LUCILENE FEITOZA DE AMORIMLUCILENE FEITOZA DE AMORIM
MARIA NÁGILA BARRETO GARCIAMARIA NÁGILA BARRETO GARCIA
MARIA DO SOCORRO LUSTOSA DE FREITASMARIA DO SOCORRO LUSTOSA DE FREITAS
PATRICIA CRISTINA GEBER DA ROCHA. PATRICIA CRISTINA GEBER DA ROCHA.
COORDENADORACOORDENADORA
PATRICIA CRISTINA GEBER
DA ROCHA
Ouvir é poder descobrir o mundo, não
poder ouvir é aprender a redescobrí-lo.
(AUTORA
NATASHA MALATO)
CONHECENDO OS SONS
QUADRO I
Qualidade do Som Decibéis Tipo de Ruído
muito baixo 0-20 farfalhar das folhas
baixo 20-40 conversação silenciosa
moderado 40-60 conversação normal
alto 60-80 ruído médio de fábrica ou trânsito
muito alto 80-100 apito de guarda e ruído de caminhão
ensurdecedor 100-120 ruído de discoteca e de avião
decolando
GRAU E TIPOS DE SURDEZGRAU E TIPOS DE SURDEZ
O grau e o tipo da perda de audição, assim como a
idade em que esta ocorreu, vão determinar
importantes diferenças em relação ao tipo de
atendimento que o aluno irá receber.
Sob o aspecto que interfere na aquisição da
linguagem e da fala, o déficit auditivo pode ser
definido como perda média em decibéis, na zona da
fala (freqüência de 500 - 1.000 - 2.000 hertz) para
o melhor ouvido.
QUADRO II
Grau de Deficiência Perda em dB
Normal 0 a 15
Leve 16 a 40
Moderada 41 a 55
Moderada Severa 56 a 70
Severa 71 a 90
Profunda + de 90
PARCIALMENTE SURDOPARCIALMENTE SURDO
Portador de Surdez LevePortador de Surdez Leve
Aluno que apresenta perda auditiva de até
quarenta decibéis. Não percebe igualmente todos
os fonemas da palavra. A voz fraca ou distante
não é ouvida. Em geral, esse aluno é considerado
como desatento, solicitando, freqüentemente, a
repetição daquilo que lhe falam. Essa perda
auditiva não impede a aquisição normal da
linguagem, mas poderá ser a causa de algum
problema articulatório ou dificuldade na leitura
e/ou escrita.
Portador de Surdez ModeradaPortador de Surdez Moderada
Aluno que apresenta perda auditiva entre
quarenta e setenta decibéis. Esses limites se
encontram no nível da percepção da palavra, sendo
necessário uma voz de certa intensidade para que
seja percebida. É freqüente o atraso de linguagem
e as alterações articulatórias. Esse aluno tem
maior dificuldade de discriminação auditiva em
ambientes ruidosos e de compreender certos
termos de relação e/ou frases gramaticais
complexas.
SURDOSURDO
Portador de Surdez Severa Portador de Surdez Severa
Aluno que apresenta perda auditiva entre setenta e
noventa decibéis. Este tipo de perda vai permitir
que ele identifique alguns ruídos familiares e
poderá perceber apenas a voz forte, podendo
chegar até quatro ou cinco anos sem aprender a
falar. Se a família estiver bem orientada pela área
educacional, a criança poderá chegar a adquirir
linguagem. A compreensão verbal vai depender, em
grande parte, de aptidão para utilizar a percepção
visual e para observar o contexto das situações.
Portador de Surdez ProfundaPortador de Surdez Profunda
Aluno que apresenta perda auditiva superior a
noventa decibéis. A gravidade dessa perda é
tal, que o priva das informações auditivas
necessárias para perceber e identificar a voz
humana, impedindo-o de adquirir naturalmente a
linguagem oral. As perturbações da função
auditiva estão ligadas tanto à estrutura
acústica, quanto à identificação simbólica da
linguagem.
Um bebê que nasce surdo balbucia como um de
audição normal, mas suas emissões começam a
desaparecer à medida que não tem acesso à
estimulação auditiva externa, fator de máxima
importância para a aquisição da linguagem oral.
Assim também, não adquire a fala como
instrumento de comunicação, uma vez que, não a
percebendo, não se interessa por ela, e não tendo
“feedback” auditivo, não possui modelo para dirigir
suas emissões.
SURDEZ PROFUNDASURDEZ PROFUNDA
A construção da linguagem oral no indivíduo com
surdez profunda é uma tarefa longa e bastante
complexa, envolvendo aquisições como:
Tomar conhecimento do mundo sonoro, aprender a
utilizar todas as vias perceptivas que podem
complementar a audição, perceber e conservar a
necessidade de comunicação e de expressão,
compreender a linguagem e aprender a expressar-se.
Quanto maior for a perda auditiva, maiores serão os
problemas lingüísticos e maior será o tempo em que o
aluno precisará receber atendimento especializado.
extraído de http://surtec.sur10.net/audicao-e-
som/caracterizacao-dos-tipos-de-surdez
PERFIL DO ALUNOPERFIL DO ALUNO
Victor (nome fictício),
Começando o ano letivo de 2010, na Escola de Ensino
Fundamental “ Vim, Vi e Venci”, localizada na rua
Esperança, bairro Oportunidade, cidade Renascer.
IDADE : 14 anos
SÉRIE: 8ª ano do Ensino Fundamental
SEXO: Masculino
DIFICULDADES ESPECÍFICAS: não é oralizado, não
sabe português, apenas domina a Língua Brasileira de
Sinais – LIBRAS.
DEFICIÊNCIA: surdez profunda de nascença.
PREPARAÇÃO PRÉVIA DO PREPARAÇÃO PRÉVIA DO
PROFESSORPROFESSOR
Levando em conta que o aluno conhece apenas
LIBRAS para comunicação, temos que realizar uma
parceria com o professor da sala de recurso, que
realiza o atendimento educacional especializado. Esse
professor recebe capacitação para trabalhar com
alunos que apresentam alguma deficiência.
No caso da Escola Vim, Vi e Venci, temos a felicidade
de termos uma sala de recurso equipada com
televisão, computador e materiais pedagógicos para
os alunos com deficiências e uma professora do
quadro da escola para realizar esse trabalho, ela
atende alunos da escola e de outras escolas da
comunidade.
Mas vale lembrar que a escola que ainda não tem, a
Secretaria de Educação disponibiliza um professor
itinerante para auxiliar o trabalho do professor.
Em todo caso, o professor é o principal
responsável por esse aluno e deve procurar
auxílio, se informar e aprender a se comunicar
com o aluno. Em seguida deverá, antes da
chegada do aluno com surdez profunda,
explicar aos demais alunos sobre a situação do
novo colega e mostrar que pessoas com
deficiência são pessoas como eles, tendo os
mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os
mesmos receios, os mesmos sonhos.
O professor apresentará aos alunos as noções
básicas de LIBRAS, pois será essencial para que
o aluno surdo se sinta incluído. Dessa forma, o
professor não será o único a quem o aluno irá
recorrer, sem contar que ele será incluído nas
atividades e trabalhos em grupo. Nestes
momentos de comunicação entre ao aluno surdo e
os ouvintes serão de grande importância para
sua aprendizagem.
Participação da famíliaParticipação da família
A participação da família ajuda em qualquer caso,
mas, se o aluno é surdo, a conversa precisa ser
mais constante e aprofundada. Descubra como é a
comunicação em casa, desde a linguagem utilizada
até o que mais chama a atenção da criança.
A família também precisa estar integrada no
processo de ensino- aprendizagem do aluno. Os
pais devem receber orientações para colaborarem
na aprendizagem. Se souberem ler e escrever e
conhecerem LIBRAS deve ajudá-lo, por exemplo,
nas atividades que ele leva para realizar em casa.
CONDIÇÕES DO ALUNO VICTORCONDIÇÕES DO ALUNO VICTOR
Na primeira semana de aula, o professor da sala
e o do atendimento educacional especializado
realizou uma avaliação diagnostica. Como o aluno
não teve todas as habilidades para a série,
começou, ainda nos primeiros dias de aula, o
apoio pedagógico em sala pelo professor e no
contra turno pelo profissional do atendimento
especializado. O trabalho foi planejado
sistematicamente, uma vez por semana pelo
professor da sala do atendimento educacional
especializado e coordenador pedagógico, um
auxiliando o outro para que o aluno seja atendido
da melhor maneira possível.
Esse trabalho também foi feito para os demais
alunos da sala (os ouvintes), o que diferencia
são as estratégias, pois o aluno não sabe
português. E ainda o professor pode perceber,
através deste diagnóstico que o aluno Victor tem
um excelente domínio em LIBRAS, tanto no ato
de ler, quanto no de escrever. Tem muita
facilidade em ler e interpretar imagens. Fica
muito nervoso quando sente que as pessoas
estão gritando e gesticulando
descontroladamente, no intuito de se comunicar
com ele. É bastante tímido e desconfiado, mas
tem uma enorme vontade de aprender o
português e a ler lábios, assim como fazer novos
amigos, já que seu maior contato é com pessoas
da família.
ADAPTAÇÕES FÍSICAS DA ADAPTAÇÕES FÍSICAS DA
SALASALA
Como Victor não possui nem um tipo de
problema de locomoção, não houve
necessidades de alterações
arquitetônicas, mas precisou acrescentar
alguns artefatos tecnológicos para
auxiliar o professor como: computador,
TV e projetor de imagens em sala de
aula.
Fotos: Contar a
história a crianças
surdas. Uma
Maravilha!
Vanda Marques e Ana
João - interprete de LPG
(Língua Gestual
Portuguesa), contando
histórias aos pequenotes.
Vejam só a atenção com
que todos estão...
LPG -LÍNGUA GESTUAL
PORTUGUESA
Poderá também gostar de contar a
estória a crianças surdas - Uma
Maravilha.
LIBRASLIBRAS
A língua brasileira de sinais (LIBRAS) é a língua
de sinais(língua gestual) usada pela maioria dos
surdos dos centros urbanos brasileiros e
reconhecida pela Lei. É derivada tanto de uma
língua de sinais autóctone quanto da língua gestual
francesa. A LIBRAS não é a simples gestualização
da língua portuguesa, e sim uma língua à parte.
Processo de alfabetizaçãoProcesso de alfabetização
Além das LIBRAS o aluno surdo que não sabe
português deve ser alfabetizado para ter uma 2ª
opção de língua, pois assim ele terá mais
autonomia, sendo esta escrita mais um
instrumento para sua independência e
consequentemente para o exercício da sua
cidadania.
As atividades de alfabetização devem ser
realizadas de preferência com o professor da sala
de recurso, aquele que realiza o atendimento
especializado na escola.
Lembrando que quando a escola não tem um
professor deve procurar auxílio no Centro de
Apoio aos Surdos, Secretaria de Educação ou
disponibilizar um profissional da escola para
ajudar o aluno no contra turno em seu processo
de alfabetização.
O material deve ser em grande parte
concreto, que a escola pode comprar ou
confeccionar, pois fica mais barato.
Só para informar: confecção de material
didático para crianças com qualquer
deficiência é atribuição do professor da sala
de recurso.
Ele deve ter um horário somente para
confeccionar material adaptado às crianças que
ele atende.
No caso do nosso aluno ele precisará quebra-
cabeça, caça-palavras, cruzadinhas, dominós (de
letras, números, palavras, cores, nome dos
animais, etc.), tudo em LIBRAS. De preferência
com letra/número em português, e a
demonstração em LIBRAS.
Alguns exemplos Alguns exemplos
Em sala de aula o professor precisa ensinar o
conteúdo e provavelmente ele não sabe LIBRAS,
deve contar com um intérprete na maioria das
aulas. Mesmo assim o aluno ainda terá
dificuldades, pois o intérprete não consegue
transmitir fielmente a mensagem do professor, e aí
mais material concreto.
SOFTWARE BILÍNGUE PARA SOFTWARE BILÍNGUE PARA
SURDOSSURDOS
A Universidade de Brasília (UnB) criou o
Software Bilíngüe para Surdos. A proposta era
desenvolver um modelo de ensino bilíngüe que
integrasse a cultura adquirida em língua de sinais
(Libras) com a repassada pelo ensino de português
em sala de aula.
O software livre permite ao professor programar
a apresentação de vídeos em Libras, palavras,
imagens de objetos e de ações para gerar
relações de significado. A missão do aluno é
montar seqüências de imagens ou de sintagmas
do português clicando com o mouse. O software
também indica a posição correta de cada clique,
no link Ajuda
Implante Coclear
Um Dispositivo para
os indivíduos com
Surdez Profunda
Um implante coclear,
um tipo de aparelho
auditivo destinado aos
indivíduos que
apresentam surdez
profunda, é constituído
por uma bobina interna,
eletrodos, uma bobina
externa, um processador
da fala e um microfone.
A bobina interna é implantada cirurgicamente no
crânio, atrás e acima da orelha e os eletrodos são
implantados na cóclea. A bobina externa é mantida
no lugar por ímãs colocados na pele, sobre a bobina
interna.
O processador da fala, conectado à bobina externa
por um cabo, pode ser transportado num bolso ou
num dispositivo especial.
O microfone é conectado ao aparelho auditivo
localizado atrás da orelha.
Esse dado revela a transformação que está
ocorrendo na gestão das escolas brasileiras, e que
os sistemas educacionais têm buscado a efetivação
da garantia do direito à educação enquanto um
direito humano e constitucional. Esse processo que
implica a luta pelo direito a diferença marca um
contexto de avanços que pode ser observado na
movimentação das matrículas, conforme o gráfico
a seguir:
...
Curso de extensão ou aperfeiçoamento para
professores do ensino regular, que trabalham com
educação especial na sala de aula comum (mínimo
de 180 horas).
Conforme o edital, o curso de especialização deve
ser oferecido no período de julho de 2009 a
novembro de 2010; e os cursos de extensão e
aperfeiçoamento, de julho a novembro de 2009.
Os recursos financeiros do Ministério da
Educação serão transferidos às instituições por
descentralização ou convênio.
DECRETO Nº 6.571, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008.
Dispõe sobre o atendimento educacional
especializado, regulamenta o parágrafo único do art.
60 da Lei n
o
9.394, de 20 de dezembro de 1996, e
acrescenta dispositivo ao Decreto n
o
6.253, de 13
de novembro de 2007.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da
atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, e
tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III,
ambos da Constituição, no art. 60, parágrafo único,
da Lei n
o
9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no
art. 9
o
, § 2
o
, da Lei n
o
11.494, de 20 de junho de
2007,
DECRETA:
Art. 1
o
A União prestará apoio técnico e
financeiro aos sistemas públicos de ensino dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na
forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar
a oferta do atendimento educacional
especializado aos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, matriculados na
rede pública de ensino regular.
LER O DECRETO NA ÍNTEGRA EM:
http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=110&Itemi
d=86
OUÇA COM O OUÇA COM O
CORAÇÃOCORAÇÃO
Saber ouvir não é só
conseguir interpretar
os acordes de uma
música,mas é
conseguir interpretar
os acordes de cada
melodia da vida.Não saber ouvir é guardar estas melodias no interior
do peito e expressá-las por meio de sinais, palavras
mudas.
(AUTORA NATASHA MALATO – 7a. SÉRIE -META)
REFLEXÃO
Do que adianta ouvir o
clamor dos pássaros em
meio à natureza, se
muitos não ouvem o triste
clamor do próximo em
meio à pobreza? Do que
adianta ouvir o leve
despontar das águas de
um rio, se muitos não ouvem o despontar das
lágrimas do outro em meio a fome ou frio?
Do que adianta poder ouvir canções famosas,
se muitos não ouvem a canção que ecoa desesperada
dos lábios de uma criança sedenta de afeto? ...
...
Porém, do que adianta
conseguir ouvir a todos os
clamores, a todas as lágrimas,
a todos os lábios, se a
diferença não fizer parte de
nós, para
nos transformar em um novo
homem?
Ouvir é uma dádiva,mas sentir o que ouvimos é um
dom,dom que é essencialmente parte integrante dos
chamados ouvidos deficientes,mas que ouvem o que
muita gente considera indiferente.
(Autora Natasha Amorim Malato – 7ª. Série – META)
Fontes de pesquisa:Fontes de pesquisa:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?402
http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=110&Itemid=86
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?402
http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=110&Itemid=86
http://surtec.sur10.net/audicao-e-som/caracterizacao-dos-tipos-
de-surdez/
http://www.teleduc.cefetmt.br/teleduc/arquivos/2/leituras/89/gr
au_tipos.htm
http://www.rts.org.br/noticias/destaque-4/premio-fbb-de-
tecnologia-social-regiao-centro-oeste