Solos da Amazônia
(Região Norte)
Virna Barra
Danilo Leonel
Sérgio Piva
Marcelo
O COMPLEXO REGIONAL DA
AMAZÔNIA
•Compreende uma extensa área, abrangendo o
Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins, bem como parte norte do
Mato Grosso e oeste do Maranhão.
•Em sua maior parte está ocupada com a
floresta equatorial.
•Ocorre em relevos de planaltos com colinas
baixas, morros e montanhas.
•Há áreas cerrado em Roraima, Amapá, Mato
Grosso, Tocantins e Goiás.
•As várzeas úmidas e os pântanos estão
localizados em uma faixa relativamente
estreita, ao longo dos principais rios, e
constituem menos de 10% da área total.
•A maior parte dos solos do Complexo Regional
da Amazônia situa-se em locais bem drenados,
regionalmente denominados de “terras firmes”
•Hoje se sabe que a maior parte do solo é pobre
em nutrientes.
•O volume de vegetação se justifica devido a
luminosidade, temperatura e umidade que
estão sempre elevadas.
•No solo, existe apenas uma quantidade de
nutrientes minerais:
•Cálcio, Magnésio, Potássio, Nitrogênio, etc.
•Essa quantidade é pequena mas suficiente
para atender à “Lei do mínimo” de Liebig:
•Os nutrientes estão sempre em eficiente troca,
estabelecida com uma rápida decomposição
dos restos vegetais, liberação dos nutrientes e
reabsorção dos mesmos pelas raízes.
•Contudo, quando a mata é derrubada e
substituída por pastagens ou lavouras, esse
ciclo pode ser interrompido.
•Ao deixar de existir a grande quantidade
de raízes que absorvem constantemente
muita água, os nutrientes são perdidos
em profundidade, para o nível freático, ou
superficialmente, pela erosão.
•Dessa forma, o solo, quando
indevidamente cultivado, pode tornar-se
empobrecido em poucos anos, a não ser
que sejam feitas adições de fertilizantes
para compensar as perdas.
•Apesar da maioria dos solos ser pobre, existem
muitas áreas para implantação de uma
agricultura produtiva e sustentável, sem
grandes danos ao meio ambiente.
•Desde que se use uma tecnologia apropriada
para os trópicos úmidos, observando
atentamente as práticas de manejo do solo
dentro dos princípios de proteção ambiental.
•A floresta amazônica deve ser conservada no
máximo possível de sua extensão, devido uma
área de alta biodiversidade, como por conter
muitas espécies vegetais de alto valor
comercial (madeiras nobres e ervas
medicinais)
•A área ocupada com a agricultura nessa região
é relativamente pequena e ainda existe o
sistema de agricultura itinerante:
•Consiste em derrubar e queimar uma pequena
porção da floresta (2-5 hect.) pouco antes do
início das chuvas. Após a 2ª ou 3ª colheita, a
área é abandonada e substituída por outra,
onde todo o processo é repetido.
•O abandono se dá pelo declínio da
produtividade da terra devido o
empobrecimento do solo. Depois de 10 ou 15
anos a mata se refaz naturalmente, MAS ESSE
TEMPO NÃO É RESPEITADO!!!
•Atualmente, áreas extensas tem sido
queimadas na tentativa de formar
pastagens.
•Se, ao contrário, áreas agrícolas
fossem menores e corretamente
tratadas, elas teriam alta
produtividade, suprindo a demanda
local de alimentos e fazendo com que
a prática de desmatar fosse reduzida.
VAMOS OBSERVAR O MAPA:
•Os mapas pedológicos da Amazônia mostram
que, nas áreas dos planaltos, são comuns os
LATOSSOLOS AMARELOS, LATOSSOLOS
VERMELHO-AMARELOS E ARGISSOLOS
VERMELHO-AMARELOS.
•Em extensões relativamente pequenas ao sul
estão os NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS.
•Ocupando 20% da Amazônia e situando-se
principalmente das chamadas Depressões da
Amazônia Ocidental e do Tocantins, estão os
PLINTOSSOLOS.
•Pequenas áreas de solos relativamente ricos,
como os NEOSSOLOS FLÚVICOS.
•Os que tem ocorrência de rochas basálticas,
são os NITOSSOLOS (terra roxa) e
LUVISSOLOS eutróficos.
•Nas áreas montanhosas, como as dos
planaltos norte-amazônicos (Pico da Neblina),
ocorrem solos pouco desenvolvidos, os
NEOSSOLOS LITÓLICOS e CAMBISSOLOS.
•Nas áreas limítrofes aos estados de Goiás e
Maranhão, sob vegetação de campo cerrado,
são constituídos em maioria por nódulos
endurecidos de óxido de ferro,
PLINTOSSOLOS PÉTRICOS.
•Em pequena extensão mas de grande
importância , por serem solos de alta fertilidade
natural e, portanto bastante propícios para
instalação de colonizações pioneiras, os
NITOSSOLOS eutróficos e LUVISSOLOS
podem manter, por alguns anos, uma
agricultura razoável, com poucos gastos em
fertilizantes.
•NITOSSOLOS E LUVISSOLOS formam
núcleos fornecedores de alimentos para o
desenvolvimento da região, enquanto os
fertilizantes não estiverem mais acessíveis ao
lavrador.