Revista ebd 3 trimestre 2020

vilmalonguini 616 views 97 slides Jul 02, 2020
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About This Presentation

REVISTA EBD


Slide Content

ih SS Pr
N
BÍBLICAS Y

Edipo Especial ____ Jovens e Adultos J
p
;

Os Pris oO

em Tempos de Crise

A Reconstrugäo de Jerusalém e 0 A

LIGOES
BÍBLICAS

Li

‚do 3° trimestre de 2020 - Eurico Bergst

Sumario

O Avivamento:
Uma Necessidade nos Dias Atuais

Daniel Ora Por Um Despertamento 3
02

Despertamento Espiritual - Um Milagre 10

O Despertamento Renova O Altar 17

Ligño 4

A Construçäo do Templo Enfrentou Oposigáo 24

Licáo 5

Zorobabel Recomega a Construgäo do Templo 31

Neemias Reconströi os Muros de Jerusalém 38

O Povo de Deus Deve Separar-se do Mal 46

Licio 8

As Causas da Desunido Devem Ser Eliminadas 54

Como Vencer as Oposigdes à Obra de Deus 61

Provai se os Espíritos Sao de Deus 68

Esdras vai Jerusalém Ensinar a Palavra 76

Liçäo 12

Esdras e Neemias Combatem o Casamento Misto 83

Licäo 13

A Vigilancia Conserva Pura a Igreja 90

2020 Juiho/Agosto/Setembro Ligdes Bíblicas /Professor 1

Texto Aureo Verdade Pratica

"Confessai as vossas culpas uns aos

‘outros e oral uns pelos outros, para O crente dedicado à oraçäo pode
que sareis; a oragdo feita por um exercer influencia no céu, na Terra e
Justo pode muito em seus efeitos.” até contra os poderes malignos.
(Tg 5.16)
LEITURA DIÁRIA

A certeza do atendimento à oraçäo | À comovente oragäo de Salomäo
A oraçäo de Moisés pelo povo A oraçäo de Paulo pelos Efésios

Davi ora para edificar o templo Habacuque ora pelo livramento

2020 -Julho/Agosto/Setambro leas /Professor 3

4

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE _
.17-19; Esdras as

Daniel 9.1-3;

.10; 2.

Daniel 9

1 - No ano primeiro de Dario, filho de
Assuero, da nagdo dos medos, o qual
foi constituído rei sobre o reino dos
caldeus,

2 - no ano primeiro do seu reinado,
eu, Daniel entendi pelos livros que o
nümero de anos, de que falou o SENHOR
ao profeta Jeremias, em que haviam de
acabar as assolagöes de Jerusalém, era
de setenta anos.

3 - Eeu dirigi o meu rosto ao Senhor
Deus, para o buscar com oragáo, e
rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.

Daniel 6

10 - Daniel, pois, quando soube que |
a escritura estava assinada, entrou
em sua casa (ora, havia no seu quarto
Janelas abertas da banda de Jerusalem),
très vezes no dia se punha de joelhos,
e orava, e dava graças, diante do seu
Deus, como também antes costumava

fazer.

Daniel 2

17 = Entdo, Daniel foi para a sua casa
efez saber o caso a Hananias, Misael
e Azarias, seus companheiros,

18 - para que pedissem misericérdia
ao Deus dos céus sobre este segredo, a
Jim de que Daniel e seus companheiros
indo perecessem com o resto dos sábios
da Babilónia.

HINOS SUGERIDOS: 84,

19 - Entdo, foi,
Daniel numa vise de,
louvou o Deus do cu

Esdras 1

1 - No primeiro ano de Cira. se de
Persia (para que se cumprisse = patas.
do SENHOR, por boca de Jeremias.
despertou o SENHOR o espírito de Gira.
rei da Pérsia, o qual fez passar pregéo
por todo o seu reino, como também por
escrito, dizendo:

2 - Assim diz Ciro, rei da Persia: O
SENHOR, Deus dos céus, me deu todos
os reinos da terra; e ele me encarregou
de the edificar uma casa em Jerusalém,
que € em Judá.

3 - Quem há entre vós, de todo o seu
ovo, seja seu Deus com ele, e suba a
Jerusalém, que € em Judd, e edifique a
Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele éo
Deus que habita em Jerusalém.

4 - E todo aquele que ficar em alguns
lugares em que andar peregrinando, os
homens do seu lugar o ajudaráo com
rata, e com ouro, e com fazenda, e com
gados, afora as dádivas voluntärias
para a Casa de Deus, que habita em
Jerusalém.

5 - Entäo, se levantaram os chefes dos
país de Judá e Benjamim, e os sacerdo-
tes, eos levitas, com todos aqueles cujo
espírito Deus despertou, para subirem
a edificar a Casa do SENHOR, que está
em Jerusalem.

da Harpa Cristä

OBJETIVO GERAL

Conscientizar os alunos sobre a necessidade de estudar a Palavra e orar em
busca de um despertamento, proveniente de Deus, nesses dias trabalhosos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

‘Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo | refere-se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.

©) Apresentar os motivos que levaram Daniel a ser despertado para a oragäo;
© Pontuar a resposta divina ás oragöes de Daniel;
D Destacar o resultado de um despertamento proveniente de Deus.

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Vamos iniciar mais um trimestre com a graga do nosso Senhor Jesus. Estudare-
‘mos “Os Principios Divinos em Tempos de Crise: A Reconstrucáo de Jerusalem
eo Avivamento Espiritual como Exemplos para os nossos Dias”, um assunto
que nao pode ser negligenciado e muito menos esquecido pela Igreja do Senhor,
principalmente nos dias em que a perseguicdo sutil vem, de forma crescente,
‘abatendo sobre nós. Sempre que o povo de Deus passava por momentos dificeis,
‘odespertamento mostrara-se o melhor caminho para a vitória dos servos de Deus
sobre os seus inimigos. Que o Senhor da Seara desperte sobre nds o avivamento
puro e genuino, capaz de mudar o cativeiro dos servos fiéis, fortalecendo-os na
Palavro, incentivando-os a uma vida de oragäo e capacitando-os a levar o arre-
pendimento a este mundo que caminha em densas trevas.

Ao introduzir a ligäo, apresente o comentarista deste trimestre, o saudoso
pastor Eurico Bergstén, que comentou esta ligáo ainda na década de 90, cujo
assunto permanece täo atual e necessário para os crentes de todas as épo-
cas. Eurico Bergstén muito contribuiu com a literatura evangélica brasileira,
sendo autor da Teologia Sistemática que leva o seu nome, bem como autor
de diversos livros e comentarista de licóes bíblicas. Vale a pena citar que o
pastor foi o comentador que teve mais comentários publicados pela CPAD, 35
ao todo. So comentários que, até hoje, continuam abençoando e edificando
vidas para a gloria de Deus! É o que poderemos confirmar neste trimestre.

COMENTARIO

INTRODUÇÂO depois, Daniel gozava de elevado
conceito no reino da Babilônia.

Os crentes fiéis brilham como

aluz (Mt 5.15) e resplandecem PonTo 5 "
San does GO !: DANIEL FOI DESPERTA
rompida e perversa(FP 2.15). precisamos

Assim era Daniel. Quandono — estudar a Palavra ‘Ao lero profeta Jeremias
ano 606 a.C. foi levadocativo — e orar por desper- (Jr 29.10), ele observou que
para aBabil6nia(Dn1.1-4,6), tamento espir- os 70 anos de cativeiro na
era ainda muito jovem, tinha ae Babilónia estavam para findar.

cerca de 15 anos. Muitos anos Todavia, ainda nao era possivel

2020 - ulho/Agasto/Setembro Licóes Bíblicas /Professor 5

notar qualquer sinal de que alguma coisa
estivesse acontecendo na diregáo de
uma mudanga radical (Dn 9.2).

Assim, Daniel comecou a orar com
Jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em
sinal de profunda tristeza (Dn 9.1-3) e
orou com perseveranca.

1. Daniel vivia uma vida consagra-
da a Deus. Isto dava-lhe condigöes de
orar. A Bíblia diz: “A oracäo dos retos
€ 0 seu contentamento” (Pv 15.8) e
Ele "escutarä a oraçäo dos justos” (Pv
15.29). Daniel náo se misturou com o
paganismo, e vivia conforme sua cons-
<iéncia, no temor do Senhor. Daniel &
considerado como um exemplo e um
modelo para os crentes de todos os
tempos (Dn 1.8).

2. A estatura espiritual de Daniel
capacitava-o para enfrentar verda-
deiros combates em oraçäo. Muitos
crentes näo conseguem servir de ajuda
decisiva com as suas oraçôes, porque
nunca chegaram a experimentar o
que significa combater em oraçäo, o
que significa perseverar firmemente
em oracáo (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl 2.1).
Somente "visita", de vez em quando,
um culto de orag3o. Daniel, porém, tinha
por hábito orar trés vezes ao dia (Dn
6.20). Quando sua própria vida, bem
como a de seus amigos e a de todos os
sébios da Babilönia, estava em perigo,
Daniel alcançou o livramento e a vitória
através da oraçäo (Dn 2.18-20). Daniel
era, portanto, experiente na vida de
oracao.

3. Coincidindo com o período de
oragäo de Daniel, profundas mudangas
estavam para acontecer na Babilónia. O
reino da Babilönia estava em guerra com
medos e persas. O rei da Babilônia era
na época Nabonido. Seu filho Belsazar
estava na capital, a cidade da Babilönia,
cuidando dos assuntos administrativos
do governo. Belsazar organizou uma

6 Licôes B

icas /Professor

festa para seus grandes. Estando já
embriagado, mandou trazer os vasos
sagrados que o rei Nabucodonosor
havia trazido do Templo de Deus em
Jerusalém, e havia colocado no templo
pagäo da Babilönia. Ele e todos os seus
convidados beberam vinho nestes vasos
santos (Dn 5.2-4).

Houve entäo uma intervengäo
divina. O rei viu que dedos de mao de
homem escreviam na parede, defronte do
castical (Dn 5.5). Acabou-se aalegria da
festa. Os joelhos do rei tremiam. Sébios
€ aströlogos nao puderam interpretar a
mensagem escrita na parede. Finalmente
Daniel foi introduzido na festa (Dn 5.13)
e interpretou o texto escrito na parede.
Entre outras coisas, estava escrito:
"Dividido foi o teu reino, e deu-se aos
medos e aos persas” (Dn 5.28).

"Naquela mesma noite, foi morto
Belsazar, rei dos caldeus” (On 5.30).

SINTESE DO TÓPICO I
Tudo o que aconteceu na vida de
Daniel foi resultado de uma vida con-
sagrada a Deus. Era através da oraçäo
que Daniel alcangava livramento e
vitória contra seus inimigos.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Daniel foi um jovem hebreu da
classe nobre, levado cativo 3 Babilónia
por Nabucodonosor, rei do império
Acerca de sua genealogía näo sabemos
muita coisa, apenas aquilo que é depre-
endido do livro que traz seu nome. Näo
era sacerdote, como Jeremias e Ezequiel,
mas era, como Isaías, da tribo de Judá e
provavelmente da Casa Real (cf. 1.3-6),
isto é, da descendéncia de Davi.

Daniel foi um profeta de Deus cujos
temas säo de alcance muito vasto. Vatici-

nou acontecimentos que ainda väo surgir
na história do Planeta, os quais estamos
estudando à luz do contexto do seu
préprio livro. Ele, naquela corte, ganhou
muita celebridade. O primeiro aconte-
cimento pelo qual obteve influéncia na
corte babilónica foi a interpretacáo que
deu ao sonho do rei. Ele foi, realmente,
um homem escolhido por Deus paratáo
grande tarefa espiritual" (SILVA, Severino
Pedro. Daniel Versículo por Versículo:
As visdes para esses últimos dias. 28°
imp. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.12).

I1- A RESPOSTA AS ORACOES DE
DANIEL
Daniel havia orado, lembrando-se da
a de Deus registrada pelo profeta
*Vos visitarei e cumprirei sobre
vós a minha boa palavra, tornando-vosa
trazer a este lugar” (Jr 29.10).

Com a queda do reino babilönico,
€ com o inicio do governo do rei Ciro,
as coisas evolufram com muita rapi-
dez, deixando todos surpreendidos e
admirados.

1. ABíblia relata o que realmente
aconteceu. “No primeiro ano de Ciro, rei
da Pérsia (para que se cumprisse a pala-
vra do SENHOR, por boca de Jeremias),
despertou o SENHOR o espírito de Ciro,
rei da Pérsia, o qual fez passar pregáo
por todo o seu reino, como também por
escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da
Persia: O SENHOR, Deus dos céus, me
deu todos os reinos da terra; e ele me
encarregou de Ihe edificar uma casa
em Jerusalém, que é em Judá. Quem
há entre vos, de todo o seu povo, seja
seu Deus com ele, e suba a Jerusalém,
que é em Judá, e edifique a Casa do
SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus
que habita em Jerusalém’ (Ed 1.1-3).

2. Conforme esta declaraçäo de
Ciro, estava cumprida a promessa divina
dada através do profeta Jeremias. Mas

020 -Juiho

tudo foi como diz a Biblia: “Tudo muito
mais abundantemente além daquilo que
pedimos ou pensamos” (EF 3.20). Veja-
‘mos, pois, o que estava para acontecer:

2. Todos os Judeus seriam liberados
para voltarem a Judá, caso quisessem
(Ed 1.3).

b. Receberam permissäo para
reedificar o templo.

<. Todas as despesas da construcáo
do Templo poderiam ser tiradas dos
tributos de além do rio.

d. Os vasos sagrados devem ser
entregues aos cuidados de Zorobabel,
nomeado governador dos judeus pelo
rei Ciro, para serem transportados de
volta para Jerusalém (Ed 1.7).

SINTESE DO TÓPICO II
A resposta divina ds oragdes de
Daniel incluía levantar Ciro para
abengoar o seu povo, permitindo, entre
outras açôes, que o povo retornasse
para Judá e reconstruísse o Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO
"Oragäo

A terminologia da oraçäo & rica e
variada na Bíblia Sagrada. O termo geral
hebraicoé tepilla, de uma forma do verbo
palal; o termo grego € proseuche, onde
o passivo médio é proseuchomal. Aideia
básica da palavra hebraica é a intercessáo,
eda palavra grega é 0 voto, mas essa eti-
mologianao € mais o determinante de seu
significado. As duas palavras podem ser
usadas de forma abrangente para qualquer
tipo de solicitaçäo, intercessáo ou açäo
de gracas.A oracao é descrita como o ato
de “invocar o nome do Senhor” desde
os días de Sete (Gn 4.26) até a época
em que o 'Senhor' se revelou como o
Salvador, Jesus Cristo ( cf. Jl 2.32, com

Ligóes Bíblicas Professor 7

Rm 103,12,13 ). Os cristäos identificam
se com aqueles que invocam seu nome
{à Co 1.2). Outras expressöes do AT säo
"suplicar” ou ‘procurar o favor’ de Jeová
(piel de hala, literalmente 'tornar-se
agradavel 3 sua face’), ‘curvar-se em
adoracáo' (shaha), 'aproximar-se' (nagash)
‚ver‘ ou 'encontrar' para suplicar (paga’)
implorar'(za'aq) para reparar uma falta,
‘pedir (sha'al) 'suplicar (‘athar) ou ‘com-
parecer perante a face do Senhor’. Além
de proseuchomoai, os autores do NT usam
os termos 'implorar' (deomai),‘solicitar’
(aiteo) ou simplesmente ‘pedir’ (erotao)
quando se referem à oraçäo. Ao contrário
de proseuchomai, essas palavras näo säo
caracteristicamente'religiosas' e podem
denotar pedidos dirigidos tanto aos ho-
mens quanto a Deus. Entre as palavras
mais específicas para oragäo estáo enty-
gkano(‘interceder’), proskyneo (adorar
e eucharisteo (dar gracas)" (Dicionário
Biblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD,
2006. p. 1419-20).

II - 0 RESULTADO DE UM
DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE
DEUS

1. O rei Ciro foi despertado em seu
espírito. "Despertou o Senhor o espfrito
do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de
seu contato com Daniel é que Ciro veio
aconhecera Deus, e talvez até mesmo
0 adorasse. Ciro teve uma experiéncia
pessoal com Deus no seu coraçäo, e
passou a compreender as realidades
de Deus que ele antes ignorava.

a. Ciro passou a ver a Deus como o
SENHOR DOS CÉUS (Ed 1.2). O grande rei
Nabucodonosor demorou a aprender esta
liçäo (Dn 4.30-37). Cada despertamento
verdadeiro faz com que o homem veja
a majestade de Deus, sentindo a sua
própria pequenez, o seu pecado e a sua
baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia
e desfazia, mas quando se encontrou
8 Liçôes Bíblicas /Professor

Jesus, no caminho de Damasco, caiu por
terra e apenas pode perguntar: “Quem és
Senhor?” (At9.5).A Biblia diz que ninguem
pode dizer que Jesus é o Senhor se nao
for pelo Espirito Santo (1 Co 12.3).

b. Ciro teve uma experiéncia com
Deus, que é Santo. Os vasos sagrados
haviam sido roubados do Templo de
Jerusalém, por Nabucodonosor, e guar-
dados no templo pagáo da Babilónia
(2 Cr 36.18). Ciro era, agora, o respon-
sável por eles, e mesmo sendo esses
vasos muito valiosos, ele queria vo-
luntariamente devolvé-los (Ed 1.7-12).

Assim acontece sempre em cada
despertamento verdadeiro. Quando
Zaqueu teve seu encontro com Jesus,
quis devolver o que havia ganho com
usura (Lc 19.8).

2. Orei Ciro recebeu béngáos espi-
ritusis. O profeta Isafas, 200 anos antes,
profetizou acerca de Ciro chamando-o
de "ungido do Senhor” (ls 45.1). Isso nos
permite entender que o Espírito Santo
deve ter-lhe proporcionado alguma
bénc3o espiritual. Cada Despertamento
traz bénçäos para o coraçäo do crente.

SINTESE DO TÓPICO II

veio a conhecer a so-
ina e ver Deus como o
Senhor dos céus e por isso foi muito
abengoado pelo Todo Poderoso.

SUBSÍDIO HISTÓRICO

*[..] Ciro, um general de inteligéncia
estratégica admirável, passou parte de
sua vida desferindo ataques-relampago
contra varios adversários, tanto próximos.
quanto distantes. Com a experiéncia de
guerra, Ciro cercou Babilónia, tornando-a
praticamente sem resisténcia em 539.0
rei Nabonido tinha o hábito de ausen-
tar-se da capital, e fazia-o até mesmo

Julho/Agosto/Setembro - 2020

{ou especialmente) nas comemoragöes
de Ano Novo, quando como de costume
participava dos rituais tradicionais. Suas
‘uséncias eram cada vez mais frequentes
edemoradas, de forma que o real gover-
no da cidade estava na mäo de seu filho
Belsazar. Foi este desafortunado vice-rei
que presenciou o colapso da naçäo com à
chegada de Gubaru, o comandante persa
e governador de Gutium. Parece que
Belsazar morreu durante ou pouco depois
do conflito, enquanto seu pai Nabonido
foi capturado e em seguida sotto condi-
cionalmente. Duas semanas depois, Ciro
marchou triunfantemente pela cidade e
celebrou com alegria derrota de seu rival,
tornando-se o senhor absoluto do oriente.

Ciro pôs em prätica uma política be-
neficente, permitindo a todos os exilados
O retorno para suas terras. Os judeus,
é claro, também estavam incluídos, e

viram neste decreto a béng3o de Deus,
como cumprimento da palavra profética.

Para eles, esta libertac3o nao era menos
significativa que aquela do éxodo sob
a lideranca de Moisés. Na verdade, a
Unguagem dos profetas, por exemplo
Isaías 40—66, está repleta de imagens
do &uodo. É verdade que a maioria dos
judeus da dispersäo preferiu permanecer
em suas casas, especialmente os que
moravam em Babilónia, mas aqueles
que tinham seus olhos voltados para
© propósito eterno de Deus viram no
cativeiro um instrumento de corregäo.
Eo retorno à patria era o sinal de que
ainda tinham um papel redentor a de-
sempenhar” (MERRIL, Eugene H. História
delsraelno Antigo Testamento: o reino
de sacerdotes que Deus colocou entre
as naçôes. 6° Ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2007, pp.503,04).

PARA REFLETIR

Arespeito de “Daniel Ora por um Despertamento”,

responda:

+ Com quantos anos, aproximadamente, foi Daniel levado a Babilónia?
Daniel era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos de idade.

+ Que escritura profética levou Daniel a orar ejejuar?

A profecia de Jeremias (Jr 29.10).
+ O que esta escritura dizia?

Aescritura profética dizia estar chegando ao fim o cativeiro dos judeus.

+ O que aconteceu no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia?
O Senhor despertou o coragäo deste rei em favor do povo de Judá, favore-
cendo o retorno deste à Terra Prometida.

+ Cite um exemplo bíblico de um despertamento verdadeiro.

‘Quando Zaqueu teve o seu encontro com Jesus.

ANOTACOES DO PROFESSOR

|
|
=)

Ligdes Bíblicas /Professor 9

Texto Aureo

“Esto digo, conhecendo o tempo,
que éjá hora de despertarmos do
sono; porque a nossa salvagdo está,
agora, mais perto de nós do que
quando aceitamos a fé."

(Rm 13.11)

Verdade Prática

O despertamento espiritual é uma
consequéncia da submissao à vontade

de Deus.

LEITURA DIARIA

Despertando a vida de louvor

Terça - Py 8:17
Despertando a vida de oragáo

Despertando para aprender

10

Despertando o dom

Sexta- Is 51.9
Despertando para a peleja

Ehora de despertar

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Esdras 1.1-7; Neemias 1.

Esdras 1

À No primeiro ano de Ciro, rei da Persia
(para que se cumprisse a palavra do SE-
NHOR por boca de Jeremias), despertou
lo SENHOR o espirito de Ciro, rei da Persia,
‘qual fez passar pregdo por todo o seu
reino, como também por escrito, dizendo:
2 - Assim diz Ciro, rei da Persia: O SE-
NHOR, Deus dos céus, me deu todos os
reinos da terra; e ele me encarregou de
the edificar uma casa em Jerusalém,
que é em Judá.

> - Quem hé entre vós, de todo o seu
povo, seja seu Deus com ele, e suba a
Jerusalém, que é em Judá, e edifique a
¡Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele eo
Deus que habita em Jerusalém.

+ - E todo aquele que ficar em alguns
lugares em que andar peregrinando,
os homens do seu lugar o ajudaräo com
prata, e com ouro, e com fazenda, e com
'gados, afora as dádivas voluntárias para
a Casa de Deus, que habita em Jerusalem.
5 - Entdo, se levantaram os chefes dos
pais de Judá e Benjamim, e os sacerdo-
tes, e os levitas, com todos aqueles cujo

HINOS SUGERIDOS: 387, 4

3

espirito Deus despertou, para subirem
a edificar a Casa do SENHOR, que está
em Jerusalem.

© -Etodos os que habitavam nos arredo-
res thes confortaram as máos com objetos
de prata, e com ouro, e com fazenda, e
com gados, e com coisas preciosas, afora
tudo o que voluntariamente se deu.
7 - Também orei Ciro tirou os utensilios
da Casa do SENHOR que Nabucodonosor
tinha trazido de Jerusalém e que tinha
posto na casa de seus deuses.

Neemiası

1 - As palavras de Neemias, filho de
Hacalias. E sucedeu no més de quisleu,
no ano vigésimo, estando eu em Susa,
a fortaleza,

2 - que veio Hanani, um de meus irmäos,
ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes
pelos judeus que escaparam e que resta
ram do cativeiro e acerca de Jerusalém.

à - E disseram-me: Os restantes, que
nao foram levados para o cativeiro, lá
na provincia estdo em grande miséria e
desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido,
as suas portas, queimadas a fogo.

27, 432 da Harpa Cristä

OBJETIVO GERAL

Reconhecer a origem de um despertamento espiritual e suas finalidades.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo | refere-se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.

O

a

6

Explicar aos alunos os objetivos dos despertamentos espirituais;
Enumerar as finalidades do despertamento;
Ilustrar que Deus cumpre com suas promessas.

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O decreto de Ciro já estava lavrado. Os judeus poderiam voltar à sua terra,
reerguer os muros de Jerusalém e reconstruir o Santo Templo. No entanto, a
tarefa parecia bastante difícil. A maioria dos judeus estava acomodada à vida
na Babilónia e nao estava disposta a voltar à terra de Israel para executar o
plano de reconstrugdo. Somente o Espírito Santo poderia levantar homens
necessdrios ao desempenho de semelhante tarefa.

Foi exatamente isso o que aconteceu. O Senhor suscitou homens que náo
5e prendiam ds coisas efémeras desta vida, e cuja visdo estava na redencáo
da linhagem de Israel.

E de um despertamento semelhante que tanto precisamos nesses tempos
dificeis!

COMENTARIO

INTRODUÇAO

Nesta ligäo iremos ver a origem
do despertamento espiritual e suas
finalidades.

1- O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL
EMANA DO PRÓPRIO DEUS

“No primeiro ano de Ciro, [...],
despertou o Senhor o Espírito de Ciro”
(Ed 1.1). Deus despertou Daniel para
orar pelo futuro do seu povo. Todavia,
näo foram as oracóes de Daniel e nem
sua vida santificada que produziram o
despertamento, mas foi o próprio Deus
que fez o milagre do despertamento
de Ciro (Is 26.12; 1 Co 12.6). Deus
usa instrumentos para coope-
rarem com Ele, mas o autor do
despertamento é Ele mesmo.

Por isto, o despertamento
€ um misterio. As coisas hu-
manas podem ser explicadas,
previstas e calculadas. Mas a
‘operagao do Espírito Santo é diferen-
te. Jesus disse: "O vento assopra onde
quer, e ouves a sua voz, mas náo sabes
donde vern, nem para onde vai; assim é
todo aquele que é nascido do Espirito”
(00 3.8).Nós, na verdade, podemos vero

12 Liçôes Bíblicas /Professor

PONTO
CENTRAL
A submissäo a
vontade de Deus
gera o desperta-
‘mento espiri
tual.

resultado do despertamento, e até mes-
mo sentir a operaçäo "das virtudes do
século futuro” (Hb 6.5). Mas na verdade
nada sabemos e nada entendemos do
poder de Deus.

SINTESE DO TÓPICO I
O despertamento espiritual emana
de Deus, porisso Ele usa os instrumen-
tos que achar necessdrios para coope-
rarem com a sua soberana vontade.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"A Vontade de Deus
Oconceito de 'vontade'
quando aplicado a Deus na te-
ologia ena Biblia, nem sempre
tema mesma conotaçäo. Ele
pode denotar toda a sua nature-
za moralincluindo seus atributos, a
faculdade de autodeterminagäo (SI 115.3;
Dn 4.35), um plano pré-determinado
como no caso de um decreto (Ef 1.9,10;
Ap 4.11 etc), o poder para cumprir seus
planos e propósitos (Pv 21.1; Rm 9.19; 2

Cr20.6),ou a regra da vida imposta sobre
as criaturas racionais, isto é, a vontade
objetiva de Deus, que se pode guardar
(Mt7.21;J0 4.34; 7.17; Rm 12.2).

A vontade divina € a causa final de
todas as coisas. Ela é absoluta e imutável
(SL 33.12), náo condicionada por nada
além de si mesma. Todas as coisas säo sua
consumaçäo: a criagäo e a preservacäo
(51 135.6; Jr 18.6; Ap 4.11); o governo (Pv
21.1; Dn 4.35); a eleigáo e a reprovaçäo
(Rm 9.15,16; Ef 1.5 }; a morte de Cristo
(Lc22.42;At2.23);a salvaçäo (Tg 1.18): a
santificac3o (Fp 2.13); os sofrimentos dos
santos (1 Pe 3.17); a existéncia, o curso
da vida e o fim do homem (At 18.21; Rm
15.32; Tg 4.15); e até mesmo os menores
detathes da vida (Mt 10.29).

Uma vez que todas as coisas encon-
tram sua causa última na vontade de Deus,
é usual distinguir entre os aspectos efica-
zes e permissivos da vontade de Deus. O
aspecto eficaz da sua vontade é cumprido
de forma causal ou ativa. Nao é apenas
aquilo que Deus consente, mas também
aquilo que Ele deseja. Por outro lado, o
aspecto permissivo da vontade divina
é aquele que tem uma autorizagäo para
ocorrer através da intervencáo náo con-
trolada de criaturas racionais. A vontade
de Deus é revelada ao homem de várias
maneiras: pela palavra falada (Ex 3.14-18;
At 2.8); por meio de sonhos e visdes (Gn
41.1-32; At 16.6-10); pelo mundo natural
e pelos eventos históricos (SI 89.9,10; Is
46.10,11; 53.10); no futuro reino de Deus
(Ef 1.9,20); e pelas Sagradas Escrituras
(cf. At 20.27; 1 Pe 4.17.19)” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD,
2006. pp.2025-26).

Il- AS FINALIDADES DO
DESPERTAMENTO

1. À restauraçäo nacional de Isra-

el. Deus, quando quer realizar os seus

propósitos, pode incutir a sua vontade

2020 - Julho/Agosto/Setembro

no espírito do homem. Foi assim que
Ele fez com Ciro. Embora fosse rei de
uma naçäo idölatra, Ciro foi despertado
por Deus, o qual incutiu a sua vontade
no espírito dele, dominado pelas tra-
diçôes e pela idolatría, a fim de que
ele cumprisse os designios divinos
relativos ao povo de Israel, conforme
havia falado pela boca do profeta Isa-
fas, cerca de 180 anos antes (Is 44.28;
45.1-6). Quando o propósito de Deus
chegou ao conhecimento de Ciro era
um fato jé aceito e aprovado por ele,
e Logo foi consumado. Assim, logo no
inicio de seu reinado, Ciro proclamou
um édito autorizando os judeus a re-
tornarem a Jerusalem e a edificarem à
casa do Senhor “em Jerusalem, que &
em Judá" (Ed 1.2). Comegava, assim, uma
restauraçäo nacional do povo israelita.
2. A restauraçäo espiritual de
Israel. Deus quer usar o homem como
seu instrumento. Todavia só sä0 usa-
dos aqueles que cooperam com Deus,
aqueles que seguem a orientaçäo divina
por livre-arbitrio. O homem é livre para
obedecer, ou näo, à orientagäo divina.
Por isso, nem todos os que experimen-
tam um despertamento adquirem o
mesmo progresso espiritual, porque
näo abrem igualmente seu coraçäo
para Deus, a fim de obedecer, 3 risca,
à orientaçäo divina (Pv 23.26, Dt 6.5).
Durante o cativeiro, o poo israelita
havia assimilado muitos dos costumes
dos babilönios, porém havia aprendido a
ligdo concemente à vontade de Deus: no
servir a0s deuses dasnacdes, náo adorar
os ídolos. Antes do exilio, Israel estava
espiritualmente enfermo dos pés à cabega
(ls 1.2-6), mas agora havia sido curado da
idolatria para sempre. Para Israel, o sofri-
mento resultou no despertamento, e este,
na sua restauraçäo espiritual. A finalidade
principal de despertamento é sempre a
restauraçäo espiritual do povo de Deus.
Ligoes Bíblicas /Professor 13

Cada despertamento tem por obje-
tivo principal a salvag3o e a restauraçäo
do homem. Encontramos sempre estes
dois polos: A GRACA e O PECADO. O
Espírito Santo está sempre pronto para
convencer o mundo sobre "o pecado, a
justiça, e o juizo” (Jo 16.8,9). Vejamos:

3.0 Espirito Santo é sempre into-
lerante com o pecado. O Espírito Santo
convenceu Saulo de que havia pecado
contra a pessoa de Jesus (At 9.4,5).
Foi o Espírito Santo que convenceu
de pecado a mulher samaritana (Jo
4.16-19) e fez Zaqueu confesar sua
falta (Lc 19.8). O Espírito Santo torna
manifesta as coisas más (Ef 5.13,14). O
profeta de labios impuros sentiu que
perecia na presenca da santidade de
Deus (Is 6.5). O Espirito Santo faz com
que os crentes andem na luz (1 Jo 1.7).

b. Mas o Espírito Santo também
aponta para Jesus como aquEle que
perdoa e salva (1 Jo 1.9; 2.1,2; Rm 3.25;
2 Co 5.18-21). Este era o ensino nos dias
dos apóstolos e deve continuar sendo
nos dias de hoje, pois a Palavra de Deus
no muda, e as nossas necessidades
espirituais também nao (At 13.38-41;
14.15-17: 17.26-31).

SINTESE DO TÓPICO II
As finalidades do despertamento
envolviam as restauracées nacional e
espiritual de Israel. Aprimeirarestaurou
a pâtria e a segunda restaurou o homem.
da idolatria dos deuses pagäos do exilio.

SUBSÍDIO HISTÓRICO

“A política de Ciro beneficiou sensi-
velmente os judeus exilados em Babilénia,
pois Ciro conferiu a Yahweh o mesmo
respeito dado a Marduque e a outras
divindades. A consequéncia lógica de

14 Ligdes (Professor

sua política foi o decreto que permitia
aosjudeus o retorno à sua terra. Somente
em um templo restaurado em Jerusalém
Yahweh poderia agir efetivamente come
o Deus de Judá. Assim, em fiel obediëna
a Yahweh, Ciro decidiu repatriar o pove
judeu. Providenciou autorizagöes para
que eles voltassem e reconstruissem a
cidade e 0 templo para seu Deus” (MERRIL
Eugene H. História de Israel no Antigo
Testamento: o reino de sacerdotes que
Deus colocou entre as naçôes. 6* Ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2007, p.509).

Ill - DEUS CUMPRE AS SUAS
PROMESSAS

1. A fidelidade de Deus em suas
promessas. Pelo despertamento que
Ciro recebeu, Deus cumpriu literalmente
à sua Palavra em relaçäo ao retorno de
Judá à sua terra (Jr 27.22), bem como a
derrota da Babilónia diante do exército
medo-persa, sob o comando de Ciro
da Persia (Jr 25.12; Is 44.28; 45.2-6).

2. Deus renova suas promessas
de bängäos. Em cada despertamento,
Deus vivifica e renova as promessas
de bengäos ao seu povo. O Espírito
Santo revela as riquezas escondidas em
Cristo, isto é, as riquezas de gloria que
Cristo ganhou na cruz do Calvário, para
dar äqueles que o servem (Rm 9.23; Ef
1.18; 2.7; Fp 4.19; CI 1.27).

O Batismo no Espírito Santo € uma
bênçäo que faz parte de uma nova vida
com Cristo (At 2.38; cf.Hb 6.1-3). No des-
pertamento que operava no tempo dos
apóstolos, eles faziam questäo de que
todos os convertidos recebessem esta
maravilhosa ungäo do alto (At 8.14-1
19.1-6). Os dons espirituais também fa-
zem parte das bénçäos que Jesus deseja
dar por meio do despertamento (1 Co
12,7-11). Deus ainda deseja despertar
os coragdes para ter fé renovada na cura
do corpo, também resultado da morte

expiatória de Jesus (ls 53.3-5; Mt8.14-
37; 1g 5.14-17; Mc 16.17.18).

3. Deus renova a fé dos abatidos.
Pelo despertamento, Deus cria ambiente
de fé, de expectativa e de oraçäo. O
despertamento nasceu da oraçäo, e só
poderá prosseguir se a chama da oragáo
continuaracesa. No Antigo Testamento,
o fogo no altar de incenso nao se podia
deixar apagar (Ex 30.7,8). Do mesmo
modo, Deus quer que o fogo do Espírito
Santo n3o se apague em nossos coragöes,
mas, sim, que continue aceso, hoje, como
no dia do Pentecoste. Todavia, isso só
se pode conseguir através da oraçäo
incessante, por parte de cada um de nós.

SÍNTESE DO TÓPICO II
‘Deus éfielem cumprirsuas promesas
dadas ao seu povo. Além de vivificar e
renovar as suas promessas, Eletambem
renova a fé dos que estäo abatidos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Promessa

Embora se refira ocasionalmente à
palavra do homem, o uso característico
da palavra "promessa” nas Escrituras
relaciona-se com o que Deus declara
que fará acontecer. Embora possamos
inferir as promessas feitas entre o Pai
eo Filho antes da criagäo, a primeira
grande promessa de Deus aos homens
está em Génesis 3.15 e inaugura uma
sucesso que, em uma crescente clareza
de detalhes desde seu anúncio, fala
sobre a vinda do Messias-Salvador. Uma
grande variedade de promessas está
mais ou menos ligada, de uma forma
direta, a essa grande promessa central,
inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), 0
derramamento do Espírito (J1 2.28ss.),

a restauraçäo de Israel (Dt 30.1-5) e,
finalmente, o novo céu e a nova terra
(ls 65.17; 66.22)

Paulo demonstra que a “promes-
sa de Deus” tem a qualidade de uma
alianga, porque cada palavra de Deus é
segura e certa, livre do legalismo e da
dependencia do esforgo do homem (por
exemplo, Rm 4.13-16; Gl 3.16 18; cf. Hb
11.40)" (Dicionário Bíblico Wycliffe.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1611),

IV - O DESPERTAMENTO TORNA OS
HOMENS OBEDIENTES A PALAVRA

1. O culto que foi restabelecido
em Jerusalém foi exatamente aquele
que a lei de Deus determinava (Ne
12.44-47). No foram introduzidas
novas formas de culto, nem qualquer
mistura de doutrinas babilönicas!

2. O despertamento dado pelo
Espírito Santo faz com que os cı
tes desejem intensamente ser fiéis
3 Palavra de Deus. Paulo escreve
"Para que, em nós, aprendais a nao ir
além do que está escrito” (1 Co 4.6). 0
crente despertado inclina-se a guar-
dar os estatutos de Deus até o fim (SL
119.112). E esta forma de proceder,
esta atitude do crente, é uma das bases
para a comunh3o uns com os outros.
*Companheiro sou de todos os que
te temem, e dos que guardam os teus
preceitos” (Sl 119.63).

SINTESE DO TÓPICO 111
Um dos resultados do despertamen-
to é a obediencia dos homens à Palavra.
Depois que houve o de nto no.
retorno do exilio babilónico, ndo houve
a introduçäo de qualquer mistura de
cultos pagäos entre o povo de Deus.

içôes Bíblicas /Professor 15

SUBSIDIO DOUTRINARIO

O que é um despertamento espiri-
tual? Antes de mais nada, é um retorno
à vontade de Deus. Todas as vezes que
os crentes voltam aos principios das
Sagradas Escrituras, dá-se um des-
pertamento espiritual. Foi assim nos
tempo de Josias e na época de Esdras.
£, o mesmo se verifica quando o povo
de Deus, hoje, predispöe-se a executar
as tarefas que o Senhor (hes entrega.
Mas o que € necessärio para se viver
um grande despertamento espiritual?

Em primeiro lugar, é necessário se
voltar ás Sagradas Escrituras e esposar
todos os seus principios. Neste ponto,
devem cair por terra as nossas convenién-
clas e comodidades. Somente a vontade
de Deus é que interessa. Notemos que o
grande avivamento de Josias comegou
exatamente quando líderes do povo
comegaram a examinar detidamente

as Sagradas Escrituras. Doutra forma:
continuariam no mesmo marasmo.

Em segundo lugar, é necessário
buscar com redobrado favor a presenga
de Cristo. Afirmou certa vez um teólogo
que a história se cala acerca dos aviva
mentos que comegaram sem oracáo,
Quer nos tempos bíblicos, quer nos dias
de hoje, näo pode haver avivamento sem
oraçäo. É um pressuposto básico do qual
no podemos fugir.

Em terceiro lugar, näo podemos
perder o nosso primeiro amor. A Igreja
de Éfeso, por exemplo, sofria deste mal
crónico, Exteriormente, n30 poderia haver
igrejatäo ortodoxa doutrinariamente como
aquela. No entanto, estava longe de seu
primeiro amor. E, se a forca do nosso amor
näo corresponde aos primórdios da nossa
fé, carecemos rogar as misericórdias do
Senhor para que um novo despertamento
espiritual venha renovar o nosso amor.

PARA REFLETIR

Arespeito de “ Despertamento Espiritual -
Um Milagre”, responda:
+ Em que ano o Senhor despertou o espirito de Ciro?
No primeiro ano do rei Ciro, da Pérsia.
+ De onde emanam os despertamentos espirituais?

Do préprio Deus.

+ Na obra do despertamento, quem Deus usa?
Aqueles que se colocam integralmente à disposiçäo de Deus.

+ Como era o culto restabelecido em Jerusalem?

De acordo com a Lei de Deus.

+ O que o despertamento provoca no crente?
Leva os crentes a desejarem ser mais fiéis à Palavra de Deus.

ANOTAGOES DO PROFESSOR

16 Licóes Biblicas /Professor

Iho/Agosto/Setembro - 2020

Texto Aureo Verdade Pratica

"Entäo, Elias disse a todo o povo:

Chegaï-vos a mim. E todo o povo se Satanás jamais derrotará o crente cujo
chegou a ele; e reparou o altar do altar éconstantemente renovado pelo
'SENHOR, que estava quebrado.” Er
(1Rs 18.30)
LEITURA DIARIA
O altar na vida de Noé altar na vida de Gideäo
O altar na vida de Abrado Oaltarnavida de Davi
O altar na vida de Josué O altar na vida da Igreja

2020 -Julho/Agosto/Setembro Ligdes Bíblicas /Professor 17

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Esdras 3.

2-E levantou-se Jesua, filho de Joza-
daque, e seus irmäos, os sacerdotes,
e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus
irmäos e edificaram o altar do Deus
de Israel, para oferecerem sobre ele
holocaustos, como está escrito na Lei
de Moisés, o homem de Deus.

SE firmaram o altar sobre as suas
bases, porque o terror estava sobre
eles, por causa dos povos das terras;
e ofereceram sobre ele holocaustos
20 SENHOR, holocaustos de manhä
e de tarde.

=-Ecelebraram a Festa dos Tabernd-
culos, como está escrito, e ofereceram
holocaustos de dia em dia, por ordem,
conforme o rito, cada coisa no seu dia;
== depois disso, o holocausto conti-
uo eos das luas novas e de todas as
solenidades consagradas ao SENHOR,
como também de qualquer que ofe-
recia oferta voluntária ao SENHOR.
1 5- Quando, pois, os edificadores
lancaram os alicerces do templo do

HINOS SUGERIDOS: 17,

2:

,10-13

SENHOR, entäo, apresentaram-se os
sacerdotes, já paramentados e com
trombetas, e os levitas, filhos de
Asafe, com saltérios, para louvarem
ao SENHOR, conforme a instituigáo
de Davi, rei de Israel.
1 -Ecantavam a revezes, louvando e
celebrando ao SENHOR, porque é bom;
porque a sua benignidade dura para
‘sempre sobre Israel. E todo o povo
jubilou com grande júbilo, quando
louvou o SENHOR, pela fundaçäo da
Casa do SENHOR.
1 2- Porém muitos dos sacerdotes, e
levitas, e chefes dos pais, já velhos,
que viram a primeira casa sobre o
| seu fundamento, vendo perante os
seus olhos esta casa, choraram em
altas vozes; mas muitos levantaram
as vozes com júbilo e com alegria.
1 3- De maneira que ndo discernia o
| povo as vozes de alegría das vozes do
choro do povo; porque o povo jubilava
com táo grande júbilo, que as vozes
se ouviam de mui longe.

107, 147 da Harpa Cristá

OBJETIVO GERAL

Identificar o que caracteriza o verdadeiro despertamento espiritual.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
épico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico | com seus respectivos subtöpicos.

© Elucidar aos alunos o significado do altar para o Antigo Pacto;
© Entender que Cristo é o centro da nossa comunháo com Deus;

©) Comprovar que nem todos os despertamentos de hoje tém as carac-
terísticas mencionadas de um verdadeiro despertamento.

blicas /Professor

18

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A reconquista da terra de Israel no foi tarefa fácil. Além da incompreensáo
dos povos vizinhos, os líderes judaicos enfrentaram a descrenga do povo. Como
agir numa hora tdo dificil? Confiando nas providencias de Deus, erguem-lhe
um altar e oferecem-lhe sacrificios de acordo com o que prescreve a Lei de
Moisés. Dessa forma, mostram aos adversários que o Senhor ainda luta pelo
seu povo. Por que temer?

As vezes, encontramo-nos nas mesmas condiçôes. Há dificuldades por todos
os lados, avizinham-se tribulacées e as angústias estdo sempre presentes.
No entanto, quando erguemos o nosso altar, o Senhor começa a operar em

nosso meio.
Ehora de levantar o altar!

COMENTÁRIO

INTRODUCAO

Nesta ligäo iremos meditar sobre
um fato que caracteriza o verdadeiro
despertamento. Trata-se da necessidade
que os homens passam a sentir de se
chegarem mais perto do altar de Deus,
a fim de estarem cada vez mais

2. Todos os despertamentos ge-
nufnos comegam com a restauraçäo do
altar. Temos, na Bíblia, varios exemplos
disto. Vejamos:

a. No tempo do profeta Elias, nos
dias do rei Acabe. Ver o texto em 1 Rs
18.16-40. No confronto com os profe-
tas de Baal, a primeira coisa que

to de Deus. INTO
ae CENTRAL Eliasfezfoirepararo altar que
1- O DESPERTAMENTO “ri estava quebrado (1 Rs 18.30).
CONDUZOHOMEMAO modo cena Depois sacrificou sobre ele, e
ALTAR nhâo com Deus. Orou a Deus. O fogo desceu
1. Os judeus sentiam a € o povo exclamoı S60

necessidade do acesso a Deus
que o altar thes proporcionava.

O propósito que traziam no coracáo,
a0 retornarem do cativeiro, precisava
ser muito firme, porque estavam rode-
ados de inimigos cruéis. A Bíblia diz:
“0 terror estava sobre eles por causa
dos povos da terra” (Ed 3.3). Por isso
mesmo, o povo sentia que precisava do
acesso a Deus, através do altar. “Este
será o holocausto contínuo... perante
© Senhor, onde vos encontrarei, para
falar contigo ali” (Ex 29.43). Os judeus
agora almejavam estas béncaos através
do altar.

Senhor é Deus, só o Senhor é
Deus!” O despertamento decor-
reu do conserto do altar.

b. Quando o piedoso rei Ezequias
assumiu o trono de Judá, já no primeiro
ano do seu reinado ele abriu as portas
da casa do Senhor e as separou (2 Cr
29.3). Mandou purificar o templo, tirar
fora toda a imundicia, purificar o altar do
holocausto que havia sido substitufdo
no reinado de seu antecessor, Acaz,
por um altar construído com modelo
copiado de Damasco (2 Rs 16.10-12).
Quando entäo os sacerdotes sacrifica-
ram sobre o altar santificado, começou
Professor 19

um novo cántico na casa de Deus (2 Cr
29.27-28). O despertamento levou à
separaçäo do altar.

e. Quando os judeus voltaram do
cativeiro, construfram o altar sobre
as suas antigas bases, do modo como
manda a lei (Ed 3.3) e sacrificaram
holocaustos ao Senhor. A alegria foi
grande entre os judeus, pois podiam
de novo sacrificar a Deus, e celebrar a
festa dos tabernéculos. O culto a Deus
havia recomegado (Ed 3.4,5).

SÍNTESE DO TÓPICO |

Todos os despertamentos genuinos
começam com a restauracáo do altar,
porisso os judeus sentiam a necessidade
deteracesso a Deus através de um altar

SUBSÍDIO CULTURAL

O que € o altar? "Do hebraico 'mi-
zbeach': 'sulhan'; e do grego ‘thysiaste-
rion’ (de ‘thysia’, sacrificio); e ainda do
latim altare, altaria' (semelhante a'ado-
leo’ queimar). Quase todas as pessoas
dessa geraçäo tém um conceito errado
do verdadeiro altar no sentido genérico
€ prético que motivou sua existéncia,
Todos julgam, geralmente, que um altar
genuino € a parte de um templo, de uma
catedral, de uma mesquita ou de uma
sinagoga, reservada exclusivamente
aos pastores, aos sacerdotes ou aos
rabinos. Muitos, sem dúvida, väo sur-
preender-se quando lhes mostrarmos
como a Bíblia define o significado do
altar verdadeiro e sua funcio.

O altar, de acordo com as Escritu-
ras, era um lugar construído para nele
se oferecerem sacrificios e holocaus-
tos de animais. Era um testemunho
20 Licóes Bíblicas /Professor

perpétuo, um favor; sentia-se nele
a manifestagäo divina, significava
a presenga de Deus, santificava as
ofertas, e era o lugar onde se realizava
a comunhäo dos figis com o Senhor.
Por tais razöes o altar era respeitado

(CONDE, Emilio. Tesouro de Conheci-
mentos Bíblicos, 22 Ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 1983, pp.45-46).

11- CRISTO, O CENTRO DA NOSSA
COMUNHAO COM DEUS

No tempo do Antigo Testamento
o altar era o ponto central do culto a
Deus. No tempo do Novo Testamento,
o sacrifício de Jesus no Gélgota € o
grande acontecimento para o qual o
altar apontava profeticamente. Paulo
escreveu à igreja em Corinto: “Primei-
tamente vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras" (1 Co
15.3). Escreveu ainda: "Porque nada me
propus saber entre vós, sendo a Jesus
Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2).
“Todas as coisas subsistem por ele” (CI
1.17). "Para que em tudo (Jesus) tenha
a preeminéncia” (Cl 1.18). "Para vós,
os que credes, é preciosa [...] a pedra
principal da esquina" (1 Pe 2.7). Tudo
isto porque Jesus, pela sua morte ex-
piatória, ganhou a redençäo para todo
© mundo (Ef 1.7; 2.13-16; Rm 3.23-25;
5.9,10; 1 Pe 1.18,19).

1. Toda a Trindade atuou ativa-
mente na morte expiatória de Jesus:
. O PAI CELESTIAL. Antes da fun-
daçäo do mundo o Pai planejou a obra
redentora, com o sacrificio de seu Filho
(EF 3.6-9). Na consumagáo dos séculos
enviou o seu Filho (Gl 4.4; Jo 3.16). O
Pai participou diretamente do drama
do Gólgota (2 Co 5.19).

b. CRISTO, O FILHO DE DEUS. En-
tregou-se a si mesmo em oferta e
sacrificio (Ef 5.2; Hb 9.14). Ele levou

nossos pecados sobre o madeiro ( 1
Pe 2.24 ) e padeceu para levar-nos a
Deus (1 Pe 3.18).

€. O ESPÍRITO SANTO. Ajudou o
Filho a vencer todos os obstáculos que
se levantaram contra Ele, até chegar à
cruz. Foi pelo Espírito Eterno que Jesus
ofereceu a si mesmo imaculado a Deus
(Hb 9.14).

2. O Espírito Santo quer, pelo
despertamento, mostrar aos homens
a grande vitória de Jesus no Gólgo-
ta. O Espírito Santo quer iluminar o
entendimento dos homens para esta
grande realidade: "Depois de serdes
iluminados suportastes grande combate
de afligdes” (Hb 10.32).

a. O Espírito REVELA ( Ef 1.17),
iluminando os olhos do nosso enten-
dimento para que saibamos a grandeza
de seu poder sobre nós, que manifestou
em Cristo ressuscitando-o dos mortos
(Ef 1.19,20). O Espírito Santo revelou
a Pedro que Jesus era o Cristo, o Filho
do Deus vivo (Mt 16.16,17).

b. O Espírito ENSINA as profundi-
dades do vitupério da cruz. Quando
Jesus, na estrada de Emaús, explicava
aos seus discípulos o que as Escritu-
ras escreveram sobre a sua morte, 05
coraçües deles ardiam (Lc 24.32,45).

<. O Espírito EXPLICA o verdadeiro
significado da morte de Jesus na cruz,
sobre o infinito alcance do brado: "Está
consumado!” (Jo 19.30). Deus confir-
mou esta palavra de seu Filho, fazendo
rasgar o véu de alto a baixo (Mt 27.51),
mostrando à humanidade um novo e
vivo caminho, que havia sido possivel
pelo véu, isto é, pela carne de Jesus
(Hb 10.19,20). Por meio desta vi
os principados e potestades satánicos
foram despojados, e Jesus triunfou
sobre eles na cruz (Cl 2.15). Por isto
temos nEle a vitória (1 Co 15.57; 2 Co
2.14; Rm 8.37). Pela fé em Jesus Cristo,

podemos vencer o mundo (1 Jo 5.4,5).

Por causa do brado “Esta con-
sumado!” a justiga de Cristo agora €
oferecida gratuitamente aqueles que
crerem em Jesus (2 Co 5.21; Is 53.11;
G1 2.16; At 13.39; Rm 4.22-25).

d. O Espírito PENETRA todas as
coisas (1 Co 2.10). A luz da glória de
Cristo, revelada na cruz, é uma luz que
tudo manifesta (Ef 5.13). Quando esta
luz ilumina o painel da nossa consci-
éncia, como aconteceu com o profeta
Isaías (Is 6.5-7), sentimos o grande peso
dos nossos pecados, e, pelo Espírito
Santo, somos despertados e levados
ao arrependimento.

SÍNTESE DO TÓPICO II

No NT Cristo tornou-se o centro da
nossa comunhdo com Deus através
de sua morte expiatöria, trazendo
redençäo a todos os homens. Nao
temos mais o altar como nosso ponto
central de culto a Deus como no AT.

SUBSIDIO TEOLÓGICO

"Sob a lei mosaica a expiaçäo pelo
pecado era conseguida através da morte
de uma vitima sacrificial. O derrama-
mento de seu sangue era a evidencia
de sua morte. ‘Porque a vida da carne
está no sangue. Eu vo-lo tenho dado
sobre o altar, para fazer expiaçäo pela
vossa alma, porquanto é o sangue que
fara expiaçäo em virtude da vida [da
vitima]" (Lv 17.11). A expiaçäo bíblica
tem uma forma clara, e esta reconci-
liaçäo específica é efetuada pela mor
te de Jesus Cristo em sua encarnacao,
vida, morte, ressurreigäo e ascensäo.
Portanto, esta expiagáo em particular
deve ser entendida em termos de sua

Liçôes Biblicas /Professor 21

base e realidade específicas, ao invés
de ser compreendida em termos do
conceito geral.

‘Oconceito bíblico. Tanto no AT como
no NT, anecessidade de reconciliaçäo é
colocada pela decisäo misericordiosa,
sábia e onipotente de Deus, de satisfi
zer sua santidade e sua justica, além de
cumprir seu propósito a favor do homem
pecador, culpado, alienado e impotente. O
homem, em seu pecado, está obviamente
em uma condiçäo inapropriada para a
comunhäo com Deus, e um destino eterno
junto dele. No entanto, o homem náo é
capaz de absolver a si mesmo da culpa,
nem de se libertar da transgressäo. Os
sacrificios do AT certamente näo foram
criados como um meio de autoexpiaçäo
humana. Eles apontavam para a expiaçäo
oferecida pelo Senhor Jesus Cristo. Para
0 cumprimento do propósito divino no
homem, existe a necessidade de um
sacrifício substitutivo como a base do
perdäo, da liberaçäo e da restituicso”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006. p.749).

111 - CUIDADO COM AS IMITAGÓES
Alguns dizem que nem todos os
despertamentos de hoje têm as caracte-
rísticas que sáo mencionadas nesta Liçäo.
Concordamos plenamente. Já no tempo
dos apóstolos havia "movimentos” que
realmente tinham "alguma aparéncia
de sabedoria, em devoc3o voluntária,
humildade e em disciplina do corpo,
mas no säo de valor algum, senäo para
a satisfacao da carne" (CL 2.23).
Também em nossos dias apare-
cem “movimentos” que s3o imitagdes
baratas do verdadeiro despertamento.
Muitos destes movimentos empregam
técnicas avangadas de dominacóes
psicológicas. Estes "avivalistas” ou
"especialistas" sabem, com suas téc-
nicas, dominar o auditörio, e podem

22 Licdes Bíblicas /Professor

fazer o público rir, chorar, jubilar, pulaz
bater palmas, etc. Sabem até imitar e
batismo no Espírito Santo, “ensinando™
o povo a falar em Linguas! S3o, porém.
experiencias sem nenhum poder e sem
a menor reveréncia.

Uma de nossas igrejas sentiu-se

obrigada a orientar os irmáos acerca
de um movimento que faz de suas
reunides "Shows" com apresentagdes
de cantores “evangélicos”.
“Shows” dominam aplausos, vaias,
gritos, assobios, bebidas alcoólicas,
jovens dangando e se requebrando de
modo até mesmo sensual, enquanto os
*hinos" esto sendo entoados. Cuidado!
Este tipo de imitaçäo pode fazer com
que a gloria de Deus se afaste.

Nesses

Todo movimento feito, sem que o

Espírito Santo esteja na direg3o, náo
pode prosperar. É como uma tartaruga
deitada de costas; movimenta os pés,
mas fica no mesmo lugar.

Mantenhamos o Espírito Santo na

direçäo. Entáo veremos cumprir-se à
Palavra que diz: "V3o indo de forga em
forga" (SL 84.7). Gloria a Jesus!

SINTESE DO TÓPICO
O estudo sistemático da Biblia &
necessdrio para identificar os movi-
mentos que náo tem as características.
‘do verdadeiro despertamento espiritual.

_SUBSIDIO TEOLÓGICO

"O arrependimento expressa uma

grande transformagäo no interior de
homem, gerando nele remorso e tris-
teza pelo mal que praticou, levando-0
a pedir perdäo a Deus e implorando
forga para viver uma nova vida. Arre-
pendimento e conversäo constituem

uma só experiéncia, porém exprimem
dois lados dela (cf. At 3.19).

[..] O Espírito Santo opera o ar-
rependimento, aplicando-o à obra de
Cristo na vida do homem, convencen-
do-o do pecado, da justica de Cristo e
do juizo vindouro (Jo 16.8,9). O arrepen-

dimento também resulta da pregaçäo
da Palavra de Deus (Mt 12.41). Quando
Deus manifesta-se aos homens, estes
sentem-se humilhados, quebrantados e
prontos a se arrependerem (16 42.5,6)"
(BERGSTEN, Eurico. Teologia Sistemáti-
ca. Rio de Jan eiro: CPAD, 2013, p.168).

PARA REFLETIR

Arespeito de “O Despertamento Renova o Altar”,
responda:

+ O que caracteriza o verdadeiro despertamento?

A necessidade dos homens se aproximarem mais de Deus.

+ Como começam os despertamentos espirituais genuínos?
Começam com a restauracáo do altar.

+ Em relagäo ao altar, o que representa Cristo hoje para nós?
Representa o ponto central de nossa comunhäo com Deus.

+ Qual a atuagäo do Espírito Santo na morte vicäria de Cristo?
0 Espirito Santo ajudou o Senhor Jesus a superar todos os obstáculos para que
a sua obra vicária se completasse no Gölgota.

+ Por que devemos tomar cuidado com os falsos despertamentos?
Porque comprometem o desenvolvimento sadio da obra de Deus.

ANOTAÇOES DO PROFESSOR

|

\
N

1020 -Julho/Agos

Ligées Bíblicas /Professor 23

Verdade Prática

“Assim, edificamos o muro, e todo o

muro se cerrou até sua metade; por- Se confiarmos verdadeiramente em
que o coraçäo do povo se inclinava a — Deus, venceremos todas as resistencias
trabalhar.” do Maligno.
(Ne 4.6)
LEITURA DIÄRIA
Aoraçäo que vence aresisténcia A bravura que vence a resistencia

O trabalho que vence aresistencia Aprecaugño que vence a resisténcia

Avigiläncia que vence aresisténcia | A unido que vence a resistencia

24 Liges Biblicas /Professor Julho/Agosto/Setembro - 2020

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Esdras 4.7,9,11-13, 15,16,21-24

7 -E, nos dias de Artaxerxes, escreveu
Bisläo, Mitredate, Tabeel e os outros
da sua companhia a Artaxerxes, rei
da Pérsia; e a carta estava escrita em
caracteres aramaicos e na lingua siriaca.
© -Entáo, escreveu Reum, o chanceler,
e Sinsai, o escrivdo, e os outros da sua

companhia: dinaitas e afarsaquitas, |
| desta banda do rio.

tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babi-

lónios, susanquitas, deavitas, elamitas
1 | - Este, pols, € teor da carta que ao rei
Artaxerxes the mandaram: Teus servos, os
homens daquém do rio e em tal tempo.
12 - Saiba o rei que os judeus que su-
biram de ti vieram a nés a Jerusalém,
e edificam aquela rebelde e malvada
cidade, e váo restaurando os seus mu-
ros, e reparando os seus fundamentos.
Agora, saiba o rei que, se aquela
cidade se reedificar, e os muros se
restaurarem, eles ndo pagardo os di-
reitos, os tributos e as rendas; e assim
se danificard a fazenda dos reis.
1 5 - para que se busque no livro das
crónicas de teus pais, e, entdo, acharás
no livro das crónicas e saberás que

HINOS SUGERIDOS: 107, 215,

aquela foi uma cidade rebelde e danosa
aos reis e provincias e que nela houve
rebelido em tempos antigos; pelo que
foi aquela cidade destruida.

16 - Nés, pois, fazemos notório ao rei
que, se aquela cidade se reedificar e
5 seus muros se restaurarem, desta
maneïra ndo terás porsáo alguma

21 - Agora, pois, dai ordem para que
aqueles homens parem, a fim de que
ndo se edifique aquela cidade, até que
se dé uma ordem por mim.

22 - E guardai-vos de cometerdes erro
nisso; por que cresceria o dano para
prejuizo dos reis?

23 Entdo, depois que a cöpia da carta
do rei Artaxerxes se leu perante Reum, e
Sinsai, o escriváo, e seus companheiros,
apressadamente foram eles a Jerusa-
Im, aos judeus, e os impediram à força
de brago e com violéncia.

24 - Entäo, cessou a obra da Casa
de Deus, que estava em Jerusalém, e
cessou até ao ano segundo do reinado
de Dario, rei da Pérsi

375 da Harpa Crista

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a nossa confianca em Deus nos faz vencer as resisténcias do Maligno.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo refere-se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.

o
O
Mm
©
O

cessaram a obra.

bro

Mostrar como se deu o lançamento dos alicerces do Templo;
Saber que os samaritanos se opuseram à construgäo do Templo;
Explicar a falta de resisténcia dos judeus;

Discorrer a respeito da reagäo dos samaritanos quando os judeus

Ligöes Bíblicas /Professor

25

» INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado(a) professor(a), na liçäo deste domingo estudaremos um momento
especial na vida do povo de Deus após o exilio, a reedificaçäo do Templo, um
lugar de adoraçäo e comunhäo com o Todo-Poderoso. O altar, centro do culto
Judaico, já tinha sido restaurado, havia sacrificio e expiacao pelo pecado
sendo oferecidos ao Senhor. Como "reino sacerdotal e povo santo”, o povo
devia oferecer sacrifícios a Deus. Porém, o Templo precisa ser restaurado e a
restauraçäo deveria ser vista como uma prioridade para eles. Entáo, os que
haviam voltado do cativeiro lançaram os alicerces do Templo. “Todavia, o povo
da terra debilitava as máos do povo de Judá e inquietava-os no edificar" (Ed
4.4). Zorobabel , juntamente com o povo, além de trabalhar arduamente na
construgao, tiveram que enfrentar inimigos externos e internos. Homens que
se infiltraram no meio dos trabalhadores, cujo único objetivo era atrapalhar e
impedir a reconstrugäo. Porém, os judeus sobre a lideranga de Zorobabel ndo
se deixaram intimidar pelos adversários. Sempre que desejamos empreender
algo em favor do povo de Deus, os adversários se levantam, mas quando
confiamos no Todo-Poderoso inteiramente, recebemos forgas e coragem para
lutar. Talvez, vocé esteja enfrentando algumas lutas, porém ndo desanime.
Nao othe para os inimigos e näo dé atençäo as suas críticas, mas continue a
olhar firmemente para Jesus e seja um vencedor.

COMENTÁRIO

do templo (Ed 3.8). Todos apresentavam
muita animaçäo para o trabalho.

INTRODUÇÂO

O altar havia sido restaurado, a
Festa dos Tabernáculos celebrada, e
o holocausto contínuo estava sendo
oferecido cada dia, conforme o
rito (Ed 3.2-4). A vida espiri-
tual dos judeus que haviam
retornado do cativeiro seguia

0 que estava prescrito na Lei

de Moisés. Somente espera-
vam o momento de iniciar a
reedificagäo do Templo.

1- OS ALICERCES DO TEMPLO SAO
LANCADOS
Depois que os materiais para a
construçäo do Templo chegaram, se-
gundo a concessäo feita pelo rei Ciro da
Pérsia, Zorobabel e os que haviam vol-
tado do cativeiro langaram os alicerces

26 Licóes Biblicas /Professo

PONTO
CENTRAL
Devemos manter
a confiança em
Deus, apesar das
circunstáncias.

1. 0 langamento dos alicerces foi
celebrado com uma solenidade. "[..]
Os sacerdotes, já paramentados
e com trombetas, e os levitas,
filhos de Asafe, com saltérios,
para louvarem ao SENHOR,
conforme a instituiçäo de
Davi, rei de Israel" (Ed 3.10).
Todos os que assistiram
o langamento dos alicerces ex-
pressaram seus sentimentos com
to grande júbilo, que as suas vozes
se ouviam de mui longe (Ed 3.12,13).
2. À reedificaçäo do Templo. A
reedificaçäo do templo foi resultado
do despertamento que veio através
de Ciro, rei da Pérsia (Ed 1.1,2). Con-
vém lembrar que o despertamento
2020

pentecostal, que chegou ao Brasil em
1911, trouxe consigo uma verdadeira
renovagäo da doutrina da Igreja de
Deus, que pode ser simbolizada pelo
templo de Deus (1 Co 3.16). Algreja de
Deus é um MISTERIO (Ef 5.32), que náo
pode ser compreendido pelo homem
natural (1 Co 2.14).

a. O Espirito Santo quer salientar
que JESUS em pessoa quer edificar a sua
Igreja (Mt 16.18), e Ele o faz conforme
a Palavra de Deus.

b. O Espírito Santo quer gerar um
sentimento de reveréncia pela igreja
do Senhor, que é a morada de Deus (Ef
2.22). Veja também: Éxodo 3.5; Salmos
89.7; Eclesiastes 5.1.

©. 0 Espírito Santo quer adestrar
a Igreja porque ela € o instrumento da
ago de Deus aqui na terra (Ef 3.10).
Deus tem um trabalho para cada servo
seu na grande obra de evangelizaçäo
do mundo (Mc 13.34).

SINTESE DO TÓPICO |
Os alicerces do Templo sao erguidos

0 povo celebra o lançamento com
uma reunido solene.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

"Näo foi antes da primavera, o
segundo més (abril/maio) do segundo
ano da sua volta, que os judeus, sob o
comando de Zorobabel, comecaram a
tarefa de reconstruir o Templo. Nesse
interim, houve muita coisa a ser feita.
Era necessärio contratar pedreiros
carpinteiros; as pedras deveriam ser
cortadas e a madeira obtida nas colinas
do Líbano. Esta era a mesma fonte da
qual Salomao obteve a matéria-prima

2020 - Julho)

gosto/Setembro

para o primeiro Templo (2 Cr 2.8,9).
Parte do dinheiro necessário para isto
conseguiu-se graças 4 concessáo que
thes tinha feito Ciro, rei da Persia. De-
vido á santidade da tarefa, os levitas
foram designados para supervisionar
os trabalhadores. Jesua, ou Josué, era o
sumo sacerdote (cf. 2.2; 3.2; Zc 3.1-10).
Com a colocagäo das últimas pedras do
alicerce, realizou-se uma elaborada
cerimônia. Os sacerdotes e os levitas,
vestidos adequadamente, tocaram suas
trombetas e seus cimbalos, e os corais
entoaram em duas vozes o Salmo 136.
E 0 povo jubilou com grande júbilo,
louvando ao Senhor pelo que Ele tinha
ajudado a realizar” (Comentário Bíblico
Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD,
2014, p.493).

11 - OS SAMARITANOS OPÖEM-SE À
CONSTRUÇAO DO TEMPLO
1. Entre os moradores da terra
estavam os samaritanos. Quando
Nabucodonosor levou o reino de Judá
cativo para Babilónia, os samararitanos
passaram a morar na terra. Estes eram
descendentes de uma mistura de gente
que o rei da Assiria tinha deslocado
para as cidades da Samaria, depois de
ele ter levado as dez tribos do Reino do
Norte em cativeiro para a Assíria (2 Rs
17.23). Eram pagäos que haviam sido
ensinados acerca do Deus de Israel.
Assim, os samaritanos continuavam
servindo a seus deuses, mas também
temiam o Senhor (2 Rs 17.23-33).
2. Os samaritanos tentam frustrar
a construçäo do Templo (Ed 4.4,5). A
maldade dos samaritanos levou-os a en-
viar uma carta ao rei da Pérsia contendo
acusacdes mentirosas contra os judeus
(Ed 4.12,13). O rei que recebeu aquela
carta náo conhecia bem o assunto, e
mandou parar a obra (Ed 4.21).
Liçôes Biblicas

Profes

127

SÍNTESE DO TÓPICO II

(Os samaritanos, que estavam entre
os moradores da terra, se opôem à
construçäo do Templo.

SUBSIDIO BIBLICO-TEOLOGICO

“Ao ouvir que Jerusalém era recons-
trufda e o Templo restaurado, os sama-
ritanos e outros povos das redondezas
perturbaram-se. Eles temiam que, se
permitisse que os judeus se estabele-
cessem em Jerusalém, representariam
uma ameaça à sua seguranga e ao seu
poder. Traicoeiramente, pediram a
Zorobabel e Jesua que deixassem que
eles ajudassem a reconstruir o Templo,
alegando que eles, como os judeus,
adoravam o Deus verdadeiro. Quando
foram rejeitados, como naturalmente
devem ter suposto que seriam eles
imediatamente começaram a atrapalhar
osjudeus de todas as formas possiveis.
Alugaram contra eles conselheiros e
aparentemente deram uma impressáo
enganosa sobre os judeus ao rei da
Persia. Em todo caso, os trabalhos de
construçäo foram interrompidos e náo
foram reiniciados até quinze anos mais
tarde, durante o reinado de Dario.
Muitos estudiosos pensam que a
interrupçäo dos trabalhos de reconstru-
äo do Templo é um simples exemplo
de falta de fé por parte daqueles que
estavam encarregados da obra. Eles
tiveram a autorizaçäo de Ciro, a auto-
ridade e a bénçäo de Deus no inicio do
empreendimento. Eles, como Neemias,
deveriam ter continuado firmes no
trabalho apesar da oposigäo, e Deus
certamente teria tornado possivel a
conclusäo do trabalho, conforme haviam
planejado. Com base em Ageu 1.4, parece
que durante esse período de estagnacáo

28 Liçôes Bíblicas /Professor

osjudeus se voltaram para a construçäo
e a decoraçäo de suas próprias casas”
(Comentario Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio
de Janeiro: CPAD, 2014, p.494).

Ill - COMO SE EXPLICA A FALTA DE

RESISTENCIA DOS JUDEUS?

1. Osjudeus deveriam ter ido ao rei
da Persia para assegurar a construgäo.
Uma ordem dada por uma autoridade
superior náo pode ser invalidada por
uma autoridade inferior. A ordem de
construir o Templo tinha sido dada pelo
Deus do céu, através do rei Ciro, a maior
autoridade da época, que assinara o
decreto da construçäo do Templo.

2. Os judeus deveriam ter recor-
rido a Deus. Toda história dos judeus é
rica de exemplos de como Deus ajudou
seu povo em tempos difíceis. A própria
vinda dos judeus para Jerusalém era
uma clara demonstraçäo de que Deus
estava neste negócio.

Vejamos alguns exemplos da histó-
ria dos judeus, quando foram ajudados
pelo Senhor:

a. Nos dias do rei Ezequias, Judá foi
cercado pelo exército do rei da Assiria
que ameacava fazer com Judá o quejá
havia feito com o reino de Israel: levá-los
‘em cativeiro. Nesta hora de perigo, o rei
Ezequias buscou o Senhor e foi ouvido,
pois um anjo feriu o arraial dos assfrios,
destruindo cento e oitenta e cinco mil
soldados (2 Rs 19.30; 2 Cr 32.21-22).

b. Nos dias do rei Jeosafé, ameaca-
dos pelos amonitas e pelos moabitas, os
habitantes de Judá foram convocados
pelo rei para pedirem socorro ao Senhor.
Ver o texto em 2 Crónicas 20.1-24. Deus
guerreou por eles, e sem terem que
lutar, os inimigos foram desbaratados.

Os muitos exemplos da ajuda de
Deus no passado deveriam ter inspirado
os líderes do povo à resisténcia a esta ww

uo/agosto/sesembro- 2020

maldade dos inimigos dos judeus.

3.O motivo da falta de resisténcia
dos judeus era de ordem espiritual:

a. ZOROBABEL, o chefe político do
povo judeu, até entäo, tinha confiado
‘em sua própria forga (Zc 4.6). Quando
as suas próprias forgas se esgotaram,
no teve mais condiçôes de resistir,
sentindo-se inteiramente desarmado.
diante do inimigo.

b.JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder
religioso do povo, estava com suas ves-
tes manchadas (Zc 3.3). Este fato tirou
dele toda a autoridade espiritual. Diante
do problema causado pelos inimigos,
ele nao tinha fé para buscar da ajuda
de Deus, do Todo-poderoso, uma vez
que o mistério da fé é guardado em uma
pura consciéncia (1 Tm 3.9).

SINTESE DO TÓPICO II
Os judeus ndo resistiram à oposigáo
dos inimigos e param a reconstruçäo
do Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Nao por forca, nem por violéncia,
mas pelo meu Espírito"(Zc 4.6).
Embora esta mensagem tenha
sido entregue a Zorobabel, é aplicével
atodos os crentes (cf. 2 Tm 3.16). Nem
© poderio militar, nem o político, nem
as forgas humanas poderäo efetivar a
obra de Deus. Só conseguiremos fazer
a sua obra se formos capacitados pelo
Espírito Santo. Jesus iniciou o seu mi-
nistério no poder do Espírito (Le 4.1,18).
E a igreja foi revestida pelo poder do
Espírito Santo no dia de Pentecoste
para cumprir a grande comissao (At
1.18). Somente se o Espirito governar e
capacitar a nossa vida, & que poderemos
cumprir a vontade de Deus. É por isso

o -Julho/Agosto/Setembro

que Jesus batiza seus seguidores no
Espírito Santo” (Bíblia de Estudo Pen-
tecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.717).

IV - AREACÄO DOS SAMARITANOS,
QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A
OBRA

1. A tristeza dos judeus. O povo
em geral tinha, desde o inicio da cons-
trucáo, acompanhado o trabalho com
simpatia. Os judeus trabalhavam com
muito entusiasmo e com muita unido.
O povo tinha ouvido falar de que o
Deus do céu estava do lado dos judeus,
ajudando-os. E agora? Onde estava
seu Deus?

2. A alegria dos samaritanos. Os
inimigos dos judeus regozijavam-se
grandemente. Certamente os conse-
theiros foram parabenizados pela “sabia
e competente açä0”. Porém o gozo de
{mpios é de pouca duragäo!

a. O gozo dos filisteus, que haviam
prendido Sansäo, terminou em tragédia
Uz16.25-31).

b. À alegria dos sacerdotes, que
alugaram Judas para trair Jesus, foi de
curta duraçäo. Com a ressurreigäo de
Jesus, seus problemas se agravaram
(Mt 28.11-15).

3. O desánimo dos judeus. Os ju-
deus, que tinham voltado do cativeiro
para construir o Templo, sentiram-se
humilhados e tristes. Mas, passado
algum tempo, acomodaram-se com a
situaçäo e nao lutaram pela continuacáo
da construgäo do Templo. Deixaram-se
dominar pelo desánimo. O desánimo
é uma das mais eficazes armas usadas
por Satanás, contra os crentes. Lutemos
contra o desánimo, em nome de Jesus!

a. Alguns conformaram-se, pensan-
do que talvez ainda näo era a vontade
de Deus construir o Templo (Ag 1.2).

b. Outros aproveitaram a inter-
rupçäo da obra para dedicar-se as suas

çües Bíblicas /Professor 29

próprias casas (Ag 1.9). Outros chegaram
a faltar com as suas obrigagdes espi-
rituais, deixando de contribuir para a
casa de Deus (Ag 1.6).

c. Talvez alguns judeus sinceros
estivessem tristes, e buscassem a
Deus em oraçäo, pedindo solugäo para
a dificuldade, de modo que o Templo
pudesse continuar a ser construído.

SINTESE DO TÓPICO IV

A oposiçäo dos inimigos fez com

que os judeus abandonassem a re-
construçäo do Templo.

SUBSIDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Os samaritanos
No períado do Antigo Testamento,
este era um termo que se referia aos

residentes da cidade ou da província
de Samaria (2 Rs 17.29). Algumas desa-
vencas entre os residentes da Palestina
media e do sul eram evidentes no pe-
riodo dos juízes, mas os sentimentos
foram intensificados com a formagáo do
reino do norte de Israel sob Jeroboao |.

De uma forma geral, os residentes
de israel e os cananeus praticavam uma
mistura racial, social e religiosa.

Os descendentes dessa populaçäo
mista desejaram ajudar Zorobabel na
construçäo do Templo, afirmando que
adoravam ao mesmo Deus. Mas, quan=
do tiveram seu pedido negado, eles se
opuseram a construcáo. Depois que Nee-
mias comegou a reconstruir os muros de
Jerusalém, este servo do Senhor sofreu
forte oposiçäo por Sambalate, Gesem
e Tobias. Sambalate era governador de
Samaria” (Dicionário Bíblico Wyctiffe.
7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.1748).

PARA REFLETIR

Arespeito de “A Construcáo do Templo
Enfrentou Oposicáo”, responda:
+ Como foi feito o langamento dos alicerces do Templo?
Com solenidade.

+ De que forma podemos considerar a reedificaçäo do Templo?
Como um resultado do reavivamento que moveu o coragäo do rei Ciro.

+ Que povo vizinho a Israel tentou frustrar a construgáo do Templo?
Os samaritanos.

+ Por que os judeus deveriam procurar o rei da Persia?
Para assegurar a construçäo do Templo.

+ Por que os judeus deveriam ter recorrido a Deus?
Porque Deus era quem os estava dirigindo naquele negócio.

ANOTACOES DO PROFESSOR

30 Ligdes Bíblicas /P

Ligao 5

Bie Agostode 7020

Zorobabel Recomega
a Construcáo do Templo |

P

=

Texto Aureo Verdade Pratica
*Ao vigésimo quarto dia do més

nono, no segundo ano de Dario, veio

a palavra do SENHOR pelo minis-

tério do profeta Ageu, dizendo: [..] Sob o poder de Deus, a Igreja torna-
Ponde, pois, eu vos rogo, [... desde -se imbativel no cumprimento das

© dia em que se fundou o templo tarefas que Cristo the entregou.
do SENHOR, ponde o vosso coragdo

nestas coisas.”
(Ag 2.10,18).

LEITURA DIÁRIA
O poder da palavra profética O poder de Deus traz prosperidade

O poder de Deus sobre os anciôes | O poder de Deus sobre o ministério

O poder de Deus sobre o rei Dario O poder de Deus sobre os recursos

2020 - Julho/Agosto/Setembro Ligdes Bíblicas /Professor 31

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Esdras 5.

Esdras 5

1-E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de
Ido, profeta, profetizaram aos judeus
que estavam em Judá e em Jerusalém;
‘em nome do Deus de Israel thes pro-
fetizaram.
2-Entao, se levantaram Zorobabel filho
de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque,
ecomecaram a edificar a Casa de Deus,
que está em Jerusalém; e com eles os
profetas de Deus, que os ajudavam.
Ageu 1
1 - No ano segundo do rei Dario, no
sexto més, no primeiro dia do més, veio
a palavra do SENHOR, pelo ministerio
do profeta Ageu, a Zorobabel filho de
Sealtiel principe de Judá, e aJosué,filho
de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
- Entdo, ouviu Zorobabel, filho de
Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque,
sumo sacerdote, e todo o resto do povo a
voz do SENHOR, seu Deus, e as palavras
do profeta Ageu, como o SENHOR, seu

HINOS SUGERIDOS: 77,

geu 1.1,12; Zacarias 4.6-10

Deus, o tinha enviado; e temeu o povo
diante do SENHOR.

Zacarias 4

£- E respondeu e me falou, dizend.
Esta € a palavra do SENHOR a Zoroba-
bel, dizendo: Nao por força, nem por
violéncia, mas pelo meu Espírito, diz
O SENHOR dos Exércitos.

7 Quem és tu, 6 monte grande? Diante
de Zorobabel, serás uma campina;
porque ele trará a primeira pedra com
aclamaçôes: Graga, graga a ela.

2-Ea palavra do SENHOR veio de novo
a mim, dizendo:

9-Asmäos de Zorobabel tém fundado
esta casa, também as suas máos a aca-
bardo, para que saibais que o SENHOR
dos Exércitos me enviou a vös.

0 - Porque quem despreza o dia das coisas
"pequenas? Pois esse se alegrará, vendo o
prumo na máo de Zorobabel:sdo os sete
olhos do SENHOR, que discorrem por toda
aterra.que discorrem por toda a terra.

434, 440 da Harpa Crista

OBJETIVO GERAL

Compreender como se deu a reconstrugäo do Templo sobre a lideranga de
Zorobabel.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Porexemplo, o objetivo Irefere-seao tópico! com seus respectivos subtópicos.

Mostrar como Deus levantou os profetas Ageu e Zacarias para incen-
tivar o povo a reconstruir o Templo;

Saber que o ministério profético é uma prova da manifestagäo de Deus;

1) Explicar o ministério profético a luz da Biblia.

32 Liçôes Bíblicas /Professor

Juiho/Agosto/Setembro- 2020

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado(a) professor(a), na ligáo anterior (ügäo 4) vimos que o povo de Deus
havia dado inicio à obra de reconstrugäo do Templo. Eles fizeram um culto
de adoragäo ao Senhor quando as últimas pedras do alicerce foram fincadas.
Mas, logo os samaritanos e outros povos da redondeza se levantaram para
impedi-los de reconstruirem o Templo e estabelecerem Jerusalém. Eles se
sentiram ameaçados, por isso armaram traigoeiramente emboscadas contra
‘© povo de Deus, atrapalhando assim a obra. Segundo o Comentario Bíblico
Beacon eles “alugaram conselheiros e aparentemente deram uma impressdo
enganosa sobre os judeus ao rei da Persia,”

Parecia que o Templo jamais iria ser reconstruído novamente. O povo
estava sem fé, sem coragem e sem esperanca. Ficava evidente que somente
Deus poderia ajudá-los. Entáo, o Senhor usou os profetas Ageu e Zacarías
para incentivar e exortar o seu povo a conclufrem a sua Casa e depois de uns
18 anos, aproximadamente, a reconstrugäo do Templo foi concluida.

COMENTARIO

INTRODUGAO

Nesta lic3o, estudaremos como
Deus, depois de a construgäo do Templo
ter ficado parada por 15 anos, enviou
socorro através do ministério de dois
profetas, Ageu e Zacarias.

modificar a situagäo imposta pelos
inimigos, deu-the uma maravilhosa
mensagem de encorajamento. A men-
sagem de Deus veio sob a forma de
uma visdo que Zacarias havia recebido.
Deus the mostrara um castigal com

sete lämpadas, símbolo da obra de

Es PONTO Deus. O óleo que as lámpadas
PROFETAS AGEU E any o x
ZACARIAS. precisavam tinha que fluir

1. Deus levantou dois
profetas. Primeiro veio Ageu
(Ag 1.1), e depois levantou-se
Zacarias (Zc 4.1,6).Nao vieram
atendendo convite de líderes
de Jerusalém, mas o Deus dos céus
5 enviou. Chegaram de surpresa em
Jerusalém, e ali entraram em contato
com os dois líderes, e também com o
povo judeu (Ed 5.1). Vejamos:

a. ZOROBABEL, o líder político,
recebeu uma mensagem pessoal. Deus,
conhecedor da insuficiéncia espiritual
de Zorobabel, e sabendo que este näo
tinha mais nenhum vigor para tentar

2020 -Julho/Ago

Os profetas que

Deus levanta sáo

necessárlos para
a sua obra.

através de canos ligados a
um vaso de azeite que ficava
acima. O vaso de azeite, por
sua vez, estava em contato

com duas oliveiras (Zc4.1-4,13).

Eo recado de Deus para Zo-
robabel foi: "Nao por forga, e nem por
violéncia, mas pelo meu Espírito, diz
© Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). As
dificuldades, que pareciam “montes
grandes" diante de Zorobabel, seriam

‘como uma campina, uma planície (Zc

4.7). Deus ainda garantiu a Zorobabel

que as máos dele acabariam a constru-

<ä0 do templo (Zc 4.9).

Biblicas /Professor 33

b.JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder
espiritual do povo, recebeu também
uma mensagem pessoal. Observamos,
na ligäo passada, que ele estava com
vestidos sujos. A mensagem de Deus
para ele foi de perdio e de restauraçäo.
Deus the disse que havia feito passar
dele toda a sua iniquidade, e que havia
ordenado que fosse vestido de vestes
novas (Zc 3.4), e que se pusesse sobre
a sua cabega uma mitra limpa (Zc 3.4,5).

c. O POVO recebeu também uma
mensagem de Deus. O profeta Ageu
mostrou ao povo que os prejuizos
materiais, que haviam sofrido, eram
consequéncia da omissäo frente 30
dever que tinham com a Casa do Senhor
(Ag 1.69). Ageu falou-Ihes do prejuízo
que sofre o homem que busca somente
a sua prosperidade material, e deixa a
casa de Deus deserta (Ag 1.4). O profeta
deu ao povo uma ordem estimulant
“Subi o monte, e trazei madeira, e
edificai a casa; e dela me agradarei, e
eu serei glorificado” (Ag 1.8).

2. O resultado da mensagem dos
profetas. O poder de Deus se mani-
festou através da mensagem destes
homens de Deus. Assim, os dois líderes
criaram coragem e o povo, também, foi
renovado pelo impacto da mensagem.
Entáo Zorobabel ordenou que todos
imediatamente voltassem à construçäo,
“e comegaram a edificar a casa” (Ed
5.2). Os profetas de Deus ficaram com
eles, ajudando os líderes do povo na
direçäo do trabalho.

‘Quando os inimigos vieram a eles
perguntando quem havia dado ordem
para edificar a casa, responderam que
a ordem havia sido dada pelo proprio
rei Ciro. Os olhos do Senhor estavam
sobre o seu povo e sobre a reconstruçäo
do Templo, e os inimigos näo puderam
impedir a obra até que fosse dado
conhecimento dos fatos ao rei Dario,
34 Ligdes Bib rofesso

que agora reinava sobre todo o Império
Persa (Ed 5.5). O rei Dario mandou que
os seus escriväes verificassem o referido
édito de Ciro e se ele havia dado ordem
para a construçäo da Casa do Senhor
em Jerusalém. Feita a verificaçäo nos
registos dos éditos dos reis da Pérsia,
foi encontrada a ordem dada por Ciro,
e, assim, o rei Dario confirmou a per-
missäo para a reconstruçäo do templo.

3.0 impulso espiritual dado pe-
los profetas continuou dominando
os construtores até à conclusäo da
construçäo. Os profetas Ageu e Zacarias
continuavam dando a sua cooperaçäo.
“Prosperando pela profecia do profe-
ta Ageu e de Zacarías, fitho de Ido; e
edificaram a casa e a aperfeigoaram
conforme o mandado do Deus de Israel,
e conforme o mandado de Ciro, e de
Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia”
(Ed 6.14).

“E acabou-se esta casa” (Ed 6.15).
Que grande bénçäo! O despertamento
dado por Deus ao rei Ciro propagou-se
e agora, com a ajuda dos profetas, foi
renovado e levado a resultado glorioso.
Toda honra e glória sejam somente ao
Senhor!

SINTESE DO TÓPICO 1
Os profetas Ageu e Zacarias säo
levantados pelo Senhor para incen-
tivar e exortar o povo a retornar a
reconstruçäo do Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“O reinicio e conclusäo da constru-
cáo do Templo só foi possivel gragas
205 ministerios proféticos de Ageu
e Zacarias. Suas profecias inclufram:
(1) Ordens diretas de Deus (Ag 1.8);
(2) Advertencias e repreensäo (Ag

1.9-14); (3) Exortagäo (Ag 2.4); e (4)
Alento mediante a promessa de bEngäos
futuras. A Palavra de Deus através de
Jeremias pusera em marcha o inicio
da reconstruçäo do templo; da mesma
foram, agora, a Palavra do Senhor
através de Ageu e Zacarias impulsionava
a conclusäo da obra (Ed 6.14)" (Biblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, p.716)".

11 - O MINISTERIO PROFÉTICO, UMA
PROVA DA MANIFESTACAO DE DEUS

Uma inesperada operagäo sobre-
natural, por parte de Deus, solucionou
o grave problema da reconstrugäo do
templo.

1. Manifestagóes sobrenaturais
no Antigo Testamento. Há muitos
exemplos no Antigo Testamento. Vamos
mencionar apenas dois:

a. MOISÉS, o grande líder que Deus
levantou para libertar seu povo da
escravidäo do Egito, recebeu de Deus
um preparo sobrenatural, o que the deu
muita autoridade espiritual. Com a sua
vara fazia grandes maravilhas (Ex 4.17).

b. ELIAS, o profeta de Deus, foi
revestido de autoridade sobrenatural,
para ajudar Israel, que havia sido levado
à idolatría pelas suas lideranças poli-
ticas, em particular pelo ímpio Acabe,
rei de Israel nos dias de Elias. Pode,
assim, realizar grandes milagres: fez
com que nao chovesse sobre a terra
por trés anos e meio, além de outros.
O ponto alto de seu ministério foi o
confronto com os profetas de Baal no
monte Carmelo. Nesta ocasiäo, a ma-
nifestaçäo sobrenatural do poder de
Deus fez o povo clamar: "Só o Senhor
é Deus!” (1 Rs 18.39).

2. Manifestagdes sobrenaturais no
Novo Testamento. Quando o Espírito foi
derramado em sua plenitude, os dons
espirituais comegaram a entrar em acáo,

e passaram a ser a propria preparagáo
divina para o ministério (1 Co 12.4-6).
Os apóstolos eram revestidos desses
dons, meio divino para a conversäo
de muitas almas. O apéstolo Paulo,
enriquecido por Deus com muitos dons,
escreveu para o evangelista Timóteo,
representante da segunda geracao,
uma mensagem de exortaçäo: "Näo
desprezes o dom que há em ti” (1 Tm
4,14), Pouco antes de ser martirizado,
Paulo voltou a escrever a Timóteo:
"Despertes o dom de Deus, que existe
emtil..J" (2 Tm 1.6).

Paulo recomenda: “Procurai com
zelo os melhores dons” (1 Co 12.31) e
"Procurai com zelo os dons espirituais,
mas principalmente o de profetizar”
(1 Co 14.1).

SINTESE DO TÓPICO II
O ministério profético € uma prova
da manifestagäo de Deus.

SUBSIDIO BIBLICO-TEOLOGICO

“Profecia

No Antigo Testamento, um oráculo
profético ou mensagem a ser transmi-
tida ao povo era entendida como um
‘peso’ (em hebraico massa) sobre a
alma do profeta até que ele pudesse
pronuncié-lo (Pv 30.1 @ 31.1, cf. Is 13.1;
He 1.1: Zc 9.1). Também foi usada a
palavra n'bu'a, relacionada com nabi,
‘profeta’ (2 Cr 9.29; 15.8; Ed 6.14; Ne
6.7). O termo no Novo Testamento € a
palavra grega propheteia, que pode
se referir-se a um atividade profética
ou a 'profetizar' (Ap 11.6), ao dom de
profecia ou a profetizar (Rm 12.6; 1 Co
12.10), e a declaragdes proféticas (Mt
13.14; 1 Ts 5.20),

fessor 35

Os profetas foram os primeiros de
todos os prenunciadores e porta-voz de
Deus. Moisés, o maior de todos os profe-
tas deveria receber a palavra diretamente
de Deus e transmiti-la a Ardo, que era
seu porta-voz. Como Moisés deveria ser
o deus’ do Farad, o ministério de Aráo
demonstra perfeitamente o ministério
do porta-voz. Todos aqueles que agem na
funçäo de proclamar a Palavra de Deus
säo seus porta-vozes. É nesse sentido
que o crente no Novo Testamento pode
profetizar, quando está diretamente
habilitado pelo Espírito Santo” (Dicio-
nário Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010, p.1599).

III O MINISTÉRIO DE PROFETA À
LUZ DA BIBLIA

O profeta exerce a funcio ministe-
rial, determinada por Deus. "Ninguem
toma para si esta honra, senäo o que é
chamado por Deus" (Hb 5.4).

1. 0 profeta na dispensagäo do
Antigo Testamento. O profeta, além de
transmitir a mensagem de Deus para o
povo, era consultado pelo povo acerca
de assuntos espirituais e até mesmo
acerca de assuntos materiais. Exemplos:

a. Em Ezequiel 20.2, os ancidos
vieram a Ezequiel para que este con-
sultasse o Senhor por eles; Deus, por
meio de Ezequiel, thes respondeu que
por causa das suas abominacées eles
nao receberiam respostas.

b. Em 1 Samuel 9.6,7, 0 profeta Sa-
muel foi consultado acerca das jumentas
do pai de Saul que se haviam perdido.

<.Em 1 Reis 14.2,3 está registrada
uma consulta sobre um doente, se ele
levantaria ou nao, e o profeta respondeu
da parte de Deus (1 Rs 14.4-7).

d. Moisés transmitia aos ancides o
que Deus the falava (Ex 19.7.8).

Vemos que no Antigo Testamento
o profeta era uma espécie de mediador
entre Deus e o povo.

36 Licóes Biblicas /Professo:

2. O profeta na dispensagäo do
Novo Testamento. Entre os dons espi-
rituais está o dom de profetizar (1 Co
12.10). Estaria entre as consequéncias
do derramamento do Espírito Santo que
aconteceria nos últimos dias (At 2.17).

Ter alguém o dom de profecia
n3o significa que seja profeta, O
termo profeta designa quem tem o
ministério de profeta. Este ministerio
de profeta é um ministério da Palavra,
para o qual o ministro recebeu de Deus
Uma preparacao especial do Espírito
profético. Lemos em Atos 21.8,9 que
Filipe tinha quatro filhas que profe-
tizavam, e que depois de alguns dias
veio à sua casa UM PROFETA, Agabo (At
21.10). Existe, porém, uma diferenca
importante entre o ministério de pro-
feta no Antigo e no Novo Testamento.
No Antigo os profetas eram consul-
tados pelo povo, e transmitiam-lhe a
resposta de Deus. Mas a Bíblia diz: "A
Lei e os Profetas duraram até 1030, e
desde entáo é anunciado o Reino de
Deus” (Lc 16.16). No Pacto, na Nova
Alianga, temos Jesus como o UNICO
MEDIADOR (1 Tm 2.5). É importante
notar que no Novo Testamento nao
há um único exemplo de alguém
consultando um profeta. No Novo
Pacto todos temos acesso a Deus por
Jesus Cristo (Ef 2.18). Jesus & o Único
mediador (1 Tm 2.5). É, portanto, um
erro doutrinärio quando alguém, que
possui o dom de profecia, procura
usé-lo para responder a consultas de
qualquer natureza, como casamento,
viagens, compra de imóveis, etc. Fica
neste caso falando sozinho, porque
Deus diz: "NAO MANDEI OS PROFETAS;
TODAVIA, ELES FORAM CORRENDO,
NAO LHES FALEI A ELES; TODAVIA,
ELES PROFETIZARAM"(Jr 23.21).

É fundamental que os obreiros
ensinem à igreja acerca do uso correto
dos dons, inclusive o de profecia.

SÍNTESE DO TÓPICO 111

Os profetas exercem uma funcao
ministerial determinada pelo Todo-
-Poderoso. .

SUBSIDIO BIBLICO-TEOLÖGICO

“1. Proclamagäo direta. O profe-
ta proclamava, em linguagem direta e
simples, amensagem que Deus the havia
dado. Ela era comunicada ‘boca a boca’,
como no caso de Moisés, ou através de
uma visäo ou sonho. Mas a mensagem
sempre Ihe era concedida através de
uma inspirag3o divina direta, para que os
profetas continuassem escrever Assim
dizo Senhor.

2. Linguagem figurada. Como regra
geral as profecias do Antigo Testamento
580 claras e diretas, embora algumas certa-
mente sejam propositadamente figuradas.
As principais. As principaisrazdes seriam:
(@) Para transmitir de modo mais efetivo
e expresivo algum fato ou verdade (cf.
15 66.12,13; Am 9.13),e (b) para revelar o
conhecimento de eventos futuros, de tal
forma que náo pudesse ser imaginado
pelo descrente, por um lado, e, por outro,
para que só pudesse ser entendido pelo
rente depois de um estudo cuidadoso.
Deus näo Lança pérolas aos porcos.

Entretanto, geralmente as figuras de
retóricas sáo prontamente entendidas
quando examinadas sob o contexto da
cultura do Antigo Testamento” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2010, pp.1600-01)

PARA REFLETIR

Arespeito de “Zorobabel Recomeca a Construgäo
do Templo”, responda:

+ Por quanto tempo esteve paralisada a construçäo do Templo?

Quinze anos.

+ Que profetas o Senhor levantou para animar os judeus na recons-

trugäo do Templo?
Ageu e Zacarias.

+ Como atuava o profeta do Antigo Testamento?
No Antigo Testamento, o profeta além de transmitir a mensagem de Deus
para o povo, era consultado pelo povo acerca de assuntos espirituais e até

mesmo acerca de assuntos materiais.

+ Como atuava o profeta do Novo Testamento?

Exercia o ministério da Palavra, para o qual o ministro recebeu de Deus uma
preparaçäo especial do Espírito profético.

+ Por que, hoje, näo necesitamos mais consultar os profetas?

Porque possuímos a Palavra de Deus, que & a nossa única regra de fé e conduta.

020 - Julho/Agasto/Setembro

¡cóes Biblicas /Professor 37

Lig306

Ode

Texto Äureo

"Nunca mais se ouvird de violéncia
na tua terra, de desolagdo ou destrui-
do, nos teus termos; mas aos teus
muros chamards salvacdo, e ds tuas

7

BR
"SE ME de
e iS er

de] Erusalérage

ex

Verdade Prética

Somente despertados, podemos ven-
cer qualquer obstáculo para realizar-

portas, louvor.” ‘mos a obra de Deus.
(1560.18)
LEITURA DIARIA 2
Segunda - 1 Rs 6.1-38 Quinta" At 16.285,31

Selomäo, desperto, constrói o Templo

Terca- Gn 14.18-20
Abraäo, desperto, entregou o dízimo

Quarta - Jo 4.1-42
O despertamento dos samaritanos

38 Licöes Bíblicas /P

| Um despertamento à meia-noite

Sexta At 13.1-14
Um despertamento missionário.

Sábado - Mt 25.6
O despertamento final

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Neemias 1.1-4; 2.1-9

: - As palavras de Neemias, filho de
Hacalias. Esucedeu no més de quisleu,
no ano vigésimo, estando eu em Susa,
a fortaleza,

2 - que veio Hanani, um de meus
irmäos, ele e alguns de Judá; e pergun-
tei-lhes pelos judeus que escaparam

e que restaram do cativeiro e acerca |

de Jerusalém.

> - Edisseram-me: Os restantes, que
náo foram levados para o cativeiro, lá,
na provincia estáo em grande miséria.
e desprezo, e o muro de Jerusalem,
fendido, e as suas portas, queimadas.
afogo.

- E sucedeu que, ouvindo eu essas

palavras, assentei-me, e choreï, e
lamentei por alguns dias; e estive
jejuando e orando perante o Deus
dos céus.
! - Sucedeu, pois, no més de nisä,
no ano vigésimo do rei Artaxerxes,
que estava posto vinho diante dele,
€ eu tomei o vinho e o dei ao rei;
porém nunca, antes, estivera triste
diante dele.

- Eo rei me disse: Por que está triste
© teu rosto, pois ndo estás doente?
No € isso senäo tristeza de coragäo.
Entdo, temi muito em grande maneira

- e disse ao rei: Viva o rei para sem-
pre! Como nao estaria triste o meu

HINOS SUGERIDOS: 77, 434, 44

rosto, estando a cidade, o lugar dos
sepulcros de meus pais, assolada, e
tendo sido consumidas as suas portas
afogo?
4 - E o rei me disse: Que me pedes
agora? Entäo, orei ao Deus dos céus
5 - Edisse ao rei: Se é do agrado do
rei, e se 0 teu servo é aceito em tua
presenca, pego-te que me envies a
Judá, à cidade dos sepulcros de meus
pais, para que eu a edifique.
© - Entdo, o rei me disse, estando a
rainha assentada junto a ele: Quanto
durará a tua viagem, e quando vol-
tarás? E aprouve ao rei enviar-me,
apontando-the eu um certo tempo.
- Disse mais ao rei: Se ao rei pare-
ce bem, deem-se-me cartas para os
governadores dalém do rio, para que
me deem passagem até que chegue
a Judd;
à - como também uma carta para
Asafe, guarda do jardim do rel, para
que me dé madeira para cobrir as
portas do pago da casa, e para o muro
da cidade, e para a casa em que eu
houver de entrar. E o rei mas deu,
segundo a boa mäo de Deus sobre
mim.Deus sobre mim.
+ -Entáo vim aos governadores dalém
do rio, e dei-thes as cartas do rei. Eo
rei tinha enviado comigo chefes do
exército e cavaleiros.

larpa Crista

OBJETIVO GERAL

Mostrar que foi Deus quem despertou em Neemias o desejo de restaurar os
muros de Jerusalém.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo | refere-se ao tópico com seus respectivos subtópicos.

(©) Mostrar como Deus respondeu as oraçôes de Neemias;

(© Saber como foi a ida e a chegada de Neemias a Jerusalem;

(1) Explicar como Neemias iniciou a reconstrugäo dos muros;

(1) Compreender que o levantamento dos muros provocou grande oposicäo;
(© Apontar como foi a inauguragäo solene dos muros;

1) Conscientizar a respeito dos ensinos que a construgäo dos muros traz.

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado(a) professo(a), nesta ligäo estudaremos a respeito da reconstrugáo
dos muros de Jerusalém. Veremos que Neemias foi escolhido pelo Senhor como
líder para esta grandiosa obra.

Neemias era um homem integro que dependia inteiramente de Deus e da sua
Palavra. Além de trabalhar arduamente na construgáo dos muros e portas, ele
teve que enfrentar inimigos externos e internos. Homens que se infiltraram no
‘meio dos trabalhadores, cujo único objetivo era atrapalhar e impedir a reforma da
cidade. Porém, Neemias ndo se deixou intimidar pelos adversärios. Aprendemos
com o exemplo de vida deste servo de Deus que todas as vezes que desejamos
emprender algo em favor do povo de Deus, os adversários se levantam, mas
quando confiamos no Todo-Poderoso inteiramente, recebemos forcas e coragem
para lutar. Deus colocou em suas máos uma importante obra: ensinar sua Palavra.
Entäo, ndo desista diante dos desafios, dos inimigos e das dificuldades.

COMENTÁRIO

INTRODUGAO

Nesta liçäo estudaremos como os
muros de Jerusalém foram levantados,
€ como Deus levantou o homem certo
para executar esta obra. A obra era de
Deus, o qual, como dono da obra, pro-
videnciou tudo que era necessário para
a sua realizaçäo, desde a autorizagäo
do rei para o envio de Neemias, até os
recursos para custear a construçäo.

|- DEUS RESPONDE AS ORACOES DE
NEEMIAS

1. Deus envia emissário a Neemias..

Deus enviou emissério para informar

40 Licbes Bib

cas /Professor

Neemias acerca da situaçäo reinante em
Jerusalém. Esta pessoa foi Hanani, irmáo
de Neemias (Ne 1.2). Hanani contou
como os judeus, que haviam retorna-
do a Judá apés o cativeiro, estavam
‘em grande miséria. Muros fendidos, e
portas queimadas a fogo, eram símbolo
de miséria e de desprezo, e faziam dos
moradores da cidade vítimas faceis de
assaltantes (Ne 1.3).

2. Neemias, angustiado, jejua e
ora. Deus despertou em Neemias uma
profunda angústia pela situagäo de seu
Povo, que morava em Judá. Neemias
começou ajejuar e a orar. A oraçäo inicial

etembro - 2020

de Neemias está registrada em Neemias
1.5-11. Iniciou seu período de oraçäo
no més de quisleu (dezembro), e Deus,
que ouve as oracóes, fez a resposta
chegar no més de nisä (marco) (Ne 2.1).

3. Deus responde ás oraçôes de
Neemias. Como resposta ás oragdes
de Neemias, Deus despertou o rei para
assumir a responsabilidade do empre-
endimento. Neemias era copeiro do rei.
Certo dia ele apresentou-se diante do
rei com semblante triste. Interrogado
acerca do motivo de sua tristeza, Ne-
emias relatou a situagäo da cidade de
Jerusalém e de seu povo que ali vivia
(Ne 2.2-3). Por inspiraçäo de Deus, o rei
perguntou a Neemias: "Que me pedes
agora?” (Ne 2.4). Neemias orou ao Deus
do céu para que pudesse responder ao
rei dentro da diregäo de Deus. Em um
momento, Neemias teve sua chamada
para ir a Jerusalém confirmada, e res-
pondeu ao rei: "Pego-te que me envies
a Judá, à cidade dos sepulcros de meus
pais, para que eu a edifique” (Ne 2.5).

4. Deus despertou o reia atender
© pedido de Neemias. Neemias recebeu
carta do rei dirigida aos governadores
da regio e ainda uma carta com ordem
para que o necessärio para a construçäo
fosse dado a Neemias. Tudo segundo
a boa mao de Deus sobre Neemias (Ne
2.8). Deus é verdadeiramente o Deus
daquilo que € impossível aos homens.

SINTESE DO TÓPICO 1
Temos um Deus que ouve erespon-
de ds nossas oragdes.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Deus trabalha por intermédio de
seu povo para realizar até mesmo tare-
fas consideradas humanamente impos-

2020 -Julho/Agosto/Setembro

siveis. Ele costuma moldar as pessoas
com características de personalidade,
experiéncias e treinamento de modo
a prepará-las para o seu ministério, e
essas pessoas ndo costumam sequer
ter ideia do que Deus tem reservado
para elas. Deus preparou e posicionou
Neemias para realizar uma dessas ta-
refas 'impossiveis’ da Bíblia. Neemias
era um homem comum em uma posiçäo
especial. Ele estava seguro na condi-
80 de bem-sucedido copeiro do rei
Artaxerxes, da Persia. Neemias possuía
pouco poder, mas grande influéncia.

Setenta anos antes, Zorobabel
havia planejado a reconstrugáo do
Templo de Deus. Treze anos haviam
se passado desde o retorno de Esdras,
aJerusalém, que havia ajudado o povo
em suas necesidades espirituais. Agora
Neemias era necessário.

Do inicio ao fim Neemias orou pe-
dindo a ajuda de Deus. Ele nunca hesitou
em pedir que Deus se lembrasse dele,
encerrando sua autobiografia com as
seguintes palavras: 'Lembra-te de mim,
Deus meu, para o bem’. Durante a ‘im-
possivel' tarefa, Neemias demonstrou
uma capacidade de lideranca incomum.
Os muros ao redor de Jerusalem foram
reconstruídos em tempo recorde, a
despeito da resisténcia e da oposiçäo
dos inimigos. Até mesmo os inimigos
de Israel admitiram, de má vontade e
com temor, que Deus estava com esses
construtores. No apenas isto, mas Deus
trabathou através de Neemias para
realizar um despertamento espiritual
entre o povo judeu.

Talvez vocé náo tenha as habili-
dades específicas de Neemias ou até
mesmo pense que está em uma posic3o
onde nada pode fazer para Deus; mas
existem duas formas através das quais
vocé pode ser útil ao Senhor. Primeiro,
seja uma pessoa que fala com Deus,

Ligdes Bíblicas /Professor 41

Permita que Ele entre em sua vida e
compartilhe-a com Ele — suas pre-
ocupacdes, seus sentimentos e seus
sonhos. Segundo, seja uma pessoa que
anda com Deus. Coloque em prática
aquilo que vocé aprende nas Escrituras
Sagradas. Deus pode ter uma missäo
impossivel’ para realizar através de
sua vida” (Bíblia de Estudo Aplicacáo
Pessoal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1995, p.670).

II-NEEMIAS CHEGA A JERUSALEM
(Ne 2.7-11).
Neemias faz levantamento da
real situaçäo dos muros. Saiu à noite
na companhia de poucos homens, sem
dizer a ninguém qual era seu objetivo
em Jerusalém (Ne 2.12-16).
2.Neemias declara sua intençäo de
reedificar os muros. Tendo-se inteirado
da verdadeira situagäo dos muros de
Jerusalém, Neemias convocou os judeus,
os nobres, os magistrados e todos os que
faziam a obra, a juntos reedificarem os
muros, para que nao mais estivessem em
oprébrio, declarando-Ihes como a máo
de Deus he fora favorävel, como tam-
bémas palavras do rei. Entáo disseram
todos: "Levantemo-nos, e edifiquemos.
E esforçaram as suas máos para o bem”
(Ne 2.17-18).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Coma bénçäo de Deus ea permissäo
do rei, Neemias chegou atéa cidade de
Jerusalém.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Embora Neemias tivesse chegado
como governador, com plena autoridade
do Império Persa, näo fez nada durante
trés dias e nem contou a ninguém os

42 Licöes Bíblicas /Professor

planos que Deus the confiara. Sem
düvida, ele estava esperando em Deus,
a0 invés de precipitar-se, confiando na
sua própria capacidade. Passou, entäo
a fazer uma inspeçäo cautelosa e cui-
dadosa nos danos causados nos muros
pelos samaritanos e, por certo, calcular
as despesas. É muito importante obser-
var que, em vez de criticar os judeus
pelos seus problemas e tristezas, ele
queria ver esses problemas como eles,
viam. Daf, ele nada fala, enquanto nao
compreendesse a situaçäo segundo à
sua perspectiva, sentindo o que eles
sentiam” (Bíblia de Estudo Pentecostal,
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.731).

Il = NEEMIAS INICIA O
LEVANTAMENTO DOS MUROS

1.0 plano de Neemias. Ver capítulo

3. Neemias dividiu a tarefa de construçäo
em partes, tendo cada parte uma porta.
Simultaneamente, lado a lado, haveria
pessoas encarregadas de levantar o muro
ao longo de toda a sua extensäo, muitas
delas edificando o pedago do muro que
ficava em frente à sua propria casa. Havia
também grupos encarregados de levar
entutho, trazer material, etc. O coraçäo
do povo se inclinou a trabalhar (Ne 4.6).
E logo jé era possivel notar que os muros
cresciam e as roturas comecavam a ser
tapadas (Ne 4.7).
2. Atätica de Neemias. A tática

de Neemias de engajar todos os ju-
deus na obra de edificaçäo do muro é
um exemplo muito importante a ser
seguido pelas igrejas em seu trabalho
de evangelizagäo. Neemias tinha um
plano que aproveitava todos os que
quisessem trabalhar, designando a
cada um a sua funcáo. Assim também,
o pastor da igreja deve, na direçäo do
Espírito Santo, orientar os crentes a
entregarem-se a Deus para realizarem
a obra do Senhor. Trabalhar para o Se-
020

nhor enche o coraçäo dos crentes de
grande alegria.

3. A unido dos judeus ficou a
agada. Apesar da boa organizaçäo,
a unido necesséria para a realizacáo
daquela grande obra estava ameaçada.
Surgiu um problema entre os pobres e
105 ricos. Neemias tomou conhecimento
do problema e sabiamente o resolveu,
ea obra prosseguiu. Este tópico será
retomado na liçäo número 8.

SÍNTESE DO TÖPICONM
Neemias, cheio de fé ecoragem inicia
o levantamento dos muros.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Neemias convocou uma assem-
bleia com os líderes judeus. Ele thes
contou como Deus o tinha convocado
para realizar essa missäo, e como o
Senhor tinha agido sobre o rei para
que o ajudasse, náo apenas ao dar-Lhes
a autoridade como governador, mas
também ao tornar disponíveis a ele os
materias necessärios para realizar o
trabalho. Este fervoroso apelo recebeu
uma resposta rápida. Impressionados
com o zelo de Neemias, os líderes
judeus responderam imediatamente.
Levantemo-nos e edifiquemos. Assim,
foi preparado o cenärio par aum no!
vel feito a ser realizado” (Comentéi
Bíblico Beacon, Vol. 2. Rio de Janeiro:
CPAD, 2014, pp.514-15).

IV— O LEVANTAMENTO DOS MUROS
PROVOCOU GRANDE OPOSIÇAO

1. Iniciada a edificagäo dos muros,
Sambalate e Tobias indignaram-se gran-
demente, e usaram varias estratégias
para fazerem parar a obra. Todavia,
Neemias e seus liderados, ajudados
2020 -Julho/Ago

pelo Senhor, conseguiram vencer todos
os obstáculos que se levantaram, e tra-
balharam sem cessar até à conclusäo do
muro. As diferentes formas de ataque
dos inimigos dos judeus, e como Neemias
conseguiu vencé-los, será assunto da

Ligáo 9 deste trimestre.

2.0 muro foi concluido (Ne 6.15).
Esta vitória teve grande repercussäo.
AAté os inimigos tiveram de reconhecer
que "0 NOSSO DEUS FIZERA ESTA OBRA”
(Ne 6.16).

os inimigos se lev
pures ‚dos muros.

SUBSIDIO BIBLICO-TEOLOGICO

“Os inimigos do pequeno rema-
nescente dos judeus opunham-se à
reconstrucao dos muros de Jerusalem.
Neemias e o povo foram alvos de zom-
baria, de ameaca de uso da força, de
desánimo de medo. O capítulo trés do
livro de Neemias revela como se pode
vencer a oposigäo à obra de Deus. (1)
À zombaria foi venciada pela oraçäo e
determinaçäo. (2) A ameaça da força
foi vencida pela oraçäo e apropriadas
medidas de seguranca. (3) O desánimo
€ o medo foram vencidos pela fé dos
dirigentes piedosos, pelo seu incenti-
vo" (Bíblia de Estudo Pentecostal, 1.
ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.733).

V0 MURO FOI SOLENEMENTE
INAUGURADO
1. Para a dedicaçäo dos muros
foram convocados todos os levitas, a
fim de dedicarem os muros com ale-
gria, com louvores, com canto, com
saltério, com alaúdes e com harpas (Ne
12.27). Purificaram-se os sacerdotes
sor 43

Licôes Biblicas /Profe

€ os levitas, e logo purificaram todo o
Povo, e as portas, e o muro (Ne 12.30).

2. O ato de dedicaçäo incluiu duas
procissöes a0 longo dos muros, as quais
pararam diante da Casa de Deus, onde
houve sacrificios (Ne 12.30,38,40). A
alegria de Jerusalem era tao grande,
que o som da festa podia ser ouvido
de longe (Ne 12.43).

SINTESE DO TÓPICO V
Deus deu a vitória ao seu povo e os
' muros foram solenemente inaugurados.

SUBSIDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

"Depois do conserto dos muros, os
judeus se congregamjunto a uma das por-
tas da cidade e ouvem Esdras é algumas
das leis que Deus thes dera porintermédio
de Moisés. Ele lé desde o amanhecer até
ao meio-dia. O que ele lé possivelmente
s3o selegöes dos cinco primeiros livros da
Biblia, ou talvez Deuteronómio, que é um
resumo da lei. Durante ou após essaleitura,
doutores da lei andam entre a multidáo
“explicando o sentido, faziam que, tendo
entendessem’. Talvez eles estivessem
traduzindo a lei do hebraico, idioma em
que ela está escrita, ao aramaico, idioma
que os judeus aprenderam no exilio"
(Manual Bíblico Entendendo a Biblia. 1.
ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.174).

VI- 05 MUROS TRAZEM ENSINO
SIMBÓLICO IMPORTANTE

1. A Biblia fala da salvagäo como
um muro. "Aos teus muros chamarás
salvaçäo, e as tuas portas louvor” (Is
60.18). E ainda, “Uma forte cidade te-
mos, a quem Deus pôs a salvacao por
muro e antemuros” (Is 26.1).

2. O muro da salvaçäo fala da
divina proteçäo que beneficia aqueles
que se abrigam dentro dele, Obser-
44 Licöe

Biblicas /Professor

vamos que o levantamento dos muros
foi resultado de um despertamento. O
crente despertado sente uma imperiosa
necessidade de conservar-se dentro dos
muros de salvaçäo, onde ele é protegido
pela excelente grandeza do poder de
Deus. E pode dizer como Paulo: “Eu sei
em quem tenho crido, e estou certo
que é poderoso para guardar o meu
depósito até aquele dia” (2 Tm 1.12).

3. O muro da salvagäo é uma per-
manente linha divisória entre o reino de
Deus e o reino deste mundo. Fronteiras
deste mundo foram muitas vezes alte-
radas, porém a fronteira entre o reino
da Luz e o reino das Trevas continua
inalterada. A Bíblia diz: “Eu, o Senhor,
no mudo” (ML 3.6). O reino de Deus e
o reino deste mundo sáo inteiramen-
te irreconciliéveis. "Que comunhäo
tem a luz com as trevas?" (2 Co 6.14).
“Ninguém pode servir [..] a Deus e a
Mamom (Mt 6.24).

© fato de o muro da salvagäo ser
uma divisa entre o reino de Deus e
© mundo, nao significa que há uma
“proibigo" pela qual o crente náo tem
“direito” de fazer o que quer. O crente é
livre! Todavia, a mesma linha divisória
representada pelo muro da salvaçäo,
passa também DENTRO DO NOSSO
CORAGAO! Por isso Paulo escreveu: "A
näo ser na cruz de nosso Senhor Jesus
Cristo, pela qualo mundo está crucifi-
cado para mim, e eu para o mundo" (GL
6.14). E podemos, assim, fazer nossas as
palavras de Paulo: "O que para mim era
genho, reputei-o perda por Cristo!" (Fp
3.7). Finalmente, a salvaçäo transforma
o crente de tal forma que ele comeca a
querer aquilo que o Senhor quer, e passa
a orar: "Seja feita a TUA vontade” (Mt
6.10). O segredo de uma vida cheia do
Espírito Santo é: "Quem crer em mim
COMO DIZ A ESCRITURA, rios de água
viva correráo do seu ventre” (Jo 7.38).

PARA REFLETIR

Arespeito de “Neemias Reconstrói os Muros
de Jerusalém”, responda:

+ Como se chamava o emissärio enviado a Neemias?
Hanani.

+ Como viviam os judeus que ha)
Viviam em grande miséria.

+ Antes de iniciar a reconstrugäo dos muros, que fez Nee!
Faz um levantamento minucioso e real da situaçäo.

+ Que profissäo exercia Neemias na corte persa?
Profissäo de copeiro.

+ O que nos lembra o muro da salvagäo?

A proteçäo de que desfrutam todos aqueles que se refugiam em Cristo Jesus.

im voltado de Babilönia?

ES DO PROFESSOR

UMA
JORNADA.
Neemias -

Paso,

EN ae

Naemias fol um homer Neemias fot um lider extra- | 0 veo do Exodo é famoso por
de açao dedicado, sáblo e ordinärio que ndo acreditava | mostrar o incio da escravidao
eloso quese fortateciacom | Somente em seus conheci- | Joshebreus pelos egipcios
Soracso. mentos, mas era um homem | ea escolha de Moisés como

| deoracio e temente a Deus. | libertador dos hebreus

alho/Agosto/S o Ligae as (Professor 45

O Povo de Deus deve
-Separar-se do Mal

Texto Aureo Verdade Pratica

"Pelo que sai do meio deles, e apar-

tai-vos, diz o Senhor; e ndo toqueis 0 mundanismo na lgreja corrompe os

nada imundo, e eu vos receberei.” bons costumes e extingue a santidade.
(2C06.17)
LEITURA DIÁRIA
Separaçäo, ordem divina 0 ambiente numa igreja despertada

O trágico resultado da mistura O despertamento renova

Vida separada glorifica a Deus E tempo de despertamento

46 Licóes 5 ofe

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Esdras 2.59-62; 4.2,3; 6.2-4

53 - Também estes subiram de Tel-
-Meld e Tel-Harsa, Querube, Ada e
Imer, porém náo puderam mostrar a
casa de seus pais e sua linhagem, se
de Israel eram.

56 - Os filhos de Delaias, os filhos de
Tobias, osfilhos de Necoda, seiscentos
e cinquenta e dois.

E dos filhos dos sacerdotes: os
‚ilhos de Habaías, os filhos de Cor, os
flhos de Barzilai, que tomou mulher
das filhas de Barzilai, o gileadita, e que
foi chamado do seu nome.

- Estes buscaram o seu registro
entre os que estavam registrados nas
genealogias, mas ndo se acharam
nelas; pelo que por imundos foram
rejeitados do sacerdöcio.

- Chegaram-se a Zorobabel e
aos chefes dos pais e disseram-lhes:
Deixai-nos edificar convosco, porque,
como vós, buscaremos a vosso Deus;
como também já the sacrificamos
desde os dias de Esar-Hadom, rei

da Assfria, que nos mandou vir
para aqui.

> - Porém Zorobabel, e Jesua, eos outros
chefes dos pais de Israel thes disseram:
‘Nao convém que vós e nds edifiquemos
casa a nosso Deus; mas nds, sós, a edi
‚ficaremos ao SENHOR, Deus de Israel,
‘como nos ordenou o rei Cio, rei da Persia.
©.2 -Fem Acmetd, no palácio que está
na provincia de Média, se achou um
rolo, e nele estava escrito um memorial,
que dizia assim:

: -No ano primeiro do rei Ciro, o rei Ciro
deu esta ordem: Com respeito à Casa de
Deus em Jerusalém, essa casa se edificard
para lugar em que se oferecam sacı
cios, e seus fundamentos serdo firmes; a
sua altura, de sessenta côvados, e a sua
largura, de sessenta cóvados,

+ -comtrés carreiras de grandes pedras
€ uma carreira de madeira nova; e a
despesa se fará da casa do rei.dras,
e uma carreira de madeira nova, e a
despesa se fard da casa do rei.

HINOS SUGERIDOS: 32, 99, 447 da Harpa Cristá
OBJETIVO GERAL

Compreender que o relacionamento harmonioso com Deus exige a separaçäo
do pecado e do mundanismo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Porexemplo, o objetivo lrefere-se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.

) Destacar que Deus náo aceita mistura do seu povo com o mundo;

Entender que Deus exige plena santidade do seu povo;

1) Ressaltar que a santidade resulta em béngáos para o povo de Deus.

a as [Professor 47

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Os flhos de Judá tiveram que tomar sérias decisöes para nao serem absorvidos
pela cultura dos povos que ocupavam suas redondezas. Levemos em consideragáo
também o meio usado pelos líderes judaicos para se comprovar a filiaçäo dos
repatriados. Se tal medida náo fosse tomada, até mesmo a genealogía estaria
comprometida. Como povo de Deus, devemos mantera nossa identidade como
servos de Deus e preservar o nosso nome no Livro da Vida, afastando-nos de
qualquer mundanismo que possa comprometer a nossa comunhdo com o Sal-
vador. Fazendo assim náo seremos envergonhados no grande Dia do Cordeiro.

COMENTARIO

INTRODUCAO

Nestalicáo iremos estudar os prepa-
rativos que os judeus fizeram para póros
alicerces da nova forma de vida que eles
iniciaram em Jerusalém depois dos anos
no cativeiro em Babilónia. Ali eles

do mundo. Näo pode haver comunhäo
da luz com as trevas.

Ahistória de Israel registrava uma
amarga experiéncia neste sentido. Quan-
do os Israelitas, libertados pela mao do
Senhor, se preparavam para ir a Cana3,

um grande povo de "mistura”, náo

es alee pelovasto PONTO israelita, queria acompanhé-los.
ritório daquele reino, e agora i m
ee N Cl e's pare que
ue omunt- jena com Deus durante trajeto pelo deserto
ria, conformeosritos dale. Pore ants. foi fonte inspiradora de mur-
= SOMENTE OS JUDEUS dade. — muraçäo (Nm 11.4).

RETORNARIAM A JUDA

Para uma pessoa ser considerada
apta para fazer parte do grupo que iria
transferir-se para Jerusalém, exigia-se
que desse prova de sua linhagem, que
provasse ser realmente de Israel. Na
primeira triagem foram excluídas 652
pessoas. Até alguns filhos de sacerdo-
tes cujos nomes nao foram achados
nos registros das genealogias, foram
rejeitados como imundos (Ed 2.59-62).
Os judeus mesticos, nascidos de casa-
mentos mistos, durante o cativeiro em
Babilônia, nao fariam parte do grupo
de judeus que retornariam a Juda.
Somente aqueles que comprovassem
a sua ascendéncia puramente judaica
fariam parte daquele grupo. Deus nao
aceita mistura do seu povo com o povo
48 Licóes Bibli

A Biblia diz: “Estreita é a

porta, e apertado, o caminho que
leva à vida” (Mt 7.14). Nao € lucro, e,sim,
grave prejuízo, alguém querer facilitar
2 entrada de "mistura de gente”, dando
maior énfase 3 QUANTIDADE do qu
QUALIDADE. Jesus disse: "Necessärio
vos é nascer de novo" (Jo 3.7).

SINTESE DO TÓPICO II
Deus ndo aceita mistura do seu
povo como mundo.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-
“PEDAGÓGICO
Para iniciara licáo desta semana é
fundamental que seus alunos compre-

endam qual era a significagäoteolögica
da restauraçäo da comunidade judaica.
Para the auxiliar nessa tarefa, leve em
conta o seguinte fragmento textual:

“Qual era a significagäo teológica
da restauraçäo da comunidade judaica,
conforme está apresentada em Esdras e
Neemias? Este primeiro, toma a forma de
listas genealógicas extensas (Ed 2.1-70;
8.1-14; Ne 7.5-65), cujo propósito era
pelo menos duplo: (1) legitimar aqueles
que voltaram, identificando-os com
os ancestrais tribais, e (2) demonstrar
por essa ligaçäo que o exilio, embora
traumático e terrivelmente destruidor,
nao cortara a linhagem da promessa
que originou-se em Abraäo e continu-
aria para sempre. Havia nestas listas
as linhagens dos sacerdotes, levitas
e outros funcionários religiosos (Ed
2.36-54; 8.1-14; Ne 7.39-56), pois o
reino teocrático, como reino de sa-
cerdotes, era um povo de adoradores
que expressava a vassalagem na forma
relacionada ao culto.

As genealogias dáo a entender que
a mesma naco que fora desarraigada
to violentamente da terra da promessa
voltaria. E ainda que nao fossem as mes-
mas pessoas, eramos seus descendentes,
castigados e de número muito reduzido.
Neemias conhecia muito bem o penhor
do Senhor dado a Moisés (Dt 30.2-4) que,
mesmo que o desobediente fosse exilado
nos confins da terra, Ele os ajuntaria e
os traria de volta ao lugar habitado pelo
seu nome (Ne 1.8-10). Neemias também
sabia que seria quase como um novo
<omego, pois o povo restaurado seria
apenas um remanescente (nis'arim,
Ne 1.3). É de tal comeco humilde que
Esdras também sabia que a comunidade
restaurada tinha de surgir novamente
(Ed 9.15)" (ZUCK, Roy B. Teología do
Antigo Testamento. Rio de Janeiro,
CPAD, 2009, p. 214).

20- Julho/Agosto/Setembro,

11-05 JUDEUS NAO ACEITARAM A

AJUDA DOS SAMARITANOS

1 - Quem eram os samaritanos?
Os samaritanos eram uma mistura de
gente, na sua maioria de origem paga.
Este povo apareceu depois do ano
721 3.C. quando o reino de Israel foi
derrotado pelo exército de Sargäo Ile
as dez tribos do Norte levadas cativas
para a Assfria. Por ordem do rei da As-
ia foram trazidos povos de Babel, de
Cuta, de Ava, de Hamate, de Sefarvaim, e
habitaram cidades de Samaria em lugar
dos sacerdotes; e tomaram Samaria em
heranga, e habitaram em suas cidades
(2 Rs 17.24).

Posteriormente, o rei da Assiria
enviou-thes um sacerdote dos israelitas
para ensinar ao povo da terra o temor
de Deus. Assim, os samaritanos temiam
o Senhor, mas também serviam a seus
deuses (2 Rs 17.33). Aceitaram o ensino
do sacerdote israelita, mas náo deixaram
aidolatria (2 Rs 1734-41). Representam
muito bem uma vida na carne, da qual
a idolatria € uma expressäo (Gl 5.20).

2. Os samaritanos ofereceram co-
operacáo 20s judeus. Quando osjudeus
começaram a construgäo do Templo,
os samaritanos ofereceram-se para
cooperar (Ed 4.1). Os judeus, porém,
rejeitaram firmemente a proposta (Ed
4.1-3). Igualmente quando da cons-
trugäo dos muros, a cooperagäo dos
samaritanos foi recusada (Ne 6.2,3).

Esta atitude € bíblica, pois a Biblia
manda que nós devemos nos afastar
daqueles que no tem a sá doutrina (1Tm
6.3-5: Tt 3.10; 2Jo 10,11). Igualmente
devemos nos afastar daqueles que tem
uma vida irregular (2Pe 3.17; 11m 6.20-
21; 215 3.6,14) como também daqueles
que causam divisües (Rm 16.17,1
2 Pe 2.10,13,18; Jd 12,18,19).

3. Os samaritanos procuraram
aparentar-se com os judeus. Casaram

Liçôes Bíblicas /Professor 49

comas filhas dos judeus, e deram filhas
aosjudeus em casamento. Alguns cafram
nesta armadilha (Ed 9.1,2). Este assunto
€ täo sério e importante que merece
um estudo em separado, o que iremos
fazer na liçäo número 12.

4. Os samaritanos tornaram-:
inimigos dos judeus:

a. Os samaritanos invejaram os ju-
deus. Antes de os judeus terem chegado
a Jerusalem, os samaritanos tinham.
uma certa lideranga na regido. Quando
os Judeus chegaram e comecaram a
sacrificar ao único Deus verdadeiro e a
entáo a atengäo dos habitantes
da regido passou para os judeus, e os
Samaritanos perderam a sua posiçäo
privilegiada, e encheram-se de inveja
(00 11.47; 12.19). Isto sempre foi assim.
Os fariseus tinham inveja de Jesus, os
sacerdotes tinham inveja da Igreja, etc.
(At 5.17,13,45; 17.5).

b. Os samaritanos imaginaram que
se conseguissem associar-se aos judeus
gozariam do mesmo prestígio que es-
tes. Quando os judeus nao aceitaram
nada da parte dos samaritanos, o ódio
velado transformou-se em inimizade
declarada.

SINTESE DO TÓPICO 11
Os samaritanos imaginaram que
se conseguissem associar-se aos ju-
deus gozariam do mesmo prestigio
que estes.

_ SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A restauraçäo da adoragäo.

O remanescente do povo era mais
que apenas uma entidade étnica ou
nacional — era o povo vassalo do
Senhor eleito e redimido por Ele para
servi-Lo como luz para as nagöes.
50 Licóes Bíblicas /Professor

Nessa fung3o, eles tinham de modelar
os propósitos soberanos e salvíficos
divinos e mediá-los para o mundo, Isto
está de acordo com o tema central do
concerto mosaico em que Israel tem
de asumir a responsabilidade de ser
um reino sacerdotal e um povo santo
(Ex 19.4-6).

A demonstraçäo mais clara do
caráter teocrätico da comunidade foi
0 compromiso fiel ao concerto e a
pratica dos seus termos, uma pratica
indissoluvelmente ligada ao sistema
de adoragäo nacional com lugares
santos, pessoas santas e tempos san-
tos. Era Israel em adoraçäo que melhor
modelava o dominio do Senhor sobre
todos os aspectos da vida humana. Da
mesma maneira que a destruiçäo do
Templo e de seus ministérios sinalizava
o verdadeiro comego do exilio, assim a
reconstrugäo e renovaçäo dos seus mi-
nistérios efetivaria o restabelecimento
do povo de Deus ao papel de redencäo.
A comunidade sem adoraçäo näo tinha
a funçäo efetiva.

Nao é surpreendente, entáo, que
© primeiro evento da vida pés-exilica
de Juda fosse a celebraçäo da Festa
dos Tabernáculos, uma celebragáo que
obviamente precedeu a reconstrugäo
do Templo (Ed 3.1-7). Como foi adequa-
do que a Festa dos Tabernáculos, que
‘comemorava a provisäo de Deus para
© povo no deserto do Sinaï, fosse agora
a ocasido de alegrar-se pelo cuidado
divino durante os 70 anos do deserto
exilico na Babilönia. Dezesseis anos
depois, tendo se concluido a construgáo
do templo, o povo comemorou nova-
mente a provisäo graciosa do Senhor em
um grandioso e esplendoroso culto de
dedicagáo na virada do ano através da
observancia da Páscoa (6.16-22)" (ZUCK,
Roy B. Teologia do Antigo Testamento.
Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p.214).

Iho/Agosto/Setembro - 2020

11 DEUS EXIGE SANTIDADE
DO SEU POVO

Em toda a história do povo de Deus,
observa-se que Ele, para manifestar-
-se no meio do seu povo, exige plena
santidade. Deus espera que seu povo
esteja sempre em comunhäo com Ele,
vivendo separado do mal.

1. Retornando do cativeiro, Is-
rael separou-se do mal (2 Co 6.17;
7.1). Por isso a bénçäo de Deus os
acompanhou, e eles conseguiram
concluir a construcáo do Templo e
reconheceram que “DEUS FIZERA
ESTA OBRA" (Ne 6.16).

2. Quando Josué se preparou pa
passar o Jordäo, ele disse ao pov
“SANTIFICAI-VOS porque amanhä
fará o Senhor maravilhas no meio de
vós" (Js 3.5).

3.0 anjo do Senhor visita o acam-
pamento israelita. Antes de iniciar a
conquista de Canas, Josué recebeu
a visita de um anjo. Josué entáo lhe
perguntou: “Que diz meu Senhor ao
seu servo?” E a resposta que recebeu
foi: "Descalga os sapatos de teus pés,
porque o lugar em que estás é santo!"
Os 5.13-15).

4.\srael é derrotado pela pequena
cidade de Ai. Quando Josué, com o
rosto em terra, perguntou ao Senhor
o porqué daquela derrota, o Senhor
respondeu: “SANTIFICAI-VOS para
amanhä* (Js 7.11.23). "Anátema há no
meio de vós, Israel; diante dos vossos
inimigos nao podereis suster-vos, até
que tireis o anatema do meio de vös“
Us 7.13). O pecado descoberto, foi
desarraigado, e entáo disse a Josué:
*Levanta-te e sobe a Ai. Olha que te
tenho dado na tua mao o rei de Ai, e
seu povo e a sua cidade, e a sua terra”
058.1)

Deus exige santificaçäo de seu
povo para poder operar no meio dele.

Julho/Agosto/Setembi

SINTESE DO TÓPICO III
Deus espera que seu povo esteja
‘sempre em comunhdo com Ele, vivendo
separado do mal.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Elpisate é um imperativo aoristo
que estabelece e resume o curso que
05 cristáos devem seguir. Em vista de
nossa identidade como cristáos, nös
somos os eleitos de Deus, estrangeiros
‘em nossa sociedade. Desta maneira,
nossas esperangas, nossas expectati:
vas, ndo devem estar concentradas em
nada que este mundo possa oferecer.
Riqueza, fama, aceitac3o, até mes

mo sobrevivéncia — tudo isto é sem
significado quando comparado com a
herança que será nossa quando Cristo
vier. Se ndo esperarmos por nada aqui,
se todas as expectativas estiverem
fixas na Segunda Vinda, entáo nada
que aconteca pode nos levar a agir de
maneira que possa implicar negacáo
de nosso Senhor. ‘Mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós tai
bém santos em toda a vossa maneira
de viver' (Cl 1.15). A santidade aqui €
a pureza moral. Assim como a atitude
de fixar nossa esperanga na graca que
será nossa nos fortalece para vivermos
na sociedade como estrangeiros, fixar
a nossa esperanca nele nos separa do
poder daquelas ‘concupiscéncias que
havia em [nossa] ignoráncia" (1.14)"
(RICHARDS, Lawrence O. Comentario
Histórico-Cultural do Novo Testamen-
to. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.521).

IV = DEVEMOS MANTER UMA VIDA
DE SEPARACAO DO MAL
1. Os judeus mantiveram-se se-
parados dos samaritanos. Se os judeus
Professor 51

Liçôes Bíblica:

tivessem aberto a porta para uma uniäo
com os samaritanos, estes, provavel-
mente, ter-se-iam mostrado afáveis e
pacíficos no inicio, mas teriam pertur-
bado a unido que havia entre os judeus.
Teriam participado do culto dos judeus,
eafastado a presenca do Senhor, uma
vez que Deus nao se une à idolatría.
Vale a pena manter a separaçäo com
o mundo.

2. A Bíblia mostra exemplos d
servos de Deus que duvidaram se valia
a pena manter a linha de separaçäo
do mal.

a. O salmista Asafe escreveu no
Salmo 73: "Na verdade que em váo
tenho purificado meu coragäo e lavado
as minhas máos na inocéncia (Sl 73.13).
Ficou profundamente perturbado, mas
Deus o ajudou a encontrar a resposta.
*Até que entrei no santuário de Deus;
entäo entendi o fim deles” (v.17). O
salmista ficou tranquilo: "Todavia estou
de contínuo contigo, tu me seguraste
pela minha mao direita. Guiar-me-ás
com teu conselho e depois me receberás
cm gloria” (vv.23,24). Asafe entendeu
que valia a pena servir ao Senhor.

b. Malaquias respondeu aos que
diziam ser inútil servir o Senhor (MI
3.15), dizendo: *[..] Há um memorial
escrito diante dele, para os que temem
ao SENHOR e para os que se lembram
do seu nome. E eles seráo meus, diz o
SENHOR dos Exércitos, naquele dia que
farei, seräo para mim particular tesouro;
poupá-los-ei como um homem poupa
a seu filho que o serve” (MI 3.16,17).
Vale a pena servir ao Senhor!

3. Devemos viver conforme a
vontade do Senhor. “Para que, no
tempo que vos resta na carne, nao vi-
vais mais segundo as concupiscéncias
dos homens, mas segundo a vontade
de Deus” (1 Pe 4.2). Qual seria entao
2 vontade de Deus para conosco? A

52 Licöes Biblicas /Profess

Biblia diz: "Esta € a vontade de Deus,
a vossa santificagäo” (1 Ts 4.3). Já ob-
servamos que santificaçäo significa
uma vida que se abstém das coisas
que náo agradam a Deus, conforme a
Palavra: "Apartai-vos, diz o Senhor, e
nao toqueis nada imundo" (2 Co 6.17),

: "Aperfeigoando a vossa santificagáo
no temor de Deus” (2 Co 7.1). Devemos
sempre muito desejar ser-lhe agradäveis
{2 Co 5.9), andando dignamente diante
do Senhor, agradando-the em tudo (CL
1.11), guardando seus mandamentos, e
fazendo o que € agradavel à sua vista
(1303.22).

4. Bénçäos acompanham os que
vivem conforme a vontade de Deus!
Deus garante, 205 que assim vivem,
plena vitória contra os ataques do
Diabo. O crescimento espiritual deles
está garantido (CI 1.6,10). O Espirito
Santo tem plena liberdade para atuar
em suas vidas, e eles tornam-se pre-
parados para serem usados por Deus
em sua obra (2 Tm 2.19-21). E, acima
de tudo, aqueles que vivem segundo
a vontade de Deus, estáo preparados
para o arrebatamento! ALELUIA! VALE
‘A PENA VIVER NA VONTADE DE DEUS!
(Hb 12.15; 15.5,23).

SINTESE DO TÓPICO IV
Devemos andar dignamente diante
do Senhor, agradando-the em tudo.

SUBSIDIO DE VIDA CRISTA

"Os cristáos säo chamados a co-
operar com os propósitos e o poder
santificadores de Deus. Tem de haver a
disposigäo de abandonar os caminhos
malignos e impuros; de ser separado de
tudo que pode impedir o desenvolvi-
mento da vida semelhante à de Cristo.

A santificaçäo nao € a separaçäo de
um eremita ou recluso, pois Jesus se
misturou com os pecadores. Todavia,
em seu carater e padräo, Ele estava
'separado' dos pecadores. (Hb 7.26). O
desejo do Senhor para seus seguidores
é que continuem envolvidos no mundo
20 mesmo tempo e que permanecem
livres de seus maleficios.

O sucesso na vida cristá, em grande
extensäo, depende de nossa disposigáo
em nos entregarmos a Deus em total
sacrificio de nós mesmos.0 cristäo que
leva a santidade a sério é considerado
um ‘escravo' da justiga; um 'sacrificio
vivo! para Deus; um utensilio doméstico
puro”(Guia Cristäo de Leitura da Bíblia.
Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.490)

PARA REFLETIR

Arespeito de “O Povo de Deus deve Separar-se
do Mal”, responda:
+ Quala condigáo imposta pelos líderesisraelitas para a volta dos exilados?

Que provassem ser israelitas.

+ Na primeira triagem, quantos exilados foram impedidos de voltar?

Foram impedidos de voltar 652.

* Por que osjudeus näo aceitaram a ajuda dos samaritanos?
Porque, como povo de Deus, näo podiam se colocar sob um jugo comum

com os incrédulos.

+ Por que os samaritanos procuraram se associar aos judeus?
Para poderem desfrutar do mesmo prestigio que os judeus desfrutaram no
que tange ao verdadeiro culto a Deus.

+ Por que o povo de Deus nao deve se misturar com os incrédulos?

Para que nao percamos nossa condigäo como povo de Deus.

ANOTACOES DO PROFESSOR

Ligdes Bíblicas /Professor 53

Texto Aureo Verdade Pratica

cin A unido é uma forga indispensável
an para a lgrejo. É um testemunho
(orten diante do mundo e um estímulo para

o crescimento da obra de Deus.
LEITURA DIÁRIA

A desuniso expulsa as béngáos da | A unido engrandece a Igreja
Igreja

A desuniäo impede o crescimento AUNIäO € uma grande forga

Unido, o caminho para a comunháo | © Espírito Santo opera a unido
perfeita

eoamor

54 Licóes Bíblicas /P

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Neemias 5.1,6-12

Foi, porém, grande o clamor do povo
e de suas mulheres contra os judeus, |
seus irmáos.
© - Ouvindo eu, pois, o seu clamor e
essas palavras, muito me enfadei.

- E considerei comigo mesmo no
meu coragäo; depois, pelejei com
os nobres e com os magistrados e
disse-lhes: Usura tomais cada um de
seu irmäo. E ajuntei contra eles um
grande ajuntamento.

- E disse-lhes: Nós resgatamos os
judeus, nossos irmáos, que foram
vendidos as gentes, segundo nossas
posses; e vôs outra vez venderieis
vossos irmäos ou vender-se-iam ands?
Entäo, se calaram e náo acharam que
responder.

HINOS SUGERIDOS: 50,

| 9 - Disse mais: Nao € bom o que fa-
zeis: Porventura, ndo devieis andar
no temor do nosso Deus, por causa
| do opröbrio dos gentios, os nossos
| inimigos?
10 - Também eu, meus irmäos e meus
mogos, a juro, thes temos dado di-
| nheiro e trigo. Deixemos este ganho.
1 = Restitui-thes hoje, vos pego, as
suas terras, as suas vinhas, os seus
olivais e as suas casas, como também
| o centésimo do dinheiro, do trigo, do
mosto e do azeite, que vós exigis deles.
1 2 - Entäo, disseram: Restituir-tho-
«emos e nada procuraremos deles;
faremos assim como dizes. Entáo,
chamei os sacerdotes e os fiz jurar
que fariam conforme esta palavra.

145, 426 da Harpa Crista

OBJETIVO GERAL

Destacar que a unido € indispensável
da obra

para o crescimento e sustentabilidad
de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Porexemplo, o objetivo! refere=se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.

©) Explicar que a unido caracterizada no pe-
ríodo pós-exílio serve de referencia para
a Igreja;

D Expor a injustica social que ameaçava a
unio dos judeus nos tempos de Neemias;

(1) Mostrar as medidas adotadas por Neemias
para manter o povo unido em só propósito.

55

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Egressos do exilio babilönico os judeus pensavam que encontrariam
uma terra que manava leite e mel. Entretanto, eis que se depararam com
uma terra prestes a devorá-los. Como se ndo bastasse as dificuldades
decorrentes da relaçäo complexa com os povos vizinhos, havia também
muitas injusticas sociais e desordens que levavam o povo a um nivel de
desunido e hostilidade. Neemias foi usado por Deus para levar os judeus a
manterem-se unidos em um só propósito. Semelhantemente, a Igreja nes-
tes últimos dias precisa de ministros que conduzam o rebanho do Senhor
à unido e uniformidade para que a obra de Deus seja edificada e muitas
vidas possam ser salvas.

COMENTÁRIO

INTRODUCÄO

Veremos nesta ligäo um conflito
que surgiu entre diferentes classes
sociais, e como o problema foi solu-
cionado.

1- A UNIAO CARACTERIZAVA OS
JUDEUS LIBERTOS DO CATIVEIRO
1. Qual era a base desta uniäo?

a. Todos eram do mesmo povo, e
confessavam a sua fé no único Deus
verdadeiro. O altar havia sido renovado,
o Templo levantado, e o culto a
Deus restaurado, conforme
os ritos da lei.

b. Todos haviam ex-
perimentado o desperta-
mento que se havia iniciado
pelo rei Ciro. Todos haviam
cooperado ativamente para
a restauraçäo da cidade de
Jerusalém.

2. Esta unio entre os judeus
boliza a unido que deve haver na Igreja
de Deus (GI 6.16). Também na Igreja
há muitas coisas unificantes. Todos
experimentaram o novo nascimento.
Todos que nasceram de novo amam
305 que sáo nascidos por Ele - Jesus.
56 Licóes Bíblica:

professo)

CENTRAL
Cristo derrubou o
muro da separacao
que havia entre gen-
tíos e judeus, tornan»
do-os uma verda-
deira ‘Familia
de Deus”.

Todos na Igreja säo aproximados uns dos
outros, porque Cristo derrubou o muro
da separaçäo que havia entre gentios
e judeus, tornando-os uma verdadeira
“Familia de Deus” (Ef 2.12-19). Esta unido
no se baseia em nacionalidade, nivel
social ou cultural, mas todos söo UM
EM CRISTO (Gi 3.28). No meio da Igreja
opera o Espírito Santo, o qual faz com que
todos se tornem um coraçäo e uma alma
(At 4.32). Quando a Igreja vive cheia do
Espírito Santo, a unido funciona em sua
plenitude, e, entáo, ela se torna

uma antessala do céu. Consi-
deremos algumas bênçäos

decorrentes da uniäo:

a. Os crentes sentem
apoio espiritual para a sua
vida. Muitos crentes vivem

cercados de pessoas que sáo
contrérias à sua fé. Sao alvos

de criticas e de isolamento, seja
no trabalho, na escola ou na familia.
Que riqueza entäo € chegar à igreja

uniäo que predomina entre os irmäos!
Ouçamos o que diz o salmista: "Quäo
bom e quáo suave é que os irmáos
vivam em unido...” (SI 133.1).

b. Na igreja levamos as cargas uns
dos outros (GI 6.2). Existem cargas que
cada um tem de levar sozinho (GI 6.5).
Mas existem também cargas em que
podemos ajudar uns aos outros. Que
bénçäo na hora de aperto, saber que
a igreja pode ajudar em oraçäol

<. À unido nos faz fortes. Uma
ovelha sozinha é facilmente arreba-
tada, mas quando está com o rebanho
é protegida. Uma pedra sozinha, pode
ser levada ou jogada, porém, quando
estiver edificada dentro do muro, é
mais difícil tirá-la (1 Pe 2.4,5).

d. Uma igreja que vive em unido,
tem um testemunho maravilhoso. Jesus
disse que através dessa unido o mundo
conheceria que Ele foi enviado por Deus
(o 17.21,23; 13.35). Pela unido o mun-
do conhecerá também os verdadeiros
discípulos de Jesus (Jo 13.35).

3. Esta unio é uma verdadeira
força. Foi por causa da unido que os
judeus, numericamente inferiores aos
seus inimigos, conseguiram construir o
Templo, e também os muros da cidade.
Esta uniäo é também o segredo da vi-
tória da Igreja. O santo óleo desce da
cabeça do Sumo Sacerdote Jesus Cristo,
€ os crentes vivem em unido (SI 133.1,2).
Jesus disse: "Eu dei-thes a glôria que a
mim me deste, para que sejam UM" (Jo
17.22). Sejamos, pois, UM; assim como
© Pai, o Filho e o Espírito Santo säo UM
(1305.7). O autor de Eclesiastesjá dizia:
“0 cordáo de trés dobras näo se quebra
tao depressa” (Ec 4.12).

SÍNTESE DO TÓPICO I
O mistério da Igreja de Cristo
formada pela uniáo entre judeus e
gentios estivera em oculto desde a
eternidade.

020 -Julho/Agosto/Setembro

SUBSÍDIO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICO

Para introduzir esta ligäo € im-
portante que vocé conceitue bem
biblicamente a palavra "comunhäo” e
amplie o seu conceito. Para the auxiliar
nessa tarefa, juntamente com o concei-
to presente na ligäo, leve em conta o
seguinte fragmento textual:

*Koinónia, tendo em comum (koinos),
sociedade, companheirismo‘, denota:a)a
parte que alguém tem em algo, partici-
paçäo, companheirismo reconhecido e
desfrutado. É, assim, usado acerca: das
experiencias e interesses comuns dos
cristäos (At2.42; GL2.9); da participacdo
no conhecimento do Filho de Deus (1 Co
1.9); do compartilhamento na realizagäo
dos efeitos do sangue (ou seja, da morte)
de Jesus e do corpo de Jesus, conforme é
exposto pelos emblemas da Ceia do Se
nhor (1 Co 10.16); da participaçäo no que
éderivado do Espírito Santo (2 Co 13.13;
Fp 2.1); da participaçäo nos sofrimentos de
Cristo (Fp 3.10); do compartilhamento na
vida da ressurreigäo possufda em Cristo e,
por conseguinte, do companheirismo com
oPaieoFilho(1Jo 1.3,6,7); negativamente,
da impossibilidade de 'comunhao' entre a
luzeastrevas (2 Co 6.14); b) companheiris-
mo manifesto em atos, os efeitos práticos
do companheirismo com Deus, realizado
pelo Espírito Santo na vida dos crentes
emresultado da é (Fm 6), e encontrando
expressáo no ministério em comum com
os necessitados (Rm 15.26; 2C08.4;9.13;
Hb 13.16) ena proclamacáo do Evangelho
pelos dons (Fp 1.5)" (Dicionário Vine, Rio
de Janeiro: CPAD, 2002, p.485).

11 - A UNIÄO ENTRE OS JUDEUS
ESTAVA AMEACADA

1. Qualera a ameaça? Tratava-se de
uma grande injustiça social. Financeira-
sor 57

Liçües Bíblicas /Pro

mente, a vida dos que voltaram da Babiló-
nig era bem dificil. Muitos eram obrigados
a tomar dinheiro emprestado, näo só para
seu sustento, como também para pagar o
imposto do governo. Tomavam empres-
tado dos seus irmäos mais ricos, os quais
cobravam juros altos, até mesmo com
usura. Quando os mais pobres náo conse-
guiam pagar os empréstimos tomados, os
inmäos mais ricos executavam as dividas,
tomando as casas, asterras, e até mesmo
os filhos e as filhas dos devedores (Ne
5.1-5). Isto foi causa de grande clamor
entre os Judeus. Este assunto chegou ao
conhecimento de Neemias, o qual ficou
muito enfadado (Ne 5.6).

2. Como se explica esta grande
injustiga?

a. Emprimeirolugar era uma expres
sáo de FALTA DE AMOR dos mais ricos para
com os mais pobres. Desta forma os mais
ricos pecavam contra seus irmáos mais
pobres, näo thes dando o devido valor. A
Biblia diz que cada um deve considerar
“os outros superioresa si mesmo" (Fp 2.3),
e que devemos suportar "uns aos outros
em amor” (Ef 4.2). Por falta de amor, os
ricos chegaram a cobrar juros com usura,
coisa proibida na lei (Lv 22.36; Éx 22.25).
O assunto é muito sério, porque a Bíblia
diz que quem peca contra o irmáo, peca
contra Cristo (1 Co 8.12).

b. À atitude dos ricos era uma
expresso de DUREZA CONTRA SEUS
IRMAOS. Eles queriam ficar ainda mais
ricos ás custas da miséria de seus irmaos
mais pobres. Nao lhes importava o choro
de seus irmäos (Ne 5.1). “A opressäo faz
endoidecer até o sábio" (Ec 7.7).

SINTESE DO TÓPICO II
A injustiga social era uma expressäo
da falta de amor dos mais ricos para
com os mais pobres.

58 Licóes bíblicas /Professor

SUBSIDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Pobrezas (5.1-4). Tanto as condi-
çües de seca como altas taxas produziu
um grande aperto na agricultura. A
avareza dos ricos, que emprestavam
dinheiro as famílias desesperadas a
juros altos e entäo hipotecavam as suas
propriedades, foi a principal causa da
tremenda dificuldade em que muitos se
acharam. Hoje, há muitas razóes para a
pobreza. Porém, a avareza permanece
como causa mais comum.

Tributos (5.4). O rei persa cobrava
cerca de 20 milhöes, em ouro, de dé-
ricos (uma moeda persa), anualmente,
em taxes. O pagamento era exigido
em moedas de ouro ou prata que eram
derretidas e armazenadas em lingotes.
Quando Alexandre, o Grande tomou Susa,
onde Neemias havia servido Artaxerxes,
encontrou cerca de 270 toneladas de ouro
€ 1.200 toneladas de prata! A política
privou o reino do seu dinheiro, criou a
inflagáo, e foi, em parte, responsável pela
afligäo económica da Judeia.

Usura (5.7). A palavra hebraica
massa, aparece somente em Neemias,
Significa impor uma sobrecarga. O An-
tigo Testamento proibe cobrar juros
em empréstimos aos vizinhos pobres
(Ex 22.25-27; Lv 25.35-37; Dt 23.19,20;
24.10-13). Essas condiçôes estavam
sendo violadas" (RICHARDS, Lawrence O.
Guia do Leitor da Biblia. Rio de Janeiro:
CPAD, 2005, p.317).

lll - NEEMIAS SOLUCIONOU O
PROBLEMA

1. Neemias convocou um grande
ajuntamento (Ne 5.8). Reuniu o povo
e lembrou a todos que os irmáos mais
pobres estavam sendo literalmente
escravizados. Confrontou-os com sua
injustiça, perguntando-lhes: "Vender-
-se-iam a nós? Entáo se calaram e näo
acharam o que responder” (Ne 5.8).
2020

2. Neemias fez uma proposta
concitiadora. "Deixemos este ganho!”
Restituf-thes hoje!” (Ne 5.10,11). Nee-
mias Inclui-se na proposta. Ele e seus
auxiliares haviam emprestado a juro
(notem bem, a juro mas náo com usu-
ral), e Neemias estava disposto a näo
receber os juros (Ne 5.10).

3. A proposta de Neemias foi aca-
tada, "Restituir-Iho-emos, e nada pro-
curaremos deles; faremos assim como
dizes” (Ne 5.12). Neemias fez com que
jurassem diante dos sacerdotes que
assim fariam (Ne 5.12). Um ato sim-
bólico de Neemias confirmou aquele
juramento solene (Ne 5.13).

SINTESE DO TÓPICO 111

A convocaçäo de Neemias para a
conciliaçäo.

SUBSIDIO TEOLOGICO

“Porque, assim como o corpo é
um e tem muitos membros, e todos os
membros, sendo muitos, sáo um sö corpo,
‘assim € Cristo também (2 Co 12.12).

A frase ‘assim é.. também (houtos kai)
nos alerta para o que é talvez a primeira
metáfora do Novo Testamento com a in-
tengo de nos ajudar a entender a natureza
daigreja. Em Romanos, Paulo ensinou que
pela fé o crente une-se a Jesus em uma
Unido indissolüvel. Agora, ele ensina que
aqueles que estáo unidos a Cristo também
estáo unidos entre si, num relacionamento
orgánico, como aquele que existe entre
os membros e órgáos do corpo.

Essa imagem transmite inúmeras
realidades. Näo podemos ser cristäos
isolados dos outros, devemos funcionar
junto com eles. Näo podemos cumprir
nossa missäo na vida separados da
igreja, e devemos estar suficientemente
próximos para exercer nossos dons

através do amor e do servigo. Nao pode-
mos permitir discussöes e divisöes em
nossas congregagdes, e devemos estar
unidos por um compromiso comum, náo
56 com Jesus, mas também entre nös”
(RICHARDS, Lawrence O. Comentario
Histórico-Cultural do Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.348).

IV. A PAZ VOLTOU A REINAR ENTRE
OS JUDEUS

1. Surgindo um problema entre
os irmäos, deve logo ser tratado com
muita diligencia. Quando um líder do
povo for ignorante, desinteressado ou
negligente, o resultado poderá vir a ser
uma contaminaçäo grave.

Faz parte dasatribuigdes do ministro.
manter a boa ordem na igreja. Ele deve
enfrentar os problemas com humildade,
imparcialidade, e com sabedoria de Deus.

Neemias foi neste sentido um
'exemplo para os que esto à frente da
obra do Senhor. Assim como Deus fez
com Neemias, Ele quer fazer com seus
servos, hoje, isto é, Deus quer abengoar
seus servos e confirmar as obras das
‘suas mäos (SI 90.17).

2. Problemas relacionais devem
ser tratados carinhosamente. "Bem.
aventurados os pacificadores" (Mt 5.9).

a. À desuniäo representa uma
‘obra da carne (Gl 5.19,20). Estas coisas
entristecem o Espírito Santo (Ef 4.30).

b.A desuniäo destréi a comunhäo
e 0 amor entre os irmaos, coisa tao,
preciosa na Igreja. "Andai em amor
como também Cristo vos amou” (Ef
5.2). "Quem ama a Deus, ame também
a seu irmáo" (1 Jo 4.21). Jesus orou:
“Para que todos sejam um, como tu, 6
Pai, o és em mim, e eu, em ti” Jo 17.21).

¢ Finalmente devemos cultivar nos-
so testemunho diante do mundo. A unigo
entre os crentes 6 o selo da estabilidade
espiritual e da paz na Igreja (Jo 17.4).

Licdes Bíblica:

59

SÍNTESE DO TÓPICO IV

A paz foi mantida porque Nee-

mias enfrentou os problemas com

humildade, imparcialidade, e com
sa=bedoria de Deus.

SUBSIDIO DE VIDA CRISTA
“Aimportanciadotrabathoemequipe
Neemias nao era adepto do ‘mi-

nistério de um homem só" Ele sabia da

importáncia de conseguir que todos se
envolvessem no trabalho e se sentissem
parte da equipe. Ele conseguiria isso
tendo o cuidado de designar as pes-
soas para trabalhar juntas em áreas do
muro que fossem perto da casa delas.
Observe a recorréncia da expressäo:
‘ao seu lado’ no capítulo 3 (Ne 3.7,17-
25, 27,29-31). O trabalho em ‘equipe’
garante que ‘todos juntos conseguem
mais’ (veja também 1 Co 12)" (Guia
Cristáo de Leitura da Biblia. Rio de
Janeiro: CPAD, 2013, p.198).

PARA REFLETIR

A resp

to de “As Causas da Desu

devem

der Eliminadas”, responda:
+ O que caracterizava os judeus libertos do cativeiro?

A uniäo.

+ O que simbolizava a uniäo entre os judeus que retornaram do cati-

veiro e Deus?

A unido que deve haver entre Jesus e a Igreja.

+ O que estava ameagando a uniáo entre os judeus?

Ainjustica social.
+ O que representa a desuniäo?

A desuniäo representa a obra da carne.

+ De acordo com a ligäo, o que representa a unido entre os crentes?
Representa o selo da estabilidade espiritual e da paz na Igreja.

ANOTAGOES DO PROFESSOR

Ÿ

60 Licdes Bíblicas

Texto Aureo Verdade Pratica

“Mas em todas estas coisas somos ‘Quando depositamos nossa confian-
mais do que vencedores, por aquele ça em Deus, descobrimos que Ele &
que nos amou.” muito maior do que todos os obstd-
(Rm 8.37) culos que encontramos.
LEITURA DIARIA
inta - At 2.3
A fé, uma arma contra a oposicáo A vigilancia, uma arma contra a
oposiçäo
A oraçäo, uma arma contra a M
oposiçäo A obra de Deus triunfará
3 bado » At 5.34-42

A unio, uma arma contra a oposigáo A grandeza da obra de Deus

rofessor 61

Iho/Agosto/Setembro Licöes Bíblica,

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Neemias 4.8-20; 1 Jodo 4.

Neemias 4
8 - E ligaram-se entre si todos, para

virem atacar Jerusalém e para os |

desviarem do seu intento.

© - Porém nés oramos ao nosso Deus
e pusemos uma guarda contra eles,
de dia e de noite, por causa deles.

0 - Entäo, disse Judá: Já desfalece-
ram as forgas dos acarretadores, e
o po é muito, e nés ndo poderemos
edificar o muro.

| - Disseram, porém, os nossos
inimigos: Nada saberdo disso, nem
verdo, até que entremos no meio
deles e os matemos; assim, faremos
cessar a obra.

- E sucedeu que, vindo os judeus
que habitavam entre eles, dez vezes
nos disseram que, de todos os lugares,
tornavam a nós.

1 > - Pelo que pus guardas nos lugares
baixos por detrás do muro e nos altos;
e pus o povo, pelas suas familias, com
as suas espadas, com as suas langas
e com os seus arcos.

14 -Eolhei, e levantei-me, e disse aos
nobres, e aos magistrados, e ao resto
do povo: Nao os temais; lembrai-vos
do Senhor, grande e terrivel, e pelejai
pelos vossos irmäos, vossos filhos,
vossas mulheres e vossas casas.

| - Esucedeu que, ouvindo os nossos
inimigos que jd o sabíamos e que Deus

5

tinha dissipado o conselho deles,
todos voltamos ao muro, cada um
à sua obra.

16 - E sucedeu que, desde aquele dia,
metade dos meus mogos trabalhava
na obra, e a outra metade deles tinha
as langas, os escudos, os arcos e as
couragas; e os chefes estavam por
detrás de toda a casa de Judá.

1 7 - Os que edificavam o muro, e
os que traziam as cargas, e os que
carregavam, cada um com uma mao
fazia a obra e na outra tinha as armas.
18 -Eos edificadores cada um trazia
a sua espada cingida aos lombos, e
edificavam; e o que tocava a trombeta
estava junto comigo.

19 - E disse eu aos nobres, e aos
magistrados, e ao resto do povo:
Grande e extensa é a obra, e nós
estamos apartados do muro, longe
uns dos outros.

20 - No lugar onde ouvirdes o som da
buzina, ali vos ajuntareis conosco; o
nosso Deus pelejará por nós.

1 Joao

4.4 - Filhinhos, sois de Deus e jd os
tendes vencido, porque maior é o
que está em vós do que o que está
no mundo.

5.5 - Quem é que vence o mundo,

sendo aquele que cré que Jesus é o
Filho de Deus?

HINOS SUGERIDOS: 46, 305, 577 da Harpa Crista
OBJETIVO GERAL

Destacar as medidas adotadas por Nee!

5 a fim de vencer as oposiçües à

realizaçäo da obra de Deus.

62 Licóes 8

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo | refere-se ao tópico! com seus respectivos subtópicos.

Resaltar o que a Biblia afirma sobre a natureza dos ataques espirituais
à obra de Deus;

Identificar os meios que o Inimigo utiliza para neutralizar a fé do crente;

Destacar quais armas espirituais Neemias utilizou para vencer as
oposiçües à obra de Deus.

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A liçäo desta semana destaca a dura resistencia dos samaritanos no tocante
à reconstrugdo do muro de Jerusalém. Neemias enfrentou com sabedoria a
oposiçäo daqueles que ndo queriam ver a obra de Deus sendo realizada. Como
se ndo bastasse os problemas externos, Neemias ainda teve a incumbéncia de
incutir ánimo no povo, levando-o a trabalhar empenhadamente em prol da
obra de Deus. Nos dias atuais, carecemos de obreiros dedicados que mesmo
sabendo que a batalha € renhida, ainda assim nao recuam, mas trabalham
com esmero para que a obra de Deus seja realizada.

COMENTÁRIO

tudo espiritual. Os inimigos visiveis säo
meramente instrumentos dos demónios,
05 quais nos atacam. Desde que
Lucifer caiu em pecado no céu

e foi expulso de lá, ele tem

INTRODUGÄO

Nalicáo 7 observamos como acons-
trugäo dos muros em Jerusalem ponto.

provocou uma dura resisténcia CENTRAL
por parte dos samaritanos. Nes-

Jamais devemos
talicdo iremos observar,mais permitir que alguma 4 O scone
detalhadamente,as diferentes coisa venha abalar © Ce Ste Cis (5 pe a

formas dos seusataques,eo 9 nossa fé, porque 2. Qual a orientaçäo

que a Bíblia dá diante des-
ta luta? Ela diz: "Portanto
tomai toda a armadura de

sem fé é impos-
sivel agradar a
Deus,

modo como os judeus consegui-
ram vencé-los e concluir a obra.

1- QUAL A PROCEDENCIA
DESTES ATAQUES?

1.ABíblia revela a verdadeira forca
por trás destes ataques. Ela diz: "Nao
temos que lutar contra carne e sangue,
mas, sim, contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas
deste século, contra as hostes espirituais
da maldade, nos lugares celestiais” (Ef
6.12). Portanto, nossa luta é antes de

Deus, para que possais:
a) RESISTIR NO DIA MAI
b) TENDO FEITO TUDO,
©) FICAR FIRMES (Ef 6.13). Vemos,
assim, que a Biblia näo aconselha fugir
da luta, mas sim ficar firmes, resistir, e
vencer! (Tg 4.7)
3.Nesta luta contra o mundo invisivel
'aarma mais eficazéafé.A Bíblia diz: "Quem
€ que vence o mundo, sendo aquele que cré
des Biblicas /Professor 63

que Jesus é o Filho de Deus?” (1 Jo 5.5). Por
isso a Biblia aconselha: “Milita a boa milicia
da fé, toma posse da vida eterna” (1 Tm
6.12) Pela fé experimentamos a operaçäo
do Espírito Santo em nossa vida (Gl 3.2,5).
Jamais devemos permitir que alguma coisa
venha abalar a nossa fé, porque "sem fé &
impossivel agradar-the" (Hb 11.6). Devemos
näo temer, mas crer somente (Mc 5.38).
“Nao deis lugar a0 Diabo!” (Ef 4.2).

4. Nesta luta as armas devem ser
espirituais (2 Co 10.4). 56 as armas
espirituais atingem e alcangam os reais
inimigos, os demónios. As armas carnais
56 nos prejudicam, pois muitas vezes
tevam-nos a dar lugar ao inimigo.

SINTESE DO TÓPICO 1
A nossa luta é antes de tudo espiritu-
al, os inimigos visiveis säo meramente
instrumentos dos demönios, os quais
nos atacam. No entanto, as nossas
armas também sao espirituais, pois
indo lutamos contra carne e sangue.

SUBSIDIO DIDATICO-
-PEDAGÖGICO

Aaula desta semana é uma excelente
oportunidade para que seus alunos conhe-
am o conceito de "batalha espiritual”.
Neste caso, à medida que vocé destacar a
importáncia do preparo espiritual, expli-
que quais armas a igreja dispôe para vencer
as adversidades que surgem para impedir
o crescimento e bom funcionamento da
obra de Deus. Para tanto, pesquise na
internet ou revistas e leve para a sala de
aula imagens ou figuras que representem
a armadura de Deus citada por Paulo em
Efésios 6.10-18. Sugiro para o seu estudo
o Novo Manual de Usos e Costumes dos
Tempos Bíblicos, que trás alguns detalhes
sobre a armadura de Deus:

64 Liçoes Bíblicas /Professor

“Paulo serefere à roupa usada pelo
soldado. Ele combina a profecia de Isaías
sobre a armadura de Deus (ls 59.16.17) com
‘oque se sabe sobre o soldado romano. Por
baixo da armadura do soldado estava uma
vestimenta básica para ‘ficarem firmes,
de modo que a armadura (casaco e saña
de couro cobertos com placas de metal)
pudesse ajustar-se por cima. Os soldados
romanos tinham sandälias pregadas com
tachas grandes que firmavam seus pés no
cháo. Paulo usa a descrigäo para dizer que
o Diabo näo poderá derrubar os cristáos
se eles forem estritamente honestos,
absolutamente justos em seus tratos e
näo se deixarem perturbar facilmente.
Acrescente a isso uma salvagóo que os
capacita aviver segundo o padráo de Deus,
com acesso ao que Deus disse e confianca
nEle, e o cristäo estará bem protegido”
(GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos
e Costumes dos Tempos Bíblicos. 2. ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.16).

11-0 INIMIGO PROCURA ATINGIR A
NOSSA FE.

1.0 Inimigo ataca com a arma do
DESPREZO. Diziam: “que fazem estes
fracos judeus?” (Ne 4.2). De fato, em
nés mesmos somos fracos. Paulo disse:
"Quando estou fraco entäo sou forte” (2
Co 12.9,10). Quando o crente é tentado
a se comparar com o inimigo, está em
perigo! Foi esta tentaçäo que derrubou
Israel. Quando os dez espias disseram
“Nao poderemos subir contra aquele
povo, porque é mais forte do que nés"
(Nm 13.31), os israelitas recusaram-se
a subir, recusaram-se a dar ouvidos à
mensagem de fé transmitida por Calebe,
que dizia: *Certamente prevaleceremos
contra ela” (Nm 13.30). “O Senhor €
conosco, náo os temais” (Nm 14.9).

2.0 Inimigo ataca com a arma do
ESCÁRNIO (Ne 4. 179.4).
Trata-se de uma arma que os inimigos

Julho/Agosto/Setembro - 2020

NE

da obra de Deus tém usado em todos
‘0s tempos. Quando os servos de Deus
sofrem escärnio, so tentados a fica-
rem desanimados. Todavia devemos
lembrar de que isso é o que os fiéis
sempre tiveram que suportar (Hb 11.36;
SL 35.15,16; 44.13,14). Nem mesmo
Jesus escapou do escárnio (Mt 20.19;
27.29,39). Ele disse: "Se chamaram
Belzebu ao pai de familia, quanto mais
aos seus domésticos?” (Mt 10.25). Isto
faz parte da cruz que devemos aceitar
quando seguimos a Jesus (Mt 10,38,39;
16.24,25). Os que säo carnais procuram
escapar do escándalo da cruz (Gl 5.12).

3. 0 Inimigo chama anossa atençäo
paraa imensidade da tarefa. “Vivificaráo
dos montôes de pó as pedras que foram
queimadas?” (Ne 4.2). Moisés, ao olhar
para a dimensäo da tarefa para qual
Deus o chamava, recusou-se air. Quando,
porém, Moisés meditou na Palavra de
Deus, que Deus iria com ele (Ex 3.12), e
que Deus seria com a sua boca (Éx 4.12),
Moisés se animou e viu as montanhas
tornando-se em campinas (Zc 4.7)
‘Quem faz a obra € Deus (Is 26.12), mas
Ele usa instrumentos, ainda que estes
sejam pequenos e a tarefa seja grande!

4. O Inimigo usa contra nós os
BOATOS e as MENTIRAS. Os sama-
ritanos espalhavam calúnias contra
Neemias, dizendo que ele planejava
constituir-se rei (Ne 2.19;6.5,6). Tudo
{sto para amedrontar os judeus e assi
atingi-los em sua fé em Deus. Neemias
respondeu: "De tudo que dizes, coisa
nenhuma sucedeu, mas tu, do teu cora-
do o inventas” (Ne 6.8). Paulo escreveu:
“Tornando-nos recomendáveis em
tudo... por honra e por desonra, por
infámia e por boa fama” (2 Co 4.4-8).
Jesus aconselhou aqueles que sofrerem
acusaçôes mentirosas a alegrarem-se
a exultarem, e a näo atentarem para 0
que se fala deles (Mt 5.11,12).

920 - Julho/Agosto/Setembro

5.0 Inimigo usa como arma a AS-
TÚCIA. Os samaritanos convidaram os
judeus para juntos se congregarem nas
aldeias: porém intentavam fazer mal a
Neemias. Insistiram na proposta, mas o
convite foi repetidamente recusado por
Neemias: “Estou fazendo uma grande
obra, [... náo poderei descer” (Ne 6.3).

6. O Inimigo usa como arma as
AMEAGAS. Os inimigos dos judeus ame-
acaram guerrear contra eles, a fim de
espatharem medo e pánico entre o povo
de Deus. Porém, diz Neemias: "Oramos
ao nosso Deus e pusemos guarda contra
eles!” (Ne 4.9). Os judeus náo atacaram
os samaritanos, mas defenderam a sua
área de trabalho (Ne 4.13-20).

SINTESE DO TÓPICO II
O Inimigo utiliza as ferramentas do
desprezo, da mentira e do escárnio,
mas é importante entender que isso
faz parte da cruz que devemos aceitar
quando seguimos a Jesus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

O caräter de Neemias revela-se ili-
bado no material escrito disponivel. Ele
foitáo dotado e talentoso como qualquer
homem dos tempos pós-exílicos. Seu
contagioso patriotismo era profundo e
intenso e levava os homens a deixar suas
cotheitas a fim de viajar para Jerusalém
e trabalhar na reconstrugáo do muro.
Sua rígida integridade, associada a uma
bondosa humildade, fazem com que ele
se projete como um notável exemplo de
lideranca leiga. Sua abnegada prática
de recusar qualquer recompensa pelos
servigos (Ne 5.14-18) deve ter deixado
uma impressao indelével nos pobres
de Jerusalém. Sua intensa fé em Deus
e genuina piedade eram evidenciadas
pelo zelo que dispensava à ética e à parte

sor 65

cerimonial da religido. Acima de tudo, sua
devoçäo ao dever, sua infatigável energia
edeterminada persisténcia impulsionaram
um grupo de homens que nunca desistiam.
Neemias era um homem de agäo, näo
um homem que se sentava para esperar
que Deus fizesse com que acontecesse
algum evento sobrenatural. A desespe-
rada condigäo de seu povo exigía, sem
demora, que fossem tomadas medidas
extremas. Analisando sua obra como um
todo, Neemias realmente foi um homem
preparado por Deus para agir naquela
hora” (Dicionário Bíblico Wyctiffe. Rio
de Janeiro: CPAD, 2006, p.1350).

Ill QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA
DE NEEMIAS E DOS JUDEUS?

1. Os judeus venceram porque ti-
nham certeza de que estavam na vontade
de Deus. Neemias disse aos seus inimi-
gos: "O Deus dos céus € o que nos fara
prosperar” (Ne 2.20). Neemias sabia que
o Senhor o havia enviado para Jerusalém,
e que pelejava por eles. Esta certeza nos
guarda de precipitacdes (Pv 29.20), e de
falarmos palavras impensadas (SI 106.33;
Ec79; Pv 25.11). Podemos assim governar
o nosso espírito (Pv 16.32).

2. Os judeus venceram pela oraçäo.
Neemias era homem de oraçäo. Com
frequéncia lé-se sobre como Neemias
orava: "Ouve, 6 nosso Deus; Lembra-te
de mim para o bem; Lembra-te, meu
Deus, de Tobias e Sambalate" (Ne 4.4;
6.14; 13.29). Aquele que ora, coloca a
sua dificuldade diante do Senhor que
QUER e PODE RESOLVE-LA! O mesmo
Deus que nos exortou a orar, também
prometeu nos responder as oragöes
(06 22.27; SI 50.15; 46.1; Mt 7.7,8,11).

3. Devemos também orar (1 Ts 5.17).
"Orai sem cessar..." Jesus deixou-nos 0
mesmo ensino. Falou-nos da necessidade
de perseverarmos na oracáo, usando
para isso uma parábola (Lc 18.1). Paulo
CR:

exortou aos efésios a perseverarem
em “oraçäo e súplica no Espírito” (Ef
6.18) e aos colossenses ele escreveu:
“Perseverai em oragäo” (CI 4.2). O que
é entäo, perseveranga em oraçäo?

a. É impedir que alguma coisa nos
estorve a orar, encontrando-nos apenas
na oraçäo. Precisamos de uma espécie de
autodisciplina, ou de controle sobre nós
próprios. Marta náo dispunha tempo para
ficaraos pés de Jesus, porque estava ocu-
pada (Lc 10.38-42). Quando comecamos
à orar aparecem muitos obstáculos, mas
devemos ser vitoriosos. Temos que ter
vitória também em nossos pensamentos,
porque o Inimigo quer nos impedir de orar,
fazendo-nos pensar em outras coisas.

b. É persistir em orar, ainda que o
Diabo procure tornar pesada e dificil a
oraçäo. Daniel orou 21 dias, e velo a res-
postal E, entáo, ele soube que a resposta
demorara, porque os espíritos malignos
tinham impedido a resposta (Dn 10.11-
14). Jesus mostrou a mesma verdade na
parábola sobre a viúva (Lc 18.1-6).

e. E orar até que venha a resposta!
Devemos orar “até que..." (Is 62.8; Lc
24,49). Jesus orou trés vezes sobre mesma
coisa (Mt 26.44), e Paulo também orou
trés vezes, até que Deus lhe respondeu
(2 Co 12.89). Elias orou 7 vezes, para que
chovesse, e choveu (1 Rs 18.43-45) Eos
discípulos perseveraram em oragäo até
que o fogo caiu (At 1.14; 2.1-4).

d.Éuma prova de que o Espírito de
oraçäo opera em nös(Zc 12.10; Rm 8.26;
Ef 6.18; Jd 20). O Espírito Santo ora, em
nés, enquanto trabalhamos; enquanto
nos ocupamos de nossas tarefas diärias.
O Espfrito Santo nao se preocupa acerca
da posigäo de nosso corpo, isto é, se
estamos ajoelhados, deitados ou em
pé. Isto é 0 segredo de estarmos sempre
orando! Dé liberdade ao Espirito - e
Ele levar-te-á para esta gloriosa vida
de oraçäo. Aleluia. A VITÓRIA É NOSSA,
PELO SANGUE DE JESUS. Amém.

SÍNTESE DO TÓPICO I
'Neemias sabia que o Senhoro havia
enviado para Jerusalém, e que pelejava
por eles. Esta certeza, acompanhada
do compromisso com a oraçäo foram
importantes para que o servo do Senhor

alcançasse éxito na sua missdo.

SUBSÍDIO DE VIDA CRISTA _

O fato € que Deus se comprometeu
a ouvir e responder as oragöes de seu
povo. Somos informados uma vez após
a outra — e Jesus nos lembra — que o
que Deus quer fazer em nés e pornós, de
alguma maneira, depende de pedirmos
a Ele que faga isso (Mt 7.7.8; Tg 4.2). A
oracáo é o meio concedido por Deus de
admiti-lo em nossa vida e necesidades.

Em sua palavra, Ele nos fezinúmeras pro-
'messas e comprometeu-se a cumpri-las
quando as levamos a sério (por exemplo,
2.C17.14; SL50.15;)1 33.3). A verdadeira
oraçäo começa quando começamos a
aceitar a Deus em sua Palavra.

Jesus náo só nos chama a desfrutar
suas bênçäos, mas também nos envolve
‘em uma batalha espiritual para à qual
precisamos de uma armadura e de armas.
À oraçäo € uma das armas (Ef 6.14-20).
Observamos como ela funciona quando
os cristäos primitivos, no livro de Atos,
reagiram aos ataques do Diabo com
oraçäo (4.23,24; 12.54). É por meio da
‘oracdo que colaboramos com o Senhor na
execuçäo de seus planos para o mundo,
Assim, a oraçäo náo € apenas um passa
tempo prazeroso; ela também funciona
€ combate” (Guia Cristáo de Leitura da
Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.591).

PARA REFLETIR

Arespeito de “Como Vencer as Oposicóes
à Obra de Deus”, responda:

+ Qual a procedéncia dos ataques contra a obra de Deus?
Os ataques contra a Obra de Deus procedem do proprio Diabo.

+ Como devemos enfrentar os ataques do Diabo?
Com a armadura de Deus, que s3o as nossas armas espirituais.

+ Com que armas o Inimigo nos ataca?
© inimigo nos ataca com as armas do escarnio, do desprezo, dos boatos,
das mentiras, etc.

+ Como os judeus venceram a oposigäo?
Pela oraçäo.

+ O que nos recomenda o apóstolo Paulo?
Que oremos sem cessar.

ANOTAGOES DO PROFESSOR

Lics0 10

Texto Aureo Verdade Prática
“Amados, ndo creiais em todo espiri-
to, mas provai se os espiritos säo de à ‘
nee Através dos dons espirituais, a Igreja
ae eth Le ads oe I discerne os espiritos enganadores.
(1304.1)
ae. LEITURADIARIA | =
Nem todo espírito é de Deus Os espiritos maus imitam a Deus
Terca = 1 C0 2.7-16 Sexta: 1 Co 124711
Devemos discernir os espíritos Os dons edificam a Igreja

Os espíritos maus sáo enganadores | O dom profético é útil à Igreja

68 Licdes Biblicas /Professor Julho/Agosto/Setembro - 2020

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 6.10-14; 1 Tessalonicenses 5.20,21; 1 Corintios 14.29

Ne 6 13 - Para isso o subornaram, para me
E, entrando eu em casa de Se- | Stemorizar, e para que eu assim fizesse
maias, filho de Delaias, o filho de © Pecasse, para que tivessem alguma
Meetabel (que estava encerrado), causa afim de me infamarem e assim
disse ele: Vamos juntamente à Casa Me Vituperarem.

de Deus, ao meio do templo, e fe-| 14 - Lembra-te, meu Deus, de Tobias
chemos as portas do templo; porque | e de Sambalate, conforme estas suas
virdo matar-te; sim, de noite virdo | obras, e também da profetisa Noadias
matar-te. e dos mais profetas que procuraram
1 1 - Porém eu disse: Um homem, como | @temorizar-me.

eu, fugiria? E quem há, como eu, que | | Tessalonicenses 5

entre no templo e viva? De maneira | > - Nao desprezeis as profecias.
nenhuma entrarei. 4

ee 21 - Examinai tudo. Retende o bem.

+2 + Econheci que eis que ndo era Deus

quem o enviara; mas essa profecia | 900005 14
falou contra mim, porquanto Tobias | 29 -Efalem dois ou trés profetas, eos
e Sambalate o subornaram. outros julguem.

HINOS SUGERIDOS: 17, 212, 432 da Harpa Cristä

OBJETIVO GERAL

Levar os alunos a refletirem sobre como discernir os espíritos e julgar a
profecia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo! refere-se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.

A (© Destacar o cuidado que devemos ter com os
falsos profetas;

(D Resaltar que a Bíblia revela a existéncia dos
falsos profetas;

2 satientar que devemos julgar as profecias;
(1) Mostrar por que devemos julgar as profecias;

©) Pontuar como devemos julgar as profecias.

10/Agosto/Setembr içôes Bíblicas /Professor 69

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Hd espirito de erro atualmente. Ele se manifesta fragrantemente para de-
sestabilizar a saúde espiritual da igreja local. Por isso carecemos do auxilio do
Espírito Santo para reconhecer a verdadeira voz de Deus em diversas ocasiöes
‘em que participarmos. Devemos estar sempre em vigilancia espiritual, ndo
podemos ser levados pelas operaçôes de erros, pois no mundo espiritual, isso
pode ser um prejuízo fatal com implicacdes graves na vida material. Portanto,
que estejamos em vigilancia e oragäo. Que o Senhor Jesus, com o auxilio do
seu Espirito Santo, nos ajude a estar atentos e despertados.

COMENTARIO

INTRODUGÄO

Na ligäo passada estudamos as
diferentes formas de ataques que o
Inimigo da obra de Deus usa para lutar
contra os servos de Deus. Vamos dedicar
esta ligäo ao estudo de como o Inimigo
ataca por meio dos falsos profetas.

1- CUIDADO COM OS FALSOS
PROFETAS!

1. Os samaritanos observaram que
osjudeus davam muito valora palavra
dos profetas. Lembravam-se dos
profetas Ageu e Zacarias, os
quais profetizavam com tanta
graga que a construgáo do
templo, que havia estado
parada por quinze anos, re-
começou imediatamente, e
continuou até a inauguraçäo
da casa de Deus. Por ocasido da
construgáo do muro, a comunicaçäo
entre judeus e samaritanos estava
interrompida. Os judeus recusavam as
propostas de cooperagáo dos samarita-
nos endo aceitavam as visitas deles. Em
vista das constantes recusas das suas
ofertas de amizade, os samaritanos
procuraram entáo influenciä-los por
meio de profecias. Tobias e Sambalate
conseguiram subornar alguns profetas,
entre eles a profetisa Noadias, a fim de
70 Ligdes Bíblicas /Professo

CENTRAL
O discernimento
espiritual é essen-
cial para a saúde
espiritual da
Igreja

atemorizar Neemias, dizendo que ele
estava em perigo de morte, e deveria
fugir para dentro do templo, para assim
salvar sua vida (Ne 6.10-14). O exemplo
deixado por Balado prova que qualquer
profeta que aceita suborno, ou recebe
dinheiro para profetizar, € um falso
profeta. Devemos ter cuidado, a fim de
que os falsos profetas náo encontrem
guarida em nossas igrejas.

2. Neemias tinha o dever de exa-
minar a profecia recebida. E ele o
fazia! Em primeiro lugar, estranhou a

ordem para fugir: “Um homem
‘como eu fugiria?” Além disso,

ele observou que náo tinha o
direito de entrar no templo,
uma vez que nao era sacerdo-
te. Compreendeu facilmente
que tudo nao passava de um
ardil de Tobias e Sambalate, para
atemorizé-lo e seduzi-lo a pecar.
Assim, concluido o exame da profecia,
Neemias pôde dizer: "Conheci que näo
era de Deus” (Ne 6.12).

SINTESE DO TÓPICO I
Apalavra dos profetas era valorizada
em Judá. Nesse sentido, Neemias tinha
0 dever de examinar a profecia recebida.

SUBSIDIO DIDATICO-
_-PEDAGGGICO

O professor deve ser capaz de usar
bons exemplos da pröpria Escritura, a
Palavra de Deus, para ampliar pedago-
gicamente o sentido da ligáo. Para isso é
importante que ele seja um leitor perma-
nente das Escrituras Sagradas, a fim de
edificar a sua vida espiritual e acumular
imagens na meméria para ser capaz de
apanhar exemplos que sirvam como
elementos ressonantes de aprendizado,
Por isso, relate como os apóstolos
discerniam as varias manifestagöes
espirituais. Em primeiro lugar, mostre
:omo o apóstolo Pedro desmascarou
Ananias e Safıra. Em seguida, descreva
de que forma Paulo discerniu o espirito
Jaquela jovem adivinha. Hoje, também,
Jevemos estar sempre atentos as varias
nanifestacdes espirituais

1 A BÍBLIA REVELA A EXISTENCIA
DOS FALSOS PROFETAS

1. No Antigo Testamento:

a. 0 trágico exemplo relatado em
1 Reis 13. Um fervoroso homem de
Deus, procedente de Judá, profetizou
com muita coragem advertindo o impio
rei de Israel, que estava junto do altar
queimando incenso. Ele disse: “Altar,
altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um
filho nasceré à casa de Davi, cujo nome
será Josias, o qual sacrificará sobre ti
os sacerdotes dos altos que queimam
sobre ti incenso, e 0ssos de homens
se queimaräo sobre ti” (v. 2). E deu
um sinal de que aquela palavra era do
Senhor: "Eis que o altar se fenderá, e
a cinza [...] se derramará” (1 Rs 13.3).

Ouvindo o rei aquela palavra, esten-
deu a sua máo sobre o altar ordenando
que prendessem o homem de Deus.
Todavia a máo que ele estendeu contra
0 profeta secou-se, e náo a podia tomar

atrazera si. O altar se fendeu, e a cinza
se derramou, como o profeta havia dito.
Apedido dorei,o profeta orou a Deus e
a mio the foi restituida sä. A ordem de
Deus para.o profeta era que náo comesse
päo e nem bebesse água naquele lugar,
€ que näo voltasse pelo mesmo caminho
(1 Rs 13.9). Havia, porém, naquele lugar
um velho profeta, cujo o filho the contou
o que fizera o profeta vindo de Judá. O
velho profeta foi ao encontro do homem
de Deus, e convidou-o para comer pá
Ante arecusa do homem de Deus, o velho
profeta argumentou que um anjolheha-
via falado; ordenando que convidasseo
profeta de Judá a voltar, para comer pao
em sua casa (1R'513.11-15).0 homem de
Deus nao discerniu a mentira e aceitou o
convite do velho profeta. E sucedeu que
quando ele estava comendo pao, Deus
tomou o velho profeta em profecia e
disse: "Visto que foste rebelde à boca do
SENHOR, [..] antes, voltaste, e comeste
pao, [...] o teu cadáver näo entrará no
sepulcro de teus pais” (1Rs 13.21,22).
Depois de ter comido pao, voltou, e no
caminho um leäo o matou, deixando-o
prostrado na estrada (1Rs 13.23,24). O
velho profeta o recolheu, e sepultou-o
no seu sepulcro, chorando lágrimas, cer-
tamente de fingimento (1Rs 13.26-28).

b.Nos dias de Jeremias havia falsos
profetas, os quais com suas profecias
combatiam a palavra que Deus havia
enviado a Israel, por meio de Jeremias
(Ur 29.21-23).

€. Quando o rei Josafé, de Judá,
visitou o rei Acabe, de Israel, este tinha
um grande número de profetas que pro
fetizavam segundo a vontade de Acabe.
Entáo o rei Josafä perguntou: "Nao há
aqui ainda algum PROFETA DO SENHOR?
Eo rei Acabe respondeu que havia o
profeta Micaías. Os que foram buscá-lo
disseram-the: "Vés aqui que as palavras
dos profetas, a uma voz, predizem coisas,

Liçôes Biblicas /Profe

or 71

boas para o rei; seja, pois, a tua palavra
como a palavra de um deles, e fala bem
Entáo disse Micafas: "O que o Senhor me
disser isto falarei”. Como Micaias profe-
tizou, assim aconteceu: Acabe morreu na
batalha (1 Rs 22.5-28,35-37).

d. Ainda nos dias de Jeremias, fal-
sos profetas conseguiram influenciar
alguns dos sacerdotes e enganar o povo,
por meio deles (Jr 5.31). Dessa maneira,
© povo desviava-se dos caminhos de
Deus, e recusava-se a ouvir as verda-
deiras anunciadas por Jeremias. Moi
sés, Jeremias, e Ezequiel combateram
tenazmente os falsos profetas e seus
ensinos heréticos (Dt 13.1-18; 18.20-
22; Jr 23.11-32; 28.6-17; Ez 13.1-18).

2. No Novo Testament

a. Jezabel. Jesus advertiu o anjo da
Igreja em Tiatira, por este ter permitido
que uma mulher, por nome Jezabel,
falsa profetisa, ensinasse e enganasse
05 membros daquela igreja, prostituin-
do-os (Ap 2.20-23).

b.ABiblia adverte que nos últimos
tempos apareceräo falsos profetas (Mt
24.11,24). O espírito do Anticristo es-
tará entäo operando grandemente (1 Jo
2.18; 4.2,3), e faré esses falsos profetas
operarem sinais e prodigios de mentira,
com todo engano e injustiga(2T52.9,10).

SINTESE DO TÓPICO II
Tanto no Antigo quanto no Novo Tes-
tamento, a Bíblia revela a existéncia de

falsos profetas. Epreciso discernimento
espiritual para náo cair no engano.

Mi - DEVEMOS JULGAR AS
PROFECIAS
1. Deus quer a sua Igreja revestida
com todos os dons do Espírito Santo.
Aigreja em Corinto deve ser o nosso
exemplo neste sentido: Paulo
72 Liçes Biblicas /Professor

ela dizendo que nenhum dom the faltava
{Co 1.7).0 conselho bíblico para nés é:
"Segui o amor, e procurai com zelo os
dons espirituais, mas principalmente o
de profetizar" (1 Co 14.1).

2. O despertamento renova os
dons. Quando Deus renova o dom de
profecia e os dons de variedade de
Uinguas e interpretaçäo, por meio de
um despertamento espiritual, entáo
se torna necessério que a igreja esteja
bem doutrinada para saber como usar
os dons espirituais, e também como se
deve julgar as profecias, conforme a
Palavra de Deus nos orienta! (1 Ts 5.19).
Nenhuma mensagem tida como profé-
tica está isenta de exame por parte da
igreja. Conforme o ensino do apóstolo
Paulo, na referéncia supracitada, temos
© direito e o dever de julgar as profe-
cias, para ver se elas esto de acordo
com as Escrituras. Se nao estiverem,
s3o consideradas anátema, pois tem o
objetivo de conduzir o povo de Deus
20 erro. Fujamos das falsas profecias
e dos falsos profetas.

SINTESE DO TÓPICO IIL
Devemos julgar a mensagem pro-
ética, pois nenhuma está isenta de
‘exame por parte da igreja.

SUBSIDIO TEOLÓGICO

"1. Devemos exercer o nosso mi-
nistério proporcionalmente à nossa fé.

3. Devemos manter atitudes certas:
contribuir com generosidade, orientar
com diligencia e ter alegria em demons-
trar misericördia,

9. Embora exergamos um dom
até à sua próxima capacidade, tudo
será fútil sem o amor. Evidentemente,
temos apenas o conhecimento parcial,
6 56 o que conseguimos compartilhar.

Julho/Agosto/Setembro - 2020

Os dons s3o dados continuamente,
segundo nossa medida de fé (e ndo
uma vez por todas). Os dons devem
er testados; devem estar sujeitos aos
mandamentos do Senhor. O enfoque
© o amadurecimento da igreja, e no
a grandeza do dom. Estas verdades
devem nos levar à humildade, 3 estima
por Deus e pelo próximo e à zelosa dis-
posicáo de obedecer a Ete” (HORTON,
Stanley (Ed) Teología Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, pp.477,76).

IV POR QUE DEVEMOS JULGAR AS
PROFECIAS?

1. Porque a Palavra de Deus nos
manda julgé-las (1 Ts 5.19-21; 1 Co 14.29).

2. Porque os que profetizam s3o
sujeitos a falhas. Mesmo que a men-
sagem venha de Deus, pode acontecer
que o instrumento esteja sem o fruto
do Espírito na sua vida, e a transmissäo
da mensagem seja prejudicada por esta
causa (1Co 13.1-3).

3. Porque pode haver conheci-
mento prévio dos fatos. Quando o que
profetiza conhece os problemas da
pessoa para quem está profetizando,
pode haver o perigo de que a sua opinido
pessoal venha a influenciar o conteú-
do da mensagem. A Bíblia diz: "Que
tem a palha com o trigo?" (Jr 23.28).
A mensagem pode ser um produto da
opiniao daquele que profetiza. Temos
na Bíblia um exemplo, quando o pro-
feta Nata, entregou, por conta propria,
uma "mensagem profética” ao rei Davi
(25m 7.2), porém Deus mandou que ele
corrigisse a palavra dada (2 Sm 7.4-6).

4. Existe a possibilidade de que o
“profeta”, ao enunciar a "mensagem
profética”, esteja sendo influenciado
por um espirito maligno, disseminador
de mentiras. Lemos sobre isto em 1 Rs
22.711,19,21-23.

0 Julho/Agosto/Setembro

SINTESE DO TÓPICO IV
Devemos julgar as profecias porque
a Palavra de Deus mostra que os que
rofetizam sao sujeitos a falha, podem
ter conhecimento prévios dos fatos
ou estarem sob influencia maligna.

V- COMO DEVEMOS JULGAR AS
PROFECIAS?

1. Examinando as Escrituras. Uma
profecia jamais pode estar em conflito
com a Palavra de Deus. A Palavra de
Deus é o PRUMO (Am 7.7.8). À Palavra
de Deus € perfeita (SI 19.7). Uma men-
sagem que estiver em desacordo com
a Palavra de Deus, seja ela transmitida
por quem for, até por um anjo do céu,
está reprovada e deve ser rejeitada,
pois é anátema (GI 1.8).

2. Através do dom de discerni-
mento de espíritos. A Bíblia diz que
"O que é espiritual discerne bem tudo".
Devemos buscar, incansavelmente,
receber de Deus este dom (1 Co 2.1
Jo 7.17; Fp 1.10; Le 12.57).

Quando uma profecia é inspirada
por Deus, aquele que tem discernimento
Logo a reconhece (1 Jo 1.5), Todo aquele
que “anda na luz, como Ele na luz está”
conhece e pratica a sua Palavra, e tem
comunhäo uns com os outros (1 Jo 1.7).
Desse modo, o espírito de mentira náo
‘© engana com suas falsas profecias. O
crente, que é uma ovelha do Senhor,
conhece sempre a voz do seu pastor
(Jo 10.4). A noiva conhece a voz do seu
amado (Ct 2.8; 5.2).

3. À profecia se conhece pelo seu
“sabor” (J6 6.6,7; 12.11). Também o
“sotaque” de quem fala, faz com que
“o filho da terra” conheça quando um
“estrangeiro” fala. Compare "sibolet” e
"chibolet” (Jz 12.6). Finalmente, os que
säo perfeitos tém, em razäo de costume,

Professor 73

os sentidos exercitados para discernir
tanto o bem como o mal (Hb 5.14).

SINTESE DO TÓPICO V
Podemos julgara profecia por meio
das Escrituras Sagradas e do dom de
discernimento de espíritos.

SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO

Como era possivel distinguir o
verdadeiro do falso profeta no Antigo
Testamento? O capítulo 8 de Deutero-
nômio foi um recurso revelado por Deus
ao povo, por intermédio de Moisés, a
fim de se estabelecer algumas dire-
trizes para identificar o falso profeta.
Podemos aprender com elas também:

1.0 verdadeiro profeta falava em
nome do Senhor dos Exércitos. Aliás, era
costume dos profetas em Israel iniciar
suas mensagens desta forma: "Assim
diz o Senhor dos Exércitos”, Embora
nem sempre os verdadeiros profetas
usassem esta fórmula, esta caracteri-
zava o verdadeiro profeta. Daniel, por
exemplo, náo a usou; isto, porém, no
the descaracteriza a profecia.

2.Aspalavras enunciadas pelos pro-
fetas deveriam estar em conformidade
coma Palavra de Deus. Caso contrário, o
mensageiro seria execrado da comunidade
de Israel. Em Isafas 8.20, lemos que todos
deveriam se ater à Lei e ao Testemunho.
E, se nao falassem de acordo com estas
patavras jamais veriam a alva.

3.As profecias teriam que ter, ne-
cessariamente, um cabal cumprimento,
Caso contrário: seriam descaracteriza-
das como palavras de Deus. Note bem:
o cumprimento profético nao poderia
ter um cumprimento casuístico nem
circunstancial, como acontece hoje em
muitas igrejas. O cumprimento deveria
ser atestado por todo o povo de Deus.
74 Ligöes Biblicas /Professor

4. Se o profeta tentasse levar os
israelitas ao erro, seria considerado
imediatamente um impostor. E jamais
haveria de achar lugar entre os eleitos.
Alguns, de fato, mostravam-se seguido-
res de Jeovä. No entanto, näo passavam
de filhos de Belial: nao somente induzi-
ram os israelitas ao erro, como também
nos levavam à derrocada nacional.

Embora vivamos noutra dispen-
saçäo, as mesmas regras continuam
válidas para aferirmos a autenticidade
dos mensageiros do Senhor. Afinal,
como afirma o apéstolo Paulo, tudo
quanto foi escrito, para nossa instruçäo
foi escrito. Se nos dedicarmos mais a0.
estudo das Sagradas Escrituras, no
seremos tao facilmente enganados.
Infelizmente, muitas igrejas, hoje, sáo
ludibriadas porque nao tém mais as
Sagradas Escrituras como a sua única
regra de fé e conduta (Texto adaptado
da revista Ligöes Bíblicas: Maturidade
Crista, Jovem e Adultos (Professor). Rio
de Janeiro, CPAD, 1993, pp.32,33).

VI, CONCLUSAO

1. Quandoas profecias s3o provadas,
o conceito e a consideraçäo dos dons
espirituaiss30 conservados. Deste modo,
58 doutrina é preservada de qualquer
influencia e erros humanos, e o Espírito
Santo tem liberdade de usar os seus servos,
conforme a sua soberana vontade.

2. Quando provamos as profecias,
estamos em condiçôes de corrigir
e doutrinar a pessoa que usou erra-
damente o dom de profecias. Assim,
doutra vez, ele dará lugar ao Espírito
Santo e irá usar o dom profético de
modo correto.

3. Quando provamos as profecias
recebemos as bénçäos que Deus, por
meio delas, quer nos dar. Ficamos com
o bom e rejeitamos o que nao veio de
Deus (1Ts 5.21).

Juiho/Agosto/Setembro - 2020

PARA REFLETIR

A respeito de “Provai se os Espíritos
sao de Deus ”, responda:

+ O que os samaritanos observavam nos judeus?
Que os judeus davam valor à palavra profética.

+ Qual o dever de Neemias?
Examinar, pelo crivo da Palavra de Deus, as profecias recebidas.

+ O que acontece aos dons do Espírito Santo quando há desperta-
mento espiritual?
O despertamento renova os dons espirituais.

+ Qual o primeiro passo que devemos dar ao julgar uma profecia?
Examinar as Escrituras.

+ Por que o dom de discernir os espíritos € importante?
Porque nos ajuda a identificar se os espíritos procedem, ou nao, de Deus.

ANOTACOES DO PROFESSOR

Er = |
)

Liçôes Bíblicas /Professor 75

Esdras vai a Jerusalém
Ensinar a Palavra

Texto Aureo Verdade Pratica
E = A Palavra de Deus é semelhante a
"E provaram a 3
E serra AE DE uma afiada espada; é poderosa e
(HÉ 6e) penetrante.
LEITURA DIÁRIA

APalavra de Deus € inspirada APalavra de Deus deve ser lembrada
A Palavra é digna de confiança A Palavra deve ser semeada
Deus confirma a sua Palavra APalavra é a base da nossa vitória

76 Ligóes Bíblicas /Professor uiho/Agosto/Setembr o

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Esdras 8.1-12

| - Estes, pols, sdo os chefes de seus
pais, com as suas genealogias, os que
subiram comigo de Babilónia no reinado
do rei Artaxerxes:

2 - dos filhos de Fineias, Gérson; dos
fithos de Itamar, Daniel; dos fithos de
Davi, Hatus;

2 - dos filhos de Secanias e dos filhos
de Parös, Zacarias, e com ele por ge-
nealogias se contaram até cento e
cinquenta homens;

: - dos filhos de Paate-Moabe, Elioenai,
filho de Zeraías, e, com ele, duzentos
homens;

- Dos filhos de Secanias, o filho de
Jaaziel, e com ele trezentos homens;

© -e dos filhos de Adim, Ebede, filho de

Jónatas, e, com ele, cinquenta homens;

7 - e dos filhos de Eldo, Jesaías, filho
de Atalias, e, com ele, setenta homens;
& - e dos filhos de Sefatias, Zebadias,
filho de Micael, e, com ele, oitenta
homens;

9 - dos filhos de Joabe, Obadias, filho
de Jeiel, e, com ele, duzentos e dezoito
homens;

10 - e dos filhos de Selomite, o filho
de Josifias, e, com ele, cento e sessenta
homens;

11 -e dos filhos de Bebai, Zacarias, o
‚ilho de Bebai, e, com ele, vinte e oito
‘homens;

12 -e dos filhos de Azgade, Joand, o.
‚filho de Hacata, e, com ele, cento e dez
homens; Filho de Hacatá, e com ele
cento e dez homens;

HINOS SUGERIDOS: 409, 509, 545 da Harpa Crista
OBJETIVO GERAL

Mostrar a eficácia da Palavra de Deus,

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo! refere-se ao tópico Icom seus respectivos subtopicos,



(©) Discorrer sobre o envio de Esdras
por Artaxerxes a Jerusalém;

(© Ressaltar que Esdras ensinou a
Palavra ao povo;

(1) Asseverar que a Palavra de Deus
deve ser ensinada ao povo;

© Elencar os resultados do ensino da
Palavra de Deus.

Julho/Agosto/Setembro Ligdes Biblicas /Professor 77

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Antigo Testamento mostra que a Lei do Senhor estava intrinsicamente
ligada a vida de todo o povo e. por isso, ela também era o elemento agluti-
nador que formava a identidade dos judeus. Assim, Esdras estava ciente de
que para iniciar a reconstrugäo religiosa do povo era necessärio comegar
pelo ensino da Lei do Senhor, pois sem ela näo há identidade espiritual nem
moral. Atualmente, podemos afirmar que a Palavra de Deus é o elemento
central para gerar avivamento, crescimento e desenvolvimento do caráter do

cristáo. Amemos a Palavra de Deus, busquemos conhecé-la!

COMENTARIO

INTRODUCAO

O grande valor do ensino da Palavra
de Deus & o assunto desta ligäo. Vere-
mos como o governo da Pérsia enviou
Esdras a Jerusalém, a fim de verificar
se a vida eclesiástica dos judeus estava
conforme a lei de Deus.

1 ARTAXERXES ENVÍA ESDRAS
1. O judeus sob o dominio

a) Qualquer judeu, que assim de-
sejasse, poderia acompanhar Esdras a
Jerusalém (v.12).

b) Os que fossem a Jerusalém
poderiam levar consigo ouro e prata,
voluntariamente dados pelo rei e seus
conselheiros, ou dados como ofertas
voluntérias do povo (v.15).

<) Os vasos sagrados, que ainda

estavam na Babilónia, seriam res-

PONTO tituidos (Ed v.19)
dos Pérsas. Quando o reino da CENTRAL en
Persia derrotou Babilónia, os y pay, , ee
judeus que viviam naquele Lu- lavra paga pelo tesouro do rei.
pee = de Deus é e) Näo seriam impostos aos
Bar passaram automaticamente — “opens

ao domínio do governo persa.
Os judeus puderam logo constatar
que os persas eram mais brandos do
que os babilönicos.

2. Esdras é enviado a Jerusalém,
para ensinar a lei de Deus. No seu conta-
to com Esdras, escriba e sacerdote, o rei
ficou impresionado com o elevado grau
de conhecimento que Esdras possuía
da lei do Deus de Israel, e quis, junto
com seus sete conselheiros, enviá-lo
a Jerusalém a fim de inquirir acerca
da situaçäo espiritual dos residentes
ali (Ed 7.14).

3. A importante carta que o rei
enviou com Esdras. O rei enviou com
Esdras uma carta escrita em aramaico,
que está registrada em Esdras 7.12-26.
Através desta carta o rei decretou:

78 Bíblicas /Pr

servidores do templo: direitos,

tributos, rendas (v.24).

f) Esdras poderia nomear regentes
e juízes, para que a vida eclesiástica
viesse a funcionar conforme a lei de
Deus (v.25).

Esdras louvou a Deus, que tinha
inspirado o rei a fazer tudo isto, es-
tendendo-the a beneficencia perante
o rei (vv.27,28).

SÍNTESE DO TÓPICO 1
Ataxerxes envia Esdras a Jerusalém,
onde o lider escriba e sacerdotal tem
0 objetivo de ensinar a Lei de Deus
ao povo.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-
“PEDAGÓGICO

O professor precisa tocar o cora-
a0 e mente com imagens vivas que
facam sentido para a vida do aluno.
Essas imagens devem brotar a partir
do conteúdo da liçäo. Saiba que a ima-

naçäo é um instrumento poderoso
para aplicar o ensino da Palavra de
Deus ao corac3o e mente do aluno.
Por isso, sugerimos que vocé tome
exemplos de líderes que atuaram para
propagar o ensino da Lei aos rincôes
le Israel. Use histórias vivas sobre o
Moisés, o homem o qual Deus entregou
» Decálogo. Também o juiz, sacerdote
© profeta Samuel. Vocé pode encerrar
» construgo dessas imagens com o
senhor Jesus como a Palavra encar-
rada de Deus na história. O Pai leva
táo a sério a sua Palavra que enviou
eu Filho para encarná-la no mundo.

11 - ESDRAS ENSINA A PALAVRA AO
Povo

1. Esdras sai da Babilônia e vai a
Jerusalém. Conforme a ordem do rei
Artaxerxes, Esdras viajou para Jerusalém
acompanhado de um grupo de judeus,
alguns eminentes líderes do povo
(Ed 8.2). Recusando a escolta militar
oferecida pelo rei, para garantir-lhes a
seguranga durante a viagem, Esdras e
seus companheiros preferiram confiar
na segurança de Deus. Assim sendo, je-
Juaram e oraram para que tivessem uma
boa viagem (Ed 8.21), e Deus os ouviu
© os guardou durante todo o trajeto.
Assim chegaram em paz a Jerusalém,
onde ofereceram holocaustos a Deus
(Ed 8.35).

2. O encontro de Esdras com Nee-
mias. Quando Esdras chegou a Jerusa-
tem encontrou Neemias, o qual vinha
sendo o lider espiritual dos judeus em

( 7
ee O povo ao ouvir a
leitura, comegou a chorar
e a lamentar-se. as

Juda. Posto a par da situaçäo, Neemias
uniu-se a Esdras na tarefa para a qual
este havia sido enviado.

3. Esdras ensina a Palavra ao
povo. Na festa dos tabernáculos, no
dia primeiro do més sétimo houve
santa convocaçäo (Lv 23.34,35). O
povo se ajuntou como um só homem
diante da porta das águas (Ne 8.1), e
Esdras trouxe o livro da lei. A lei de
Deus foi lida ao povo desde a alva até
ao meio-dia. Havia sido construído um
púlpito de madeira para aquele fim,
e em pé, ao lado de Esdras, havia um
grupo de 13 auxiliares (Ne 8.4). Ainda
cooperava um grupo de levitas, e o
objetivo era fazer todo o povo entender
© que estava sendo lido no livro da lei
de Deus (Ne 8.8).

4. O ensino foi maravilhoso. O
povo ao ouvir a leitura, comegou a cho-
rar e a lamentar-se. Neemias e Esdras
tiveram que intervir, exortando-os a
que se alegrassem no Senhor, porque
a alegría do Senhor € nossa forca (Ne
8.10). O povo entao foi comer, beber
e festejar, porque todos entenderam
as palavras que Lhes fizeram saber
(Ne 8.12).

SINTESE DO TÓPICO II
Esdras ensina a Palavra ao povo
e há um grande despertamento es-
piritual.

icôes Biblicas /Profess

SUBSIDIO BIBLIOGOGICO

“Um dos aspectos mais impor-
tantes da experiéncia dos israelitas
no monte Sinai foi o de receberem
a Lei de Deus através de seu líder,
Moisés. A Lei Mosaica (hb. torah, que
significa 'ensino') admite uma triplice
divisäo: (a) a lei moral, que trata das
regras determinadas por Deus para
um santo viver (20.1-17); (b) a lei civil,
que trata da vida jurídica e social de
Israel como naçä0 (21.1-23.33); e (c)
a lei cerimonial, que trata da forma e
do ritual da adoragäo ao Senhor por
Israel, inclusive o sistema sacrificial
(24.12-31.18),

L.A lei revelava a vontade de
Deus quanto a conduta do seu povo
(19.4-6; 20.1-17; 21.1-24.8) e pres-
crevia os sacrificios de sangue para a
expiaçäo pelos seus pecados (Lv 1.5;
16.33). A lei nao foi dada como um
meio de salvaçäo para os perdidos.
Ela foi destinada aos que já tinham um
relacionamento de salvaçäo com Deus
(20.2). Antes, pela lei Deus ensinou
20 seu povo como andar em retidäo
diante dEle como seu Redentor, e
igualmente diante do seu próximo.
Os israelitas deviam obedecer 3 lei
mediante a graca de Deus a fim de per-
severarem na fé e cultuarem também
por fé, ao Senhor (Dt 28.1,2; 30.15-
20)” (Biblia de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.146).

lll A PALAVRA DE DEUS DEVE SER
ENSINADA

1. Deus ordenou que a sua Palavra
fosse ensinada a todo o povo de sete
em sete anos (Dt 31.9-12). Além da
leitura da Lei de Moisés, que se fazia
a cada sábado (At 15.21), os Escritos e
os Profetas deveriam ser lidos e expli-
cados a0 povo, em convocaçäo solene,
a cada sete anos.
80 Licóes Bíblicas /Professor

2. Jesus ordenou o ensino da sua
Palavra. Na GRANDE COMISSAO Jesus
ordenou que seus discípulos ensinassem
todas as naçôes a guardarem tudo o
que Ihes tinha mandado (Mt 28.19,20).

3. O apóstolo Paulo conhecia a
importáncia do ensino da Palavra.
Vejamos: “Conjuro-te pois diante de
Deus e do Senhor Jesus Cristo... que
pregues a palavra..." (2 Tm 4.1,2). "O
que de mim, entre muitas testemunhas,
ouviste, confia-o a homens fiéis, que
sejam idóneos para também ensinarem
05 outros (2 Tm 2.2). "Se é ensinar, haja
dedicaçäo ao ensino (Rm 12.7).

SINTESE DO TÓPICO II

A Palavra de Deus deve ser ensi-

nada porque é ordenança de Deus,

ratificada por Jesus e confirmada
pelos apóstolos.

IV RESULTADOS DO ENSINO DA
PALAVRA DE DEUS

1. O ensino da Palavra gera temor

: "Ajunta-me o povo
eos farei ouvir a minha palavra, para
que me temam todos os dias que na
terra viverem” (Dt 4.10). “Guarda os
mandamentos do Senhor para o temer”
(01.8.6).

b) Pelo temor a Deus o crente se
aparta do mal (Pv 3.7), se desvia do mal
(Pv 16.6), e aborrece o mau caminho
(Pv8.13).

©) Como resultado do ensino da lei
nos dias de Esdras, o povo confessou
os seus pecados, apartou-se de deuses
estranhos, adorou ao Senhor seu Deus,
e com Ele fez firme concerto (Ne 9.1-
3.38). A Palavra de Deus é o PODER de
Deus (Rm 1.16).

Julho/Agosto/Setembro - 2020

2. O ensino da Palavra implanta
normas espirituais nos crentes. Essas
normas dao forma as manifestagöes da
Nova Vida naquele que se converte,
naquele que, pela operagäo do Espírito
de Deus, passa a andar nos estatutos
de Deus (Ez 36.27). Vejamos algumas
destas manifestacdes da nova vida:

a) O crente é honesto a toda prova
(Rm 12.17; 2 Co 8.21; Fp 4.8; 1 Pe 1.12;
Hb 13.18).

b) O crente jamais mente (Is 63.8;
Ef 4.25; 1 Jo 2.28). O crente tem o
testemunho de sua consciéncia, no
Espírito Santo, de que nao mentiu (Rm
9.1). Jesus disse: "Seja, porém, o vosso
falar: Sim, sim; náo, náo, porque o que
passa disso é de procedencia maligna”
(me 5.37).

<) O crente jamais se apodera de
alguma coisa que nao seja dele. "Aquele
que furtava nao furte mais” (Ef 4.28).
Zaqueu depois de salvo queria restituir
aquilo que havia defraudado (Lc 19.8).

d) O crente vive uma vida moral
que € exemplo de pureza. "A prosti-
tuigäo e toda a impureza nem ainda
se nomeie entre vos" (EF 5.3).

e) O crente jamais dá falso teste-
munho de alguém (Ex 20.16; Pv 10.11
1g 4.11).

3.0 ensino da Palavra dá conhe-
cimento. A igreja de Corinto foi enri-
quecida porque, pelo ensino da Palavra
de Deus, havia recebido conhecimento
(1 Co 1.5). Consideremos:

a) O conhecimento consolida a
forga (Pv 24.3), porque pelo conheci-
mento podemos saber o que nos é dado
gratuitamente por Deus (1 Co2.12). Pelo
conhecimento da verdade podemos
alcangar plena libertaçäo (Jo 8.32).
Pelo conhecimento podemos saber
que Deus quer que todos os homens
venham ao conhecimento da verdade
(1 Tm 2.4).

6 6 Pelo conhecimento

podemos saber que Deus

quer que todos os homens

venham ao conhecimento
da verdade.

39

b) Peto conhecimento podemos
saber como agradar a Deus (2Co 5.9).
‘Agradar a Deus nao é resultado da nossa
própria forga, mas o próprio Deus nos
dá graça para agradá-lo.

SINTESE DO TÓPICO IV
0 ensino da Palavra de Deus gera
temor, estabelece normas espirituais
nos crentes e dá conhecimento.

SUBSÍDIO BIBLIOGÖGICO

"Quando o povo ouviu e entendeu
a Palavra de Deus, todos experimen:
taram uma profunda convicgäo de
pecado e da culpa. (1) Os trechos da
lei que continham uma clara revela-
çäo da condiçäo espiritual do povo
podem ter sidos Lv 26 e Dt 28; trechos
estes que falam da bénçäo ou juizo
divino, conforme a obediéncia ou
desobediencia do povo à Palavra de
Deus. (2) Nos avivamentos, o choro,
quando acompanhado de profundo
arrependimento (cf. cap.9), € um sinal
da operaçäo do Espírito Santo (ver
Joao 16.8 nota). Sentir tristeza pelo
pecado e abandonä-lo resulta em
perdao divino e alegria da salvado
(ver v.10 nota; Mt 5.4)” (Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p.743)
Ligen Wiblica

Professor 81

PARA REFLETIR

Arespeito de “Esdras vai a Jerusalém Ensinar
a Palavra”, responda:
+ Por que Esdras foi enviado a Jerusalém?
Para ensinar a Palavra de Deus.

+ Em que lingua estava escrita a carta que o rei persa enviou com Esdras?
Na lingua aramaica.

+ Quando Esdras comecou a ensinar a Palavra de Deus?

Na festa dos Tabernáculos.

+ Que importante líder judaico ajudou Esdras nesta importante tarefa?
Neemias.

+ De acordo com a liçäo, qual o primeiro resultado gerado pelo ensi-
no da Palavra de Deus?

O temor a Deus.

ANOTACOES DO PROFI

s /Professor o/Agosto/Setembro - 2020

fe Setembro de
nal da Escola Dominical

las Combatem

‘wea

n

Texto Aureo Verdade Prática
“a des
Mu | Gum anc eee
tem a justiga com a Injustiga? E que a desde que sg oser
csm lala comas ada aolentogbo drama sia
(2006.14) E
LEITURA DIARIA

O casamento, uma instituiçäo divina | Um casamento aprovado por Deus
Deus reprova o casamento misto | O amor, a base do casamento

Atragédia de um casamento misto | A proteçäo do lar

no/Agosto/Setembro Licdes Mblicas /Professor 83

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Esdras 9.1-

Esdras 9

1 - Acabadas, pois, essas coisas, che-
garam-se a mim os principes, dizendo:
© povo de Israel, e os sacerdotes, e
os levitas ndo se tém separado dos
povos destas terras, seguindo as
‘abominacées dos cananeus, dos he-
teus, dos ferezeus, dos jebuseus, dos
amonitas, dos moabitas, dos egípcios
e dos amorreus,

2 - porque tomaram das suas filhas
para sie para seus filhos, e assim se
misturou a semente santa com os
povos destas terras, e até a mao dos
príncipes e magistrados foi a primeira
nesta transgressäo.

2 - E, ouvindo eu tal coisa, rasguei a
minha veste e o meu manto, e arran-
quei os cabelos da minha cabeca e da
minha barba, e me assentei atónito.
À - Entdo, se ajuntaram a mim todos
os que tremiam das palavras do Deus
de Israel, por causa da transgressäo
dos do cativeiro; porém eu me fiquei
assentado atónito até ao sacrificio
da tarde.

Neemias 13

23 -Vi também, naqueles dias, judeus
que tinham casado com mulheres
asdoditas, amonitas e moabitas.

24 - Eseus filhos falavam meio as-
dodita e nao podiam falar judaico,
sendo segundo a lingua de cada povo.
25 - E contendi com eles, e os amal-

Neemias 13.23-26; 9.38; 10.1,29,30

thes arranquei os cabelos, e os fiz
jurar por Deus, dizendo: Näo dareis
‘mais vossas filhas a seus filhos endo
tomareis mais suas filhas, nem para
vossos filhos nem para vós mesmos.
26 - Porventura, ndo pecou nisso
Salomäo, rei de Israel, ndo havendo
entre muitas nacdes rei semethante
a ele, e sendo amado de seu Deus, e
pondo-o Deus rei sobre todo o Israel?
E, contudo, as mulheres estranhas o.
fizeram pecar.

Neemias 9

38 -E, com tudo isso, fizemos um firme
concerto e o escrevemos; e selaram-no
os nossos principes, os nossos levitas
os nossos sacerdotes.

Neemias 10

| - Eos que selaram foram Nee-
mias, o tirsata, filho de Hacalias, e
Zedequias,

29 - firmemente aderiram a seus
irmäos, os mais nobres de entre eles,
e convieram num anátema e num
juramento, de que andariam na Lei
de Deus, que foi dada pelo ministério
de Moisés, servo de Deus; e de que
guardariam e cumpririam todos os
mandamentos do SENHOR, nosso
Senhor, e os seus juizos e os seus
estatutos;

20 - e que ndo daríamos as nossas
filhas aos povos da terra, nem toma-
riamos as filhas deles para os nossos

digoei, e espanquei alguns deles, e | filhos;

HINOS SUGERIDOS: 88, 193, 515 da Harpa Crista
OBJETIVO GERAL

Salientar o perigo das unies ilícitas.

34

2020

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.
1) Apresentar o combate de Esdras e Neemias com o casamento misto;
©) Explicar o porqué de um judeu näo poder se casar com uma paga;

|) Destacar a sobrevivencia do povo judeu;

\) Aconselh:
( Incentive a espera em Deus.

a respeito do casamento de crentes;

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

0 casamento constitu o elemento de unidade do povo de Deus. Por isso, o
‘Antigo Testamento proibia a unido mista. Esta trazia uma cultura alheïa a do
povo de Deus e o consequente pecado de idolatria. A Bíblia menciona a idolatria
do rei Salomäo como influéncia clara da religiäo de suas esposas estrangeiras.
Contra esse perigo que Esdras e Neemias se levantam, pois a prática de casamento
mistos era comum no meio do povo. Israel näo poderia ser reconstruido com o
perigo de cair novamente na idolatria e violar sua identidade como povo de
Deus. Por isso os líderes da reconstruçäo exortam ao povo a manter a pureza
de seus principios espirituais outorgados pela Lei de Deus.

COMENTÁRIO

INTRODUÇAO misturando a semente santa. O povo
começou a seguir as abominagóes dos

Nesta licáo iremos estudar o grave povos. Ele, entäo, chorou, rasgou os seus
problema do casamento entre judeus e vestidos, e buscou com profunda dor a
mulheres pagas. Veremos a enérgica ajuda de Deus, reconhecendo que
acáo de Esdras e de Neemias PONTO eles, com isto, haviam deixado
para solucionar este problema, CENTRAL os mandamentos, violando-os,
e também o que a Palavra de A unido lícita aparentando-se com os povos

Deus diz sobre o assunto. se basins destas abominacdes (Ed 9.1-14).

Na lei de Deus, aparece a PAIE Oresultado deste movimento
ordem: "Nao fagas concerto com foi uma purificaçäo e tomada de
os moradores da terra, nemtomes das atitude firme em obediéncia à Palavra

suas filhas para os teus filhos...(EX34.11- de Deus (Ed 10.1-13).

16; Dt7.3,4). Foi por este motivo que o

sacerdote Esdras, conforme a leitura !- ESDRAS E NEEMIAS COMBATEM
da nossa liçäo, ficou perplexo, quando © PERIGO DO CASAMENTO MISTO
tomou conhecimento de que o povo, 1. Aira e a reagio de Esdras. Quan-
depois de haver voltado do exilio,tomava do Esdras foi informado que muitos
mulheres dos povos gentílicos emredor, judeus, morando em Judá, haviam se

utho/Agosto/Setembro Lighes Wiblieas /Professor 85

casado com mulheres pagäs, ele ficou
muito angustiado. Manifestando sua
profunda tristeza, rasgou seu vestido,
sua capa, e arrancou os cabelos, tanto
de sua barba como de sua cabega, e
assentou-se atónito na praca. A notícia
da reaçäo de Esdras espalhou-se pela
cidade, e muitos reuniram-se a ele.
Na hora do sacrifício da tarde, Esdras
dobrou seus joethos diante do povo, e
orou a Deus (Ed 9.6-15). E todo povo
chorou com grande choro (Ed 10.1).

2. 0 efeito da atitude de Esdras
foiimediato. Secanias, um judeu bem
conhecido, e que se havia casado com
uma mulher estranha, disse a Esdras
diante de todo o povo: “Agora, pois,
façamos concerto com o nosso Deus, de
que despediremos todas as mulheres e
tudo o que é nascido delas, conforme o
conselho do Senhor e dos que tremem
no mandado do nosso Deus; e faça-se
conforme a Lei” (Ed 10.3). Disseram a
Esdras: "Levanta-te, pois, porque te
pertence este negócio, e nós seremos
contigo; esforca-te” (Ed 10.4).

3. O arrependimento do povo.
Esdras levantou-se e ajuramentou a
todos que fariam conforme as palavras
de Secanias. E o povo jurou! (Ed 10.5).
Todos os que haviam retornado do
cativeiro foram convocados, e Esdras
falou-thes: "Vös tendes transgredido e
casastes com mulheres estranhas
fazei confissäo ao SENHOR [...] apar-
tai-vos [...] das mulheres estranhas”.
E responderam todos: “Assim seja;
conforme as tuas palavras, nos con-
vém fazer” (Ed 10.10-12). Sobre este
negócio foram postos que Jónatas e
Jazeias, auxiliados por dois levitas. Eles
receberam a incumbéncia de supervi-
sionar o encerramento definitivo destas
unides proibidas pela lei de Deus (Ed
10.15,16). Antes mesmo da chegada de
Esdras a Jerusalém, Neemias já havia

86 Licdes Bíblicas /Professor

enfrentado o problema do casamento
misto. Varios judeus, inclusive alguns
sacerdotes, haviam se casado com mu-
theres estranhas. Neemias os fez jurar
que náo mais fariam isto (Ne 13.25).
Neemias afastou de entre os sacerdotes
e de entre os levitas aqueles que eram
estranhos, e contratou novos sacerdotes
e levitas para preencherem os cargos
vagos. Um dos netos do sumo sacerdote
Eliasibe era genro de Sambalate, e foi
afastado por Neemias (Ne 13.25-30).

SINTESE DO TÓPICO I

Esdras combateu.o perigo da unido
mista com contundencia.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A exclusividade implícita nesta
resposta ecoou repetidamente nas
advertencias de Esdras e Neemias ao
povo remanescente para separar-se das
populaçôes circunvizinhas, sobretudo
na prática matrimonial. Esdras ouviu a
reclamaçäo que o povo, os sacerdotes
e os levitas tinham se casado com
individuos das naçäes vizinhas des-
crentes, uma abominagäo que resultou
na mistura da raca santa com os que
0s cercavam (Ed 9.2). Como fizeram os
antepasados dessas naçôes séculos
antes, eles entraram na terra da pro-
messa para levar as präticas mas dos
habitantes cananeus (vv.11,12).
Esdras ficou tao indignado com este
desarranjo das linhas demarcatórias que
ordenou o divércio peremptério sempre
que houvesse casamentos mistos (Ed
10). Anos mais tarde, Neemias retomou
a causa. Ordenou que os israelitas que
tinham se separado das nagöes vizinhas
pagas renovassem os votos do concerto
a0 Senhor (Ne 9.2) e se contivessem,

sto/Setembro - 2020!

dai em diante, de casarem-se entre
nacionalidades diferentes (10.28). De
interesse especial para Neemias, foi o
problema do casamento entre judeus
com as mulheres de Asdode, Amom e
Moabe. Comparou essas alianças com
15 de Salomäo, que resultaram no fim da
monarquia (Ne 13.13-27)" (ZUCK, Roy
(Ed). Teología do Antigo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.215).

ll POR QUE UM JUDEU NAO DEVIA
CASAR COM UMA PAGÄ?

1. Deus havia proibido o casamento
misto (Dt 7.2-4; Ex 34.16; Js 23.12,13).A
desobediéncia a esta ordem de Deus era
um ato de rebeliäo. A finalidade desta
proibicáo era evitar que o judeu viesse
a seguir a religiäo de sua mulher paga.

2. A história de Israel registra
vários exemplos das consequéncias
nefastas do casamento misto. Vejamos:

a. Salomäo, filho de Davi, rei de
Israel, o que construiu o grande Templo
‘em Jerusalém, contaminou-se por causa
dos casamentos com mulheres pagas. las.
perverteram seu coraçäo, e ele passou a
seguir os seus deuses estranhos(1 Rs 11.1-
9). Como consequéncia do seu pecado no
reino de seu filho Reoboëo as dez tribos
do Norte separaram-se, e constituiram-se
‘em um reino independente sob a lideranca
de Jeroboäo (1 Rs 12.16-19).

b. Acabe, rei de Israel, casou-se
com Jezabel, princesa sidönia (1 Rs
16.31). Jezabel fortaleceu o culto a Baal
em Israel, e perseguiu os profetas de
Deus (1 Rs 18.4).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus proibiu a unido mista entre os
judeus porque a consequéncia dessa
prática é nefasta conforme a história
de Israel mostra.

IIA SOBREVIVENCIA DO POVO
JUDEU

Existemjudeus até os dias de hoje,
porque, embora espathados por quase
todos os países do mundo (Lc 21.24),
no se misturaram com os povos, no
meio dos quais passaram a viver, con-
servando-se sempre separados. Este &
o resultado da obediéncia à orientaçäo
dada na lei divina, que inspirou outras
leis que regem os judeus em todo o
do mundo, as quais profbem que uma
pessoa judia se case com uma nao judia,

Apreservac3o do povo judeu é con-
siderado um milagre, quando se aliam as
tremendas perseguigöes que sofreram
durante séculos em muitos países, como
por exemplo Espanha, Polónia, Inglaterra,
por ocasiäo da Segunda Guerra Mundial,
© nazismo na Alemanha.

SÍNTESE DO TÓPICO Ill
A preservacáo do povo judeu &
considerada um milagre.

SUBSÍDIO BIBLIOGÓGICO

[Prometemos] que náo daríamos
as nossas filhas aos povos da terra, nem
tomariamos as flhas deles para os nos-
sos filhos‘ (10.30), preceituava o ‘firme
concerto’, Na ocasiäo em que ele fora
firmado, a pureza racial fora tema de
preocupaçäo comum, e eles 'apartaram
de Israel toda mistura’ (13.3), indo além
do que mandavaa lei, que exclufa apenas
amonitas e moabitas. Nao obstante, ozelo
pela natureza do sangue israelita, e em
fazer tudo para agradar a Deus, que pre-
sumivelmente instigara tal exclusivismo,
evaporara-se. Quando Neemias retornou
a Jerusalém, encontrou lá ‘judeus que
tinham casado com mulheres asdoditas,
amonitas e moabitas' (13.23). 0 motivo
pode ter sido a palxdo, é claro, porém 6
87

ib

mais provável que haja sido prudéncia (se
é que se pode chamar assim), que tinha os
olhos na oportunidade e nos casamentos
por dinheiro, prestígio ou alguma outra
forma de lucro mundano. E, em alguns
casos, Neemias descobriu que a lingua
falada em casa, por decisäo dos pais, era
estrangeira. [..] (13.24). Isso enfureceu
Neemias, nao apenas pela quebra do
voto, mas porque as criangas seriam
incapazes de partilhar da adoragäo em
Israel, ou aprender eficazmente a Lei;
consequentemente, nao estariam aptas à
transmitira fé aos filhos que viriam a ter,
e assim estaria em risco a futura unidade
espiritual da nag3o israelita da nagäo de
Israel” (PACKER, J.|.Paixdo Pela Fidelidade:
Sabedoria extraida do livro de Neemias. Rio
de Janeiro: CPAD, 2010, p.212).

IV - UMA PALAVRA FINAL SOBRE O

CASAMENTO DOS CRENTES

A maior bénçäo que Deus deu à
humanidade foi o envio de Jesus Cristo
para ser o Salvador do mundo. Mas no
sentido material, a maior béngáo que
Deus dá ao ser humano é o casamento.

Aorientaçäo que a Bíblia dá ao cren-
te quanto ao casamento é: “Efica livre
para casar com quem quiser, contanto
que seja no Senhor” (1 Co 7.39). A Bíblia
explica em 2 Co 6.14-17 as implicacóes
da expressäo NO SENHOR, e cada crente
que estiver pensando em casar-se deve
meditar profundamente sobre este
texto. Que Deus guarde cada crente
de algum dia aceitar um jugo desigual
com um infiel. Porque assim como o
casamento na diregäo do Senhor enseja
a possibilidade de uma felicidade sem
limites, o casamento de um crente com
um descrente com muita probabilidade
será uma infelicidade. Casamento é uma
unido total entre homem e mulher. Jesus
disse: "Näo sáo mais dois, mas uma 56
carne” (Mt 19.6).

88 Liçôes Bíblicas /Professor

Isto fala de uma perfeita uniäo entre
os cónjuges, envolvendo o corpo, a alma
e o espírito de ambos. Casando-se 0
crente com um que näo é crente, pode
naturalmente obter unido de corpo e
em parte de alma, mas € impossivel que
haja unido de espírito, pois enquanto
um pertence ao reino de Deus o outro
é do reino das trevas (2 Co 6.14). Que
diferenca tremenda, que abre uma bre-
cha muito triste na unio. Ainda que o
crente tenha pedido perdäo a Jesus por
esta falta cometida, vive agora preso a
um outro com quem nao tem nenhuma
unigo no espírito. Eimpossivel calcular o.
sofrimento que uma unido desta natureza
tem causado. Também a parte näo crente,
nao respeita a parte crente, pois sabe que
ele errou contra a Bíblia, amando mais o
casamento do que a Deus. Em lugar de
ter-se estabelecido um lar cristo, uma
plataforma do evangelho, aumentando,
assim, a influéncia espiritual da Igreja,
houve um triste recuo. Um soldado de
Cristo passou para o lado oposto. Em
lugar de um lar cristo, com uma viva
influencia sobre os fithos (2 Tm 3.4,5; At
7.20.21), forma-se um lar sem definiçäo
espiritual. Os filhos estäo desprovidos
de ajuda espiritual (Ne 13.23,24).

SÍNTESE DO TÓPICO IV
O casamento é a unido total entre
um homem e uma muther.

SUBSÍDIO DIDATICO-
PEDAGÓGICO

Conclua a ligäo esclarecendo aos
alunos o principio de unidade que o
nosso Senhor Jesus ensinou na ora-
gáo sacerdotal de Joao 17.18-24. É
importante ressaltar que os principios
eternos do Reino de Deus devem ser
aplicados à vida inteira. Entáo, por

Julho/Agosto/Setembro - 2020,

que náo aplicarfamos essa coeréncia
10 casamento, uma das decisöes mais
importantes do futuro de uma pessoa?
Tome exemplos bíblicos como o de
sansäo, no livro de Juízes, e o de Salo-
mao, no livro de 1 Reis, destacando as
dificuldades espirituais que esses dois
líderes passaram. As consequäncias de
was escolhas foram catastróficas, nä0 56
para eles mesmos, mas, sobretudo, para
> povo que eles representavam. Finalize
Jizendo que em relaçäo ao casamento, a
decisäo sempre afeta mais de uma pessoa.
Ha traz consequéncia para toda a famili

V - ESPERA EM DEUS
Findamos este estudo sobre o ca-
samento misto, onde a Palavra de Deus
€ muito clara neste apelo: "Espera em
Deus" (5127.14; 37.7). Jovem! O seu desejo
de ter um lar, e experimentar a riqueza

do amor de um companheiro ou de uma
companheira € natural. Lembra-te de que
Deus ouve a oraçäo. Quando Eliezer orou,
pedindo que Deus mostrasse quem seria
anoiva de Isaque, recebeu uma gloriosa
resposta (Gn 24.12.27). Glória a Deus! Uma
escolha precipitada, olhando somente
para o que está diante de seus olhos (1 Sm
16.7), pode impedir que recebas aquele
ou aquela que Deus tem preparado para
ti. Entrega pois a tua vida e o teu futuro a
"Deus, faz que o solitário viva em familia”
(S168.6). Deus, que trouxe a companheira
para Adäo (Gn 2.22), poderá fazeristo por
ti. Espera pois no Senhor!

SINTESE DO TÓPICO V
Ouça este bom conselho: "Espera
em Deus”.

PARA REFLETIR

Arespeito de “Esdras e Neemias Combatem
o Casamento Misto ”, responda:

+ No tocante aos casamentos mistos, qual era a recomendagäo do
Senhor a Israel?
“Nao fagas concerto com os moradores da terra, [...] tomes mulheres das
suas filhas para os teus filhos” (Ex 34.12,16).
+ Qual foi a reaçäo de Esdras ao tomar conhecimento de que os ju-
deus haviam se unido ás mulheres pagás em casamento?
Angustiou-se muito, rasgou as vestes e arrancou os cabelos, num sinal de
pesar pela rebeldia do povo.
+ Que famoso rei de Israel comprometeu sua vida espiritual em con-
sequéncia de casamentos mistos?
Salomáo.
+ No tocante ao casamento, o que recomenda a Bíblia para o crente?
“Está livre para casar, contanto que seja no Senhor”.
+ Por que os casamentos mistos eram perigosos para o povo judeu?
Porque ameaçavam a fé hebraica e a pröpria sobrevivéncia do povo de Israel.

Iho/Agosto/Setemb Liedes Biblicas /Professor 89

Licäo 13

27 desetembro de 2020

AVigiláncia Conserva

Texto Áureo Verdade Prática

Através da vigilancia, a Igreja se

“Eas coisas que vos digo digo-as a manterd pura e ndo se afastard do
todos: Vigiai.” modelo tragado por Cristo, rejeitando
(Me 13.37). assim as inovagdes e o mundanismo

dos nossos dias.

LEITURA DIÄRIA

O padráo divino para a Igreja A Igreja é a familia de Deus
Numa igreja pura Deus opera maravilhas | Cristo, a cabeca da Igreja

A Igreja é a coluna da verdade Deus confirma o trabalho da Igreja

90 Liçôes Bíblicas /Professo in Sete 1

LEITURA BIBLICA EM CLASSE

Mateus 25.1-13

- Entdo, o Reino dos céus será seme-
{hante a dezvirgens que, tomando as suas
lämpadas, sairam ao encontro do esposo.
- E cinco delas eram prudentes, e
cinco, loucas.
-As loucas, tomando as suas lámpa-
das, näo levaram azeite consigo.
* -Mas as prudentes levaram azeite em
suas vasithas, com as suas lámpadas.
-E tardando 0 esposo, tosquenejaram
todas e adormeceram.
-Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor:
Ai vem o esposo! Sal-he ao encontro!

© - Mas as prudentes responderam,
| dizendo: Nao seja caso que nos falte
ands e a vós; ide, antes, aos que 0
vendem e comprai-o para vós.
10 -E,tendo elas ido compré-lo, chegou
0 esposo, e as que estavam preparadas
| entraram com ele para as bodas, e
fechou-se a porta.
| 11 E, depois, chegaram também as
‘outras virgens, dizendo: Senhor, senhor,
abre-nos a porta!
12 - E ele, respondendo, disse: Em
verdade vos digo que vos nao co-

mheço.
13 - Vigiai, pois, porque nao sabeis
o Dia nem a hora em que o Filho do
Homem há de vir. dia nem a hora em
que o Filho do homem há de vir.

-Entdo, todas aquelas virgens se levan-
taram e prepararam as suas lámpadas.

- E as loucas disseram ás prudentes:
Dai-nos do vosso azeite, porque as
nossas tmpadas se apagam.

HINOS SUGERIDOS: 17, 88, 1

Harpa Crista

OBJETIVO GERAL

Sinalizar a necessidade de o aluno cultivar uma vida de oraçäo e de vigiläncia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada

tópico. Por exemplo, o objetivo | refere-se ao tópico | com seus respectivos subtópicos.

© Apontar o sentido da expressäo "à
meia-noite";

©) Revelar que "à meia-noite” é o inicio
de um novo dia;

QD Expor que "3 meia-noite” é a hora das
trevas;

(1) Destacar que “à meia-noite” marca a
vinda do noivo;

©2 Ressaltar o clamor da "meia-noite”
‘como um brado de alerta.

ro içoes Biblicas /Professor 9

+ INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Vigilancia remonta a uma atengäo objetiva para consigo mesmo diante de
Deus, uma consciéncia de passar em revista o nosso coracdo diante do Pai. Esse
‘exercicio requer pureza interior, honestidade para consigo mesmo. Só consegue
Jazerisso quem compreendeu profundamente as implicaçôes do Evangelho na
vida presente e na do porvir. Assim, à luz da pessoa bendita de Jesus Cristo,
somos estimulados a vigiar em todo tempo. O nosso Senhor nos disse que
deveriamos ficar despertados para compreender os tempos em que vivemos e
conservar a fé até que Ele venha buscar a sua noiva. Sejamos, pois, vigilantes!

COMENTARIO

INTRODUÇAO

Chegamos à última liçäo deste
trimestre. Mais uma vez o Espírito Santo
quer nos despertar dizendo que o tempo
se abrevia (1 Co 7.29). Meditemos hoje
na parábola de Jesus, escrita em Mateus
25.1-11, onde encontramos 10 virgens
que ouviram o clamor da meia-noite
(v.6) mas apenas cinco delas estavam
preparadas para ele. Deus nos abra os
coracóes para compreendermos a sua
Palavra, pois temos a necessidade de
estar devidamente preparados! Amém.

A Biblia diz que somos o susten-
táculo da verdade (1 Tm 3.15). Que
grande é a nossa responsabilidade! Por
isso Jesus mandou que trabalhemos
enquanto é dia (Jo 9.4), pois a NOITE
há de vir, e entäo nao será possivel
fazer mais nada!

SINTESE DO TÓPICO I
A meia-noite o dia findou, tudo o
que aconteceu pertence ao passado,
ao ontem.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-

1- MEIA-NOITE: O DIA QUE JÁ
PASSOU
À meia-noite (exatamente borg “PEDAGÓGICO
35 24 horas, o dia terminou ENV RAL Esta liçäo deve reproduzir

definitivamente. Tudo o que
nele aconteceu pertence ao
passado, ao dia de ontem.
Este é o sentido da expressäo
3 *meia-noite”. Ela nos fala de
um dia, de um período de tempo

que terminou. Do ponto de vista bíblico,
© período de tempo ("o dia”) que está
para terminar é a dispensaçäo da Igreja
(Rm 11.25; Lc 21.24), e no momento em
que Jesus arrebatar a sua Igreja fiel, este
período haveré terminado definitiva-
mente. Vivemos, portanto, os últimos
momentos da Igreja aqui na terra.

92 Ligóes Bíblicas /Professor

E preciso vigi-

läncla para con

servar a pureza
da Igreja.

um apelo prático para a vida
espiritual dos alunos. Por isso,
20 introduzir esta licäo, men-
‘one o quanto que o Novo Tes-
tamento é mencionado ao lado
da vigiläncia espiritual. A razáo
para isso € que a vigiláncia necessäria
nao € uma questáo meramente humana,
mas espiritual, Necesitamos da graca de
Deus, da orientaçäo do Espírito Santo e de
sua parceria para resistira tudo o quanto
pretende nos tirar do alvo, da meta do
Reino de Deus. É preciso cultivar uma
vida de oraçäo e de vigiläncia.

embro - 2020

11 MEIA-NOITE: INÍCIO DE UM
NOVO DIA

Este fato diz respeito ao mundo in-

tolro. Aproxima-se o momento exato, a
iela-hoite, quando um novo dia vai raiar.

Que dia será esse? O atalaia respond.
*Vem a manhá e vem também a noite” (ls
211112).

1.Amanhácomegará. Um novo dia, 0
dia da etemidade,cujo inicio se dará quando
Jesus chamar para si aqueles que lavaram
suas vestiduras em seu precioso sangue.
Esse 6 o dia de Jesus Cristo (1 Co 1.8; 2 Co
1,14; Fp 1.6,10; 2.16). Naquele momento,
melhor do que nunca, Jesus verá o fruto do
seu trabalho e de seu sofrimento (Is 53.11).
Os que säo do Senhor ressuscitardo e sergo
ansformados, os vivos (1 Co 15.23) e Jesus
lovará a sua Noiva para a sala das bodas,
‘onde a Igreja e o Cordeiro se uniräo para
todo o sempre (2 Co 11.2; Ap 19.9: 21.9).
Desde j oremos e digamos: "Amém. Ora
vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).

2. À noite vem. Quando Jesus levar
a Noiva, comegará também o “dia da ira
do Cordeiro", para o mundo que rejeitou
a Jesus (Ap 6.16,17). O grande lagar da
la de Deus será pisado sem misericördi
(Ap 14.9; 15.7; 16.19; 19.15). As trevas
dominar3o a terra (Is 8.21,22). Para os
homens que náo houverem dado crédito
ds palavras de Deus comegará o dia da
vinganca, e a ira de Deus será executada
repentinamente, assim como foi nos dias
de No6 (Gn 7.11,12; Mt 24.39).

SINTESE DO TOPICO II
A meia-noite & o anúncio de um
novo dia, mas também a chegada da
noite também.

SUBSIDIO TEOLOGICO

"O cumprimento dessa profecia
[Mt 24.15, ‘abominacao da desolacáo

de que falou o profeta Daniel] ocorreu
em dezembro 167 a.C.. quando Antíoco
Epifanio colocou um símbolo cultual
pagáo no altar dos holocaustos, e de-
dicou o templo de Jerusalem ao deus
grego, Zeus. Mas tanto Daniel quanto
Jesus viram um cumprimento mais
importante. Daniel 12.1 dé um pulo
para frente, para o tempo da Grande
Tribulagäo, e a identifica como ‘um
tempo de angústia, qual nunca houve,
desde que houve nagäo até aquele
tempo’. Jesus também identificou
aquele tempo como a ‘grande aflicáo'
(Mt 24.21). No mundo presente, mui-
tos crentes jé estäo sofrendo afligäo,
mas a Grande Tribulacáo será marcada
pela ira de Deus mais do que qualquer
coisa que o mundo já tem conhecido,
conforme indica Apocalipse 6-18.

Naquele período, também surgirá um
ditador mundial, o Anticristo” (HORTON,
Stanley (Ed. Teología Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, pp.633,34).

Ill MEIA-NOITE, A HORA DE
TREVAS

Para o povo de Deus, familiarizado
com as Escrituras, nada parece estranho
nem admirável, quando vemos trevas,
angústias e dificuldades, pois sabemos,
pela Biblia, que estas coisas anunciam
iminente de Jesus. O "lugar
* em que vivemos (2 Pe 1.18),
parece iluminado pelas promessas
gloriosas da Palavra de Deus. As nossas
almas se consolam com as profecias,
pois quanto mais escura a noite, mais

perto estamos da vinda de Jesus.
1.A natureza sente as trevas.
Quando Jesus morreu, o Sol deixou
de brilhar e houve trevas na terra (Mt
27.45). Hoje, toda a natureza geme, pelas
coisas que hao de sobrevir à terra (Rm
8.22,23). Por isso há terremotos, peste,
or 93

Licóes Bíblicas /Pr

fome, catástrofes de toda a ordem: A
Biblia jé previu tudo isto (Lc 21.11,25).
2.05 homens sentem as trevas. A
Biblia fala de tempos difíceis, quando
0 homem, em particular, será atormen-
tado por tentaçôes de toda espécie (1
Tm 4.18; 2 Tm 3.1-4). As perseguicöes
3 Igreja, o ódio aos crentes e a corrup-
áo moral, provam que já anoiteceu há
muito tempo (Lc 17.28; 21.12,16,17).
3. As nagdes estäo em trevas. Há
guerras e rumores de guerras (Lc 21.9;
Mt 24.6). O perigo de guerras nucleares,
biológicas e químicas constituem uma
sombra ameacadora, que paira sobre
do o mundo (Lc 21.25,26). O mundo
jé se preparou para a maior catástrofe
todos os tempos, a Grande Tribulaçäo
(Mt 24.21), e náo há lugar para recuo.
As trevas da meia-noite já chegaram.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A expressäo “meia-noite” denota
que a natureza sente as trevas e que
as nagdes estdo em trevas.

IV - MEIA-NOITE A VINDA DO NOIVO

Durante milénios, os salvos cantaram
e falaram da segunda vinda de Jesus,
muitos crentes, que esperavam aquele
dia, dormiram no Senhor, guardando a fé;
eos que hoje vivem, esperam ansiosos
a segunda vinda de Jesus! Mas, a partir
da "meia-noite", ninguém mais dirá que
“Jesus viré” Pelo conträrio: Ameia-noite
ouvir-se-4 0 clamor de júbilo incontido que
encherá terra e o céu: será a Noiva excla-
mando:"CHEGOU O NOIVO"!!! Em Mateus
25.10 está escrito: "Chegou o esposo".
Naquele glorioso momento, o poder do
Espírito Santo operará milagres(Rm 8.11;
Fp 3.21), pois os que morreram em Cristo
ressuscitaräo com corpos gloriosos, e 05
que estiverem vivos seräo transformados,
94 Licóes Bíblicas /Professor

todos juntos seräo arrebatados ao encon-
tro com o Senhor nos ares (1 Ts 4.11-18;
1 Co 15.51-54). Seremos arrebatados ao
céu, para n3o sofrermos a dor ea desgraça
que atingirá o mundo todo. Iremos entrar
nas moradas que Jesus foi nos preparar,
e para as quais fomos comprados com o.
seu precioso sangue (Ap 7.14).

SINTESE DO TÓPICO IV
A expressäo "meia-noite” denota!
a vinda infalivel do Noivo.

V- O CLAMOR DA MEIA-NOITE, UM
BRADO DE ALERTA

“Mas à meia-noite ouviu-se um
clamor: Ai vem o esposo”! (Mt 25.6). É
este o clamor que ouvimos em nossos
dias. Meu irmäo, vocé está ouvindo já
este clamor? Está escutando como o
Espírito Santo diz ao mundo e aos salvos
que Jesus vem breve? Está atento aos
sinais dos tempos? Está atento ao cum-
primento das profecias? (Lc 21.28,29;
1 Pe 1.19). Quem tem ouvidos para
ouvir, ouça o que o Espirito diz à Igreja
(Ap 2.7). Mas aqueles que já ouviram a
voz do Espírito Santo devem divulgar
as Palavras eternas do evangelho,
‘enquanto houver tempo! Fomos cha-
mados por Deus para sermos atalaias,
e nossa fungäo & despertar o povo! (Ez
3.17-21; Hc 2.1-3). Temos que anunciar
205 homens que Jesus vem breve.
Obreiros e crentes em geral: náo nos
cansemos de anunciar a volta de Jesus!
Nao € bastante que uma vez tenhamos
sido feitos fithos da luz, e vestidos de
vestes nupciais. Precisamos vigiar e
permanecer prontos para a vinda do
Senhor. Por isso diz a Biblia: "Guarda
© que tens, para que ninguém tome a
tua coroa” (Ap 3.11). Os membros da
igreja de Filadélfia eram agradáveis a
2020

mas precisavam “guardar” o que
haviam recebido do Senhor, para nao
serom roubados. Éisso que a Palavra de
Deus nos ensina, com a ordem “Vigiai”
(Mc 13.36,37).

1.0 sono espiritual & um sinal dos
últimos tempos. O sono pode ser causa-
do, primeiramente, pela desobediéncia
como aconteceu a Jonas (Jn 1.6). Quando
obedecemos a Deus, somos revestidos
do poder do Espírito Santo (At 5.32),
para náo adormecermos. Também a
preguiga causa sono (Pv 24.30-33).
Quando Davi ficou em casa, desocupa-
do, enquanto o seu exército combatia,
caiu em tentagäo (2 Sm 11.1.2). Por
150 € uma bengäo para o crente estar
muito ocupado na igreja do Senhor,
servindo-o ali! Esgotamento espiritual,
por falta de renovaçäo, também pode
causar sono. Está escrito que Abraäo
{eve que lutar contra o sono ao pé do
ar (Gn15.12). Precisamos do poder
de Deus, para ficarmos fortes e resistir
a tudo, inclusive ao sono.

2. Seremos guardados vigilantes,
se usarmos os meios que Deus pôe à
nossa disposigäo. Ele nos desperta
pela sua Palavra. Jesus despertou seus
discípulos, falando-Ihes (Mt 26.45,46).
Como é preciosa a Palavra de Deus!
Quem a estuda com atençäo, encontra
sempre incentivo e despertamento.
Aleluia! O Espírito Santo nos conserva
vigilantes e acordados. Ele é como o
óleo na lämpada (Mt 25.1-8). Vive, pois,
uma vida, onde há inteira liberdade para
© Espírito de Deus operar (2 Co 3.17),
e isto o conservará preparado para 0
encontro com o Senhor. A oragáo é
outro fator de importáncia, para o qual
Jesus chama a nossa atençäo. Disse
Fle: "Vigiai e orai para que nao entreis
em tentagáo” (Mt 26.41; Mc 13.33). E
acrescentou: "O espírito está pronto,
mas a carne é fraca”, significando que,

se os discípulos orassem, o Espirito
prevaleceria sobre a carne. Por que a
oragáo é um recurso táo importante
para nos manter vigilantes? Sim, porque
pela oraçäo vivemos em comunháo com
Deus. Entáo ficamos fortes e felizes!
Sim, porque pela oragäo vivemos em
comunhäo com Deus. O rosto de Moisés
resplandecia quando tinha estado com
Deus, no monte (Éx 34.29) Semelhan-
temente, também, Estäväo (At 6.15).
A oragäo é uma arma eficaz contra
Satanás (Ef 6.18). Quando combatemos
e prevalecemos contra o nosso inimigo,
permanecemos vigilantes. À oraçäo é,
finalmente, o meio pelo qual recebemos
as bénçäos de Deus. A oracáo nos enche
de sua graca, e nos faz prontos para o
grande culto nas nuvens. Que Deus
nos guarde, a todos, vigilantes, a fim
de podermos ver, um dia, a glória de
Deus! Estejamos atentos nossa con-
duta, sempre buscando a santificagäo
e purificaçäo, para que náo apareca
alguma mancha em nossos vestidos,
porque "qualquer que nEle tem esta
esperanca, purifica-se a si mesmo, como
também ele é puro” (1 Jo 3.3). Assim
estaremos sempre preparados, e um
dia o veremos tal como Ele € (10 3.2).

SINTESE DO TÓPICO V
Se estivermos vigilantes seremos
guardados do sono espiritual e dis-
cerniremos os dias.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A Bíblia indica dois aspectos da
Segunda Vinda de Cristo. Por um lado,
Ele viré como o Preservador, Libertador
ou Protetor da ira vindoura' (1 Ts 1.10).
Logo, muito mais agora, sendo Justif

195

cados pelo seu sangue, seremos por ele
salvos da ira’ (Rm 5.9). Devemos manter-
-nos espiritualmente vigilantes, viver
a vida sóbria, equilibrada com dominio
próprio, e usara armadura do Evangetho:
afé,o amore a esperanca da salvaçäo,
‘porque Deus nao destinou para a ira,
mas para a aquisiçäo da salvaçäo, por
‘nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu
por nés, para que, quer vigiemos, quer
durmamos, vivamos uns aos outros e
edificai-vos uns aos outros” (HORTON,
Stanley (Ed. Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal.Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p.632).

CONCLUSAO.

Quando o clamor da meia-noite for
ouvido, diz a Bíblia que o seu sentido é
© seguinte: SAÍ-LHE AO ENCONTRO! É
precisamente isto que o Espírito Santo

quer dizer atualmente: "Prepara-te para
te encontrares com o teu Deus” (Am
4.12). E nós devemos estar prontos a
responder: "Já a sua Noiva se aprontou"
(Ap 19.7,8). Lemos em Mateus 25.7 que,
ao ouvir o clamor da meia-noite, as
virgens comecaram a preparar as suas
lámpadas. Meu irmáo, a tua lámpada
está preparada hoje? Que Deus permita
que nas nossas lámpadas, nas nossas
vidas, se cumpram as palavras de Lucas
12.35,36: "Estejam cingidos os vossos
lombos, e acesas, as vossas candeias. 36
Esede vós semelhantes aos homens que
esperam o seu senhor, quando houver
de voltar das bodas, para que, quando
vier e bater, LOGO possam abrir-lhe"
(Grifo nosso). O Espírito Santo nos está
despertando hoje para que estejamos
nesta condicio. Estajamos atentos e
sensiveis a sua voz. Amém.

PARA REFLETIR
Arespeito de “A Vigilancia Conserva Pura a Igreja”,

respond:

+ Segundo 1 Timóteo 3.15, o que somos?

Sustentáculos da verdade.

+ Por que devemos trabalhar enquanto é dia?
Porque a noite vem, quando ninguém mais poderá trabalhar.

+ De acordo com a ligäo, o que representa a meia-noite para a Igreja?

O inicio de um novo dia.

+ 0 que nos assinala o sono espiritual?

Os últimos tempos.

+ Como as virgens prudentes esperaram o noivo?

Com as lämpadas chelas de azeite.

ANOTAÇOES DO PROFESSOR

Le

=

96 Licées Bíblicas /Professor

2020