Produto final de trabalho resultante da atividade "As notícias viajam" http://arquivoe-portugues.blogspot.com/2012/01/as-noticias-viajam.html .
Autora:
Valentyna Myronets, 8ºA
Size: 1.99 MB
Language: pt
Added: Jan 18, 2012
Slides: 15 pages
Slide Content
Língua Portuguesa Valentyna Myronets , 8ºA Sismo no japão 2011 1
A 11 de Março, o Norte do Japão foi atingido por um dos maiores sismos de que há registo. Seguiu-se um tsunami que varreu grande parte da costa e que provocou um acidente na central nuclear de Fukushima. Os esforços unem-se agora no sentido da recuperação . Eram 14h46 (hora local) do dia 11 de Março, quando um sismo de magnitude 8.9 na escala de Richter atingiu o Norte do Japão. Raimundo Delgado, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), explica que o Japão está localizado numa "zona de junção entre duas placas com uma actividade [sísmica] muito significativa ". O que aconteceu, segundo o especialista em Engenharia Sísmica, foi que nessa placa se verificou um sismo "particularmente intenso", com uma "ruptura em que se libertou uma maior quantidade de energia". Para além disso, a ruptura ocorreu na zona do oceano, o que originou um "movimento relativo entre as duas faces da placa", que acabou por provocar um tsunami com ondas a atingir os 10 metros e que deixaram um rasto de destruição . 2 NOTÍCIA
Lídia Ferreira, especialista em Física Nuclear, explica que, quando aconteceu o terramoto, o reactor da central nuclear de Fukushima foi "fechado automaticamente". Assim, deixou de haver energia e entrou em funcionamento um "sistema de geradores para poder manter a electricidade suficiente para produzir o arrefecimento". Entretanto, veio o tsunami, que "acabou com esse sistema" e fez com que entrassem em funcionamento as baterias. Durante o tempo de funcionamento das baterias, "não foi possível baixar a temperatura do sistema". A água começou a baixar e começou a produzir-se vapor. O "material que arrecadava as barras de combustível começou a oxidar" e na "oxidação produziu hidrogénio", afirma a professora no Instituto Superior Técnico de Lisboa (IST). Os trabalhadores da central tiveram de deixar sair gás, para tentar manter a temperatura e a pressão baixa. Assim, algum material radioactivo foi "transportado para fora", juntamente com o hidrogénio que estava a ser formado. Quando o hidrogénio teve uma "concentração suficiente", ocorreram explosões, que estragaram grande parte do reactor. 3 NOTÍCIA
Pedro Vaz, do Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) resume a situação, afirmando que o tsunami tornou inoperacional um conjunto de equipamentos que deviam funcionar em caso de emergência. Desde logo, o "núcleo deixou de ser arrefecido", a temperatura e a pressão subiram, mas a "radioactividade ficou contida e não houve libertação", excepto num dos reactores. Existe uma parte onde estão armazenados os elementos de combustível gastos que, na situação, ficaram a "emitir radioactividade directamente para a atmosfera". 4 NOTÍCIA
Japão envia 25 mil soldados para recuperar cadáveres em zona afectada pelo tsunami " Faremos o máximo para recuperar os corpos para entregar às famílias", disse o porta-voz do ministro da Defesa, Ippo Maeyama, acrescentando que a missão militar de dois dias mobiliza 24.800 soldados, 90 helicópteros e aviões, 50 barcos e 100 mergulhadores, que irão fazer buscas até 20 quilómetros da costa. Esta será a terceira operação militar de busca de cadáveres e com o recuo das águas, Ippo Maeyama espera que as equipas sejam melhor sucedidas do que nas operações anteriores. A recuperação de cadáveres tem sido complicada pela vastidão da área a procurar e pelo estado de decomposição em que se encontram os corpos. Ainda assim, garantiu o porta-voz do ministro da Defesa, as buscas continuarão "enquanto as famílias quiserem". Entretanto , o governo da província de Fukushima vai enviar uma equipa de seis veterinários para a zona interdita de 20 quilómetros ao redor da central nuclear acidentada de Fukushima para fazer o levantamento do gado. 5 REPORTAGEM
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“Se fosse em Lisboa seria uma desgraça” Maria Ana Baptista, Especialista em tsunamis do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa sobre o sismo no Japão. Correio da Manhã – É possível comparar o sismo do Japão com o de Lisboa em 1755? Maria Ana Baptista – São comparáveis, pois têm magnitudes semelhantes. Além disso, as distâncias do primeiro ponto de costa para o epicentro são parecidas, cerca de 130 quilómetros. Também as capitais, Lisboa e Tóquio, estão à mesma distância do epicentro: cerca de 370 quilómetros . Qual seria a dimensão dos estragos se ocorresse um sismo e um tsunami em Portugal? – Se fosse em Lisboa, não tenho dúvidas de que seria uma desgraça. Primeiro porque a nossa construção não tem a mesma qualidade da do Japão. Depois, há outro factor muito importante: a população portuguesa não está educada para a forma como deve proceder em situações semelhantes. Percebeu-se que aquelas pessoas, no Japão, sabiam o que fazer. Procuraram proteger-se nas partes mais altas dos edifícios. 7 ENTREVISTA
8 A onda provocada por um tsunami ia invadir a nossa costa até que zonas ? – Lisboa, após o terramoto de 1755, foi reconstruída dois metros acima do nível do mar para evitar complicações. No máximo, teríamos o Terreiro do Paço inundado. Mas o pior seria a costa algarvia e as zonas da Trafaria e Oeiras . Portugal tem capacidade para detectar estes sismos? – O Instituto de Meteorologia tem a capacidade tecnológica para determinar a magnitude, a localização e profundidade de um sismo em cinco minutos. Até à chegada do tsunami ao primeiro ponto de costa decorrem cerca de 15 minutos. Neste período, a população tem de saber como reagir. Mas continuamos sem o sistema de alerta de tsunamis... – Falta a vontade política para que o Instituto de Meteorologia passe a ter nos seus estatutos a obrigação de detectar e alertar a Protecção Civil. ENTREVISTA
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10 O acontecimento que deu origem ao tsunami no Japão “foi um sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter, com uma profundidade de 24 quilómetros” e que abalou esta madrugada o país, explicou ao Ciência Hoje Maria Ana Baptista, especialista em tsunamis do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa. A onda que o sismo criou e que atingiu Sendai com uma altura de 10 metros, colocou todo o Pacífico em alerta, com consequência já no Havai e na Califórnia. “Ainda está a chegar a algumas zonas do Pacífico, como o Havai, onde estão a chegar ondas de três metros, mas vai chegar ao Chile e à Califórnia”, prevê a especialista. “O tsunami vai atravessar todo o Oceano Pacífico, onde poderá ter impactos importantes”, garante. No Japão este tsunami “foi devastador, ainda não conseguimos dizer” a gravidade dos estragos pois “as comunicações estão ainda difíceis e há relatos que desapareceu um ferry com 100 pessoas a bordo”, explica Maria Ana Baptista. O último balanço oficial das autoridades dá conta de 351 mortos, 547 desaparecidos e 800 feridos . [????] Susana Lage TEXTO DE OPINIÃO
11 Além das consequências humanitárias que este sismo causou na ilha nipónica, além das mortes, quais as consequências para a Tecnologia Global? O número de prejuízos são incalculáveis… Os estragos, cidades que desapareceram, milhares de pessoas que morreram, pessoas que, certamente, nunca serão encontradas. Esses são prejuízos que não são possíveis de calcular. Mas e quanto à Tecnologia? Qual será as consequências que sofreram as principais empresas relacionadas com tecnologia que têm várias fábricas, e até as próprias sedes, no Japão? Como toda a gente sabe, os japoneses é que estão, quase sempre, na vanguarda da tecnologia e no desenvolvimento tecnológico, e muitas das principais empresas deste ramo são sediadas no Japão, e têm as suas principais fábricas naquele pais. Alias, muitas das fábricas encerraram. Vamos tentar ver empresa a empresa. A Sony , uma das principais empresas mundiais, detentoras da Playstation, as consolas mais vendidas no mundo, já encerrou 8 fábricas para avaliar os estragos, e também se as infra-estruturas têm a segurança para continuar a trabalhar. Estas fábricas são produtores de cds e leitores de Blu-ray, chips, cartões de memória, baterias. CRÓNICA
12 A Fujitsu encerrou uma fábrica, para avaliar as consequências nas infra-estrutura da fábrica. A Panasonic tem três fábricas em avaliação, Sharp e Epson ainda não têm informação certa sobre os estragos. A Canon, Sony Ericsson não tem qualquer problema. A Samsung Electronics teve encerrado durante poucas horas, para averiguação do problema, mas visto que pouco tinha influenciado, já estão a funcionar. A Nokia não tem fábricas no Japão, mas está em contacto com fornecedores, para saber se o sismo pode influenciar a empresa. A Toyota encerrou 3 fábricas, a Honda encerrou duas, a Nissan fechou 4 fábricas, a Fuji Heavy Industries Ltd., empresa que constrói os Subaru, fechou 5 fábricas. Bem , estas são as informações avançadas pelas empresas, até agora, e tendo em conta só isto, já temos uma noção da grandiosidade do problema. No total, 12 fábricas de material tecnológico estão encerrados, e do ramo automóvel, estão 14 fábricas. Certamente que isto influenciará muita coisa. CRÓNICA
13 Mesmo tendo um sistema antiterramotos e anti tsunamis mais avançado do mundo, ainda assim a situação do arquipélago japonês é delicada. E ainda por cima há o perigo de vazamento de tóxicos nucleares de suas usinas. Queira Deus que sejam ajudados pelos governos de todo o mundo, mas muito especialmente, da Divindade. E de forma particular (sem nos esquecermos, é claro, de todos os cidadãos japoneses), oramos pelos estudantes gnósticos que se encontram ali, difundindo o Ensinamento Sagrado. Gostaria que todos lessem o post abaixo, sobre o aumento de terremotos no mundo. A título de reflexão, copio abaixo uma frase retirado deste post: No Japão já se registrou, num único fim de semana, uma cadeia de mais de 200 terremotos de intensidade leve e moderada .() EDITORIAL
14 ()Conquanto muitos japoneses considerem isso como uma característica “normal” de seu país, todos esses sismos e também a movimentação dos 86 vulcões ativos do país são na verdade prenúncios de uma catástrofe gigantesca, a qual, ao contrário do que até mesmo pessoas sérias e realistas imaginam, não está reservada a um futuro longínquo. Não é sem razão que desde a década de 70 já se verificava que muitas aves migratórias evitavam o Japão… EDITORIAL