SENSIBILIDADE
É a capacidade de perceber, consciente ou
inconscientemente, os meios internos e externo
causando uma sensação.
É necessário que haja a recepção do estímulo e
sua conversão em impulso nervoso por um
receptor e a sua condução ao cérebro, onde será
interpretado como uma sensação.
CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS
Mecanoceptores – detectam pressão ou distensão,
estão relacionados com o sentido do tato, pressão,
audição, equilíbrio.
Termoceptores – detectam alteração de
temperatura.
Nociceptores – detectam dor resultante de lesão
física ou química.
Quimioceptores – relacionadas ao paladar e odor,
detectam O₂ e CO₂ para o controle da respiração.
Fotoceptores – ativados por luz, participam da
visão.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES...
Necessidade de ambiente silencioso e temperatura
agradável,
Paciente deve estar com roupas sumárias,
Paciente deve manter os olhos fechados durante o
exame,
Evitar perguntas direcionadas ao estímulo que está
realizando Ex.: falar do toque do algodão,
Tempo do exame não deve ser longo, para evitar
desatenção e impaciência,
Fazer perguntas tipo: Está sentido alguma coisa? O
quê? Em que parte do corpo?
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL
Tátil – Utilizar pedaço de algodão ou pincel,
roçar levemente em diferentes partes do corpo,
Térmica – Utilizar dois tubos, um com água
quente e outro gelada, tocar em pontos
diferentes alternadamente,
Dolorosa – Utilizar estilete rombo, provocar dor
sem machucar.
SENSIBILIDADE PROFUNDA
Vibratória – Vibrações sobre saliências ósseas,
Pressão – Pesquisada mediante compressão
manual ou digital em qualquer parte do corpo,
Cinética Postural – Deslocar suavemente qualquer
parte do corpo (flexão e extensão). Em dado
momento fixa-se o segmento em determinada
posição que deverá ser reconhecida pelo paciente,
Dolorosa – Avaliada mediante compressão
moderada de massas musculares e tendões ( dor
revela miosite e neurite).
OUTRAS AVALIAÇÕES...
Olfato – Solicitar para o paciente fechar os olhos e
indicar o odor da substância (Ex: hortelã, cravo),
Paladar – Solicitar para o paciente experimentar
soluções doce, salgada, amarga ou àcida,
Visão – Realizar a inspeção e palpação, observando
as pálpebras( coloração, edema e lesões), cílios,
conjuntiva(pequenos capilares), córnea(lisa e
transparente), íris e pupilas(arredondas, mesmo
tamanho),
- Acuidade visual – Utilizar cartela com letras do
alfabeto em ordem decrescente de tamanho(gráfico
de Snellen), distância de 6 metros,
OUTRAS AVALIAÇÕES...
Ouvido – É realizada através da inspeção,
inicialmente externa e após com o otoscópio,
avaliar o conduto auditivo externo e a
membrana timpânica. Levantar a orelha para
cima e para trás e introduzir o otoscópio. A
coloração normal do tímpano é cinza-perolada.
ALTERAÇÕES PERCEPÇÃO SENSORIAL
CUTÂNEA
Analgesia – ausência de sensação dolorosa,
Anestesia – ausência de sensibilidade,
Hiperalgesia – aumento da sensação de dor,
Hiperestesia – exacerbação da sensibilidade,
Hipoalgesia – diminuição da sensação dolorosa,
Hipoestesia – diminuição da sensibilidade.
OUTRAS ALTERAÇÕES...
Alterações nos Olhos:
Ardor – sensação de queimação, de calor intenso,
Dor Ocular – percepção sensorial de desconforto e
sofrimento, superficial ou profunda,
Exoftalmia – protusão do globo ocular, olhos muito
abertos, salientes e brilhantes,
Nistagmos – abalos do globo ocular quando ele se
movimenta na vertical ou na horizontal,
Pterígio – tecido fibrovascular, recoberto pela
conjuntiva,
Secreção – presença de substância que pode ser
líquida, serosa ou purulenta.
OUTRAS ALTERAÇÕES...
Alterações nas Pálpebras:
Blefarite – inflamação das margens das pálpebras,
Ordéolos ou terçol – inflamação dos folículos pilosos
dos cílios,
Ptose – queda da pálpebra devido paralisia do
músculo
Alterações da Acuidade Visual:
Diplopia – visão dupla dos objetos,
Fotofobia – sensibilidade anormal à luz,
Nictalopia – perda da visão noturna.
BIBLIOGRAFIA
1.MARIA, Vera Lúcia Regina. Exame Clínico de
Enfermagem do Adulto. 1. ed. São Paulo:
Iátria, 2003.
2.PORTO, Celmo Celeno. Exame Clínico: bases
para a prática médica.5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004.