Romance regionalista

renatarockitty 5,807 views 31 slides May 19, 2016
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Literatura e exercícios


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Romance regionalista Profª . Renata Silva Nunes Ribeiro

Romance regionalista – ocorre em ambiente rural, mostrando costumes, valores e cultura típica de uma região. Este tipo de romance trazia um maior conhecimento do Brasil sobre si próprio, uma vez que voltava seu olhar pra regiões diferentes do Brasil, trazendo à tona sua diversidade.

Missão nacionalista; Certa autonomia com relação à cultura europeia; Rio Grande do Sul, Nordeste e Centro-Oeste; Figura do sertanejo;

Principais autores José de Alencar – O Sertanejo ; O Gaúcho Visconde de Taunay – Inocência Franklin Távora – O Casamento no Arrabalde ; O Matuto ; O Cabeleira Bernardo Guimarães – O Ermitão de Muquém ; A escrava Isaura; O seminarista

José alencar Características regionais; Representação de tipos; Personagens masculinas, femininas; O Gaúcho; O Sertanejo

Corria o ano de 1832. Na manhã de 29 de setembro um cavaleiro corria a toda brida pela verde campanha que se estende ao longo da margem esquerda do Jaguarão. Deixara o pouso pela alvorada e seguia em direção ao nascente. Para abreviar a jornada, se desviara da estrada, e tomara por meio dos campos, como quem tinha perfeito conhecimento do lugar. Não o detinham os obstáculos que porventura encontrava em sua rota batida, mas não trilhada. Valados, seu cavalo morzelo os franqueava de um salto, sem hesitar; sangas e arroios atravessava-os a nado, quando não faziam vau. Era o cavaleiro moço de 22 anos quando muito, alto, de talhe delgado, mas robusto. Tinha a face tostada pelo sol e sombreada por um buço negro e já espesso.

Cobria-lhe a fronte larga um chapéu desabado de baeta preta. O rosto comprido, o nariz adunco, os olhos vivos e cintilantes davam à sua fisionomia a expressão brusca e alerta das aves de altanaria. Essa alma devia ter o arrojo e a velocidade do vôo do gavião. Pelo traje se reconhecia o gaúcho. O ponche de pano azul forrado de pelúcia escarlate ca - ía-lhe dos ombros. A aba revirada sobre a espádua direita mostrava a cinta onde se cruzavam a longa faca de ponta e o amolador em forma de lima. Era cor de laranja o chiripá de lã enrolado nos quadris, em volta das bragas escuras que desciam pouco além do joelho. Trazia botas inteiriças de potrilho , rugadas sobre o peito do pé e ornadas com as grossas chilenas de prata.

Bernardo Guimarães Influenciado pelo escritor português Alexandre Herculano; Principais obras: O ermitão de Muquém (1866); O seminarista (1872); A escrava Isaura (1875).

O seminarista É a narrativa da trágica história de amor de Eugênio , forçado pela família a seguir a carreira sacerdotal, e Margarida , que se mantém solteira, fiel a seu amor de infância. Ao concluir os estudos no seminário, o padre retorna à terra natal e reencontra a amada. Juntos, experimentam um intenso momento de paixão. Ela, enferma, em pouco tempo vem a falecer. Ele, em estado de choque, enlouquece, e não consegue celebrar sua primeira missa.

O seminarista

A escrava Isaura Romance com pretensões abolicionistas que conta a história de Isaura, uma escrava branca, nobre e educada que é perseguida por Leôncio, seu senhor, um homem marcado pelos vícios sociais. A moça é salva pelo herói Álvaro, que a retira das garras do vilão.

A escrava Isaura – a morte de Leôncio e a libertação de isaura

Visconde de Taunay Foi escritor primoroso, homem culto, dedicado às letras e à pintura, patriota, engenheiro militar e ex-combatente da Guerra do Paraguai; Principal obra: Inocência (1872).

Inocência (1872) Empenhou-se em descrever o cenário sertanejo e a retratar a vida no campo. Inocência é uma moça que, por imposição do pai autoritário, deve se casar com Manecão , um sertanejo bruto e negociante de gado criado. A moça adoece e é salva por Cirino, estudante de farmácia, e os dois se apaixonam, convergindo em um final trágico.

— Está aqui o doutor, disse-lhe Pereira, que vem curar-te de vez — Boas-noites, dona, saudou Cirino. Tímida voz murmurou uma resposta, ao passo que o jovem, no seu papel de médico, se sentava num escabelo junto à cama e tomava o pulso à doente. Caía então luz de chapa sobre ela, iluminando-lhe o rosto, parte do colo e da cabeça, coberta por um lenço vermelho atado por trás da nuca. Apesar de bastante descorada e um tanto magra, era Inocência de beleza deslumbrante. Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora ingenuidade, realçada pela meiguice do olhar sereno que, a custo, parecia coar por entre os cílios sedosos a franjar-lhe as pálpebras, e compridos a ponto de projetarem sombras nas mimosas faces. Era o nariz fino, um bocadinho arqueado; a boca pequena, e o queixo admiravelmente torneado. Ao erguer a cabeça para tirar o braço de sob o lençol, descera um nada a camisinha de crivo que vestia, deixando nu um colo de fascinadora alvura, em que ressaltava um ou outro sinal de nascença.

Franklin Távora É um dos autores mais polêmicos do período. Crítico severo do regionalismo alencariano , defende a tese de que o Norte/Nordeste pode produzir uma literatura regionalista muito mais autêntica que o Centro/Sul. Principal obra: - O Cabeleira (1876)

O Cabeleira (1876) Seu romance mais famoso, trata do cangaceiro José Gomes (o Cabeleira). A narrativa, embora com tons realistas e combativa, recai na estrutura melodramática dos romances românticos. O Cabeleira, ao reencontrar seu amor de infância, Luisinha, abandona sua vida de criminoso e dispõe-se a total regeneração pelo amor da amada. A moça, porém, morre de uma enfermidade e o cangaceiro acaba preso e enforcado na prisão.

Cabeleira, o bandido dos canaviais, veio, certa vez, ele próprio, em pessoa, com toda a sua ira de monstro, até as pontes do Recife, ao próprio centro da cidade ilustre, assombrando recifenses até então acostumados a incursões de piratas ou de corsários, saídos do mar, mas não a ser assaltada por demônios vindos do próprio interior da região. Durante longo tempo, o recifense viveu sob o terror desse bandido com alguma coisa do próprio satanás: Cabeleira. Cabeleira! Cabeleira! Cabeleira! Cabeleira-eh-vem! (...) Uma assombração. Só o nome – Cabeleira, Cabeleira, Cabeleira! – assombrava. Morrera? Fora enforcado? Fora justiçado? Morrera. Fora justiçado. Mas quem tinha, como ele. Pacto com o Diabo, morto tornava-se assombração. Cabeleira subsistiu para os recifenses como assombração até quase nossos dias (2000, p. 59-60 ). Assombrações do Recife Velho – Gilberto Freyre

Era quase noite e, no meio das sombras crepusculares, confundiu ele ao princípio, o emblema da redenção com um tronco de árvore cortada por algum viajante transviado, ou despedaçada pela tormenta. Quando reconheceu o sagrado emblema, o Cabeleira, suspenso pela surpresa, sentiu-se abalado ao mesmo tempo por uma comoção desconhecida. No lugar ocupado pela cruz tinha ele assassinado um ano antes um marchante de gados para lhe roubar o dinheiro que trazia da feira em Santo Antão. O bandido voltou o passo atrás horrorizado e correu em busca da moça, gritando, como um menino: — Luisinha!... Luisinha!... A moça, aflita sem saber por quê, lançou-se ao seu encontro e o recebeu em seus braços. — Ninguém te há de tirar daqui, disse ela, suspeitando que o queriam prender. Não, não, tu me pertences. Deus ajudou-me a pôr-te no caminho do bem. Ninguém tem mais o direito de te perseguir. — Eu o vi lá outra vez, Luisinha. Ele olhou-me silencioso e triste. — Ele quem? perguntou ela. — O marchante; o velho a quem assassinei para roubar. Lá está ele com os cabelos brancos ensopados em sangue. — Meu Deus! meu Deus! exclamou a moça. Cometeste ainda, um assassinato, Cabeleira? Meu Deus, quanto sou infeliz! — Não, não foi agora; faz um ano; foi ali, junto do jatobá. Olha; não vês aquela cruz de pau enterrada no chão? Foi aí que matei o sertanejo. É impossível descrever a comoção de ambos. O sítio, a hora, tudo concorria para dar à impressão uma intensidade que ia ao fundo do coração, à medula dos ossos.

Sobre o romance regional estão corretas, exceto: a) O romance regional não seguia o modelo europeu. Por esse motivo, foi obrigado a construir seus próprios modelos e, em virtude disso, a Literatura Brasileira alcançou maior autonomia. b) Os escritores do romance regional foram influenciados pelo espírito racionalista: estavam sintonizados com o cientificismo da época, que explicava o mundo através de leis objetivas e a influência do meio no comportamento humano. c) Foram quatro os espaços nacionais que despertaram o interesse entre os escritores românticos: o das capitais, com destaque para o Rio de Janeiro, e os espaços das regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste. d) Seus principais representantes foram José de Alencar, Franklin Távora e Visconde de Taunay. e) Um dos principais problemas encontrados pelos autores regionalistas foi a adequação da variedade linguística regional à linguagem literária, cuja principal característica é o emprego da norma culta

Letra “B”

Leia, com atenção, os trechos seguintes, que caracterizam as diferentes preocupações temáticas de José de Alencar : Procura focalizar a corte; retrata a vida burguesa da época, utilizando histórias de amor como assunto das narrativas. Foi uma das soluções encontradas pelo escritor brasileiro para repetir aqui a proposta européia de volta ao passado. A civilização indígena representou literariamente o aspecto mais autêntico de nossa nacionalidade. Pretende trazer à tona figuras históricas ou até figuras lendárias, situando-as em seu tempo e momentos reais. Retrata diferentes partes do país, focalizando seus hábitos, costumes, linguagem, tradições; sempre em oposição aos valores urbanos da corte. Tais características referem-se, respectivamente, aos romances : históricos, indianistas, urbanos, regionalistas . regionalistas , históricos, indianistas, urbanos . indianistas , históricos, regionalistas, urbanos . urbanos , indianistas, regionalistas, históricos . urbanos , indianistas, históricos, regionalistas.

Letra “E”

(UFRS)  Considere as seguintes afirmações: I Pode-se afirmar que o Romantismo brasileiro foi a manifestação artística que mais bem expressou o sentimento nacionalista desenvolvido com a independência do país. II Os romancistas românticos, preocupados com a formação de uma literatura que expressasse a cor local, criaram romances considerados regionais, mais pela temática do que pela linguagem. III A tendência indianista do Romantismo brasileiro tinha por objetivo a desmistificação do papel do índio na história do Brasil desde a colonização. Quais estão corretas? Apenas I . Apenas II. Apenas I e II . apenas I e III . I, II e III.

Letra “C”