Prof. Tiago Georg Pikart
Departamento de Agronomia
Controle Biológico – 2016/1
Técnicas de Liberação
de Inimigos Naturais
SUCESSO DE UM
PROGRAMA DE CONTROLE
BIOLÓGICO
ou ACEITAÇÃO PELO
PRODUTOR
TECNOLOGIA DE
LIBERAÇÃO
Pulverização de Metarhizium anisopliae
Pulverização aérea de
Metarhizium anisopliae
Cuidados Básicos
1. Limpeza do equipamento
2. Regular e calibrar o equipamento
3. Pré-mistura (diluir o produto antes de
colocar no tanque do pulverizador)
4. Passar pela peneira do tanque
5. Espalhante adesivo
6. Ler rótulo / bula do produto
7. Equipamento de Proteção Individual
Controle Biológico Natural
Número de pontos de liberação
função (dispersão)
LIBERAÇÃO DE INIMIGOS NATURAIS
1.Momento da liberação
2.Arquitetura e idade da planta
3.Condições climáticas
4.Quantidade e fase de desenvolvimento
5.Número de pontos de liberação
6.Técnicas de liberação
7.Frequência e intervalo de liberação
FATORES que afetam a liberação:
1. MOMENTO DA
LIBERAÇÃO
•AMOSTRAGEM DIRETA: detectar sua ocorrência
•AMOSTRAGEM INDIRETA: uso de armadilhas
NÍVEL POPULACIONAL DA PRAGA
PRIMEIROS FOCOS DA PRAGA
Ex.: Controle de Diatraea saccharalis em cana-de-açúcar:
1. Trichogramma galloi
- Armadilhas de feromônio: presença de machos
2. Cotesia flavipes
- Presença de lagartas de 1,5 cm comprimento
- Índice de Infestação para próxima safra
Monitoramento com Fêmeas Virgens
2 fêmeas / armadilhas
Levantamento Populacional
100 x NIB
I.I. =
NI
NC > 3%
2. ARQUITETURA E IDADE DA PLANTA
- Disposição das folhas nos ramos
- Disposição dos ramos no caule
- Disposição das flores e frutos na planta
- Tamanho de folhas, folíolos, etc
- GENÓTIPO
Arquitetura
- Idade da planta
FENOLOGIA
* Cultura/estádio fenológico com folhagem densa
Microclima favorável: umidade e radiação solar
Pode dificultar a dispersão do Inimigo Natural
3. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
Liberação em condições ótimas de TEMPERATURA e
umidade (efeito reduzido pelo microclima)
CHUVA???
CONSIDERADO O PRINCIPAL FATOR NA LIBERAÇÃO
- Temperatura: 20 a 35
o
C
- Umidade relativa: 50 a 80%
Em condições climáticas IDEAIS o sucesso independe da
técnica de liberação
Depende da fase de desenvolvimento (pupa e ovo) e técnica
de liberação (recipiente)
4.1 QUANTIDADE DE IN LIBERADO
Relação
parasitoide/praga
N
ú
m
e
r
o
d
e
o
v
o
s
p
a
r
a
s
i
t
a
d
o
s
Poucos insetos liberados: INSUCESSO no controle
Muitos insetos liberados: INSUCESSO no controle
- Alto custo do método
- Seleção do hospedeiro: excesso de aleloquímicos
4.2 FASE DE DESENVOLVIMENTO DO IN
FASE DE OVO: para insetos canibais na fase larval
Maior dispersão
Maior consumo
Para PARASITOIDE é a fase que parasita
FASE DE ADULTO é a preferida
Escolha pela facilidade de manuseio, obtenção e resistência
a condições adversas
5. NÚMERO DE PONTOS DE LIBERAÇÃO
Arquitetura da planta (ESPÉCIE e/ou CULTIVAR)
Exemplo: Liberação de Trichogramma
1. Em cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis)
25 pontos/ha
2. Em soja (Anticarsia gemmatalis)
130 pontos/ha
Em função da capacidade de dispersão
- Maior capacidade menor número de pontos
6. TÉCNICA DE LIBERAÇÃO
1. Tipo de recipiente para liberação
É o ato de liberar!
- Proteção do IN: contra ação de predadores e parasitoides
e condições climáticas
- Material atóxico
- Viável economicamente
- Fácil manuseio e distribuição
2. Fase de desenvolvimento
- Manual ou Mecânico
- Terrestre ou aéreo
3. Modo de liberação
Liberação em copo descartável
Fase: PUPA
Liberação em saco de papel
Fase: PUPA
Liberação MANUAL
Fase: ADULTO
Liberação MECÂNICA
Fase: ADULTO
Parasitismo de larvas apresentou distribuição agregada,
com alcance entre 15 e 25 m
Qual a implicação desse resultado???
Trichogramma galloi controle de D. saccharalis
200.000 adultos / ha / semana
x 3 semanas
Trichogramma galloi controle de D. saccharalis
6. TÉCNICA DE LIBERAÇÃO
1. Tipo de recipiente para liberação
É o ato de liberar!
- Proteção do IN: contra ação de predadores e parasitoides
e condições climáticas
- Material atóxico
- Viável economicamente
- Fácil manuseio e distribuição
2. Fase de desenvolvimento
- Manual ou Mecânico
- Terrestre ou aéreo
3. Modo de liberação
Liberação de IN de D. saccharalis com drones
Liberação em tubete biodegradável
IN: Cotesia flavipes
Fase: ADULTO
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?
v=qnu2Pm3PG1M
https://www.youtube.com/watch?
v=5mkIP6VxrOg
https://www.youtube.com/watch?
v=TUsHwQQU4NU
Liberação de IN de D. saccharalis com drones
Liberação de ovos parasitados
IN: Trichogramma
Fase: PUPA
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?
v=OIhQ8x2AkDU
https://www.youtube.com/watch?
v=s_cFHyoby_E
7. FREQUÊNCIA DE LIBERAÇÃO
Tratamento
C. flavipes (1x)
T. galloi (1x) + C. flavipes (1x)
T. galloi (2x) + C. flavipes (1x)
T. galloi (3x) + C. flavipes (1x)
Sem liberação
Quantidade liberada/ha
6.000
200.000 + 6.000
400.000 + 6.000
600.000 + 6.000
-
Redução do II%
16,13
27,00
33,38
60,19
-
Produto Comercial
Caso Trichogramma
Recomendação: Trichogramma pretiosum
1. Traça-do-tomateiro (Tomate): 360 mil/ha/semana
2. Lagarta-da-espiga (milho): 100 mil/ha em intervalos de 3
dias na época da emissão do estilo-estigma
3. Lagarta-do-cartucho (milho): 100 mil/ha logo no início do
ataque em intervalos de 7 a 10 dias de 2 a 4 liberações
Eficiência depende da espécie/linhagem: Cerca
de 120 linhagens em laboratório: REGIÃO
Produto Comercial
Caso Trichogramma
NÚMERO DE PONTOS: 24 ou 48
Em função da planta: grande área foliar: 48 pontos
(exemplo: algodão e tomate)
Custo do controle
Em função da quantidade, programação e espécie
Produto Comercial
Caso Trichogramma
Exemplo:
1.000 ha de milho
R$ 14,00/cartela contendo 100 mil parasitoides
TOTAL = R$ 14.000 x 2 liberações = R$ 28.000
x 3 liberações = R$
42.000
x 4 liberações = R$
56.000
Clorpirifós = 0,5 L/ha - fev/2009 (PR): R$24,94/L (AENDA)
500 L = R$ 12.470/aplicaçãox2 = R$ 24.940
x4 = R$ 49.880
x5 = R$ 62.350