Semântica pragmática

JooGuedesdeSouza 5,540 views 17 slides May 17, 2013
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Semântica / Semântica /
PragmáticaPragmática
O “E” na InterfaceO “E” na Interface
Jorge Campos

RESUMORESUMO
A Semântica e suas InterfacesA Semântica e suas Interfaces
‘‘ Jorge Campos (PUCRS)Jorge Campos (PUCRS)
 A Semântica é a subteoria lingüística que investiga as propriedades do significado em A Semântica é a subteoria lingüística que investiga as propriedades do significado em
linguagem natural. Como tal, ela mantém relações internas, intradisciplinares com outras subteorias, como a Sintaxe e a linguagem natural. Como tal, ela mantém relações internas, intradisciplinares com outras subteorias, como a Sintaxe e a
Pragmática, por exemplo, e relações externas, interdisciplinares, com áreas de conexão com a Lingüística como a Lógica, as Pragmática, por exemplo, e relações externas, interdisciplinares, com áreas de conexão com a Lingüística como a Lógica, as
Ciências Cognitivas, Teorias da Comunicação Social, etc. Isso é equivalente a dizer que o significado lingüístico pode ser Ciências Cognitivas, Teorias da Comunicação Social, etc. Isso é equivalente a dizer que o significado lingüístico pode ser
investigado numa interface externa da Lingüística com disciplinas formais, cognitivas ou sociais e numa interface interna com a investigado numa interface externa da Lingüística com disciplinas formais, cognitivas ou sociais e numa interface interna com a
estrutura gramatical e as inferências dependentes de contexto. Ilustremos tais investigações nas fronteiras inter/intra da Semântica, estrutura gramatical e as inferências dependentes de contexto. Ilustremos tais investigações nas fronteiras inter/intra da Semântica,
através do conetivo “e”, justamente, um objeto lógico-lingüístico na interface externa. Dada uma proposição complexa como através do conetivo “e”, justamente, um objeto lógico-lingüístico na interface externa. Dada uma proposição complexa como
“João foi ao banco e pegou o dinheiro”, podemos investigar qual o papel do elemento sincategoremático “e”, para saber se há “João foi ao banco e pegou o dinheiro”, podemos investigar qual o papel do elemento sincategoremático “e”, para saber se há
equivalência ou não entre suas propriedades veritativo-funcionais no âmbito da linguagem da Lógica e suas propriedades equivalência ou não entre suas propriedades veritativo-funcionais no âmbito da linguagem da Lógica e suas propriedades
semânticas na nossa linguagem. Uma observação trivial em nossos dias é que, enquanto o “e” lógico mantém suas condições-de-semânticas na nossa linguagem. Uma observação trivial em nossos dias é que, enquanto o “e” lógico mantém suas condições-de-
verdade na troca da ordem entre as sentenças componentes, tal troca, em nossa linguagem cotidiana, altera o significado verdade na troca da ordem entre as sentenças componentes, tal troca, em nossa linguagem cotidiana, altera o significado
inferencial. Assim, “João foi ao Banco e pegou o dinheiro” parece significar que ele retirou o dinheiro; ao contrário, em “João inferencial. Assim, “João foi ao Banco e pegou o dinheiro” parece significar que ele retirou o dinheiro; ao contrário, em “João
pegou o dinheiro e foi ao Banco”, parece que o significado implicado é que ele depositou o dinheiro. Paralelamente, as inferências pegou o dinheiro e foi ao Banco”, parece que o significado implicado é que ele depositou o dinheiro. Paralelamente, as inferências
tipo eliminação do “&”, em que da proposição complexa pode-se passar para qualquer das simples, parecem perfeitamente tipo eliminação do “&”, em que da proposição complexa pode-se passar para qualquer das simples, parecem perfeitamente
equivalentes na linguagem cotidiana. Uma alternativa possível é entender-se tudo como Semântica e considerar as discrepâncias de equivalentes na linguagem cotidiana. Uma alternativa possível é entender-se tudo como Semântica e considerar as discrepâncias de
inferências não-autorizadas como um conflito na interface; outra hipótese é distinguir os dois casos de inferência, a primeira como inferências não-autorizadas como um conflito na interface; outra hipótese é distinguir os dois casos de inferência, a primeira como
pragmática e a segunda como semântica, caracterizando-se, assim, a abordagem via interface interna. Uma conseqüência pragmática e a segunda como semântica, caracterizando-se, assim, a abordagem via interface interna. Uma conseqüência
metodológica desse tratamento é que se pode construir interface externa com várias áreas de conexão, como a formal, no exemplo metodológica desse tratamento é que se pode construir interface externa com várias áreas de conexão, como a formal, no exemplo
explorado aqui e que a opção assumida determina a natureza da interface interna. Assim, numa teoria lingüística, pode-se procurar explorado aqui e que a opção assumida determina a natureza da interface interna. Assim, numa teoria lingüística, pode-se procurar
uma interatividade formal entre Semântica/Sintaxe/Pragmática para oferecer um tratamento teórico e uniforme ao fenômeno sob uma interatividade formal entre Semântica/Sintaxe/Pragmática para oferecer um tratamento teórico e uniforme ao fenômeno sob
análise. análise.

O Debate sobre a Interface O Debate sobre a Interface
Semântica/PragmáticaSemântica/Pragmática
1 Há um intenso debate sobre as relações entre 1 Há um intenso debate sobre as relações entre
Semântica e Pragmática;Semântica e Pragmática;
Origens teóricas: O debate Origens teóricas: O debate
Russell/Strawson/GriceRussell/Strawson/Grice
Referências recentes: Bach(87), Turner(99), Referências recentes: Bach(87), Turner(99),
Carston(99), Bianchi(2004), Jaszczolt(2006)Carston(99), Bianchi(2004), Jaszczolt(2006)
A questão central é: qual a natureza da interface? A questão central é: qual a natureza da interface?

A Concepção Clássica de Interface A Concepção Clássica de Interface
Semântica/PragmáticaSemântica/Pragmática
Dadas sentenças como (A), (B) e (C)Dadas sentenças como (A), (B) e (C)
(A) ‘João é político, mas não é corrupto’, o dito é que João é (A) ‘João é político, mas não é corrupto’, o dito é que João é
político e que ele não é corrupto; além do dito, sugere-se que político e que ele não é corrupto; além do dito, sugere-se que
político é corrupto;político é corrupto;
(B)‘João se elegeu/A memória do eleitor é fraca’(B)‘João se elegeu/A memória do eleitor é fraca’
além do dito, sugere-se que o eleitor não deveria ter votado em além do dito, sugere-se que o eleitor não deveria ter votado em
João;João;
(C)’Alguns acusados voltaram ao cenário político(C)’Alguns acusados voltaram ao cenário político
Sugere-se, além do explícito, que nem todos voltaramSugere-se, além do explícito, que nem todos voltaram
Grice(75) chama tais inferências pragmáticas de implicaturas Grice(75) chama tais inferências pragmáticas de implicaturas

A Visão Clássica AmpliadaA Visão Clássica Ampliada
A Pragmática não só complementa a Semântica através A Pragmática não só complementa a Semântica através
de implicaturas via dito; A sentença (D) ilustra o caso:de implicaturas via dito; A sentença (D) ilustra o caso:
(D)’Ele lidera as pesquisas para Presidente porque seu (D)’Ele lidera as pesquisas para Presidente porque seu
concorrente não está com o povoconcorrente não está com o povo
O dito depende de se ter a referência para ‘ele’, Lula, O dito depende de se ter a referência para ‘ele’, Lula,
por exemplo; também depende de se completar o por exemplo; também depende de se completar o
sintagma ‘Presidente do Brasil’, e de se desambiguar sintagma ‘Presidente do Brasil’, e de se desambiguar
‘está com o povo’‘está com o povo’
A Semântica depende da Pragmática ; a constituição do A Semântica depende da Pragmática ; a constituição do
dito depende de fatores contextuais.dito depende de fatores contextuais.

A Tese da Indeterminação da A Tese da Indeterminação da
SemânticaSemântica
Carston / Interface e Relevância Carston / Interface e Relevância
Blakemore / ExplicaturaBlakemore / Explicatura
Bach / Dito, Implicatura e ImplicituraBach / Dito, Implicatura e Implicitura
Levinson / Implicaturas GeneralizadasLevinson / Implicaturas Generalizadas
Recanati / Pragmática RadicalRecanati / Pragmática Radical
O fortalecimento da tese de Strawson / da O fortalecimento da tese de Strawson / da
sentença para o enunciado sentença para o enunciado

Argumentos Problemáticos para a Argumentos Problemáticos para a
Interface Semântica/PragmáticaInterface Semântica/Pragmática
Russel e Strawson / a questão era metodológica Russel e Strawson / a questão era metodológica
A Interface interna ou intradisciplinar depende A Interface interna ou intradisciplinar depende
da Interface externa ou Interdisciplinar;da Interface externa ou Interdisciplinar;
O objeto da Interface lingüística entre O objeto da Interface lingüística entre
Semântica/Pragmática pode ser desenhado na Semântica/Pragmática pode ser desenhado na
fronteira com a Lógica, com as Ciências fronteira com a Lógica, com as Ciências
Cognitivas ou com Teorias do Discurso;Cognitivas ou com Teorias do Discurso;
O significado é aquilo que a teoria do significado O significado é aquilo que a teoria do significado
assumida diz que ele é.assumida diz que ele é.

O Conetivo ‘E’ na Interface O Conetivo ‘E’ na Interface
Semântica/PragmáticaSemântica/Pragmática
Considere-se as sentenças (E)e (F) abaixo:Considere-se as sentenças (E)e (F) abaixo:
(E) Ele pegou o dinheiro e foi ao Banco’(E) Ele pegou o dinheiro e foi ao Banco’
(F) Ele foi ao Banco e pegou o dinheiro’ (F) Ele foi ao Banco e pegou o dinheiro’
A primeira pode ser interpretada como ele tendo A primeira pode ser interpretada como ele tendo
depositado o dinheiro e a segunda, como ele tendo depositado o dinheiro e a segunda, como ele tendo
retirado o dinheiro.retirado o dinheiro.
Aceita tal interpretação, as condições de verdade são Aceita tal interpretação, as condições de verdade são
diferentes para (E) e (F).diferentes para (E) e (F).
Assumindo-se essa interpretação, fatores pragmáticos, Assumindo-se essa interpretação, fatores pragmáticos,
como a ordem, determinam as condições de verdade, como a ordem, determinam as condições de verdade,
sendo a Semântica não suficientemente determinada. sendo a Semântica não suficientemente determinada.

O Conetivo ‘E’ na Interface O Conetivo ‘E’ na Interface
Semântica/PragmáticaSemântica/Pragmática
Nessa perspectiva, tudo ficaria esclarecido se (E) e (F) Nessa perspectiva, tudo ficaria esclarecido se (E) e (F)
fossem completadas como (E’) e (F’).fossem completadas como (E’) e (F’).
(E’) Ele pegou o dinheiro e foi ao banco depositá-lo.(E’) Ele pegou o dinheiro e foi ao banco depositá-lo.
(F’) Ele foi ao banco e pegou o dinheiro retirado.(F’) Ele foi ao banco e pegou o dinheiro retirado.
Tais condições de complementação informativa Tais condições de complementação informativa
reforçariam a tese da indeterminação semântica.reforçariam a tese da indeterminação semântica.
Consideradas essas condições, elas certamente podem Consideradas essas condições, elas certamente podem
ser expandidas para referências de nomes , descrições ser expandidas para referências de nomes , descrições
definidas, dêiticos, desambiguação, implícitos em geral, definidas, dêiticos, desambiguação, implícitos em geral,
etc..etc..
Mas isso levaria a uma trivialização pragmática.Mas isso levaria a uma trivialização pragmática.

Problemas Adicionais para a Tese da Problemas Adicionais para a Tese da
Indeterminação da SemânticaIndeterminação da Semântica
Como determinar o conjunto de informações Como determinar o conjunto de informações
necessárias e suficientes para estabelecer as condições-necessárias e suficientes para estabelecer as condições-
de-verdade, ou condições-de- compreensão? de-verdade, ou condições-de- compreensão?
-Ele comeu no restaurante do centro com amigosEle comeu no restaurante do centro com amigos
-Ele quem?, comeu o quê? Qual restaurante?, centro de Ele quem?, comeu o quê? Qual restaurante?, centro de
onde? Quais amigos? Quando? Quem disse isso? Onde onde? Quais amigos? Quando? Quem disse isso? Onde
e quando? ...e quando? ...
Como evitar a trivialização da tese de que qualquer Como evitar a trivialização da tese de que qualquer
proposição pode ser complementada pragmaticamente? proposição pode ser complementada pragmaticamente?

Confusão de InterfacesConfusão de Interfaces
A nossa hipótese é a de que as interfaces externas (IE), A nossa hipótese é a de que as interfaces externas (IE),
ou interdisciplinares, são compromissos metodológicos ou interdisciplinares, são compromissos metodológicos
primeiros que determinam as interfaces internas (II), ou primeiros que determinam as interfaces internas (II), ou
intradisciplinares. intradisciplinares.
Por exemplo, uma IE pode ser caracterizada a partir da Por exemplo, uma IE pode ser caracterizada a partir da
relação Lingüística/Lógica, ou Lingüística/Psicologia, relação Lingüística/Lógica, ou Lingüística/Psicologia,
etc. etc.
Uma II pode ser ilustrada, por exemplo, pela relação Uma II pode ser ilustrada, por exemplo, pela relação
Sintaxe/Semântica, Semântica/Pragmática, etc. Sintaxe/Semântica, Semântica/Pragmática, etc.

Interfaces ExternasInterfaces Externas
Interface Formal : o objeto é o argumento Interface Formal : o objeto é o argumento
dedutivo e sua expressão em linguagem natural;dedutivo e sua expressão em linguagem natural;
Interface Comunicativa : o objeto é intenção Interface Comunicativa : o objeto é intenção
comunicativa, informativa e a compreensão;comunicativa, informativa e a compreensão;
Interface Cognitiva : o objeto é o modelo Interface Cognitiva : o objeto é o modelo
cognitivo para a relação causa e efeito, por cognitivo para a relação causa e efeito, por
exemplo.exemplo.

Interfaces InternasInterfaces Internas
Constituídas a partir das subteorias lingüísticas.Constituídas a partir das subteorias lingüísticas.
Fonologia/Morfologia/Lexicologia/Sintaxe/ Fonologia/Morfologia/Lexicologia/Sintaxe/
Semântica/PragmáticaSemântica/Pragmática
Nessa direção, uma opção metodológica Nessa direção, uma opção metodológica
Lingüística/Lógica vai determinar a perspectiva de uma Lingüística/Lógica vai determinar a perspectiva de uma
Semântica/Pragmática enquanto interface formal;Semântica/Pragmática enquanto interface formal;
De maneira similar, a opção por uma IE De maneira similar, a opção por uma IE
Lingüística/Comunicação vai determinar uma II Lingüística/Comunicação vai determinar uma II
Semântica/Pragmática adequada a essa opção;Semântica/Pragmática adequada a essa opção;
De forma análoga, a IE Lingüística/Ciência Cognitiva De forma análoga, a IE Lingüística/Ciência Cognitiva
vai determinar uma II Semântica/Pragmática cognitiva.vai determinar uma II Semântica/Pragmática cognitiva.

Ilustração FinalIlustração Final
Suponhamos novamente (E) e (F)Suponhamos novamente (E) e (F)
(E) Ele pegou o dinheiro e foi ao Banco’(E) Ele pegou o dinheiro e foi ao Banco’
(F) Ele foi ao Banco e pegou o dinheiro’(F) Ele foi ao Banco e pegou o dinheiro’
De um ponto de vista formal, se o argumento dedutivo De um ponto de vista formal, se o argumento dedutivo
válido é o ponto, P & Q e Q & P são equivalentes à válido é o ponto, P & Q e Q & P são equivalentes à
medida que determinam inferências necessárias medida que determinam inferências necessárias
equivalentes, ou monotônicas;equivalentes, ou monotônicas;
As inferências de depositar/retirar são canceláveis, ou As inferências de depositar/retirar são canceláveis, ou
não-monotônicas.não-monotônicas.
Tais diferenças inferenciais podem ser relevantes para o Tais diferenças inferenciais podem ser relevantes para o
exame de uma interface formal.exame de uma interface formal.

Ilustração FinalIlustração Final
Se se assume como relevante uma IE Se se assume como relevante uma IE
Lingüística/Comunicação, então questões como Lingüística/Comunicação, então questões como
por que as pessoas entendem que P antecede por que as pessoas entendem que P antecede
temporalmente Q, ou que P leva a crer que temporalmente Q, ou que P leva a crer que
houve depósito e que Q dá a entender que houve depósito e que Q dá a entender que
houve retirada, são relevantes para uma II houve retirada, são relevantes para uma II
Semântica/Pragmática inserida no processo Semântica/Pragmática inserida no processo
comunicacional. comunicacional.

Ilustração FinalIlustração Final
Se uma IE Lingüística/Cognição é assumida, Se uma IE Lingüística/Cognição é assumida,
então P & Q pode ser investigada no que diz então P & Q pode ser investigada no que diz
respeito à forma de processamento, à forma de respeito à forma de processamento, à forma de
aquisição de estruturas complexas com aquisição de estruturas complexas com
conetivos por crianças, à questão da relação conetivos por crianças, à questão da relação
estruturas lingüísticas como determinando estruturas lingüísticas como determinando
estruturas cognitivas, hipótese Sapir-Whorf, etc.estruturas cognitivas, hipótese Sapir-Whorf, etc.

ConclusãoConclusão
Se isso é correto, seguem-se duas alternativas de Se isso é correto, seguem-se duas alternativas de
conclusão:conclusão:
(1)(1)De uma interface comunicativa, faz-se uma De uma interface comunicativa, faz-se uma
constatação de que uma Semântica de condições de constatação de que uma Semântica de condições de
verdade é imprópria e indeterminada. – Mas isso é verdade é imprópria e indeterminada. – Mas isso é
trivial.trivial.
(2)(2)Assume-se que a interface formal com a Lógica é Assume-se que a interface formal com a Lógica é
irrelevante. – Mas isso é quebrar uma relação que irrelevante. – Mas isso é quebrar uma relação que
desde Aristóteles foi construída na interface.desde Aristóteles foi construída na interface.
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