A1: Adrenalina feita.
A comunicação em Alça-fechada evita, ou, pelo menos, se propõe a evitar,
confusão de tarefas a serem executadas no momento da PCR, no qual não se
definem o executor de cada atividade e, assim, ficam acumulando-se funções
diversas para um mesmo profissional. Por exemplo, o médico que fica
massageando, ventilando e coordenando a parada. A Enfermeira que fica
ventilando, contando o tempo e preparando medicação. Isso leva, quase sempre,
a um mau desfecho, no qual poucos fazem muito e fazem mal
É importante observar também que, a partir do momento da chegada da equipe, o
líder (idealmente) sai de uma posição de executor para a de coordenador da
equipe e, se possível, deve até afastar-se um pouco do paciente, de maneira que
possa coordenar/orientar ações a serem tomadas, de uma maneira mais clara e
com raciocínio mais lógico. É visível que, quando próximo ao paciente, o líder
tende a querer executar tarefas (checar ritmo, ajudar a puncionar um acesso, fazer
compressões torácicas) e esses atos visivelmente prejudicam a avaliação da
seqüência de reanimação. Obviamente, deverá ser avaliada a quantidade de
membros na equipe.
PASSO 7 – Determinar tarefas. Agora sua equipe conta com 5 profissionais.
Divida as funções:
‘A1 – Você tente puncionar um acesso venoso.’
‘A2 – Assuma as compressões torácicas na freqüência de 30: 2’
‘A3 – Assuma a ventilação com Bolsa-Valva-Máscara com Reservatório a 100%
com 15 litros/O2 por minuto. Lembrem-se, A2 e A3, de trocar suas funções a
cada 2 minutos de RCP’
‘A4 – Conte o tempo de parada e registre as drogas feitas e me avise ao final de
cada ciclo de 2 minutos’
PASSO 8 – Verifique o ritmo do paciente. Pegue o cardiodesfibrilador na função
pás, aplique gel condutor, posicione corretamente as pás sobre o tórax (em geral
coloca-se uma pá no apex e outra na região paraesternal direita) e cheque o ritmo,
o paciente está parada há cerca de 90 segundos. Nesse momento pode haver um
erro relativamente comum em relação à função pás. Existem, nos desfibriladores,
botões para selecionar a derivação escolhida: DI, DII, DIII, aVF,aVR, Avl e
PÁS. Se você não colocar a função PÁS, não irá conseguir o traçado adequado e
poderá se desesperar e sair gritando: ‘tragam outro aparelho, esse está
quebrado!’. Parece simples (e realmente é), mas não é raro que, na hora da PCR,
o médico esqueça esse detalhe salvador.