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Veja-o lá, em trapos sujos, alimentando porcos; e qual era seu salário? Tão pouco
que ele "desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e
ninguém lhe dava nada". Veja, lá está ele, no seu lamaçal e imundície
equivalentes aos dos seus companheiros de chiqueiro. De repente um
pensamento posto lá pelo Espírito Santo, surge em sua mente: "meu pai têm
abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu
pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser
chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados". E ele volta. Ele
mendiga por todo seu caminho, de cidade em cidade. Às vezes ele consegue
carona em uma carruagem, talvez, mas em outros momentos ele vai na sua
marcha resoluta por colinas estéreis e vales desolados, sozinho. E agora afinal
ele chega à colina fora da aldeia, e vê a casa do seu pai lá embaixo. Lá está; a
velha árvore de álamo em frente dela, e lá estão as pilhas de feno nas quais ele e
seu irmão corriam e brincavam; e à vista da sua velha casa todos os sentimentos
e lembranças da sua vida vieram a sua mente, e lágrimas correram de seus olhos
e ele quase foge novamente. Ele pensa: "será que meu pai morreu? Como tive
coragem de magoar tanto minha mãe? E se os dois estiverem vivos, eles nunca
me receberão novamente; eles fecharão a porta na minha cara. O que estou
fazendo? Eu não posso regressar e tenho medo de ir adiante". E enquanto ele
estava decidindo, seu pai estava andando pela varanda superior, olhando para
fora, para seu filho; e apesar dele não poder ver seu pai, seu pai podia vê-lo.
Bem, seu pai desce as escadas com toda sua força, corre até ele, e enquanto ele
ainda está pensando em fugir, os braços do seu pai estão ao redor do seu
pescoço, e ele o beija, como um pai amoroso, e então o filho começa - "Pai,
pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho" e
quando ele ia dizer "trata-me como um dos teus empregados" seu pai pôs a mão
na sua boca. "Pare com isso", diz ele; " Eu o perdôo; não diga nada sobre ser um
criado. Venha", diz ele, "entre, pobre pródigo. Ó!", diz ele para seus criados,
"trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e
alparcas nos pés; trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e
regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido,
e foi achado. E começaram a regozijar-se". Ó! Que recepção preciosa para o
principal dos pecadores! Matthew Henry disse: "seu pai o viu, havia olhos de
misericórdia; ele correu para o encontrar, havia pernas de misericórdia; ele pôs
seus braços ao redor do seu pescoço, havia braços de misericórdia; ele o beijou,
havia beijos de misericórdia; ele lhe disse, havia palavras de misericórdia -
tragam a melhor roupa, havia atos de misericórdia, maravilhosa graça - tudo
graça. Ó, que Deus gracioso Ele é".
Agora, pródigo, faça o mesmo. Deus pôs isto em seu coração? Há muitos que têm
fugido por muito tempo. Deus diz "retorne?" Ó, eu apelo a você que volte, então,
pois tão certo quanto sempre, os que retornam Ele os acolherá. Nunca houve um
pobre pecador que viesse a Cristo, que Cristo o mandasse embora. Se ele lhe
mandasse embora, você seria o primeiro. Ó, se você pudesse ao menos
experimentá-lO! "Ah, senhor, eu sou tão sujo, tão corrupto, tão vil ". Bem, você
não pode ser mais vil que o pródigo. Venha para a casa do seu Pai, e tão certo