Slide do livro- Senhora

NatliaRodrigues2 60,932 views 22 slides Oct 14, 2011
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Senhora
de José de Alencar

Senhora é um dos romances do
escritor brasileiro José de Alencar.
Foi publicado em 1875.
Na narrativa do livro o autor mostra a
hipocrisia da sociedade daquela
época.Segundo Império. Através do romance
entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas,
ele leva o leitor a refletir a respeito da
influência do dinheiro nas relações amorosas
e principalmente, sua influência nos
casamentos da época.

José Martiniano de Alencar
Foi um jornalista, político, advogado, orador,
crítico, cronista,polemista, romancista e
dramaturgo brasileiro.
Formou-se em Direito, iniciando-se na
atividade literária no Correio Mercantil e
Diário do Rio de Janeiro.
Foi casado com Ana Cochrane. Filho do
senador José Martiniano Pereira de Alencar,
irmão do diplomata Leonel Martiniano de
Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto
Cochrane de Alencar.

No ano de 1876, Alencar vendeu tudo
o que tinha e viajou para a Europa
com Georgina e seus filhos, buscando
tratamento para sua tuberculose. Em
1877, Alencar morre no Rio de
Janeiro.

Análise:
Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira
e órfã de pai, apaixonou-se por Fernando Seixas
– homem ambicioso - a quem namorou. Este,
porém, desfez a relação, movido pela vontade de
se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e
pelo dote ao qual teria direito de receber.Passado
algum tempo, Aurélia, já órfã de mãe também,
recebe uma grande herança do avô e ascende
socialmente.Passa, pois, a ser figura de destaque
nos eventos da sociedade da época.

Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela
encarrega seu tutor e tio, Lemos, de negociar seu
casamento com Fernando por um dote de cem
contos de réis. O acordo realizado inclui, como
uma de suas cláusulas, o desconhecimento da
identidade da noiva por parte do contratado até
as vésperas do casamento.Ao descobrir que sua
noiva é Aurélia, Fernando fica muito feliz, pois,
na verdade, nunca deixou de amá-la. A jovem,
porém, na noite de núpcias, deixa claro:
"comprou-o" para representar o papel de marido
que uma mulher na sua posição social deve ter.

Romance urbano que tematiza as
contradições entre o sentimento e a
necessidade de 'subir na vida', um dos
famosos 'perfis de mulher' de José de
Alencar. Observe que Aurélia Camargo, a
protagonista do romance, é idealizada
como uma rainha, como uma heroína
romântica, pelo narrador.
A contradição entre o anjo e o demônio, a
bela e a fera, constitui um elemento de
grande importância neste romance.

Personagens:
Aurélia Camargo (Senhora)
Uma mulher diferente de todas as outras que naquela época
viviam. Destacava-se pela sua beleza e pela sua maneira de
agir e de pensar. Opunha-se a algumas regras determinadas
pela sociedade que não lhe agradavam. Aurélia a todos pode
dominar e tem tudo o que quer ter. Era educada, delicada,
corajosa, elegante, informada, inteligente, experiente. Era
com certeza, alguém que nasceu para a riqueza e para a alta
sociedade, e talvez, a característica que consideramos a
mais importante, que pode ser a explicação de seu sucesso
no domínio das pessoas: a sua frieza e seu estimável auto-
controle.

Fernando Seixas
Uma importante característica de Seixas é o
enorme contraste entre a sua vida social que
levava na alta sociedade e a que tinha em casa
com sua família. Seixas era um homem de
classe, que possui bens caríssimos, só
disponíveis às pessoas da mais alta sociedade.
Fernando era fino, nobre, elegante, educado e
extremamente inteligente Era um moço
extremamente jovem e carinhoso, sabia
perfeitamente como tratar as irmãs (que o
bajulavam a toda hora e brigavam ciumentas por
ele).

Lemos
Era baixo, não muito gordo, mas rolho e bojudo
como um vaso chinês. Era vivaz, extremamente
alegre e confiante. Lemos era ainda um velho
otimista, principalmente nos negócios que
costumava fazer, e sabia perfeitamente conduzir
uma transação, mesmo que esta não se acomode
em bons resultados de início, como foi o caso da
sua conversa com Seixas pelo dote de cem mil
contos de réis oferecidos por Aurélia.

D. Firmina – mãe de encomenda de Aurélia que lhe fazia
companhia nas festas e compras.
D. Emília – mãe de Aurélia e irmã de Lemos a quem este
abandonou por ter-se casado com o Pedro Camargo.
Pedro Camargo - pai de Aurélia e filho natural do
fazendeiro Lourenço Camargo, que deixa, ao morrer, uma
herança à neta, Aurélia.
Adelaide – Pelo dote que seu pai oferece tira Fernando
Seixas de Aurélia, mas mesmo Torquato Ribeiro sendo
pobre ela o amava e conseguiu casar-se com ele graças a
Aurélia.
Torquato Ribeiro - moço bom e humilde que procurou
ajudar Aurélia nos vários momentos difíceis, quando pobre.
Eduardo Abreu - pretendente de Aurélia. Moço bom que
custeou as despesas do enterro de sua tia.

Enredo
Os títulos das quatro partes em que se
divide o romance - O preço, Quitação,
Posse e O Resgate - anunciam a
problemática da contradição entre o
dinheiro e o amor desenvolvida no
enredo, na medida em que constituem
palavras relacionadas às fases de uma
transação comercial.

Primeira parte - O preço
A principal ação desta primeira parte do
romance começa quando Aurélia pede ao tio que
ofereça ao jovem Fernando Seixas, recém-
chegado na corte após uma longa viagem ao
Nordeste, a sua mão em casamento. Entretanto,
uma aura de mistério cobre o pedido, pois
Fernando não deve saber a identidade da
pretendente e além disso a quantia do dote
proposto deve ser irrecusável: cem contos de réis
ou mais, se necessário.

Segunda parte - Quitação
Aqui há um flash-back, um retorno a
acontecimentos anteriores da vida de
ambos os protagonistas, o que explica ao
leitor o procedimento cruel de Aurélia em
relação a Fernando.

Terceira parte – Posse
Em Posse assistimos à punição que
Aurélia infrige a Fernando e à reabilitação
dele, seduzido pela grandeza e pelo
fascínio de Aurélia. Fiel à palavra dada, o
moço reage, com resignação e firmeza
que não possuía, aos maus tratos da
mulher, que tudo faz para humilhá-lo ao
mesmo tempo que em alguns momentos
não consegue esconder que ainda o ama.

Quarta parte - o resgate.
Nesta parte intensificam-se os caprichos e as
contradições do comportamento de Aurélia.
Intensifica-se também a transformação de
Fernando, que não usufrui da riqueza de Aurélia,
tornando-se modesto nos trajes, assíduo na
repartição onde trabalhava, e assim
adquirindo,sem perder a elegância, uma
dignidade de caráter que nunca tivera.No final,
Fernando, um ano após o casamento, negocia
com Aurélia o seu resgate.

No final, Fernando, um ano após o casamento,
negocia com Aurélia o seu resgate. Devolve-lhe
os vinte contos de réis, que correspondiam ao
adiantamento do montante total do dote com o
qual possibilitava o casamento da irmã, e mais o
cheque que Aurélia lhe dera, de oitenta contos
de réis, na noite de núpcias
Separam-se, então, a esposa traída e o marido
comprado, para se reencontrarem os amantes, a
última recusa de Seixas sendo debelada quando
Aurélia lhe mostra o testamento que fizera,
quando casaram, revelando-lhe o seu amor e
destinando-lhe toda a sua fortuna.

Tempo, espaço e narrador
Narrado em terceira pessoa, por um narrador-observador, o
romance Senhora tem na observação de detalhes exteriores,
que iluminam a personalidade e os lances da vida, uma de suas
fortes características.
Em termos de tempo, podemos destacar o contraponto, no
livro, entre o passado, que corresponde à segunda parte -
Quitação - e o presente, ao qual estão mais diretamente ligadas
as outras três partes. O passado se associa com a 'cor local', na
medida em que nele predomina a pobreza de Aurélia e com ela
o provincianismo, o acanhamento, a 'brutalidade' singela,
simples.

Quanto ao presente, podemos relacioná-lo
com o lado cosmopolita, refinado,
europeu, do romance, cujo
cenário[espaço] é a sociedade fluminense,
em várias passagens criticada, pelo
narrador, por sua submissão aos costumes
estrangeiros.

Conclusão
Pode-se perceber a preocupação com a psicologia dos
personagens e
também a mistura do romanesco e da realidade, que fazem
desta obra um exemplo de literatura romântica na qual se
procura imprimir certos traços realistas. Estes traços, assim
como o estilo mais denso de alguns romances urbanos de
JA, especialmente Lucíola e Senhora, revelam a influência
de Balzac, o mestre do realismo francês.
O conflito psicológico em Senhora coloca uma questão
central para o romance realista, contextualizado no mundo
capitalista e burguês: a questão do dinheiro, da necessidade
de 'subir na vida', em oposição ao ideal da realização
amorosa.

Referências
Alencar, J.: Senhora. Brasil, 1875.
_______. Material COC- 1º ano E.M. (2011).
_______. Nova Enciclopédia Ilustrada FOLHA, volume 2.
Brasil, 1996.
_______. Senhora de José de Alencar (2002). Disponível
em: http://vestibular.uol.com.br/resumos-de-
livros/senhora.jhtm
_______. Senhora de José de Alencar (2011). Disponível
em : http://pt.wikipedia.org/wiki/Senhora_(livro)

Alunas:
Natália Gonçalves Rodrigues Santana, nº 30
Isabela Calegari, nº 17
1º ano EM