- Olha, Deus, acho que o Senhor não está entendendo
muito bem o problema pelo qual estou passando. Então, deixe-
me explicar. Tenho dezesseis anos. Eu sei que no céu talvez
isso não signifique muita coisa, mas, aqui na terra, dezesseis
anos é o momento para viver! A vida gira em torno de festas e
de dança e do... NAMORO! Se eu renunciar isso, serei uma
ninguém! Então, Deus, eu realmente não posso fazer muita
coisa, mas obrigada pelo interesse! Eu sei que foi de coração.
Por mais que eu desejasse tomar de volta a minha oração
"Senhor estou pronta", eu não podia. Sabia o que Deus estava
me pedindo e, por mais que detestasse admitir aquilo, eu sabia
que Ele estava certo. Se eu realmente desejava obedecer a Sua
vontade e investir no relacionamento do meu futuro
casamento, eu não poderia mais fazer parte do mundo do
namoro.
Então, naquele dia catastrófico de fevereiro, aos dezesseis
anos, eu, oficialmente, renunciei o namoro. Meu compromisso
era dedicar toda a minha vida para servir a Deus e confiar que,
a Seu tempo e a Sua maneira, Ele iria trazer a minha vida o
meu futuro marido. Até lá, eu nem iria procurá-lo. Eu confiaria
em Deus, esperaria pacientemente e me guardaria - física e
emocionalmente para aquele homem com quem um dia eu iria
me casar.
Aquela era uma decisão ousada e corajosa, mas eu não
me sentia tão ousada e corajosa ao tomá-la! Pensamentos
horríveis sobre o que eu me tornaria encheram minha mente.
Eu me imaginava uma triste adolescente sentada em uma
cadeira de balanço olhando para fora da janela todas as noites.
Sem telefonemas. Sem amigos. Sem vida. Apenas balançando,
balançando, balançando. Eu simplesmente sabia que havia
desperdiçado minha vida.
Algumas de minhas amigas, ao ouvirem minha decisão,
me olhavam com desgosto e falavam:
- Leslie. como você espera se casar um dia se você não
estiver namorando? Como você espera que o seu Príncipe
39 / 159