca
dos possessos, afirmacoes categoricas
sobre Jesus ser o Filho de Deus: "(...)
Bern sei quem
es: o Santo de Deus [Mc
1.24]; "(...) Tu
es o Filho de Deus!" [Mc
3.11]; "(...) Jesus, Filho do Deus Altis-
simo (...)" [Mc 5.7].
T Podemos ler que a tentacao de
Cristo no deserto da Judeia ocorreu
posteriormente a Seu batismo por Joao
Batista, como
e descrito no Evangelho
64 u4Ao 9

de Marcos [Mc 1.9-13]. Marcos segue
narrando que foi apos sua tentacao no
deserto que Jesus deu inicio a Sua vida
publica [Mc 1.14]. E inevitavel identi-
ficar que os evangelhos sinoticos des-
crevem a tentacao de Jesus, contudo
Marcos, diferentemente de Mateus e
Lucas, faz um descritivo resumo.
3.3.0 Servo revelou os Seus sofrimen-
tos.
Apos Pedro fazer a sua confissao
de fe [Mc 8.29], Jesus admoesta Seus
discipulos que a ninguem dissessem
que Ele era o Cristo [Mc 8.30]. En-
tao, o Servo comecou a lhes ensinar
abertamente que o Filho do Homem
haveria de padecer, que seria rejeitado
pelos ancioes, principes dos sacerdo-
tes a pelos escribas, e que seria morto,
mas que, depois de tres dial, ressusci-
taria [Mc 8.31].
T Bispo Primaz Manoel Ferreira:
"Jesus Cristo veio submisso, como um
servo exemplar, manso como um cor-
deiro, capaz de inspirar os coracoes a
servirem a Deus. Ele nao veio para ser
servido, mas para servir e dar a Sua vi-
da em resgate de muitos [Mt 20.28]."
m EU ENSINEI QUE:
Por um desejo inteiramente livre, o Servo reve-
lou-se a deu-se a conhecer ao homem. Vimos
que por amor aos Seus filhos expos o misterio
que, desde a eternidade, estava estabelecido
nEle, em favor de todos os homens.
G CONCLUSAO
Pelo que estudamos, claro fica a relevancia de, como discipulos de Cristo,
nao desprezarmos o que Deus nos revela por intermedio de Jesus Cristo,
mas procurarmos atender ao Seu chamado para vivenciarmos um relacio-
namento corn Ele, crescermos no conhecimento acerca do Servo e anun-
ciarmos a todos os povos o perfeito piano divino de salvacao.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 65

A manifestaçao pUblica do
Servo em Jerusalem
Q ASSISTA 0 VIDEO FOCO NA LICAO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -
"Bendito o reino do nosso pai Davi, que vem
em nome do Senhor! Hosana nas alturas!"
Marcos 11.10
Q TEXTO AUREO VERDADE APLICADA
Como Nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos
estar alertas para nao nos desviarmos do
piano de Deus para nossa vida.
O OBJETIVOS DA L14A0
El' Destacar que a Casa do l' Ressaltar o zelo que o Ser- Q' Mostrar que o Servo a Rei
Senhor a lugar de oracao. vo tinha pela Casa do Senhor. e o Messias.
c~ TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 11
1. E, logo que se aproximaram de Jerusalem,
de Betfage a de Betania, junto ao monte das
Oliveiras, enviou dois dos seus discipulos.
2. E disse-Ihes: Ide a aldeia que esta defronte
de vos; e, logo que all entrardes, encontrareis
preso um jumentinho, sobre o qual ainda nao
montou homem algum; soltai-o a trazei-mo.
4. E foram, a encontraram o jumentinho
preso fora da porta, entre Bois caminhos, e
o soltaram.
5. E alguns dos que all estavam Ihes disseram:
Que fazeis, soltando o jumentinho?
6. Eles, porem, disseram-Ihes como Jesus Ihes
tinha mandado; a deixaram-nos ir.
7. E levaram o jumentinho a Jesus a lanca-
ram sobre ele os seus vestidos, a assentou-
-se sobre ele.
66

iG LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA 5127.4
0 templo e o lugar onde encontramos Deus.
TERRA 51122.1
Devemos nos alegrar em it ao templo.
QUARTA I Ez 43.5
A gloria do Senhor estava sobre o templo.
HINOS SUGERIDOS
522, 525, 547
k MOTIVO DE ORAcAO
Oremos para que possamos reconhecer a
verdadeira importancia da Casa de Deus.
QUINTA Lc 2.27
0 menino Jesus foi apresentado no templo.
SEXTA Lc 24.53
0 templo e lugar de louvar a bendizer a Deus.
SABADO Jo 2.16
0 templo nao a lugar de negociar a fe.
Gd ESB040 DA L14A0
Introdu4ao
1. Um evento que entraria para a historia
2. E chegado o grande momento
3.0 zelo do Servo pelo templo
Condusao
INTRODUcAO
Veremos nesta licao que Nosso Senhor Jesus Cristo, mesmo sabendo do so-
frimento que O esperava, nao deixou de it a Jerusalem. E, la chegando, conti-
nuou a proclamar Sua mensagem de instrucao, confronto, alerta a juizo, mes-
mo estando em Seus ultimos dias antes da crucificacao.
0
Um evento que entraria
para a historia
A entrada triunfal do Filho de Deus
em Jerusalem
a uma das poucas
narrativas da vida dEle
que aparece em todos os
quatro relatos dos evan-
gelhos [Mt 21.1-11; Mc
11.1-11; Lc 19.29-40; Jo
12.12-19]. A par desta
informacao, entende-
mos que este momen-
to do Senhor sendo narrado nos
quatro evangelhos foi um evento
expressivo, nao so para o povo da
epoca do nosso Senhor, todavia
para os cristaos ao longo dos anos.
PONTO DE
PARTIDA
Jesus a Sua
entrada triunfal
em Jerusalem.
i . 1 . A entrada do Servo em Jerusalem
se aproxima. De acordo corn Marcos
quando o Servo de Deus se aproximou
de Jerusalem, de Betfage a de Betania,
junto ao Monte das Oliveiras,
Ele enviou dois de Seus disci-
pubs ate uma aldeia que es-
tava em frente a eles, a disse
que ao entrarem na cidade
encontrariam preso um ju-
mentinho ao qual nao havia
sido montado por ninguem
[Mc 11.2]. Jesus ordena aos discipulos
que o soltem a tragam o animal ate Ele.
Disse ainda que se alguem perguntas-
se os discipulos poderiam responder
que o Senhor precisava dele [Mc 11.3].
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 67

Nao podemos esquecer que Jesus havia
dito que em Jerusalem o Filho do Ho-
mem seria entregue aos principes dos
sacerdotes e aos escribas, e o condena-
riam
a morte, e o entregariam aos gen-
tios, e escarneceriam dEle, o acoitariam
e cuspiriam nEle, e o matariam; entre-
tanto, ao terceiro dia, Ele ressuscitaria
[Mc 10.33-34].
A Warren Wiersbe: "Jesus enviou dois
de seus discipulos a Betfage para bus-
car o jumentinho do qua! precisava pa-
ra essa ocasiao. A maioria das pessoas
considers o jumentinho uma simples
besta de carga, mas naquele tempo,
era um animal digno de ser montado
por um rei [ 1Rs 1.33]. Cristo precisava
desse animal para que pudesse cum-
prir a profecia messianica de Zacarias
9.9. Marcos nao conta esse versiculo
nem se refere a ele, pois esta escreven-
do principalmente a leitores gentios:'
1.2.0 Servo planejou a Sua entrada em
Jerusalem. Propondo fazer uma ana-
lise apurada, vemos no evangelho de
Marcos que o Filho de Deus ao se apro-
ximar de Jerusalem, ainda em Betfage,
no Monte das Oliveiras, convoca dois
de Seus discipulos para que fossem
a
aldeia e trouxesse um jumentinho que
la estava preso [Mc 11.2]. O Servo já
tinha tudo planejado em Sua mente. O
Senhor Jesus tinha plena consciencia
de que estava na terra para cumprir o
piano divino preparado desde a eter-
nidade [1Pe 1.20]. Ele bem sabia que
tinha chegado o tempo de entrar em
Jerusalem para ser entregue nas maos
dos homens [Mc 10.32-34].
Warren Wiersbe: "Jerusalem, na
epoca da Pascoa, era um lugar de gran-
de alegria para os judeus e de grande
preocupacao para os romanos. Milha-
res de judeus devotos do mundo todo
chegavam
a Cidade Santa corn o cora-
cao repleto de entusiasmo e de fervor
nacionalista. A populacao de Jerusa-
lem quase quadruplicava durante a fes-
ta, colocando os militares romanos em
alerta especial. Os romanos conviviam
corn a possibilidade de que um zelote
judeu mais impetuoso tentasse matar
algum oficial romano ou comecasse
uma rebeliao, e sempre havia a possi-
bilidade de conflitos entre diferentes
grupos religiosos. Foi nesse contexto
que o Servo de Deus chegou
a cidade,
menos de uma semana antes de sua
crucificacao fora dos muros da cidade."
1.3. Um momento especial para uma
Pessoa especial. Importante a infor-
macao no evangelho de Mateus [Mt
21.4] de que a entrada de Jesus em
Jerusalem assentado em um jumenti-
nho era para se cumprir a profecia de
Zacarias 9.9: "Alegra-te muito,
o filha
de Siao; exulta,
o filha de Jerusalem; eis
que o teu rei vira a ti, junto e Salvador,
pobre e montado sobre um jumento,
sobre um asninho, filho de jumenta':
E inevitavel identificar na Biblia que
a entrada do Servo em Jerusalem,
montado em um jumentinho, foi em
um momento muito especial para os
judeus, pois era solenizada a festa da
Pascoa: "No dia seguinte, ouvindo uma
grande multidao que viera
a festa que
Jesus vinha a Jerusalem:' [Jo 12.12].
68 LIcAo 10

Biblia de Estudo Pentecostal: "A essa
altura, no Evangelho segundo Marcos,
comecam os eventos da semana da pai-
xao de Cristo (caps. 11-15), seguidos
por sua ressurreiCao (cap.16):'
QJ EU ENSINEI QUE:
Embora visto como Rei neste momento, Jesus
já havia deixado visivel durance o Seu ministe-
rio terreno que Ele veio ao mundo nao para ser
servido, todavia para servir.
D
E chegado o grande mo-
mento
Marcos relata que apos os dois dis-
cipulos prepararem o jumentinho
para a montaria e lancarem sobre
o animal os seus vestidos, o Servo
assentou-se sobre ele e, na compa-
nhia dos doze discipulos, iniciou
a caminhada em direcao a Cidade
Santa [Mc 11.7-11].
2.1. 0 Servo entra na Cidade San-
ta. Assistimos que o Servo ingressa
em Jerusalem de maneira modesta.
Explico-me melhor: Ele nao chegou
montado num cavalo branco ou escol-
tado de diligencias reais. Jesus entrou
montado em um jumentinho como
podemos ver [Mc 11.7-11]. Contudo,
Sua entrada humilde seduziu a atencao
da multidao que vein a Jerusalem pa-
ra participar da celebracao da Pascoa.
Marcos descreve em seu evangelho que
muitas pessoas estendiam os seus ves-
tidos pelo caminho, e outros cortavam
ramos de arvores e os espalhavam pelo
caminho [Mc 11.8]. Ainda podemos
ler que tanto os que vinham a frente
como os que vinham atras comeca-
ram a gritar: Hosana! Bendito o que
vem em nome do Senhor! Bendito o
reino do nosso pai Davi, que vem em
nome do Senhor! Hosana nas alturas!
De tal modo, o Filho de Deus entrou
na cidade de Jerusalem.
T Charles Swindoll: "A entrada triun-
fal de Jesus na capital dos hebreus mar-
cou uma mudanca em Seu relaciona-
mento corn a Cidade Santa. Ele nao
mais a visitou como adorador; ele a re-
quereu como rei. Seus suditos cobriam
o caminho que ele usaria para entrar
na cidade corn ramos de palmeira e as
proprias capas, gritando "Hosana'; que
significa "Salva-nos'"'
2.2. Uma tarde que entraria para a
historia. Ao entrar aclamado em Je-
rusalem e ser reverenciado pelo povo,
Jesus adentrou ao templo. Podemos
observar que somente o evangelista
Marcos descreve que acontecimento
ocorrera ao entardecer: "E Jesus entrou
em Jerusalem, no templo, e, tendo visto
tudo em redor, como fosse já tarde, saiu
para Betania, com os doze:' [Mc 11.11].
Q
FOCO NA
uc►o A entrada triunfal do Filho de Deus em
Jerusalem
a uma das poucas narratives da vida dEle que
aparece em todos os quatro relatos dos evangelhos...
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 69

Assim, corn o dia se findando, o Servo
determinou deixar a Santa Cidade e
regressar a Betania, cdade onde habi-
tavam os irmaos Lazaro, Marta, Maria.
E au i Ele e os Seus discipulos passaram
aquela noite [Mt 21.17].
T Dicionario Biblico Wycliffe: "A al-
deia de Betania, a casa de Lazaro, Ma-
ria e Marta [Jo 11.1 ], estava situada no
lado leste do Monte das Oliveiras, cer-
ca de tres quilometros a leste de Jeru-
salem [Jo 11.8]. Jesus visitava Betania
ocasionalmente [Mt 21.17; 26.6; Mc
11.1, 11-12; Jo 11.1; 12.1] e escolheu
um local perto dali para ser o lugar da
sua ascensao [Lc 24.50]:'
2.3. As licoes de uma figueira infru-
tifera. No evangelho de Marcos, en-
contramos a narrativa de que, saindo
de Betania, Jesus teve fome, a de longe
avistou uma figueira que tinha folhas e
se dirigiu ate ela para ver se acharia al-
gum fruto. Segundo Marcos achou so-
mente folhas, porque nao era tempo de
figos [Mc 11.12-13]. Em seu evangelho
Marcos narra que diante do impasse
e ao compreender que nao havia nela
frutos, o Servo proferiu um juizo [Mc
11.14]. Posto isto, entendemos que
aquela arvore possuia assim Como os
lideres de Israel um aspecto desones-
to e suas folhas a delatavam. Podemos
fazer uma comparacao dessa figueira
com a falsa devocao da religiao judaica
e sua falsa santidade: "E os ensinava,
dizendo: Nao esta escrito: A minha ca-
sa sera chamada por todas as nacoes
casa de oracao? Mas vos a tendes feito
covil de ladroes:' [Mc 11.17].
T Warren Wiersbe: "As folhas da fi-
gueira aparecem em marco ou abril,
e a arvore comeca a dar frutos em
junho, depois em agosto e,
as vezes,
novamente em dezembro. A presenca
de folhas poderia ser uma indicacao da
existencia de frutos, mesmo que estes
ainda fossem um "recto" da estacao
anterior. E bastante significativo que,
nesse caso, Jesus nao tinha qualquer
conhecimento especial para orienta-
-lo e precisou aproximar-se da arvore
para examina-la."
QJ EU ENSINEI QUE:
0 Servo deve ser o modelo a ser seguido. Ele
gostava de estar entre seus amigos, as irmaos
Lazaro, Marta, Maria a condenou a falsa reli-
giosidade dos lideres judeus a sua falsa san-
tidade.
0
o zelo do Servo pelo tern-
pio
Pelo que podemos ver nas Santas
Escrituras, para o povo judeu, o
templo sagrado situado na Santa
Cidade possuia uma grande esti-
ma, pois representava a presenca
permanente de Deus entre Seu
povo [Mc 11.17]. Dentro deste
enfoque Jesus ensina que neste
ambiente santo tudo deveria ser
realizado corn zelo e respeito, Co-
mo lugar de oracao, ensino da Pa-
lavra e entrega a Deus.
3.1. Jesus expulsa os mercadores do
templo. Impregnado de intelectualis-
mo, o evangelista Marcos descreve que,
posteriormente
a aclamacao de Jesus
70 LIcAo 10

QFociONA Contudo, Sua entrada humilde seduziu a
atencao da multidao que veio a Jerusalem para participar
da celebracao da Pascoa.
em Sua entrada em Jerusalem, onde
foi ovacionado pelo povo, Ele entrou
no templo [Mc 11.15]. Conforme ob-
servado, Jesus comecou a afugentar os
que vendiam e compravam no templo.
Tal postura permite dizer que Ele nao
se agradou de nada que estava vendo
naquele ambiente. E mister notar que
Ele derribou as mesas dos cambistas e
as cadeiras dos que vendiam pombas.
Carregado de certezas podemos dizer
que o Servo de Deus afugentou os ne-
gociantes do templo porque estavam
fazendo da casa de Deus uma casa de
negocio, roubando os que vinham a
Jerusalem para adorar a Deus com
sinceridade de coracao [Mc 11.17]. O
Servo possuia o entendimento de que
esses lideres religiosos nao tinham re-
verencia pela casa de Seu Pai.
T Biblia de Estudo Holman: "As pesso-
as que viam de longe precisavam com-
prar animais puros e sem macula, assim
que chegassem para a Pascoa. Cambistas
trocavam moedas gregas e romanas, que
traziam imagens de idolos, por moedas
sirias sem imagem ou moedas judaicas
do templo que podiam ser usadas para
comprar itens sacrificiais ou pagar o im-
posto do templo [Ex 30.11-161"
3.2.0 cuidado pela casa do Pai. Cla-
ro esta para nos que Jesus, tendo o
entendimento de que sendo o tem-
plo a casa de Seu Pai, Ele demonstra
o cuidado de por a casa em ordem.
A beleza desta passagem nao se es-
gota, pois podemos observar que,
para o Servo, o templo precisaria
ser um lugar de adoracao onde o
povo poderia it para se santificar e
cultuar em paz. Pois, sem santidade
ninguem vera o Senhor [Hb 12.14].
No templo os lideres religiosos se
achavam superiores e queriam guiar
as demais pessoas, entretanto ao se-
rem advertidos pelo Filho de Deus
por suas condutas esses lideres co-
meCaram a procurar uma ocasiao
para mata-lo. Todavia o temiam
porque o povo admirava os Seus
ensinamentos e o Seu poder.
T Dewey M. Mulholland (Mar-
cos: introducao e comentario, Vida
Nova, 1999, p. 175): "Todas essas
atividades obstruiam o Templo de
cumprir Seus propositos. Ao ex-
pulsar os cambistas e derrubar suas
mesas, Jesus interrompe as ativida-
des religiosas. Sem os "shequeis'; a
tesouraria entraria em colapso; sem
animais, os sacrificios nao pode-
riam ser oferecidos; sem os objetos
de culto, as praticas religiosas ha-
veriam de acabar. Por essas awes,
Jesus declarou simbolicamente que
o Templo deixou de funcionar do
modo como Deus pretendia."
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 71

3.3. Um lugar que deveria ser de
intimidade corn Deus. O profeta
messianico Isaias havia profetiza-
do que a casa de Deus deveria ser
conhecida como casa de oracao:
"Tambem os levarei ao meu Santo
monte a os festejarei na minha Ca-
sa de oracao; os seus holocaustos
e os seus sacrificios serao aceitos
no meu altar, porque a minha casa
sera chamada casa de oracao para
todos os povos." [Is 56.7]. Jesus,
sendo conhecedor das Escrituras,
disse aos lideres judeus: "(...) Nao
esta escrito: A minha casa sera cha-
mada por todas as nacoes casa de
oracao? Mas vos a tendes feito covil
de ladroes." [Mc 11.17].
A Warren Wiersbe: "Os judeus con-
sideravam o templo o centro religio-
so onde eram realizados os sacrifi-
cios, mas Jesus o encarava como um
lugar de oracao. A verdadeira ora4ao
e, por si mesma, um sacrificio a Deus
[Si 141.1-2]"
OJ EU ENSINEI QUE:
0 templo de Jerusalem havia deixado de ser
casa de oracao para se tornar um espaco de
comercio a exploracao aos que iam ate o local
para adorar ao Senhor.
G CONCLUSAO
Numa narrativa consciente, Jesus formou corn clareza a ideia de que preci-
samos resgatar o verdadeiro significado do ambiente que o templo possui
para a oracao e a adoracao ao Pai Eterno.
72 LISAo 10

"Passara o ceu e a terra, mas as minhas palavras
nao passarao." Marcos 13.31
Todo cristao precisa estar vigilante, orando, per-
severando e cumprindo a missao, pois breve Je-
sus voltara.
12 LIAR / 2023
0 sermao profético: o Servo
revela o futuro
Q ASSISTA 0 VIDEO FOCO NA LIcAO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -*
TEXTO AUREO VERDADE APLICADA
O OBJETIVOS DA LI4AO
Q Mostrar que devemos per- ! Destacar que Jesus vira
severar ate o fim. buscar os escolhidos.
TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 13
3. E, assentando-se ele no monte das Oli-
veiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago,
e Joao, e Andre the perguntaram em par-
ticular:
4. Dize-nos quando serao essas coisas e que
sinal havera quando todas elas estiverem
para se cumprir.
ET Falar que antes da vinda do
Servo surgirao falsos cristos.
5. E Jesus, respondendo-Ihes, comecou a
dizer: Olhai que ninguem vos engane,
6. Porque muitos virao em meu nome, dizen-
do: Eu sou o Cristo; e enganarao a muitos.
7. E, quando ouvirdes de guerras e de ru-
mores de guerras, nao vos perturbeis, por-
que assim deve acontecer; mas ainda nao
sera o fim.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 73

6~ LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA I Mc 13.5
Cuidado para nao ser enganado.
TERRA Mc 13.6
Muitos virao dizendo ser o Cristo.
QUARTA Mc 13.10
E preciso pregar o Evangelho.
J HINOS SUGERIDOS
142, 206, 442
MOTIVO DE ORAcAO
Ore pedindo a Deus para permanecer firme
ate o fim.
QUINTA Mc 13.24
Havers sinais no ceu.
SEXTA Mc 13.26
0 Filho do Homem vira a qualquer momento.
SABADO Mc 13.31
As palavras do Senhor nao passarao.
1~-I ESBO<tO DA LIcAO
Introdu4ao
1.O Sermao Profetico do Servo
2.O Sermao Profetico continua
3. A vinda do Filho do Homem
Conclusao
INTRODUcAO
Nesta licao, abordaremos o capitulo 13 de Marcos, onde encontramos o
Sermao Profetico de Jesus. Veremos o que levou o Servo a proferir o Ser-
mao, a destruicao do Templo, a Grande Tribulacao, a imprevisibilidade da
volta de Jesus a os alertas do Senhor aos Seus discipulos.
a
0 Sermao Profetico do
Servo
Proximo ao fim de Sua missao
na terra o Servo faria Seu ultimo
discurso que ficaria no-
torio como Seu Sermao
Profetico. Evento este
que Ele narrou em uma
conversa particular corn
quatro dos seus disci-
pubs [Mc 13.3]. Nesta
conversa Jesus expos
em particularidades como seria o
fim dos tempos.
.1.0 inicio do Sermao Profetico. No
capitulo treze do evangelho de Marcos
o autor corn todo zelo narrou a fala
PONTO DE
PARTIDA
Devemos estar
em constante
vigilancia.
relevante exposta pelo proprio Servo
acerca dos dias futuros. Marcos des-
creve que, ao sairem do templo que
Herodes havia construido, um dos
Seus discipulos, impressio-
nado corn a estrutura da
edificacao, the disse: "(...)
Mestre, olha que pedras e
que edificios!" [Mc 13.11.
Jesus respondeu: "(...) Ves
estes grandes edificios? Nao
ficara pedra sobre pedra
que nao seja derribada:' [Mc 13.2].
Nesta hora o Servo inicia o Seu ser-
mao profetico, falando sobre a futura
destruicao do Templo. Esta profecia
se cumpriu em 70 d.C., quando o
74 ucAo ii

1
1
exercito romano, sob a supervisao de
Tito, destruiu a cidade e derrubou o
Templo. O historiador Flavio Josefo
relata que a destruicao do templo foi
flagelante para o povo judeu.
T Bispo Samuel Ferreira: "O sermao
registrado em Lucas 21, como tambem
em Mateus 24 e Marcos 13, e antece-
dido da afirmacao de Jesus de que o
templo seria destruido [Lc 21.6]. O
evangeiho de Mateus registra mais dois
aspectos na pergunta dos discipulos,
alem dos mencionados pelos outros
evangelhos: 1) "Quando serao essas
coisas?"; 2) "Que Sinai havera da tua
vinda?" [Mt 24.3] - enquanto Marcos
e Lucas registram: "Que sinai havera
quando isto estiver para acontecer?";
3) "(conforme Mateus 24.3) - "E do
fim do mundo?': Assim, no corpo do
sermao temos informacoes sobre a
destruicao do Templo em Jerusalem,
periodo da Grande Tribulacao e a se-
gunda vinda de Jesus."
1.2. O primeiro sinal de advertencia
descrito pelo Servo. Como podemos
observar, os discipulos se aproximam
de Jesus para entenderem quando
teria inicio a quais seriam os sinais
que aconteceriam para que eles pu-
dessem entender sobre a consuma-
cao do seculo [Mc 13.4]. Jesus, entao,
alertou os discipulos sobre a neces-
sidade de estarem alertas, para que
nao fossem enganados: "(...) Olhai
que ninguem vos engane, porque
muitos virao em meu nome, dizen-
do: Eu sou o Cristo; a enganarao a
muitos." [Mc 13.5-6].
T Bispo Samuel Ferreira: "Os tres
evangelhos registram que o Senhor ini-
cia seu sermao escatologico com uma
advertencia: Mateus 24.4 ("Acautelai-
-vos"); Marcos 13.5 ("Olhai") e Lucas
21.8 ("Vede"). Tais expressoes no gre-
go admitem algumas ideias: "conside-
rar"; "prestar atencao diante de aigo";
"citado como forma de cautela, tomar
cuidado corn"."
1.3. Conflitos entre as nacoes. Estudar
sobre o sermao profetico nao
a para re-
sultar em terror ou deixar que a mente
fique inquieta, entretanto, este tema e
para despertar-nos para as verdades de
que breve Ele regressara e que o Seu po-
vo deve aguarda-Lo, pois Ele assegurou
regressar uma segunda vez, para levar
todos os salvos para o ceu a ajuizar to-
dos os povos [Lc 21.27]. Sobre o tema
Marcos menciona a quebra da paz entre
as nacoes quando Jesus discorre a res-
peito de guerras a rumores de guerras:
"E, quando ouvirdes de guerras e de
rumores de guerras, nao vos pertur-
beis, porque assim deve acontecer; mas
ainda nao sera o fim." [Mc 13.7]. Assim
entendemos que o principio de dores
sera caracterizado por um aumento de
embates de todas as ordens.
T Warren Wiersbe: "Jesus tambem
os adverte a nao se deixarem per-
turbar pelos conflitos politicos entre
as nacoes. O imperio romano havia
desfrutado certa paz por muitos anos,
mas tal tranquilidade nao seria per-
manente. Corn declinio do imperio e
o desenvolvimento do nacionalismo, o
conflito entre as nacoes era inevitavel.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 75

A "Pax Romana" (Paz Romana - grifo
nosso) desapareceria de vez:'
m EU ENSINEI QUE:
A aten4ao na fe crista precisa ser constante.
Nao temos duvidas de que devemos permane-
cer cautelosos quanto a vinda de Cristo, sendo
criteriosos corn os mentirosos que dizem ser
o Cristo a permanecer na vigilancia contra os
falsos profetas.
D
o Sermao Profetico con-
tinua
Nosso Senhor segue em Sua nar-
rativa, descrevendo o cerco sobre
a destruicao de Jerusalem. Mar-
cos 13.14 delineia a fala de Jesus
discursando sobre a "abominacao
do assolamento'; se referindo
a
fala do profeta Daniel [Dn 9.27;
11.31; 12.11].
2.1. E necessario apressar-se. Assis-
timos o Servo em Seu ilustre sermao
profetico tratar sobre os ultimos
acontecimentos, cujas profecias esta-
vam conectadas corn a destruicao de
Jerusalem pelos romanos no ano 70
d.C. e corn o periodo do Anticristo
na Grande Tribulacao. Devido a reco-
nhecer a urgencia corn que o inimigo
se aproximava, o Servo orienta dizen-
do que aqueles que estiverem sobre o
telhado, que fujam logo a nao entrem
em casa para pegar nada [Mc 13.15]; e
quem estiver no campo, que nao volte
atras a fim de buscar os seus vestidos
[Mc 13.16]; seguindo seu discurso,
Ele chama atencao para as mulheres
gravidas e das maes corn criancinhas
recem-nascidas naqueles dias [Mc
13.17]. E ainda buscando ensinar de
maneira concisa, Jesus orienta a orar
a Deus para que isso nao aconteca no
inverno. Porque, segundo Ele, naque-
les dias havera uma aflicao tao grande
como nunca existiu desde que Deus
criou o mundo.
A Warren Wiersbe: "Jesus adverte,
especialmente, os cristaos judeus que
estiverem em Jerusalem a na Judeia:
"Fujam o mais rapido possivel': Essa
mesma advertencia valia para a inva-
sao romana de Jerusalem que se daria
no ano 70 d.C. (ver Lucas 21.20-24,
lembrando que Daniel 9.26 predisse
essa invasao). Os acontecimentos de 70
d.C. prefiguram aquilo que acontecera
na metade da tribulacao:'
2.2. A soberania de Deus. E interes-
sante observarmos no Sermao Pro-
fetico aspectos relevantes como a
soberania de Deus, Seu governo, Seu
poder para "abreviar dias": Ou seja,
tudo esta debaixo do governo divino.
Ele tern pleno poder sobre todas as
situacoes, inclusive os dias de tribu-
Q
FOCO NA
ucAo ...
Ves estes grandes edificios?
Nao
ficara pedra sobre pedra que nao seja derribada."
[Mc 13.2].
76 u4Ao ii

lacoes, juizos, calamidades. Ele nao
esquece que tern "escolhidos" Este
texto aponta para o cuidado de Deus
e Sua atencao e providencia para corn
os Seus. Este texto nos leva a meditar
no poder de Deus para intervir em
qualquer situacao. Tal constatacao
nos faz descansar, confiar e esperar
nAquele que sabe o que esta aconte-
cendo e permanece no controle das
coisas [Mc 13.231.
A Pr. Marcos Sant'Anna (Aperfeico-
amento Cristao, 2018, pp. 135-136)
comenta sobre a visao de Joao do
trono de Deus, em Apocalipse: "Sim,
Satanas luta e ameaca, mas do Seu
trono Deus emana ordens, limites e
controle sobre o inimigo e os eventos
que estavam por vir. Notemos que
todas as manifestacoes estrondosas
relatadas a partir do capitulo 6 de
Apocalipse estao no pleno controle
do que esta assentado sobre o trono,
o qual foi objeto da primeira visao de
Joao ao subir (...)". Vide alguns textos
de Apocalipse que atestam sobre esta
verdade do controle, limites e de per-
missao estabelecidos por Deus: 7.3;
11.7; 12.12; 13.7.
2.3. Acautelai-vos dos falsos profe-
tas. O Servo e o manancial de toda a
verdade [Jo 14.6]; enquanto o diabo
aniquila a vida e e o pai da menti-
ra [Jo 8.44]. Assim sendo o diabo
tern levantado falsos profetas para
desconstruir a verdade do Evange-
lho e enganar a muitos. Podemos
dizer que o ponto de partida para
essa reflexao se da ao lermos a fala
do Servo quando diz que se levan-
taria falsos cristos e falsos profetas
[Mc 13.22].
A Já no Antigo Testamento lemos que
o Senhor ja ensinava Seu povo sobre o
risco de ser ludibriado por falsos profe-
tas [Dt 13.1-4]. Dentre os seus muitos
escritos, lemos de igual modo no Novo
Testamento a preocupacao de Pedro
instruindo a igreja do Senhor acerca
do surgimento dos falsos profetas no
meio do povo de Deus [2Pe 2.1-3].
QJ EU ENSINEI QUE:
Nossa salvacao depende de estarmos vigilan-
tes, para vivermos da forma que o Servo deseja
que vivamos, evitando os falsos cristos a falsos
profetas, ocupando-nos zelosamente na obra
de Deus.
D
A vinda do Filho do Ho-
mem
Ao descrever o sermao profeti-
co, Marcos afirma que a vinda do
Filho do Homem sera o apogeu
deste evento, alem de demonstrar
a urgencia de estarmos precavidos,
a fim de nao sermos surpreendi-
dos pela vinda repentina do Servo
nas nuvens.
3.1.O tempo da segunda vinda. O evan-
gelho de Marcos, dentre os seus muitos
escritos, nos apresenta no capitulo 13
uma riqueza escatologica. O versiculo
32 deste capitulo informa que o Filho de
Deus, assumindo Sua forma de Servo,
revela nao saber o tempo da Sua volta:
"Mas, daquele Dia e hora, ninguem sa-
be, nem os anjos que estao no ceu, nem
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 77

Q
FOCO NA
u4Ao ... se aproximam de Jesus para entenderem
quando teria inicio a quais seriam os sinais que aconteceriam
para que eles pudessem entender sobre a consumacao do seculo.
o Filho, senao o Pai': Para compreen-
dermos essa fala do Servo, podemos
dizer que se trata apenas do periodo em
que Ele permaneceu na terra. O evan-
gelista Joao registrou a oracao de Jesus
pedindo ao Pai que Lhe concedesse a
gloria que tinha antes de vir ao mundo
(o que aponta para a divindade de Je-
sus). Tal gloria envolve, tambem, pleno
conhecimento: "E, agora, glorifica-me
tu, o Pai, junto de ti mesmo, corn aque-
la gloria que tinha contigo antes que o
mundo existisse:' [ Jo 17.5].
Manual Biblico Unger: "Sera que
o Filho sabia o tempo de sua segunda
vinda? Quanto ao dia e a hora, nin-
guem sabe, nem os anjos do ceu, nem o
Filho, senao somente o Pai" [Mt 24.36;
Mc 13.32]. Em Marcos, o Senhor assu-
me uma atitude de completa humilha-
cao como servo, e o servo e apropria-
damente apresentado como aquele que
nao conhece os negocios do Senhor [ Jo
15.15]. Depois Jesus, na morte, desfez-
-se de sua condicao de servo, sendo
ressuscitado para a gloria, entao Ele, o
Filho glorificado, tudo sabia, receben-
do essa revelacao [Ap 1.1]:'
3.2. Precisamos estar alertas em todo
tempo. Em seu discurso apocaliptico
o Servo segue dizendo aos seus disci-
pubs: "Olhai, vigiai a orai, porque nao
sabeis quando chegara o tempo." [Mc
13.33]. Ainda para compreender a ne-
cessidade de estarmos atentos, Ele faz
uma comparacao sobre este momento
narrando que sera como um homem
que sai de casa a viaja para longe; mas,
antes de ir, da ordens, distribui o tra-
balho entre os empregados e manda o
porteiro ficar de vigia [Mc 13.34]. Pela
fala de Jesus percebe-se que devemos
estar preparados em todo o momen-
to, para que quando Ele retornar para
buscar a Sua Igreja nao nos encontre
adormecidos.
T Como se ve sem embargo no con-
teudo, o Servo querendo nos mostrar
sobre a necessidade da vigilancia narra
essa historia para que estejamos alertas,
pois, nao sabemos a hora que Ele vem,
se sera a tarde, ou a meia-noite, ou de
madrugada, ou de manha [Mc 13.35].
3.3 Jesus diz a todos: vigiai. O ensi-
no principal de Marcos capitulo treze
e vigiar. Podemos ler que Jesus inicia
o Seu discurso abordando o fim dos
dias falando sobre a importancia da
vigilancia: "E Jesus, respondendo-lhes,
comecou a dizer: Olhai que ninguem
vos engane:' [Mc 13.5]. Conforme ob-
servamos, o evangelista Marcos encer-
ra o capitulo fazendo use do chamado
do Servo a todos sobre a necessidade
da vigilancia: "E as coisas que vos di-
go digo-as a todos: Vigiai." [Mc 13.37].
78 ucAo ii

J
Reparem que o Servo, ao concluir Seu
discurso profetico, finaliza corn a pa-
lavra vigiai.
T Warren Wiersbe: "Vigiar significa
permanecer alerta, em sua melhor
postura, desperto. Porque ninguem
sabe quando Jesus Cristo voltara.
Quando estava aqui na Terra em
forma humana, Jesus nao sabia o dia
nem a hora de sua volta. Nem mesmo
os anjos sabem. O mundo incredu-
lo zomba de nos, pois continuamos
apegados a essa "esperanca aben-
coada'; mas Ele voltara conforme
prometeu [2Pe 3]. Cabe a cada um
permanecer fiel e ocupado, sem es-
pecular nem discutir detalhes ocul-
tos da profecia:'
QJ EU ENSINEI QUE:
Devemos estar sempre preparados, vigiando e
orando em todo tempo, pois nao sabemos o
dia e a hora da volta de Jesus. Por isso,
a im-
portante ficar atento, permanecendo firme, fiel,
crendo a perseverando ate aquele Grande Dia.
G CONCLUSAO
Que o Espirito Santo continue guiando a Igreja em toda a verdade [Jo 16.13],
para nao sermos enganados nestes ultimos dias a perseverarmos em oracao,
vigilancia e cumprmdo a missao que o Senhor nos entregou, enquanto aguar-
damos "a bem-aventurada esperanca e o aparecimento da gloria do grande
Deus a nosso Senhor Jesus Cristo" [Tt 2.13].
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 79

19 MAR / 2023
0 sofrimento do Servo, Sua morte
e ressurreiçao
0 ASSISTA O VIDEO FOCO NA UcAO DESTA AULA ATRAVES DO QR CODE -)
TEXTO AUREO
"Porem ele disse-Ihes: Nao vos assusteis; bus-
cais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado;
já ressuscitou, nao esta aqui; eis aqui o lugar
onde o puseram." Marcos 16.6
VERDADE APLICADA
Ao ser preso, passar pelo sofrimento, morrer
na cruz e ressuscitar ao terceiro dia, o Ser-
vo estava cumprindo o glorioso e perfeito
piano de Deus.
O OBJETIVOS DA LIcAO
Q' Mostrar que Judas foi um Q' Pontuar as aflicoes sofri- D Evidenciar a importancia
discipulo desonesto. das pelo nosso Senhor, da ressurreicao de Jesus.
TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 15
43. Chegou Jose de Arimateia, senador
honrado, que tambem esperava o reino de
Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu
o corpo de Jesus.
44. E Pilatos se maravilhou de que já es-
tivesse morto. E, chamando o centuriao,
perguntou-Ihe se
ja havia muito que tinha
morrido.
45. E, tendo-se certificado pelo centuriao,
deu o corpo a Jose,
46. 0 qual comprara um lencol fino, e,
tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o
depositou num sepulcro lavrado numa
rocha, e revolveu uma pedra para a porta
do sepulcro.
47. E Maria Madalena e Maria, mae de Jo-
se, observavam onde o punham.
80

[~ LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Mc 14.56
Testemunharam falsamente acerca do Servo.
TERCA Mc 14.72
Pedro nega ser amigo do Servo.
QUARTA Mc 15.20
Zombaram do Servo na hora da crucificacao.
J
HINOS SUGERIDOS
282, 291, 465
MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que nunca esquecamos o proposito
da ressurreicao de Jesus.
QUINTA Mc 15.28
0 Servo e colocado entre os malfeitores.
SEXTA Mc 16.2
Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana.
SABADO Mc 16.9
0 Servo aparece a Maria Madalena.
[Jd ESB040 DA LIcAO
Introdu4ao
1.0 sofrimento do Servo
2.0 Servo esta prestes a ser ferido
3. A crucificacao a ressurreicao do Servo
Conclusao
c1 INTRODUcAO
O evangelho de Marcos tambem registra Jesus passando zombaria, escarnio,
acoites, aflicao, sendo morto na cruz a ressuscitando ao terceiro dia. Porem,
tais situacoes nao foram acidentais ou surpresa, pois o proprio Servo já tinha
revelado aos Seus discipulos [Mc 8.31; 10.33-34]. Estava cumprindo o perfei-
to piano divino.
0 sofrimento do Servo
A leitura do evangelho de Marcos
14.1-2 deixa transparecer a trama
dos principais dos sacerdotes e os
escribas que buscavam
ocasiao para ver como
prenderiam corn enga-
no a matariam Jesus em
segredo.
1.1.A un4ao do Servo Pa-
ra a sepultura. Marcos nos
mostra a devocao de uma mulher de
Betania que estava presente na casa de
Simao, o leproso, na mesma oportuni-
PONTO DE
PARTIDA
O Servo sofreu
em nosso lugar.
dade que o Servo. Esta mulher trazia
um vaso de alabastro, corn unguento
de nardo puro, de muito valor. Sem
se importar corn preco, esta mulher
quebrou o vaso e derramou
sobre a cabeca do Filho de
Deus. Contudo, esse gesto
irritou os presentes gran-
demente: "E alguns houve
que em si mesmos se indig-
naram e disseram: Para que
se fez este desperdicio de unguento?"
[Mc 14.4]. Em seu discurso alegavam
que o perfume derramado era um des-
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 81

perdicio, pois possuia um alto valor e
poderia ser vendido para dar aos po-
bres. Esse pensamento era um equivo-
co por parte de todos os presentes, pois
eles nao conseguiam compreender que
aquela mulher, consciente ou nao, es-
tava ungindo previamente o corpo do
Servo para o Seu sepultamento que es-
tava se aproximando [Mc 14.8].
T
Comentario Biblico Beacon:
"Conscientemente ou nao, a mu-
iher havia reconhecido Jesus como o
Messias sofredor. Como aqueles que
banhavam e perfumavam seus entes
queridos antes de coloca-los na se-
pultura, a um custo inimaginavel ela
antecipou-se a ungir o corpo de Jesus
para a sepultura. Para Cristo, seu ato
falava mais claro que as palavras: `Sei
que to es o Messias, e sei tambem que
a cruz to aguarda:'
1.2.0 Servo
a traido. Judas Iscariotes e
o modelo do crente que caminha corn
o Servo, mas seu coracao esta longe dE-
le. Marcos diz que Judas foi ter corn os
principais dos sacerdotes para entregar
o Mestre, e estes, ouvindo isto, alegra-
ram-se a prometeram dar-lhe dinhei-
ro. Dispostos a ganhar as suas moedas,
entao Judas buscava como entregar o
Servo em um momento oportuno [Mc
14.10-11]. O evangelista Joao nos faz
saber que Judas tinha uma ocupacao
muito importante entre os doze disci-
pubs, sendo ele o responsavel em gerir
as financas do grupo que andava corn
Jesus [Jo 12.6]. A preocupacao exacer-
bada de Judas corn o perfume gasto por
Maria ao ungir Jesus, já demonstrava
seu apego pelo dinheiro em demasia
[Jo 12.4-5]. Nao podemos esquecer que
Joao tambem diz que ele era ladrao por
se apropriar das ofertas [ Jo 12.6] . Foi a
inclinacao ao dinheiro que fez corn que
Judas entregasse Jesus aos principais
dos sacerdotes.
r
Charles Swindoll: "O pecado se-
creto transforma a mente e torce os
valores de uma pessoa de modo gro-
tesco. Aqueles que desviain dinheiro
raramente roubam muito a primeira
vez. Depois,
a medida que o desvio se
torna um habito - e, entao, um ritual
- eles racionalizam seu pecado corn
O objetivo de preservar algum senso
de dignidade. Enquanto isso, o ciclo
de compulsao e vergonha vai crian-
do uma separacao entre seus pensa-
mentos particulares e uma imagem
publica cuidadosamente elaborada, a
qua!
e por fim aceita como seu verda-
deiro eu:'
.'. 0 corpo do Servo esta prestes a
ser oferecido vicariamente em favor
dos pecadores. E oportuno lembrar
que a festa da Pascoa era uma das
mais importantes para o povo judeu,
possuindo um grande valor simbolico
entre este povo. Essa festa lembrava a
libertacao do povo hebreu do cativeiro
egipcio. Foi na noite que antecedeu a
Sua morte, que Jesus a os Seus discipu-
los comeram a ultima Pascoa, quando
o Mestre institui a Santa Ceia, pois Ele
possuia o entendimento de que o Seu
fim estava proximo. O Filho do Ho-
mem, que se fez Servo, estaria assim
como no Egito, desprendendo o Seu
82 UcAO 12

povo nao mais de uma escravidao
humana, entretanto do cativeiro das
astucias de Satanas.
T Bispo Samuel Ferreira: "A ultima
Pascoa da vida do Senhor Jesus corn
os Seus discipulos foi a mais desejada
por Ele, por preceder o Seu sacrificio
na cruz e ganhar um sentido novo e
mais completo. De maneira que ela
se tornou mais que um ritual, pois os
seus elementos, tais como o pao e o
vinho, ganharam significados alem de
si mesmos.
QJ EU ENSINEI QUE:
Por amor ao dinheiro, Judas Iscariotes foi ter
corn os principals sacerdotes dos judeus a se
apresentou para trair o Filho de Deus, entre-
gando-o em suas maos.
0
0 Servo esta prestes a ser
ferido
Jesus, sabedor que era chegada a
Sua Nora, preocupou-se em dar
as ultimas instrucoes a conse-
lhos aos Seus discipulos. Marcos
registra a advertencia que Jesus
fez em particular a Pedro, dizen-
do que antes que o gab o cantasse
duas vezes ele o negaria tres ve-
zes [Mc 14.27-30]. Palavras estas
que nao foram muito been aceitas
por Pedro.
2L 0 Servo no Getsemani. Marcos
narra que, na noite em que seria pre-
so, Jesus orou tres vezes no Jardim
do Getsemani [Mc 14.37, 40-41]. O
evangelista relata que, no espaco entre
uma oracao e outra, o Filho de Deus
achou os Seus discipulos dormindo.
O que nos chama atencao e que isso
ocorreu enquanto o Servo angustia-
va-se em oracao profunda, rogando
ao Pai que se fosse possivel passasse
dEle este calice. Foi nesse ambiente
que Jesus fez a seguinte exortacao:
"(...) Basta, a chegada a hora. Eis que
o Filho do Homem vai ser entregue
nas maos dos pecadores." [Mc 14.41].
T Bispo Samuel Ferreira: "Jesus sen-
tiu-se angustiado diante da morte e
por isso orou ao Pai Celestial que se
possivel o livrasse daquela hora [ Lc
22.39-46]. Era necessario que Ele to-
masse daquele calice de sofrimentos.
Por esse motivo, Jesus ora mais inten-
samente, o Seu suor se transformou em
gotas de sangue e o um anjo do ceu O
confortava. Enquanto isso, Seus disci-
pubs dormiam. Jesus venceu atraves
da oracao."
2.2. 0 Servo a preso. Marcos pronun-
cia que, enquanto o Servo ainda falava,
veio Judas Iscariotes, que era um dos
doze discipulos, ao Getsemani, acom-
panhado dos principais sacerdotes,
FOCO NA
ucAO ...Marcos 14.1-2 deixa transparecer a trama dos
principais dos sacerdotes a os escribas que buscavam ocasiao para
ver como prenderiam corn engano a matariam Jesus em segredo.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 83

dos escribas e dos ancioes e corn eles
vieram uma grande multidao corn es-
padas e varapaus. Judas acertou corn
a lideranca judaica que aquele que ele
beijasse esse seria o Cristo. Ao se apro-
ximar do Servo, disse: Rabi, Rabi e sau-
dou-o corn um beijo no rosto, sendo
o Mestre preso nesta hora [Mc 14.45-
46]. Aquelas pessoas foram prende-
-lo como se Ele fosse um delinquente
[Mc 14.48]. Entretanto, a verdadeira
identidade do Filho de Deus estava
muito proxima de ser conhecida por
todos aqueles que o haviam prendido
injustamente.
T Bispo Samuel Ferreira: "O momen-
to da prisao ocorreu ainda de madru-
gada, enquanto Jesus advertia os dis-
cipulos quanto
a oracao [Lc 22.47-53].
Judas conduziu a guarda do templo, os
anciaos e os principais dos sacerdotes
ate o lugar em que Jesus estava [Lc
22.52; Jo 18.3]. O sinal combinado para
a indicacao de que a pessoa a ser presa
era Jesus foi a saudacao corn osculo, e
assim Judas Iscariotes fez:'
2.3. O julgamento a condena4ao do
Servo. As circunstancias do julga-
mento de Jesus mostram o que ha de
mais perverso no coracao do homem.
Marcos narra que os principais entre
os judeus o levaram
a casa do sumo
sacerdote, buscaram algum testemu-
nho contra Ele, para mata-lo, a nao
acharam [Mc 14.55]. Estava tudo ar-
mado naquele julgamento para que
sua condenacao acontecesse. Ao ser
interrogado pelo sumo sacerdote e
revelar a Sua identidade como Filho
de Deus [Mc 14.62], o sumo sacerdote
considera tal declaracao do Servo uma
blasfemia e todos concordam que Ele
deve morrer [Mc 14.63-65].
A Bispo Samuel Ferreira: "Jesus foi
submetido a tres julgamentos: o do
Sinedrio, o de Pilatos e o de Herodes.
Em nenhum deles, Jesus foi julgado
corretamente, tendo em vista a Sua
inocencia e a ausencia de provas. Con-
tudo, era designio de Deus que assim
acontecesse, para o cumprimento das
Escrituras"
m EU ENSINEI QUE:
Todas as situacoes vivenciadas por Jesus nao
foram acidentais ou surpresa, pois o proprio
Servo já tinha revelado aos Seus discipulos. Es-
tava cumprindo o perfeito piano divino.
D
A crucificacao a ressurrei-
cao do Servo
Quando os principais dos judeus
acusaram o Servo de dizer ser o Rei
dos judeus, o levaram ate Pilatos para
que este o condenasse a morte. Apos
Pilatos interrogar Jesus a nao achar
nEle nenhuma culpa e, sendo costu-
me no dia da festa soltar um preso,
Pilatos deu a escolher ao povo entre a
morte de Jesus e a libertacao de Bar-
rabas, preso corn outros amotinado-
res, que tinha num motim cometido
uma morte [Mc 15.7]. Que triste ao
ler Marcos narrar que o povo esco-
lheu Barrabas [Mc 15.11]. Pilatos,
querendo agradar a multidao, soltou
Barrabas e entregou Jesus para ser
crucificado [Mc 15.15].
84 u4Ao 12

Q
FOCO NA
L14A0 Jesus, sabedor que era chegada a Sua hors,
preocupou-se em dar as ultimas instrucoes a conselhos
aos Seus discipulos.
3.1. A crucificacao do Servo. Para
nos fazer compreender o caminho
tracado por Jesus antes da crucifi-
cacao, Marcos narra que a prepa-
racao para o ato foi um momento
de aflicao e amargura, onde Cristo
teve que enfrentar a chacota e a de-
sonra [Mc 15.17]. Nesta ordem de
ideias lemos que apos a condenacao
a morte por Pilatos [Mc 15.15], os
soldados romanos usaram de awes
impiedosas [Mc 15.19]. Diante de
tanta crueldade o Servo ficou mui-
to combalido, sendo Simao, o cire-
neu, obrigado a ajuda-lo a carregar
a cruz [Mc 15.21]. Ao chegar ao Seu
destino e ser exposto no madeiro o
Servo dando um grande brado, ex-
pirou [Mc 15.37].
T Charles Swindoll: "Deus amou o
mundo de tal maneira que deu seu
unico Filho para que todo aquele
que acredita nele nao sofra a mor-
te eterna, mas tenha a vida eterna.
Embora inocente, Jesus tomou o
lugar de todo aquele que merecia
pagar a penalidade da morte por
seus delitos."
3.2. O sepultamento do Servo. Mar-
cos narra que um senador honrado
por todos, por nome Jose de Arima-
teia, que aguardava o Reino de Deus,
se dirigiu ousadamente a Pilatos e
sera hesitar pediu o corpo do Servo
[Mc 15.43]. O evangelista Joao des-
taca que Jose de Arimateia era um
"discipulo de Jesus, mas ocultamen-
te, por medo dos judeus" [Jo 19.38].
Diante de tal pedido, a postura ado-
tada por Pilatos segundo Marcos foi
de maravilhar-se ao saber que Jesus
havia morrido [Mc 15.44]. A acei-
tacao de Pilatos em ceder o corpo
do nosso Senhor se deu apos per-
guntar ao centuriao e confirmar a
informacao. Diante da ratificacao,
Pilatos aceitou dar o corpo a Jose
[Mc 15.45]. No diagnostico alcan-
cado por Marcos, assistimos que
Jose comprou um lencol de linho,
envolveu o corpo de Jesus e depo-
sitou num sepulcro lavrado em uma
rocha. O que Jose de Arimateia nao
sabia a que o tumulo novo breve-
mente já estaria vazio.
A` Comentario Biblico Beacon: "De
forma sucinta e emocionante, Mar-
cos observa cinco aspectos no modo
como Jose servia a Jesus: ele com-
prou um lento fino, retirou o corpo
da cruz e o enrolou na mortalha de
linho, e o depositou em um sepulcro
lavrado em uma rocha (que ficava
no jardim de uma colina proxima)
e revolveu uma pesada pedra contra
a porta do sepulcro (para protege-lo
dos saqueadores:'
BETEL DOMINIGAL Revista do Professor 85

3.3. A ressurreicao do Servo. Pela
manha de domingo, mesmo preocu-
padas acerca de como removeriam a
pedra do sepulcro, as mulheres foram
ao tumulo. Marcos descreve que estas
mulheres presenciaram um jovem
sentado
a direita, vestido corn uma
roupa branca comprida e ficaram
espantadas [Mc 16.5]. Nesta hora o
anjo do Senhor disse as palavras mais
doces e belas para todo cristao: o Ser-
vo ressuscitou [Mc 16.6].
T
Marcos cita que Maria Madalena,
Maria, mae de Tiago, e Salome com-
praram aromas para ungir o corpo
do nosso Senhor. Se bem observado,
as mulheres permaneceram fieis ate
o ultimo momento ao lado do Servo
[Mc 15.40].
QJ EU ENSINEI QUE:
A metodologia, a crucificacao e a execu-
cao do Servo foram um grande conjunto
de desmoralizacoes aos direitos huma-
nos. Contudo, Ele ressuscitou, cumprindo
a Sua promessa de que iris se reencontrar
corn o Pai.
G CONCLUSAO
O nosso Senhor Jesus Cristo venceu a morte! Ele esta vivo! Conforme nos
afirma a Sua Palavra, Ele ressuscitou a cumprira a Sua promessa e voltara
para nos buscar.
86 Li4Ao 12

2( JFAR / 2023
LAO
13
0 Servo ordena a pregação do
Evangeiho
Y
i
~? ASSISTA O VIDEO FOCO NA UGAO DESTA AULA AIRAVfS DO QR CODE -)
TEXTO AUREO
"E disse-Ihes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura." Marcos 16.15
VERDADE APLICADA
0 evangelho de Marcos inicia apresen-
tando Jesus e Sua missao a finaliza corn
a missao dada aos Seus discipulos.
O OBJETIVOS DA LIcAO
Explicar que a ordern do I Mostrar a importancia da E1' Falar que a Grande Comis-
"Ide" continua irreversivel. pregacao do Evangelho. sao anuncia o amor de Deus.
~'~ TEXTOS DE REFERENCIA
MARCOS 16
15. E disse-Ihes: Ide por todo o mundo, pregai
o evangelho a toda criatura.
16. Quern crer a for batizado sera salvo; mas
quem nao crer sera condenado.
17. E estes sinais seguirao aos que crerem: em
meu nome expulsarao os dernonios; falarao
novas linguas.
18. Pegarao nas serpentes; e, se beberem algu-
ma coisa mortifera, nao Ihes fara dano algum; e
porao as maos sobre os enfermos e os curarao.
20. E eles, tendo partido, pregaram por Codas
as partes, cooperando corn eles o Senhor e
confirmando a palavra corn os sinais que se
seguiram. Amem.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 87

(~ LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Mt 4.23
0 Servo era um evangelista corn excelencia.
TERt~A Lc 9.2
0 Servo envia-nos a evangelizar.
QUARTA At 1.8
Fortalecimento para a evangelizacao.
J<1 HINOS SUGERIDOS
15, 69, 395
/ MOTIVO DE ORAcAO
Ore para que possamos promover awes
evangelisticas em todo o mundo.
QUINTA At 2.41
A igreja cresce evangelizando.
SEXTA 2Tm 4.2
Os afazeres de um evangelista.
SABADO 1 Pe 1.12
A nobreza da evangelizacao.
[d,' ESB040 DA L14AO
Introdu4ao
1. Missoes, um projeto do coracao de Deus
2. 0 Servo possuia um coracao missionario
3.0 Ide e realizado pelos discipulos
Conclusao
INTRODUcAO
A atmosfera desta licao nos fara ver a proeminencia das verdades e dos re-
sultados contidos na Grande Comissao a nos permitira ver nossa responsa-
bilidade e a urgencia de cumprir essa ordem do Servo.
D
Missoes, urn projeto do co-
racao de Deus
O Servo confiou aos Seus discipulos
a honrosa tarefa de proclamar a Co-
da criatura a boa nova de
salvacao. Todo ser huma-
no precisa saber que ha
reconciliacao corn Deus
por intermedio de Jesus
Cristo [Mc 16.15-16; 2Co
5.20]. O conteudo das
Boas Novas foi ansiosa-
mente esperado ao longo do tempo.
Ate mesmo os anjos anseiam obser-
var mais atentamente [ 1 Pe 1.10-12].
PONTO DE
PARTIDA
A visao
missionaria do
Servo.
1..3
. A Grande Comissao outorgada pelo
Servo. Marcos teve a lucidez de narrar
que, apos a ressurreicao do Servo, Ele apa-
receu primeiro para Maria Madalena, que
foi prontamente ate os discipu-
los narrar que o Mestre vivia,
sendo prontamente ignorada
pelos mesmos [Mc 16.9-111.
Posteriormente, Ele se fez ver
por dois de Seus discipulos
que anunciaram aos outros,
contudo, assim como haviam
feito corn Maria Madalena, os ignoraram
[Mc 16.12-13]. Por fim, o Servo aparece
aos onze a os reprende por sua incredu-
88 ucAo 13

lidade e lhes dá uma ordenanca que se
estende
a Igrej a ate agora, que e de ire pre-
gar o Evangelho a todos [Mc 16.14-15].
Bispo Samuel Ferreira: "Quando
Cristo se apresentou para os onze
discipulos, eles estavam reunidos no
cenaculo, onde haviam celebrado a
I.Jltima Ceia. As portas estavam fe-
chadas porque eles eram seguidores
do Jesus que havia sido crucificado e,
consequentemente, teriam o mesmo
destino de seu Mestre caso fossem
descobertos. Eles estavam corn medo
e cada passo dado trazia terror. Se os
emissarios do Sinedrio os descobris-
sem, eles estariam em serios apuros:'
1.2.0 porque de o Servo ter delegado
essa missao a todos os Seus discipulos.
No inicio das Escrituras somos apre-
sentados que Deus criou o homem
a
Sua imagem e semelhanca [Gn 1.26].
Contudo, o homem pecou e afastou-se
de Deus. Neste sentido o profeta Isaias
diz: "Mas as vossas iniquidades fazem
divisao entre vos e o vosso Deus, e os
vossos pecados encobrem o seu ros-
to de vos, para que vos nao ouca." [Is
59.2]. Paulo diz que, pelo fato de haver
pecado, o homem recebeu a sentenca
sombria: a morte fisica e espiritual
[Rm 3.23]. Sabemos que o afastamento
de Deus traz sofrimento e condenacao.
Desse modo, Joao diz que a solucao
divina para tal castigo foi o sacrificio
vicario de Cristo [Jo 3.16]. Assim, es-
ta ordem, narrada no evangelho de
Marcos, que devemos pregar o Evan-
gelho a toda criatura [Mc 16.15-16],
e para trazer o homem novamente ao
encontro corn o Seu Criador, algo que
foi perdido corn a pratica do pecado.
A Pastor Cesar Roza de Melo: "Nas
passagens de Mateus e Marcos perce-
bemos claramente que o objetivo de
Deus era o mundo. Mateus usa a ex-
pressao nacoes [Mt 28.19], enquanto
Marcos usa a expressao "toda cria-
tura" [Mc 16.15]. O grande objetivo
aqui e mostrar que o Evangelho de-
veria transpor barreiras geograficas,
culturais, raciais etc. Como discipulos
de Jesus, precisamos desempenhar a
grande responsabilidade que esta sobre
os nossos ombros: fazer discipulos de
todas as nacoes! Jesus chegou a dizer
que o campo e o mundo [Mt 13.38], e
que poucos sao os trabalhadores ante
os desafios [Lc 10.2]."
1.3.0 Servo nos ensina que a pregacao
do Evangelho deve ser nossa priorida-
de. Marcos dá destaque para a men-
sagem que necessitaria ser pregada
em nome de Jesus, conhecida como a
Grande Comissao. Vale citar que esse
foi o ultimo grande ensinamento ofe-
recido pelo Servo aos seus discipulos.
A ordem foi muito clara. Era preciso
que eles difundissem tudo aquilo que
eles haviam aprendido corn o Mestre.
Para isso, eles deveriam it a todas as
nacoes do mundo demonstrando a
necessidade de arrependimento para
perdao dos pecados [Mc 16.16]. Nesta
ordem do Servo, notamos tres ensinos
que devem ser prioridade da fe crista:
contribuir e fazer missoes, evangeli-
zar a todos e o batismo para remissao
dos pecados.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 89

T Pastor Sergio Costa (Revista Betel Do-
minical, 2° Trimestre de 2019): "Podemos
dizer que os missionarios sao o termome-
tro espiritual de uma igreja, pois eles dao
sentido e denotam a obedi.encia e com-
promisso de uma igreja diante da Grande
Comissao. Uma igreja que nao investe em
missoes esta fadada a se enfraquecer e sair
do proposito basico de Jesus para o Seu po-
vo. Evangeli7ar e ganhar almas pam Jesus
ainda e e sempre sera a prioridade do Rei-
no, que e reconhecer que Jesus e o unico e
suficiente Salvador [Jo 17.1-3]."
ID EU ENSINEI QUE:
Como discipulos de Cristo, devemos ser com-
prometidos corn a Grande Comissao designa-
da por Ele. Esse
e o apogeu de uma vida de
servico a por isso devemos servir.
D
0 Servo possuia um cora-
cao missionario
o exercicio da missao dada pe-
lo Servo de it por todo mundo e
pregar o Evangelho a toda criatura
tern resultado, ao longo dos anos,
na implantacao de inumeras igrejas
locals [Mc 16.15]. E cada igreja local
estabelecida
a testemunha do poder
do evangelho de Cristo e da acao do
Espirito Santo. Esse e o chamado de
todo crente, ate que o Servo volte
para buscar a Sua Igreja.
. O Servo comecou o Seu ministerio
cumprindo o Ide. A ocupacao preferen-
cial do Servo foi ensinar a todos sobre
o Reino de Deus. E preciso lembrar
que as pessoas nos dias dEle espera-
vam ansiosamente por serem libertas
da opressao romana a do fardo pesa-
do posto pelos lideres judeus. Assim,
como todos aguardavam esse dia, o
Servo surge proclamando a essencia
das Boas Novas de Deus dizendo so-
bre a necessidade do arrependimento
e da necessidade que todos tinham em
crer no Evangelho, era a continuacao
da pregacao de Joao Batista, que tinha
sido preso [Mc 1.14-15].
T Bispo Primaz Manoel Ferreira:
"A Galileia era grande, corn muitas
cidades e povoados, mas Jesus a cir-
culava corn todo o vigor. Ele andou
tambem pela Pereia, Samaria e Ju-
deia, mas concentrou Seus esforcos
estrategicamente na Galileia. Ele is
de cidade em cidade, de povoado em
povoado e de sinagoga em sin agoga
[Mt 9.35]."
2.2.O Servo montou Sua equipe mis-
sionaria. Antes de ordenar o anuncio
das Boas Novas do Reino, o Servo
atuou para treinar os Seus discipulos,
para quando chegasse o tempo eles
fossem enviados e cumprissem o Ide
do Senhor. De modo a treina-los, por
Q
FOCO NA
u4Ao Todo ser humano precisa saber que ha
reconciliaçao corn Deus por interm2dio de Jesus Cristo
[Mc 16.15-16; 2Co 5.20].
90 u4Ao 13

onde Ele percorria levava consigo os
Seus discipulos [Mc 1.17-20]. Marcos
nos faz entender que o Servo estava
ensinando os discipulos a terem o
mesmo modo de pensar a respeito
de amor pelos perdidos. O que nos
chama atencao e quando olhamos os
frutos que a igreja colheu, notamos
que o Seu projeto pedagogico tern si-
do bem-sucedido, considerando que
ate os nossos dias, mesmo diante de
tantas adversidades, milhares de vi-
das tern sido alcancadas. Proclamar
as Boas Novas do Reino de Deus ain-
da continua sendo a principal missao
da Igreja de Cristo! Quando a Igreja
perde esse foco, ela fracassa como
Igreja de Cristo.
Bispo Primaz Manoel Ferreira: "A
missao era basicamente representar o
Mestre. Eles deveriam se dirigir
a casa
de Israel, a comecar pela cidade em que
residiam, e preparar o ambiente para
a chegada de Jesus [Mt 11.1]. Todavia,
era necessario que eles dessem expli-
cacoes
as pessoas das cidades a aldeias
contactadas acerca do proposito deles,
pregando-lhes: "e chegado o reino dos
ceus" [Mt 10.7]'
2.3. O Servo demonstra para que
veio. O amor do Servo era visivel
a todos. Diante de tamanho afe-
to, Ele olhava e sentia compaixao,
pois eram semelhantes a ovelhas
sem pastor [Mc 6.34]. Por tamanho
amor, o Servo revela o motivo de Sua
vinda a este mundo: pregar o reino
de Deus para salvacao dos perdidos.
"(...) Vamos
as aldeias vizinhas, para
que eu au i tambem pregue, porque
para isso vim." [Mc 1.38]
A Bispo Primaz Manoel Ferreira:
"Os discipulos viam nos olhos de Je-
sus o amor puro que tinha por eles e
pelo Seu povo. Eles tambem ouviam
as oracoes agoniadas, sofridas e in-
sistentes ao Pai em favor deles. Eles
ouviram tambem as palavras de Seu
coracao que ardia em amor: "A seara
e realmente grande, mas poucos os
cei eiros .
QJ EU ENSINEI QUE:
Assim como o Servo cumpriu a Sua missao,
devemos todos cumprir a ordem dada aos
discipulos de anunciar o Evangelho a toda
criatura.
0
o Ide
a realizado pelos dis-
cipulos
A missao que o Servo confiou
aos discipulos, para anunciar o
arrependimento e a remissao de
pecados em todos os lugares, foi
muito bem entendida por eles.
Marcos narra que, apos o Senhor
ser recebido no ceu a assentar-se
a direita de Deus, os discipulos
partiram para pregar aos homens
em todas as partes e o Senhor is
confirmando a Palavra corn sinais
que os seguiam [Mc 16.19-20].
3.1. Como cumpridores do Ide do Servo
precisamos evangelizar. Evidencia-se
entre as paginas sagradas que possuimos
a responsabilidade de evangelizarmos
toda criatura [Mc 16.15]. O Senhor nao
nos mandou realizar qualquer missao.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 91

FOCO NA
u4AO E cada igreja local estabelecida
e
testemunha do poder do evangelho de Cristo e da
acao do Espirito Santo.
Mandou-nos pregar o Evangelho para
que o ser humano nao seja condenado
ao inferno. Entretanto, para que a pessoa
creia para salvacao e necessario que o
Evangelho seja proclamado corn fideli-
dade. Quando olhamos para o empenho
do trabalho dos discipulos e presencia-
mos sua dedicacao na solidificacao das
primeiras igrejas, compreendemos a se-
riedade de nos entregarmos ao trabalho
de evangelizacao para o crescimento do
Reino de Deus.
A Bispo Primaz Manoel Ferreira:
"Depois de convocados, preparados
e advertidos dos perigos peculiares
a
evangelizacao, os discipulos estavam
prontos para irem por todo Israel [Mt
11.1]. Mateus omite detalhes sobre o
sucesso da missao, porem Lucas nao.
Eles sairam por todas as aldeias, curan-
do o povo por toda parte [Lc 9.6].
Posteriormente, eles regressaram e,
empolgados, trouxeram um positivo
relatorio [Lc 9.10]. Depois de prepa-
rados, e hora de partir e contatar as
pessoas, posto que preparadao demais
e perda de tempo e falta de coragem.
Temos que aproveitar a liberdade que
ha em nosso Brasil e compartilhar o
Evangelho de modo serio."
3.2. Como cumpridores do ide do Servo
precisamos discipular. E de vital impor-
tancia entender que no ensino cristao, por
meio do discipulado, a Igreja de Cristo
tern a oportunidade de instruir o novo
seguidor do Servo. O discipulado e tao
importante que se bem observado no
evangelho de Marcos presenciamos Je-
sus instruindo algumas pessoas, a saber:
o leproso [Mc 1.44-45], o paralitico de
Cafarnaum [Mc 2.1-12], a mulher que
tinha um fluxo de sangue [Mc 5.25-34],
a mulher cananeia [Mc 7.24-30], o cego
de Jerico [Mc 10.46-52]. Assim, seguindo
o exemplo de Jesus, a Igreja precisa, no
ensino cristao, de uma visao multiplica-
dora, capacitando os novos crentes para
fazer mais e mais discipulos para Cristo.
A Instituto Biblico Ebenezer: "Hoje,
mais do que nunca, se torna neces-
sario ter em mente que o principal
mandamento de Cristo e para que a
igreja faca discipulos; logo, nos, como
cristaos, devemos nos tornar discipu-
ladores. Entendemos que o desafio de
alcancar vidas para o Reino e nobre e
imponente."
3.3. Como cumpridores do Ide do Servo
precisamos implantar novas igrejas. O
Servo sabia que para sermos obediente
a Grande Comissao deveriamos it on-
de ninguem havia ido. Por isso Ele es-
tabeleceu a Igreja a disse que as portas
do inferno nao prevaleceriam contra
ela [Mt 16.18]. Podemos dizer que uma
igreja local organizada de acordo corn os
92 ucAO 13

principios bIIblicos possui uma grande
importancia na obra da evangelizacao.
Ela envia missionario, abre ponto de pre-
gacao, realiza culto ao ar livre, treina os
discipuladores etc. A historia mostra que
a expansao do Ministerio de Madureira se
deu por sua visao missionaria, enviando
pregadores para desbravar novas igrejas
por todo o Brasil e pelo mundo.
A
Pastor Sergio Costa (Revista Betel
Dominical, 2° Trimestre de 2019): "A
nossa responsabilidade como Igreja
nao e a conversao, isso cabe ao Espi-
rito Santo, que convence o homem da
justica, do pecado e do juizo [Jo 16.8],
mas, sim, a pregacao e proclamacao
do Evangelho. Entretanto, nao de uma
forma puramente como desencargo
de consciencia, mas corn comprome-
timento a amor, no poder do Espirito
Santo."
EU ENSINEI QUE:
A Igreja do Senhor tern a missao de it e
fazer discipulos em Codas as nacoes. Nao se
trata de uma sugestao,
a uma ordem clara
do Senhor Jesus.
G CONCLUSAO
Concluindo o estudo do evangelho de Marcos, aprendemos que Jesus Cristo
ressuscitado nos deixou uma missao, que deve ser conhecida e cumprida corn
responsabilidade e comprometimento, no poder do Espirito Santo: anunciar
o Evangelho para fazer discipulos, ate que Ele venha!
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 93

Ref erências
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WIERSBE, Warren W. Comentario Biblico Expositivo: Novo Testamento. Santo
Andre, SP: Geografica, 2007. v. 1.
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