slide sobre júlia lopes de almedia - memórias de martha
NubiaFerreiraRamalho
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Oct 06, 2025
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About This Presentation
Júlia Lopes de Almeida - Memórias de Martha
Análise breve sobre a obra e a vida da autora
Estudo de texto literário
UFMG FUVEST
Obras literárias
Literatura brasileira
Autores e mestres da literatura brasileira
Size: 8.16 MB
Language: pt
Added: Oct 06, 2025
Slides: 14 pages
Slide Content
Memórias de Martha Júlia Lopes de Almeida Núbia Ramalho
Sobre a autora Júlia Lopes de Almeida (1862 – 1934), a “escritora da Belle Époque tropical”. Carioca, nasceu em 24 de setembro de 1862, filha de imigrantes portugueses. Foi autora de inúmeros romances e contos, tendo também escrito para teatro e colaborado em diversas publicações. Condenava a supremacia masculina, defendia o direito ao voto para as mulheres e combatia a exploração no trabalho, a escravidão e as violências sexuais contras mulheres. Publicou seu primeiro livro, Contos Infantis, em 1886. Escrito em parceria com sua irmã, Adelina Lopes Vieira (1850 – 1923), Em 1905, Júlia tornou-se uma das poucas mulheres a participar da série de conferências inauguradas por Coelho Neto (1864 – 1934) e Olavo Bilac (1865 – 1918), motivando polêmicas a respeito do papel da mulher na arcaica sociedade brasileira.
Carrie Chapman ladeada por Bertha Lutz e Julia Lopes de Almeida, I Conferência pelo Progresso Feminino Júlia Lopes de Almeida …, utilizando os modelos convencionais masculinos, apresenta uma ficção feminina que reúne os movimentos literários e ideologias sociais e científicas de sua época adaptando-as a um feminismo que não é confrontante com os padrões vigentes, mas também certamente não se enquadra nos ‘bastidores’ do patriarcado brasileiro”
Obras
Capas da obra
Sobre a obra Memórias de Martha, publicado primeiro em folhetim– entre 1888 e 1889 – e dez anos depois em livro, é seu primeiro romance. Nele, a protagonista revisita seu passado, que envolve a perda precoce do pai, uma mudança com a mãe para o cortiço e diversas adversidades enfrentadas a partir de então. Mais do que uma rememoração da infância e juventude de Martha, a obra traz trechos significativos que retratam costumes e valores do final do século XIX no Rio de Janeiro.
CARACTERÍSTICAS DA OBRA Tempo Fim do Século XIX Espaço Cortiço no Rio de Janeiro Foco Narrativo 1ª Pessoa
PERSONAGENS MARTHA A protagonista e narradora da história. Ela reflete sobre sua infância, juventude e a relação com a mãe em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX. Ela enfrenta adversidades sociais e problemas de identidade e autoestima.
MARTHA - Mãe da protagonista Uma mulher forte e trabalhadora, que sustenta a família após a morte do marido e se preocupa com a reputação da filha. Representa a luta das mulheres da classe trabalhadora do século XIX.
PERSONAGENS D. Aninha : Professora que a incentiva a protagonista a estudar e oferece apoio emocional. Luís: Homem porque Martha se apaixona durante uma viagem a Palmares. Ele é descrito como vivaz, aventureiro, em contraste com Martha que mais séria e tímida. Miranda: viúvo e pai de dois filhos. Ele se encanta por Martha através de seus escritos sem nunca tê-la visto. Celeste - Amiga de infância de Martha. Ela segue um caminho diferente da protagonista.
PERSONAGENS Clara Silvestre - É descrita como bela, graciosa e frágil. Sua aparência e comportamento condizem com os padrões de feminilidade valorizados pela burguesia no século XIX. Tina - É retratada com traços de simplicidade e sua presença reforça a crítica social presente na obra, especialmente em relação à condição das mulheres pobres sem acesso à educação e à proteção social. Maneco - Pertence a classe trabalhadora e vive em condição de pobreza. Sua família representa o povo humilde. Pessoas simples vivendo em um pequeno espaço com escassez de recursos.
CONFLITO PRINCIPAL Martha vive um conflito entre o que sente e deseja como mulher sensível, culta e reflexiva e o que a sociedade espera dela: ser submissa, casar por conveniência e seguir os moldes da moral burguesa. Ela não se conforma com: O papel passivo da mulher na sociedade. Casamento como prisão emocional e não como escolha afetiva. A hipocrisia social que espera que a mulher silencie suas emoções e viva apenas para agradar aos outros.
CLÍMAX DA OBRA O clímax de "Memórias de Martha" ocorre com a Martha decide aceitar o pedido de casamento de Miranda, um vizinho e antigo cliente de sua mãe. Inicialmente, Martha recusa a proposta, pois não deseja casar sem amor. No entanto, após refletir sobre sua posição na sociedade e as imposições impostas às mulheres de sua época, ela reconsidera sua decisão . Ela, então, renuncia ao amor idealizado e a resignar-se com a realidade social.
DESFECHO O "desfecho" de Memórias de Martha é controverso e multifacetado: Martha casa-se sem amor com Miranda, uma escolha que satisfaz as preocupações sociais da mãe, mas que Martha, como professora, sente como vazia, especialmente após a morte da mãe pouco depois do casamento, deixando-a numa posição de solidão e a vida sem um propósito maior, apesar de ter alcançado a emancipação através da educação.