Revista Boa Vontade, edição 229

BoaVontade 1,356 views 116 slides Dec 12, 2013
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About This Presentation

A Revista Boa Vontade tem por objetivo levar informações por meio de matérias que abordam temas voltados à cultura, educação, política, saúde, meio ambiente, tecnologia, sempre aliados à Espiritualidade como ferramenta de esclarecimento, auxílio, entendimento e compreensão.


Slide Content

Paiva Netto traz mensagem de esperança e superação para vítimas e familiares
da violência no Rio de Janeiro e da tragédia no Japão
Expressivo balanço socioeducacional de 2010 da
Legião da Boa Vontade mostra a abrangência das
ações da Instituição em favor das famílias de baixa
renda: 8.508.482 atendimentos e benefícios.
trabalho pARA A CIDADANIA PLENA
Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia: 70 mil famílias em vulnerabilidade social foram beneficiadas.
SOS Calamidades: 544 toneladas entregues às vítimas das chuvas.
Criança Nota 10 — Sem Educação não há Futuro!: 12 mil kits
escolares doados a crianças em situação de pobreza.
DE MÃOS DADAS COM O POVÃO
Educação GLOBAL Chefe da Seção de ONGs das Nações Unidas, dr. Andrei Abramov, participa do 8
o
Fórum
Intersetorial Rede Sociedade Solidária, da LBV, realizado no Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e Portugal.
CULTURA
A trajetória
consagrada de
Dona Ivone Lara,
matriarca do samba
teatro E tv
Veterano ator Stênio
Garcia fala de seu
Amor à Natureza e
à Alma humana
Brasil solidário
LEIA TAMBÉM
VOLUNTARIADO EM AÇÃO

4 | BOA VONTADE
Sumário
8
8 “ exemplo de superação” e “Massacre no rio”
Paiva Netto
18 Cartas, e-mails, livros e registros
31 Opinião E sportiva por José Carlos Araújo
As vantagens de quem tem um craque
32 Samba & História por Hilton Abi-Rihan
Dona Ivone Lara — Matriarca do samba
35 Opinião
Educação — por Arnaldo Niskier
Cidadania — por Floriano Pesaro (p. 36)
38 Abrindo o coração
Stênio Garcia — Arte e coração bem brasileiros
42 balanço social
Com a ajuda do povo, a LBV promoveu mais de 8,5 milhões de
atendimentos e benefícios em 2010
44 Educação
Criança Nota 10 — Sem Educação não há Futuro!
50 Homenagem
Música, emoção e memória — Espetáculo homenageia o compositor
Paiva Netto pelos 70 anos de vida
55 espírito e ciência
Consciência Universal — A física quântica amplia o diálogo entre
Ciência e Religião
60 Opinião — Mídia Alternativa por Carlos Arthur Pitombeira
Primeiros jornais do Rio — No início do século 20, o Copacabana já
fazia história na imprensa carioca
Paiva Netto escreve:
“Exemplo de superação” e
“Massacre no Rio”
44
Em todo o Brasil, 12 mil estudantes recebem kits
de material pedagógico da LBV.
35
Arnaldo niskier
A reforma do curso de
Pedagogia
22
dr. Andrei Abramov
Em roteiro oficial, chefe da Seção de ONGs das Nações Unidas participa de evento organizado pela LBV na América do Sul
25
Eliane Cantanhêde
Lança José Alencar —
Amor à Vida
30
Miro Teixeira
Colégio Pedro II
homenageia ex-alunos
ilustres
36
Floriano Pesaro
Contra o trabalho
infantil
31
José carlos araújo
As vantagens de
quem tem um craque
11
Dra. Tereza Campello
Lançamento do livro
Fome Zero

BOA VONTADE | 5
100
62 Responsabilidade social
Modelo de gestão socioambiental
64 LBV na Onu
Acesso à Educação e ao emprego — ONU discute ações e políticas
para o empoderamento da mulher
68 Notícias de Brasília
70 SOS calamidades
Corrente Solidária — Em poucos dias, ação da LBV em parceria
com o povo, com empresas e com a mídia arrecada e distribui 544
toneladas de doações às vítimas das chuvas.
92 Arte na tela por Marta Jabuonski
• Cidadania pela Arte — Caixa Econômica Federal faz 150 anos e
reafirma apoio à cultura (p. 92)
• Memória cultural — Com a criação do Instituto Brasileiro de Museus,
a população descobre a cultura e a história do país. (p. 94)
• Ligando os Pontinhos — A arte de brincar em uma série para TV
(p. 96)
98 Melhor idade por Walter Periotto
Aposentadoria: conheça seus direitos
100 Campanha de natal
Boa Vontade que transforma — Veja como sua ajuda à LBV garantiu
alimento à mesa no Natal de milhares de famílias em todo o país
108 Ação Jovem LBV
110 soldadinhos de deus
114 in memoriam
Escritor e médico Moacyr Scliar volta à Pátria Espiritual
Campanha Natal Permanente da LBV —
Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. Só no fim
de 2010, a Instituição amparou 70 mil famílias
de baixa renda.
38
Stênio garcia
Arte e coração bem
brasileiros
60
Carlos Arthur
Pitombeira
Primeiros jornais do Rio
32
Dona ivone
lara
Matriarca do
samba
65
Michelle Bachelet
Na chefia da ONU
Mulheres
55
Dr. amit goswami
Consciência
Universal
71
sérgio Cabral
Reconhecimento
à Campanha SOS
Calamidades, da LBV
114
Moacyr Jaime Scliar
In memoriam
70
A mobilização do povo brasileiro em torno da Campanha SOS Calamidades: 544 toneladas
de doações às vítimas das chuvas.

6 | BOA VONTADE
BOA VONTADE
A N O 5 5 • N
o
2 2 9 • Jan/ F e v / Mar 2 0 1 1
BOA VONTADE é uma publicação das IBVs, editada pela Editora Elevação. Registrada sob
o n
o
18166 no livro “B” do 9º
Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.
Diretor e Editor-responsável: Francisco de Assis Periotto - MTE/DRTE/RJ 19.916 JP
Coordenação geral: Gerdeilson Botelho e Rodrigo de Oliveira
Jornalistas Colaboradores Especiais: Arnaldo Niskier, Carlos Arthur Pitombeira,
Hilton Abi-Rihan e José Carlos Araújo.
Equipe Elevação: Adriane Schirmer, Carla Luz, Cida Linares, Diego Ciusz, Gizelle de
Almeida, Isabela Ribeiro, Jefferson Rodrigues, Jonny César, Leila Marco, Leilla Tonin, Mariane de Oliveira, Mário Augusto Brandão, Natália Lombardi, Natanael Rodrigues, Neuza
Alves, Rafael Bruno, Silvia Fernanda Bovino, Simone Barreto, Vivian Ribeiro Ferreira, Walter
Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz.
Projeto Gráfico: Helen Winkler
Capa e Diagramação: Felipe Tonin e Helen Winkler
Impressão: Editora Parma
Crédito das fotos de capa: Fotomontagem com imagens do atendimento socioeducacional
da LBV no Brasil; Dona Ivone Lara e Stênio Garcia: Divulgação
Endereço para correspondência:
Rua Doraci, 90 • Bom Retiro • CEP 01134-050
• São Paulo/SP • Tel.: (11) 3225-4971 • Caixa Postal 13.833-9 • CEP 01216-970
Internet: www.boavontade.com / E-mail: [email protected]
A revista BOA VONT ADE não se responsabiliza por conceitos e opiniões em seus
artigos assinados.
Todos os anos, as ações da Legião da Boa Von­tade
exprimem a própria razão de existir da instituição:
amparar o Ser Humano e seu Espírito eterno. Nos
momentos de necessidade ou de dor, mas sempre ce-
lebrando a Vida, a LBV está presente com o socorro
material e com sua mensagem de Paz, Solidariedade
e Fé Realizante.
Nesta edição, esse ideal acompanha o leitor desde
as primeiras páginas. A começar pela palavra de ânimo
e esperança do jornalista Paiva Netto, que discorre
sobre a dor do Brasil diante do massacre de crianças em
escola carioca e sobre a capacidade do povo japonês de
superar até os mais difíceis obstáculos, como as tristes
consequências da série de terremotos e do tsunami.
Para mostrar um pouco do compromisso da LBV
em promover qualidade de vida, a BOA VONTADE
apresenta três reportagens especiais. A abrangência do
trabalho da Obra — que alcançou o expressivo resulta-
do de mais de 8,5 milhões de atendimentos e benefícios
em 2010 — se manifesta em cada história de superação
e crescimento de crianças, jovens e adultos benefi-
ciados pela Campanha Natal Permanente da LBV —
Jesus, o Pão Nosso de cada dia! (no fim do ano pas-
sado), pela mobilização do povo em torno da SOS
Calamidades (nos primeiros dias de 2011) e pela
Campanha Criança Nota 10 — Sem Educação não
há Futuro! (em fevereiro e março).
Também estão imperdíveis duas entrevistas ex-
clusivas: com o ator Stênio Garcia e com a cantora
e compositora Dona Ivone Lara, ícones da cultura
brasileira. Confira a palavra de Amit Goswami — um
dos principais físicos da atualidade, conhecido por se
aprofundar na relação entre Ciência e Religião.
Musicalidade e homenagem dão o tom da se-
gunda edição do concerto Noite Cultural Emoções
e Memórias, no dia 2 de março, em São Paulo/SP. O
espetáculo comoveu o público pela boa música e por
festejar os 70 anos de vida do compositor Paiva Netto.
Neste número, saudamos também o professor Arnaldo
Niskier, doutor em Educação, membro da Academia
Brasileira de Letras (ABL), presidente do CIEE/RJ e
mais novo colunista colaborador da BOA VONTADE.
Boa leitura!
Reflexão de BOA VONTADE
Amor, Harmonia, Solidariedade, espírito de Justiça
aliado à Bondade, jamais à vingança; Liberdade com
respeito aos demais Entes Humanos; Verdade sem
fanatismo social, político, filosófico, religioso ou científico;
auxílio aos que sofrem, no corpo ou na alma; Política
e Economia, acompanhadas pelas virtudes da Correção
e da Generosidade; Instrução, Educação, Reeducação,
consoante a Fraternidade Ecumênica; portanto, tudo
aquilo que na Paz ou na guerra torna forte a criatura,
na Terra e no Mundo Invisível, que não é uma abstração,
forma o conclusivo conceito de ideologia para o Cidadão
do Espírito: Caridade, ou seja, o ar moral que, como
seres realmente civilizados, devemos respirar.
Paiva Netto
Extraída do livro É urgente reeducar!, de autoria do escritor Paiva Netto. Conforme
anunciou a Livraria Saraiva, ele foi o autor nacional mais vendido de seu estande na
21
a
Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada em agosto de 2010.
Tiragem: 50 mil exemplares
Edição fechada em 15/4/2011
Revista apolítica e apartidária da Espiritualidade Ecumênica
Ao leitor

8 | BOA VONTADE
Exemplo
de superação
Exemplo de superação

BOA VONTADE | 9
João Preda
José de Paiva Netto, jornalista,
radialista e escritor.
É diretor-presidente da LBV .
com ondas de mais de 10 metros,
que devastaram territórios no
nordeste do arquipélago. Até o
fechamento desta edição, o núme-
ro de mortos totalizava 13.116, e
14.377 pessoas estavam desapa-
recidas. No mesmo dia chegou-se
a enviar alertas de tsunami para
várias regiões de área costeira no
Oceano Pacífico, inclusive Amé-
rica do Sul. Em consequên­ cia do
desastre, o vazamento de radiação
na usina de Fukushima tornou-se
o maior problema para as auto-
ridades japonesas, deixando em
alerta a população. Na capital,
Tóquio, muitos enfrentaram filas
em estações de trem e aeroportos,
tentando a todo custo se afastar
da contaminação nuclear. Um
quadro altamente emergencial
que leva outros países a também
repensar os sistemas de segurança
de suas usinas.
Nós, brasileiros, que guarda-
mos fortes ligações com o Japão,
estamos profundamente conster-
nados com a tragédia. Endereça-
mos fervorosas preces pelos que
faleceram e solidariedade aos
familiares, muitos deles certa-
mente com parentes que residem
no Brasil.
Falamos de uma nação acos-
tumada a enfrentar problemas de-
correntes das condições geológicas
severas.
Em 1987, no livro Dialética da
Boa Vontade — Reflexões e Pensa-
mentos, demonstrei minha admira-
ção pela capacidade do povo japo-
nês de superar obstá­culos: É nos
momentos de crise que se forjam
os grandes caracteres e surgem as
mais poderosas nações. Vamos ao
exemplo do Japão: país isolado em
algumas ilhas. Não tem petróleo.
Importa a maioria dos elementos
de que precisa para sobreviver.
Dizem que os japoneses perderam
O forte terremoto de 9 graus de
magnitude, seguido de tsunami, que
atingiu a costa nordeste do Japão,
em 11 de março, deixou um rastro
de destruição. (1) A foto mostra a
chegada da onda gigante à cidade
de Sendai. (2) Momento em que o
tsunami invade Miyako, na provín-
cia de Iwate. (3) Casas em Sendai
atingidas por tsunami pegam fogo.
(4) Vista aérea da usina de Fukushi-
ma Daiichi; explosões e vazamentos
radioativos deixaram o Japão em
estado de alerta.
O
mundo ainda acompanha
com ansiedade o drama
do povo japonês, vítima
de um terremoto de magnitude
9, ocorrido em 11 de março,
considerado o pior do país desde
os primeiros registros, no fim
do século 19, segundo o servi-
ço geológico dos EUA. O tre-
mor foi seguido de um tsunami
2
1
3 4

10 | BOA VONTADE
Oomoto Internacional, na pessoa
do ilustre professor Shigeki Mae-
da, e aos nobres monges Yvonete
Silva Gonçalves (Shakuni Joko) e
Ricardo Mário Gonçalves (Shaku
Riman), da Associação Religiosa
Nambei Honganji Brasil Betsuin.
O casal budista gentilmente respon-
deu à mensagem em
que prestei solidarie-
dade ao povo japonês,
a seus descendentes e
familiares no Brasil:
“Caríssimo Irmão e
Amigo José de Paiva
Netto, em nome de to-
dos os nossos irmãos e
amigos japoneses, pro-
fundamente abalados
pela inenarrável tragé-
dia que se abate sobre
sua Pátria, queremos
agradecer do fundo do
coração vossa luminosa
mensagem de conforto
e solidariedade, que
será devidamente re-
passada às pessoas e
organizações afetadas
André Fernandes
a guerra. Eu, porém, acho que eles a ganharam, pois aí se fizeram uma
nação de poderio internacional. (...)
Você chama um nipônico, ou um
descendente dele, e lhe dá, diga-
mos, uma pedreira. Ali, faz surgir
uma produtiva lavoura. Por quê?!
Porque a luta para vencer a exigui-
dade territorial das suas ilhas fez
com que suplantassem as restrições
e, vencendo a falta de grandes áreas
férteis, se tornassem insuperáveis
agricultores. Isso sem falar na
imponência de sua indústria... Eis
por que não devemos fugir das
dificuldades. Temos de enfrentá-las
e transformá-las em sucesso (...).
Com esse mesmo espírito de
superação e o amparo de Deus, os
nossos Irmãos japoneses haverão
de seguir em frente, desenvolven-
do tecnologias ainda mais avança-
das de prevenção contra
essas catástrofes naturais.
Um modelo com o qual
o planeta muito aprende.
Que as cerejeiras,
símbolo de felicidade no
Japão, como a que plan-
tamos no conjunto educacional
da LBV em São Paulo/SP, em
homenagem a tão decidido povo,
floresçam em tempos melhores a
todos!
Solidariedade aos irmãos
japoneses
Oportuna a palavra do impera-
dor Akihito na quarta-feira, 16 de
março, ao pedir ao seu povo que não
desista e seja solidário: “Espero, do
fundo do coração, que as
pessoas deem as mãos, se
tratem com compaixão e
consigam ultrapassar estes
tempos difíceis”.
Minha saudação fra-
terna aos membros da
Exemplo de superação
É nos momentos de
crise que se forjam
os grandes caracteres
e surgem as mais
poderosas nações.
Brasília/DF — O Templo da Boa Vontade, ou Templo da Paz, como também é conhecido o monumento, ofereceu o ambiente perfeito
para o Ato Ecumênico de Prece dedicado às vítimas no Japão e seus entes queridos. (SGAS 915, Lotes 75/76, Brasília/DF)
Akihito
Monja Yvonete
Shigeki Maeda
Monge Ricardo
Divulgação
Clayton Ferreira Rosevalte dos Santos Rosevalte dos Santos

BOA VONTADE | 11
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, dra. Tereza Campello, ladeada pelos representantes
da LBV Claudio Chrisostimo (E), Sidemar de Almeida e
Paulo Medeiros (D). Ao lado, a coletânea que reúne diversos
escritos sobre o programa Fome Zero, do governo federal.
que são de nosso conhecimento.
Que a Luz sem Impedimentos da
Sabedoria e da Compaixão Búdicas
vos ilumine e guarde!”.
No dia 18 de março, no Templo
da Boa Vontade, em Brasília/DF,
realizamos um Ato Ecumênico de
prece dedicado às vítimas no Japão
e seus entes queridos. [Leia repor-
tagem na p. 15.]

Fome Zero
Paulo Medeiros, da
LBV em Brasília, informa-
-me que, na terça-feira, 15 de
março, compareceu ao lança-
mento da coletânea Fome Zero —
Uma História Brasileira, no Palácio
do Itamaraty. A obra, em três volu-
mes, representa simbolicamente as
três refeições diárias do programa
Fome Zero. Entre os seus mais de
80 autores está o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
De acordo com a ministra do
Desenvolvimento Social e Com-
bate à Fome (MDS), dra. Tereza
Campello, a publicação reflete
muito da estratégia do Fome Zero,
“que não é uma ação só do MDS.
Envolveu em conjunto o governo
federal. Certamente, uma das
maiores ações de integração e
articulação de políticas públicas.
Vários ministérios participaram
ativamente, e sem eles não teríamos
o sucesso que foi o Fome Zero”.
Na ocasião, os representantes da
LBV cumprimentaram, além da mi-
nistra Tereza Campello, o ministro
da Secretaria-Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, e a ministra da
Cultura, Ana de Hollanda.
Plantada pelos alunos no
conjunto educacional da
LBV na capital paulista,
em 2008, em homenagem
aos japoneses (à direita),
a cerejeira ou sakura no
ki, símbolo do Japão,
toma corpo (foto maior)
como a sempre renovada
esperança do povo
nipônico.
José Gonçalo Arquivo BV
Elias Paulo
[email protected]
www.paivanetto.com

12 | BOA VONTADE
Massacre
no Rio
Massacre no Rio
Movimentação
em frente à Escola
Municipal Tasso
da Silveira, após
a tragédia.
Esta edição da BOA VONTADE já estava em fase de fechamento quando chegou à redação a triste notícia do atentado contra alunos na
Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro/RJ, na manhã de 7/4, que resultou na morte de 12 crianças e deixou
muitas outras feridas. Consternado, o diretor-presidente da LBV logo se manifestou pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rá-
dio e portal www.boavontade.com). Reproduzimos, a seguir, artigo publicado em centenas de jornais, revistas e sites, no Brasil e exterior:
Mensagem de Paiva Netto
Shana Reis/ABr

BOA VONTADE | 13
E
stamos todos consterna-
dos com o cruel assassi-
nato de 12 crianças (10
meninas e 2 meninos,
com idades entre 12 e 15 anos),
da Escola Municipal Tasso da
Silveira, em Realengo, zona oeste
do Rio de Janeiro/RJ, na manhã
de quinta-feira, 7/4. Outras foram
feridas, algumas gravemente.
(Até o fechamento desta edição,
nenhuma morte ocorrera entre os
jovenzinhos hospitalizados.) O
causador dessa tragédia, Welling-
ton Menezes de Oliveira, de
23 anos, que, segundo a Polícia
Militar, era ex-aluno, suicidou-se
após o atentado.
A presidenta Dilma Rousseff
declarou que “este é um país que
sempre teve uma relação de grande
carinho cultural pelas crianças. É
inadmissível violência em geral, mas
a violência contra as crianças colo-
ca todos nós em sensação de grande
repúdio”. O ministro da Educação,
Fernando Haddad, classificou
esse ato premeditado e brutal como
uma tragédia sem precedentes no
Brasil. Haddad pôs o Ministério da
Educação, os institutos e universi-
dades a ele vinculados, à disposição
da Prefeitura do Rio de Janeiro, para
auxiliar no que for necessário. O
massacre teria sido pior se não fosse
a coragem do sargento PM Márcio
Alves, considerado herói pelo go-
vernador Sérgio Cabral, ao impedir
que o assassino continuasse a atirar.
As crianças e os jovens mere-
cem total proteção. A escola é um
segundo lar para eles, espaço que
deveria ser visto como sagrado,
onde o bullying e outros proble-
mas não mais poderiam existir.
A minha solidariedade aos fami-
liares das vítimas e aos feridos nesse
lamentável drama. Um episódio que
requer também apoio psicológico
aos estudantes, professores e fun-
cionários dessa unidade de ensino.
As escolas, em geral, igualmente
precisarão de maior preparo para
prevenir eventos como esse.
A presidenta Dilma
emociona-se ao
homenagear os
“brasileirinhos indefesos
que perderam a vida e o
futuro”, durante discurso
no Palácio do Planalto,
em Brasília/DF.
As crianças e os jovens
merecem total proteção. A
escola é um segundo lar para
eles, espaço que deveria ser
visto como sagrado, onde o
bullying e outros problemas
não mais poderiam existir.
Garantia urgente
Diante do ocorrido, muitas
questões serão revisitadas e levan-
tadas acerca da barbárie que segue
crescendo. Porém, as análises
serão realmente funcionais, isto
é, auxiliarão melhor os poderes
constituídos e a sociedade civil,
se observarmos pela perspectiva
de que a violência está fugindo
ao nosso controle. Na atualida-
de, se faz mais presente em atos
preconceituosos contra minorias,
contra gays, negros, mulheres, no
esporte, nas reli­giões, no trânsito,
no seio familiar; enfim, no íntimo
Antonio Cruz/ABr

14 | BOA VONTADE
de cada criatura. Já não são mais
atos isolados.
Em Somos todos Profetas, publi-
cado pela Editora Elevação (1999),
eu já comentava que atrocidades
poderiam vir a ser uma constante
em nossas vidas. Basta abrir os
jornais, as revistas, ver televisão,
ouvir rádio, sair às ruas. É o reino
da brutalidade a que estamos as-
sistindo a todo momento, em que
ninguém tem mais garantia. Tantos
se cercam de grades fortes, mas os
assaltos prosseguem, os assassi-
natos multiplicam-se. Tudo conti-
nua incerto. Por quê?! Porque não
adiantam altos muros pretensamente
intransponíveis para nos proteger
da terrível coação que vem de fora,
visto que o perigo pode encontrar-
-se dentro de nossas paredes, por-
quanto está havendo uma implosão
dos lares com a desagregação da
família, que, com urgência, precisa
de amparo espiritual. Agora, como
nunca, é flagrante a veracidade
desta afirmativa de Alziro Zarur
(1914-1979), sobre a qual devemos
constantemente refletir: “Não há
segurança fora de Deus”.
Suplantar a dor
Aos que porventura acreditem
que não seja possível modificar esse
status quo, peço que não duvidem
de nossa capacidade, como Seres
Humanos e Espirituais, de superar
o mal, tido hoje por alguns como
invencível. Temos muito mais apti-
dão para sobrepujar problemas, por
maiores que os julguemos. Diante
disso, se as dificuldades são imen-
sas, superiores serão os nossos ta-
lentos para suplantá-las. Se é árduo
erigirmos a verdadeira Sociedade
Solidária Altruística Ecumênica,
então comecemos ontem!
Mudar os hábitos
Por ocasião do 8
o
Fórum In-
ternacional dos Soldadinhos de
Deus, com o tema “Boa Vontade
para mudar os hábitos”, que as
crianças da LBV realizaram em
26/3, recordei-me de uma palavra
muito inspirada do
Espírito Dr. Bezerra
de Menezes (1831-
1900), constante de
Reflexões sobre Jesus
e Suas Leis (Editora
Elevação), na psico-
grafia do sensitivo Le-
gionário Chico Periotto. É opor-
tuna para meditação de todos nós:
“— Nas fases de profundo so-
frimento em que o Espírito suplica
ao Redentor piedade e sustentação,
fontes invisíveis derramam a água
torrencial do Amor de Deus sobre
nossa existência terrestre. Contu-
do, a incomensurável força que
nos reporta do Santíssimo solicita
nossa renovação. Mudar para me-
lhor os hábitos, os pensamentos e
as ações. O Amor vencerá sempre.
E, por isso, a dor será motivada a
desaparecer de nosso ainda atri-
bulado caminho”.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o prefeito Eduardo Paes decretam
luto oficial de sete dias pela morte das crianças.
Se as dificuldades são
imensas, superiores serão
os nossos talentos para
suplantá-las. Se é árduo
erigirmos a verdadeira
Sociedade Solidária
Altruística Ecumênica, então
comecemos ontem!
Massacre no Rio
Dr. Bezerra de Menezes
Arquivo BV
Shana Reis/ABr

BOA VONTADE | 15
L
egionários, autoridades religio-
sas e simpatizantes da Legião da
Boa Vontade realizaram no dia
18 de março, no Templo da Paz, em
Brasília/DF, um Ato Ecumênico pe-
las vítimas do forte terremoto e do
tsunami que atingiram o nordeste
do Japão em 11 de março.
A cerimônia, celebrada na Nave
do Templo da Boa Vontade (TBV),
contou com a presença dos monges
budistas Sato e Ymura e do diretor
da Oomoto Internacional, professor
Shigeki Maeda, além de repre-
sentantes da comunidade Bahá’i e
da Iniciativa das Religiões Unidas
(URI) e de irmãos esperantistas.
O ministro-pregador da Reli-
gião de Deus Jayme Bertolin, que
conduziu o Ato Ecumênico, fez a
leitura do artigo “Exemplo de su-
peração”, do jornalista e radialista
Paiva Netto, fundador do TBV,
publicado em centenas de jornais,
revistas e sites no Brasil e no exte-
rior. O Coral Ecumênico do TBV
propiciou momentos de emoção ao
interpretar músicas alusivas à Paz,
levando conforto aos corações.
Falando ao público presente, o
professor Shigeki Maeda deixou
registrados o apoio e o sentimento de
fraternidade a quem passa por esse
momento de grande desafio, além de
agradecer a realização da cerimônia
naquele ambiente ecumênico.
Representando o Templo Bu-
dista Terra Pura, o monge Sato
declarou: “Eu quero agradecer
em nome do povo japonês, meus
antecedentes, e também das reli-
giões japonesas presentes, essa
iniciativa da LBV, com a presença
tão significativa de pessoas soli-
Janine Martins
O site
esperantista El
Popola Cinio, da
China, divulga o
artigo “Exemplo
de superação”,
do jornalista
Paiva Netto.
Prece e Solidariedade
TBV realiza Ato Ecumênico em homenagem às vítimas da tragédia no Japão
Repercussão
José Gonçalo

16 | BOA VONTADE
gear as vítimas e seus familiares. Em
seguida, as rosas foram gentilmente
colocadas sobre a Pia Sagrada, em
frente ao Trono e Altar de Deus.
A cerimônia teve a cobertura
da TV Globo Brasília e divulgação
por parte de vários veículos de co-
municação, a exemplo do Jornal
de Brasília, da Band TV e da TV
Brasília e dos sites maisbrasilia.
com, correioweb.com.br, clicabra-
silia.com.br e rinaldogoodnews.
blogspot.com.
Comunicação a serviço do
Bem
Do Japão, Aparecida Tokuda,
residente em Aikawa-machi, in-
terior do Estado de Kanagawa,
informa que as orações e as pala-
vras de Fé e ânimo dos brasileiros têm sido um apoio importante
para quem está no país. “Acima
de tudo, a gente tem que ter muita
Fé em Deus. Aqui em casa, eu
e meu marido, Valder Tokuda,
estamos sempre sintonizados na
Super Rede Boa Vontade. Através
da internet (www.boavontade.
com), acompanhamos [a transmis-
são da LBV] 24 horas, e isso nos
dá muita força. Muito obrigada
dárias com o sofrimento do povo
japonês”.
Após entoar um mantra, co-
mentou: “A oração, enviada aos
japoneses e [aos] seus familiares
que passam por essa catástrofe, é
também um agradecimento pelas
lições que esse acontecimento nos
traz. O povo japonês certamente
se levantará mais uma vez. Como
todos sabem, o Japão (…) no pas-
sado sofreu situações parecidas.
E como o Irmão Paiva lembrou,
superou todas elas”.
A cada participante do encontro
foi dada uma rosa branca. No en-
cerramento da cerimônia, durante a
prece ecumênica do Pai-Nosso, as
flores foram erguidas, como gesto
simbólico para lembrar e homena-
Valder TokudaAparecida Tokuda
Repercussão
Monge Ymura e monge Sato, do Templo Budista Terra Pura, o ilustre professor Shigeki
Maeda, diretor da Oomoto Internacional, e o ministro-pregador da Religião de Deus
Jayme Bertolin.
O público acompanha a Prece Ecumênica do Pai-Nosso
Fotos: Lucian Fagundes
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

BOA VONTADE | 17
pelas orações! Vocês estão aí no
Brasil, nós aqui no Japão, mas o
Poder de Deus é um só. Quando
estamos com o pensamento unido,
essa distância desaparece, porque
a vibração é tão forte que parece
que estamos juntos”,
afirmou Aparecida.
Também da “Ter-
ra do Sol Nascente”
chega o agradecimen-
to do CEO de uma
multinacional japo-
nesa Etsuo Miyoshi,
da cidade de Higashikagawa, na
província de Kagawa, que postou
em sua página no Facebook o link
para o artigo “Exemplo de supera-
ção”. A senhora Tahira Masako,
do departamento de Rela-
cionamento Internacional
do Instituto Japonês de Es-
peranto, em Kyoto, é outra
irmã que escreve em reco-
nhecimento à mensagem
do diretor-presidente da
LBV: “Obrigada pela solidarieda-
de e pelas preces de fortalecimento
dedicadas ao japoneses, sofredores
de seguidas catástrofes. (...) Eu
tenho muita esperança que chegue
ao povo japonês uma vida de Paz”.
De Curitiba/PR, vem o teste-
munho da jovem Andrea Kaori
Tsuchiya Brujnolo sobre a reper-
cussão do artigo do jornalista Paiva
Netto: “Em meio a tanta turbulên-
cia no cenário mun-
dial, em virtude dos
últimos aconteci-
mentos no Japão, o
artigo ‘Exemplo de
superação’, do es-
critor Paiva Netto,
foi para mim como
um bálsamo, muito confortador.
Sou neta de japoneses por parte
de pai e fiquei muito sentida com
tudo o que aconteceu. Até mesmo
porque é a nação que hoje acolhe
meus dois irmãos, Flávio e Patrí-
cia, que trabalham e vivem lá com
suas famílias. Graças a Deus estão
todos bem. Minha família e eu
agradecemos pela belíssima men-
sagem, que nos leva a refletir sobre
o sentido de superação em
nossas vidas”.
E conclui Andrea: “Fi-
nalizo com este pensamen-
to de autoria do Irmão
Paiva, que vou encaminhar
aos meus irmãos no Ja-
pão: ‘Seguros estamos na Divina
Segurança das seguras
mãos de Jesus’. Arigatô!
[Obrigada!].”
Da capital paulista,
escreve pai Dalmo Ri-
bas, psicólogo, sacerdote
da União de Tendas de
Umbanda e Candomblé do Brasil
e membro da União das Religiões
Unidas (URI): “Muito oportunas
as considerações do Irmão Paiva
Netto sobre a tragédia japonesa,
que a rigor é uma tragédia da
Humanidade. Curiosamente, as-
sistindo ao filme Sonhos, de Akira
Kurosawa, deparei-me com o enre-
do de uma das histórias contadas,
que é uma premonição da fatalida-
de que viria aconte-
cer. Destaque-se que o filme é de 1990”.
Da capital federal,
o professor Maeda também comentou
e-mail sobre o artigo
“Exemplo de supera-
ção”, que ele traduziu para o japonês
e encaminhou à Quinta Guia Espiri-
tual da Oomoto Kurenai Deguchi,
da província de Kyoto: “A mestra
leu o texto e, com alegria, agradeceu
muitíssimo ao Irmão Paiva que, com
seu amoroso coração, se preocupa
com os japoneses. A
mestra pediu-me que
enviasse uma saudação
ao senhor Paiva Netto.
Quanto ao Ato Ecumê­
nico, que ocorreu na
Pirâmide [do Templo da
Boa Vontade], transmitiu seus agra-
decimentos aos membros da LBV”.
Também de São Paulo/SP, a se-
nhora Ombretta Gori Sacco, viúva
do saudoso Teodoro Lausi Sacco,
que presidiu a Federação
Espírita do Estado de São
Paulo (FEESP), comenta:
“Irmão Paiva Netto: muito
oportuna a sua crônica
‘Exemplo de superação’.
Nosso grupo espírita está
unindo-se com toda a Humanida-
de para orar pelos irmãos em tão
triste momento. Que
Deus, em Sua Infinita
Bondade, dê forças a
esse povo tão valoroso.
Unamo‑nos em prece
por todos eles, os en-
carnados e os desen-
carnados. Que Jesus os ilumine
sempre! Fraternos abraços”.  
Dalmo Ribas
Tahira Masako
Ombretta Sacco
Kurenai Deguchi
Andrea Brujnolo e seu pai,
João Tatsuo Tsuchiya
Etsuo Miyoshi
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Elias Paulo
Arquivo BV
Arquivo BV
Arquivo BV

Amiga de longa data da Legião
da Boa Vontade, a atriz Nívea
Stelmann começou a comemorar
seu aniversário neste ano um dia an-
tes, ao receber em casa, no Rio de Ja-
neiro/RJ, a visita carinhosa de alguns
dos alunos do Centro Educacional da
LBV na capital fluminense. Na vés-
pera de seu aniversário, comemorado
em 6 de abril, as crianças levaram a
mensagem fraterna da Instituição e
os votos de feliz aniversário à atriz.
Bastante contente com a grata
surpresa, Stelmann postou no mi-
croblog dela: “As crianças da LBV
vieram comemorar meu níver ante-
cipado na minha casa. Que alegria!
Um lindo presente”.
A atriz já participou de muitas
ações de mobilização social pro-
movidas pela LBV; no fim do ano
passado, Nívea vestiu novamente a
camisa da Solidariedade, trazendo
seu apoio à tradicional Campanha
Natal Permanente da LBV — Jesus,
o Pão Nosso de cada dia! (leia re-
portagem na p. 100).
Crianças da LBV parabenizam Nívea Stelmann
Fotos: Priscilla Antunes
Os parabéns à atriz foram destacados
por inúmeros sites, a exemplo destes:
Cartas, e-mails , livros e registros

BOA VONTADE | 19
U
ma parceria entre o professor
José Eduardo Sabo Paes, pro-
curador de Justiça do Ministério
Público do Distrito Federal e Territó-
rios, e o também advogado e consultor
jurídico Eduardo Szazi resultou no
livro Terceiro Setor: Melhores Prá-
ticas Regulatórias Internacionais. O
lançamento da obra, em Brasília/DF,
no dia 5 de abril, reuniu autoridades,
estudiosos e pessoas interessadas nas
novas propostas para o Terceiro Setor.
Em entrevista à BOA VONTA-
DE, o procurador José Eduardo Sabo
Paes comentou o teor da publicação:
“A obra traz aspectos de governan-
ça, de financiamento governamental,
de transparência, que foram objeto
dos nossos estudos”.
O advogado Eduardo Szazi, por
sua vez, afirmou: “Este livro
é uma verdadeira parceria
público-privada. Eu, advoga-
do, atuando então na esfera
privada; o dr. Eduardo Sabo,
uma ilustre autoridade no
Terceiro Setor, da esfera pú-
blica. A obra traz esses dois olhares”.
Ambos os autores autografaram
um exemplar do título para o diretor-
-presidente da LBV, com os seguintes
dizeres: “Ao digno Presidente da
LBV, José de Paiva Netto, com since-
ros cumprimentos do autor pela sua
dedicação à sociedade. Com o apreço
do Dr. Eduardo Sabo”; e “Ao Dr.
Obra literária apresenta melhores práticas
regulatórias internacionais para o T erceiro Setor
José de Paiva Netto, honrado
Presidente da LBV, com a ad-
miração do Eduardo Szazi”.
Também no evento, o
presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil –
Seção do DF, Francisco
Caputo, salientou: “O livro é mais
uma relevante contribuição do dr.
Eduardo Sabo Paes, (...) a maior
autoridade brasileira neste assun-
to. Ele teve a contribuição de seu
colega, dr. Eduardo Szazi, que é um
notório conhecedor do tema”.
O senador Pedro Simon, presente
ao lançamento, acrescentou: “É im-
portante que o país dê o
devido valor ao Terceiro
Setor”. O parlamentar
gaúcho ainda citou a
excelência do trabalho
solidário da LBV, que
atua há mais de 61 anos
levando o amparo material e espiritual
a famílias brasileiras. “Está aí um
exemplo do Terceiro Setor, fantástico:
é o Paiva Netto [diretor-presidente da
Instituição], é a Legião da Boa Von-
tade. Aliás, estive hoje com a minha
mulher no Templo da LBV*, aqui em
Brasília. Há ali um sentimento muito
elevado”, declarou.
* Templo da Boa Vontade — A Pirâmide das Almas Benditas — a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, como também é chamado o Templo da Paz, o TBV — está
localizada no SGAS 915, Lotes 75/76 — Brasília/DF.
Durante o evento, o professor José Eduardo Sabo Paes (C), procurador de Justiça do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e o advogado e consultor jurídico
Eduardo Szazi (D) recebem os cumprimentos de Enaildo V iana, da LBV .
Pedro Simon
José Cruz/ABr
José Gonçalo
Francisco Caputo Neto
José Gonçalo

20 | BOA VONTADE
Cartas, e-mails , livros e registros
Caro Paiva Netto,
agradeço o nº 228 da
revista BOA VONTA-
DE e cumprimento-
-o pelo destaque dado
aos temas educacio-
nais. Abraços. (Paulo
Nathanael Pereira de Souza, Gab.
da Reitoria da UNISciesp, São
Paulo/SP)
Os 70 anos de ju-
ventude de Paiva Netto
são a maior prova do
progresso da LBV em
todas as áreas de atua-
ção que os 54 anos de
trabalho do dirigente
da Legião da Boa Vontade pro-
porcionaram. Viva 2 de março de
2011! Viva Paiva Netto! Viva Jesus!
(Anibal Ribeiro, jornalista, São
Paulo/SP)
A sra. Edicleia Ba-
tista, chamada ca-
rinhosamen-
te de Didi,
d i r e t o r a
do Jornal
Dhoje, de São José
do Rio Preto/SP, enaltece os
trabalhos da revista BOA VON-
TADE. Tendo em mãos a edição
n
o
228, Didi registrou: “Adoro a
revista da LBV. O conteúdo dela
nos traz um aprendizado amplo,
de diversos segmentos, enrique-
cendo nosso conhecimento. No
início de 2011, foi feita uma faxina
no jornal, e pedi às meninas que
guardassem as revistas da LBV na
minha mesa, pois tenho o maior
carinho pela BOA VONTADE”.
Sociedade mais justa
Por e-mail, em mensagem da-
tada de 30 de janeiro, o presidente
da seção do Distrito Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB-DF), dr. Francisco Queiroz
Caputo Neto, destacou: “Acredito
que para todos nós foi importante
e, mais que isso, uma agradável
satisfação ver uma entidade como
a LBV forte e vigorosa, assim como
os homens que a dirigem, voltando
seus esforços para a construção
de uma sociedade mais justa e
Paulo Nathanel de Souza
Anibal Ribeiro
Divulgação Vivian Ribeiro Ferreira
O consagrado escritor, cronista e jornalista Ignácio de Loyola Bran-
dão lançou, em 11 de abril, no Teatro Municipal de Araraquara/SP, a obra
biográfica Ruth Cardoso — Fragmentos de uma vida. Compareceram à
concorrida sessão de autógrafos diversas personalidades, entre as quais o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso.
A história de vida da ex-primeira-dama Ruth Cardoso (1930-2008)
narrada por Brandão traz um diferencial: contou com a participação pessoal da biografada, por meio de en-
trevistas exclusivas. Por essa razão, o autor apresenta histórias pouco conhecidas do público sobre a traje-
tória da antropóloga araraquarense, que foi ativista social e professora da Universidade de São Paulo.
Na ocasião, o escritor dedicou um exemplar ao
diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, com as seguintes palavras: “Ao Paiva Netto, essa Ruth exemplar. Abraço. Ignácio”.
Biografia de dona
Ruth Cardoso ganha livro
Presentes ao evento, a partir da esquerda, o ex-presidente do Brasil Fernando
Henrique Cardoso (com quem a saudosa dona Ruth era casada desde 1953), o
escritor Ignácio de Loyola Brandão e o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri.
Ruth Cardoso
Gilberto Bertolin
Tetê Viviani/Prefeitura de Araraquara

BOA VONTADE | 21
fraterna. Parabéns aos que fizeram e fazem a LBV
diariamente!”.
Coidealismo
Sou católico e trabalho muito pelo esperanto
por meio da IKUE (União Católica Internacional
Esperantista). Como delegado da UEA [Univer-
sala Esperanto-Asocio], eu me correspondo com
muitos coidealistas de diversas partes do mundo, prin-
cipalmente africanos. A África precisa da divulgação
do esperanto (...).
Sou idoso, porém, eu me sinto jovem espiritual-
mente. Leio muito sobre o Paiva Netto e admiro as
suas realizações: as de caráter social, as ecumênicas
e as de benemerência. Sou doutor em Ciências Políti-
cas e trabalhei durante 28 anos como funcionário do
serviço estatal de ferrovias da Itália, nas cidades de
Veneza e Verona. Reitero meus votos de paz, saúde
e tranquilidade para o ano de 2011. Com amizade,
coidealisticamente. (Serio Boschin, Itália)
Jane de Araújo/Agência Senado
CORDIAL ENCONTRO — O presidente do Con-
gresso Nacional, senador José Sarney, recebeu
o kit de material pedagógico distribuído pela
Campanha Criança Nota 10 — Sem Educação
não há Futuro!, da Legião da Boa Vontade.
Sarney apoiou a iniciativa da LBV, que nesta
edição de 2011 entregou em todo o Brasil 12
mil kits a crianças e adolescentes de famílias
de baixa renda. (Veja a cobertura completa na
p. 44.) No encontro, ocorrido em 17 de mar-
ço, no Congresso Nacional, estiveram com o
parlamentar (ao centro) o veterano jornalista
Gilberto Amaral e o diretor-executivo da
LBV, Silmar de Almeida (à esquerda), além
de José Eugênio Natalino e Paulo Medeiros
(à direita), também representantes da Instituição.
Obra relata trajetória de
José Sarney
A jornalista Regina Echeverria autografa exemplar da obra.
O lançamento da obra Sarney — A Biografia , da
jornalista Regina Echeverria, em 22 de março, na
capital federal, contou com a presença do próprio
homenageado, além de autoridades e personalidades.
Em mais de 600 páginas, a autora apresenta a
história do atual presidente do Senado, José Sarney,
político e escritor maranhense, membro da Academia
Brasileira de Letras, que entrou na cena política em
1954. Fotos ilustram as muitas fases da trajetória desse
homem público, alegrias e momentos marcantes que
viveu no poder.
Na ocasião, a jornalista dedicou um exemplar
da obra ao diretor-presidente da LBV, com estes
dizeres: “Ao presidente Paiva Netto, um pedaço
da nossa história. Beijo, Regina Echeverria. Mar-
ço/2011”.
Lucian Fagundes

22 | BOA VONTADE
Cartas, e-mails , livros e registros
Em roteiro oficial, chefe da Seção de ONGs das Nações Unidas participa de evento
organizado pela LBV na América do Sul
Educação global
O
chefe da Seção de ONGs do
Departamento de Assuntos
Econômicos e Sociais das Na-
ções Unidas (UN/Desa), dr. Andrei
Abramov, veio especialmente ao
Brasil e ao Uruguai para participar
do 8º
Fórum Intersetorial Rede So-
ciedade Solidária — 5ª Feira de Ino-
vações em suporte à Revisão Minis- terial Anual do Conselho Econômico e Social (Ecosoc), evento organizado pela Legião da Boa Vontade.
O encontro, que ocorreu em
cidades da América do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bo- lívia) e em Portugal, entre os dias 10 de março e 1º
de abril, discutiu o
tema “Educação para o Desenvolvi- mento Global: Um Olhar Além do
Intelecto”. Na realização do fórum, a LBV conta com o suporte do UN/ Desa e o apoio do Centro de Informa-
ção das Nações Unidas para o Brasil (Unic Rio).
Paiva Netto e dr.
Abramov em cordial
encontro
Antes do primeiro evento oficial
no país, o dr. Andrei Abramov,
maior autoridade em organizações
da sociedade civil com relação
consultiva na ONU, reencontrou-se
no dia 28 de março, na regional da
Instituição no Rio de Janeiro/RJ,
com o radialista e jornalista Paiva
Netto, diretor-presidente da Legião
da Boa Vontade.
Mais do que externar mútuo
respeito e admiração, os dois ami-
gos aproveitaram a oportunidade
para conversar acerca da situação
de crianças e jovens de famílias de
baixa renda no Brasil e no exterior,
assim como discutiram saídas para
o problema que se apresenta no âm-
bito da Educação e da Assistência
Social. Durante o bate-papo, o dr.
Abramov mencionou muitos talen-
tos do dirigente da LBV, ressaltando
que o trabalho de Paiva Netto serve
de inspiração às pessoas de Bem.
Visita à comunidade
pacificada da
Providência
No mesmo dia, o chefe da Seção
Nathália Valério

BOA VONTADE | 23
de ONGs do UN/Desa conheceu o
trabalho promovido pela Legião da
Boa Vontade na comunidade pacifi-
cada da Providência. Ali, a Institui-
ção marca presença por meio do pro-
grama Espaço de Convivência, que
contribui para o desenvolvimento
de pessoas e famílias em situação de
vulnerabilidade social. Outra inicia-
tiva bem-sucedida da LBV no local
é a ajuda oferecida às crianças da
comunidade que frequentam as aulas
de caratê — realizadas pela UPP —,
dentro da Campanha Esporte é Vida,
não violência!.
Na oportunidade, os atletas de-
monstraram técnicas do esporte ao
representante da ONU. “A visita de
hoje à Providência foi uma experi-
ência que abriu minha mente. Tudo
que presenciei pode ser replicado
em países onde há uma situação de
pobreza similar a esta, em que há
crimes e drogas, crianças e jovens
que, por falta de saída, repetem o
mesmo ciclo de violência. Essa ex-
periência é, em particular, valiosa
aos países que saíram de conflitos,
como o Haiti. Ela demonstra forte
parceria entre o governo, o setor
privado e organizações como a
Legião da Boa Von­tade”, comentou
o dr. Andrei.
A atuação da LBV na Provi-
dência é resultado de uma parceria
entre a Instituição, a Super Rádio
Brasil (940 AM) e o Governo do
Estado do Rio de Janeiro, por meio
da Secretaria Estadual de Esporte e
Lazer. A iniciativa colabora com o
projeto Rio 2016.
Educação no combate à
pobreza
Depois da visita, o dr. Andrei
Abramov seguiu para o Centro
Educacional da LBV, em Del
Castilho, zona norte carioca, para
participar do 8
o
Fórum Interseto-
rial Rede Sociedade Solidária. Na
capital fluminense, o enfoque do
encontro, que reuniu representan-
tes de organizações da sociedade
civil, de empresas, de governos e
de universidades, foi “Desafios do
Brasil — A educação no combate
à pobreza”.
O representante da ONU disser-
tou sobre o tema do encontro. Em
sua abordagem, afirmou: “Eu gos-
taria de agradecer especialmente
ao senhor José de Paiva Netto,
presidente da LBV, e sua equipe
pelo trabalho fenomenal e pela
dedicação. A Instituição defende
há muito tempo a importância da
Educação e da criação de uma
cultura de respeito dentro das
famílias. Também trabalha para
construir escolas, dar boas condi-
A partir da esquerda, o casal Lucimara Augusta e Paiva Netto confraterniza com
o chefe da Seção de ONGs das Nações Unidas, dr. Andrei Abramov, ladeado por
Raquel Bertolin, da LBV .
ções de trabalho aos professores,
fornecer materiais. A Legião esteve
entre as primeiras organizações a
reconhecer o valor da Educação
para o bem-estar da família e no
combate à pobreza”.
Em entrevista à BOA VONTA-
DE, ressaltou que a qualidade do
ensino “é a chave” para a solução
dos grandes problemas da atua-
lidade. “Mesmo que a sociedade
atingisse 100% no acesso à Edu-
cação, a taxa de retenção ainda
continuaria sendo muito baixa.
Os pais não levariam seus filhos
à escola se soubessem que esse
ambiente não traria nenhum tipo
de benefício.” A questão, segundo
o dr. Abramov, evidencia-se em
muitos indicadores sociais. Para
ele, “investir dinheiro na compra
de livros e construção de salas de
aula não é suficiente. É importante
agir nas questões que se referem
aos professores, aumentar seus
Alexandre Herculano

24 | BOA VONTADE
Cartas, e-mails , livros e registros
A próxima edição da BOA VONTADE trará reportagem completa sobre o 8º Fórum Intersetorial Rede Sociedade
Solidária — 5ª Feira de Inovações em suporte à Revisão Ministerial Anual do Conselho Econômico e Social
(Ecosoc), evento promovido pela Legião da Boa Vontade em várias cidades da América do Sul.
Da esquerda para a direita, o presidente da Superintendência de Desportos do Estado
do Rio de Janeiro (Suderj), Everardo Candido da Silva; o administrador da LBV no
RJ, Eliel Brum; o chefe da Seção de ONGs da UN/Desa, dr. Andrei Abramov; Alziro
Paolotti de Paiva, representando o diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto; o re-
presentante da LBV na ONU, Danilo Parmegiani; e o comandante da UPP-Providência,
capitão Glauco Schorcht. Na ocasião, atletas de caratê receberam os ilustres visitantes.
RIO DE JANEIRO, RJ — Da esquerda para a direita: a mestre em Educação pela UFRJ,
filósofa, conferencista e escritora, prof. Tânia Zagury; a pedagoga e diretora da Escola
da LBV no RJ, Gisela Portilho; o chefe da Seção de ONGs da UN/Desa, dr. Andrei
Abramov; a secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin; e o
coordenador de projetos do Viva Rio, Francisco Potiguara.
salários, melhorar as condições de
trabalho e de ensino”.
O representante da ONU desta-
cou, ainda, a relevância do evento
da LBV: “Gostei de todos os
palestrantes. Eles trouxeram a
riqueza de suas experiências nas
apresentações. Os assuntos abor-
dados neste Fórum são bastante
oportunos, têm composição social
e, definitivamente, são direciona-
dos para a prática. Estou certo
de que a Legião da Boa Vontade
será capaz de produzir e levar
boas recomendações ao Conselho
Econômico e Social da ONU, no
mês de julho deste ano, na sessão
substancial que ocorrerá em Ge-
nebra, Suíça”.
Além de acompanhar os
debates do Fórum na Cidade
Maravilhosa, o dr. Abramov
também levou o tema de sua
palestra aos encontros promo-
vidos pela LBV em Brasília/DF
(30 de março) e em Montevidéu
(1
o
de abril), no Uruguai.
As boas práticas colhidas no
Fórum, na Feira de Inovações e no
questionário disponibilizado pelo
portal www.boavontade.com ser-
virão de base para o relatório que
a LBV elaborará e encaminhará ao
Ecosoc, em contribuição ao mais
importante encontro anual desse
órgão, no qual a Instituição tem
status consultivo geral desde 1999:
a Reunião de Alto Nível (High-
-Level Segment).
Priscilla Antunes
Nathália Valério

BOA VONTADE | 25
Voltou à Pátria Espiritual, em 29 de
março, o ex-vice-presidente da República
do Brasil José Alencar, aos 79 anos de
idade. Ele deixa aos brasileiros o legado
de um vencedor. Destacado homem pú-
blico, tornou-se exemplo de amor à vida,
de confiança e humildade nos desígnios
de Deus.
Além de deixar marcada forte ima-
gem de superação, outra lembrança que
ficará bem viva na memória dos brasilei-
ros é a do constante incentivo às práticas
solidárias. Amigo de longa data da Le-
gião da Boa Vontade, em certa ocasião,
conhecendo as atividades empreendidas
pela Obra, o empresário afirmou: “Sou
um admirador da atuação da LBV no
Brasil e no mundo”.
Em entrevista à Super Rede Boa Von-
tade de Comunicação (TV, rádio, internet
e publicações), Alencar demonstrou seu
entusiasmo pelo trabalho empreendido pela
Obra, ao receber, no gabinete no Palácio do
Planalto, a visita de alunos atendidos pela
LBV, em 14 de dezembro de 2006.“É com
a maior satisfação que transmito, para vo-
cês da Legião da Boa Vontade, os votos de
José Alencar — Amor
à vida — A Saga de um brasileiro é o título do
livro da jornalista Eliane
Cantanhêde sobre o
ex-vice-presidente da República José Alencar (1931-2011).
Nele, a autora des-
creve fatos marcantes da trajetória desse empre-
sário e político minei-
ro, de destacado papel na história recente do Brasil.
Ao diretor-presidente
da LBV, a autora de-
dicou um exemplar do livro com a mensagem: “Para o jornalista
Paiva Netto, uma histó-
ria de luta e de supera-
ção. Eliane Cantanhêde. 01/2011”.
Ex-vice-presidente e crianças da LBVJosé
Alencar
em biografia
que eles [os alunos da LBV] tenham muito sucesso na vida. Eu os parabenizo pela forma com que os têm educado, de modo que é muito bonito. E pela fisionomia das crianças que estão aqui, a gente só pode fazer crescer o entusiasmo em relação ao futuro do país.”
No dia seguinte a essa homenagem,
o ex-vice-presidente endereçou frater-
no telegrama ao diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, no qual escreveu: “Com cordial
visita, agradeço o lindo cartão assina-
do por alunos da Escola de Educação Infantil da Legião da Boa Vontade. Na oportunidade, cumprimento-o pela atuação dessa prestigiosa Instituição no desenvolvimento de programas voltados para o atendimento de crianças, adultos e idosos. Atenciosamente, José Alencar Gomes da Silva. Vice-Presidente da República”.
Ao Espírito eterno desse notável
brasileiro, as melhores vibrações de Paz da LBV e de seu dirigente, extensivas à sua querida esposa, dona Mariza, e aos
demais familiares e amigos.
João Areis Preda
Lísias Macedo
HOMENAGEM

26 | BOA VONTADE
Cartas, e-mails , livros e registros
Evento festeja os 103 anos da ABI e o Dia do Jornalista
Dupla celebração
A
Associação Brasileira de Imprensa
(ABI) e o Sindicato dos Jornalistas
Profissionais do Município do Rio
de Janeiro (SJPMRJ), em parceria com
o Instituto Casa Grande (ICG) e o Clube
de Comunicação, promoveram, em 7 de
abril, o fórum “O papel do jornalismo
no contexto cultural contemporâneo”,
realizado no edifício-sede da prestigia-
da associação, na capital fluminense.
O debate marcou uma dupla come-
moração: o Dia do Jornalista e os 103
anos de fundação da ABI. Durante o
evento, foram discutidas amplamente
questões como a liberdade de imprensa
e o papel do jornalismo diante do direito
à formação profissional e à informação
da sociedade.
Coube ao diretor de Cultura e Lazer
da ABI, Jesus Chediak, a palestra
de abertura da cerimônia.
Além dele, também partici-
param da mesa de debates o
economista Carlos Lessa;
o senador Saturnino Bra-
ga, presidente do Instituto
Casa Grande; a professora
Sônia Virgínia Moreira, da
Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ); os jornalistas
Suzana Blass, presidente do SJPMRJ;
Leonel Aguiar, professor da Pontifícia
Universidade Católica (PUC-RJ); e
Terezinha Santos, da Comissão de
Ética do SJPMRJ.
À Super Rede Boa Vontade de
Comunicação (TV, rádio, internet e
publicações), Jesus Chediak destacou
a principal função da Casa
do Jornalista: “Desde o seu
centenário, [a ABI] decla-
rou 100 anos de luta pela
liberdade. A liberdade é
fundamental em qualquer
sociedade, principalmente
numa sociedade democrá-
tica. Além da defesa da
liberdade individual, coletiva, esta-
mos defendendo também o direito à
informação”.
Ao receber os cumprimentos fra-
ternos da equipe da Legião da Boa
Vontade, em nome de seu diretor-
-presidente, o jornalista e membro
Francisco Ucha/ABI
Participaram da mesa de debates na ABI, a partir da esquerda, Leonel Aguiar, professor da PUC-RJ; o senador
Saturnino Braga; Suzana Blass, presidente do SJPMRJ; Sônia Virgínia Moreira, professora da UERJ; o economista
Carlos Lessa (ao microfone); e Terezinha Santos, da Comissão de Ética do SJPMRJ.
Jesus Chediak
Francisco Ucha/ABI

BOA VONTADE | 27
efetivo da ABI José de Paiva Netto,
Chediak afirmou: “Vou mandar um
recado para ele e dizer que a revista
[BOA VONTADE] está muito boa!
Estou recebendo sempre”.
Dando prosseguimento ao debate,
Suzana Blass apontou questões que,
segundo ela, dificultam o pleno exer-
cício da profissão: “A mídia ocupa um
espaço público, por isso defendemos
que o profissional desta área tenha
uma formação sedimentada na ética
e na responsabilidade. (...) Defende-
mos o jornalismo como um serviço de
interesse público”.
O economista Carlos Lessa ressal-
tou a importância simbólica de reali-
zar esse debate no Dia do Jornalista.
“Esse dia representa muito, porque
o jornalismo e o jornalista são pe-
ças fundamentais na construção das
instituições sociais.” Lessa lembrou,
ainda, a atuação da LBV e de seu diri-
gente: “Eu tenho o maior respeito pela
Legião da Boa Vontade. Vocês fazem
um trabalho deslumbrante, da maior
importância! Parabenizo Paiva Netto
por ele existir. Ele é o que eu chamo
de um brasileiro! O maior tratamento
que dou a uma pessoa é dizer: fulano
é um brasileiro! Paiva Netto é um
brasileiro! Eu aprendi a admirar o
trabalho de vocês com o exemplo de
muita gente que foi salva de situações
difíceis graças à LBV. Parabéns!”.
O jornalista Maurício Azêdo,
ilustre presidente da ABI, o qual não
pôde participar do evento, deixou
seu recado para o 7 de abril durante
o programa Comando da Esperança,
veiculado pela Super Rádio Brasil
(AM 940), emissora da Super Rede
Boa Vontade de Rádio no Rio de
Janeiro. “A profissão de jornalista
é muito fascinante, porque coloca o
profissional de frente com os acon-
tecimentos da vida social, de toda
natureza. Esse contato pessoal com
a realidade é importante, pois [o jor-
nalista] vive, permanentemente, num
clima que conduz à emoção”, disse.
Na entrevista, Maurício Azêdo
exaltou os antigos laços que unem a
Associação Brasileira de Imprensa e
a Legião da Boa Vontade. “O prazer
é meu em falar com vocês; temos uma
relação de colaboração permanente,
a Super Rádio Brasil e seus dirigen-
tes, que são nossos eminentes asso-
ciados, e o dr. José de Paiva Netto,
presidente da LBV.”

Breve histórico
Aos ouvintes da Super Rádio Brasil,
o entrevistado contou resumidamente
a história da fundação da ABI. “(...)
A Casa foi fundada em 7 de abril de
1908 por um grupo de oito jornalistas,
tendo à frente o jornalista catarinense,
radicado no Rio de Janeiro, Gustavo de
Lacerda. Desde então, a Casa que es-
ses visionários criaram constitui-se na
mais importante instituição de impren-
sa do nosso país. A trajetória da ABI é
a defesa da liberdade de imprensa, de
expressão, de ter opinião, e a defesa dos
Direitos Humanos.”
Em dezembro de 2010, a Cam-
panha Natal Permanente da LBV
— Jesus, o Pão Nosso de cada dia! (veja reportagem na p. 100)
entregou 1,2 milhão de quilos de alimentos a mais de 70 mil famí-
lias de baixa renda, de 170 cidades brasileiras. Para isso, a Instituição contou com o apoio de colaborado-
res em todo o país.
Na Paraíba, a empresa de co-
municação Mídia Digital TVT, que
leva informação e entretenimento a
usuários de transporte coletivo em
pontos estratégicos de terminais de
ônibus, foi parceira importante na
divulgação da iniciativa da LBV.
Durante os meses de novembro
e dezembro, o Terminal de Integra-
ção Urbana de Campina Grande
veiculou, em média, 50 inserções
diárias do vídeo da campanha, com
a participação de artistas e perso-
nalidades empenhados em garantir
um Natal sem fome e mais feliz a
milhares de pessoas em situação de
risco social. No Nordeste, a ação
beneficiou famílias de mais de 60
municípios.
Mídia Digital
TVT apoia
campanha da
LBV na Paraíba
Jean Carlos
Maurício Azêdo, presidente da ABI.
Vivian Ribeiro Ferreira

28 | BOA VONTADE
Cartas, e-mails , livros e registros
O
programa Momento Espor-
tivo, da Super Rádio Brasil
(940 AM), emissora da Su-
per Rede Boa Vontade de Rádio
no Rio de Janeiro/RJ, celebrou,
em 4 de janeiro, 12 anos no ar.
Em março deste ano, o programa
recebeu o Troféu João Saldanha,
ao ficar entre os três finalistas da
premiação esportiva, na catego-
ria rádio. Conhecido por trazer
as principais notícias do esporte
em primeira mão, o Momento
Esportivo apresenta entrevistas
exclusivas com jogadores, equipe
técnica e reportagens especiais
dos grandes clubes e seleções.
Sobre o aniversário, o locutor es-
portivo da Rádio Globo José Carlos
Araújo, o Garotinho, colunista da
revista BOA VONTADE, disse que
“o programa Momento Esportivo
passou a ser uma bíblia do esporte
e principalmente dos profissionais
que trabalham [nessa área]. Todos
recorrem a ele, que é a primeira
fonte do dia. Eu tenho um carinho
muito grande por essa equipe, pelo
Irmão Paiva Netto. Acompanhamos
pelos anos esse trabalho. Não é à
toa que estão completando 12 anos
no ar. Ninguém fica esse tempo se
não tem conteúdo, uma partici-
pação ativa e, principalmente, o
reconhecimento de todo o público,
dos esportistas e daqueles que fa-
zem parte do dia a dia esportivo”.
LBV e Unisuam criam
curso para prática do
jornalismo esportivo
O sucesso do programa Mo-
Isabela Ribeiro
Momento Esportivo
completa 12 anos
mento Esportivo serviu de inspi-
ração à Legião da Boa Vontade e
à Unisuam (Centro Universitário
Augusto Motta), unidade de Bon-
sucesso, para criar o Curso de
Capacitação em Radiojornalismo
Esportivo. A iniciativa representa
uma oportunidade de qualificação
de futuros jornalistas que desejam
ingressar na crônica esportiva.
Ao longo de 18 aulas, os alu-
nos aprenderão os conceitos e a
prática que envolvem a prepara-
ção de um programa de rádio vol-
tado aos esportes. O conteúdo do
curso abrangerá, principalmente,
tópicos como pauta, apuração,
redação e edição, com atividades
realizadas na  sala de aula  e em
estúdio. Os participantes também
farão visitas a treinos de atletas, a
Ricardo Oliveira
A equipe do Momento Esportivo: (em pé, a partir da esquerda) Francisco Aiello, Gustavo Penna, Marcelo
Figueiredo (coordenador da equipe), André Gonçalves, Gerson Junior, Maurício Moreira e Gustavo Adolfo; à
frente, Diego Tirre, Fábio Morais e Hugo Lago.

BOA VONTADE | 29
O programa Momento
Esportivo vai ao ar de segunda
a sexta-feira, às 12h05, pela
Super Rádio Brasil 940 AM.
HISTÓRICO
O Momento Esportivo nasceu da vontade de levar aos esportes a Paz
e a união entre todos. Um sonho realizado pelo dirigente da Legião da
Boa Von­tade a partir da criação de um espaço na programação da Super
Rede Boa Vontade de Rádio e da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY)
para as notícias esportivas do Brasil e do mundo.
As atrações também contemplam o ideal da Campanha Esporte é
Vida, não violência!, lançada por Paiva Netto em 1978, com o objetivo
de promover Paz nos estádios. A iniciativa recebeu os aplausos do então
presidente da Federação Internacional de Futebol Associação (Fifa), dr.
João Havelange, que homenageou o dirigente da LBV com o famoso
Troféu Nacional Bola de Ouro, conferido a ele em duas edições. Gran-
des ícones do esporte, a exemplo de Zico, Romário, Zagallo, Bebeto,
Taffarel, Dunga, além do saudoso Telê Santana (1931-2006), sempre
apoiaram a campanha da Instituição.
estádios e ao ambiente de trabalho de repórteres esportivos. Haverá
também palestras com fonoaudió-
logo e profissionais consagrados
do jornalismo esportivo. Para o
coordenador do curso, jornalista
e professor Francisco Aiello,
aprender na prática faz toda a
diferença, por isso, “houve uma
grande procura pelo curso. Todas
as vagas foram preenchidas”. Ao
término, os estudantes gravarão
um piloto, simulando uma edi-
ção do Momento Esportivo, nos
estúdios da Super Rádio Brasil.
Os alunos mais bem avaliados
terão seus dados cadastrados em
um banco de talentos da emissora
para futuras vagas de estágio. Ou-
tras informações pelo site www.
unisuam.edu.br ou pelo telefone
(21) 3882-9787.
Ao centro, Francisco Aiello (camisa bege) com alunos do curso de capacitação em
Radiojornalismo esportivo, iniciado em 6 de abril.
Ricardo Oliveira
O roteirista e humorista Bruno Mazzeo e o publicitário Sérgio
Almeida têm em comum a paixão pelo Clube de Regatas Vasco da Gama.
Mas os amigos decidiram ir além desse sentimento e escreveram o livro 365
motivos para ser vascaíno, lançado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de
Janeiro/RJ.
Na obra, enumeraram façanhas da equipe cruz-maltina, organizadas em
forma de calendário. Ou seja, para cada dia do ano há uma razão, um episó-
dio, uma curiosidade, uma grande vitória do time, que explicam o amor a ele.
Representantes da Legião da Boa Vontade prestigiaram o evento e, em nome
do diretor-presidente da Instituição, saudaram os escritores, que dedicaram
assim exemplar do livro: “Paiva Netto, grande abraço, Bruno Mazzeo” e
“Paiva Netto, um forte abraço, saudações vascaínas. Sérgio Almeida”.
A partir da esquerda, o humorista Bruno
Mazzeo com o filho, João, o presidente
do Vasco, Roberto Dinamite, e o publi-
citário Sérgio Almeida, em noite de au-
tógrafos do livro 365 motivos para ser
vascaíno, no Rio de Janeiro/RJ.
365 motivos para ser vascaíno
Priscilla Antunes

30 | BOA VONTADE
O tradicional Colégio Pedro II, no
centro do Rio de Janeiro/RJ, promoveu
sessão solene, em 25 de março, para
entregar o título honorífico de Aluno
Eminente a personalidades e autorida-
des que estudaram no célebre colégio-
-padrão. Receberam a homenagem
o deputado federal Miro Teixeira;
o vice-prefeito do Rio e secretário
municipal de Meio Ambiente, Carlos
Alberto Vieira Muniz; a cravista
Rosana Lanzelotte, representada por
sua mãe, Dalva de Saldanha Lanze-
lotte; e o professor e sociólogo Carlos
Alberto Rabaça.
“Para o colégio, é motivo de reno-
vada alegria homenagear aqueles que
aqui estudaram. Com o brilhantismo
de cada um em sua área de atuação,
Colégio Pedro II homenageia
ex-alunos ilustres
Miro Teixeira
Divulgação
Vera Maria FerreiraRosana Lanzelotte Carlos Alberto RabaçaCarlos Muniz
mas sempre com a marca CP II [Colé-
gio Pedro II], com o espírito de cida-
dania que a gente aprende nessa esco-
la”, comentou a diretora-geral do Co-
légio Pedro II, Vera Maria Ferreira
Rodrigues.
O deputado federal Miro Teixeira
registrou o sentimento que o envolveu durante a solenidade. “Não dá para
descrever. Eu imaginava que iria me emocionar, mas foi [uma emoção] muito maior, positiva, na minha vida.
Aqui dentro não se encontram almas
pequenas.”
O Colégio Pedro II e a Legião da
Boa Vontade possuem fortes laços de
amizade. Lá, estudaram o saudoso
fundador da LBV, o radialista e poeta
Alziro Zarur (1914-1979), e o diretor-
-presidente da Instituição, o jornalista
e escritor José de Paiva Netto, ele
próprio Aluno Eminente do Pedro II.
Em entrevista, o parlamentar saudou
o dirigente da Obra. “Meu abraço ao
Paiva Netto, uma pessoa que merece
as admirações e homenagens de mui-
tos brasileiros, entre os quais, eu”,
afirmou Miro Teixeira.
O professor e sociólogo Carlos
Alberto Rabaça, por sua vez, recordou-
-se dos princípios éticos ensinados
no conceitua­do colégio. “Havia uma
formação extraor­ dinária de valores hu-
manísticos e espirituais. Os valores que
nós recebíamos nessa escola respeita-
vam todas as manifestações religiosas,
tendo como princípio o amor e o senso
de justiça. São lembranças que tenho.”
Cartas, e-mails , livros e registros
Fotos: Priscilla Antunes
Arquivo pessoal
Arquivo BV

BOA VONTADE | 31
Ronaldinho
Gaúcho,
jogador do
Flamengo.
José Carlos Araújo, comunicador da Rádio Globo do Rio
de Janeiro.
Arquivo pessoal
Opinião Esportiva
José Carlos Araújo
N
ão foi por acaso que Fla-
mengo, Palmeiras e Grêmio
tanto disputaram o direito
de contar com o futebol de
Ronaldinho Gaúcho. Todos es-
tavam dispostos a pagar quantias
jamais oferecidas a qualquer outro
jogador aqui no país. As cifras são
de atleta de Primeiro Mundo.
O detalhe é que todos sabiam
que o jogador, já faz alguns anos,
não vem apresentando o mesmo
futebol que o levou a ser eleito o
melhor do mundo. Mesmo assim,
a simples possibilidade de con-
tratação do craque mostrou que
ele ainda é o sonho de consumo
de muitos clubes no Brasil e no
exterior.
Foi um verdadeiro leilão, bem
arquitetado e conduzido por Assis,
irmão e empresário do atleta. No
fim, por escolha pessoal ou pela
maior oferta financeira, o Fla-
mengo levou a melhor e contratou
Ronaldinho Gaúcho.
Grêmio e Palmeiras sabem
muito bem o que perderam: um
jogador diferenciado, embora
sem aquele vigor físico de outros
tempos. Todavia, um atleta que vai
representar para o clube carioca o
mesmo que Ronaldo Fenômeno
e Roberto Carlos representa-
ram para o Corinthians: talvez
nem tanto em campo, mas com
certeza será de alta rentabilidade
financeira.
Só no jogo de estreia, o Fla-
mengo contabilizou a renda
de um estádio lotado por seus
torcedores. Além disso, teve um
faturamento extraordinário com
patrocinadores exclusivos para
essa única apresentação.
É certo que o contrato de
Ronaldinho Gaúcho é único entre
jogadores que atuam no Brasil.
Somente um mês de salário dele
dá para pagar a folha mensal de
muitos clubes por todo o país.
Mas ele está longe de dar prejuízo
ao Flamengo.
Ronaldinho Gaúcho no Fla-
mengo e Fred no Fluminense,
entre outros, confirmam as vanta-
gens de contar com um supercra-
que no elenco. Eles são garantia
de faturamento para os clubes
que defendem. Se têm direito a
salários astronômicos, também
asseguram aos clubes receitas
extraordinárias com as vendas
de direitos de transmissão de jo-
gos, camisas, exibições e outros
eventos.
Como admirador do futebol-
-espetáculo, parabenizo o Fla-
mengo e todos os clubes que
tentaram até o fim a contratação
de Ronaldinho Gaúcho. Seus diri-
gentes deixaram claro que enten-
deram que só grandes jogadores
atraem grandes públicos.
Eu espero que a lição deixada
por esses clubes frutifique e que
outros façam o mes-
mo e comecem a
manter seus cra-
ques ou a repatriar
outros que ainda
brilham no exte-
rior. Quem contrata
um jogador ex-
trassérie a peso
de ouro não está
gastando; está,
sim, investindo,
porque sabe que
logo vai recupe-
rar o que de-
sembolsou e
muito mais.
As vantagens de quem
tem um craque
shutterstock.com

32 | BOA VONTADE
Dona
Hilton Abi-Rihan
especial para a BOA VONTADE
Ivone Lara
Matriarca
do samba
Samba & História
Canções eternas

BOA VONTADE | 33
N
o rol dos bairros ca-
riocas considerados
redutos do samba,
Oswaldo Cruz se faz
presente na zona norte do Rio de
Janeiro/RJ. Sua tradição está liga-
da à história da escola de samba
Portela e aos seus grandes compo-
sitores. Lá mora uma das matriar-
cas do gênero, Dona Ivone Lara.
Acompanhada por sambistas no
quintal de sua casa, em entrevista
ao Samba & História, da Boa
Vontade TV (canal 23 da Sky) a
cantora relembrou episódios que
marcaram sua trajetória e estilo.
Aos 90 anos, ela segue tra-
balhando. Antes de se consagrar
uma das estrelas da música brasi-
leira, Dona Ivone trabalhou como
Hilton
Abi-Rihan,
radialista,
jornalista e
apresentador
do programa
Samba &
História.*
Clayton Ferreira
enfermeira especializada em Te-
rapia Ocupacional e se formou,
logo depois, como assistente
social. Ela lembra com carinho
a época que atuou em hospitais
psiquiátricos, porém, sem deixar
a música de lado.
Dona Ivone aprendeu cedo a
tocar cavaquinho. Aos 12 anos,
escreveu seu primeiro samba, após
ganhar de Mestre Fuleiro e do Tio
Hélio um pássaro tiê-sangue. O
nome serviu de inspiração para a
primeira música, Tiê, Tiê. A compo-
sição fez sucesso e até recentemente
foi regravada por artistas consagra-
dos, a exemplo de Alcione.
A primeira parceria que lhe
abriu caminho no mundo do sam-
ba foi com os compositores Silas
de Oliveira e Bacalhau. “Tem
um samba que eu fiz com eles, Os
Cinco Bailes da História do Rio,
que deixou saudade. Tive e tenho
bons parceiros até hoje.” E foi
com esse samba que a Império
Serrano desfilou no carnaval de
1965, tendo alcançado o quarto
lugar. Por esse feito, Dona Ivone
Lara ocupou o lugar de primeira
mulher a fazer parte da ala de com-
positores para o carnaval carioca.
No começo de 1970, após a
morte de Silas, passou a compor
com Délcio Carvalho e ganhou
mais notoriedade. Ao lado dele,
compôs sucessos como Acreditar,
Sonho Meu e Alvorecer. “Ti-
vemos a oportunidade de fazer
grandes composições. Depois,
chegou para somar com a gente
o Hermínio Bello de Carvalho.”
Em 1978, Sonho Meu, gravada
por Maria Bethânia e Gal Costa
no LP Álibi, de Bethânia, recebeu
o Prêmio Sharp de Melhor Mú-
sica. Outras canções dela ganha-
ram vida nas vozes de Caetano
Veloso, Gilberto Gil e Roberto
Ribeiro. Em 1979, a Europa co-
nheceu o talento dessa veterana
e autêntica sambista. Nesse ano,
realizou em Paris (França) uma
temporada com o grupo Brasil
Canta e Dança e lançou o disco
Sorriso de Criança, com arranjos
do maestro Nelsinho e partici-
pação especial de Rosinha de
Valença, ao violão, e de Clara
Nunes, nos vocais. Nesse mesmo
ano, Elizeth Cardoso, no LP O
Inverno do Meu Tempo, incluiu a
música Unhas, parceria de Dona
Ivone com Hermínio Bello.
* Programa Samba & História — Na Super Rede Boa Von-
tade de Rádio (Super RBV), você pode acompanhar as entre-
vistas aos domingos, às 14 e 20 horas. Pela Rede Educação e
Futuro de Televisão e pela Boa Vontade TV (canal 23 da SKY),
o telespectador pode conferi-las aos sábados, às 14 e 22 horas;
aos domingos, às 14 e 21 horas; e às terças, às 21 horas.
Fotos: Arquivo pessoal
Arquivo BVTV

34 | BOA VONTADE
Bodas de Ouro e
homenagens
Em 1997, Dona Ivone
Lara completou 50 anos de
carreira. Para celebrar, gravou
o CD Bodas de Ouro. Nele,
interpreta composições suas em
dueto com alguns dos principais
cantores da música popular bra-
sileira, entre eles Martinho da
Vila, Djavan, Zeca Pagodinho
e Almir Guineto.
Colhendo os frutos de tanta
dedicação ao samba, no ano
seguinte foi homenageada no
Festival Latino, promovido pela
EuroDisney, na França. A matriar-
ca também já foi agraciada com a
medalha Pedro Ernesto, em sessão
solene no Plenário da Câmara
Municipal do Rio de Janeiro, por
serviços prestados à música e à
cultura.
A 21
a
edição do Prêmio da Mú-
sica Brasileira, em agosto de 2010,
no Theatro Municipal, no Rio de
Janeiro, teve como homenageada
da noite Dona Ivone Lara. A grande
dama do samba foi reverenciada
por artistas de diferentes gerações
e estilos. Subiram ao palco músicos
e intérpretes de renome, a exemplo
de Caetano, Maria Gadú, Rober-
ta Sá, Arlindo Cruz e Lenine.
Todos lembraram o talento dessa
compositora obstinada, dona de
sucessos do cancioneiro popular,
como Alguém me Avisou e Sorriso
Negro, clássicos de qualquer roda
de samba que se preze.
As novas gerações
agradecem
Dona Ivone Lara, legítima
representante do matriarcado no
samba, alia sua vasta experiência
ao potencial de jovens músicos.
Sempre atuando nos palcos, não
abre mão de compor e se apresentar
ao lado de quem acaba de começar.
“Ela é a matriarca do samba
no Brasil, todos nós recebemos o
grande exemplo dela. Conseguiu
se formar, conquistou estabilidade
financeira e conciliou isso com o
samba. E nós seguimos esse ca-
minho”, disse o cavaquista Bruno
Castro, que acompanha a cantora
há 15 anos.
Também músico, André Lara é
neto da cantora e faz parte do grupo
DNA do Samba, formado por filhos
e netos de grandes nomes do gênero.
“Tem gente que quer comparar, mas
não tem nada a ver. Nós bebemos
da fonte que temos em casa, mas o
resto é com a gente. Com a minha
avó, compus cerca de dez sambas.
O mais recente foi no avião, indo
para um show em São Paulo, com
o Bruno Castro, e diz assim: ‘Pisei
nesse chão que a vovó pisou, no
terreiro que abrigou o amor e a
saudade. Toquei no cavaco que
abrigou muitas noites de esplendor
no quintal do vovô. (...) Grande
império de bambas que é o meu
lar’”, disse.
Este trecho pertence à canção
Luta Imperiana, em que Bruno
e André compuseram a primeira
parte e Dona Ivone Lara, a segun-
da. Com o tempo, a cantora deixou
de compor com tanta frequência
para a escola do coração, mas
se mantém madrinha da ala dos
compositores. As novas gerações
recebem a influência da matriarca
e buscam inspiração na qualidade
dos sambas e do timbre de Dona
Ivone Lara, uma senhora que traz,
de berço, a vocação de compor e
cantar.
Colaboração: Isabela Ribeiro
1 3
2
(1) Dona Ivone dividiu o palco com Gilberto Gil algumas vezes,
uma delas para gravar participação no primeiro DVD da cantora,
em 2009. (2) Com Alcione, intérprete de suas canções, (3) e com a
jornalista e apresentadora Marília Gabriela.
Samba & História
Fotos: Arquivo pessoal

BOA VONTADE | 35
de 11 anos do professor (como
em outras profissões). A meta está
correta, mas urge encararmos a
realidade: nos tempos atuais, o
índice de formandos em Peda-
gogia é muito baixo (de 2005 a
2009, os alunos que concluíram
essa graduação desceram de 103
mil para 52 mil), o que aponta a
existência de um nível muito crí-
tico de interesse dos jovens pela
atividade. A baixa remuneração
seria a causa principal?
O número de estudantes con-
cluintes no Brasil cresceu nos úl-
timos cinco anos, de 717 mil para
826 mil, mas isso não contempla,
por exemplo, as licenciaturas, que
cada vez despertam menor inte-
resse. É preciso reverter esse qua-
dro. A começar, por atrair para o
magistério também os chamados
“alunos bons” do ensino médio,
que se afastam da atividade por
motivos que precisam ser mais
bem explicados. Outra medida
relevante, que precisa ser reto-
mada, é a reciclagem constante
dos professores. Nas saudosas
décadas de 1960 e 1970 havia
essa preocupação — o Serviço
de Orientação Pedagógica levava
aos professores, mensalmente,
palestras, textos, livros, enfim,
uma gama de informações que
Arnaldo
Niskier,
doutor em
Educação,
membro da
Academia
Brasileira de
Letras (ABL) e
presidente do
CIEE-RJ.
Vivian Ribeiro Ferreira
* De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008 o atendimento escolar a crianças de 4 e 5 anos de idade alcançou 72,8% — índice ainda aquém do verificado no ensino fundamental, em que a taxa de atendimento à faixa de 7 a 14 anos foi 97,9%.
os mantinha incentivados a mi-
nistrar melhores aulas.
O Plano Nacional de Edu-
cação (PNE) é ambicioso, pois
quer universalizar até 2016 o
atendimento escolar às crianças
de 4 e 5 anos*. Todavia, ainda
estamos a anos-luz dessa possi-
bilidade. Será necessário grande
esforço também do sistema mu-
nicipal de ensino para melhorar
o atual cenário. Uma verdade
é cristalina: hoje, não há meios
financeiros nem vontade política
para que isso ocorra; nem se pode
esquecer que esse problema passa
também pela necessidade de bons
professores.
Agora, uma grande campanha
de marketing, patrocinada pelo
Ministério da Educação (MEC),
poderia ajudar a mudar esse
quadro. E ainda seria aconse-
lhável uma ação mais efetiva do
Conselho Nacional de Educação
(CNE), uma vez que a profissão
não tem merecido os cuidados
devidos. Aliás, quando estive no
Conselho Federal de Educação
(CFE) (período de 1986 a 1992),
como presidente da Câmara de
Ensino Superior, tentei de to-
das as maneiras promover algo
revolucionário na graduação de
professores e especialistas, mas
houve uma séria resistência dos
diretores dos próprios cursos de
formação, como se tudo estivesse
no melhor dos mundos, o que,
sabemos, não é verdade. A re-
forma dos cursos de Pedagogia é
uma prioridade inadiável. Com a
palavra, o CNE.
dos cursos de Pedagogia
A reforma
Arnaldo Niskier
especial para a BOA VONTADE
Opinião
Educação
A
p r e s i d e n t e D i l m a
Rousseff, em sucessivos
pronunciamentos, tem
defendido a ideia de valorizar o magistério brasileiro. Ao lado de
outras providências essenciais,
a exemplo dos cuidados com o
ensino técnico e a projeção de
bolsas do ProUni (Programa
Universidade para Todos) e do
Pronatec (Programa Nacional de
Acesso à Escola Técnica). Tem
toda a razão, pois não conheço
experiências vitoriosas, em países
desenvolvidos, sem a prioridade
dada a professores e especialistas
em um duplo aspecto: formação
adequada e salários compatíveis.
Estamos falhando nessas duas
vertentes. Com melhores educa-
dores, alcançaremos a sonhada
Educação de qualidade.
É preciso valorizar o magisté-
rio público na educação básica,
com uma escolaridade mínima

36 | BOA VONTADE
Cidadania
Cidadania
Fruto da miséria, esmola e complacência da sociedade
trabalho infantil
É
sintomático o fato de existi-
rem ainda crianças sobrevi-
vendo nas ruas das grandes
cidades do país. Elas são a
ponta do iceberg da duradoura
tragédia social brasileira. Além
do trabalho infantil, exibem as
chagas da violência, do abando-
no, da exploração, do descaso,
da omissão, de todos os dramas
intrínsecos à miséria humana.
A despeito das
políticas pú-
blicas desen-
volvidas, do
envolvimento
de inúmeras
organiza-
ções não governamentais, das
intervenções alternativas e ino-
vadoras, dos investimentos e de
contarmos com uma legislação
moderna — o Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA) —, o
fenômeno persiste. O aumento
do número de crianças de rua está
intimamente relacionado com a
pobreza nos centros urbanos.
A cidade de São Paulo é
exemplar para análise. De acor-
do com o Índice Paulista de
Vulnerabilidade Social (IPVS),
elaborado pela Fundação Seade,
há 1,4 milhão de pessoas (ou
340 mil famílias) em situação
de vulnerabilidade social
vivendo na linha ou abaixo
da linha da pobreza nas
periferias do municí-
pio, com dificuldade
em obter emprego e
com acesso precário
a serviços básicos
de educação, saúde,
habitação, entre outros.
Soma-se a essas privações
o fato de as famílias se-
rem chefiadas, na maioria
dos casos, por mulheres
jovens, com baixa esco-
Floriano Pesaro
Floriano
Pesaro,
sociólogo
e vereador
de São
Paulo/SP.
Ângelo Dantas/SMSP
Opinião
Contra o

BOA VONTADE | 37
laridade e muitos filhos, e esta-
rem expostas a riscos diversos,
como morte violenta e gravidez
precoce.
Filhos desse “bolsão me-
tropolitano de pobreza”, as
crianças que vemos pedindo
esmola, fazendo malabares
e vendendo balas nos faróis
migram para as regiões cen-
trais de São Paulo a fim de
trabalhar. Longe de casa e dos
bancos escolares, estão expostas
à violência moral, física e sexual.
Na maioria das vezes, o dinheiro
arrecadado não fica com elas,
tampouco com as suas famílias.
Estimativas revelam que dois
terços do que uma criança ganha
em um farol (em média, 30 reais
por dia) vão parar nas mãos de
um aliciador.
Outra pedra no caminho quan-
do o assunto é criança de rua é
a ausência de consenso entre as
entidades não governamentais,
a sociedade civil e as várias ins-
tâncias do Poder Público sobre
a forma de intervenção a ser
adotada. A área é uma arena de
disputa.
Nas décadas passadas, as ações
apoiavam-se em uma política
social assistencialista. Com o ad-
vento do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), que em
julho completará 21 anos, o que
eram consideradas intervenções
assistencialistas vem se transfor-
mando em uma jovem e robusta
política pública. Em São Paulo,
essa política foi coroada com a
Lei Municipal n
o
15.276/2010,
que traça diretrizes para instituir
ações integradas a fim de erradi-
car e combater o trabalho infantil.
É uma “lei inteligente”, pois dá
diretrizes à política e, ao mesmo
tempo, consolida uma série de
outras leis que proíbem o trabalho
infantil, obrigando a Prefeitura a
se responsabilizar, em diversas
frentes, a tirar a criança da rua e
colocá-la na escola. A lei prioriza
o atendimento integral da criança
e da sua família.
Por tratar-se de tema tão
complexo, é imperativo que as
divergências sejam resolvidas,
na busca de um consenso
sobre a estratégia a ser ado-
tada. Urge trabalharmos
em rede, com sinergia e
sincronismo, estabelecendo
papéis e diretrizes claras e
compromissos concretos
para a erradicação definiti-
va do trabalho infantil, bem
como evitar sobreposições de
tarefas e desperdício de recursos.
E a população tem papel fun-
damental nesse enredo. As pes­soas
precisam entender que, ao dar
esmola ou comprar produtos de
uma criança nas ruas, estão con-
tribuindo para o trabalho infantil,
comprometendo o futuro dessa
criança, da sua família e de toda
a sua comunidade. Não é dando
dinheiro que se ajuda uma criança.
Quem quiser contribuir, de fato,
pode doar ao Fundo Municipal
da Criança e do Adolescente ou
diretamente às organizações con-
veniadas, jamais nas ruas.
shutterstock.com
Símbolo da Campanha para
erradicação do trabalho infantil

38 | BOA VONTADE
Abrindo o coração
Stênio Garcia
Arte e coração
Ator consagrado, Stênio Garcia
fala de vida e do amor à
natureza e à alma humana
Divulgação

BOA VONTADE | 39
A
trajetória do ator Stênio
Garcia e de sua família é
comum à de muitos brasi-
leiros que saíram da terra natal com
destino à cidade grande em busca
de novas oportunidades. No entan-
to, o diferencial está naquilo que
pode ser distinguido nas biografias
de vencedores: a determinação, o
empenho e o trabalho incansável
para alcançar os sonhos.
Nascido em 28 de abril de 1932,
em Mimoso do Sul, interior do
Espírito Santo, até os 12 anos de
idade mudou-se com frequência, o
que prejudicou muito seus estudos.
Com o fim da Segunda Guerra
Mundial e a separação dos pais,
o jovem Stênio transferiu-se com
a mãe, dona Stella Garcia Faro,
para o Rio de Janeiro/RJ, onde cedo
precisou trabalhar a fim de ajudar
no sustento da família.
Por volta dos 20 anos, frequen-
tando uma escola técnica em Vila
Isabel, descobriu a paixão de sua
vida: o teatro. Todas as noites assis-
tia aos ensaios de um grupo amador
do colégio, que montava a peça
Arte e coração
bem brasileiros
Rosas Rubras. Dono de memória
privilegiada, guardou o texto de
quase todo o elenco e, imediata-
mente, foi apontado pelos colegas
para substituir um ator que faltara.
Apesar de uma primeira negativa,
confessa o ator: “Acabei entrando
e fiz uma farra louca... Me tornei
o ator principal desse grupo. Foi o
começo do começo de tudo”.
O passo seguinte foi começar
a ler e a estudar intensamente. Ali
tinha início uma formação autodi-
data significativa, que não parece
ter fim. O grande salto na carreira
deu-se em 1957, quando encenava
a peça Joana e os Juízes e chamou
a atenção de Cacilda Becker. A já
então consagrada atriz reunia um
grupo de atores de primeira para
montar uma companhia. O estágio
como assistente de Ziembinski foi
fundamental para ele. Dois anos
depois, a companhia transferiu-se
para São Paulo, e Stênio estreou
como ator profissional na peça Os
Perigos da Pureza.
Em quase 60 anos de carreira
em teatro, cinema e TV, coleciona
personagens inesquecíveis, a exem-
plo de Bino, caminhoneiro da série
Carga Pesada, ao lado do colega
Antônio Fagundes, que interpretou
Pedro.
Para contar um pouco dessa
história de perseverança e suces-
so, Stênio Garcia recebeu a equi-
pe da Super Rede Boa Vontade de
Comunicação em sua residência
no bairro de Jacarepaguá. “É um
prazer muito grande receber o
pessoal da Legião da Boa Vonta-
de, do Paiva Netto, e todos esses
espectadores na minha ‘natu-
reza’, onde está a minha casa,
pois considero a parte externa a
minha verdadeira casa.”
“Agradeço todas as dificuldades,
que tornaram hoje em dia tudo
muito mais fácil para mim,
porque tenho qualidade no
trabalho, uma vontade enorme
de conquistar as coisas.”
Simone Barreto e Leila Marco

40 | BOA VONTADE
trabalho, uma vontade enorme de
conquistar as coisas.
BV — E o teatro veio para mu-
dar sua vida...
Stênio — Sim. Estava me
formando em contabilidade,
trabalhava num banco e, então,
pensei: “Agora que estou no
banco, tenho horário, vou saber o
que é teatro”. Entrei para o Con-
servatório Nacional de Teatro.
No primeiro ano — o Rio ainda
era Distrito Federal —, todas as
escolas reuniram-se para fazer um
concurso para apurar quem seria
o melhor aluno daquele período
de 1955. havia uma medalha de
ouro instituída por uma professora
e levava o nome do pai dela: Prê-
mio Monteiro de Oliveira. Eram
mais ou menos três turmas de
quatro escolas de teatro diferen-
tes: o Conservatório Nacional de
Teatro, a Escola Martins Pena (da
prefeitura), o Teatro do Estudante
(do Paschoal Carlos Magno) e a
Fundação Brasileira de Teatro (da
Dulcina de Moraes). Eram uns
200 alunos, e eu ganhei a medalha
de ouro.
BV — O que esse prêmio repre-
sentou?
Stênio — Eu me tornei conhe-
cido. Cacilda Becker, que estava
começando a projetar o grupo dela
de teatro e trabalhava ainda no Te-
atro Brasileiro de Comédia [TBC],
quis saber quem era esse aluno
que havia ganhado a medalha de
ouro, e eu fiz uma apresentação
para ela. Continuei estudando.
Um ano depois, estreei profissio-
nalmente em São Paulo, fazendo
o filho da Cacilda Becker em uma
peça inglesa chamada Os Perigos
da Pureza. Nessa altura, estava
casado com a Cleyde Yáconis,
atriz fantástica, que me ensinou
praticamente tudo que sei.
BV — Que personagens consi-
dera mais marcantes?
Stênio — Gosto de dizer que
é aquele do momento, porque ca-
nalizo toda a minha atenção sobre
ele. Mas gosto de um personagem
que fiz num Caso Especial, que
fez muito sucesso e, de certa
forma, me projetou nacionalmen-
te: Poema Barroco [1977, TV
Globo], que conta a história de
Aleijadinho. Um texto de Paulo
Mendes Campos maravilhoso! É
uma história curta, de 45 minutos,
mas fez um sucesso estrondoso.
Até hoje passa em escolas, facul-
dades, quando fazem um estudo
sobre o escultor.
BV — Como foi compor esse e ou-
tros importantes personagens?
Stênio — Passei trinta dias lá
em Ouro Preto/MG, com a dire-
ção de Fábio Sabag. Eu andava
pelas ruas e queria receber aquela
BOA VONTADE — Que recorda-
ções guarda da infância?
Stênio Garcia — A minha
infância foi meio atribulada.
Logo depois de eclodir a Segun-
da Guerra [Mundial], o meu pai
precisava mudar muito de cidade,
porque trabalhava na Leopoldina;
era agente de estação. Então, essa
coisa me fez conhecer diversas
cidades do interior do Espírito
Santo, mas me dificultou o es-
tudo. Só comecei a estudar real-
mente com quase 12 anos. Por um
lado, vivi essa coisa maravilhosa
que é o interior do Brasil, em
lugares como a Serra do Caparaó
[localizada na divisa sudoeste do
Estado do Espírito Santo com
Minas Gerais]; Espera Feliz, em
Minas Gerais; Mimoso do Sul, no
Espírito Santo... Aprendi a nadar
em rio, convivi com os bichos...
Isso foi muito agradável.
BV — Foi então que a família se
mudou para o Rio de Janeiro?
Stênio — Foi um aconteci-
mento meio imprevisto, por causa
da separação dos meus pais, e eu
vim para o Rio de Janeiro com a
minha mãe, por ser o mais velho.
Tive de começar a trabalhar para
trazer o restante da família, mais
um irmão e uma irmã. Hoje sou
o único que sobra dessa família,
os Garcia Faro. No Rio, morava
em Duque de Caxias e estudava à
noite; pegava trem para trabalhar
no Centro. Não foi muito fácil,
mas me deu uma resistência gran-
de para a vida. Agradeço todas as
dificuldades, que tornaram hoje
em dia tudo muito mais fácil para
mim, porque tenho qualidade no
“Acabamos conhecendo
profundamente o Ser
Humano, porque estudamos
tanto para encarnar esse
homem, essa lição de
vida. Isso é a coisa mais
importante para absorver,
registrar e transmitir.”
Abrindo o coração

BOA VONTADE | 41
energia do Antônio Francisco
Lisboa, o Aleijadinho. Pensa-
va: “Se tiver energia dele aqui,
vai pegar em mim”. E acho que
consegui transpor isso para a
vida do personagem. (...) Então,
estudei uma série de coisas que
pude usar no decorrer da minha
carreira; o controle corporal, que
aproveitei em teatro. Mas uma
das coisas mais marcantes foi em
1979, quando comecei a fazer
com o Antônio Fagundes um
dos primeiros seriados no Brasil,
que se chamava Carga Pesada.
Foram dois anos de sucesso.
Voltou quase vinte e cinco anos
depois, e nós ficamos mais cinco
anos em cartaz. Talvez [o Bino]
seja um dos personagens de
maior identificação minha com
o homem brasileiro, pois pude
conhecer a classe dos caminho-
neiros, uma das mais sacrificadas
da nossa sociedade.
BV — A construção dos per-
sonagens sempre é um de-
safio?
Stênio — Sou tido como um
dos poucos atores com qualidade
de diversificação de personagem.
Isso aí dá um trabalho, sim. Há
um treinamento muito grande,
corporal, vocal, emocional. São
mais ou menos cinco horas por
dia de estudos, independente-
mente de decorar o texto, que
eu acho o mais fácil. Mas você
treinar o corpo, cada detalhe
muscular, é talvez uma das coi-
sas mais difíceis. Além disso,
em um veículo como a televisão,
você chega a decorar por sema-
na, às vezes, 70 páginas.
“Vocês, da LBV,
que estão sempre
preocupados com a
qualidade de vida,
a busca e a ajuda
ao Ser Humano,
doam às pessoas
esse conhecimento, e
nós, atores, acho que
também fazemos isso
com a nossa profissão.”
BV — Ao olhar para sua carrei-
ra, tão aclamada, que teria a
dizer aos novos atores?
Stênio — Acabamos conhe-
cendo profundamente o Ser Hu-
mano, porque estudamos tanto
para encarnar esse homem, essa
lição de vida. Isso é a coisa mais
importante para absorver, regis-
trar e transmitir. O Ser Humano,
para mim, é esse dom divino,
com a qualidade de viver neste
universo maravilhoso. A gente
está permanentemente presen-
ciando coisas fantásticas que
Deus nos dá.
BV — A vida é uma grande
lição...
Stênio — Sim! Vocês, da LBV,
que estão sempre preocupados com
a qualidade de vida, a busca e a ajuda
ao Ser Humano, doam às pessoas
esse conhecimento, e nós, atores,
acho que também fazemos isso com
a nossa profissão. A esse grupo de
pessoas que vive ligado à Boa Von-
tade, desejo muita luz, energia. Um
ano de 2011 fantástico para todos,
para o meu amigo Paiva Netto,
esse brasileiro que adoro, para essa
equipe fantástica! Muito obrigado!
um beijo no coração de todos.
Antiga amizade: o ator
Stênio Garcia participa,
em 1996, da Campanha
da LBV: Eu também disse
sim!; à direita, em imagem
de 1992, recebe a energia
positiva da Mandala,
criada pela artista plástica
alemã Ula Haensell (1938-
1992), durante visita ao
templo da Boa Vontade,
em Brasília/DF.
Arquivo BV
Leonardo Borges
Humberto Moraes

A voc?, o nossç muitç obrigado! Balanço Social

BOA VONTADE | 43
Com a ajuda do povo, a
LBV promoveu mais de
8,5 milhões de atendimentos
e benefícios em 2010.
C
om a sua ajuda, a Legião da
Boa Vontade atingiu, no ano
passado, a marca recorde de
8.508.482 atendimentos pres-
tados e benefícios oferecidos à
população de baixa renda, nas
cinco regiões brasileiras. O ba-
lanço geral da LBV é auditado
pela Walter Heuer Auditores
Independentes, por iniciativa
de José de Paiva Netto, diretor-
-presidente da Instituição, muito
antes de a legislação exigir essa
medida.
Com a missão de “Promover
Educação e Cultura com Espiri-
tualidade Ecumênica, para que
haja Alimentação, Segurança,
Saúde e Trabalho para todos, na
formação do Cidadão Planetá-
rio”, a LBV ampara desde a in-
fância até a Terceira Idade — com
Educação Básica 3.508.013
Abrigo (Lar para meninos) 53.780
Abrigo (Lar para idosos) 65.605
Programa LBV — Criança: Futuro no Presente! 4.173.921
Capacitação profissional 113.697
Programa Cidadão-Bebê 13.301
Espaço de Convivência 132.735
Esporte é Vida 205.436
Ronda da Caridade 5.718
Acolhimento Social 19.987
Rede Sociedade Solidária 1.381
Outros atendimentos* 214.908
* Mutirões sociais e campanhas
(entrega de cestas básicas, material pedagógico, entre outros.)
Atendimentos e Benefícios
um diferencial: a Espiritualidade Ecumênica, aplicada em todas
as ações educacionais e de assis-
tência social. Essa atuação tem
transformado para melhor a vida
de famílias inteiras em situação
de vulnerabilidade social.
Nas páginas a seguir, acom-
panhe três grandes ações sociais
da LBV, presente onde o povo
precisa.

44 | BOA VONTADE
P
ara um país poder crescer
de forma justa e igualitária,
a Educação deve ser prio-
ridade. De acordo com o Centro
de Estudos e Pesquisas em Educa-
ção, Cultura e Ação Comunitária
(Cenpec), se todo trabalhador brasi-
leiro tivesse pelo menos cinco anos
de estudo, a pobreza diminuiria 6%;
se fossem oito anos de instrução,
a redução seria de 13%*. Com o
compromisso de educar com Espi-
ritualidade Ecumênica, a Legião da
Boa Vontade oferece ao povo opor-
tunidades de capacitação e inclusão
Campanha da
LBV entrega 12 mil
kits de material
pedagógico
a crianças e
adolescentes em
todo o Brasil
Educação
LBV incentiva estudo em todo o Brasil
Criança Nota 10
Sem Educação não há Futuro!
produtiva e ensino de qualidade em suas escolas e Centros Comunitários
de Assistência Social.
No conjunto de ações que be-
neficiam crianças em situação de
vulnerabilidade, a LBV mais uma
vez presenteou seus atendidos com
a tradicional Campanha Criança
Nota 10 — Sem Educação não há
Futuro!. A iniciativa entregou 12
mil kits de material pedagógico a
alunos das escolas de educação bá-
sica da Instituição (em Belém/PA,
Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ,
São Paulo/SP e Taguatinga/DF) e
* Conforme dados do Cenpec divulgados no início de 2009.
São Paulo/SP
João Periotto

BOA VONTADE | 45
Os kits são compostos de acordo com
a faixa etária das crianças e adolescentes.
Cada kit compõe-se de mochila, estojo, lápis preto n
o
2, caixa de lápis de
cor com 12 unidades, canetas esferográficas e hidrográficas coloridas,
apontador com depósito, borrachas, pincéis, tesoura sem ponta, tubos
de cola, caixa de tinta guache com seis cores, cadernos
de desenho e universitários, papel sulfite reciclado,
régua de 30 cm, dicionário de língua portuguesa, jogo
pedagógico, livro paradidático, entre outros itens.
a participantes do programa LBV
— Criança: Futuro no Presente!
em todo o país, o que representa
ao estudante importante estímulo
para o estudo.
A campanha contribui para in-
centivar crianças e adolescentes a
frequentar a escola e continuar os
estudos, bem como ajuda a melho-
rar a autoestima e o desempenho
escolar deles. Também beneficia os
pais que não dispõem de recursos
para a compra do material escolar.
As escolas da LBV — que
têm por lema “Aqui se estuda.
Formam-se Cérebro e Coração”,
nas palavras do dirigente da Ins-
tituição, o educador Paiva Netto
— promovem o desenvolvimento
do intelecto e do Espírito, sempre
com qualidade e competência,
para que a criança e o adolescente
exercitem, de maneira consciente,
a cidadania plena e a Solidarie-
dade. Para o cumprimento dessa
missão, as unidades educacionais
da LBV adotam a jornada de tem-
po integral. O resultado disso
está no bom rendimento no
aprendizado, na evasão escolar
zero e em um ambiente sem
violência.
Curitiba/PR
Salvador/BA
Belém/PA
Vinícius Ramão
Suellen Carvalho
Nino Santos

“Eu gosto da LBV. Aqui,
aprendi a escrever
e vou estudar o ano
todo. Com este material, vou
tirar notas boas.”
Ana Luísa
Aluna da escola da LBV em Curitiba/PR
Lucian Fagundes
Belém/PA
A entrega dos kits em Belém reu-
niu alunos, pais e profissionais da
Educação. Também compareceu
o colaborador Antônio Claudio
Trindade, que declarou: “Isto
aqui é imensurável. Eu sempre
tive vontade de vir aqui. O traba-
lho da Legião da Boa Vontade é
sinônimo de seriedade. Se tivesse
mais organizações como a LBV, o
mundo seria muito melhor”.
Mãe de uma das crianças aten-
didas no Centro Educacional Jesus,
Ilca Maria do Amaral mora de
aluguel, e, se não fosse a ajuda da
Instituição, seu filho provavelmen-
te não teria os itens escolares para
este ano letivo. “A vida é muito
difícil. Este material irá contri-
buir bastante. Agradeço à LBV
por tudo, porque aqui o meu filho
recebe atenção, carinho e afeto.”
Curitiba/PR
Ana Paula Almeida conheceu
a LBV por intermédio de vizinhos
cujos filhos são atendidos no Cen-
tro Educacional da LBV. “Eles
diziam que lá é muito bom, e eu
comprovei e aprovo. Nota dez!
Muitos pais não têm condições
de pagar uma creche em que a
educação seja tão boa e que dê o
atendimento que a LBV dá, porque
tratam muito bem os meus filhos”,
disse.
Além da qualidade do ensino,
Ana Paula agradeceu o presente
da Instituição: “A gente não tem
condições de comprar material
novo, uniforme... Agora eles estão
mais incentivados a estudar. (…)
Com esse dinheiro que economizei,
posso comprar alimentos ou um
tênis novo para eles”.
Igualmente grato, Lucas
Michael Oliveira comentou a
mudança no comportamento dos
dois filhos: “A primeira coisa
que percebi foi que o gênio da
minha filha melhorou. Ela era
bem difícil, agora está melhor;
faz oração. Ela e o irmão estão
mais unidos, não brigam o tempo
todo. Eu li a prece [da Criança
Boa] na contracapa do material
e achei isso muito bom, porque
eles já vão crescendo conscientes
de que Deus olha por nós”.
Após a entrega dos kits aos fi-
lhos, ele afirmou: “Ajuda bastante.
Tanto na escola como em casa, a
gente vê que o que eles aprendem
atinge o coração deles. Fico bem
surpreso e feliz com tudo”.
Maringá/PR
Paulo Araújo
Educação

BOA VONTADE | 47
Rio de Janeiro/RJ
Sorrisos largos, olhares curio-
sos e felicidade estampada no
rosto de crianças e pais preenche-
ram todo o auditório do Centro
Educacional da LBV na capital
fluminense, onde ocorreu a ceri-
mônia de entrega.
“Para mim, [o kit] é uma
bênção, porque é tudo muito
caro. As crianças ficam muito
motivadas. Só tenho a agra-
decer a Deus pela LBV, pois
é uma felicidade ver nossos
filhos satisfeitos quando abrem
a mochila e veem tudo novo e
da melhor qualidade. Em nome
dos meus filhos e de todas as
mães, agradeço ao Paiva Netto
e a todos os colaboradores”, de-
clarou Gisele Lander da Silva
e Silva Teixeira.
A rotina da família Teixeira
mudou com a educação que os filhos recebem na LBV. Por meio
da Pedagogia do Afeto**, pro-
posta de Paiva Netto direcionada
a crianças de até 10 anos, são
desenvolvidos tanto o intelecto
quanto o sentimento. “A LBV foi
uma bênção de Deus na minha
vida. Estou muito satisfeita com
o ensino que a LBV tem passado
aos meus filhos. A minha filha de 3
aninhos já sabe orar. Faz a prece
em casa na hora das refeições,
e todos pegaram esse hábito”,
destacou Gisele.
Pai de Isac, atendido pela
LBV desde o berçário, Pedro
de Oliveira também externou o
que sente: “Agradeço a Deus e
agradeço a luta do Paiva Netto,
que trabalha e favorece tantas
famílias. (…) A educação que
meu filho recebe aqui melhorou o
Campo Grande/MS
Niterói/RJ
Vitória/ES
Porto Alegre/RS
** A Pedagogia do Afeto  (dirigida  a crianças de até 10 anos) e  a Pedagogia do Cidadão Ecumênico  (a partir
dos 11 anos)  compõem a linha educacional criada por Paiva Netto. Aplicado  com sucesso na rede de ensino
e nos programas socioeducativos  desenvolvidos pela Legião da Boa Vontade, no Brasil e no exterior, esse
novo modelo de aprendizado, que alia “Cérebro e Coração”, segundo o dirigente da LBV, fundamenta-se  “nos
valores oriundos do Amor Fraterno, trazido à Terra por diversos luminares, destacadamente Jesus, o Cristo
Ecumênico, o Divino Estadista”.
Analice Barcelá
Gil Rodrigues
Liziane Anselmo Liliane Cardoso

48 | BOA VONTADE
no Instituto de Educação da
LBV, na capital paulista. Para a
família, a única forma de os filhos
terem boa educação em período
integral seria pagando uma for-
tuna a escolas particulares. Até
que encontrou a Legião da Boa
Vontade. “Eles adoram a escola,
ficam o dia inteiro, o que facilita
bastante para eu trabalhar. E eu
confio em deixá-los aqui. Vou
trabalhar despreocupada.”
Os filhos de Rosângela
também receberam os kits.
“Vão ajudar bastante, material
escolar é muito caro. Não tenho
palavras para falar o que a LBV
é para a minha família, para os
meus filhos. Obrigada!”, disse,
emocionada. Thais, a filha mais
velha, fez questão de manifes-
tar o que sente pela Instituição:
“Esta escola é maravilhosa.
Dou graças a Deus por tudo
o que vocês fazem por nós. Eu
quero agradecer muito à LBV
por dar carinho e aconchego.
Amei o kit”.
Taguatinga/DF
O Centro Educacional Alziro
Zarur também foi palco de mo-
mentos emocionantes protago-
nizados por muitos pais, mães
e alunos. É o caso da família de
José Rodrigues de Souza Neto,
pai de Ruan, de 3 anos, atendido
pela LBV há um ano e meio. “Ele
está tendo uma melhora muito
boa. Jesus está abençoando a
gente. (...) Ele chega em casa
contando histórias, cantando...
É maravilhoso demais!”, contou.
A dona de casa Gizele Monteiro
Barbosa, mãe de Ayla, igual-
mente relatou a satisfação pelo
fato de a filha estudar na escola da
LBV. “Sinto grande felicidade.
Para mim, estava muito difícil...
Eu não conseguiria pagar uma
creche para ela. Aqui, consegui
a creche e o material também.
Já vou ter como dar o que comer
à minha filha em casa, comprar
uma roupinha para ela, porque
nem para isso eu estava tendo
condição. Eu só tenho a agrade-
cer a todos.”
Educação
comportamento dele, a aprendi-
zagem. Este kit ajuda bastante
por conta do custo, pois é uma despesa a menos para nossa família. Nós nos alegramos
cada dia mais por tê-lo nesse
colégio”.
São Paulo/SP
Os três filhos de Rosângela
Oliveira dos Santos estudam
Um mundo melhor pode começar por um gesto.
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Rio de Janeiro/RJ
Juiz de Fora/MG
Santos/SP
João Miguel
Fabiana Ambrósio
Lucian Fagundes

BOA VONTADE | 49
Um mundo
melhor pode
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50 | BOA VONTADE M?sica, emo??o e mem?ria
Espetáculo
homenageia
o compositor
Paiva Netto
pelos 70
anos de vida
Homenagem
Décadas de vitórias e lutas no Bem
S
eja qual for a área a que
o nome de José de Paiva
Netto esteja ligado, haverá,
certamente, a preocupação com a
Cultura de Paz. O escritor, o jor-
nalista, o radialista, o compositor,
o poeta, o administrador e o pre-
gador do Evangelho-Apocalipse
de Jesus, todos na Alma de uma
pessoa só, convivem harmonio-
samente, porque cada obra sua
envolve a Solidariedade, a Cari-
dade, o respeito e a Espiritualidade
Ecumênica. A trajetória desse
homem de Boa Vontade, que, em
2 de março, completou 70 anos
de vida, já soma mais de meio
século de trabalho na Legião da
Boa Vontade.
Nessas muitas décadas de vitórias
e lutas no Bem, a música esteve todo
o tempo presente, apesar das nume-
rosas atividades dele como diretor-
-presidente da LBV, profissional
de comunicação (imprensa, rádio
e TV) e autor literário. Um pouco
da produção musical desse com-
petente compositor — cuja obra
fonográfica já vendeu milhões de
cópias — pôde ser apreciada na
segunda edição do concerto Noite
Cultural Emoções e Memórias. O
Vinícius Bueno
Vinícius Bueno
Leila Marco

BOA VONTADE | 51
espetáculo, uma justa homenagem
à sua música e a tudo que ele tem
feito pelo próximo, foi realizado
na data de seu aniversário, em São
Paulo/SP.
Recebido calorosamente pelo
público, que lotava o Espaço
Cultural Ecumênico da Religião
de Deus na capital paulista, Paiva
Netto respondeu com um grande
sorriso aos aplausos e à saudação
dos presentes. Depois, acolheu as
boas-vindas do Jovem Militante
da Boa Vontade Nicholas Gabriel
Beck de Paiva, que ali representa-
va a Família Legionária.
Na ocasião, o dirigente da LBV afirmou que, naquela noite,
não comemorava apenas os 70 anos, mas dava a partida para
os 80. Ao término do evento, todos os presentes receberam um
pedaço do bolo comemorativo do aniversário de Paiva Netto.
Vinícius Bueno
Lucian Fagundes

52 | BOA VONTADE
Em seguida, sob a regência
do maestro José Eduardo de
Paiva, teve início a apresentação
musical. O Coral e Instrumentis-
tas Infantojuvenis Boa Vontade,
formado por 80 alunos do Ins-
tituto de Educação da LBV, em
São Paulo/SP, e a Orquestra Boa
Vontade interpretaram as três
primeiras composições. Vencer
com Jesus (letra e música de
Reneo Trevisan Jr.), única do
repertório que não era da lavra do
aniversariante, foi escolhida para
abrir o espetáculo, como forma de
demonstrar o respeito e a gratidão
ao dirigente da Instituição. A se-
guir, vieram LBV para Cima e a
Dança dos Soldadinhos de Deus.
Para o segundo ato, juntou-se à
orquestra o coro de jovens e adul-
tos da LBV, somando mais de 60
vozes. Sete obras do compositor
Paiva Netto que trazem temas
edificantes, como Fé, esperança
e outros importantes valores da
mensagem de Jesus, o Cristo Ecu-
mênico, celebraram os melhores
sentimentos da Criatura Humana.
Entre elas, Ave, Maria! Gratia
Considerações
A paixão do compositor Paiva Netto pela música foi despertada por seus
pais, Idalina Cecília (1913-1994) e Bruno Simões de Paiva (1911-2000).
Deles herdou também o sentimento fraterno e o senso de humanidade, tão
marcantes no conjunto de suas composições. No Colégio Pedro II (Rio de
Janeiro/RJ), onde recebeu o título de Aluno Eminente (com direito a placa
de bronze na sede do órgão carioca), teve aulas com o professor Homero
Dornelas (1901-1990), assessor do notável compositor e maestro Villa-
-Lobos (1887-1959). Entre as múltiplas atividades que desenvolveu ini-
cialmente, foi sonoplasta dos programas radiofônicos do saudoso fundador
da Legião da Boa Vontade, o radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979),
o que acentuou ainda mais seu ouvido musical. Não obstante a extrema
dedicação à causa da Boa Vontade, sua
ligação com a música jamais se perdeu.
A elevada sensibilidade de sua alma
foi notada por renomados músicos,
que, ao longo dos anos, interpretaram
as obras de Paiva Netto, a exem-
plo dos maestros brasileiros Isaac
Karabtchevsky, Achille Picchi,
José do Espírito Santo (1927-
2005), Antônio Carlos Borges
Cunha e Ricardo Averbach —
discípulo destacado do famoso
regente da Filarmônica de Sófia,
Vladi Simeonov , do búlgaro
Bedros Papazian e do norte-
-americano Gregory Hopkins.
O Jovem Militante da Boa Vontade de Deus Nicholas Beck de Paiva fez a
abertura do evento em homenagem ao aniversariante do dia.
O público superlotou o Espaço Cultural
Ecumênico da Religião de Deus, na
capital paulista.
Homenagem
Vinícius Bueno
Arquivo BV
Os saudosos pais, seu Bruno e dona
Idalina, casal-modelo na Legião da
Boa Vontade, sempre deram bons
exemplos ao filho, Paiva Netto. Na foto,
singela demonstração de carinho para
com o dirigente da LBV.

BOA VONTADE | 53
Plena, Cântico Suave, Amar com
o Amor de Deus, Deus é a minha
Força e Vejo a Luz do Mundo
Novo.
Prece para ter Tranquilidade, a
penúltima canção interpretada na
noite, teve bis e mereceu destaque
do próprio autor. Para o desfecho
dessa segunda edição do espetácu-
lo Noite Cultural Emoções e Me-
mórias, foi apresentada a primeira
composição escrita por Paiva
Netto: Marcha dos Soldadinhos
de Deus, maneira carinhosa pela
qual as crianças são chamadas na
Legião da Boa Vontade.
Na sintonia da
Solidariedade
No evento — transmitido pela
Super Rede Boa Vontade de Co-
municação (TV, rádio, internet e
publicações) —, público e ani-
versariante viveriam ainda outros
momentos especiais. Encerrada
a apresentação, Paiva Netto foi
saudado com o tradicional Para-
béns pra você!, que uniu músicos
e plateia em um só coro. Depois,
apagou as velinhas do bolo trazido
pelo Jovem Alziro Paolotti de
Paiva.
Emocionado, o presidente das
Instituições da Boa Vontade agra-
deceu a presença de todos e a inter-
pretação dos coristas e dos músicos
da Orquestra Boa Vontade. Em
especial, cumprimentou os ilustres
convidados, a exemplo do profes-
sor dr. João Grandino Rodas,
magnífico reitor da Universidade
de São Paulo (USP), e de sua mãe, a
professora Josefina Grandino Ro-
das; do empresário Mário Sérgio
Finamore; de João Baptista do
Valle, vice-presidente da Fede-
Vinícius Bueno
Vinícius Bueno
Felipe Tonin
Felipe Tonin
Felipe Tonin
Arquivo pessoal Vivian Ribeiro Ferreira
Josefina Grandino Rodas e João Grandino Rodas João Batista do V alle e Eglemar Abrão Dib
Ricardo Conti André FernandesMário Finamore
ração Espírita de São Paulo, e a
esposa, Eglemar Catarina Abrão
Dib; do tenente Sergio Ricardo
da Silva, do Comando Militar do
Sudeste; do ator Ricardo Conti;
do maestro Eduardo Escalante;
e do diretor de fotografia André
Fernandes.
Em sua palavra, o homena-
geado lembrou os 15 anos do
Centro Educacional da Legião da
Boa Vontade no Rio de Janeiro/
RJ, também comemorados em
2 de março, ressaltando o indis-
pensável papel da Educação no
desenvolvimento de um país.
Prece para ter Tranquilidade Solistas: Sandra Félix e Angela Araújo (sopranos)
e Patricia Maria e Dayane Bortolin (contraltos).
Eduardo Escalante
João Periotto

de que crianças e jovens na rua
assaltam, matam, invadem as ca-
sas, aborrecem as outras crianças
e jovens que têm meios mais fartos
de viver. Elas, porém, somente
estão devolvendo o que lhes
proporcionam. Se lhes oferecem
lixo, como iriam retribuir? Então
por que reclamar? Este assunto
da infância e juventude na rua
merece séria reflexão, para que
sejam postas em prática medidas
acertadas”.
Na noite festiva, o jornalista
recordou, ainda, outros fatos mar-
cantes de sua vida, afirmando que
não apenas comemorava ali os
seus 70 anos, mas também dava a
partida para os 80.
Repercussão
Profissionais de renome da mú-
sica exaltaram características da
obra artística do dirigente da LBV.
Um deles, o maestro Eduardo Es-
calante, comentou: “Quando se
fala em música, existe um universo
imenso, infinito, mas, especifica-
mente ao falar do Irmão Paiva
Netto, há a lembrança
da obra importante, im-
portantíssima que ele
está deixando. No caso
específico da música, da
criatividade, ela vem para
tocar a nossa emoção. O Irmão
Paiva, em especial, tem nos mos-
trado isso”. E ressaltou Escalante:
“A música dele é muito bonita,
bem escrita; traz uma mensagem
profunda”.
Quem também dei-
xou registrada uma
apreciação a respeito
do talento do home-
nageado foi o maes-
tro Osman Giuseppe
Gióia. Responsável pela orques-
tração das obras do compositor
apresentadas pela Orquestra Sin-
fônica Brasileira em 30 de abril de
1983, no Theatro Municipal do Rio
de Janeiro/RJ, sob a regência de
Isaac Karabtchevsky, ele salientou:
“Fui convidado a fazer os arran-
jos de duas músicas do Paiva Netto
para um concerto da Sinfônica
Brasileira (...). Eu lembro que foi
um trabalho gratificante. As obras
eram bastante interessantes; ele
tem uma veia musical muito gran-
de. As melodias dele tocam muito
o coração da gente. Lembro que o
resultado foi muito bom e, no final
do concerto, o público aplaudiu a
orquestra; depois, a orquestra se
levantou, aplaudindo as peças do
Paiva Netto”.
Homenagem
Osman Gióia
Projeto musical
O Coral e Instrumentistas Infan-
tojuvenis Boa Vontade, projeto de-
senvolvido no Instituto de Educação
da Legião da Boa Vontade, na capital
paulista, nasceu da preocupação
do dirigente da LBV em oferecer
oportunidades às novas gerações
também na arte. Com o objetivo
principal de elevar a autoestima
e a autoconfiança de crianças e
adolescentes, a iniciativa pode
representar um ponto de partida
para a vida profissional
de novos talentos. No
projeto, eles optam
pelo aprendizado de
um instrumento mu-
sical ou de canto
coral ou, ainda, por
ambos os cursos.
Rememorou o discurso feito por
ele na inauguração daquela uni-
dade da LBV, em 1996, diante de
mais de 110 mil pessoas, confor-
me noticiara a mídia. Dele desta-
camos este trecho: “Reclama-se
Público acompanha a apresentação
do Coral e Orquestra Boa V ontade,
sob a regência do maestro
Legionário José Eduardo Paulote de
Paiva (no destaque).
Homenagem
Vânia Besse
Vinícius Bueno

BOA VONTADE | 55
Espírito e Ciência
Amit Goswami
Leila Marco e Josué Bertolin
Consciência
Universal
A física quântica amplia o
diálogo entre Ciência e Religião
shutterstock.com
O
que a criatividade, a Física e Deus têm em comum? Para
o renomado físico indiano Amit Goswami, essa relação
abre um sem-número de possibilidades. O cientista, Ph.D.
em física quântica pela Universidade de Calcutá (Índia),
conferencista, pesquisador e professor emérito do Instituto de Física
Teórica da Universidade de Oregon (EUA), nem sempre pensou assim.
Até experimentou ciclos quase que opostos na sua caminhada.
Nascido na Índia, filho de um guru hinduísta, conviveu com ensi-
namentos religiosos na infância e na juventude, quando passou a se
interessar por física nuclear. Dos 15 aos 45 anos de idade, Amit se
definia um materialista; foi então que um dia acordou e começou a
refletir sobre a forma como conduzia a vida e a carreira profissional.
Concluiu que não eram ideais e, durante quase uma década, procurou
refazer sua trajetória. Ao fim desse período, a partir de um insight, o
qual qualificou de quântico, ele se voltou para a Religiosidade. Desde
então, abraçou um novo ideal: trabalhar de maneira efetiva para criar
uma ponte entre Ciência e Religiosidade. “Eu fui da Física para a
Espiritualidade, sob o aspecto da Física”, comenta.
Autor de uma dezena de livros, cujos temas incluem mecânica

56 | BOA VONTADE
quântica, consciência e Nova
Ciência, o dr. Goswami ganhou
popularidade além da sua área
de atuação ao participar do filme
Quem Somos Nós? (em inglês:
What the Bleep Do We Know?,
2005), sucesso de bilheteria nos
Estados Unidos, que tornou as
ideias defendidas por ele conhe-
cidas em todo o mundo.
Radicado nos EUA desde a dé-
cada de 1960, o físico recebe con-
vites para palestrar em diversos
países. Recentemente esteve no
Brasil para o lançamento de seu
mais novo livro e documentário:
O Ativista Quântico. Nessa obra,
o dr. Goswami compartilha com
o público a visão do potencial
ilimitado da consciência e mostra
como, a partir dessa perspectiva,
é possível influenciar a mudança
de valores da sociedade.
Em entrevista exclusiva à Super
Rede Boa Vontade de Comunicação
(TV, rádio, internet e publicações),
durante sua passagem pelo país, o fí-
sico e escritor relembrou a participa-
ção dele no Fórum Mundial Espírito
e Ciência (FMEC), de caráter per-
manente, promovido pela Legião da
Boa Von­tade, no Parlamento Mun-
dial da Fraternidade Ecumênica, o
ParlaMundi da LBV, em Brasília/
DF. Para o dr. Goswami, a inicia-
tiva da Instituição de promover o
diálogo entre cientistas e religiosos
foi pioneira: “Isso só começou a ser
feito em 2000 no Fórum da LBV,
mas agora, em 2010, (...) temos uma
Ciência totalmente compatível com
a tradição espiritual”.
BOA VONTADE — Tivemos a
satisfação de tê-lo como pa-
lestrante no 1
o
Fórum Mundial
Espírito e Ciência (realizado
entre 18 e 21 de outubro de
2000), sob o tema “Ciência e
Fé na trilha do Equilíbrio”. Na
ocasião, o senhor discorreu so-
bre a mudança de paradigma
que estava ocorrendo...
Amit Goswami — O para-
digma é como um guarda-chuva
de ampla cobertura. Ele nos pro-
porciona uma visão global sob
a qual os modelos científicos
predominantes do momento são
postos em prática, (...) visões de
mundo pressupostas. Segundo o
físico Thomas Kuhn, que arti­
culou o conceito, todos os para-
digmas científicos eventualmente
se esgotam. Em outras palavras, as
teo­rias necessárias para explicar os
novos dados terão inconsistências
lógicas se usarmos a visão global
do paradigma antigo. Este é um
indicativo de que o paradigma
precisa mudar. Um exemplo disso
ocorreu em 1925, quando a física
quântica foi descoberta e logo
começou a apresentar aspectos
paradoxais, paradoxos lógicos de
grande porte que não seriam solu-
cionados por meio do uso da visão
global do materialismo científico,
em que a matéria e as interações
materiais compõem a base de tudo.
A física quântica diz que os objetos
são possibilidades. Como essas pos-
sibilidades se tornam experiências
reais? Podemos dizer que, quando
tentamos ver uma onda de possi-
bilidades, não vemos a onda, en-
xergamos somente os eventos. De
alguma forma, a onda localizou-se
“A evolução que ora ocorre pode ser comparada à revolução de
Nicolau Copérnico. Foram necessários mais de 100 anos para
que ela fosse aceita pela sociedade, pelo meio acadêmico, e
assim por diante.”
Leila Marco
Espírito e Ciência

BOA VONTADE | 57
em uma partícula. Se não pode ser
vista em interações materiais, então
como? Isto traz a consciência para
a física.
BV — Como tem sido o avanço
dessa mudança de paradig-
ma?
Goswami — Bem, tivemos
grande progresso nas teorias. Em
minha palestra no Congresso da
LBV, realizado no ano de 2000,
abordei a integração da Ciên­cia
com a Espiritualidade. Começa-
mos a entender os aspectos da
Espiritualidade. Por exemplo, a
busca espiritual já foi reconheci-
da como aspecto da criatividade,
por meio da qual o novo para-
digma oferece uma explicação
muito boa. (...) Temos também
desenvolvido uma nova teoria
evolucionista, que explica os
dados anômalos da evolução que
o darwinismo não pôde deixar
claro. Alcançamos, ainda, avanços
extraordinários com dados expe-
rimentais, embora, naturalmente,
não tenha havido grande aceitação
dos físicos tradicionais. Isso era
de esperar. A evolução que ora
ocorre pode ser comparada à re-
volução de Nicolau Copérnico.
Foram necessários mais de 100
anos para que ela fosse aceita pela
sociedade, pelo meio acadêmico,
e assim por diante. Portanto, não
deveríamos esperar menos. Os
paradigmas costumam ter raízes
bastante profundas, e hoje há gran-
de quantia de dinheiro envolvida
na questão. Outro aspecto é que o
novo paradigma é integrado. Na
Nova Ciência, as fronteiras não
são muito válidas. Ideias que con-
siderávamos como da Psicologia,
a exemplo da consciência, agora,
são apresentadas na física básica,
na física quântica. A evolução é
algo que não diz respeito apenas
ao campo dos biólogos, mas tam-
bém está presente no campo de
atuação e estudo dos psicólogos.
BV — Que prejuízos causa o
pensamento materialista?
Goswami — Ocorre que a
sociedade tem aceitado cada vez
mais essa ciência materialista,
e isso está trazendo importan-
tes consequências. Um grande
exemplo é a Economia, confor-
me fundada por Adam Smith,
o capitalismo, uma ideia muito
boa, completamente compatível.
(...) O avanço não só da Ciência,
mas também do renascimento
nas artes e em outras áreas, veio
depois do surgimento dessa ciên-
cia moderna. Então, tudo mudou
quando o materialismo começou
a tomar forma e a influenciar a
sociedade. A Economia mudou
do capitalismo para uma econo-
mia matemática (...). O resultado
foi de fato a derrocada da atual
economia do capital, a qual pre-
senciamos em todo o mundo.
Aquilo que não podemos fazer
com o raciocínio, a crise, de certa
forma, pode fazê-lo. Os custos
médicos sobem cerca de 60% ao
ano e, obviamente, a sociedade
não poderá suportar esse ônus.
Estamos diante de uma crise que
obriga as pessoas se perguntar:
“Será este o modelo certo de
medicina para nós?”. Talvez
haja alternativa: uma medicina
integrada, em lugar da alopática.
BV — Quais conceitos dessa
Nova Ciência comprovam a
Espiritualidade?
Goswami — Antigamente,
predominava a ideia de que tudo
é matéria e interações dela. Tudo
é feito de partículas elementares,
construção de átomos, de moléculas
e de objetos cada vez mais comple-
xos, como as células do cérebro,
contudo, acreditava-se também que
a consciência seria um epifenômeno
O físico Amit Goswami dedica exemplar
do livro e documentário O Ativista
Quântico ao diretor-presidente da LBV ,
com a seguinte mensagem: “Ao Paiva
Netto com meus sinceros cumprimentos”.
“Somos aquela consciência
de Deus. Na física quântica,
damos a isso o nome de
‘consciência não local’. É uma
consciência que interconecta
toda a Humanidade, todos
os seres vivos. Não estamos
separados.”
Leila Marco

58 | BOA VONTADE
Espírito e Ciência
O físico Amit Goswami recebeu da
equipe da BOA VONTADE quadro
com a foto do Conjunto Ecumênico da
Instituição, formado pelo Templo da
Boa Vontade e pelo ParlaMundi da LBV ,
em Brasília/DF.
“A LBV e eu estamos em
grande sintonia, buscando
Deus na Ciência e levando
essa ideia adiante.”
“Ainda há muitas questões
para ser integradas e, como
se sabe, isso só começou a ser
feito em 2000 no Fórum da
LBV. Mas hoje posso afirmar,
com toda a certeza, (...)
temos uma Ciência totalmente
compatível com a tradição
espiritual.”
Leila Marco
(produto acidental), um fenômeno
secundário do cérebro. A nova visão
de mundo difere disso completa-
mente; ela nos diz que a consciência
é o fundamento de todo o ser, e a
matéria existe como possibilidade
daquela. Transformamos a noção de
que o cérebro produziria a consci-
ência. Isso soluciona os paradoxos e
explica os dados anômalos, além de
integrar todas as diferentes ciências;
a isso chamamos de Ciência dentro
da primazia da consciência.
BV — A base das evidências
da Espiritualidade estaria na
física quântica?
Goswami — A ideia de que
a consciência é o fundamento do
ser, nas tradições espirituais, tem
expressão na crença de que Deus
é tudo. Adaptamos tal conceito
para o de um paradigma científico
objetivo: a consciência é tudo. As
tradições espirituais também falam
desse Deus, ou na nossa lingua-
gem, dessa consciência que possui
autoridade causal, poder causal. E
nós temos o conceito de causação
descendente. A física quântica diz
que os objetos são possibilidades
no ato da escolha, as possibilidades
se tornam eventos de experiência
real. Então, a consciência escolhe
entre as possibilidades para produ-
zir experiências. Esse conceito é o
da causação descendente.
BV — Existe a causação fora
das forças materiais, das in-
terações da matéria?
Goswami — Sim, a Nova
Ciência diz que sim. Pela primei-
ra vez na história da Humanidade,
não somente atribuímos a Deus
uma autoridade causal, uma cau-
sação descendente, como também
até explicamos do que consiste.
BV — O senhor foi materialis-
ta... E pela Ciência descobriu a
Espiritualidade. Como foi isso?
Goswami — Eu participava,
em 1973, de uma conferência
e percebi que estava sofrendo
de um sentimento negativo de
inveja, porque acreditava que
não tinha palestrado muito bem,
achava que outros palestrantes
estavam se saindo melhor. Eu
me recordo que, lá pela uma
hora da manhã, estava mexendo
no meu bolso, procurando um
antiácido. Notei que já havia
consumido a cartela inteira.
Então, sentindo desgosto, saí
para tomar um ar fresco. Re-
pentinamente, um pensamento
invadiu minha cabeça: Por que
vivo dessa maneira? Qual é o
remédio para este sofrimento
que experimento? A resposta
era que eu me encontrava muito
dividido entre “o que faço” e
“quem eu sou”. Exercia a física
de uma forma que ela ficava à
parte da vida. Comecei a mudar.
Esse processo durou cerca de
dez anos, mas fui muito aben-
çoado com uma nova percepção,
que adquiri depois de conversar
com um místico. Ele me disse
que a Ciência tem de ser condu-
zida de uma maneira diferente,
que a consciência é a base do
ser. Com essa nova visão, ficou
bem mais fácil. Ainda há muitas
questões para ser integradas e,
como se sabe, isso só começou a
ser feito em 2000 [no Fórum da

BOA VONTADE | 59
LBV]. Mas hoje posso afirmar,
com toda a certeza, que temos
um bom conhecimento sobre os
aspectos básicos que integram
os ramos da Ciência, como a
física, a biologia, a psicologia,
a medicina. Temos uma Ciência
totalmente compatível com a
tradição espiritual.
BV — O senhor defende a cha-
mada criatividade quântica e
o potencial ilimitado da cons-
ciência. Como explicar isso?
Goswami — A criatividade é
a forma pela qual ficamos saben-
do de coisas novas, descobertas
a todo momento. O que acontece
com nossa consciência? Somos
aquela consciência de Deus. Na
física quântica, damos a isso o
nome de “consciência não local”.
É uma consciência que interco-
necta toda a Humanidade, todos
os seres vivos. Não estamos
separados. Tornamo-nos condi-
cionados a experiências que o
cérebro armazena como memó-
rias, e então elas posteriormente
afetam a memória; tendemos a
responder aos estímulos de uma
maneira igual à que já fizemos
antes. Isso é o que os psicólogos
chamam de condicionamento.
Quando nos tornamos condicio-
nados, nosso comportamento é
previsível. Não desfrutamos da
mesma liberdade à que fazemos
jus. Começamos a armazenar co-
nhecimento que nos foi entregue
por outros, passamos a pensar
que o objetivo da vida humana
é absorver um monte de infor-
mações, mas não é isso. O Ser
Humano é muito mais que isso.
(...) A criatividade é o primeiro
sinal para acreditarmos que po-
demos ser originais. Quando um
indivíduo dispõe de sua própria
fonte de conhecimento, e mer-
gulha nessa fonte, aí a jornada
tem início.
BV — A escolha das possibili-
dades que se tornarão reais
conduz o pensamento princi-
pal do ativista quântico?
Goswami — O ativista quân-
tico realiza um pouco mais do
que isso. Escolher dentre esses
pensamentos os que vão se
tornar um produto, assim é que
começa a criatividade. Chamo
isso de “criatividade externa”.
Depois de algum tempo, porém,
a pessoa criativa descobre que
há muitas coisas dentro de si,
como memórias armazenadas,
circuitos cerebrais de emoções,
que interferem na criatividade.
Logo que descobrimos isso,
não queremos sofrer com essas
limitações. Por isso, limpamos
nosso interior e,
desse modo, pode-
mos ser bem mais
criativos. Quanto
mais mergulharmos
na consciência de
Deus, e nisso
cada expe-
riência de
criatividade
representará
um encontro
com Ele, per-
ceberemos que Deus
inclui tudo. O ativista
quântico participa não só
da própria melhoria dele,
como também da melhoria da
sociedade onde vive.
BV — Por fim, que mensagem
o senhor gostaria de deixar?
Goswami — Foi um prazer
estar presente, primeiramente em
2000, e ainda me lembro daquela
conferência muito bem. A LBV
e eu estamos em grande sinto-
nia, buscando Deus na Ciência
e levando essa ideia adiante.
Assim, mais nos integraremos
para buscar a melhor solução
para os problemas prementes
do mundo de hoje, como o co-
lapso econômico, a dissolução
da democracia, o terrorismo e
o aquecimento global. Todas
essas questões não podem ser
resolvidas pela visão de mundo
materialista, já que, na verdade,
em grande parte, ela está entre as
causas desses problemas.
shutterstock.com

60 | BOA VONTADE
O
jornal Copacabana — O
Novo Rio, com tiragem
de 10 mil exemplares,
formato standard e assinatura
anual ao custo de 5 mil réis, foi
uma publicação alternativa/comu-
nitária surgida em 1906, no Rio
de Janeiro/RJ, na época em que o
bairro de Copacabana começava
a ganhar força, com a decisão do
prefeito Pereira Passos de iniciar
as obras de construção da Ave-
nida Atlântica. Até então, a área
só servia de fundos para as casas
construídas na Avenida Nossa
Senhora de Copacabana.
Mas a história desse famoso
bairro, parte da qual a gazeta
documentou, remonta ao século
17, mais precisamente ao ano
de 1617. Nesse período, toda
aquela região, que hoje é um
dos principais cartões-postais
do Brasil, destinava-se ao pasto,
Primeiros jornais
No início do
século 20, o
Copacabana já
fazia história
na imprensa
carioca.
do Rio
Opinião — Mídia Alternativa
Crítica e irreverência na gênese da imprensa brasileira
Carlos Arthur Pitombeira
especial para a BOA VONTADE
Carlos Arthur
Pitombeira,
jornalista e
conselheiro
da ABI.
Felipe Freitas
em um cenário que combinava
gado e a plantação de cana-de-
-açúcar dos grandes engenhos
existentes ali até onde se localiza
a Lagoa Rodrigo de Freitas. Essa
parte da cidade começou a se
firmar em 1892, com a entrega
do túnel que passou a ligar a Rua
Real Grandeza com a Siqueira
Campos (antiga Rua do Barroso)
e sua continuação até a Serzedelo
Correia, para a passagem do pri-
meiro bonde, ainda de tração ani-
mal. Era presidente da República
o marechal Floriano Peixoto.
Quem fundou o Copacabana —
O Novo Rio foi o jornalista Theo-
tonio de Oliveira, priorizando as
notícias do bairro, que ganhava
novas feições no início do século
20. Reclamava, por exemplo, a
necessidade de irrigação das ruas
empoeiradas de Copacabana,
por causa da grande quantidade
Arquivo BV
1929

BOA VONTADE | 61
de terra, da mesma forma que
pedia arborização para a Avenida
Atlântica.
O jornal abria também espa-
ço para notas sociais, com uma
ponta de malícia, publicadas
na seção “Copacabaninha”, em
que colaboradores se divertiam
divulgando, por exemplo, que
“estão se tornando escandalosos
os encontros de um distinto diplo-
mata no Cinema Americano” ou
“muito comentados os insistentes
passeios de uma senhorita da Rua
Barata Ribeiro em certo trecho da
Avenida Atlântica”.
Trazia anúncios de vários tama-
nhos, alguns em forma de versos,
como este: “Moças que andais
anemicas e palidas/o pezar ainda
mais vos amofina/Borboletas que
sois ainda crysalidas/Usai a TEU-
TONIA ou a BRAHMINA”. Em
outro anúncio, com foto, o jornal
detalhava os serviços do Salão Co-
pacabana: “Barbeiro, cabellereiro,
maçagens vibratórias, etc...”.
Em seus editoriais, o Copa-
cabana — O Novo Rio era con-
tundente e não poupava, por
vezes, críticas ao Lloyd Brasileiro
[companhia estatal de navegação],
como a que a empresa “não é
mais commercial, ágil, capaz
de acompanhar as mais ligeiras
variações do commercio, atender
às suas necessidades, aqui ou
acolá, livrar-se mais acima ou
mais abaixo da concorrência de
emprezas congêneres, mas uma
repartição pública complicada,
cheia de directores, chefes de se-
ção, verbas do thesouro, votação
de orçamentos e toda essa trapa-
lhada já muito conhecida”.
Assim como Bondinho, Ex,
Extra, Realidade, Opinião, Idéia
Nova, Mais, Movimento,  Se-
nhor, Pasquim, Repórter, Versus,
Flor do Mal, Singular & Plural,
Binômio, A Manhã e Pif-Paf,
o Copacabana — O Novo Rio
também tem grande importância
na historiografia da imprensa al-
ternativa/comunitária brasileira. Ao lado da Gazeta Suburbana
(1883), do Jornal de Ipanema
(1966) e do JBJ-Jornal da Barra
e Jacarepaguá (1977), pelos servi-
ços que prestaram e ainda prestam (no caso desses dois últimos) à democratização da mídia, serve
de exemplo a ser seguido.
Algumas das crianças atendidas pela Legião da Boa Vontade na capital
pernambucana homenagearam a diretora de jornalismo da TV Tribuna/Record,
Elisa Cavalcante, pela passagem de seu aniversário. A visita da criançada
da LBV ocorreu em 11 de abril, no dia seguinte ao aniversário da jornalista
(10/4). Na oportunidade, a diretora recebeu dos pequenos um presente con-
feccionado por eles próprios nas atividades da Oficina de Arte, do programa
LBV — Criança: Futuro no Presente!, no Recife/PE.
“Podem sempre contar com a nossa parceria. O trabalho da LBV é muito
importante para essas crianças”, afirmou Elisa. Além de agradecer a home-
nagem, a jornalista ressaltou aspectos do distintivo da LBV, no qual está
representado um coração azul que integra a logomarca da Instituição: “Acho
muito bonito o distintivo, transmite uma mensagem forte”.
Em seguida, a aniversariante convidou a garotada a conhecer os estúdios
da emissora. O jornalista Rodrigo Asfora, apresentador do Jornal da Tribuna,
animado com a presença das crianças, mostrou a elas como são editadas as
matérias veiculadas no programa jornalístico.
LBV homenageia a
jornalista Elisa Cavalcante
Crianças da LBV entregam um cartão e um quadro com a majestosa estampa de
Jesus, o Cristo Ecumênico, à jornalista.
Vânia Besse

62 | BOA VONTADE
T
oda empresa que respeita
o meio ambiente cumpre
importante papel de respon-
sabilidade social. Ao apoiar, por
exemplo, projetos de educação
ambiental e ações estratégicas
social e ambientalmente corretas,
a empresa assume uma posição
de protagonismo no processo de
desenvolvimento sustentável de
um país.
Este é um compromisso vigente
na administração da Celg Distri-
buição S.A. O papel socialmente
responsável da companhia energé-
tica pode ser verificado nas práticas
adotadas na gestão de pessoas, no
relacionamento transparente, no
atendimento ao consumidor e no
apoio a ações sociais, culturais
e ambientais relevantes para a
comunidade, o que contribui para
uma melhor qualidade de vida da
população goiana.
Ao produzir e distribuir energia
elétrica, a Celg o faz de maneira
sustentável, promovendo iniciati-
vas como a substituição do chuveiro
elétrico por coletores solares em
conjuntos habitacionais de consu-
midores de baixa renda. Destaque
também para a distribuição de
lâmpadas fluorescentes em escolas,
para alunos, professores e funcioná-
rios, o que diminui o consumo de
energia elétrica e o valor da conta
de luz (economia de até 80% em
relação à lâmpada incandescente)
e protege mais o meio ambiente.
Para minimizar o impacto am-
biental em florestas provoca-
do pela construção de linhas de
transmissão, a empresa realiza o
replantio de espécies nativas, além
de promover a reciclagem com a
reutilização de fios e postes, e a
descontaminação do mercúrio de
lâmpadas queimadas.
Entre as ações de inclusão so-
cioeconômicas, foi firmado um
convênio com o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de
Goiás (IFG) para a recuperação de
medidores danificados. Além de se-
rem posteriormente reaproveitados
pela empresa em todo o Estado, os
aparelhos são utilizados na criação
de vagas de estágio curricular em
Eletrotécnica e investimentos em
laboratórios da instituição. A inicia-
tiva ainda disponibiliza bolsas para
alunos carentes do IFG.
Responsabilidade Social
Juliana V alin
Modelo de gestão
socioambiental

BOA VONTADE | 63
Em busca de inovações, a tecno-
logia permitiu uma parceria entre a
Celg e o Centro de Democratização
da Informática (CDI), regional
Goiás, atuando na qualificação e na
inclusão digital dos colaboradores
terceirizados e de moradores da co-
munidade atendida. São oferecidos
cursos de informática, nos quais
também estão presentes temas rela-
cionados à cidadania. No espaço do
CDI, a companhia emprega a tec-
nologia Power Line Comunnication
(PLC), que transmite dados, voz e
imagem por meio da rede elétrica.
Música ao alcance de
todos
Entre as iniciativas bem-su-
cedidas da Celg está o Projeto
Concertos Didáticos — Orquestra
Sinfônica Jovem de Goiás (em
convênio com a Endesa Cachoei­
ra). Graças a ele, foi possível a
realização de concertos gratuitos e
de caráter didático em onze cidades
do interior de Goiás, em que se
buscou difundir a cultura musical
para comunidades com precário ou
nenhum acesso a apresentações de
orquestras sinfônicas.
Pela proposta do projeto, os
concertos incluem a apresentação
dos instrumentos, adquiridos com a
parceria, aulas e explicações sobre
as obras e os compositores.
Segundo a gerente de Gestão
da Qualidade da Celg, Viviane
Gamoeda Mulero, para que os
empreendimentos tenham êxito é
preciso atuar visando também ao
compromisso com a sociedade.
“Atualmente as empresas pre-
cisam se preocupar não apenas
com o sucesso do seu negócio em
termos econômico-financeiros,
mas também com o seu papel na
sociedade, contribuindo para o
desenvolvimento econômico e
social da comunidade onde atuam
e ajudando a preservar o meio
ambiente”, explica.
Parcerias
Também contaram com o apoio
e a parceria da companhia energéti-
ca os programas LBV — Criança:
Futuro no Presente!, que atende
meninos e meninas de 6 a 12 anos
em situação de risco social, e Grupo
de Convivência, dirigido a crianças,
adolescentes, adultos e idosos aten-
didos pela Legião da Boa Vontade
em Goiás.
A gerente Viviane Mulero aten-
ta para a visão atual do mercado:
“Cada vez mais os clientes e inves-
tidores estão conscientes da impor-
tância do papel social e ambiental
das empresas e, por isso, preferem
e valorizam as organizações que
cumprem bem este papel”.
De acordo com essa visão, orga-
nizações que aplicam a ferramenta
da responsabilidade social podem
maximizar recursos e conscientizar
seu público de interesse e a socie-
dade acerca da causa adotada. Com
isso, agregam valores à marca, fideli-
zam consumidores e envolvem cola-
boradores; tornam-se assim agentes
na construção de uma sociedade
menos desigual e mais sustentável.
Igualmente pela via da respon-
sabilidade social, a Organização
das Nações Unidas (ONU) define
claramente o conjunto de metas
para melhorar a qualidade de vida
dos Seres Humanos nos próximos
anos. Trata-se dos Oito Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio,
que preveem um desenvolvimento
economicamente viável, social-
mente justo e sustentável. No
entanto, tais metas necessitam do
envolvimento direto de empresas,
governo e organizações sociais,
pois todos são corresponsáveis na
busca por soluções.
A Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás está entre as bem-sucedidas iniciativas da Celg
Divulgação

64 | BOA VONTADE
tema que norteou os trabalhos da
55
a
Reunião da Comissão sobre o
Status da Mulher (CSW, sigla em
inglês), realizada em Nova York,
nos Estados Unidos, de 22 de fe-
vereiro a 4 de março.
Criada em 1946, pelo Conselho
Econômico e Social (Ecosoc), ór-
gão das Nações Unidas, a CSW reú-
ne anualmente ministros, assessores
e representantes da sociedade civil
de todo o mundo para discutir, pro-
por e aprovar resoluções de caráter
internacional, avaliar progressos
em matéria de igualdade, identificar
desafios, estabelecer metas globais
e formular políticas concretas para
a valorização da mulher.
Além da discussão em torno da
capacitação profissional, do acesso
Acesso à Educação
e ao emprego
ONU discute
ações e
políticas para o
empoderamento
da mulher
à educação e ao emprego, com foco
na participação feminina na área
de ciência e tecnologia, o encontro
recebeu, logo no primeiro dia, um
importante reforço: o lançamento
oficial da ONU Mulheres*.
A diretora-executiva da nova
entidade, a ex-presidente do Chile
Michelle Bachelet, ao discursar na
cerimônia de abertura da comissão,
ressaltou o avanço dos direitos femi-
ninos na última década, lembrando,
todavia, o imenso esforço ainda a
ser feito para que as mulheres em
todo o globo sejam realmente livres
e vivenciem a igualdade de gênero.
“Apesar dos exemplos encoraja-
dores, esse progresso é desigual e
frágil. Enquanto nos reunimos nesta
sala hoje, há ainda muitas mulhe-
Da Redação
LBV na ONU
O trabalho feminino como fator de desenvolvimento
* A ONU Mulheres reúne em torno de suas atividades a coparticipação de várias agências das Nações Unidas e, com isso, amplia a agenda de autonomia feminina
e de empoderamento das mulheres.
“A
cesso e participação das
mulheres e das jovens à
educação, à formação, à
ciência e tecnologia, inclusive para
a promoção da igualdade de acesso
das mulheres ao pleno emprego
e trabalho decente.” Esse foi o
Arquivo BV

BOA VONTADE | 65
Michelle Bachelet (D), ex-presidente do Chile
e diretora-executiva da ONU Mulheres,
recebe da Jovem Legionária Sâmara
Malaman exemplar da edição em inglês da
BOA VONTADE Mulher.
Alejandrina Germán (D), ministra da
Mulher, da República Dominicana,
com Mariana Malaman,
representante da LBV no evento.
O embaixador Eduardo Ulibarri,
representante da Costa Rica nas Nações
Unidas, recebe a mensagem da LBV .
Sâmara Malaman
Claudine Menvoula (E), do Gabão, ministra adjunta do Ministério da Saúde e Assuntos Sociais e da Família.
Manuela Aflonso (C) e Felipa Almeida (D), representantes de ONG portuguesa, com Adriana Rocha, da LBV .
Danilo Parmegiani
David Koller
Madame Mateta nee Mackela Leonie Rose, diretora-geral da Secretaria de Mulheres do Congo, com representante da LBV .
Sâmara Malaman
Sâmara Malaman
res e crianças vítimas do tráfico;
empregadas domésticas que deixa-
ram a família para viver em novos
lugares, desprotegidas por leis ou
políticas trabalhistas; muitas meni-
nas obrigadas a abandonar a escola
ou a se casar muito cedo; mulheres
e meninas que não têm acesso a
serviços como extensão agrícola,
postos de saúde, transporte econô-
mico e assistência judiciária. No
mundo, há pouquíssimas mulheres
no grupo de tomada de decisões,
quando são negociados acordos de
paz, comércio ou mudanças climá-
ticas”, enumerou a diretora.
Outras autoridades presentes
à reunião também externaram o
mesmo sentimento. O presidente
do Ecosoc, Lazarous Kapambwe,
por sua vez, afirmou: “Nenhum
país pode se desenvolver de forma
sustentável sem a participação ple-
na e efetiva das mulheres em todos
os aspectos da vida”.
A Legião da Boa Vontade, que
participa ativamente da comissão
desde 1995, neste ano encaminhou
a autoridades e delegações interna-
cionais a revista BOA VONTADE
Mulher. A dra. Michelle Bachelet
recebeu com entusiasmo a men-
sagem ecumênica da LBV, por
intermédio da Jovem Legionária
Sâmara Malaman. A publicação
especial, editada em espanhol,
francês, inglês e português, além de
apresentar um resumo dos progra-
mas desenvolvidos pela Instituição,
Crosby Newcomer-Falk

66 | BOA VONTADE
Educação e profundo compromisso
com a luta pelo fim de preconceitos
e discriminações, a LBV levou ao
debate as práticas humanitárias, so-
ciais e educacionais que empreen­de
há mais de 60 anos, em suas escolas,
abrigos para idosos e Centros Co-
munitários de Assistência Social.
Com a ajuda de programas, cam-
panhas e projetos socioeducativos
da Instituição, milhares de mulhe-
res têm a autoestima fortalecida,
livram-se da violência doméstica
Amira Fahmy (E), primeira-secretária da Missão
Permanente do Egito nas Nações Unidas, e Safa Elbaz,
do Conselho Nacional da Mulher no Egito, com o
representante da LBV na ONU, Danilo Parmegiani.
Adriana Rocha, da LBV , ao lado de Elvira Fernandez (E) e Arieta
Flous, representantes de ONG mexicana.
que beneficiam todos os dias milha-
res de famílias no Brasil e no exte-
rior, traz o artigo “O Milênio das
Mulheres”, do jornalista e escritor
José de Paiva Netto. Nele, o diretor-
-presidente da LBV presta uma
justa homenagem à Alma feminina
e sua capacidade de contribuir para
a solução de graves problemas que
afligem os povos.
Comprometimento
Com longa história de sucesso na
e entram no mercado de trabalho.
A base dessas ações é a Pedagogia
da Boa Vontade — formada pela
Pedagogia do Afeto (para crianças
de até os 10 anos) e pela Pedagogia
do Cidadão Ecumênico (a partir dos
11 anos) —, linha pedagógica criada
por Paiva Netto.
A proposta educacional da LBV,
que investe na formação integral
do Ser Humano, unindo intelecto
e sentimento, favorece não apenas
crianças e jovens, mas também as fa-
LBV na ONU
Crosby Folk
Mariana Malaman
Equipe solidária da LBV dos EUA na 55
a
CSW — Em frente à ONU, a partir
da esquerda, Danilo Parmegiani, Sâmara Malaman, Adriana Rocha, Crosby
Newcomer-Falk, Mariana Malaman, Conceição Albuquerque e Graham Norwood.
Também fazem parte da delegação da Instituição os jovens Eliana Gonçalves,
Jacqueline Arbucci, Amado V ieira, Amanda V ieira e David Koller.
Arquivo BV
Albina Ruiz Ríos (E), fundadora e presidente da organização peruana Ciudad Saludable (Cidade Saudável) e palestrante na conferência da ONU, com Eliana Gonçalves, da LBV .
Crosby Newcomer-Falk

BOA VONTADE | 67
mílias, boa parte delas hoje chefiada
por uma mulher. “As mães sempre
são vistas na Legião da Boa Vontade
como um ponto central de transfor-
mação e de mudança na sociedade,
até por serem também as maiores
responsáveis pela educação dos
filhos (...)”, ressalta Adriana Rocha,
representante da LBV na ONU.
As recomendações da Ins-
tituição foram também oficial-
mente apresentadas por escrito.
O Ecosoc traduziu o documento
para os seis idiomas oficiais do organismo (árabe, chinês, espa-
nhol, francês, inglês e russo) e
encaminhou-o aos participantes
da conferência, missões governa-
mentais e agências internacionais
(destaque ao lado). O conteúdo
da declaração já está disponível
no site da ONU. Para fazer o
download, basta acessar o site
http://documents.un.org/ e buscar
o documento, digitando a expres-
são E/CN.6/2011/NGO/37.
Georgina Quaisie (C), chefe do
Departamento de Ciência do Ministério
da Educação de Gana, com Crosby
Newcomer-Falk e Eliana Gonçalves, da
LBV. Justine Diffo Tchunkam (D), representante
da República dos Camarões e coordena-
dora nacional de Network para maior
participação das Mulheres na Política, com
Jacqueline Arbucci, representante da LBV.Representantes do Sudão recebem a
BOA VONTADE Mulher
David Koller
David Koller
Jacqueline Arbucci
O embaixador da Missão Permanente da
República Dominicana nas Nações Unidas,
Francis Lorenzo (D), com representante da
LBV.
Ministra da Secretaria de Políticas para as
Mulheres e chefe da delegação brasileira na
reunião da CSW na ONU, Iriny Lopes, com
Danilo Parmegiani.
Secretário da Missão Permanente
do Iraque na ONU, Wisam
Al-Qaisi, com representante da LBV . 
Sâmara Malaman
Mariana Malaman
Mariana Malaman

Naciones Unidas

E/ C N.6/2011/NGO/37



Consejo Económico y Social

Distr. gen er al
3 de di ciemb r e de 2010
Español
Original: ingl és

10-67058 (S) 221210 040111
*1067058*


Comisión de la Condici ón Juríd ica y Social
de la Mujer
55º período de sesiones
22 de feb rero a 4 d e marzo de 2011
Tema 3 a) del programa pro visional*
Seguimiento de la Cuarta Conferencia Mundial sobre
la Mujer y del vigésimo tercer período extraordinario
de sesiones de la Asamblea General, titulado “La mujer
en el año 2000: igualdad entre los géneros, desarrollo
y paz para el siglo XXI”: consecución de los objetivos
estratégicos, adopción de medidas en las esferas de
especial preocupación y medidas e iniciativas ulteriores



Declaración presentada po r la Legión de la Buena
Voluntad, organización no gubernamental reconocida
como entidad consultiva por el Consejo Económico
y Social


El Secretario General h a recibido la sigu iente d ecl aración, que s e di stribuye de
confo rmidad con lo disp uesto en los p árrafos 36 y 3 7 de la resolución 1996/31 del
Consejo E con ómico y Soci al.



* E / C N . 6 / 2 0 11 / 1 .
Организация Объединенных Наций

E/CN.6/2011/NGO/37


Экономический и Социальный
Совет

Distr.: Ge ne ra l
3 December 2 010
Russian
Original: English


10-67057 X (R) 210110 210110
10-67057



Ком и сси я по положению жен щ и н
Пятьде сят пят ая с е ссия
22 февра ля – 4 март а 2011 года
Пункт 3(a) п редварител ь ной пове стки дня
*

Последующая деятельность по итогам четвертой
Вс емирной конференции по положению женщин
и двадцать третьей специа льной с е ссии Генера льной
Асс амблеи под названием «Женщины в 2000 году:
равенство между мужчинами и женщинами, развитие
и мир в XXI веке»: достижение ст ратегиче ских целей
и деятельность в важнейших проблемных областях
и да льнейшие меры и инициативы



Заявление Легиона доброй воли —
неправительственной организации, имеющей
консультативный статус при Экономическом
и Социальном Совете


Генера льный с екрет арь п ол учил следующее заявл ение, которо е р аспр о-
ст р ан яет ся в соответ стви и с пункт ам и 36 и 37 р е золюции 1996/31 Экономиче-
ского и Социа льного Сове т а.
__________________
*
E / C N . 6 / 2 0 11 / 1 .
Espanhol
Russo
Nations Unies
E/ C N . 6 / 2 0 11 / N G O / 3 7
Conseil économique et social
D i s t r. g é n é r a l e
3 d é c e m b r e 2 0 1 0
F r a n ç a i s
O r i g i n a l : a n g l a i s
1 0 - 6 7 0 5 6 X ( F )
*1067056*
C o m m i s s i o n d e l a c on d i t i o n d e l a f e m m e
Cinquante-cinquième session
2 2 f é v r i e r- 4 m a r s 2 0 11
P o i n t 3 a ) d e l ’ o r d r e d u j o u r p r o v i s oi r e
S u i t e d o n n é e à l a q u a t r i è m e C o n f é re n c e mo n d i a l e
s u r l e s f e m m e s e t à l a v i n g t - t ro i si è m e s e s s i o n e x t r a o r d i n a i re
d e l ’ A s s e m b l é e g é n é r a l e i n t it u l é e « L e s f e m m e s e n l ’ a n 2 0 0 0 :
é g a l i t é d e s s e x e s , d é v e l o p p e me n t e t p a i x p o u r l e X X I
e
s i è c l e » :
r é a l i s a t i o n d e s o b j e c t i f s s t r a t é g iq u e s e t m e s u re s à p re n d re
d a n s l e s d o m a i n e s c r i t i q u e s e t no u v e l l e s m e s u re s e t i n i t i a t i v e s
Déclaration soumise par Legiao de Boa Vontade,
une organisation gouvernementale avec statut
consultatif auprès du Conseil économique
et social
L e S e c r é t a i r e g é n é r a l a r e ç u l a d é c l a r a t i o n s u i v a n t e q ui e s t p u b l i é e
c o n f o r m é m e n t a u x p a r a g r a p h e s 3 6 e t 3 7 d e l a r é s o l u t i o n 1 9 9 6 / 3 1 d u C o n s e i l
é c o n o m i q u e e t s o c i a l .
* E / C N . 6 / 2 0 11 / 1 .
Francês
ﺓﺪـﺤﺘﳌﺍ ﻢــﻣﻷﺍ
E/CN.6/2011/NGO/37
ﻟﻤﺠﺍﻲﻋﺎﻤﺘﺟﻻﺍﻭ ﻱﺩﺎﺼﺘﻗﻻﺍ ﺲﻠ
Distr.: General
3 December 2010
Arabic
Original: English
221210 221210 10-67053X (A)
*1067053*
ﺓﺃﺮﳌﺍ ﻊﺿﻭ ﺔﻨﳉ
ﻥﻮﺴﻤﳋﺍﻭ ﺔﺴﻣﺎﳋﺍ ﺓﺭﻭﺪﻟﺍ
٢٢ﻁﺎﺒﺷ / ﺮﻳﺍﱪﻓ- ٤ﺭﺍﺫﺁ /ﺱﺭﺎﻣ٢٠١١
ﺪﻨﺒﻟﺍ٣) ﺃ (ﺖﻗﺆﳌﺍ ﻝﺎﻤﻋﻷﺍ ﻝﻭﺪﺟ ﻦﻣ*
ﳌﺎﺑ ﲏﻌﳌﺍ ﻊﺑﺍﺮﻟﺍ ﻲﳌﺎﻌﻟﺍ ﺮﲤﺆﳌﺍ ﺞﺋﺎﺘﻧ ﺔﻌﺑﺎﺘﻣﺓﺭﻭﺪﻟﺍﻭ ﺓﺃﺮــ
ﻴﺋﺎﻨﺜﺘﺳﻻﺍـﺜﻟﺎﺜﻟﺍ ﺔـﻳﺮﺸﻌﻟﺍﻭ ﺔـﻴﻌﻤﺠﻠﻟ ﻦـﻣﺎﻌﻟﺍ ﺔــﻨﻌﳌﺍ ﺔـﻧﻮــﺔ
”ﻋ ﺓﺃﺮﳌﺍــ ﻡﺎ٢٠٠٠ :ﳌﺍﺴـــ ﺓﺍﻭﺎﻴﺑــ ﲔﺴﻨﳉﺍ ﻦﻴﻤﻨﺘﻟﺍﻭـــﺔ
ﻼﺴﻟﺍﻭ ﻡﺍ ﰲﻦﻳﺮﺸﻌﻟﺍﻭ ﻱﺩﺎﳊﺍ ﻥﺮﻘﻟ“ :ﻴﻔﻨﺗــﻑﺍﺪﻫﻷﺍ ﺬ
ﻹﺍﻭ ﺔﻴﺠﻴﺗﺍﺮﺘﺳﻻﺍﺕﻻﺎـﳎ ﻲــﻓ ﺎﻫﺫﺎﲣﺍ ﺐﺟﺍﻮﻟﺍ ﺕﺍﺀﺍﺮﺟ
ﺕﺍﺭﺩﺎﺒﳌﺍﻭ ﺕﺍﺀﺍﺮﺟﻹﺍ ﻦﻣ ﺪﻳﺰﻣ ﺫﺎﲣﺍﻭ ﺔﲰﺎﳊﺍ ﻡﺎﻤﺘﻫﻻﺍ



ﺕﺍﺫ ﺔـﻴﻣﻮﻜﺣ ﲑـﻏ ﺔـﻤﻈﻨﻣ ﻮـﻫﻭ ،ﺓﺪـﻴﻤﳊﺍ ﻲﻋﺎﺴـﳌﺍ ﻖـﻠﻴﻓ ﻦﻣ ﻡﺪﻘﻣ ﻥﺎﻴﺑ
ﻲﻋﺎﻤﺘﺟﻻﺍﻭ ﻱﺩﺎﺼﺘﻗﻻﺍ ﺲﻠﻟﻤﺠﺍ ﻯﺪﻟ ﻱﺭﺎﺸﺘﺳﺍ ﺰﻛﺮﻣ


ﲔﺗﺮـﻘﻔﻠﻟ ﹰﺎﻘﻓﻭ ﻪﻤﻴﻤﻌﺗ ﻱﺮﳚ ﻱﺬﻟﺍ ﱄﺎﺘﻟﺍ ﻥﺎﻴﺒﻟﺍ ﻡﺎﻌﻟﺍ ﲔﻣﻷﺍ ﻢﱠﻠﺴﺗ٣٦ﻭ ٣٧ ﺭﺍﺮـﻗ ﻦـﻣ
ﻲﻋﺎﻤﺘﺟﻻﺍﻭ ﻱﺩﺎﺼﺘﻗﻻﺍ ﺲﻠﻟﻤﺠﺍ١٩٩٦/٣١.




*
E/CN.6/2011/1.
Árabe
联 合 国 E/CN.6/2011/NGO/37
经济及社会理事会 Distr.: General
3 December 2010
Chinese
Original: English
10-67054 X (C) 301210 301210
*1067054*

妇女地位委员会
第五十五届会议
2011 年 2 月 22 日至 3 月 4 日
临时议程
*
项目 3(a)
第四次妇女问题世界会议以及题为“2000 年妇女:
二十一世纪两性平等、发展与和平”的大会第二十
三届特别会议的后续行动:重大关切领域战略目标
和行动的执行情况以及进一步的行动和倡议

具有经济及社会理事会咨商地 位的非政府组织博爱工作团提
交的声明


秘书长收到下列声明,现依照经济及社会理事会第 1996/31 号决议第 36 和
37 段的规定分发。





*
E/CN.6/2011/1。
Chinês
United Nations E/ C N . 6 / 2 0 11 / N G O / 3 7
Economic and Social Council D i s t r. : G e n e r a l
3 D e c e m b e r 2 0 1 0
O r i g i n a l : E n g l i s h
10-67055 (E) 291210
*1067055*
Co m m i s si o n o n t h e St a t u s o f Wo m e n
F i f t y - f i f t h s e s s i o n
2 2 F e b r u ar y - 4 M a r c h 2 0 11
I t e m 3 ( a ) o f t he p r o v i s i o n a l a g e n d a *
Fo l l o w - u p t o t h e Fo u r t h Wo r l d C o n f e re n c e o n Wo m e n a n d
t o t h e t w e n t y - t h i r d s p e c i a l s e s s i o n o f t h e G e n e r a l A s s e m b l y,
e n t i t l e d “ Wo m e n 2 0 0 0 : g e n d e r e qu a l i t y, d e v e l o p m e n t a n d p e a c e
f o r t h e t w e n t y - f i r s t c e n t u r y ” : i m p l e me n t a t i o n o f s t r a t e g i c
o b j e c t i v e s a n d a c t i o n i n c r i t i c a l a re a s o f c o n c e r n a n d f u r t h e r
a c t i o ns a n d i ni t i a t i v e s
Statement submitted by Legião de Boa Vontade, a
non-governmental organization in consultative status with
the Economic and Social Council
T h e S e c r e t a r y - G e n er al h a s r e c e i v ed t h e f o l l o w i n g s t a t e m e n t , w h i ch i s b ei n g
c i r c u l a t e d i n a c c o r d a n c e w i t h p a r ag r a p h s 3 6 a n d 3 7 o f E c o n o m i c a n d S o c i a l C o u n c i l
r e s o l u t i o n 1 9 9 6 / 3 1 .
* E / C N . 6 / 2 0 11 / 1 .
Inglês

68 | BOA VONTADE
O
Templo da Boa Vontade
(TBV), a Pirâmide das
Almas Benditas, recebeu,
em 28 de janeiro, integrantes da
Ordem dos Advogados do Brasil,
das seções do Distrito Federal e
do Rio de Janeiro, em fraterna
visita ao monumento. Estavam
presentes o diretor-financeiro da
OAB-RJ, dr. Marcello Oliveira;
o consultor de Relações Institucio-
nais, dr. Rodrigo Graça Aranha;
e o presidente da OAB-DF, dr.
Francisco Queiroz Caputo Neto.
“É impressionante a obra que
foi edificada aqui, um patrimônio
extraordinário para nossa cidade,
motivo de orgulho para todos nós
que escolhemos Brasília. O povo
brasileiro tem, na capital da Repú-
blica, um lugar que é efetivamente
um centro ecumênico, que atende
de forma extraordinária aos an-
seios da nossa sociedade”, disse
o presidente da OAB-DF.
O diretor-financeiro da OAB-RJ,
dr. Marcello Oliveira, compartilhou
a satisfação da visita. “Fiquei muito
feliz de estar aqui e ter a oportuni-
dade de conhecer a Pirâmide, os
espaços de ação. Nós falávamos
que há espaços de reflexão e de
ação para o Ser Humano crescer,
desenvolver-se espiritualmente e
em todos os sentidos: pessoal e
profissionalmente. Que haja tanto
a reflexão quanto a ação. O Templo
provoca essa reflexão.”
Parceria
A Legião da Boa Vontade e a
OAB-RJ uniram-se recentemente
no apoio às vítimas das fortes chu-
vas no Rio de Janeiro. Sobre a ação,
o dr. Francisco Caputo comentou:
“Agradeço a oportunidade única,
privilegiada, de estar aqui. Quero
dizer que a OAB-DF também está
de portas abertas para a LBV e
tenho a certeza de que teremos
muitos e muitos projetos futuros,
porque os nossos anseios e objeti-
vos são comuns. Muito obrigado!”.
O diretor-financeiro da OAB-
-RJ também citou a parceria entre
as duas entidades: “Fico muito fe-
liz de estar aqui, depois de termos
trabalhado juntos nesse episódio
lamentável. Pude constatar o traba-
lho belíssimo que a Legião da Boa
Vontade fez”.
Feliz com o resultado da ação
conjunta, o dr. Marcello Oliveira
Templo da Paz recebe
OAB do DF e do RJ
Notícias de Brasília
A partir da esquerda, dr. Marcello Oliveira, diretor-financeiro da OAB-RJ; Enaildo V iana, da LBV ; a artista plástica Marta
Tereza; dr. Francisco Caputo, presidente da OAB-DF; Pedro Paulo Torres, da LBV ; dr. Rodrigo Graça Aranha, consultor de
Relações Institucionais da OAB-RJ; e Paulo Medeiros, da LBV .
José Gonçalo
Janine Martins

BOA VONTADE | 69
O escritor e pesquisador
Adirson Vasconcelos lançou
em Brasília/DF, em 6 de abril, o
livro Chatô e seu tempo: o Bra-
sil de 1924 a 1968. A obra regis-
tra a participação de Francisco
de Assis Chateaubriand Ban-
deira de Melo em momentos
importantes da história do país
no século 20. Chatô, como era
também conhecido, foi um dos
homens mais influentes do
Brasil nas décadas de 1940
e 50, destacando-se como
jornalista, empresário e político. O autor dedicou um capítulo para cada ano de
vida do jornalista paraibano, nascido em 1892, traçando, assim,
um resumo cronológico da trajetória de Chauteubriand até sua
morte, em 4 de abril de 1968.
A concorrida noite de autógrafos, na sede do Correio
Braziliense, reuniu, além de historiadores e do público em
geral, escritores e jornalistas, a exemplo de Wanderval
Calaça e Márcio Cotrim, secretário-executivo do Conselho
da Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumêni­ca,
do ParlaMundi da LBV. O historiador Adirson Vasconcelos,
que também é conselheiro da Ordem do Mérito da Frater-
nidade Ecumênica, autografou um exemplar da obra ao
diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, com os seguintes dizeres: “Ao
estimado Paiva Netto, pelo admirável trabalho que realiza pela humanidade,
a homenagem e a amizade de Adirson Vasconcelos”.
declarou: “Nós estaremos ao lado
da Legião da Boa Vontade nessas
ações sempre que nos chamarem.
Espero que não tenhamos nenhuma
outra tragédia dessa natureza no
Rio de Janeiro e possamos agora
trabalhar para educar a população
em todos os sentidos e, de alguma
forma, dar outro tipo de assistên-
cia de que essa população tanto
carece”.
Ao término da entrevista, ressal-
tou assertiva dita há décadas pelo
dirigente da LBV: “Se o território
não é defendido pelos bons, os
maus fazem ‘justa’ a vitória da
injustiça”. Concordando com a
ideia, pontuou: “(...) Como diz
Paiva Netto, temos que nos unir,
buscar entidades, pessoas, a so-
ciedade civil, para que possamos
produzir resultados e que isso nos
dê esperança para o futuro”.
Mensagem
O consultor de Relações Insti-
tucionais da OAB-RJ, dr. Rodrigo
Aranha, registrou suas impressões
via correio eletrônico: “Amigos,
definitivamente o sucesso é fruto
do trabalho, do aprimoramento,
da disciplina, da perseverança e
da fé, ingredientes que parecem
inundar a LBV. Na ocasião da dis-
tribuição dos donativos, conheci a
face operacional da Entidade. Uma
coordenação que parecia guiada
pelas mãos do Divino, pois em meio
àquele cenário de devastação, onde
os agentes públicos tinham dificul-
dade até mesmo no ordenamento do
trânsito, a LBV se deslocava com
a precisão e a velocidade de uma
flecha, que conhece seu alvo, mas
principalmente qual a trajetória
que deve cumprir para alcançá-lo.
Nessa visita [ao TBV] com os ami-
gos Marcello Oliveira e Francisco
Caputo, vi competência e traquejo
político, além de um roteiro interno
minimamente pensado, onde cada
detalhe impressiona e encanta.
Desde que deixei a FGV Consulting,
em 2000, travei contato com en-
tidades patronais de quase todos
os segmentos. Nenhuma dessas
entidades tem em suas instalações
um roteiro com o apelo e a beleza
daqui. Por todas essas razões,
faço minhas as palavras do colega
Claudio Lamachia, presidente da
OAB-RS: ‘É um privilégio estar
aqui contribuindo com a LBV, que
certamente alavanca o nosso país
para um futuro melhor!’. Recebam
o caloroso abraço do Rodrigo
Graça Aranha”.
Livro traz o legado de Assis
Chateaubriand
O autor Adirson V asconcelos (E) recebe os
cumprimentos de Enaildo V iana, da LBV .
José Gonçalo

70 | BOA VONTADE
Corrente
solidária
Números
da tragédia na
região serrana
do Rio de Janeiro

Vítimas: 905 óbitos
Desaparecidos: 347

Fonte: Polícia Civil do Rio de Janeiro e
Ministério Público do Rio de Janeiro

Desabrigados: 9.683
Desalojados: 23.118

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do
Rio de Janeiro (SESDEC)
Atualizado em 18/2/2011 Em poucos dias, ação da LBV em parceria com o
povo, com empresas e com a mídia arrecada e
distribui 544 toneladas de doações
às vítimas das chuvas.
SOS Calamidades
O povo ajuda, a LBV faz!

BOA VONTADE | 71
“A LBV está dando um show
de solidariedade!!!”
(18/1/2011, à 01h21)
“Maravilha!! Viva o Rio de
Janeiro!! Viva a LBV!!”
(19/1/2011, às 17h50)
Sérgio Cabral
Governador do Rio de Janeiro, em
mensagens encaminhadas por e-mail.
Vivian Ribeiro Ferreira
N
os primeiros dias de 2011, o
Sudeste do Brasil conheceu
as consequên­cias do maior de-
sastre natural do país. Até o começo
de fevereiro, haviam morrido mais
de 900 pessoas e cerca de 400 conti-
nuavam desaparecidas só na região
serrana do Rio de Janeiro, segundo
dados divulgados pelas prefeituras
locais. Entre os sobreviventes, o
número de afetados pelas chuvas
chegou a 91 mil, de acordo com a
Defesa Civil.
Enquanto os brasileiros assis-
tiam, comovidos, ao drama das víti-
mas, crescia também a mobilização
deles, traduzida em preces, doações
e apoio às famílias castigadas pelas
enchentes e pelos deslizamentos. O
desejo era semear a esperança nos
momentos de aflição.
Milhares de voluntários pronta-
mente se dirigiram às unidades da
Legião da Boa Vontade espalhadas
pelo território nacional, especial-
mente no Sudeste, e passaram a se-
parar as doações que não paravam
de chegar. Em três semanas, a Ins-
tituição arrecadou e entregou 544
toneladas às vítimas das chuvas.
O grande volume de lama e
as dificuldades geradas pelos de-
sabamentos, queda de barreiras e
pontes destruídas fizeram com que
o acesso a muitas cidades ficasse
comprometido. Contudo, nenhum
obstáculo impediu que as carretas
da Solidariedade, cedidas por em-
presas parceiras (veja nas páginas
78 e 79), seguissem viagem.
Segundo o vice-governador
e secretário de Obras do Rio de
Itens
entregues às
famílias
Água potável, alimentos não
perecíveis e de pronto consumo
(massas e sopas desidrata-
das, biscoitos, cereais, enlata-
dos etc.), material de limpeza
(sabão, álcool, desinfetante,
detergente, água sanitária, vas-
souras, rodos etc.) e de higiene
pessoal (sabonete, escova e
creme dental, absorventes e
fraldas descartáveis etc.), além
de roupas, calçados, roupa de
cama e banho, ração animal,
brinquedos, velas e fósforos.

72 | BOA VONTADE
“A parceria entre o
governo, a sociedade civil, a
LBV, com a Solidariedade do
povo brasileiro, é o que nos
anima a trabalhar.”
Luiz Fernando Pezão
Vice-governador e secretário de Obras
do Rio de Janeiro
“A parceria entre o governo, a
sociedade civil, a LBV, com a So-
lidariedade do povo brasileiro, é o
que nos anima a trabalhar”.
O secretário de Assistência
Social e Direitos Humanos do
Rio de Janeiro, Rodrigo Neves,
acompanhou o esforço e o alcance
desse trabalho solidário: “Desde
a primeira hora, [a Legião da
Boa Vontade] somou esforços e
organizou a participação da socie-
dade com instituições de enorme
credibilidade no Rio de Janeiro. A
participação da LBV foi integra-
dora, mobilizadora, porque de fato
o Estado sozinho não seria capaz
de dar resposta à maior tragédia
da história do Brasil com a rapidez
com que nós a tivemos. Hoje, não
há uma família, uma comunidade,
que não tenha recebido o apoio, a
assistência humanitária. E a LBV
contribuiu de maneira decisiva a
essa resposta. Que essas doações,
que essa Boa Vontade que observa-
mos em todas as cidades do Brasil
continue. Obrigado, e viva a LBV
aqui do Rio de Janeiro!”.
Logo que chegam às comu-
nidades atingidas, os donativos
SOS Calamidades
Vinícius Bueno
são encaminhados aos órgãos responsáveis pela distribuição de
gêneros de primeira necessidade
às famílias desabrigadas e de-
salojadas, a exemplo da Defesa
Civil, de órgãos das prefeituras
e das associações de bairro.
Nas localidades onde a LBV
foi a primeira a chegar com as
colaborações, os próprios vo-
luntários entregaram as doações.
Os donativos em dinheiro foram
revertidos para a compra de mais
de 30 toneladas de alimentos e
água potável.
Colaborador da LBV em Su-
midouro/RJ — município também
atingido pelas fortes chuvas —,
Wantuil Custódio viu de perto
a força do voluntariado em sua
cidade e pôde, assim, comprovar
a importância de sua contribuição
às ações desenvolvidas pela Insti-
tuição em todo o Brasil. “Fiquei
impressionado com o serviço
prestado pela LBV em minha ci-
dade. (...) Nunca imaginei que um
dia essa pequena ajuda que doo
se transformasse numa gigante
ajuda mútua. Obrigado à LBV por
existir”, registrou, via e-mail.
Janeiro, Luiz Fernando Pezão,
foram “mais de 5.300 pessoas
trabalhando, mais de 400 máqui-
nas e 18 helicópteros”. Apesar do
cenário de destruição, a ação vo-
luntária coordenada pela Legião da
Boa Vontade, em parceria com os
órgãos competentes, para o vice-
-governador, encoraja a equipe:

BOA VONTADE | 73
“A LBV é extraordinária
parceira do Governo do
Estado. A atuação de
vocês, em parceria com a
Secretaria de Assistência
Social e Direitos Humanos,
é fundamental para levar
auxílio, ajuda humanitária às
famílias. Parabéns!”
Rodrigo Neves
Secretário de Assistência Social e
Direitos Humanos do Rio de Janeiro,
em e-mail encaminhado à LBV.
Antonio Guerra
João Periotto
Em Santa Maria
Madalena/RJ, a frota
de caminhões da LBV
chegou com as primeiras
doações. A cidade,
próxima de Nova
Friburgo, uma das mais
afetadas pelas chuvas,
teve as vias de acesso
parcial ou totalmente
destruídas. O auxílio
humanitário alcançou
até mesmo as áreas mais
isoladas da região.
Fotos: João Periotto
23
22
18
1
2
7
6
5
21
20
8
17
13 11
16 12 14
15
10
9
19
4
3
1 São Paulo
2 Franco da Rocha
3 Sumaré
4 Itamonte
5 Carvalhos
6 Três Corações
7 Pouso Alegre
8 St. Maria Madalena
SP
SC
RJ
ES
MG
9 São Sebastião do Alto 10 Sumidouro 11 Trajano de Morais
12 Teresópolis
13 Petrópolis 14 Nova Friburgo 15 São José do Vale do Rio Preto 16 Bom Jardim
17 Areal 18 Mauá 19 Mimoso do Sul 20 Cachoeiro do Itapemirim
21 Muqui
22 Joinville
23 Criciúma
Cidades
beneficiadas
pela LBV
de544 2.600 30toneladas23
toneladas
de doações
entregues
participações
voluntárias
cidades
beneficiadas de alimentos e
água potável
compradas com
doações feitas em
dinheiro
+
Sua doação chegou!
de
+

74 | BOA VONTADE
N
os dias que se seguiram à
maior tragédia natural do Bra-
sil, o país assistiu a inúme­ros
exemplos de gente pronta a doar
tempo, conhecimento, esforço
e Amor em favor do próximo.
Pessoas de diferentes ocupações
e idades, mas com um objetivo
comum: ser útil e ajudar as vítimas
das chuvas, prestando o auxílio
material na hora do sofrimento e
levando uma palavra de conforto.
Sem os dedicados voluntários,
que não emudecem nem cruzam
os braços, pois sabem a im-
Maria das Graças de Sousa
Felipe Tonin
SOS Calamidades
Mais de 2.600 participações
voluntárias foram registradas
na mobilização para a
montagem dos kits com
donativos da Campanha LBV
— SOS Calamidades.
Dia e noite Os voluntários não mediam hora. Houve caminhão, por exemplo, carregado à meia-noite (D).
A força do voluntariado
portância de agir e fazer a dife-
rença, a mobilização não teria o
tamanho que teve. “O sentimento
de Solidariedade é percebido
pelas famílias que recebem as
doações. Recebemos bilhetes com
recados de Solidariedade, respei-
to, e o reforço pela garantia dos
direitos do cidadão”, destacou
o superintendente socioeduca-
cional da LBV, Antonio Paulo
Espeleta.
Mesmo diante de muitas difi-
culdades, voluntários e parceiros
ajudaram a LBV a arrecadar
544 toneladas de doações.
As famílias agradecem.
“Toda vez que a gente
precisa, que a gente está
no caos, a LBV está sempre pron-
ta para nos ajudar”, lembrou a
presidente do Clube de
Mães do Jardim Panta-
nal, Maria das Graças
de Sousa, na zona leste
de São Paulo/SP.
Com as primeiras
notícias da tragédia, a
Legião da Boa Vontade colocava
prontamente à disposição as suas
unidades de atendimento no país
e mesmo no exterior para reunir
as doações.
A Instituição agradece a Soli-
dariedade de todos os que fizeram
parte de mais esta ação da Cam-
panha LBV — SOS Calamidades e
solicita que as pessoas continuem
doando, pois “a rede de volun-
tários e parceiros se encarrega
de garantir a execução das ati-
vidades, mantendo e ampliando
esta Corrente de Solidariedade”,
afirmou Antonio Paulo.
Felipe Tonin
João Periotto
João Periotto

BOA VONTADE | 75
Logo após as tragédias, o número de doadores e voluntários é alto e,
às vezes, as entidades e os órgãos públicos se disponibilizam a receber os
produtos, mas não têm experiência para otimizar o trabalho para que eles
cheguem o mais rápido possível a quem precisa. Por isso, é possível adotar
um procedimento de trabalho.
“Nos seus 61 anos de atividades, a LBV atuou em diversas situações de
calamidade. Os voluntários são orientados de acordo com cada situação”,
explica o superintendente socioeducacional da LBV, Antonio Paulo Espeleta.
“Agimos sempre em conjunto com a Defesa
Civil e de acordo com a Política de Assistência
Social. Conhecendo as necessidades, inicia-
mos a campanha e a orientação aos voluntários
e parceiros. Normalmente, as doações passam
por uma triagem e cada material é separado de
acordo com sua utilidade (vestimenta, alimen-
tos, produtos de higiene e limpeza, utensílios
de cozinha e brinquedos)”, completa.
Portal eBand noticia “Manual da
doação: LBV ensina como ajudar”
Marielly Campos, do Portal eBand
LBV — Somando esforços
e vencendo desafios
S
empre presente onde o povo
precisa, a Legião da Boa
Von­tade soma esforços com
a sociedade civil em ações de
cunho social, educativo, ou em
mutirões organizados para atuar
em situações de emergência.
A ajuda vem dos mais dife-
rentes segmentos. Uma parceria
entre a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB-RJ), o Shop-
ping Nova América (adminis-
trado pela Ancar Ivanhoe) e a
LBV, por exemplo, permitiu o
envio de três grandes remessas
de doações às cidades da região
serrana do Rio de Janeiro, tota-
lizando 37,8 mil litros de água
potável.
O Centro Universitário Au-
gusto Motta (Unisuam), do Rio
de Janeiro, solicitou a ajuda
de estudantes que estavam em
perío­do de férias para participar
com a LBV nessa empreitada.
O professor Paulo Motta coor -
denou a ação. “Convocamos os
alunos não apenas para doar,
mas, sobretudo, para o trabalho
voluntário. (...) Essa parceria
está sendo uma verdadeira esco-
la”, ressaltou.
O time de todas as
torcidas
A máxima popular de que “a
LBV é o time de todas as torci-
das” se confirmou mais uma vez
com o apoio conjunto de Flamen-
go, Fluminense, Santos e Vasco
da Gama ao lado da Legião da
Boa Vontade no mutirão em prol
das famílias atingidas pelas chu-
vas. “O Flamengo se solidariza
com as vítimas das enchentes na
região serrana. Estamos pedindo
aos torcedores que colaborem
com essa parceria, que se esten-
de além das fronteiras do Rio de
Janeiro”, destacou a presidente
do rubro-negro carioca, Patrícia
Amorim.
O vice-presidente social do
clube, Cacau Cotta, também
se manifestou: “A LBV tem uma
história marcante em atendi-
mento aos mais necessitados.
O Flamengo confia na LBV. E
a LBV confia no Flamengo. (...)
Ela é o caminho certo de essas
doações chegarem em seguran-

76 | BOA VONTADE
SOS Calamidades
ça para aqueles que realmente
precisam”.
Para o presidente do Vasco,
Roberto Dinamite, “a LBV é
uma referência. É a certeza de
que, mais do que nunca, as doa­
ções vão seguir seu caminho
e chegar às pessoas que estão
precisando”. O dirigente do
Fluminense, Peter Siemsen,
compartilha da mesma opinião:
“Criamos um posto de coleta
aqui no clube e estamos incen-
tivando o sócio-torcedor a fazer
suas doações”.
Em 26 de janeiro, o San-
tos Futebol Clube arrecadou
doações em uma partida contra
o São Caetano, na Arena Ba-
rueri, válida pelo Campeonato
Paulista 2011. A ação prosse-
guiu nos dias seguintes na sede
santista, na Vila Belmiro, em
Santos/SP, tornando-se outro
posto de coleta em parceria
com a LBV.
Rodrigo de Oliveira
Mônica Mendes
Karina Neto
Márcia Souza
Vânia Bandeira
Thiago Morello
Lucian Fagundes
A Legião da Boa Vontade encaminhou às
empresas apoiadoras da Campanha LBV —
SOS Calamidades material de divulgação e
prestação de contas do trabalho: uma pasta
com fotos e um vídeo da distribuição das
doações nas localidades atendidas, além de
um certificado pela participação na iniciativa
e o agradecimento da Instituição.
Elzimar Antunes, diretor-geral da Soli-
tec Seguros, em São Paulo/SP, ressaltou a
satisfação de receber esse registro: “Sensi-
bilizado, agradeço a grande recordação da Campanha, desenvolvida pela
LBV, em socorro às vítimas das chuvas torrenciais na região serrana do
Rio de Janeiro e em outras localidades, numa demonstração marcante
da grandeza da LBV. (...) O aprimoramento de todos os projetos e traba-
lhos realizados pela LBV se reflete no Brasil e no exterior com tamanha
dimensão, que, além de divulgar diplomaticamente nosso país, elevam
o seu conceito. É uma Instituição digna de ser seguida pelas nações de
Primeiro Mundo. Não poderia deixar de ressaltar o grande trabalho de
equipe, capitaneado pelo nosso Irmão Paiva Netto, que sempre atuou
com grande sensibilidade e competência, (...) renovando-se com o passar
dos anos, sem comprometer a eficiência e dedicação. (...) Conte sempre
comigo e com nossa equipe, que atua ao lado da Instituição há quase 40
anos, com muito orgulho e satisfação”.
LBV: prestando contas ao povo
Chico Audi

BOA VONTADE | 77
Em Teresópolis, um empresário local (que
prefere não se identificar) abriu as portas
do depósito de sua empresa para acolher
300 pessoas desabrigadas no bairro
Granja Comari e forneceu-lhes colchonetes.
Nesse mesmo local, a LBV entregou, entre
outros donativos, 800 pares de sapatos
doados pela empresa CNS. Houve
também atendimento de assistentes sociais
da prefeitura, psicólogos e recreadoras
voluntárias, que desenvolveram atividades
lúdicas com as crianças em um espaço
improvisado com brinquedos.
Fotos: João Periotto
Em São Paulo: ADG Drogarias; Asso-
ciação Educacional Boa Vontade (AEBV);
Bom Baiano Distribuidora de Doces; Buffet
Flower’s Garden; Caixa de Assistência dos
Advogados de São Paulo (Caasp); Central
Nacional Unimed; Centro de Orientação
à Família; Chik’s Center Modas; CNS
Calçados Masculinos; Companhia Mutual
de Seguros; Concremix Concreto; Condo-
mínio Campos Elíseos; Condomínio Nova
Cachoeirinha; Condomínio Porto Seguro;
Condomínio Santana Espaço e Vida; Con-
sórcio Sudoeste Gato Preto; Contax; Contém
1g S/A; Controlar S/A; Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
Cruz Vermelha Brasileira — Filial do Estado
de São Paulo; E R Massambani — Moda
grande feminina; Ecolab Química Ltda.; Edi-
ções Globo Condé Nast; Editora Elevação;
Escala III Indústria e Comércio Ltda.; Fábrica
de Máquinas e Equipamentos Fameq Ltda.;
Fênix Eventos; Fotográficos Labortec Ltda.;
Fraternidade Aliança Aca Laurência e Rotary
Club São Paulo — Cidade Ademar Alvorada;
Fundação Boa Vontade; Fundação José de
Paiva Netto; Fundação Vanzolini; Giraffas
— Sanduíches e Grelhados; Gravadora
Som Puro Records; Grupo Pão de Açúcar;
Guarda Civil Metropolitana de SP; Habib’s
Braz Leme; Igrejas Ecumênicas da Religião
de Deus — Bom Retiro, Santo André e Ponte
Rasa — SP; Igreja Deus é Poder; Instituto de
Cegos Padre Chico; Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo; Kroton Educacional;
Laboratório Técnico de Serviços; Lógica Amé-
rica do Sul ; Lojas Brandão Ltda.; Mabe Brasil
Eletrodomésticos; Magnitude Assessoria em
Comércio Exterior ; Mundial Gráfica Ltda.; Nova
Gestão de Frotas; Opus Produtos de Higiene
e Descartáveis Ltda.; Padaria Pães e Doces
Iracema; Paróquia Nossa Senhora do Retiro;
Paróquia Sant’ Ana; Paróquia Santuário São
Judas Tadeu; Pollet Advogados Associados;
PoliCryl Indústria e Comércio Ltda.; Porto Geral
Shopping; Pro Stori — Comércio de Roupas
Ltda.; Riachuelo; R PLigthing; Sales Equipa-
mentos e Produtos de Higiene Profissional Ltda.;
Sanofi Aventis — Brasil; Santil; Santos Futebol
Clube; Secretaria Municipal de Assistência
Social — Conchas/SP; Solitec Seguros; Sono
Arte — Comércio de Móveis e Colchões; Sony
Brasil; Strass & Cia; Teleperformance; Transit
Telecom; T-Systems do Brasil Ltda.; Uninove
— Universidade Nove de Julho; Zukin Calçados.
No Rio de Janeiro: Caixa de Assistência
dos Advogados do Rio de Janeiro (Caarj) ; Cas-
cataí Água Mineral; Castrol BP; Centro Univer-
sitário Augusto Motta (Unisuam); Club de Re-
gatas Vasco da Gama (sede São Januário);
Clube de Regatas do Flamengo; Comissão
da Justiça do Trabalho; Coordenadoria da
Metropolitana 3 — Secretaria de Educação
do Rio de Janeiro; Fluminense Football
Club; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-
-RJ); Rede de shoppings centers Ancar
Ivanhoe: Botafogo Praia Shopping, Rio
Design Barra, Rio Design Leblon, Shopping
Nova América, São Gonçalo Shopping e Do-
wntown; Secretaria de Estado de Assistência
Social e Direitos Humanos; Super Rádio
Brasil (940 AM); Igrejas Ecumênicas da
Religião de Deus — Del Castilho, Riachuelo,
Bangu, Campo Grande, Duque de Caxias,
São Gonçalo, Belford Roxo e Niterói — RJ;
Linha Amarela S.A (Lamsa); Rei das Faixas
— Volta Redonda/RJ; Floresta Com. Indús-
tria S/A; Supermercado Zona Sul.
no distrito federal: Administração
Regional de Brazlândia/DF; Centro Auto-
motivo do Banco do Brasil Seguro Auto;
Fasthelp — Suporte Técnico Especializado;
Fundação Ulysses Guimarães (FUG-DF);
GVT; Serviço Federal de Processamento de
Dados; Unidades Guará I, Asa Sul e Lago Sul
do Supermercado da Terra.
Empresas e entidades que levaram doações até a LBV

78 | BOA VONTADE
Toda a mobilização para a coleta de donativos de
nada adiantaria se não fosse a colaboração de trans-
portadoras e caminhoneiros voluntários. Graças a essa
ajuda, foi possível executar a logística eficiente para a
entrega do transporte do material arrecadado. A LBV
agradece a esses Amigos de Boa Vontade que forma-
ram uma enorme força-tarefa no socorro às vítimas das
enchentes e deslizamentos na Região Sudeste.
• A. Todesco Country Style
• Antonio Alves, de Santo André/SP,
que utilizou carreta própria
• Caixas e Chapas de Papelão Aparecida
Embalagens
• BigForms Formulários Contínuos Ltda.
• Competicion Transportes
• Di Giaimo Transportes e Logística Ltda.
• Digo Brasil Transportes Ltda.
• Fastway Moving
• H. Romeu Transportes Ltda. — ME
• Jatex Cargas Expressas
• Marumby Mudanças e Transportes Ltda.
• Patrus Transportes Urgentes
• Ramos Transportes
• TNT Express
• Transhow Transportes e Locação de
Equipamentos Ltda.
• Transportadora Transnatalino Transportes Ltda.
• Transportes Toniato Ltda.
SOS Calamidades
EUA
Carretas de Solidariedade
Arquivo BV
Vinícius Bueno Felipe ToninJoão Periotto
João Periotto
Lucian Fagundes
Carretas de Solidariedade

BOA VONTADE | 79
João Periotto Vinícius Bueno
João Periotto Aneliese de Oliveira
Lucian Fagundes
Priscila AntunesLucian Fagundes Lucian Fagundes

80 | BOA VONTADE
Teresópolis/RJ
SOS Calamidades
LBV — presente onde o povo precisa
Teresópolis foi uma das ci-
dades mais castigadas pelas
chuvas na região serrana do Rio
de Janeiro. Registra o maior
número de pessoas desapare-
cidas e mantém as buscas às
vítimas nos bairros fantasmas
criados pela lama. Mesmo com
o acesso dificultado, as doações,
vindas de diversas partes do
Brasil e reunidas pela Legião da
Boa Vontade, foram encaminha-
das ao município.
“Quero agradecer a oportunida-
de de ter sido convidada para par-
ticipar desse movimento que inclui
tantas empresas parceiras da LBV.
(...) Disponibilizamos caminhões,
transportadoras e funcionários,
que trabalham como voluntários.
A BP doou kits com colchonetes,
travesseiros e cobertores”, disse a
coordenadora de Comunicação do
grupo Castrol BP, Cristina Brune.
Para ela, esse é um exemplo a ser
seguido. “Ações isoladas não conse-
guem atingir o tamanho do que está
sendo feito nesse momento.”
Uma das atendidas pela Cam-
panha LBV — SOS Calamidades
em Teresópolis, Ivete Silva falou,
emocionada, a respeito da ajuda:
“Muitos estão abrigados na escola
porque não têm para onde ir. É tudo
muito triste, mas Deus nos ajuda
por vocês. Nós vamos conseguir
sair dessa, (...) porque Jesus é a
nossa Esperança. Consideramos a
LBV integrante da nossa família!”.
João Periotto
João Periotto
Vinícius Bueno

BOA VONTADE | 81
A maior catástrofe natural
já registrada no país deixou um
triste saldo para a cidade: 421
mortos, o que representa quase
metade do total. Para ajudar os
5.251 desalojados ou desabri-
gados, a LBV destinou mais de
43 toneladas de água potável,
alimentos, material de higiene
pessoal e limpeza, roupas e
brinquedos.
A repórter da Boa Vontade
TV (canal 23 da SKY), no Rio
de Janeiro, Lícia Curvello, dis-
se ter se emocionado com o em-
penho e o amor demonstrados
no amparo às famílias atingidas,
em especial por ver uma organi-
zação do Terceiro Setor “chegar
a pontos tão longínquos, quase
inacessíveis”.
Gil Rodrigues
Vinícius Bueno
Vinícius Bueno
Vinícius Bueno Vinícius Bueno Vinícius Bueno
Vinícius Bueno
Nova
Friburgo/RJ

82 | BOA VONTADE
Petrópolis/RJ
SOS Calamidades
Petrópolis tem 13% da popula-
ção (cerca de 40 mil pessoas) ins-
talada em áreas de risco, segundo
o Comitê de Ações Emergenciais
do município. Conforme infor-
mações da Defesa Civil, em um
único dia, 11 de janeiro, choveu
134 mm na cidade. A região tam-
bém sofreu com o volume d’água
que desceu de Teresópolis, res-
ponsável por elevar o nível do
rio Santo Antônio, que ficou mais
de dois metros acima do normal.
Entre os muitos parceiros da
Instituição na ajuda às vítimas,
está a rede de supermercados
Zona Sul. O diretor de marketing
da empresa, Jaime Xavier, acre -
dita que o exemplo e a força da
Boa Vontade são capazes de
sensibilizar a po-
pulação. “Nosso
grupo, unido ao
Mega Box, ofe-
rece doações de
água e produtos
de higiene para
a LBV entregar a
quem precisa.”
Fotos: João Periotto
“É extremamente importante que
uma organização como a LBV esteja
à frente desse esforço. Sabemos que
esses produtos serão entregues com
seriedade e respeito às pessoas.”
Jaime Xavier
Diretor de marketing da rede de supermercados
Zona Sul
Marcos Perello

BOA VONTADE | 83
“Deus abençoe vocês! Na
maior dificuldade,
aparecem para ajudar.
Graças a Deus tem
muita gente boa!”
Júlia Rodrigues
moradora de Sumidouro, após
receber a ajuda da LBV. Ela e a famí-
lia do filho perderam tudo com a
cheia do rio Paquequer. A estrutura
da casa das duas famílias está con-
denada pela Defesa Civil e, por isso,
não poderão voltar para lá.
A violência das águas em São
José do Vale do Rio Preto der-
rubou cinco pontes. “A cidade
foi arrasada, casas destruídas,
quatro mil pessoas desabrigadas,
três dias sem água, luz, telefone
ou qualquer outra comunicação”,
analisou o prefeito de São José do
Vale do Rio Preto, Adilson Fara-
co. “Agradeço ao Paiva Netto e a
todos os colaboradores que fazem
parte da LBV e que estiveram
aqui”, completou.
Os estragos na cidade vizinha
de Sumidouro também não foram
poucos. Ambas decretaram estado
de calamidade pública. No local,
famílias inteiras estão desapareci-
das, e quem escapou perdeu tudo.
A LBV se fez presente nessas
localidades desde o início.
O dirigente da rádio Ativa
FM, jornalista Fábio Meirelles,
comentou: “A Legião da Boa
Vontade tem uma ação altamente
social e ecumênica de resgate ma-
terial e espiritual. Nos momentos
de angústia e de sofrimento, a LBV
está presente”.
São José do Vale do Rio Preto/RJ
Sumidouro/RJ
Sumidouro/RJ
Amanda Ferreira João Periotto João Periotto
São José do Vale
do Rio Preto/RJ e
Sumidouro/RJ

84 | BOA VONTADE
Areal, Bom Jardim,
Santa Maria Madalena,
São Sebastião do Alto e
Trajano de Morais/RJ
SOS Calamidades
Os moradores de São Sebastião do
Alto/RJ ficaram oito dias ilhados. A LBV
utilizou canoas e barcos para alcançar as
comunidades mais isoladas e entregar a
ajuda arrecadada em todo o Brasil.
Na foto ao lado, Lícia Curvello , da Super
Rede Boa V ontade de Comunicação,
emocionou-se ao ver que a LBV “chegou a
pontos tão longínquos, quase inacessíveis”.
Os municípios de Areal e Bom
Jardim, sob estado de calamidade, e
Santa Maria Madalena, São Sebas-
tião do Alto e Trajano de Morais, que
decretaram estado de emergência,
foram amparados pela Legião da
Boa Vontade.
“As comunidades atingidas
ficaram isoladas (...). Estou emo-
cionado por essa ajuda, estamos
realmente precisando. Eu sempre
colaborei com a LBV, e hoje a
gente está recebendo essa resposta
de uma forma muito positiva”, afir-
mou o prefeito de Trajano de Morais,
Carlos José Gomes de Souza.
Em Areal, o motorista Wallace
dos Santos ajudou a salvar a vida
de muita gente que habitava as
margens dos rios Preto e Piabanha.
As pessoas conseguiram aban-
donar as casas antes que a água
arrastasse tudo porque Wallace
usou um carro de som de uma rá-
dio comunitária local para alertar
os moradores. “A LBV em Areal
está ajudando muito a população.
Hoje, eu a vi chegando com vá-
rios caminhões para nos ajudar.
Obrigado”, ressaltou, comovido,
o motorista.
Santa Maria Madalena/RJ
Trajano de Morais/RJ
Santa Maria Madalena/RJ
João Periotto
João Periotto
João Periotto
Gil Rodrigues
Gil Rodrigues
São Sebastião do Alto/RJ

Minas Gerais e
Espírito Santo
Três Corações/MG
Itamonte/MG Carvalhos/MG
Pouso Alegre/MG
As fortes chuvas também afe-
taram de forma dramática os
demais Estados do Sudeste. Foi
decretada situação de emergência
em mais de cem municípios de
Minas Gerais e do Espírito Santo.
No sul mineiro, 20,3 mil pessoas
ficaram sem casa; na região serra-
na capixaba, os córregos subiram
até 5 metros acima do normal,
derrubaram pontes e devastaram
safras e lavouras, prejudicando
mais de 400 propriedades rurais.
Nas regiões atingidas no sul
de Minas, carretas com mais de
35 toneladas de donativos da
LBV chegaram às cidades de
“Eu fiquei feliz quando vi pela televisão o pessoal da LBV lá
na região serrana do Rio. (...) Vi o caminhão da LBV em Três
Corações. Sou contribuinte há mais de dez anos e peço a todos
que contribuam, pois vemos o fruto desse trabalho. Eu sou um
admirador dessa Instituição, pela organização e pela idoneidade.”
Diógenes José Francisco
Colaborador da LBV
Fotos: Vivian Ribeiro Ferreira
Três Corações/MG
Carvalhos, Itamonte, Pouso Ale-
gre e Três Corações. O trajeto
dos caminhões no Espírito Santo
incluiu as localidades de Mi-
moso do Sul, Muqui e Cachoei­
ro de Itapemirim. “A Legião da
Boa Vontade só não vai nos sur-
preender porque sabemos que ela
chega nas calamidades, nas neces-
sidades maiores do povo. Pouso
Alegre agradece muito”, disse a
assistente social Maria do Socorro.

86 | BOA VONTADE
São Paulo
SOS Calamidades
Municípios do interior do
Estado de São Paulo sofreram
com as cheias de rios próximos.
A cidade de Franco da Rocha
(a 40 km da capital) ficou uma
semana completamente ilhada
após a abertura de comportas da
represa Paiva Castro, que atingira
o nível máximo; Mauá (a 27 km)
e Sumaré (a 118 km) tiveram en-
chentes, deslizamentos de terra e
destruição de casas. Todas essas
cidades receberam ajuda da LBV.
A capital paulista, onde diver-
sos bairros permaneceram quase
duas semanas inundados, também
contou com o apoio da Institui-
ção. O auxílio chegou ao Jardim
Pantanal, Vista Alegre e Francis-
co Mendes. “Nós estávamos no
sufoco. Foi quando a LBV nos
ligou. Dei graças a Deus”, disse
Efigênia Maria de Medeiros,
coordenadora de cursos do Cen-
tro de Referência de Assistência
Social (CRAS) na zona leste de
São Paulo.
O dirigente da Associação
de Moradores do Jardim Vista
Alegre, Eduardo Santos, ficou
igualmente agradecido: “Fico
emocionado ao falar da LBV,
porque, toda vez que tem um
problema, quem nos socorre
são vocês. Para a gente, a LBV
é tudo. Vocês atendem o país
inteiro”.
Franco da Rocha/SP
Mauá/SP
Mauá/SP
“Era uma hora da manhã e
todo mundo se ajudava. Moro
aqui há 37 anos e nunca vi
acontecer uma coisa dessas.
(...) A gente sempre vê a
LBV ajudando as pessoas
e esperamos que ela possa
continuar assim.”
Odete da Silva
com o filho Victor Hugo, 1 mês, moradora
do Jardim Vista Alegre, São Paulo/SP. Sua
família perdeu toda a mobília e mantimentos.
Vivian Ribeiro FerreiraVivian Ribeiro FerreiraLucian Fagundes
Vivian Ribeiro Ferreira
Felipe Tonin
São Paulo/SP
São Paulo/SP

BOA VONTADE | 87
Dos 87 municípios catarinen-
ses mais atingidos neste ano,
os que tiveram maior número
de desabrigados até o início de
fevereiro foram Schroeder, com
300; Criciúma e Rio do Campo,
com 200 cada; Ilhota (236) e
Jaraguá do Sul (182). Após
intensa mobilização, em 30 de
janeiro, voluntários da Legião
da Boa Vontade lotaram uma
carreta com doações, que partiu
de São Paulo rumo à Defesa
Civil de Joinville, responsá-
vel por distribuir os donativos
conforme as necessidades da
região — no total, 18 toneladas
de ajuda.
A chegada da car-
reta ao destino em
Santa Catarina foi
bastante comemora-
da. “É uma bênção a
doação da LBV. Com
certeza, tudo
o que veio
nesse caminhão veio
com muito Amor”,
disse a voluntária
Luciene Gomes
Pimenta.
Para Luciene,
os cartões com
preces ecumênicas
que acompanhavam
cada cesta ajudaram as
famílias a se fortalecer na
Fé. “A gente nunca pode perder
o foco: o Homem é além do que
os olhos podem ver. Enquanto o
corpo precisa deste suprimento,
o Espírito tem que ser alimentado
com a Fé, para ter esperança e
seguir em frente diante de tantas
calamidades.”
Luciene Pimenta
Joinville/SC
Joinville/SC
Fotos: Lucas Morello
Santa Catarina

88 | BOA VONTADE
SOS Calamidades
Esperança e
reconstrução
Conforto espiritual dá ânimo a desalojados
e desabrigados e lhes renova as forças para
recomeçar a vida
A
dor das famílias vítimas do
maior desastre natural do
Brasil, com a perda de entes
queridos, da casa e de outros bens
materiais, convive com a certeza de
que precisam fortalecer o espírito
para os próximos desafios. Será
necessário mais do que tempo
para recomeçar: terão de renovar
a esperança na vida. Em sua ação
solidária, a Legião da Boa Vontade
contou, mais uma vez, com o apoio
da Religião de Deus, Religião do
Amor Universal, para levar confor-
to aos corações, que complementa
a ajuda material da Instituição.
Todo conjunto de doações que
chega às famílias é acompanhado
de um item especial: um cartão
no qual são dedicadas a Oração
Ecumênica de Jesus, o Pai-Nos-
so, e a Prece de São Francisco de
Assis, Patrono da LBV.
Desde seus primórdios, o tra-
balho desenvolvido pela Legião
da Boa Vontade é garantir apoio
integral às famílias, levando a
Caridade Completa — material
e espiritual — aos seus atendi-
dos. Sobre esse termo, o diretor-
-presidente da Legião da Boa
Vontade, José de Paiva Netto,
comenta em seu artigo “Ver além
do intelecto” que “Caridade não
é o simples ato de dar o pão, é
principalmente o que mantém a
nossa Alma viva. É o sentimento
que afasta de nós a grosseria,
portanto, lança luz à nossa inte-
ligência e nos impele a construir
um Brasil melhor e uma Huma-
nidade mais feliz!”. Esse fator foi
ressaltado por vários contribuin-
tes, entre eles Geovanni Trezza,
voluntário da Defesa Civil em
São José do Vale do Rio Preto/
RJ, um dos municípios que mais
sofreram com as fortes chuvas
no Estado: “Esse povo precisa
de oração, estar de mãos dadas.
A pessoa que tem Fé, sua autoes-
tima vai lá para cima, tem mais
força para passar por essas tri-
bulações. (...) Instituições como
a LBV trabalham isso”.
Vivian Ribeiro Ferreira
“Só orei e agradeci a Deus por
estarem todos vivos. (...) Obrigada,
de coração, pela ajuda de vocês. O
povo brasileiro é muito solidário.”
Maria Aparecida de Souza,
moradora de Itamonte/MG. Ela acordou no meio
da madrugada com a água invadindo sua casa e
perdeu todos os móveis. Na foto, Maria segura
um cartão com a Prece de São Francisco de
Assis, Patrono da LBV.
Vivian Ribeiro Ferreira

BOA VONTADE | 89
O
s meios de comunicação foram
grandes aliados na divulgação
da iniciativa solidária em favor
das vítimas das fortes chuvas no Su-
deste e no sul do Brasil. Emissoras
de televisão e rádio, além de sites,
jornais e revistas, reservaram espaço
especial para informações sobre os
postos de arrecadação, bem como a
relação dos itens de maior necessi-
dade, a fim de incentivar as doa­ções.
Entre os veículos que noticiaram a
ação de Solidariedade estão a Glo-
boNews, TV Globo, SBT, Band,
BandNews, RedeTV!, TV Cultura,
TV Gazeta, TV Brasil, Portal Terra,
Mídia em ação!
UOL, Portal R7, Portal G1, site do
Sidney Rezende, site do Gilberto
Amaral, Rádio CBN, Rádio Jovem Pan (AM), Rádio Globo, Folha de
S.Paulo, Diário de São Paulo,
jornal O Globo, jornal A Tarde e
revista Época.
A emissora TVI, repetidora do
SBT em São José do Rio Preto/SP, divulgou em seu jornal Tele Verda-
de informações sobre a Campanha
SOS Calamidades, da LBV. “Esse
trabalho que a LBV realiza em todo o Brasil é humano e solidá-
rio. Acompanhei pelo site; a gente
vê também pela televisão, vocês
chegaram rápido lá. E o trabalho
que vocês estão realizando aqui em Rio Preto, com a comunidade colaborando, é uma forma de a
gente, pelo menos, estar mais perto
das pessoas que precisam deste
tipo de ajuda”, disse o repórter
Marcelo Dias.
João Periotto
Vinícius Bueno
Solange Boulos (SBT)Ricardo Lessa (GloboNews)
Ao centro, Marcelo Dias (TVI — SBT —
São José do Rio Preto/SP)
Luzia Ribeiro
Luiza Moraes (TV Cultura)
Vinícius Bueno
Felipe Tonin
Karina Pachiega (TV Globo)

90 | BOA VONTADE
SOS Calamidades
Simão Pedro, deputado
estadual de SP.
no mundo virtual
Portais, fóruns, blogs e redes sociais se mobilizam em
prol das vítimas das enchentes no Sudeste
E
nquanto as doa­ções eram
entregues aos sobreviventes
da tragédia na região serrana
do Rio de Janeiro, o meio virtual
mostrou sua força e mobilizou
uma série de ações em comuni-
dades, bairros, pequenas associa-
ções, famílias inteiras.
No Twitter, por exemplo,
a hashtag #prayforbrazil (ore
pelo Brasil, em tradução livre)
— criada para apoiar e sinalizar
comentários sobre o tema — re-
gistrou a participação de mais
de 4,3 milhões de pessoas em 10
dias; foram mais de 35 milhões
de mensagens do mundo inteiro.
A maioria dos internautas, ao
relacionar suas mensagens aos
termos, aproveitou também para
pedir doações e, dessa forma,
ajudar as famílias vítimas das
Mutirão
Di Ferrero, vocalista do
NX Zero, veste a camisa
para apoiar a Campanha
do Natal Permanente da
LBV em 2008, e também
incentiva pelo Twitter
a Campanha da
LBV — SOS
Calamidades, em
janeiro de 2011.
Divulgação
O diretor de TV e empresário
José Bonifácio Brasil de Oli-
veira, o Boninho, também utilizou
seu perfil oficial no Twitter para
divulgar a campanha da LBV.
Entre as notícias e os vídeos que
o diretor costuma recomendar
em sua página aos seus quase
800 mil seguidores, ele replicou a
mensagem da DJ Isa Marques,
com link para uma reportagem
produzida pela Boa Vontade TV
(canal 23 da SKY). No vídeo, a
Instituição mostra o engajamento
da sociedade em auxílio às famí-
lias mais atingidas pelas chuvas.
Outras matérias sobre a campa-
nha, com a chegada das doações
às localidades mais isoladas e
depoimentos emocionados dos
atendidos, também podem ser
vistas pelo canal LBV Vídeos, no
Youtube.

BOA VONTADE | 91
Fazendo a diferença
No ensolarado domingo de 16 de janeiro, a DJ Patty, sensibilizada pelo
drama vivido por famílias da região serrana do Rio, convocou seguidores
dela no Twitter a levar doações até a Praça Silvio Romero, no Tatuapé, zona
leste de São Paulo. Em apenas duas horas, conseguiram lotar três carros
e seguiram direto para a região central da capital paulista, onde fica a LBV.
Para lá foram também outros amigos da DJ que vestiram a camisa da Soli-
dariedade. A mobilização continuou nos dias seguintes. Na imagem, a partir
da esquerda: os amigos Raul Henrique, Viviane dos Santos, Patty, Lucas
Vello, Mário Brambila, Luiz Felipe e Suzan Sasaki.
chuvas. É o caso de outro termo
amplamente divulgado, #sosser-
ra, que figurou por uma semana
nos trending topics Brasil — lista
de assuntos mais comentados do
microblog — com 4,1 milhões de
citações em uma semana.
O perfil oficial da Legião da
Boa Vontade — @LBVBra -
sil — publicou durante todo o
período da Campanha endere-
ços de postos de arrecadação,
espalhados nas cinco regiões
brasileiras. “Meus filhos Pedro
e João foram à tarde à LBV
levar doações p/ vítimas do RJ
e SP. Avenida Rudge, 700, Bom
Retiro. Gesto simples, mas im-
portante”, assinalou o deputado
estadual Simão Pedro, de São
Paulo, no Twitter.
Muitos usuários utilizaram o
espaço para indicar a Instituição,
com endereço e telefone, além
de narrar o que presenciaram
ao entregar os donativos. “Mais
uma vez, o trabalho voluntário
na LBV foi incrível. A gente vai
pra doar, e somos nós mesmos
que acabamos recebendo”,
postou em seu perfil a voluntária
Thalita Ibrahim.
A popular rede social Face-
book foi também ferramenta
importante na divulgação de
postos de arrecadação. Assim
que a página da Legião da Boa
Vontade dos Estados Unidos
(LGW) publicou uma mensagem
com pedido de ajuda, imediata-
mente apareceram parceiros e
voluntários. De Nova Jersey, a
LGW enviou quatro toneladas
de doações, em parceria com a
Fastway Moving.
Marcelo
Dourado,
empresário.
André Fernandes
Nadja Haddad,
jornalista e
apresentadora do
programa VideoNews,
da Band, também
apoiou no Twitter a
Campanha da LBV .
Daniel Trevisan

92 | BOA VONTADE
Cidadania
pela
arte 1
2
3 4 5
6 7
Caixa
Econômica
Federal faz
150 anos
e reafirma
apoio à
cultura
8 9 10
11
[1] São João (1969), Aldemir Martins; [2] Independência
(1989), Yara Tupynambá; [3] Carnaval (1976),
Bandeira de Mello; [4] Moema (1998), Daniel Senise;
[5] Independência (1969), Di Cavalcanti; [6] Cidadão
(1986), Wagner Hermuche; [7] Notícias do dia 21 de
junho de 1998 (1998), Siron Franco; [8] Independência
(1971), Carybé; [9] Balões (1972), Clóvis Graciano; [10]
Independência (1984), Antônio Poteiro; e [11] Morro da
Favela (1924), Tarsila do Amaral.
Arte na Tela
Exposições comemoram aniversário

A
Caixa Econômica Fe-
deral completa neste
ano um século e meio
de fundação, período
em que se consolidou como uma
instituição respeitada pelos brasi-
leiros e como importante
instrumento de políticas
públicas. Sua atuação,
no entanto, se estende
também aos palcos, às
salas de aula e às pis-
tas de corrida, por meio
do apoio a iniciativas
artístico-culturais, educacionais
e desportivas.
Nos espaços da Caixa Cultu-
ral, o artístico não é meramen-
te contemplativo, pois neles
o público encontra formas di-
versas de experimentar a força
transformadora da arte. Munida
desses propósitos, a tradicional
instituição financeira segue na de-
mocratização da arte, colocando-
-a ao alcance de um número cada
vez maior de brasileiros.
“Preocupada com as jovens
gerações, a Caixa desenvol-
ve projetos educativos, porque
acredita que, quanto mais co-
nhecemos, mais evoluímos e mais
queremos conhecer. O conheci-
mento é a base da cidadania e nos
torna melhores. Essa é a base do
nosso trabalho”, disse o gerente
nacional de marketing cultural
da Caixa Econômica Federal,
Gustavo Pacheco.
Para tornar esse apoio à cul-
tura mais abrangente, a Caixa
tem inaugurado diversos espa-
ços pelo Brasil. Depois de con-
templar recentemente o Rio de
Janeiro/RJ, os próximos
destinos culturais do
projeto serão Fortaleza/
CE, Porto Alegre/RS e
Recife/PE, com a insta-
lação de teatro, cinema e
galeria de arte. Somam-
-se a esses os espaços em
Brasília/DF, Curitiba/PR, Salva-
dor/BA e São Paulo/SP.
Exposição celebra 150
anos
Com um acervo rico e variado,
esses locais apresentam o melhor
da arte brasileira. A exposição
“Galeria Caixa Brasil — Obras
Selecionadas” visitou as 27
capitais do país em novembro
de 2010 para apresentar parte
do acervo. “Todas as 49 mil
Quadro Independência (1969), de Aldemir Martins. Em dezembro de 2005,
o artista plástico concedeu entrevista exclusiva ao produtor cultural Fernando
Mauro Barrueco, posteriormente veiculada na Boa V ontade TV (canal 23 da
SKY). Essa foi sua última entrevista em vida. Nascido no Ceará, em 1922, veio a
falecer em fevereiro de 2006.
Marta Jabuonski, curadora da Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade.
Arquivo pessoal
pessoas que visitaram as ex-
posições votaram na sua obra
preferida. Do gosto popular,
sem interferência alguma, pro-
duzimos outra ação social: uma
nova coleção, que gerou outras
cinco exposições em 12 de janei-
ro de 2011”, informou Gustavo
Pacheco.
A continuação da mostra “Ga-
leria Caixa Brasil — Obras Se-
lecionadas” foi aberta no dia 12
de janeiro — data do aniversário
do banco —, simultaneamente,
nos espaços da Caixa Cultural
em Curitiba, Rio, Salvador e São
Paulo. Em Brasília, a abertura
deu-se um dia depois. Trata-se
de um projeto arrojado, que levou
dois anos para ser construído.
Nessa exposição figuram tra-
balhos de artistas consagrados, a
exemplo de Tarsila do Amaral e
Di Cavalcanti. “Pegamos mais
de 600 obras, fizemos recortes,
produzimos coleções distintas e
colocamos à disposição do públi-
co em geral, em todo o Brasil, ao
mesmo tempo. Isso é sinônimo de
coerência, de transparência com
o acervo artístico brasileiro”,
afirmou o gerente nacional de
marketing cultural da Caixa.
Gustavo Pacheco
Divulgação

94 | BOA VONTADE
N
o início do século 20 ha-
via 11 museus no Brasil.
A realidade atual, contudo,
espelha resultados de um processo
crescente de ações de incentivo à
cultura — entre as quais a criação
do Instituto Brasileiro de Museus
(Ibram), há dois anos. Com isso,
o país chega a 2011 com mais de
três mil instituições museológicas
cadastradas. Ainda assim, mesmo
com esse aumento e a relevância
social e cultural do setor, conti­
nuam sendo muitos os desafios para
ampliar o acesso do brasileiro à sua história e à memória nacional.
Descentralizar os patrocínios,
estimular a visitação e qualificar os museus para o turismo estão entre
os principais desafios do setor. As
cidades que vão sediar a Copa do
Mundo de 2014, incluindo o Rio
de Janeiro/RJ, palco dos Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos de
2016, por exemplo, concentram
mais de 600 museus. Os eventos
representam uma oportunidade
única para incremento da visitação
a esses espaços, onde mais turistas
do Brasil e do exterior conhecerão
o acervo museológico do país.
Marco do desenvolvimento da
área museal brasileira, a criação do
Ibram, em janeiro de 2009, consoli-
dou a Política Nacional de Museus,
instituída em 2003 pelo Ministério
da Cultura (MinC), hoje coordena-
do pela ministra Ana de Hollanda.
A comemoração de dois anos da
entidade ocorreu em 2010, no Dia
do Museólogo, 18 de dezembro.
O local escolhido foi o Museu
Com a criação do
Instituto Brasileiro
de Museus,
mais cidadãos
descobrem
a cultura e a
história do país.
Arte na Tela
Comemoração
Memória
cultural
Museu Histórico Nacional é palco das comemorações do 2
o
aniversário do Ibram.
Vivian Ribeiro Ferreira

BOA VONTADE | 95
Histórico Nacional, na capital
fluminense. “O Ibram era um
sonho de todo museólogo. (...) É
um prazer muito grande que nós
estejamos hoje, aqui nesta festa,
comemorando dois anos do Ibram.
Tenho certeza de que, a partir da
criação do instituto e de sua con-
solidação, os museus ganharam
ainda mais apoio com uma política
séria para a área”, disse a anfitriã
Vera Lúcia Bottrel Tostes, dire-
tora do Museu Histórico Nacional.
Convidada a participar
do evento, a Fundação José de
Paiva Netto (FJPN) esteve ali
representada por seu diretor-
-administrativo, Renato Viana
de Souza. “Agradeço a vocês
da FJPN, que são parceiros da
primeira hora e acompanham o
trabalho que vem sendo feito no
campo. (...) Vocês também produ-
zem marcos na história da mu­
seologia brasileira, à medida que
produzem acervos sistemáticos e
acompanham todo esse processo.
Parabéns por isso!”, afirmou
Mario Chagas, diretor de Pro­
cessos Museais do Ibram.
As políticas públicas do setor,
fruto do empenho do Instituto em
oferecer novos ambientes para
visitação e atrair um público cada
vez maior, procuram atender a uma
importante demanda: conforme
estudo do Ministério da Cultura,
cerca de 60% dos brasileiros nunca
foram a um museu. “Se há uma
certeza nos oito anos de trabalho
à frente desta tarefa no MinC, é
que acertamos a mão ao criar um
instituto de museus. Nós tínhamos
de criar o espaço da memória,
de um diálogo com uma política
importante. Somos 3.025 museus,
26 mil profissionais; isso justifica
uma ação importante. (...) Estamos
trabalhando para construir uma
política cultural forte e que nos
dê orgulho”, disse o presidente do
Ibram, dr. José do Nascimento
Júnior.
Com informações do
Ministério da Cultura
Telma Lasmar, do Conselho Federal
de Museologia, entrega a Medalha
da Ordem do Mérito Museológico ao
professor Mario Chagas, do Ibram.
Fotos: Divulgação Ibram
Ana de Hollanda, ministra da
Cultura.
Teoria das elites,
por Cristina Buarque
de Hollanda
A cantora e escritora Cristina
Buarque de Hollanda reuniu ami-
gos, familiares e fãs para a noite de
lançamento de sua obra  Teoria das
elites. O evento ocorreu em 5 de
abril, na zona sul carioca.
Além da vocação para o canto,
a artista mostra também afinado
interesse pela literatura. No livro, a
autora investiga versões contem-
porâneas do elitismo, com Joseph
Schumpeter e Robert Dahl, e seus
ecos na formação da República
brasileira, com atenção às obras
de Oliveira Vianna e Assis Bra-
sil, figuras-chave do pensamento
republicano autoritário e liberal,
respectivamente.
Representantes da Legião da
Boa Vontade (LBV) estiveram
presentes ao lançamento. Na opor-
tunidade, Cristina autografou um
exemplar da obra para o diretor-
-presidente da Instituição: “Para
Paiva Netto, com a expectativa de
que o livro lhe traga alguma novi-
dade. Um grande abraço, Cristina”.

Ligando
A arte de brincar em uma série para TV
os Pontinhos
Paiva Netto (FJPN) e a Secretaria
de Cidadania Cultural, do Minis-
tério da Cultura (SCC/MinC), se
juntaram a uma equipe de profis-
sionais para produzir a série
Ligando os Pontinhos.
“A proposta é mostrar a
diversidade cultural do Bra-
sil por meio das crianças e
dos jovens. O seu modo de
brincar, criar, aprender e ver o
mundo. Eles são os protagonistas
desses programas; apresentam o
espaço [os Pontos de Cultura],
as atividades, os personagens
locais; ensinam brincadeiras aos
telespectadores”, disse o diretor
e cineasta Christian Duurvoort.
A valorização do brincar como
atividade lúdica e criativa é um
caminho utilizado para melhorar
a sociedade e ressaltar valores da
cultura e da comunidade. Os dez
programas que compõem a série
mostram as atividades desenvol-
U
ma série para a televisão na
qual crianças falam entre si
sobre cultura, educação e,
claro, diversas formas de brincar.
Com essa ideia, a Fundação José de
Mestres da cultura com
crianças do Pontão de cultura
Companhia Cultural Bola
de Meia, de São José dos
Campos/SP.
Roda na
favela da
Rocinha,
no Rio de
Janeiro/RJ.
Arte na Tela
Protagonismo infantojuvenil
Raphael Bicesto
Débora Verdan

BOA VONTADE | 97
vidas nos Pontos de Cultura* e
o que tem sido feito para que as
tradições regionais não sejam
esquecidas.
Paralelamente ao trabalho
da equipe de profissionais, que
viajou para nove destinos dife-
rentes do país, a fim de registrar
o que há de mais curioso e ins-
trutivo nos Pontinhos de Cultura,
revelando-os, meninas e meninos
mobilizaram-se. “As crianças
participaram na geração de
imagens; elas se apropriaram da
câmera e retrataram o que mais
as interessava”, contou o diretor.
Nessa primeira série, buscou-
-se incentivar a imaginação infan-
til mediante a linguagem televisi-
va, em sintonia com o ambiente e
o instrumental lúdico próprios de
cada Pontinho de Cultura, sendo
o mais fiel possível ao registro,
ao resgate e ao encantamento das
brincadeiras e dos brincantes de
várias regiões do país.
Promover e preservar
a formação cívica, tra-
dições e costumes, as-
sim como a consciência
ética, moral e espiritual
do povo, está entre os
objetivos da Fundação
José de Paiva Netto.
Para a pedagoga res-
ponsável pela série, Jac-
queline Baumgratz, “o brincar
é fundamental para a esperança
de um povo, para a alegria, pois
vai além; é mais que sobreviver:
é viver, criar. A criança cria suas
potencialidades e exercita a Soli-
dariedade”.
Primeira fase
Participaram da primeira
fase do projeto os doze Ponti-
nhos de Cultura a seguir: Pontão
de Cultura Companhia Cultural
Bola de Meia, de São José dos
Campos/SP; Centro Popular de
Cultura e Desenvolvimento, de
Araçuaí/MG; Arte de Vencer, de Ame-
ricana/SP; Casa de Cultura Tainã, de
Campinas/SP; OCA — Associação
da Aldeia de Carapicuíba/SP; Coco
de Umbigada, de Olinda/PE; Ponto
de Cultura Quintal da Aldeia/Guaim-
bê — Espaço e Movimento Criativo,
de Pirenópolis/GO; Ponto de Cul-
tura Tambores do Tocantins/TO;
Centro Internacional de Estudos e
Pesquisas sobre a Infância e Cen-
tro de Cultura e Educação Lúdica
da Rocinha, do Rio do Janeiro/RJ;
e Centro de Referência Integral de
Adolescentes, Circo Picolino, de
Salvador/BA.
* Pontos de Cultura — É como são chamadas as
entidades reconhecidas e apoiadas financeira e
institucionalmente pelo Ministério da Cultura para
desenvolver ações de impacto sociocultural em
suas comunidades. Fonte: www.cultura.gov.br/cul-
turaviva/ponto-de-cultura
Tambores em
Olinda/PE
Apresentação
teatral em
Araçuaí/MG
Em Carapicuíba/SP,
o incentivo à leitura.
Raphael Bicesto
Raphael Bicesto
Débora Verdan

98 | BOA VONTADE
Walter
Periotto
Daniel Trevisan
C
onversando com muitos
trabalhadores, percebo
como as regras do Regi-
me Geral de Previdência
Social (RGPS) em nosso país
ainda provocam dúvidas. São
tantas pessoas que passam por
sérias dificuldades e não reque-
rem o benefício simplesmente
por não conhecer os próprios
direitos. Em entrevista à BOA
VONTADE, a advogada Maria
Faiock, especialista em direito
previdenciário, esclarece al-
gumas das principais questões
relacionadas ao tema.
BOA VONTADE — Quem tem
direito à aposentadoria?
Maria Faiock — Há vários
tipos de aposentadoria: por tempo
de contribuição, por idade, por
invalidez e a especial. Para se
aposentar por tempo de serviço,
o homem tem de ter, no mínimo,
35 anos de trabalho e as mulheres,
30 anos. Muita gente acha que,
mesmo pelo tempo de contribui-
ção, é necessário ter uma idade
mínima. Na verdade, não. Já por
idade, ambos precisam ter no
mínimo 15 anos trabalhados e 60
anos de idade, no mínimo, para a
mulher e 65 anos para o homem.
Os trabalhadores rurais podem
pedir aposentadoria por idade com
cinco anos a menos: a partir dos 60
anos para o sexo masculino e dos
55 anos para as mulheres.
Aposentadoria:
conheça seus direitos
Melhor Idade
Walter Periotto
Fotos: shutterstock.com

BOA VONTADE | 99
Outras modalidades
Aposentadoria por invalidez — Destinada para quem está inca-
pacitado de forma total e permanente para o trabalho. O requerente
precisa ser declarado incapaz pela perícia médica do INSS e afastar-se
de toda e qualquer atividade remunerada.
Aposentadoria especial — Criada para beneficiar o trabalhador que
desempenha atividades insalubres, de periculosidade ou de penosidade,
ou seja, indivíduos que trabalham em condição extremamente precária,
a exemplo dos cortadores de cana-de-açúcar, submetidos a sol forte,
clima adverso e esforço físico intenso.
BV — Como é feito o cálculo
do valor da aposentadoria por
idade?
Faiock — É um cálculo feito
com o salário que a pessoa recebeu
desde julho de 1994 até a data em
que for requerer o benefício. A
aposentadoria por idade corres-
ponde a 70% dessa média mais 1%
por ano trabalhado. Por exemplo:
se a pessoa trabalhou 15 anos e
está se aposentando pela idade,
receberá 70% dessa média mais
15%, que é 1% para cada ano
trabalhado, ou seja, 85% no total.
BV — E o cálculo da aposenta-
doria integral?
Faiock — Essa é calculada
com base em todos os salários
do trabalhador recebidos desde
1994 até a data em que solicitar
o benefício. Desse período, o
INSS excluirá 20% das meno-
res contribuições, e vão sobrar
as 80% maiores, que serão
atualizadas. Faz-se uma média
desse período e, depois, aplica-
-se o fator previdenciário —
um cálculo com base na expec-
tativa de vida do trabalhador,
ou seja, quanto mais tempo o brasileiro viver, menor será o
valor da aposentadoria. E só aí
se chega à Renda Mensal Ini-
cial, que as pessoas chamam de
RMI. Antes de a pessoa correr
para se aposentar, é interes-
sante fazer uma simulação no
site do INSS [www.inss.gov.br
ou www.mpas.gov.br ou www.
previdencia.gov.br] para ver se
compensa ou não, porque, às
vezes, é melhor esperar mais
alguns anos e receber um valor
maior.
No Brasil, a Lei Orgânica
da Assistência Social
(Loas) prevê um
benefício assistencial, no
valor de um salário-
-mínimo, para idosos
carentes. O beneficiado
precisa ter, pelo menos,
65 anos de idade (ambos
os sexos), e a renda per
capita da família não
pode superar um quarto
do salário-mínimo.
A central de
atendimento da
Previdência Social
funciona de segunda-
-feira a sábado, das 7 às
22 horas, pelo tel.: 135
— a ligação é gratuita
a partir de telefone fixo
ou público. Pelo celular,
o custo é de ligação
local.

100 | BOA VONTADE
SUPERAÇÃO Em dezembro de 2010, a Campanha
Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de
cada dia! distribuiu 1,2 milhão de quilos de alimentos,
beneficiando mais de 70 mil famílias de baixa renda,
de 170 cidades brasileiras.
Clayton Ferreira
Campanha de Natal

Boa Vontade
que transforma
Veja como sua ajuda à LBV
garantiu alimento à mesa no
Natal de milhares de famílias
em todo o país
Ribeirão Preto/SP Vitória/ES Aracaju/SE
Salvador/BA Londrina/PR
João Miguel
Clayton Ferreira
Clayton Ferreira
Tatiane de Oliveira Silva
Vânia Bandeira A Campanha do
Natal Permanente
da LBV, ano a
ano, se supera na
distribuiç?o de
alimentos.
1,1 milhão de quilos
410 mil quilos
440 mil quilos
462 mil quilos
1,2 milhão de quilos
20102009200820072006

D
ona Clotilde Laudelina dos
Santos, 61 anos, cria sozinha
três netos. Ou melhor, segun-
do ela,“com a ajuda da LBV, desde
que minha filha faleceu e deixou as
crianças ainda pequenas”. Traba-
lhando fora e com a responsabili-
dade de educá-los, buscou o apoio
de que precisava na Legião da
Boa Vontade. “Conversei com a
assistente social da escola, e todos
me receberam com muito carinho.
Sempre digo que a LBV é o esteio
da minha vida, o que me deu
forças para continuar. Aqui, eles
receberam educação, carinho e
conforto”, lembrou.
O caçula, Alex, está no 5
o
ano
do ensino fundamental na escola
da LBV na capital fluminense.
Andressa, irmã dele, participa do
grupo Portas Abertas, integrado ao
programa Espaço de Convivência.
O neto mais velho de dona Clotilde,
Adriano, 17 anos, também alegra o
coração da avó. “Todos são muito
tranquilos e educados. O Adriano
fez curso de capacita-
ção [profissional] na
LBV e já está tra-
balhando numa
rede de super-
mercados. Eu
Andressa ao lado da avó
digo que, abaixo de Deus, foi na LBV que meus netos encontraram
a base de tudo que são.”
A exemplo de milhares de
outras pessoas atendidas pela Ins-
tituição, dona Clotilde retrata bem
o que tantos brasileiros diante de
uma difícil situação são capazes
de realizar, sobretudo quando
encontram uma mão estendida e
têm vontade de crescer. No fim
de 2010, a entrega de cestas de
alimentos arrecadados por meio da
Campanha Natal Permanente da
LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada
dia! foi mais uma importante ajuda.
Para essa avó, acostumada a or-
ganizar bem o orçamento familiar,
mais esse benefício da LBV é es-
pecial. “Eu sempre fiz assim: uma
parte para a ceia de Natal e outra
para auxiliar no período das férias
deles. Desejo que Deus ilumine o
Paiva Netto [diretor-presidente
da LBV], todas as pessoas desta
escola e aquelas que colaboram”,
manifestou.
A campanha é o coroamento
das ações desenvolvidas pela LBV
durante todo o ano e fortalece o
espírito de Solidariedade, tão ne-
cessário ao Brasil na caminhada
para vencer os grandes desafios.
Mais de 70 mil famílias — as
atendidas pelas unidades educacio-
nais e socioassistenciais da Legião
da Boa Vontade, as assistidas pelas
entidades que integram a Rede
Sociedade Solidária e as ampara-
das por organizações parceiras da
Instituição — tiveram em 2010
um Natal sem fome e feliz. Foi
1,2 milhão de quilos de alimentos
não perecíveis distribuídos em 170
cidades do território nacional. Tal
sucesso foi possível graças à ajuda
do povo, de parceiros, colabora-
dores, artistas e personalidades e
ao apoio de diversas empresas
e órgãos da imprensa. A entrega
das cestas ocorreu entre 5 e 22 de
dezembro.
Natal/RN Fortaleza/CE
Lucian Fagundes
Jean Carlos
Leontina Maciel
Clayton Ferreira
Campanha de Natal

BOA VONTADE | 103
A seguir, é apresentado um
panorama geral da campanha da
Instituição, promovida nas cinco
regiões do país.
Nordeste
A Campanha do Natal Per-
manente da LBV chegou a mais
de 60 cidades na região, entre as
quais João Pessoa/PB, Natal/RN,
Maceió/AL e Salvador/BA. So-
mente na capital baiana, a Entidade
distribuiu 90 toneladas de alimen-
tos. Também foram favorecidos na
Bahia os municípios de Wenceslau
Guimarães, Sátiro Dias, Barra da
Estiva, Oliveira dos Brejinhos,
São José do Jacuípe, Paramirim,
Alcobaça e Coronel João Sá.
Na geografia dessa ação soli-
dária, Campina Grande/PB tem no
exemplo da vovó Maria do Socor-
ro, 60 anos, um espelho da vida de
muitos nordestinos que trabalham
e confiam em dias melhores. Dia-
riamente, ela sai de casa às 5 horas
para recolher material reciclável.
A jornada é cansativa para pouco
retorno financeiro. “Para minha
família, uma ajuda como esta é
um presente que caiu do céu. Foi o
nosso presente de Natal”, disse ao
receber a cesta de alimentos da LBV.
Em Fortaleza/CE, a deputada
estadual Patrícia Saboya parti-
cipou da entrega das cestas. Na
ocasião, pôde testemunhar a força
dessa ação. “Eu fico muito feliz e
vejo como a LBV consegue tocar o
coração das pessoas, da sociedade,
para que possam ser mais genero-
sas, solidárias. E hoje a gente vê
na prática isso acontecer.”
No Maranhão, 14 municípios
foram contemplados com 98 tone-
ladas de alimentos. Além de São
Luís, receberam as cestas morado-
res de Anajatuba, Arari, Bacabeira,
Duque Bacelar, Esperantinópolis,
Penalva, Governador Edison Lo-
bão, Governador Eugênio Barros,
Mirador, Primeira Cruz, Raposa,
Rosário, São José de Ribamar
e São Domingos do Maranhão.
Prestigiando o evento na capital
maranhense, o ministro de Minas
e Energia, Edison Lobão, res-
saltou: “A LBV mostra que está
trabalhando para melhorar a vida
da população excluída, de forma
digna e com Solidariedade”. Para
ele, “a Legião da Boa Vontade é
do povo e estará sempre ao lado
do povo, pois sua missão é ajudar
a quem precisa”.
Outra capital nordestina onde
Clayton Ferreira
Clayton Ferreira
Vitória/ES Belo Horizonte/MG
Clayton Ferreira
ocorreu a entrega das cestas foi Recife/PE. Com o apoio da Com-
panhia Nacional de Abastecimento (Conab) e dos programas Mesa
Brasil e Banco de Alimentos,
ambos do Serviço Social do Co-
mércio (Sesc), a LBV também fez a distribuição a famílias das
comunidades dos Coelhos, Co-
que, Joana Bezerra, São José,
Santo Amaro e Cabanga, além
daquelas socorridas pelo Centro
de Referência de Assistência So-
cial (Cras), da 1
a
Região Político-
-Administrativa (RPA 1).
Centro-Oeste
Em Mato Grosso do Sul foram
entregues 93 toneladas de doações.
Além da capital, Campo Grande,
as cestas da LBV chegaram a mo-
radores das cidades de Anastácio,
Bodoquena, Cara-
col, Dourados,
Guia Lopes da
Laguna, Igua-

104 | BOA VONTADE
e Wilder da Silva, representante
do deputado distrital Joe Valle.
Ali, como em tantos outros luga-
res, cada família atendida deixava
transparecer, além do sentimento
de gratidão, histórias de superação
e de mudança no lar. Uma dessas
famílias é a de Eliana de Souza
Coelho, cuja filha, Júlia, 4 anos,
estuda no Centro Educacional
Alziro Zarur, em Taguatinga/DF.
“A LBV me possibilita trabalhar.
A educação que dá para as crian-
ças complementa a que a gente
oferece em casa. Ensina a elas
boas maneiras, [oferece] alimen-
tação balanceada, saudável, fora
o desenvolvimento didático, que é
importante”, declarou.
Salvador/BA
Tatiane de Oliveira Silva
temi, Inocência, Japorã, Parana-
íba, Rio Negro e Tacuru. Para a
senadora Marisa Serrano, que
participou da entrega, a iniciati-
va fortalece os laços familiares.
O gesto, afirmou, “garantiu um
Natal em família, não só pela
questão dos alimentos, mas tam-
bém pela união. Esse trabalho é
fundamental para o fortalecimen-
to familiar”.
Em Goiás, a empreitada be-
neficiou 17 municípios. Entre as
autoridades que compareceram à
cerimônia de entrega das cestas
de alimentos, o senador Demós-
tenes Torres destacou: “A LBV é
essa grande parceira que tenho,
que o Brasil tem e muitos outros
têm, que ajuda para valer quem
necessita”.
A deputada federal Flávia Mo-
rais, entusiasmada com a ação
da LBV, manifestou desejo de
participar mais vezes. “Estamos
muito satisfeitos com o resultado
do trabalho e empenhados para o
ano que vem. A LBV faz um traba-
lho sério, responsável, que tem a
credibilidade do povo.”
Em Brasília/DF, comunida-
de, autoridades e colaboradores
celebraram juntos a entrega das
doações. Estiveram presentes,
entre outros, o deputado federal
Geraldo Magela; o jornalista Gil-
berto Amaral; a sra. Ilza Queiroz,
primeira-dama do Distrito Federal;
Campanha de Natal
São Paulo/SP
Analice Barcelá
Vinícius Bueno
Campo Grande/MS
A senadora Marisa Serrano (D) participa da
entrega das cestas de alimentos da LBV a famílias
sul-mato-grossenses.
Analice Barcelá
A partir da esquerda: a deputada federal Flávia Morais; o prefeito de Varjão, Eustáquio Ricardo de Souza; o senador Demóstenes Torres; e
o vereador goianiense Paulinho Graus.
Campo Grande/MS Goiânia/GO
João Areis Preda

BOA VONTADE | 105
A deputada estadual Patrícia Saboya , à direita, prestigia a
entrega das cestas. A seu lado, Valdenir Ferreira, da LBV .
Paulo Murilo
Fotos: Marcello Lima
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ladeado por
integrantes do Coral Ecumênico Infantil Boa Vontade, durante
entrega das cestas de alimentos a famílias maranhenses. No
destaque, concede entrevista à imprensa local.
Norte
Três Estados que formam a
Amazônia brasileira — Ama-
zonas, Pará
e Tocantins —
também foram amparados pela
Legião da Boa Vontade. Em
Palmas/TO, o mesmo vigor na
participação de vários setores
da sociedade, desde o início da
Campanha do Natal Permanente
da LBV, repetiu-se na cerimônia
de distribuição das cestas. En-
tre os convidados, voluntários,
colaboradores e o governador
do Estado, José Wilson Si-
queira Campos, acompanhado
da primeira-dama, a promotora
de Justiça Marilúcia Siqueira
Campos, se fizeram presentes.
Também receberam o apoio
da LBV comunidades carentes
de
Manaus/AM. Beneficiada pela
campanha de Natal da Instituição,
Neiva Conrado é mãe de dois me-
ninos que frequentam o programa
LBV — Criança: Futuro no Pre-
sente!. “Meus filhos são felizes
aqui (...). Desejo que Deus abençoe
os colaboradores da LBV e que
continuem ajudando, para que ela
possa amparar muitas pessoas que
precisam.”
Sudeste
Nos quatro Estados da região
mais populosa do país, é possível
notar um sentimento de alegria
nos flagrantes registrados em
O deputado estadual Bruno Reis
participa da entrega de cestas da LBV a
famílias baianas
Tatiane de Oliveira Silva
Campina Grande/PB
Salvador/BA
Fortaleza/CE São Luís/MA
Jean Carlos
Anápolis/GO
João Areis Preda
cidades do Rio de Janeiro, a
exemplo de Niterói, São Gon-
çalo, Nova Friburgo, Petrópolis,
Maricá, Belford Roxo e da capital
fluminense.
Em Minas Gerais, as cidades
Álvaro Vallim
Palmas/TO

106 | BOA VONTADE
de Montes Claros, Uberaba, Uber-
lândia, Poços de Caldas, Patos de
Minas, Araxá, São Sebastião do
Paraíso, Ipatinga, Juiz de Fora e a
capital, Belo Horizonte, festejaram
o fim de ano em clima de Fraterni-
dade e Paz.
Em Vitória/ES, a festa da
Solidariedade teve a presença
do governador do Espírito Santo,
Renato Casagrande. “A entre-
ga das cestas é um manifesto
do grande trabalho social que
a LBV realiza em todo o Brasil
e aqui em Vitória. (...) Gostaria
de dar um abraço no Paiva Netto
pelos 61 anos da LBV. Para-
béns pelo trabalho solidário,
fraterno!”, disse. A Campanha
do Natal Permanente da LBV
mobilizou também o interior
capixaba.
Muitas pessoas atendi-
das pela Instituição em São
Paulo/SP, a exemplo de
Josineide Carneiro da Silva,
fizeram um agradecimento espe-
cial pela ajuda recebida, por estar
vivendo momento difícil na vida.
“Minha casa pegou fogo, e perdi
tudo; não tinha nem o que vestir
e comer, mas a LBV me ajudou.
Esta cesta está sendo um presente
para mim e para meus filhos”,
afirmou, emocionada.
Sul
Um mutirão social foi realiza-
do durante a entrega das cestas da
LBV em Maringá/PR. A iniciativa
ofereceu gratuitamente diversos
tipos de atendimento, entre os
quais corte de cabelo, orientação
jurídica e de saúde, aferição da
pressão arterial, além de atividades
recreativas para as crianças. Ainda
no Paraná, a LBV promoveu a
distribuição das cestas na capital,
Curitiba, e nas cidades de Agudos
do Sul, Araucária, Cascavel, Cam-
po Largo, Colombo, Fazenda Rio
Grande, Foz do Iguaçu, Itaperuçu,
Londrina, Mandirituba, Piraquara,
Ponta Grossa e Rio Branco do Sul.
Sentindo-se amparada e com
igual sentimento de gratidão, a dia-
rista Lisiane Freitas, de Blumenau/
SC, comemorou mais essa iniciativa
solidária.“Estes alimentos serão
muito importantes para mim e para
meus filhos. Às vezes, não temos
A sra. Ilza Q ueiroz (E), primeira-dama do Distrito
Federal, e Itamar de Souza entregam cesta para
atendida pela Legião da Boa V ontade.
Atendida recebe a cesta de alimentos das mãos do jornalista Gilberto Amaral (E), do deputado federal Geraldo Magela (C) e de Itamar de Souza (D), da LBV .
Brasília/DF Brasília/DF
Fotos: José Gonçalo
Campanha de Natal
O secretário de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, de parceria com a LBV, entrega cestas de
alimentos para famílias de Passo Fundo/RS.
Clayton Ferreira
Passo Fundo/RS

BOA VONTADE | 107
refeição e, com esta cesta, teremos.
Fico agradecida porque meus filhos
levantam cedinho e vêm para a LBV,
recebem café da manhã e vão para a
escola com almoço. Com isso, posso
trabalhar tranquila, além de saber
que eles são tratados com carinho
e respeito.”
Admirador do trabalho da Ins-
tituição, o secretário de Infraestru-
tura e Logística do Rio Grande do
Sul, Beto Albuquerque, declarou:
“Conheço muita gente que já an-
dou no fundo do poço, que parecia
não ter mais esperança, que pare-
cia não vislumbrar mais qualquer
oportunidade, mas que, por ter
convivido no seio da Legião da
Boa Vontade, hoje são pessoas re-
alizadas, trabalhando, estudando,
cuidando das suas famílias, dando
exemplo aos seus filhos do que é
possível fazer”. Ao discursar du-
rante a entrega de duas mil cestas de
alimentos da Campanha do Natal
Permanente em Porto Alegre/RS,
o secretário bradou: “Viva a LBV!”,
ao que os presentes repetiram em
uníssono.
Belkís Faria João V icente GranhaRodrigo MafraClayton Ferreira
O acidente aéreo envolvendo membros da equipe de comunicação da
LBV, vítimas da queda de um avião bimotor Beechcraft, em 9 de dezembro,
em Bom Jesus do Galho, no Vale do Rio Doce (Minas Gerais), foi lembrado
pelo senador Demóstenes Torres durante a cerimônia da campanha de Natal
em Goiânia/GO. O parlamentar prestou homenagem aos jovens jornalistas:
a repórter Belkís Faria (35 anos), o fotógrafo Clayton Ferreira (25 anos) e
o cinegrafista Rodrigo Mafra (26 anos). Os profissionais deslocavam-se de
Vitória/ES a Brasília/DF para a cobertura de mais uma etapa de entrega das
cestas de alimentos. O piloto da aeronave, João Vicente Granha, voltou à
Pátria Espiritual três dias após o acidente, em 12 de dezembro, na capital
capixaba, onde estava internado, sob a atenção dos familiares.
Após a prece, emocionado, o senador enalteceu a trajetória dos três pro-
fissionais e pediu um minuto de silêncio. Também ressaltou a retidão da LBV
por dar continuidade ao seu trabalho solidário, apesar de tanta dor. Em seu
perfil no Twitter, Demóstenes registrou: “À família da Belkís, do Clayton e do
Rodrigo, o conforto de saber que dedicaram a vida e a carreira ao que faziam
com dedicação e amor: servir. Quem conhece o trabalho da LBV sabe da impor-
tância de sua permanente assistência material e espiritual aos que precisam”.
Fotos: Arquivos pessoais
Acidente aéreo não para trabalho
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, prestigia a
confraternização da iniciativa e entrega cesta de alimentos a atendida
pela Instituição; à esquerda, Paulo Duarte, da LBV, que se encontra
hospitalizado após acidente aéreo, em recuperação gradativa.
Clayton Ferreira
Thiago Morello
Vitória/ES
Senhora catarinense recebe das mãos do governador do Estado, Raimundo Colombo (C), cesta de alimentos da LBV . À
esquerda, o deputado estadual Darci de Matos.
Florianópolis/SC

108 | BOA VONTADE
S
e o recém-nascido não cho-
rasse, de que forma os pais,
mesmo os mais atentos e
amorosos, conseguiriam
notar que algo incomoda o bebê,
que está a descobrir o mundo em
velocidade tão intensa? Esse é
exemplo simples, mas mostra o
poder da comunicação, ou seja,
transmitir informação, ideias
e valores que, com o tempo,
moldam a vida. E é sempre bom
lembrar: jornalistas não são os
únicos comunicadores. Todas as
pessoas o são.
*¹ Leonardo Cegana é militante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus em Ribeirão Preto/SP. O movimento foi criado em setembro de 1961, por
proposição do jornalista e escritor Paiva Netto, para promover o protagonismo de jovens de todas as idades na construção da Sociedade Solidária Altruística
Ecumênica. Para saber mais, acesse www.acaojovemlbv.com.br .
Leonardo Cegana
Jesus,
o Grande Comunicador
Arquivo BV
Leonardo Cegana, militante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de
Deus*
1
Arquivo pessoal
Ação Jovem LBV

BOA VONTADE | 109
*² Conforme define o seu fundador, “A Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, surge para iluminar o conteúdo ideológico (espiritual e humano) dos Seres de
Boa Vontade, da Terra e do Céu da Terra, em todas as áreas de atuação, para que seu modo de exprimir-se e de existir não seja espiritualmente vazio, e que, por
isso, a Doutrina do Cristo Ecumênico, em Espírito e Verdade à luz do Seu ‘Amai-vos como Eu vos amei’ (Evangelho segundo João, capítulos 13 e 15), cumpra sua
notável tarefa de esclarecer e libertar as criaturas, pois o Criador deseja que ninguém se perca (Segunda Epístola de Pedro, 3:9). Por esse motivo, instituiu a Lei das
Reencarnações ou das possibilidades sucessivas de redenção”.
*³ Leia mais sobre o assunto em Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, vol. II, de autoria do escritor Paiva Netto, pp. 39 e 40.
Formamos grupos, vivemos
em sociedade. Podemos influen-
ciar ações de indivíduos à nossa
volta ou fazê-los mudar uma
opinião. Então, vale a pena pensar
no que desejamos para o mundo,
cientes de que não são apenas as
palavras que comunicam, mas
igualmente as ações.
A criança presenteada com um
cofrinho para guardar moedas é
capaz de observar a atitude e a re-
lação das pessoas mais próximas
dela com o dinheiro. Muito mais
importante do que as orientações
passadas, a atitude dos respon-
sáveis será marcante na opinião
futura dela.
Transmitimos ao mundo os
sentimentos e os valores que
cultivamos. Daí a necessidade de
darmos a devida atenção ao inte-
rior, cuidando principalmente do
que é perene, eterno: o Espírito.
Nele, conforme destaca o funda-
dor da Academia Jesus, o Cristo
Ecumênico*², o jornalista e es-
critor Paiva Netto, deve ocorrer a
decisiva e urgente reforma, pois é
no campo do etéreo que surge o
que conhecemos na matéria.
Certa vez, na primeira vinda
visível de Jesus ao planeta Terra,
questionaram o Divino Mestre
sobre Sua ação para libertar um
homem que sofria de séria en-
fermidade espiritual (Evangelho
segundo Mateus, 12:22 a 37).
A resposta Dele é um alerta de
Amor Fraterno aos Seres Hu-
manos: “Como podeis vós falar
coisas boas sendo maus? (...)
Fala a boca do que está cheio o
coração!” (Evangelho do Cristo
segundo Mateus, 12:34).
Muitos podem questionar
acerca da ligação direta de Jesus
com o exercício da comunicação.
Quanto a isso, basta lembrar o
seguinte comentário do próprio
Educador Celeste, em Seu Apo-
calipse segundo João, 21:5: “Eis
que faço novas todas as coisas”.
Todas! Então, por que não a co-
municação?
Paiva Netto costuma ressaltar
que, ao se entronizarem os ensi-
namentos do Cristo Ecumênico
(sem nenhum tipo de sectarismo),
compreendemos Jesus como o
modelo sublime para todas as
áreas do saber humano-espiritual.
Para o escritor*³, o “Cristo foi
Pedagogo ao facilitar o apren-
dizado ensinando por parábolas,
Médico ao curar numerosas
enfermidades, Economista ao
multiplicar pães e peixes e in-
centivador do progresso do Ser
Humano ao fazer expandir va-
lores imprescindíveis, como a
Solidariedade e a cooperação”.
Portanto, Jesus revela-se
como o Grande Comunicador
de todos os tempos. Não apenas
porque atraiu multidões em cada
sermão Dele ou porque é o tema
principal do maior best-seller do
mundo (a Bíblia Sagrada), mas,
antes de tudo, pelos valores que
apresentou à Humanidade —
como o entendimento de que
“a Caridade é bem mais que
simplesmente alimentar o cor-
po, atendendo às necessidades
urgentes, é nutrir o que é eterno”.
Aliás, a respeito dos vanguar-
deiros conceitos do Educador
Celeste, temos ainda bastante
a aprender até ser capazes de
comunicá-los no seu sentido
completo. Contudo, esse esforço
é fundamental, porquanto ensina
Paiva Netto em Diretrizes Es-
pirituais da Religião de Deus,
vol. II, p. 37: “Jesus é, acima de
tudo, uma generosa e atualíssima
ideia em marcha, que merece ser
estudada e vivida por todas as
almas antissectárias, libertas de
preconceitos e tabus!”.
Transmitimos ao mundo
os sentimentos e os
valores que cultivamos.
Daí a necessidade
de darmos a devida
atenção ao interior,
cuidando principalmente
do que é perene, eterno:
o Espírito.

110 | BOA VONTADE
“Talheres e Espírito
“Que prazer estar hoje com vocês.
Quero destacar um fato de que a
maioria já tem conhecimento: são as
próprias crianças que comandam
este evento. É claro que com o
apoio e a experiência dos mais velhos,
mas são elas que escolhem os temas e tantas
atividades mais que firmam a riqueza de um
fórum nascido e desenvolvido por si mesmas.
“Cidadãos Celestes
“Mudar os hábitos. Como? O que é fundamental?
Muita gente deixa de comer com as mãos e passa a
usar talheres. Mudaram os hábitos dessas pessoas.
Mas será uma reforma suficiente? Que somos
nós? Espírito, acima de tudo Espírito,
transitoriamente corpo! Então é a
partir daí que temos de raciocinar. Por
isso a minha preocupação em falar-lhes
tanto da cidadania do Espírito. No meu
livro É urgente reeducar!, abordo esse
assunto. Porque, se não soubermos a
nossa origem, todos os nossos atos
poderão ser equivocados. E vão desabar em
cima de erro sobre erros.
“Que tal espiritualmente avaliarmos as
situações para iniciar novos passos com acerto?
Com esse conhecimento podemos realizar
mudanças como nunca ocorreram antes. Se
somos, em primeiro lugar, Espírito, dirigidos
achamo-nos consequentemente por leis que estão
8
o
Fórum Internacional dos
Soldadinhos de Deus, da LBV
No último 26 de março, a felicidade transbordou no coração de milhares de crianças do Brasil e
do mundo. Em sessão solene, o Irmão Paiva concluiu o 8
o
Fórum Internacional dos Soldadinhos
de Deus, da Legião da Boa Vontade. A emocionante mensagem foi acompanhada pelos
pequeninos e seus familiares em todas as Igrejas Ecumênicas da Religião do Amor Universal, nos
Centros Comunitários de Assistência Social da LBV e também pela Super Rede Boa Vontade de
Comunicação, que transmitiu o evento para todo o planeta.
Após o festivo dia, as palavras do líder da Militância Legionária foram registradas em artigo,
publicado em diversos jornais e sites com o título “Talheres e Espírito”, e dedicadas a todos os
Soldadinhos de Deus, que são a Esperança do mundo. Eis alguns trechos do discurso:
Reprodução BVTV
Soldadinhos de Deus

BOA VONTADE | 111
acima das mais expressivas construções jurídicas
do planeta Terra. Por quê?! O Código Hamurabi, o
Direito Romano, a reforma do Código Civil, feita por
Napoleão Bonaparte (1769-1821), são de suprema
valia. Mas limitam-se ao saber terreno. E nós, antes de
cidadãos dos países, somos Cidadãos Celestes. Temos
que partir do Espírito, que é eterno. Portanto, averiguar
de que modo ele funciona.
“Riquezas incomensuráveis
“A Ciência, ou melhor, alguns cientistas
vivem distanciados desse conceito por negarem
a existência da Vida além da Vida e antes da
vida material. E, com esse ato dogmático, o
que fazem? Fecham a porta para si mesmos de
campos amplíssimos. Não acessam riquezas
incomensuráveis abertas para a nossa Alma,
que estão lá aguardando que sejamos realmente
homens e mulheres libertos, capazes de enfrentar
o estabelecido como infalível. Nada pode ser
considerado imutável quando a Ciência é a
descoberta diária de conhecimentos novos e
mundos desconhecidos.
“Quantas coisas hoje anunciadas como verdades
inamovíveis daqui a meia hora deixarão de o ser?
Quem disse que vocês, crianças, não entendem isso?
Estou falando para os seus Espíritos, às vezes mais
velhos do que os de adultos, gente também de valor
inestimável. Por isso interesso-me em falar com a
Alma de vocês. Então, se somos, acima de tudo, Seres
Eternos, temos de partir do princípio de que o governo
da Terra começa no Céu”.
São Paulo/SP
La Paz/Bolívia
João Pessoa/PB
Assunção/Paraguai
Allison Bello
Jean CarlosFelipe Tonin
Roseli Garcia

112 | BOA VONTADE
O Fórum Internacional dos Soldadinhos de Deus, da LBV, é realizado
em todo o Brasil desde 2003. Nesse ano, em 22 de fevereiro,
durante o programa
Bolo com Pudim, da Super Rede Boa Vontade de
Rádio, o educador Paiva Netto propôs a criação de um fórum feito
pelas e para as crianças. Prontamente, elas aceitaram o desafio e,
assim, instituiu-se esse consagrado espaço de debate e exposição
de ideias na LBV, no qual meninas e meninos podem apresentar
livremente sua visão sobre os problemas que ainda afligem a
sociedade.
A pesca milagrosa
Reserve já o seu
exemplar, ligando para
o Clube Cultura de Paz
0300-1007940
(custo de ligação local
mais impostos)
Como nasceu o Fórum dos Soldadinhos de Deus

BOA VONTADE | 113
Galeria de fotos de algumas cidades que
participaram do Fórum dos Soldadinhos de Deus
Buenos Aires/Argentina
Juiz de Fora/MG
Nova York/EUA
Porto/Portugal
Montevidéu/Uruguai
Maringá/PR
Maceió/AL
Rio de Janeiro/RJ
Poços de Caldas/MG
Porto Alegre/RS
Priscila Petreca
Verônica Alexandre
Bettina Lopez
Fabiana Ambrosio
Aline Portel
Priscilla Antunes
Paulo Araújo
Márcio Francisco
Maria Albuquerque

114 | BOA VONTADE
In memoriam
A
os 73 anos, o consagrado
escritor gaúcho, médico e
imortal da Academia Bra-
sileira de Letras (ABL) Moacyr
Jaime Scliar retornou à Pátria
Espiritual, em 27 de fevereiro.
Autor de mais de 70 livros
(traduzidos para 12 idiomas),
entre romances, contos, crônicas,
ensaios e ficção, e eleito para
ocupar a cadeira nº
31 da Acade-
mia em 2003, Scliar publicou sua
primeira obra, Histórias de um
médico em formação, em 1962,
ano em que se formou em Medi-
cina pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul.
O escritor recebeu diversos
prêmios ao longo da carreira, o
último deles o Jabuti, por Manual
da paixão solitária, escolhido
como o melhor romance e o me-
lhor livro de ficção de 2009.
Casado com Judith Vivien
Oliven e pai de Roberto, Moacyr
também se dedicou à literatura
infantojuvenil. Costumava dizer
que, escrevendo para os jovens,
reencontrava o jovem leitor que
ele mesmo havia sido.
Humanismo na Medicina
Em entrevista à revista BOA
VONTADE, Scliar contou como
surgiu sua paixão pela escrita:
“Eu me interessei por literatura
por causa das histórias que meus
Escritor e médico Moacyr Scliar
volta à Pátria Espiritual
pais contavam. Eram grandes
narradores, essas pessoas que
encantam os outros contando
histórias da sua vida. Além disso,
minha mãe era professora, gos-
tava muito de ler e encorajava os
filhos a lerem também. Em função
disso, comecei não só a ler como
a escrever historinhas, que mos-
trava aos meus pais e vizinhos”.
O saudoso escritor igualmente
defendeu a importância de dar
um tom mais humano à Medi-
cina: “Cuidar dos outros não é
apenas uma obrigação, mas uma
realização pessoal, uma maneira
de descobrir novas possibilida-
des dentro de nós mesmos e do
semelhante. A impessoalidade é
um ponto desanimador”.
Ao descrever a necessidade de
cuidar “da saúde da alma através
dos bons textos literários”, ele ma-
nifestou simpatia à mensagem e à
proposta da LBV: “Uma rede que
se chama Boa Vontade corresponde
a uma necessidade urgente do povo
brasileiro. (...) Boa Vontade é uma
expressão-chave do nosso tempo.
(...) Paiva Netto é uma figura real-
mente lendária neste país pelo que
tem feito. O trabalho de vocês se
encaixa perfeitamente no propósito
de melhorar o conhecimento e a
vida das pessoas em geral”.
A Legião da Boa Vontade e seu
dirigente solidarizam-se com os
familiares e amigos do escritor
Moacyr Scliar e enviam as mais
sinceras vibrações de Paz a seu
Espírito eterno, na certeza de
que “os mortos não morrem”.
Com informações da ABL e da
Agência Estado
Moacyr Jaime Scliar
Divulgação
“Uma rede que se chama
Boa Vontade corresponde a
uma necessidade urgente do
povo brasileiro. (...)
Boa Vontade é uma
expressão-chave
do nosso tempo.”

Projetos
Sociais Coelce.
Uma energia
cada vez mais
presente na vida
do cearense.
Do Ecoelce ao Baú da Leitura, do Cine Coelce ao Troca de Geladeiras.
A Coelce é a responsável por estes e muitos outros projetos sociais que, assim
como a nossa energia, tornam a vida do cearense cada vez melhor. Afi nal,
ter acesso à leitura, à cultura e à sustentabilidade é ter mais qualidade de vida.
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