SEMINARIO DE PORTUGUES-3.pdf inocência..

Seminário de português

1. ESTUDANTES: HENRY FELIPE, LUAN
AUGUSTO, LUÍS FELIPE, NÍVEA STEFANY,
VICTOR GUILHERME E VICTOR RAFAEL.

2. ROMANTISMO
-CONTEXTO HISTÓRICO-
O marco histórico do romantismo é a Revolução Francesa (1789-1799). A partir
dela, a burguesia passou a ter grande poder político e a aristocracia entrou em
decadência. Dessa forma, a estética romântica é também burguesa, pois reflete os
ideais e costumes dessa classe social.
BRASIL:
•ORomantismonoBrasilsurgiuemmeadosdoséculo
XIX,apósaindependênciadopaís.
•Apopulaçãosentiuanecessidadedeseafastardos
moldeseuropeus,buscandoumaarterealmente
brasileira.
•ORomantismonoBrasilsecaracterizoupelabuscada
identidadenacionaleresgatedastradiçõesevaloresda
culturapopularedofolclore.
POESIA X PROSA
POESIA
•se utiliza a linguagem com fins
estéticos, ou seja, o poeta
trabalha o texto de uma forma
mais artística e bastante
sentimental e no romantismo
composta por três gerações;
•Geração
•Geração
•Geração
PROSA
•A prosa romântica, formatado
em texto corrido (e não em
versos),é dividida em quatro
tipos de romance:
•o regionalista
•o indianista,
•o urbano
•histórico.

3. 1. GERAÇÃO ROMÂNTICA:
INDIANISTA
2. GERAÇÃO ROMÂNTICA:
ULTRARROMÂNTICA
3. GERAÇÃO ROMÂNTICA:
CONDOREIRA|SOCIAL
•Período:IníciodoRomantismo(1836–1850)
•Contexto:Pós-IndependênciadoBrasil(valorizaçãoda
identidadenacional)
•Temasprincipais:
•Exaltaçãodanaturezabrasileira
•Idealizaçãodoíndiocomoheróinacional
•Patriotismo
•InfluênciadoArcadismoedoNeoclassicismo
•Período:1850–1860
•Contexto:Juventudemelancólicaeinfluenciadapelotédio
epessimismoeuropeu
•Temasprincipais:
•Morte
•Amorimpossível
•Sofrimento,solidão,tristeza
•Idealizaçãodamulher
•Escapismoesonho
•Período:1860–1870
•Contexto:Críticassociais,influênciadoliberalismoedo
abolicionismo
•Temasprincipais:
•Liberdadeejustiçasocial✊
•Defesadosoprimidos(escravos,pobres,
indígenas)
•Poesiagrandiosaeengajada
•Linguageminflamada(comosefosseum
discurso)
AS TRÊS GERAÇÕES ROMÂNTICAS:

4. PROSA
ROMÂNTICA
O QUE É UMA PROSA ROMÂNTICA?
•ÉOCONJUNTODETEXTOSNARRATIVOS(COMO
ROMANCES,CONTOSENOVELAS)PRODUZIDOS
DURANTEOROMANTISMONOBRASILEEM
OUTROSPAÍSES,ENTREOSÉCULOXIX(APARTIR
DE1836COMAOBRA“SUSPIROSPOÉTICOSE
SAUDADES”DEGONÇALVESDEMAGALHÃESATÉ
ACHEGADADOREALISMO.

5. ROMANCE REGIONALISTA:
•OROMANCEREGIONALISTAÉUMTIPODENARRATIVAPRODUZIDAPORAUTORESDOROMANTISMO
BRASILEIRO,NOSÉCULOXIX,EPORESCRITORESMODERNISTAS,NOSÉCULOXX.ENQUANTOOS
ROMÂNTICOSBUSCARAMENALTECERACULTURAREGIONAL,OSMODERNISTASAPONTARAM OS
PROBLEMASSOCIAISEXISTENTESEMALGUMASREGIÕESDOBRASIL.
Oqueéumaobraregionalista?
Éaquelaqueretrata:
•Arealidadedeumaregiãoespecíficadopaís;
•Oscostumes,linguagem,ambiente,culturaeproblemassociaisdaquelelocal;
•Deformarealista,geralmentecomcríticasocial.
"Inocência" é regionalista por quê?
•Retrata o sertão de Mato Grosso;
•Usa linguagem típica, personagens locais, tradições, cenários rurais;
•Mostra o contraste entre ciência e superstição, e a repressão social à mulher;
•Descreve com detalhes a vida no interior, com enfoque quase documental.

7. •Autor: Visconde de Taunay (Alfredo d'EscragnolleTaunay)
•Título completo original: Inocência –Romance da vida sertaneja
•Ano de publicação: 1872
•Local de publicação: Brasil
•Gênero: Romance regionalista, com traços românticos e realistas
•Período literário: Final do Romantismo, com forte influência realista
Contexto da publicação:
Publicado em 1872, Inocênciaé um romance regionalista do século XIX, ambientado no interior
do Mato Grosso do Sul.
•Publicada em um momento em que o Brasil começava a olhar mais para sua realidade regional e social.
•Embora escrita com traços românticos (idealização do amor, tragédia, heroísmo), a obra já traz:
•linguagem objetiva
•descrições científicas
•personagens com traços realistas
Por isso, Inocênciaé vista como um marco de transição da literatura brasileira.

8. TEMASPRINCIPAIS:
•AMORPROIBIDOEPLATÔNICO.
•TRADIÇÕESECOSTUMESDOINTERIOR.
•AUTORIDADEPATERNA.
•CONDIÇÃODAMULHERNOSÉCULOXIX.

9. •INOCÊNCIAÉ UMA CRÍTICA SUTIL À SOCIEDADE PATRIARCAL E À REPRESSÃO
FEMININA, MOSTRANDO O CONTRASTE ENTRE O AMOR IDEALIZADO E A
REALIDADE DURA DO INTERIOR BRASILEIRO.
•CRÍTICA SOCIAL IMPLÍCITA POR TAUNAY QUE NÃO FAZ UMA CRÍTICA ABE RTA,
MAS EVIDENCIA, DE FORMA SUTIL, OS LIMITES IMPOSTOS ÀS MULHERES E A
DUREZA DAS TRADIÇÕES RURAIS. INOCÊNCIA, A PERSONAGEM -TÍTULO, É
SÍMBOLO DA OPRESSÃO FEMININA.

10. 2. BIOGRAFIA DE
VISCONDE DE TAUNAY
"VISCONDEDETAUNAY(ALFREDOMARIAADRIANOD’ESCRAGNOLLE TAUNAY)NASCEUEM22DE
FEVEREIRODE1843,NORIODEJANEIRO.FILHODOBARÃOFÉLIXÉMILETAUNAY(1795-1881)ENETODO
PINTORNICOLAS-ANTOINETAUNAY(1755-1830),TEVEUMAEDUCAÇÃOFAMILIARREFINADA.
INCLUSIVE,EM1852,SEUPAICOMEÇOUALHEENSINARLATIM.ESTUDOUNOCOLÉGIOPEDROII,NORIO
DEJANEIRO,ERECEBEUOTÍTULODEBACHARELEMLETRAS,EM1858.JÁEM1859,PASSOUAESTUDARNA
ESCOLAMILITAR,NOCURSODECIÊNCIASFÍSICASEMATEMÁTICAS,EADQUIRIUOGRAUDEBACHAREL
EMMATEMÁTICASNOANODE1863.
DOISANOSDEPOIS,QUANDO CURSAVAENGENHARIA MILITAR,OSEGUNDO-TENENTETAUNAYFOI
CONVOCADO PARAAGUERRA DOPARAGUAI.NESSECONFLITO,ATUOUCOMACOMISSÃODE
ENGENHEIROS,EMMATOGROSSO,EFOIOREDATORDORELATÓRIOGERALDESSACOMISSÃO.JÁEM1867,
PARTICIPOUDAFAMOSARETIRADADALAGUNA.EM1869,TORNOU-SEREDATORDODIÁRIODOEXÉRCITOE
CORRESPONDENTE DOJORNALDOCOMÉRCIO.

11. CARACTERÍSTICAS DE SUAS OBRAS:

12. Personagem
Enredo
TempoEspaço
Narrador
•ConceitodeNarrativa:
Anarrativaéumtipodetextoquecontaumahistória,realoufictícia,
envolvendopersonagens,tempo,espaçoeumasequênciade
acontecimentos.

13. •PERSONAGENS:
Inocência:Protagonistadaobra.Representaajovempura,bela,delicadae
idealizadadosromancesromânticos.
Cirino:MédicoviajantequesehospedanacasadafamíliadeInocênciapara
tratarajovemdeumadoença.Torna-seseuamantesecretoerepresentao
homemculto,racionaleapaixonado.
Pereira:PaideInocência.Homemrudeeautoritário,representaosvalores
tradicionaisdosertão.
Manecão(ManoelGonçalves):NoivoescolhidoporPereiraparacasarcom
Inocência.Éoestereótipodohomemsimpleserudedosertão,violentoe
possessivo.RepresentaoantagonismoaoamordeInocênciaeCirino.
Meyer:NaturalistaalemãoqueviajacomCirino.Servecomoobservadorda
culturabrasileiraedavidanosertão,fornecendoumavisãocientíficae
distante.Emtermosnarrativos,representaavozracionaleestrangeira

14. CARACTERÍSTICAS DOS
PERSONAGENS:
•MARTINHO DOS SANTOS PEREIRA (PEREIRA) –HOMEM DE MAIS OU MENOS 4 5 ANOS, GORDO, BEM-DISPOSTO, CABELOS BRANCOS, ROSTO EXPRESSIVO E
FRANCO. PESSOA HONESTA, HOSPITALEIRO, SEVERO E NÃO TROCAVA A SUA PALAVRA NEM PELA VIDA.
•INOCÊNCIA–CABELOS LONGOS E PRETOS, NARIZ FINO, OLHOS MATADORES , BELEZA DESLUMBRANTE E INCOMPARÁVEL, FACES MIMOSAS, CÍLIOS SEDO SOS,
BOCA PEQUENA E QUEIXO ADMIRAVELMENTE TORNEADO. UMA JOVEM DE BELE ZA DESLUMBRANTE E INCOMPARÁVEL. SIMPLES, HUMILDE, MEIGA, CARINHO SA,
INDEFESA E ETERNAMENTE APAIXONADA.
•TICO–O ANÃO GUARDIÃO DE INOCÊNCIA. MUDO, RAQUÍTICO, ESPERTO E FEZ POR UM MOMENTO, O PAPEL DE FOFOQUEIRO.
•MARIA CONGA –ESCRAVA DE PEREIRA QUE CUIDAVA DOS AFAZERES DOMÉST ICOS. ESCURA, IDOSA E MALVESTIDA. USAVA NA CABEÇA UM PANO BRANCO DE
ALGODÃO.
•MAJOR MARTINHO DE MELO TAQUES –HOMEM QUE MERECIA INFLUÊNCIA NA VILA DE SANTANA DO PARNAÍBA: JUIZ DE PAZ E SERVIA DE JUIZ MUNICI PAL.
PARTICIPOU DA GUERRA DOS FARRAPOS NO RIO GRANDE DO SUL. ERA COME RCIANTE E GOSTAVA DE CONTAR CASOS, OU SEJA, “PROSEAR”.
•MANECÃO–ALTO, FORTE, PANÇUDO E USAVA BIGODE. ENFIM, VAQUEIRO B RUTO DO SERTÃO. PESSOA FRIA QUE MATAVA, SE FOSSE PRECISO, EM DEF ESA DE
SUA HONRA.
•ANTÔNIO CESÁRIO –PADRINHO DE INOCÊNCIA. HOMEM RESPEITADO, DE PA LAVRA, HONESTO E JUSTO. FAZENDEIRO DO SERTÃO.
•GUILHERME TEMBEL MEYER –ALTO, ROSTO REDONDO, JUVENIL, OLHOS CLA ROS, NARIZ PEQUENO E ARREBITADO, BARBAS COMPRIDAS, ESCORRIDO BIG ODE
E CABELOS MUITO LOUROS. PESSOA DE BOA ÍNDOLE, ESPERTO EM SUA FUN ÇÃO E SIMPLES AO PRONUNCIAR AS SUAS PALAVRAS. ADMIRADOR DA NATUR EZA
E DA BELEZA DE INOCÊNCIA.
•JOSÉ PINHO (JUQUE)–AJUDANTE DE MEYER. ERA MUITO INTROMETIDO EM CONVERSAS ALHEIAS. PESSOA BOA E DE CONFIANÇA DE SEU PATRÃO.

15. ??????ENREDO:
AHISTÓRIASEPASSANOINTERIORDOMATOGROSSO,EMUMAMBIENTERURALE
CONSERVADOR DOSÉCULOXIX.INOCÊNCIA,AJOVEMPROTAGONISTA, VIVE
RECLUSASOBAAUTORIDADE RÍGIDADOPAI,OFAZENDEIRO PEREIRA,QUEJÁ
PROMETEUSUAMÃOEMCASAMENTO AORUDEECIUMENTOMANECÃO.
UMDIA,CIRINO,UMMÉDICOVIAJANTE,CHEGAÀFAZENDAPARATRATAR
INOCÊNCIADEUMADOENÇA.DURANTEOSCUIDADOSMÉDICOS,NASCEENTRE
ELESUMAMORPROIBIDOEINTENSO,QUEVAICRESCENDO ÀSESCONDIDAS,JÁ
QUEELAESTÁPROMETIDAAOUTROHOMEM.
MESMOAPAIXONADOS, OSDOISENFRENTAM BARREIRASSOCIAIS,MORAISE
FAMILIARES.ELESCHEGAMAPLANEJARFUGIRJUNTOS,MASOPLANOFRACASSA.
OCIÚMEDEMANECÃOEARIGIDEZDOPAIRESULTAMEMUMDESFECHOTRÁGICO:
MANECÃOASSASSINACIRINOCOMUMTIROÀSANGUEFRIO.EPOSTERIORMENTE
INOCÊNCIAMORREDETRISTEZAAOSABERDAMORTEDECIRINO.

16. TEMPO:
Aspecto Tempo Cronológico Tempo Psicológico
Definição Acontecimentos seguem uma sequência linear e objetiva.
Percepção subjetiva do tempo, baseada em emoções e
pensamentos.
Predominância na obra ??????Predominante ??????Ocasional / Pontual
Exemplo de trecho “A caravana havia partido já de madrugada…”
“Parecia-lhe que os minutos ao lado dela passavam como
segundos.”
Função na narrativa Estruturar os eventos da história com ordem e lógica.Explorar a mente e os sentimentos dos personagens.
Relação com o espaço Ligado ao ambiente físico: fazenda, viagem, lavoura.Ligado ao interior dos personagens, como Cirino e Inocência.
Quem mais experimenta? Todos os personagens –ações externas.
Principalmente Cirinoe Inocência, em momentos de
dúvida, amor ou medo.
Efeito no leitor Facilita o acompanhamento da trama. Aprofunda a empatia e o entendimento emocional.

17. ESPAÇO:
•SERTÃO DE MATO GROSSO (ESPAÇO GEOGRÁFICO
GERAL)
•FAZENDA DO PEREIRA (PAI DE INOCÊNCIA)
•QUARTO DE INOCÊNCIA
•CONSULTÓRIO IMPROVISADO DE CIRINO
•CAMINHOS E TRILHAS DO SERTÃO
•NATUREZA (MATAS, RIOS, SERRAS)
•CAMINHO DE FUGA (RUMO AO FINAL DA OBRA)

18. Característicasdessenarradornaobra:Conheceospensamentosesentimentosdospersonagens,principalmentedeCirinoeInocência.
Nãoparticipadahistória,ouseja,nãoéumpersonagem.Fazdescriçõesdetalhadasdosambientes,dasaçõesedoscostumesdaépoca.Às
vezes,adotaumtomcríticooureflexivo,típicodonarradorquequercomentarasociedadeouasatitudesdospersonagens.Usaumalinguagem
erudita,comfortemarcadoestilodoséculoXIX.
Exemplodetraçoonisciente:"[...]Cirino,malgradooamorqueodevorava,nãoousavaconfessar-se;temiaacóleradopaieabrutalidade
donoivo."Aqui,onarradorrevelaosmedosíntimosdeCirino,algoquesóumnarradoroniscientepoderiafazer.
NARRADOR:
O foco narrativo de Inocênciaé em terceira pessoa onisciente,
com um narrador externo, culto e observador, que mistura
descrição objetiva com comentários subjetivos, reforçando o
tom de análise social e psicológica da obra.

19. •INOCÊNCIA É UMA OBRA QUE MERECE SER LIDA TANTO POR SEU VALOR
LITERÁRIO QUANTO POR SEU PAPEL NA TRANSIÇÃO ENTRE O ROMANTISMO
IDEALISTA E O REALISMO MAIS CRÍTICO. APESAR DE APRESENTAR PERSON AGENS
IDEALIZADOS E UM ENREDO PREVISIVELMENTE TRÁGICO, O ROMANCE OFERE CE
UMA REFLEXÃO VALIOSA SOBRE OS COSTUMES DA ÉPOCA E AS DESIGUALDAD ES
SOCIAIS, ESPECIALMENTE DE GÊNERO. SUA LEITURA AINDA É ATUAL AO
PERMITIR DEBATES SOBRE LIBERDADE, TRADIÇÃO E O PAPEL DA MULHER N A
SOCIEDADE.