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Language: pt
Added: May 15, 2020
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1684 REVOLTA Dos BECKMAN
O QUE FOI... A Revolta dos Beckman foi uma segunda rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís (estado do Maranhão) em 1684 .
POR QUE "REVOLTA DOS BECKMAN"? MAPA DE 1629, SÃO LUÍS DO MARANHÃO A revolta que ocorreu em 1684, na cidade de São Luís do Maranhão, recebeu esse nome pois os principais líderes do levante foram os irmãos Manuel Beckman e Tomás Beckman.
O QUE ACONTECEU? No final do séc. XVII, o Estado do Maranhão, que pertencia a Coroa Portuguesa (economicamente), começou a sofrer crise na economia açucareira e logo a miséria tomou conta da região . Na época, os nativos mantinham os índios escravizados, e os jesuítas não gostavam nada disso, o que foi gerando conflitos entre eles e a população local. ÍNDIO NÃO GOSTA DE NATIVOS !!
O QUE ACONTECEU? Os fazendeiros, comerciantes e habitantes das cidades de Belém do Pará e de São Luís do Maranhão começaram a ficar revoltados com toda a situação, sendo que a administração portuguesa não estava dando conta de sustentar a economia da região, pois faltava produtos manufaturados e também escravos, intensificando os conflitos entre a metrópole, os jesuítas e os nativos maranhenses. Esses conflitos foram transformados em confrontos reais duas vezes. O segundo confronto foi liderado por principalmente dois irmãos, e ficou conhecido como A Revolta dos Beckman.
A PRIMEIRA REVOLTA Aconteceu em 1661, na cidade de São Luís, se espalhando depois para Belém do Pará. Com a carência de escravos na região, a população local começou a escravizar os índios. Como os jesuítas eram contra a isso, um grupo de moradores invadiu o colégio jesuíta de Nossa Senhora da Luz e expulsou os religiosos de lá. Eles prenderam o padre Antônio Vieira, líder dos jesuítas, aprisionaram ainda outros religiosos que ainda estavam escondidos e mandaram todos eles em três barcos para Portugal, mas somente dois dos barcos chegaram lá. MAPA ANTIGO DE PORTUGAL Expulsão do Padre Antônio Vieira e outros Jesuítas de São Luís do Maranhão, 8 de Setembro de 1661, Brasil (gravura Séc. XVIII)
Só que em março de 1662, um novo governador foi para São Luís, Rui Vaz de Siqueira, que resgatou os religiosos e concedeu "perdão" aos moradores. Vendo que o cerco se apertara, os portugueses prometeram dar melhores condições de vida aos revoltosos, mas não foi bem assim... A PRIMEIRA REVOLTA PADRE ANTÔNIO VIEIRA JESUÍTA E ÍNDIOS
MAPA DE 1640
Monumento a Manuel Beckman em São Luís do Maranhão, inaugurado em 1910. A base, por debaixo da pirâmide, fez parte do antigo Pelourinho que se pensava completamente destruído em 1889.
A COMPANHIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO Muitos anos depois, em 1680, o governo português decretou uma lei que proibiu os índios de serem escravizados. Para não prejudicar o comércio daquela região e nem a mão de obra para a lavoura, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão . A função da companhia era enviar 500 escravos africanos por ano para conter os conflitos dos jesuítas e nativos, vender produtos manufaturados e comprar gêneros agrícolas da região. EBA!! ÍNDIO NÃO É MAIS ESCRAVO!!
A COMPANHIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO Mas com o tempo os portugueses não cumpriram com o acordo. A demanda de escravos e de alimentos não era na quantidade certa, os serviços cobrados eram caros e a qualidade dos alimentos precária, o que despertou mais revolta entre os nativos da região pois a miséria foi só aumentando. Então, a população, comerciantes, e proprietários rurais, se mobilizaram mais uma vez dando início ao segundo confronto. AGORA O BICHO VAI PEGAR, PORTUGUESES! Abastecimento: uma questão delicada entre Portugal e os colonos maranhenses
A SEGUNDA REVOLTA Na noite de 24 de fevereiro de 1684, durante a ausência do Governador Francisco de Sá de Menezes, em visita a Belém do Pará, o segundo confronto começou em São Luís. Donos de terras, comerciantes, religiosos insatisfeitos com os jesuítas, e nativos (cerca de setenta a oitenta homens), participaram do levante. Liderados pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprietários rurais, os revoltosos aproveitaram as festividades de Nosso Senhor dos Passos para causar um alvoroço total.
A SEGUNDA REVOLTA Nas primeiras horas do dia seguinte, eles tomaram facilmente o Corpo da Guarda, que tinha apenas um oficial e cinco soldados. Invadiram a casa do Capitão-mor Baltasar Fernandes, o suspenderam do cargo pois Manuel Beckman o obrigou a fazê-lo e o deixaram à guarda da própria mulher, uma fiel carcereira. Depois invadiram os colégios jesuítas novamente, prenderam os religiosos e ainda saquearam os galpões da Companhia de Comércio . Manuel Beckman, logo depois do confronto, se apossou do governo, mas não conseguiu acabar com todos os problemas da região. Cara!! Agora me lasquei...
“Não resta outra coisa senão cada um defender-se por si mesmo; duas coisas são necessárias: revogação dos monopólios e a expulsão dos jesuítas, a fim de se recuperar a mão livre no que diz respeito ao comércio e aos índios”. -Manuel Beckman
ENQUANTO ISSO... Nesse meio tempo, Tomás Beckman foi a Portugal para reafirmar lealdade às autoridades portuguesas e denunciar tudo o que a Companhia causou aos maranhenses. Impassível a uma possível negociação, Portugal respondeu o levante com a nomeação de um novo governador para o Maranhão e o envio de tropas que deveriam aniquilar o movimento. Ao chegar ao Maranhão, as tropas deram fim ao levante e os irmãos Beckman foram condenados ao enforcamento. Jorge Sampaio, outro líder da revolta, foi executado. O resto dos revoltosos foram degredados ou mortos. Em 1685, com a confirmação das denúncias, a Companhia foi extinta pela Coroa e os jesuítas voltaram para o Maranhão, sendo que a partir dessa data, foi terminantemente proibido a escravização dos índios. ÍNDIO VENCEU OS NATIVOS!! HE, HE!
CONSEQUÊNCIAS DA REVOLTA A crise econômica no Maranhão continuou no séc. XVIII Na segunda metade deste século, Marquês de Pombal (1750-1777) que estava administrando a região, tentou diversas atitudes para melhorar a situação e uma delas foi a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Com a revolução Industrial na Inglaterra e a Guerra da independência das treze Colônias inglesas na América, a Companhia estimulou a exportação de algodão no Maranhão. Mas, depois que a Inglaterra reatou suas relações com a antiga colônia, a produção maranhense caiu rapidamente. Essas e outras situações levaram à extinção do Estado do Maranhão em 9 de julho de 1774. As suas antigas capitanias ficaram subordinadas ao Vice-rei do Brasil, com sede no Rio de Janeiro. MARQUÊS DE POMBAL Eu sei... Eu sou lindo!!
CONCLUSÃO A Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de interesses entre os colonos e a metrópole. Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão-de-obra e abastecimento na região do Maranhão. As ações da coroa portuguesa, que claramente favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos de reações violentas dos colonos. Geralmente eram reprimidas com violência, pois a coroa não abria mão da ordem e obediência em sua principal colônia.
FICHAMENTO Tema: A Revolta dos Beckman. Quando : Aconteceu em 24 de fevereiro de 1864. Onde : Na cidade de São Luís do Maranhão, no estado do Maranhão. Grupo envolvido: Manuel Beckman, Tomás Beckman, Jorge Sampaio, maranhenses, proprietários rurais, comerciantes e a Coroa Portuguesa. Motivos: Descumprimento do acordo com os maranhenses por parte da Companhia de Comércio do Maranhão, falta de mão-de-obra escrava, e o monopólio da Companhia. Desfecho: Os revoltosos ficaram no governo por um mês, houve repressão violenta da Coroa Portuguesa, os líderes foram enforcados, houve o fim do monopólio da Cia. de comércio, o retorno dos jesuítas ao Maranhão e a permanência da crise econômica na região.
GRUPO Henrique Bosco João Lucas Neves Laís Gimenez Thais Rodrigues FIM!! ATÉ MAIS!!!