Sermão em Tiago 4.13-17

4,558 views 4 slides Jan 02, 2012
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Texto-Bíblico: TIAGO 4: 13-17 
TEMA: PROPÓSITOS 
Mais um ano se passou. O ano de 2011 ficará apenas  na nossa memória. Foram 
365 dias, o que equivale a 8.760 horas ou a 525.600 minutos  O calendário de 2011 vai 
para  o  lixo  e  vamos  colocar  na  parede  o  calendário de  2012.  Para  este  novo  ano  com 
certeza todos nós temos algumas intenções ou propósitos para este novo ano. Você já tem 
alguns  planos  e  aspirações  para  este  novo  ano?  Aliás,  viver  sem  propósito  nenhum  é 
angustiante. Os dias se passam vagarosamente como a areia que escorre pela ampulheta, 
e  nada  de efetivo  é experimentado  no  viver.  Além  disso,  muitos  propósitos  irrelevantes 
também são estabelecidos e poucos dias depois são abandonados. 
Jeremias apresentou a mensagem divina para o povo de Israel que deliberadamente 
desobedecia ao Senhor e estabelecia os seus propósitos egoístas. “Mas isto lhes ordenei, 
dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e 
andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que  vos vá bem. Mas não ouviram, 
nem inclinaram os seus ouvidos, 
mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósi to 
do seu coração rebelde; e andaram para trás, e não  para diante" 
(Jeremias 7:23-24 ACF). 
O Senhor Deus, por intermédio do salmista, revela a rebeldia do povo de Israel: “O meu 
povo  não  me  quis  escutar  a  voz,  e  Israel  não  me  atendeu.  Assim,  deixei-o  andar  na 
teimosia  do  seu  coração;  seguindo  os  seus  próprios conselhos.  Ah!  Se  o  meu  povo  me 
escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!” (Sl. 81: 11-13). 
Os nossos propósitos para o ano que se inicia podem  estar cheios de sabedoria 
ou de insensatez. Para isso é necessário aferir o que estamos planejando com a Palavra 
de Deus, a bússola perfeita que nos orienta em todas as coisas. Como cristãos, o nosso 
propósito  maior  deve  ser  viver  de  modo  agradável  diante  do  Senhor  e  para  isso 
precisamos estar sensíveis à voz de Deus por meio das Escrituras. 
A epístola de Tiago foi escrita para demonstrar que a fé no Senhor Jesus Cristo deve 
ser aplicada a todas as experiências e relações dos discípulos cristãos. O que Tiago visa é 
a fé em ação, daí sua ênfase marcante sobre o lugar das obras na vida cristã. A epístola é 
repleta de ensinos práticos objetivando a edificação da igreja. 
  A epístola de Tiago está permeada de instruções para um viver sábio. Logo no início 
da epístola, Tiago recomenda aos leitores que clamem por sabedoria a Deus: “Se, porém, 
algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada 
lhes  impropera;  e  ser-lhe-á  concedida”  (Tg.  1:5).   Tiago  também  descreve  como  é  a 
sabedoria  que  desce  do  alto,  ou  seja, a  sabedoria  que  procede  de  Deus  (Tg.  3:13-18): 
“pura,  pacífica,  moderada,  tratável,  cheia  de  misericórdia  e  de  bons  frutos,  sem 
parcialidade, e sem hipocrisia.” 
Neste  texto  que  acabamos  de  ler,  Tiago  nos  faz  refletir  sobre  os  propósitos  que 
traçamos. 
Ele  nos  mostra  que  é  necessário  submeter  cada  um  dos  nossos  propósitos  à 
Palavra  de  Deus.  Somente  agindo  assim,  daremos  evidências  de  um  viver  pautado  na 
sabedoria bíblica.  
Então, eu gostaria de afirmar o seguinte: 
 
O CRISTÃO SÁBIO SUBMETE SEUS PROPÓSITOS 
À AUTORIDADE DA PALAVRA DE DEUS 
  Será que os nossos propósitos para 2012 estão submi ssos à autoridade da Palavra 
de Deus? Ou será que estamos traçando planos sem a me nor evidência de temor a Deus? 
Se nossas vidas não estão submissas à autoridade da Palavra de Deus é necessária uma 
séria reflexão sobre o cristianismo que professamos. Uma vida sem o menor compromisso 
com o que Deus requer de nós confirma que há problemas em nosso cristianismo.  
 ? COMO O CRISTÃO SÁBIO SUBMETE SEUS PROPÓSITOS À A UTORIDADE DA PALAVRA DE 
DEUS?  
! O CRISTÃO SÁBIO SUBMETE SEUS PROPÓSITOS À AUTORID ADE DA PALAVRA DE DEUS 
DE ALGUMAS MANEIRAS:  
  Nesta  noite  veremos  três  maneiras  pelas  quais  o  cristão  sábio  submete  seus 
propósitos à autoridade da Palavra de Deus.  

mas ndrdoeupói u dclnuhoó,i ui tuednouçocti ãhcb m;)
O versículo 13 nos ensina que o objetivo final era o lucro. Ir para outra cidade e 
permanecer lá por 1 ano tinha como propósito encher os bolsos. Os negociantes judeus 
iriam  aos  centros  comerciais  da  época  (por  exemplo: Antioquia,  Alexandria,  Damasco, 
Corinto)  e  em  cada  uma  dessas  praças  de  comércio  gastar  tempo  necessário  para 
acumular  riquezas.  Os  negociantes  buscavam  lucros  cada  vez  maiores  movidos  por 
ganância e ambição materialista. 
O contexto imediato da passagem nos dá um grande auxílio na interpretação. Tiago 
vinha  escrevendo  sobre  os  conflitos  dos  seus  leitores  nos  versos  1  a  4,  que  eram 
resultado  de  cobiça,  inveja  e  desejos  mesquinhos.  "Pedis  e  não  recebeis,  porque  pedis 
mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tg. 4:3). A palavra traduzida como “esbanjar” 
significa: "gastar de forma desenfreada, desperdiçar, dissipar, consumir rapidamente." E 
no capítulo 5, Tiago aborda sobre as riquezas obtidas de forma fraudulenta. 
Materialismo  é  a  excessiva  busca  por  coisas  materiais  que  sufoca  a  nossa 
comunhão com Cristo. O MATERIALISMO PODE NOS DOMINAR A PONTO DE FAZER A 
NOSSA FÉ NAUFRAGAR. Muitas pessoas  abandonaram a fé porque se iludiram com as 
riquezas deste mundo. Por isso Paulo faz um alerta na sua carta ao jovem Timóteo: “Ora, 
os  que  querem  ficar  ricos  caem  em  tentação,  e  cilada,  e  em  muitas  concupiscências 
insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor 
do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si 
mesmos se atormentaram com muitas dores” ( 2 Tm. 6: 9-10). O que Paulo queria dizer 
quando escreveu a Timóteo: “o  amor  ao dinheiro é  a raiz  de  todos os  males” em 1 Tm. 
6:10? O que ele quer nos ensinar é que não existe nenhum tipo de mal do qual a pessoa 
que ama o dinheiro não seja capaz para consegui-lo ou não perdê-lo. Toda moderação é 
eliminada – quem ama o dinheiro fará qualquer coisa por ele: trapaças, sonegação, roubo, 
jogos de loteria, práticas ilícitas, contrabando, fraudes, corrupção, mentiras. 
Talvez você já cantarolou algumas vezes a música de final de ano: “Adeus ano velho, 
feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer: muito dinheiro no bolso, saúde 
pra dar e vender.” Há uma forte ênfase nesta música na abundância de dinheiro/saúde, 
mas  para  o  cristão  sábio  a  ênfase  deve  ser  outra:  mais  santidade,  devoção, 
arrependimento, mais zelo, graça e abnegação.  
John Piper escreveu que “a raiz de todo mal é que nós somos pessoas do tipo que se 
acomodam  ao  amor  pelo  dinheiro  em  vez  de  buscar  o  amor  por  Deus.  Paulo  não  está 
advertindo contra o desejo de ganhar dinheiro para suprir nossas necessidades ou as de 
outros, mas contra o desejo de ter mais e mais dinheiro e contra promover o ego e o luxo 
material que ele pode proporcionar.” 
O  dinheiro  tem  poder  –  poder  espiritual  –  para  conquistar  o  coração  do  homem. 
Segundo a Bíblia, o dinheiro tem caráter de divindade, pois ele inspira devoção. Vários 
problemas morais surgem por causa desta devoção a Ma mom. A devoção ao dinheiro é 
um  grande  empecilho  para  que  Ele  seja  de  fato  Senhor  de  nossas  vidas  (realçar  a 
ilustração do jovem rico em Mateus 19:21 ). É importante discernir bem quais são as 
nossas  reais  necessidades  na  vida,  para  evitar  extremos  que  podem  arruinar  nossa 
devoção a Deus.  
Os  seus  propósitos  para  2012  resumem-se  em  negociar  muito  e  ganhar  mais 
dinheiro? Será conquistar mais bens e aumentar suas posses? Não ame ao dinheiro mais 
do que a Deus: é um sério risco!  Trabalhe honestamente sem enganos ou fraudes e cobre 
o  preço  justo.  A  ganância  é  um  poço  sem  fundo,  e  quem  nele  cai  terá  enormes 
dificuldades para sair. O dinheiro é incapaz de satisfazer nossa necessidade fundamental 
(Eclesiastes 5:10), pois somente o relacionamento com Cristo suprirá plenamente nosso 
ser  (João  14:14).  “Com  efeito,  passa  o  homem  como  uma  sombra;  em  vão  se  inquieta; 
amontoa  tesouros  e  não  sabe  quem  os  levará” (Sl.  39.6).  Em  Cristo  Jesus  podemos 
confiar que todas as nossas necessidades serão supridas, sem nos submetermos ao jugo 
da escravidão ao materialismo.

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Tiago  faz  uma  grave  denúncia:  os  planos  traçados  no verso  13  foram  feitos  sem 
levar  em  conta  a  vontade  de  Deus. Tudo  foi  arquitetado  por  pessoas  presunçosas  que 
desprezavam  o  governo  divino.  A  própria  pergunta “que  é  a  vossa  vida?”  é  uma 
reprimenda, porém a resposta é dura e inflexível. A vida, na melhor das hipóteses, vista à 
luz da eternidade, é apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. É 
como o vapor que sai de nossas bocas num dia frio. A vida é breve e imprevisível, mas as 
pessoas cheias de presunção não refletem sobre isto. A palavra pretensão no versículo 6 
contém a ideia de “uma certeza insolente e vazia, arrogância, que confia em seu próprio 
poder e recursos, que despreza o governo divino”. É a soberba da vida em 1 Jo. 2:16. 
O salmista disse “acabam-se os nossos anos como um breve pensamento” (Sl. 90:9). 
Já  o  cristão  sábio  considera  atentamente  a  futilidade de  toda  e  qualquer  presunção 
humana, e por isso mesmo submete seus desejos e planos ao Senhor. 
O humanismo é uma filosofia de vida que coloca  o homem no centro do palco:  o 
homem torna-se o senhor da própria história. Em resum o, é a fé no homem com todo o 
seu potencial interior, pois a interferência de Deus não existe. O humanismo exclui Deus 
porque crê que os seres humanos são suficientes em si mesmos. Esta filosofia está muito 
ligada com a ideia em moda atualmente: “eu quero, eu posso, eu consigo”. As propagandas 
na televisão incentivam a independência e a autonomia humana, para realizar tudo sem 
depender de ninguém. O humanista faz seus planos num a redoma de auto-suficiência. O 
humanista é alguém dominado pela arrogância e por is so  desconsidera a brevidade da 
vida.  Apesar  de  não  saber  o  que  vai  acontecer  amanhã, ele vive como se soubesse. Ou 
seja, as pretensões humanas são carregadas de presunção.  
Muitos crentes traçam seus planos sem levar em conta a vontade de Deus. Ser um cristão-
humanista é uma contradição, POIS quem segue a Cristo não ignora a poderosa mão de Deus em 
ação na história da sua vida.  Tudo o que somos e o que fazemos é fruto da graça de Deus sobre 
nós. A Bíblia diz quem sem Cristo nada podemos fazer (Jo. 15:5), ou seja, nossa ligação com a 
videira  é  essencial  para  tudo  que  intentamos  realizar.  Nenhum  fruto  de  valor  eterno  será 
produzido se não estivermos desfrutando de comunhão com Cristo, a Videira que nos supre.  
Não sejas sábio aos teus próprios olhos (não presuma que tem todas as respostas); teme ao 
Senhor e aparta-te do mal. (Pv. 3:7). É pura tolice pensar e agir como se soubéssemos mais que 
Deus. "É duas vezes tolo aquele que é sábio a seus próprios olhos" (John Trapp). Abominável é ao 
Senhor todo arrogante de coração (Pv. 16:5). 
Obviamente  Tiago  não  está  combatendo  a  questão  do  pla nejamento,  mas 
combatendo  o  planejamento  sem  levar  Deus  em  conta.  Precisamos  ter  alvos  e  planos, 
mas  sem  presunção.  A  Bíblia  não  nos  proíbe  de  fazer  planos,  pelo  contrário  somos 
encorajados  a  isso.  Mas  enquanto  planejamos,  nunca podemos  esquecer  quem  somos: 
seres frágeis, limitados e dependentes.  Os nossos planos devem ser submetidos sempre à 
aprovação  de  Deus.  É  necessário  termos  a  visão  correta  sobre  Deus  enquanto 
planejamos: é Ele quem nos supre do fôlego da vida e nos capacita para realizarmos algo. 
Em Provérbios 16:1 lemos que "o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta 
certa  dos  lábios  vem  do  Senhor”  e  em Provérbios  19:21  lemos  o  seguinte:  "Muitos 
propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá". Planejar é 
necessário, mas depender de Deus é fundamental. 
Tudo o que pensamos e tudo o que façamos deve estar e m contínua submissão a 
Deus,  pois  Ele  tem  tudo  sob  Seu  controle.  Ignorar  esta  verdade  revela  um  coração 
humanista e arrogante. A Bíblia nos apresenta um parad oxo: “O homem que vive mais 
seguro é o que menos confiança tem em si mesmo.” 
  Será  que  em  nossas  vidas  não  há  algum  vestígio  de  humanismo?  Quantas  vezes 
consideramos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus quando vamos tomar alguma 
decisão?  Quantas  vezes  recorremos  a  Deus  em  oração  para  que  Ele  nos  oriente  em 
nossas  vidas?  Quantas  vezes  buscamos  o  ensino  de  Sua  Palavra  a  fim  de  sermos 
instruídos sobre como proceder? Se você agiu com presunção em 2011 e colheu amargas 
decepções, é momento de reconsiderar a importância de depender de Deus nas decisões 
que deverá tomar em 2012.  

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Tiago nos ensina que a essência da sabedoria é a prática, não o mero conhecimento 
sobre  o  que  fazer.  John  Gill  no  seu  comentário  sobre  este  versículo,  afirma  que  esta 
exortação refere-se à totalidade das instruções que Tiago abordou em sua epístola, e não 
apenas com relação ao fato de considerar a vontade de Deus nos planos que fazemos.  É 
por isso que ele enfatizou em sua carta que a fé verdadeira é acompanhada de obras. Ou 
seja,  a  fé  que  justifica  o  homem  traz  como  resultado  uma  vida  diferente.  O  mero 
entendimento  intelectual  das  verdades  espirituais  é  inútil  se  não  evidenciarmos  na 
prática  atitudes  que  glorifiquem  a  Deus.  Isto  se  torna  bem  claro  em Tiago  1:  22-25: 
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós 
mesmos.  Porque,  se  alguém  é  ouvinte  da  palavra  e  não  praticante,  assemelha-se  ao 
homem que contempla, num espelho, o seu rosto natura l; pois a si mesmo se contempla, 
e  se  retira,  e  para  logo  se  esquece  de  como  era  a  sua  aparência.  Mas  aquele  que 
considera,  atentamente,  na  lei  perfeita,  lei  da  liberdade,  e  nela  persevera,  não  sendo 
ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar”.  
A Palavra de Deus é como um espelho. Ela mostra a ve rdade nua e crua a nosso 
respeito,  sem  fazer  nada  para  diminuir-lhe  o  impacto.  Também  explica  quais  atitudes 
devemos  tomar  a  partir  daquilo  que  vemos.  Por  outro  lado,  nos  iludimos  quando  nos 
afastamos da Palavra e nos recusamos a agir com base no que lemos. 
John Stott escreveu: "O conhecimento carrega consigo a solene responsabilidade de 
se  agir  com  base  nele,  traduzindo-o  no  comportamento  apropriado"  e  também  "Deus 
nunca pretende que o conhecimento seja um fim em si mesmo, mas sempre o meio para 
se chegar a um fim". A Bíblia não é apenas uma coletânea de informações. Em termos 
espirituais, o que nós somos hoje é o resultado direto dos princípios bíblicos que aplicamos 
ou deixamos de aplicar em nossas vidas.  
As  instruções  dadas  por  Cristo  no  Sermão  do  Monte  e  em  todo  o  seu  ministério 
deviam ser empreendidas. Os discípulos eram individualmente responsáveis para aplicar 
em suas vidas o que tinham aprendido do Mestre. No final do Sermão, Jesus alerta-os: 
a Mateus 7: 26-27: “E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica 
será comparado a um homem insensato (tolo, néscio, estulto) que edificou a sua casa 
sobre  a  areia; e caiu  a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram 
com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.” Jesus nos 
diz com toda clareza que tipo de fundação resiste às dificuldades da vida. Um dia 
virá a tempestade. A grande tempestade, que testará nossas vidas. Quem ouviu e 
obedeceu ficará firme, quem apenas ouviu será arruinado. 
O  conhecimento  sobre  o  que  devemos  fazer  aumenta  a  nossa  responsabilidade 
diante  de  Deus.  Tornamo-nos  mais  responsáveis  sempre  que  ouvimos  um  sermão  ou 
somos  confrontados  com  a  Palavra  de  Deus.  Cada estudo  bíblico,  cada  pregação,  cada 
desafio que ouvimos precisa de uma resposta. E muitas vezes o nosso silêncio e letargia é 
a resposta. A pergunta é: o que colocamos em prática de tudo o que ouvimos neste ano 
que passou?  E os propósitos que temos para 2012 incluem a importante necessidade de 
praticar o que já sabemos?  Ou será que estamos construindo nossa casa sobre a areia, 
acumulando  conhecimento  sem  colocá-lo  em  ação? “Ora,  se  sabeis  estas  coisas,  bem-
aventurados sois se as praticardes” (Jo. 13:17). A sabedoria do ponto vista bíblico não é o 
mero conhecimento de fatos. A sabedoria “é a percepção da vontade de Deus e do modo 
pelo  qual  ela  deve  ser  aplicada  na  vida”.  Já  aprendemos  sobre  a  criação  de  filhos, 
relacionamento marido-mulher, serviço, dons, a necessidade de perdoar, compromisso.  
As palavras do Hino C.C. 301 nos mostram que o crer (a fé) está ligado ao observar 
(práticas corretas): Crer e observar / Tudo quanto ordenar / O fiel obedece ao que Cristo 
mandar.  Lembre-se  que  a  evidência  do  conhecimento  de  Deus  é  a  obediência  a  Ele: 
“Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda (obedecer, praticar) os seus mandamentos é 
mentiroso, e nele não está a verdade” (1 Jo. 2:4).