representaçãoousigno-poisnamaiorpartedasvezessetratadeumobjeto
complexo-podeserqualquercoisaexistenteconhecida,ouqueseacred;ta
terexistido,ouqueseesperaexistir,ouumacoleçãodetaIsCOIsas,outambem
umaqualidadeconhecida,ourelação,oufato,ouaindaalgodeumanatureza
geral,desejado,requerido,ouinvariavelmenteencontráveldentrodeumacerta
circunstânciageral. ._
Comosepodever,nãohánadanadefiniçãopeircIanadarepresentaçao,que
restrinjaseuobjetodentrodoslimitesdeumreferenteexterno~erceptlv:l,
cmoquerCouchot.Aocontrário,paraPeirce,essaéamaissimplónadefImçao
deobjeto,aquelaqueoconfundecomuma"coisa",poisoobjetoéqualquer
l,;oisaqueumsignopodedenotar,aqueosignopodesera~hcado,des~euma
idéiaabstratadaciência,umasituaçãovividaouIdeahza?a,umtlpode
comportamento,enfim,qualquercoisadequalquerespéci~-,Eporisso5uea
divisãodasimagensbaseadanaoposiçãoentrerepresentaçaoeslmulaçao~az
limsentidomuitoparcial,umavezque,nocasodasimulação,aimagemtambem
éumarepresentação,oumelhor,éfrutodeumasériedereprese~tações,'As
equaçõesalgébricasaseremprocessadaspeloscomputadores.equesaoFassIveIs
leseremtraduzidasnospontosdeluzdatelasãomatnzesnumencasou
representaçõesdeummodelo.Aimagemsensívelqueaparecenatela,pors~a
vezfuncionacomoumoutrotipoderepresentação,maISllldIclal,darelaçao
pon'toapontodovalornuméricocomopixel.!orfim,aimage~natela,é
(lindaumoutrotipoderepresentação,maISIcomca,querdizer,eumadas
aparênciassensíveispossíveisdomodeloqueagerou.Demodoalgum,~orser
'imulativo,taltipodeimagemdeixadeserrepresentatlvo,apenasocaraterde
suarepresentaçãotorna-semuitomaiscomplexoemisturado...
SeanoçãoqueCouchottemdesimulaçãojáparecelimItada,ade
representaçãotambémsóécapazderecobrirasimagensestntamen:e
referenciaisoufigurativas,oquenoslevaaumbecosemsaída,pOIStaldIvIsao
doprocessoevolutivodastécnicaseartesdafiguraçãodeixad:foratodas_as
imagensnão-representativas,desdeasformasabstratasgeometncasounao,
formasdecorativas,formaspuras,gestospurosetc.que,deac?rdocomsua
classificação,nãosãonemrepresentativasnemsimulativas.Ecertoquea
inteI)çãodeCouchotnãoparecetersidoadeabraçar,nasuadivisão,todosos
tiposdeimagem,mastão-sódemarcaraoposiçãoradIcal~ueasImagens
sintéticasestabeleceramemrelaçãoàsformasderepresentaçaoherdadasdo
Renascimentoesecularmentehegemônicasatéoadventodacomputação
gráfica.Alémdisso,enquantosistemasderepresentação,defato,nãoseoperam
mudançasradicaisdapinturarenascentistaparaafotoecmematografia.
Dequalquermaneira,adivisãoestudadaporCouchotébinária,demodo
queaclassificaçãodostrêsparadigmas,aquiproposta,estariaaparentemente
maispróximadaclassificaçãoefetuadaporumoutroautor,PaulVmho,que,
160
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~oseulivroLa'~1achinedevision(1988)apresentaumalogístícadaimagem,
aluzdaqualsaoestabelecIdostrêsregimesdasmáquinasdevisãoque
correspondemà:(1)eradalógicaformaldaimagemqueéadapintura,gravura,
arqUIteturaequetermmanoséculoXVIII;(2)eradalógicadialética,queéa
dafotografia,dacinematografia,ou,sepreferirmos,adofotograma,no~éculo
XIX;(3)eradalógicaparadoxal,queéaquelainiciadacomainvençãoda
vIdeografIa,daholografiaedainfografia(vertambémVirilio1993)..
,Embor~tenhasetoma~omuitoconh~cido,sendocitadocomfreqüênciti,
atepelopropnoautor,ostresregImesdaVIsão,tambémchamadosdelogfsticas
daImagem,nuncaforammuitolongamenteexplicitadosporVirilio.Por
exemplo,quesentidossãodadosaostrêstiposdelógica:"formal","dialética"
e"paradoxal"?Quaisforamosprincípiosquenortearamessadivisão?São
perguntascujasrespostas,poucosistematizadaspeloautor,sópodernser
lI1f~ndas.Assim,alogísticaformaléaqueladossistemasderepresentação
artlstIcos,darepresentaçãopicturaltradicional;adialética,inauguradapela
fotografta,nascedoJogoentrearteseciências,quando"arepresentaçãocede
lugar,poucoapouco,aumaautênticaapresentaçãopública";aparadoxalmarca
"aconclusãodamodernidade"pelo"encerramentodeumalóericade
representaçãopública"(Virilio1994:51-52,90-91).
b
Confessandoquesóestimacomdificuldadesasvirtualidadesdalógica
paradoxaldovldeograma,dohologramaedaimagerienumérica,Virilio(ibid.:
91-92)explIcaqueoparadoxológicoéo
da~mageme_mtemporealquedominaacoisarepresentada,estetempoqucapartil-de
en:aoselmpoeaoespaçoreal.Estavirtualidadequedominaaatualidade,subvertendoa
pro?nanoçãoderealidade_Daíestacrisedasrepresentaçõespúblicastradicionais
(graflcas,fotográficas,cinematográficas...)embenefíciodeumaapresentação,deuma
presençaparadoxal,telepresençaadistnnciadoobjetooudoserquesupresuaprópria
existência,aquieagora.
Enquanto,nalógicadialéticadaimagem,tratava-sesomente"dapresença
dotempodIferencIado,apresençadopassadoqueimpressionavaduravelmente
asplacas,aspelículasouosfilmes",nalógicaparadoxal,"éarealidadedapre
senç~emtemp~realdoobjetoqueédefinitivamenteresolvida"(ibid.:91-92).
.NaorestadUVIdaquantoaopodersugestivodessadivisãoapresentadapor
Vmho.Entretanto,tambémnãohádúvidadequeéumadivisãobaseadaem
critériosquesemisturam.Alógicadarepresentaçãoéextraídadeumprincípio
Imanente,dosSistemasformaiSemquearepresentaçãoseconfierura.Jáalóerica
dlal~tica,deumlad~o,parecepartirdeumprincípiotambémim:nente(os
jobgoS
dlaletIcos_entreClenClaearte),para,então,sevoltarparaosaspectosde
d,Istnbulçaoerecepçãosocialdaimagem,suaapresentaçãopública.Quantoà
10gIcaparadoxal,seuprincípiopareceserextraídodoparadoxoentreespaço